Bong Joon Ho, Quentin Tarantino, Sam Mendes, Martin Scorsese e Taika Waititi (centro) são os indicados do DGA
DIRETOR DE JOJO RABBIT ASSUME A ÚLTIMA VAGA DO DGA NO LUGAR DE TODD PHILLIPS (CORINGA)
Quando se trata de Sindicato de Diretores, estamos falando do prêmio mais certeiro em relação ao Oscar. Desde que começou a premiar os melhores diretores do ano em 1949, o DGA só divergiu com a Academia SETE vezes (cerca de 90%!). Como são poucas, é sempre válido relembrá-las:
ANO
DGA
OSCAR
2013
Ben Affleck (Argo)
Ang Lee (As Aventuras de Pi)
2002
Rob Marshall (Chicago)
Roman Polanski (O Pianista)
2000
Ang Lee (O Tigre e o Dragão)
Steven Soderbergh (Traffic)
1995
Ron Howard (Apollo 13)
Mel Gibson (Coração Valente)
1985
Steven Spielberg (A Cor Púrpura)
Sydney Pollack (Entre Dois Amores)
1975
Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão)
Bob Fosse (Cabaret)
1968
Anthony Harvey (O Leão no Inverno)
Carol Reed (Oliver!)
Portanto, quem ganhar aqui já estará com uma mão na taça, meu amigo! Então, vamos aos indicados:
MELHOR DIREÇÃO
BONG JOON HO (Parasita)
SAM MENDES (1917)
MARTIN SCORSESE (O Irlandês)
QUENTIN TARANTINO (Era Uma Vez em… Hollywood)
TAIKA WAITITI (Jojo Rabbit)
Sim, nosso querido Hitler imaginário conseguiu uma prestigiada indicação ao DGA por sua sátira Jojo Rabbit. Vimos o filme, mas honestamente não embarcamos no universo. Para quem desconhece (sim, sem spoilers!), a trama envolve um garoto alemão que se alista aos nazistas na Segunda Guerra Mundial, enquanto sua mãe esconde uma judia no sótão da casa. Bom, primeiramente, como estamos saturadíssimos do tema Segunda Guerra Mundial e Holocausto, qualquer abordagem bem diferente já é um ponto positivo. Waititi, que é conhecido pelas comédias O Que Fazemos nas Sombras (2014), A Incrível Aventura de Rick Baker (2016) e Thor: Ragnarok (2017), buscou extrair humor de uma tragédia, o que é bastante arriscado em termos de tom e de resposta do público mais conservador. Agora seria um mini-spoiler! O problema é que ele simplesmente debocha dos nazistas como se fossem mais estúpidos do que mortos-vivos dos anos 70, aplicando um humor mais bobo do que inteligente, e da metade para o final, a sátira dá lugar a um romance adolescente estilo Moonrise Kingdom. Aliás, parece um filme de Wes Anderson, tanto no visual quanto na montagem. O filme em si não é de todo ruim, mas se fosse para fazer uma comédia, que fosse de um nível mais alto de inteligência como um Primavera Para Hitler (1967) ou O Grande Ditador (1940).
Na disputa, os franco-favoritos continuam sua busca pelo Oscar: Martin Scorsese (O Irlandês), Sam Mendes (1917), Quentin Tarantino (Era Uma Vez em… Hollywood) e Bong Joon Ho (Parasita). Qual deles vai ganhar o DGA e consequentemente o Oscar?
Nessa hora, é importante destacar que no último mês de Junho, o DGA divulgou uma nova regra que pode indicar os possíveis vencedores. A partir desta edição do prêmio, só poderão disputar a categoria principal aqueles filmes que estrearam primeiro nas salas de cinema. Se o filme estreou no cinema no mesmo dia em que estreou na plataforma de streaming, perde o direito de competir como Melhor Diretor, apenas na categoria de Diretor Estreante.
“O DGA orgulhosamente afirma que o primeiro lançamento feito nos cinemas é um elemento distintivo do nosso prêmio. Celebramos o importante papel que as salas de cinema desempenharam ao reunir o público para experimentar coletivamente os filmes como os cineastas queriam que fossem vistos. Também temos muito orgulho em reconhecer todo o trabalho criado por nossos membros através das muitas categorias e formatos que fazem parte do DGA Awards”, comunicou o presidente do sindicato Thomas Schlamme. Resumindo o gringo: A gente vai avaliar todos os filmes, seja em cinema ou streaming, mas claramente damos preferência aos lançados nas salas de projeção e a categoria de Diretor Estreante é tão importante quanto de Melhor Diretor, viu? Portanto, mulheres do mundo, não se sintam menosprezadas! – só completando o pensamento: se for dar preferência a lançamentos de cinema: Martin Scorsese, volte pra casa!
Todd Phillips, diretor de Coringa, indicado ao Globo de Ouro, acabou ficando de fora. Seu trabalho na direção foi um divisório de águas. Particularmente, não gostamos muito. Apesar de ter havido uma boa idéia de resgatar a violenta década de 70, ele se utiliza em excesso dos filmes de Martin Scorsese, especialmente O Rei da Comédia. Parece queele fez um remake com Joaquin Phoenix no lugar de Robert De Niro, que agora faz o papel de Jerry Lewis. E se formos comparar os trabalhos, o de Scorsese tem muito mais consistência (reparem que não há uma única cena sequer desnecessária) e contexto. Pra quem ainda não viu, recomendamos assistir ao filme de 1982 antes de (re)ver Coringa.
No lugar de Taika Waititi? Fácil. Colocaríamos os irmãos Josh e Benny Safdie pelo excepcional Jóias Brutas (Uncut Gems). Considerados os novos irmãos Coen, eles têm um frescor de um cinema imprevisível que foi mais lapidado depois do também ótimo Bom Comportamento (2017). É uma pena que o trabalho deles ficou tão esquecido na temporada, pois seria uma ótima oportunidade para eles terem maior visibilidade e poderem realizar projetos mais ambiciosos.
Bom, na falta de uma diretora na categoria principal, botaram TRÊS na categoria de Diretor Estreante:
DIRETORES ESTREANTES
MATI DIOP (Atlantique)
ALMA HAR’EL (Honey Boy)
MELINA MATSOUKAS (Queen & Slim)
TYLER NILSON E MICHAEL SCHWARTZ (The Peanut Butter Falcon)
JOE TALBOT (O Último Homem Negro em São Francisco)
Começando de cima da esquerda para direita: Melina Matsoukas, Tyler Nilson e Michael Schwartz, Joe Talbot, Mati Diop e Alma Har’el. Todos indicados a Diretor Estreante
As três diretoras Mati Diop, Alma Ha’rel e Melina Matsoukas foram as três representantes femininas, cujos filmes tiveram uma boa repercussão, especialmente Mati Diop, que foi a primeira mulher negra indicada à Palma de Ouro com seu filme senegalês da Netflix, que ainda pode ser indicado ao Oscar de Filme Internacional. Com poucos recursos, ela conta uma história diferente da relação de seu país com a onda imigratória.
Ainda incluiríamos Olivia Wilde pela comédia Fora de Série. Realmente não entendemos como um dos nomes femininos mais badalados ficou de fora. Teriam achado uma comédia muito teenager?
A cerimônia do 72º Directors Guild Award será no dia 25 de Janeiro em Los Angeles.
Vencedor em 2018, Guillermo del Toro entrega o DGA para seu conterrâneo e amigo, Alfonso Cuarón, comprovando hegemonia mexicana (pic by WSBT)
Dentre todos os prêmios de sindicatos, o mais certeiro em relação ao Oscar é o de diretores (DGA). Portanto, dá para praticamente cravar que Alfonso Cuarón levará seu segundo Oscar de Direção… ou ainda é muito cedo pra afirmar?
Como se tratam de apenas SETE divergências na história do DGA em relação ao Oscar, é sempre válido relembrá-las:
Em 1968: Anthony Harvey ganhou o DGA Award por O Leão no Inverno, enquanto Carol Reed levou o Oscar por Oliver!
Em 1972: Francis Ford Coppola por O Poderoso Chefão (DGA) e Bob Fosse por Cabaret (Oscar).
Em 1985: Steven Spielberg por A Cor Púrpura (DGA),e Sydney Pollack por Entre Dois Amores (Oscar).
Em 1995: Ron Howard por Apollo 13 (DGA), e Mel Gibson por Coração Valente (Oscar).
Em 2000: Ang Lee por O Tigre e o Dragão (DGA) e Steven Soderbergh por Traffic (Oscar).
Em 2002: Rob Marshall por Chicago (DGA) e Roman Polanski por O Pianista (Oscar).
Em 2013: Ben Affleck por Argo (DGA) e Ang Lee por As Aventuras de Pi (Oscar)
Em nenhum desses casos, o vencedor do DGA tinha conquistado duas vezes o prêmio como aconteceu com Cuarón, o que pode caracterizar ou embasar uma nova divergência entre DGA e a Academia, mas principalmente porque temos um coringa entre os diretores indicados: Spike Lee.
Recapitulando: Em 1990, havia uma forte pressão para que Spike Lee se tornasse o primeiro diretor negro indicado ao Oscar de Direção pelo marcante Faça a Coisa Certa, porém a Academia o reconheceu apenas pelo roteiro e sem vitória. Sua ausência na categoria de Diretores repercutiu tanto que a Academia se sentiu na obrigação de indicar um diretor negro dois anos depois, resultando na indicação de John Singleton por Os Donos da Rua.
De lá pra cá, outros diretores afro-descendentes foram indicados ao Oscar como Lee Daniels, Steve McQueen e Jordan Peele, mas só agora Spike Lee foi indicado para Direção por Infiltrado na Klan. Portanto, os votantes da Academia podem se sentir na obrigação de compensá-lo pelas injustiças do passado (sim, esse pessoal adora compensar depois, normalmente com filmes errados). Enfim, acredito que Spike Lee ainda tenha muitas chances no Oscar, mesmo que Alfonso Cuarón tenha levado o DGA.
Se os votantes da Academia pensarem que Cuarón já conquistou um Oscar por Gravidade há 5 anos, e pode levar uma nova estatueta pela categoria de Filme em Língua Estrangeira, as chances dos demais diretores aumentam, incluindo de Spike Lee.
Dos diretores indicados ao DGA e do Oscar, houve duas divergências. No primeiro, Bradley Cooper (Nasce uma Estrela) e Peter Farrelly (Green Book) concorriam. Já no segundo, eles foram substituídos por Pawel Pawlikowski (Guerra Fria) e Yorgos Lanthimos (A Favorita).
Falando em Bradley Cooper, ele tem sido o artista mais decadente da temporada. Não que ele não tenha sido reconhecido, mas pela campanha, esperava-se uma presença mais maciça, especialmente como diretor. Aqui no DGA, por exemplo, ele estava indicado em ambas as categorias de Diretor e Diretor Estreante. Além de haver dupla chance de vitória, muitos apontavam como certa sua vitória como Estreante, mas acabaram premiando Bo Burnham por Oitava Série.
Bo Burnham posa com seu DGA de Diretor Estreante por Oitava Série (pic by KATV)
Com boa experiência e colaboração com diretores de prestígio como Clint Eastwood e David O. Russell, Bradley conseguiu dar uma boa repaginada numa história batida de fama como a de Nasce uma Estrela, especialmente na primeira metade, porém, concordo que a melhor estréia na função foi de Bo Burnham. Com Oitava Série, ele conseguiu explorar as inseguranças da pré-adolescência ao mesmo tempo em que retratava como poucos a linguagem das redes sociais.
Pela categoria de documentário, para diversificar ainda mais, o vencedor foi Tim Wardle por Três Estranhos Idênticos, que não obteve indicação ao Oscar. E com o até então franco-favorito Won’t You Be My Neighbor fora do Oscar também, as cartas estão com Free Solo e RBG.
Pelas categorias de TV, curiosamente, os atores-diretores foram mais felizes. Ben Stiller venceu como Melhor Diretor de Filmes para TV ou Minissérie por Escape at Dannemora, enquanto Bill Hader levou pela direção de Série de Comédia por Barry. E Adam McKay, indicado pelo filme Vice, acabou levando por Série Dramática por Succession.
VENCEDORES DO 71º DGA AWARDS:
MELHOR DIRETOR Alfonso Cuarón (Roma)
MELHOR DIRETOR ESTREANTE Bo Burnham (Oitava Série)
MELHOR DIRETOR – DOCUMENTÁRIO Tim Wardle (Três Estranhos Idênticos)
MELHOR DIRETOR – SÉRIE DRAMÁTICA Adam McKay (Succession) Episódio: “Celebration”
MELHOR DIRETOR – SÉRIE DE COMÉDIA Bill Hader (Barry)
MELHOR DIRETOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV Ben Stiller (Escape at Dannemora)
***
A 91ª cerimônia do Oscar está marcada para o dia 24 de fevereiro.
Fachada do Santa Monica Civic Auditorium para o 38º Annual Academy Awards, onde ocorreu a primeira transmissão em cores para a TV (photo by twitter.com)
QUAL MERECE MAIS?
Quando cinéfilos mundo afora discutem sobre os vencedores do Oscar, é muito comum ouvirmos “Deram o Oscar pro filme errado” ou “Deveriam ter premiado o outro filme”. Quem nunca soltou uma dessas numa rodinha de cinema? A verdade é que só sabemos se foi um “erro” mesmo com o passar do tempo. Acredito que a Academia e seus membros votaram naqueles que consideraram os melhores do ano. Se o filme ou a performance vencedores vão crescer ou cair no esquecimento, só dá pra ter certeza absoluta depois.
Nos anos 60, o Oscar ainda estava naquele hype de filmes musicais, tanto que premiou quatro como Melhor Filme: Amor Sublime Amor, Minha Bela Dama, A Noviça Rebelde e Oliver!, que foi o último antes de Chicago vencer em 2003. Sim, premiaram filmes bobos como As Aventuras de Tom Jones (que hoje poucos sabem que filme é), mas a Academia demonstrou que buscava qualidade com maturidade ao reconhecer filmes polêmicos como No Calor da Noite (pela importância da questão racial e Sidney Poitier num papel marcante) e Perdidos na Noite (pela poesia encontrada no universo underground de Nova York). Toda vez que me perguntam quais filmes realmente mereceram o Oscar de Melhor Filme, sempre cito Perdidos na Noite, de John Schlesinger.
Jon Voight como Joe Buck em cena de Perdidos na Noite, de John Schlesinger (photo by metropolisvintageonline.com)
Pena que faltou essa ousadia no ano anterior, quando resolveram premiar Oliver! no lugar do revolucionário 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick, que levou seu único Oscar por Efeitos Especiais. Mas esse “deslize” é mais do que compreensível, já que 2001 seria ousado mesmo se tivesse sido lançado nos dias de hoje. Uma vez ouvi um boato de que o ator Rock Hudson teria saído no meio da sessão aos berros de reclamação de ‘que porcaria é essa?’. Não que Hudson fosse lá um expert em linguagem cinematográfica, ainda mais de ficção científica e Arthur C. Clarke, mas não é um filme fácil de digerir.
FATOS HISTÓRICOS
A partir do 33º ano, em 1961, a cerimônia do Oscar mudou de endereço. Passou da RKO Pantages Theatre para o Santa Monica Civic Auditorium para poder comportar melhor a expansão de seus membros acadêmicos, convidados e apoiadores. Foi também nesta importante década que a apresentação foi transmitida em cores pela primeira vez na História, mais precisamente em 18 de abril de 1966, ano em que o musical A Noviça Rebelde levou Melhor Filme.
Dois anos após o advento da cor na transmissão do Oscar, a Academia decidiu unificar as categorias técnicas, antes divididas em Cores e Preto-e-Branco. Assim, as categorias de Fotografia, Direção de Arte e Figurino passaram a ser únicas.
Em 1967, a cerimônia foi quase cancelada devido a uma greve do sindicato da American Federation of Television and Radio Artists (AFTRA), mas apenas três horas antes foi acalmada e o show continuou. Mas no ano seguinte, a cerimônia do Oscar sofreu novo problema no calendário. Com o assassinato de Martin Luther King Jr., o evento foi adiado em dois dias em respeito, assim como a festa do Governor’s Ball foi cancelada naquele ano. Em 1963, ano seguinte ao assassinato do presidente John F. Kennedy, talvez a Academia tenha buscado alívio e conforto ao premiar a comédia britânica As Aventuras de Tom Jones, no lugar do drama imigrante de Elia Kazan, Terra de um Sonho Distante.
Vale destacar aqui que o mestre do suspense, Alfred Hitchcock, que acumulava 5 indicações como Melhor Diretor sem vitórias, foi lembrado pela Academia em 1967, quando lhe homenagearam com o prêmio Irving G. Thalberg, concedido pela “alta qualidade de suas produções ao longo de sua incrível carreira”. Indignado, como seus inúmeros fãs, o diretor subiu ao palco, recebeu o prêmio das mãos de Robert Wise, e foi amargamente sucinto com um “Thank you” para então sair de cena. (Veja vídeo no ano respectivo abaixo)
Alfred Hitchcock (à esq) posa com o prêmio Irving G. Thalberg ao lado de Robert Wise (photo by the.hitchcock.zone)
E por que não lembrar aqui da bela homenagem a um dos atores mais carismáticos que o Cinema já teve? Indicado duas vezes como Melhor Ator na década de 40, Cary Grant recebeu o Oscar Honorário em 1970 das mãos de Frank Sinatra após um vídeo com montagem de seus trabalhos em 34 anos de carreira. Ele foi aplaudido de pé por todos os presentes na cerimônia.
CAMPANHAS APELATIVAS
Para quem acha que a Academia sofre tentativas de suborno hoje com campanhas descaradas de Harvey Weinstein e companhia, mal sabe que estes fatos já vêm ocorrendo desde essa década de 60. Os estúdios lançaram campanhas ferozes chegando ao seu ápice com o nome de Chill Wills para uma indicação como Ator Coadjuvante em 1961, tanto que a Academia sentiu a necessidade inadiável de emitir um comunicado sobre a questão: “Sentimos que devemos declarar nossa posição sobre todos os indicados em potencial. Estamos cientes de que, ao longo dos anos, a grande maioria daqueles que foram indicados ou estavam buscando indicação exerceram retenção para lembrar os membros votantes de suas realizações. Lamentavelmente, contudo, ano passado alguns recorreram a uma excessiva e vulgar solicitação de votos. Isto se tornou um sério embaraço para a Academia e para nossa indústria. Somos hesitantes em definir regras específicas quanto às propagandas e deixaremos a decisão este ano para a boa consciência dos indicados.” – O ator Chill Wills foi indicado como Coadjuvante por O Álamo, mas perdeu para Peter Ustinov (Spartacus). Não se sabe a contagem dos votos, mas muitas vezes, a publicidade excessiva pode arruinar uma performance vitoriosa.
PRIMEIROS
Em 1962, a atriz italiana Sophia Loren foi responsável pela primeira indicação e vitória de uma performance estrangeira no Oscar. Ela interpretou uma mãe viúva que é vítima de estupro com a filha por soldados marroquinos no filme Duas Mulheres, de Vittorio De Sica. Esse marca só foi alcançada novamente em 1998, quando seu compatriota Roberto Benigni levou Melhor Ator por A Vida é Bela. Já pela categoria de Atriz, apenas em 2008, com a vitória arrasadora de Marion Cotillard por Piaf – Um Hino ao Amor.
Sophia Loren em cena de Duas Mulheres, de Vittorio De Sica (photo by mubi.com)
Foi nesse mesmo ano em que vimos pela primeira vez um ator declinando sua indicação. Sim, George C. Scott foi o primeiro dos rebeldes. Apesar de sua recusa, ele permaneceu indicado como Ator Coadjuvante por Desafio à Corrupção, mas perdeu para George Chakiris por Amor, Sublime Amor. Scott venceu seu Oscar em 1971 por Patton – Rebelde ou Herói? e, claro, recusou o prêmio. Outro grande ator, Marlon Brando, que já havia vencido em 1955 por Sindicato de Ladrões, deve ter se inspirado no colega e também recusou o prêmio por O Poderoso Chefão em 1973.
Ainda em 62, ocorreu a primeira vitória de uma dupla de diretores na categoria. O veterano Robert Wise fez uma parceria com o coreógrafo Jerome Robbins, resultando no belíssimo trabalho visual do musical Amor, Sublime Amor. A única vitória de dupla só voltaria a acontecer 46 anos depois, com a consagração dos irmãos Joel e Ethan Coen por Onde os Fracos Não Têm Vez.
E, obviamente, esta foi também a primeira década, mais precisamente em 1964, em que um ator negro ganhou como Melhor Ator. É curioso saber que mesmo tendo interpretado personagens tão fortes em relação às questões raciais como em Acorrentados (1958), Adivinhe Quem Vem Para Jantar (1967) e No Calor da Noite (1967), Sidney Poitier tenha vencido justamente por um papel mais light: um carpinteiro que ajuda cinco freiras a construir uma capela no deserto em Uma Voz nas Sombras (1962). Aliás, o segundo ator negro a ganhar na mesma categoria também levou o Oscar pela performance “errada”: Denzel Washington por Dia de Treinamento, em 2002, quando deveria ter levado por Malcolm X ou Hurricane – O Furacão. Premiar pelo filme errado parece ser a tônica do Oscar.
Sidney Poitier conversando com Sidney Skolsky na cerimônia do Oscar.
Só fazendo um adendo pessoal, felizmente esta foi a última década em que o anúncio dos atores indicados era sob um silêncio fúnebre. Não rolava clipes das performances dos atores, ninguém batia palmas e os indicados ficavam com aquela cara fechada de poucos amigos, que dizia “Eu sou bom, mas eu não ligo! Anuncia logo que sou vencedor pra eu ir pra casa!”, sendo que na verdade, estavam mega apreensivos em suas poltronas, ou seja, os atores não estavam atuando bem!
THE 42nd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1970
07 de Abril de 1970
Perdidos na Noite, de John Schlesinger
MELHOR FILME – Ana dos Mil Dias (Anne of the Thousand Days)
Produtor: Hal B. Wallis
– Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid)
Produtor: John Foreman
– Alô, Dolly! (Hello, Dolly!)
Produtor: Ernest Lehman • Perdidos na Noite (Midnight Cowboy) Produtor: Jerome Hellman
– Z (Z)
Produtores: Jacques Perrin, Ahmed Rachedi
Uma bronzeada Elizabeth Taylor apresenta o Oscar de Melhor Filme para Perdidos na Noite
MELHOR DIRETOR
– Costa-Gavras (Z)
– George Roy Hill (Butch Cassidy)
– Arthur Penn (Deixem-nos Viver)
– Sydney Pollack (A Noite dos Desesperados) • John Schlesinger (Perdidos na Noite)– John Schlesinger não estava presente. Jon Voight aceitou o prêmio em seu nome.
Myrna Loy cita todos os diretores antes que revelar o vencedor John Schlesinger, aceito por Jon Voight
MELHOR ATOR – Richard Burton (Ana dos Mil Dias)
– Dustin Hoffman (Perdidos na Noite)
– Peter O’Toole (Adeus, Mr. Chips)
– Jon Voight (Perdidos na Noite) • John Wayne (Bravura Indômita)
MELHOR ATRIZ – Geneviève Bujold (Ana dos Mil Dias)
– Jane Fonda (A Noite dos Desesperados)
– Liza Minnelli (Os Anos Verdes)
– Jean Simmons (Tempo Para Amar, Tempo Para Esquecer) • Maggie Smith (A Primavera de uma Solteirona)– Maggie Smith não estava presente. Alice Ghostley aceitou em seu nome.
Cliff Robertson apresenta o Oscar para Maggie Smith, aceito por Alice Ghostley
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Rupert Crosse (Os Rebeldes)
– Elliott Gould (Bob, Carol, Ted e Alice)
– Jack Nicholson (Sem Destino)
– Anthony Quayle (Ana dos Mil Dias) • Gig Young (A Noite dos Desesperados)
A bela Katharine Ross apresenta o Oscar para Gig Young
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Catherine Burns (O Último Verão)
– Dyan Cannon (Bob, Carol, Ted e Alice) • Goldie Hawn (Flor de Cacto)– Goldie Hawn não estava presente. Raquel Welch aceitou o prêmio em seu nome.
– Sylvia Miles (Perdidos na Noite)
– Susannah York (A Noite dos Desesperados)
O grande Fred Astaire apresenta o Oscar de coadjuvante.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL – Paul Mazursky, Larry Tucker (Bob, Carol, Ted e Alice) • William Goldman (Butch Cassidy)– William Goldman não estava presente. Katharine Ross aceitou o prêmio em seu nome. – Nicola Badalucco, Enrico Medioli, Luchino Visconti (Os Deuses Malditos)
– Peter Fonda, Dennis Hopper, Terry Southern (Sem Destino)
– Walon Green, Roy N. Sickner, Sam Peckinpah (Meu Ódio Será Sua Herança)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO – John Hale, Bridget Boland, Richard Sokolove (Ana dos Mil Dias)
– Arnold Schulman (Paixão de Primavera) • Waldo Salt (Perdidos na Noite) – James Poe, Robert E. Thompson (A Noite dos Desesperados)
– Jorge Semprún, Costa-Gavras (Z)
Enquanto Katharine Ross e Jon Voight apresentam Roteiro Adaptado para Waldo Salt, James Earl Jones e Ali MacGraw entregam Roteiro Original para William Goldman. MacGraw veio com um visual à la Cruela…
MELHOR FOTOGRAFIA – Arthur Ibbetson (Ana dos Mil Dias)
– Charles Lang (Bob, Carol, Ted e Alice) • Conrad L. Hall (Butch Cassidy) – Harry Stradling Sr. (Alô, Dolly!)
– Daniel L. Fapp (Sem Rumo no Espaço)
O grande John Wayne elogia os diretores de fotografia antes de premiar Conrad L. Hall
MELHOR MONTAGEM – William Reynolds (Alô, Dolly!)
– Hugh A. Robertson (Perdidos na Noite)
– William A. Lyon, Earle Herdan (O Segredo de Santa Vitória)
– Fredric Steinkamp (A Noite dos Desesperados) • Françoise Bonnot (Z)
Claudia Cardinale e James Earl Jones apresentam o Oscar de Montagem para a montadora Françoise Bonnot.
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE • John DeCuir, Jack Martin Smith, Herman A. Blumenthal, Walter M. Scott, George James Jopkins, Raphael Bretton (Alô, Dolly!) – Maurice Carter, Lionel Couch, Patrick McLoughlin (Ana dos Mil Dias)
– Robert F. Boyle, George B. Chan, Edward G. Boyle, Carl Biddiscombe (Uma Certa Casa em Chicago)
– Alexander Golitzen, George C. Webb, Jack D. Moore (Charity, Meu Amor)
– Harry Horner, Frank R. McKelvy (A Noite dos Desesperados)
MELHOR FIGURINO – Irene Sharaff (Alô, Dolly!) • Margaret Furse (Ana dos Mil Dias) – Ray Aghayan (Uma Certa Casa em Chicago)
– Edith Head (Charity, Meu Amor)
– Donfeld (A Noite dos Desesperados)
MELHOR TRILHA MUSICAL (ORIGINAL OU ADAPTADA) – Leslie Bricusse, John Williams (Adeus, Mr. Chips) • Lennie Hayton, Lionel Newman (Alô, Dolly!) – Nelson Riddle (Os Aventureiros do Ouro)
– Cy Coleman (Charity, Meu Amor)
– Johnny Green, Albert Woodbury (A Noite dos Desesperados)
MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL (NÃO FILME MUSICAL)
– Georges Delerue (Ana dos Mil Dias) • Burt Bacharach (Butch Cassidy)
– John Williams (Os Rebeldes)
– Ernest Gold (O Segredo de Santa Vitória)
– Jerry Fielding (Meu Ódio Será Sua Herança)
A dupla Cliff Robertson e Barbara McNair apresenta o Oscar de trilha para o grande músico Burt Bacharach, que também leva o Oscar de Canção pelas mãos de Candice Bergen
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL – “Come Saturday Morning”, de Fred Karlin, Dory Previn (Os Anos Verdes) • “Raindrops Keep Fallin’ on my Head”, de Burt Bacharach, Hal David (Butch Cassidy) – “Jean”, de Rod McKuen (A Primavera de uma Solteirona)
– “True Grit”, de Elmer Bernstein, Don Black (Bravura Indômita)
– “What Are You Doing for the Rest of Your Life?”, de Michel Legrand, Alan Bergman, Marilyn Bergman (Tempo Para Amar, Tempo Para Esquecer)
MELHOR SOM • Jack Solomon, Murray Spivack (Alô, Dolly!) – John Aldred (Ana dos Mil Dias)
– Bill Edmondson, David Dockendorf (Butch Cassidy)
– Robert Martin, Clem Portman (Uma Certa Casa em Chicago)
– Les Fresholtz, Arthur Piantadosi (Sem Rumo no Espaço)
Elliott Gould e Candice Bergen apresentam Melhor Som para o musical favorito de Wall-E, Alô, Dolly!
MELHORES EFEITOS VISUAIS ESPECIAIS – Eugène Lourié, Alex Weldon (Krakatoa, O Inferno de Java) • Robie Robinson (Sem Rumo no Espaço)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Blake, de Douglas Jackson • The Magic Machines, de Joan Keller Stern
– People Soup, de Marc Merson
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– En Marchant, de Ryan Larkin •It’s Tough to be a Bird, de Ward Kimball
– Of Men and Demons, de John Hubley, Faith Hubley
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– An Impression of John Steinbeck: Writer, de Donald Wrye • Czechoslovakia 1968, de Denis Sanders, Robert M. Fresco
– Jenny is a Good Thing, de Joan Horvath
– Leo Beuerman, de Arthur H. Wolf, Russell A. Mosser
– The Magic Machines, de Joan Keller Stern
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Before the Mountain Was Moved, de Robert K. Sharpe
– No Ano do Porco, de Emile de Antonio • L’Amour de la Vie – Artur Rubinstein, de Bernard Chevry
– Olimpiada en México (Film Section of the Organizing Committee for the XIX Olympic Games)
– The Wolf Men, de Irwin Rosten
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Ådalen, de Bo Widerberg – SUÉCIA
– A Batalha do Neretva (Bitka na Neretvi), de Veljko Bulajic – IUGOSLÁVIA
– Os Irmãos Karamazov (Bratya Karamazovy), de Kirill Lavrov, Ivan Pyryev, Mikhail Ulyanov – UNIÃO SOVIÉTICA
– Minha Noite com Ela (Ma nuit chez Maud), de Eric Rohmer – FRANÇA •Z (Z), de Costa-Gavras – ARGÉLIA
Claudia Cardinale e Clint Eastwood concedem as honras para a Argélia
OSCAR HONORÁRIO • Cary Grant
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • George Jessel
THE 41st ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1969
14 de Abril de 1969
Oliver!, de Carol Reed
MELHOR FILME – Funny Girl – A Garota Genial (Funny Girl)
Produtor: Ray Stark
– O Leão no Inverno (The Lion in Winter)
Produtor: Martin Poll • Oliver! (Oliver!) Produtor: John Woolf – Rachel, Rachel (Rachel, Rachel)
Produtor: Paul Newman
– Romeu & Julieta (Romeo and Juliet)
Produtores: Anthony Havelock-Allan, John Brabourne
MELHOR DIRETOR – Anthony Harvey (O Leão no Inverno)
– Stanley Kubrick (2001: Uma Odisséia no Espaço)
– Gillo Pontecorvo (A Batalha de Argel) • Carol Reed (Oliver!) – Franco Zeffirelli (Romeu & Julieta)
Um quinteto maravilhoso anuncia os diretores indicados: Natalie Wood, Ingrid Bergman, Jane Fonda, Diahann Carroll e Rosalind Russell. Em seguida, Sidney Poitier introduz os cinco indicados a Melhor Filme.
MELHOR ATOR – Alan Arkin (Por que tem de ser Assim?)
– Alan Bates (O Homem de Kiev)
– Ron Moody (Oliver!)
– Peter O’Toole (O Leão no Inverno) • Cliff Robertson (Os Dois Mundos de Charly)– Cliff Robertson não estava presente na cerimônia. Frank Sinatara aceitou o prêmio em seu nome.
Burt Lancaster apresenta o Oscar de Melhor Ator, aceito por Frank Sinatra.
MELHOR ATRIZ • Katharine Hepburn (O Leão no Inverno)– Empate com Barbra Streisand. Katharine Hepburn se tornou a primeira atriz a ganhar duas vezes consecutivas e a primeira a vencer três vezes como Melhor Atriz. Hepburn não estava presente na cerimônia. O diretor Anthony Harvey aceitou o prêmio em seu nome.
– Patricial Neal (A História de Três Estranhos)
– Vanessa Redgrave (Isadora) • Barbra Streisand (Funny Girl – A Garota Genial)– Empate com Katharine Hepburn.
– Joanne Woodward (Rachel, Rachel)
Ingrid Bergman revela empate inédito na categoria entre Katharine Hepburn e Barbra Streisand
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Jack Albertson (A História de Três Estranhos)
– Seymour Cassel (Faces)
– Daniel Massey (A Estrela)
– Jack Wild (Oliver!)
– Gene Wilder (Primavera Para Hitler)
Frank Sinatra apresenta o Oscar para Jack Albertson
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Lynn Carlin (Faces) • Ruth Gordon (O Bebê de Rosemary)
– Sondra Locke (Por que tem de ser Assim?)
– Kay Medford (Funny Girl – A Garota Genial)
– Estelle Parsons (Rachel, Rachel)
Tony Curtis acaba com o nervosismo das indicadas ao anunciar Ruth Gordon, a única a soltar um sorrisinho!
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Franco Solinas, Gillo Pontecorvo (A Batalha de Argel)
– John Cassavetes (Faces)
– Ira Wallach, Peter Ustinov (A Máquina de Fazer Milhões)
– Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke (2001: Uma Odisséia no Espaço) •Mel Brooks (Primavera Para Hitler)
A dupla Frank Sinatra e Don Rickles apresentam Roteiro Original com muito humor
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Neil Simon (Um Estranho Casal) • James Goldman (O Leão no Inverno)
– Vernon Harris (Oliver!)
– Stewart Stern (Rachel, Rachel)
– Roman Polanski (O Bebê de Rosemary)
Rosalind Russell apresenta Roteiro Adaptado com Frank Sinatra
MELHOR FOTOGRAFIA
– Harry Stradling Sr. (Funny Girl – A Garota Genial)
– Daniel L. Fapp (Estação Polar Zebra)
– Oswald Morris (Oliver!) • Pasqualino De Santis (Romeu & Julieta)
– Ernest Laszlo (A Estrela)
MELHOR MONTAGEM • Frank P. Keller (Bullitt)
– Robert Swink, Maury Winetrobe, William Sands (Funny Girl – A Garota Genial)
– Frank Bracht (Um Estranho Casal)
– Ralph Kemplen (Oliver!)
– Fred R. Feitshans Jr., Eve Newman (Violência nas Ruas)
Walter Matthau usa luvas brancas para apresentar o Oscar de Montagem
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE • John Box, Terence Marsh, Vernon Dixon, Ken Muggleston (Oliver!)
– George W. Davis, Edward C. Carfagno (As Sandálias do Pescador)
– Boris Leven, Walter M. Scott, Howard Bristol (A Estrela)
– Anthony Masters, Harry Lange, Ernest Archer (2001: Uma Odisséia no Espaço)
– Mikhail Bogdanov, Gennadi Myasnikov, Georgi Koshelev, V. Uvarov (Guerra e Paz)
A princesa sexy Natalie Wood apresenta o Oscar de Direção de Arte
MELHOR FIGURINO
– Margaret Furse (O Leão no Inverno)
– Phyllis Dalton (Oliver!)
– Morton Haack (O Planeta dos Macacos) • Danilo Donati (Romeu & Julieta)
– Donald Brooks (A Estrela)
MELHOR TRILHA MUSICAL (ORIGINAL OU ADAPTADO)
– Ray Heindorf (O Caminho do Arco-Íris)
– Walter Scharf (Funny Girl – A Garota Genial) • Johnny Green (Oliver!)
– Lennie Hayton (A Estrela)
– Michel Legrand, Jacques Demy (Duas Garotas Românticas)
Marni Nixon e Henry Mancini fazem uma criativa apresentação musical para apresentar Trilha Musical
MELHOR TRILHA MUSICAL (FILME NÃO MUSICAL)
– Lalo Schifrin (Apenas uma Mulher) • John Barry (O Leão no Inverno)
– Jerry Goldsmith (O Planeta dos Macacos)
– Alex North (As Sandálias do Pescador)
– Michel Legrand (Crown, o Magnífico)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Chitty Chitty Bang Bang”, de Richard M. Sherman, Robert B. Sherman (O Calhambeque Mágico) • “The Windmills of Your Mind”, de Michel Legrand, Alan Bergman, Marilyn Bergman (Crown, O Magnífico)
– “For Love of Ivy”, de Quincy Jones, Bob Russell (Um Homem Para Ivy)
– “Funny Girl”, de Julie Styne, Bob Merrill (Funny Girl – A Garota Genial)
– “Star!”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (A Estrela)
MELHOR SOM
– Bullitt
– O Caminho do Arco-Íris
– Funny Girl – A Garota Genial • Oliver!
– A Estrela
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Stanley Kubrick (2001: Uma Odisséia no Espaço)– Stanley Kubrick não estava presente na cerimônia. Diahann Carroll e Burt Lancaster aceitaram o prêmio em seu nome.
– Hal Millar, H. McMillan Johnson (Estação Polar Zebra)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– De Düva: The Dove, de George Coe, Sidney Davis, Anthony Lover
– Pas de deux
– Prelude, de John Astin •Robert Kennedy Remembered, de Charles Guggenheim
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– La Maison de Jean-Jacques, de Wolf Koenig, Jim Mackay
– The Magic Pear Tree, de Jimmy T. Murakami
– Windy Day, de John Hubley, Faith Hubley •Ursinho Puff e o Dia Chuvoso, de Walt Disney– Prêmio póstumo
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– The House That Ananda Built, de Fali Bilimoria
– The Revolving Door, de Lee R. Bobker
– A Space to Grow, de Thomas P. Kelly Jr.
– A Way Out of the Wilderness, de Dan E. Weisburd •Why Man Creates, de Saul Bass
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– A Few Notes on Our Food Problem, de James Blue • Journey Into Self, de Bill McGaw– Foi premiado no mês seguinte à cerimônia depois que o Board of Governs determinou que “Young Americans” era inelegível.
– Legendary Champions, de William Cayton
– Other Voices, de David H. Sawyer
– Young Americans, de Robert Cohn, Alexander Grasshoff – A Academia anulou a vitória de “Young Americans” após descobrirem que o documentário havia sido lançado no ano anterior.
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Esta Rua é Nossa (A Pál utcai fiúk), de Zoltán Fábri – HUNGRIA
– O Baile dos Bombeiros (Horí, má panenko), de Milos Forman – TCHECOSLOVÁQUIA
– A Garota com a Pistola (La ragazza con la pistola), de Mario Monicelli – ITÁLIA
– Beijos Proibidos (Baisers volés), de François Truffaut – FRANÇA • Guerra e Paz (Voyna i mir), de Sergey Bondarchuk – RÚSSIA
OSCAR HONORÁRIO • John Chambers (O Planeta dos Macacos) – pelo trabalho de maquiagem • Onna White (Oliver!)– pelo trabalho de coreografia
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Martha Raye
THE 40th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1968
10 de Abril de 1968
No Calor da Noite, de Norman Jewison
MELHOR FILME – Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde)
Produtor: Warren Beatty
– O Fabuloso Doutor Dolittle (Dr. Dolittle)
Produtor: Arthur P. Jacobs
– A Primeira Noite de um Homem (The Graduate)
Produtor: Lawrence Turman
– Adivinhe Quem Vem Para Jantar (Guess Who’s Coming to Dinner)
Produtor: Stanley Kramer • No Calor da Noite (In the Heat of the Night) Produtor: Walter Mirisch
Julie Andres apresenta o principal prêmio da noite para No Calor da Noite
MELHOR DIRETOR – Richard Brooks (A Sangue Frio)
– Norman Jewison (No Calor da Noite)
– Stanley Kramer (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) • Mike Nichols (A Primeira Noite de um Homem) – Arthur Penn (Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas)
A bela Leslie Caron apresenta o Oscar para o jovem diretor Mike Nichols
MELHOR ATOR – Warren Beatty (Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas)
– Dustin Hoffman (A Primeira Noite de um Homem)
– Paul Newman (Rebeldia Indomável) • Rod Steiger (No Calor da Noite) – Spencer Tracy (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) – Indicação póstuma
Audrey Hepburn apresenta o Oscar de Melhor Ator para Rod Steiger.
MELHOR ATRIZ – Anne Bancroft (A Primeira Noite de um Homem)
– Faye Dunaway (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas)
– Edith Evans (The Whisperers)
– Audrey Hepburn (Um Clarão nas Trevas) • Katharine Hepburn (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) – Katharine Hepburn não estava presente na cerimônia. O diretor George Cukor aceitou o prêmio em seu nome.
Sidney Poitier apresenta o segundo Oscar para Katharine Hepburn, aceito pelo diretor George Cukor
MELHOR ATOR COADJUVANTE – John Cassavetes (Os Doze Condenados)
– Gene Hackman (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas)
– Cecil Kellaway (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) • George Kennedy (Rebeldia Indomável) – Michael J. Polard (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas)
A fofa Patty Duke apresenta o Oscar para George Kennedy
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Carol Channing (Positivamente Millie)
– Mildred Natwick (Descalços no Parque) • Estelle Parsons (Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas) – Beah Richards (Adivinhe Quem Vem Para Jantar)
– Katharine Ross (A Primeira Noite de um Homem)
Walter Matthau entrega o Oscar para Estelle Parsons, bastante aplaudida por seu colega de filme, Warren Beatty.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL – David Newman, Robert Benton (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas)
– Robert Kaufman, Norman Lear (Divórcio à Americana) • William Rose (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) – Jorge Semprún (A Guerra Acabou) – Frederic Raphael (Um Caminho Para Dois)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO – Donn Pearce, Frank Pierson (Rebeldia Indomável)
– Calder Willingham, Buck Henry (A Primeira Noite de um Homem)
– Richard Brooks (A Sangue Frio) •Stirling Silliphant (No Calor da Noite) – Joseph Strick, Fred Haines (Alucinação de Ulisses)
O casal na vida real, Claire Bloom e Rod Steiger, apresenta os prêmios de roteiro
MELHOR FOTOGRAFIA • Burnett Guffey (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas) – Richard H. Kline (Camelot)
– Robert Surtees (O Fabuloso Doutor Dolittle)
– Robert Surtees (A Primeira Noite de um Homem)
– Conrad L. Hall (A Sangue Frio)
O casal de ‘A Primeira Noite de um Homem’, Katharine Ross e Dustin Hoffman, apresenta o Oscar de Fotografia
MELHOR MONTAGEM – Frank P. Keller (Desembarque Sangrento)
– Michael Luciano (Os Doze Condenados)
– Samuel E. Beetley, Marjorie Fowler (O Fabuloso Doutor Dolittle)
– Robert C. Jones (Adivinhe Quem Vem Para Jantar) • Hal Ashby (No Calor da Noite)
Dame Edith Evans apresenta os indicados com aquele sotaque clássico britânico e o Oscar para Hal Ashby
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE • John Truscott, Edward Carrere, John Brown (Camelot) – Mario Chiari, Jack Martin Smith, Ed Graves, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (O Fabuloso Doutor Dolittle)
– Robert Clatworthy, Frank Tuttle (Adivinhe Quem Vem Para Jantar)
– Lorenzo Mongiardino, John DeCuir, Elven Webb, Giuseppe Mariani, Dario Simoni, Luigi Gervasi (A Megera Domada)
– Alexander Golitzen, George C. Webb, Howard Bristol (Positivamente Millie)
MELHOR FIGURINO – Theodora Van Runkle (Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas) •John Truscott (Camelot)
– Bill Thomas (Quando o Coração Não Envelhece)
– Irene Sharaff, Danilo Donati (A Megera Domada)
– Jean Louis (Positivamente Millie)
Eva Marie Saint concede a estatueta de Figurino para ‘Camelot’.
MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL – Lalo Schifrin (Rebeldia Indomável)
– Leslie Bricusse (O Fabuloso Doutor Dolittle)
– Richard Rodney Bennett (Longe Deste Insensato Mundo)
– Quincy Jones (A Sangue Frio) • Elmer Bernstein (Positivamente Millie)
MELHOR TRILHA MUSICAL, ADAPTAÇÃO OU TRATAMENTO • Alfred Newman, Ken Darby (Camelot)
– Lionel Newman, Alexander Courage (O Fabuloso Doutor Dolittle)
– Frank De Vol (Adivinhe Quem Vem Para Jantar)
– André Previn, Joseph Gershenson (Positivamente Millie)
– John Williams (O Vale das Bonecas)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL – “The Bare Necessities”, de Terry Gilkyson (Mogli – O Menino Lobo)
– “The Eyes of Love”, de Quincy Jones, Bob Russell (Um Homem em Leilão)
– “The Look of Love”, de Burt Bacharach, Hal David (Casino Royale) • “Talk to the Animals”, de Leslie Bricusse (O Fabuloso Doutor Dolittle)– Leslie Bricusse não estava presente na cerimônia. Sammy Davis Jr. aceitou o prêmio em seu nome.
– “Thoroughly Modern Millie”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Positivamente Millie)
MELHOR SOM – Camelot
– Os Doze Condenados
– O Fabuloso Doutor Dolittle • No Calor da Noite – Positivamente Millie
MELHORES EFEITOS VISUAIS • L.B. Abbott (O Fabuloso Doutor Dolittle) – Howard A. Anderson, Albert Whitlock (Tobruk)
MELHORES EFEITOS SONOROS • John Poyner (Os Doze Condenados)
– James Richard (No Calor da Noite)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Paddle to the Sea, de Julian Biggs • A Place to Stand, de Christopher Chapman
– Sky Over Holland, de John Fernhout
– Stop Look and Listen, de Len Janson, Chuck Menville
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • The Box, de Fred Wolf – Hypothèse Beta, de Jean-Charles Meunier
– What on Earth!, de Robert Verrall, Wolf Koenig
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA – Monument to the Dream, de Charles Guggenheim
– A Place to Stand, de Christopher Chapman • The Redwoods, de Mark Jonathan Harris, Trevor Greenwood
– See You at the Pillar, de Robert Fitchet
– While I Run This Race, de Carl V. Ragsdale
MELHOR DOCUMENTÁRIO – Festival, de Murray Lerner
– Harvest, de Carroll Ballard
– A King’s Story, de Jack Levin • La Section Anderson, de Pierre Schoendoerffer
– A Time for Burning, de Bill Jersey
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA – El Amor Brujo, de Francisco Rovira Beleta – ESPANHA
– Skupljaci Perja, de Aleksandr Petrovic – IUGOSLÁVIA • Trens Estreitamente Vigiados (Ostre sledované vlaky), de Jirí Menzel – TCHECOSLOVÁQUIA
– Viver por Viver (Vivre pour vivre), de Claude Lelouch – FRANÇA
– Chieko-sho, de Noburo Nakamura – JAPÃO
Danny Kaye apresenta o prêmio de Filme em Língua para a Tchecoslováquia. No momento em que o vencedor foi ao palco, o locutor se confundiu e anunciou o prêmio para a Iugoslávia.
OSCAR HONORÁRIO • Arthur Freed
IRVING G. THALBERG AWARD • Alfred Hitchcock
Bob Hope introduz Robert Wise, que faz um breve resumo da carreira e reconhece a qualidade do homenageado Alfred Hitchcock. Por nunca ter ganhado o Oscar, ele faz o discurso mais curto da história do Thalberg: “Thank you”.
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Gregory Peck
THE 39th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1967
10 de abril de 1967
O Homem que Não Vendeu Sua Alma (A Man for All Seasons): 6 Oscars
MELHOR FILME – Como Conquistar as Mulheres (Alfie)
Produtor: Lewis Gilbert • O Homem que Não Vendeu Sua Alma (A Man for All Seasons) Produtor: Fred Zinnemann – Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando! (The Russians Are Coming the Russians Are Coming)
Produtor: Norman Jewison
– O Canhoneiro do Yang-Tsé (The Sand Pebbles)
Produtor: Robert Wise
– Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who’s Afraid of Virginia Woolf?)
Produtor: Ernest Lehman
Audrey Hepburn fecha com chave de ouro com o Oscar de Melhor Filme
MELHOR DIRETOR – Michelangelo Antonioni (Blow-Up – Depois Daquele Beijo)
– Richard Brooks (Os Profissionais)
– Claude Lelouch (Um Homem, Uma Mulher)
– Mike Nichols (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?) • Fred Zinnemann (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
Rosalind Russell apresenta o Oscar para Zinnemann, enquanto Julie Christie concede a estatueta para Paul Scofield, recebido por Wendy Hiller.
MELHOR ATOR
– Alan Arkin (Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!)
– Richard Burton (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
-Michael Caine (Como Conquistar as Mulheres)
– Steve McQueen (O Canhoneiro do Yang-Tsé) • Paul Scofield (O Homem que Não Vendeu Sua Alma) – Paul Scofield não estava presente na cerimônia. Wendy Hiller aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR ATRIZ
– Anouk Aimée (Um Homem, Uma Mulher)
– Ida Kaminska (A Pequena Loja da Rua Principal)
– Lynn Redgrave (Georgy, a Feiticeira)
– Vanessa Redgrave (Deliciosas Loucuras de Amor) • Elizabeth Taylor (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?) – Elizabeth Taylor não estava presente na cerimônia. Anne Bancroft aceitou o prêmio em seu nome.
Lee Marvin apresenta o Oscar de Atriz, aceito por Anne Bancroft.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Mako (O Canhoneiro do Yang-Tsé)
– James Mason (Georgy, a Feiticeira) • Walter Matthau (Uma Loura por Um Milhão)
– George Segal (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
– Robert Shaw (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
Mesmo com o braço quebrado, Walther Matthau compareceu à cerimônia pra receber seu Oscar das mãos de Shelley Winters, numa época em que poucos indicados marcavam presença.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE • Sandy Dennis (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?) – Sandy Dennis não estava presente na cerimônia. – Wendy Hiller (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
– Jocelyne LaGarde (Havaí)
– Vivien Merchant (Como Conquistar as Mulheres)
– Geraldine Page (Agora Você é um Homem)
Sidney Poitier entrega o Oscar para o diretor Mike Nichols na ausência de Sandy Dennis.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Michelangelo Antonioni, Tonino Guerra, Edward Bond (Blow-Up – Depois Daquele Beijo)
– Billy Wilder, I.A.L. Diamond (Uma Loura por um Milhão)
– Robert Ardrey (Khartoum)
– Clint Johnston, Don Peters (A Prova do Leão) • Claude Lelouch, Pierre Uytterhoeven (Um Homem, Uma Mulher)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Bill Naughton (Como Conquistar as Mulheres) • Robert Bolt (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
– Richard Brooks (Os Profissionais)
– William Rose (Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!)
– Ernest Lehman (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
Que dupla clássica do cinema: Fred Astaire e Ginger Rogers! Eles apresentam os dois prêmios de roteiro.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Ernest Laszlo (Viagem Fantástica)
– Russell Harlan (Havaí) • Ted Moore (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
– Conrad L. Hall (Os Profissionais)
– Joseph MacDonald (O Canhoneiro do Yang-Tsé)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Joseph LaShelle (Uma Loura por Um Milhão)
– Kenneth Higgins (Georgy, a Feiticeira)
– Marcel Grignon (Paris Está em Chamas?)
– James Wong Howe (O Segundo Rosto) • Haskel Wexler (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
A sueca Ann-Margret e o egípcio Omar Sharif apresentam os dois prêmios de Fotografia
MELHOR MONTAGEM
– William B. Murphy (Viagem Fantástica) • Fredric Steinkamp, Henry Berman, Stu Linder, Frank Santillo (Grand Prix) – Hal Ashby, J. Terry Williams (Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!)
– William Reynolds (O Canhoneiro do Yang-Tsé)
– Sam O’Steen (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA •Jack Martin Smith, Dale Hennesy, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (Viagem Fantástica)
– Alexander Golitzen, George C. Webb, John McCarthy Jr., John P. Austin (Como Possuir Lissu)
– Piero Gherardi (Julieta dos Espíritos)
– Hal Pereira, Arthur Lonergan, Robert R. Benton, James W. Payne (Confidências de Hollywood)
– Boris Leven, Walter M. Scott, John Sturtevant, William Kiernan (O Canhoneiro de Yang-Tsé)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO
– Robert Luthardt, Edward G. Boyle (Uma Loura por Um Milhão)
– Luigi Scaccianoce (O Evangelho Segundo São Mateus)
– Willy Holt, Marc Frédérix, Pierre Guffroy (Paris Está em Chamas?)
– George W. Davis, Paul Groesse, Henry Grace, Hugh Hunt (A Mulher Sem Rosto) • Richard Sylbert, George James Hopkins (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Jean Louis (Como Possuir Lissu)
– Dorothy Jeakins (Havaí)
– Piero Gherardi (Julieta dos Espíritos)
– Edith Head (Confidências de Hollywood) • Elizabeth Haffenden, Joan Bridge (O Homem que Não Vendeu Sua Alma)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO
– Danilo Donati (O Evangelho Segundo São Mateus)
– Danilo Donati (A Mandragora)- Helen Rose (A Mulher Sem Rosto)
– Jocelyn Rickards (Deliciosas Loucuras de Amor) • Irene Sharaff (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL
– Toshirô Mayuzumi (A Bíblia) • John Barry (A História de Elsa)
– Elmer Bernstein (Havaí)
– Jerry Goldsmith (O Canhoneiro do Yang-Tsé)
– Alex North (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
MELHOR TRILHA MUSICAL, ADAPTAÇÃO OU TRATAMENTO • Ken Thorne (Um Escravo das Arábias em Roma)
– Luis Bacalov (O Evangelho Segundo São Mateus)
– Elmer Bernstein (A Volta dos Sete Homens)
– Harry Sukman (Dominique)
– Al Ham (Stop the World: I Want to Get Off)
Mary Tyler Moore e Dick Van Dyke fazem a duplinha pra entregar os prêmios de música. E em seguida, Dean Martin apresenta Melhor Canção
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Alfie”, de Burt Bacharach, Hal David (Como Conquistar as Mulheres) • “Born Free”, de John Barry, Don Black (A História de Elsa)
– “Georgy Girl”, de Tom Springfield, Jim Dale (Georgy, a Feiticeira)
– “My Wishing Doll”, de Elmer Bernstein, Mack David (Havaí)
– “A Time for Love”, de Johnny Mandel, Paul Francis Webster (Eu Te Verei no Inferno, Querida)
MELHOR SOM
– Waldon O. Watson (Como Possuir Lissu) • Franklin Milton (Grand Prix)
– Gordon Sawyer (Havaí)
– James Corcoran (O Canhoneiro do Yang-Tsé)
– George Groves (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?)
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Art Cruickshank (Viagem Fantástica)
– Linwood G. Dunn (Havaí)
MELHORES EFEITOS SONOROS
– Walter Rossi (Viagem Fantástica) • Gordon Daniel (Grand Prix)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Turkey the Birdge, de Derek Williams • Wild Wings, de Edgar Anstey
– The Winning Strain, de Leslie Winik
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Wolf Koenig, Robert Verrall (The Drag) • A Herb Alpert & The Tijuana Brass Double Feature, de John Hubley, Faith Hubley
– The Pink Blueprint, de David H. DePatie, Friz Freleng
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Adolescence, de Marin Karmitz, Vladimir Forgency
– Cowboy, de Michael Ahnemann, Gary Schlosser
– The Odds Against, de Lee R. Bobker, Helen Kristt Radin
– Részletek J.S. Bach Máté passiójából • A Year Toward Tomorrow, de Edmond Levy
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Face of a Genius, de Alfred R. Kelman
– Helicopter Canada, de Peter Jones, Tom Daly • O Jogo da Guerra, de Peter Watkins
– Le Volcan Interdit, de Haroun Tazieff
– The Really Big Family, de Alexander Grasshoff
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri), de Gillo Pontecorvo – ITÁLIA • Um Homem, Uma Mulher (Un Homme et une Femme), de Claude Lelouch – FRANÇA
– Os Amores de uma Loira (Lásky Jedné Plavovlásky), de Milos Forman – TCHECOSLOVÁQUIA
– Faraó (Faraon), de Jerzy Kawalerowicz – POLÔNIA
– Tri, de Aleksandar Petrovic – IUGOSLÁVIA
Patricia Neal apresenta o prêmio para o Filme em Língua Estrangeira
OSCAR HONORÁRIO • Y. Frank Freeman • Yakima Canutt– Pelas conquistas como dublê e desenvolvimento de dispositivos de segurança para proteger dublês
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Robert Wise
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • George Bagnall
THE 38th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1966
18 de Abril de 1966
A Noviça Rebelde (The Sound of Music), de Robert Wise: 5 Oscars
MELHOR FILME
– Darling – A Que Amou Demais (Darling)
Produtor: Joseph Janni
– Doutor Jivago (Doctor Zhivago)
Produtor: Carlo Ponti
– A Nau dos Insensatos (Ship of Fools)
Produtor: Stanley Kramer • A Noviça Rebelde (The Sound of Music)– Robert Wise não estava presente na cerimônia. Saul Chaplin aceitou o prêmio em seu nome.
Produtor: Robert Wise – Mil Palhaços (A Thousand Clowns) Produtor: Fred Coe
Jack Lemmon encerra a noite com os indicados a Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– David Lean (Doutor Jivago)
– John Schlesinger (Darling – A Que Amou Demais)
– Hiroshi Teshigahara (A Mulher da Areia)
– William Wyler (O Colecionador) • Robert Wise (A Noviça Rebelde)– Robert Wise não estava presente na cerimônia. Julie Andrews aceitou o prêmio em seu nome.
Shirley MacLaine apresenta o Oscar de Direção. Na ausência de Robert Wise, Julie Andrews aceita no palco.
MELHOR ATOR
– Richard Burton (O Espião que Veio do Frio) • Lee Marvin (Dívida de Sangue)
– Laurence Olivier (Othello)
– Rod Steiger (O Homem do Prego)
– Oskar Werner (A Nau dos Insensatos)
Bastante ovacionado, Lee Marvin agradece ao cavalo do filme Dívida de Sangue
MELHOR ATRIZ
– Julie Christie (A Noviça Rebelde) • Julie Christie (Darling – A Que Amou Demais) – Samantha Eggar (O Colecionador)
– Elizabeth Hartman (Quando Só o Coração Vê)
– Simone Signoret (A Nau dos Insensatos)
Uma radiante e dourada Julie Christie mal se contém em seu breve discurso de agradecimento
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Martin Balsam (Mil Palhaços)
– Ian Bannen (O Vôo da Fênix)
– Tom Courtenay (Doutor Jivago)
– Michael Dunn (A Nau dos Insensatos)
– Frank Finlay (Othello)
A encantadora Lila Kedrova concede a estatueta a Martin Balsam
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Ruth Gordon (À Procura do Destino)
– Joyce Redman (Othello)
– Maggie Smith (Othello) • Shelley Winters (Quando Só o Coração Vê) – Peggy Wood (A Noviça Rebelde)
Apesar do vestido horrível (que muito se deve ao babado circense), Shelley Winters leva seu segundo Oscar e faz um discurso simpático.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Agenore Incrocci, Furio Scarpelli, Mario Monicelli, Tonino Guerra, Giorgio Salvioni, Suso Cecchi D’Amico (Casanova 70) • Frederic Raphael (Darling – A Que Amou Demais)
– Jack Davies, Ken Annakin (Esses Homens Maravilhosos e Suas Máquinas Voadoras)
– Franklin Coen, Frank Davis (O Trem)
– Jacques Demy (Os Guarda-Chuvas do Amor)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Walter Newman, Frank Pierson (Dívida de Sangue)
– Stanley Mann, John Kohn (O Colecionador) • Robert Bolt (Doutor Jivago)
– Abby Mann (A Nau dos Insensatos)
– Herb Gardner (Mil Palhaços)
Joanne Woodward e George Peppard anunciam os roteiristas vencedores.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Leon Shamroy (Agonia e Êxtase)
– Russell Harlan (A Corrida do Século) • Freddie Young (Doutor Jivago)
– William C. Mellor, Loyal Griggs (A Maior História de Todos os Tempos) – A indicação de William C. Mellor é póstuma. Ele morreu de ataque cardíaco durante as filmagens. Loyal Griggs foi contratado para terminar as filmagens.
– Ted D. McCord (A Noviça Rebelde)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Loyal Griggs (A Primeira Vitória)
– Burnett Guffey (Rei de um Inferno)
– Robert Burks (Quando Só o Coração Vê)
– Conrad L. Hall (Morituri) • Ernest Laszlo (A Nau dos Insensatos)
Kim Novak e Richard Johnson são chamados por Bob Hope para conceder os prêmios de Fotografia
MELHOR MONTAGEM
– Charles Nelson (Dívida de Sangue)
– Norman Savage (Doutor Jivago) • William Reynolds (A Noviça Rebelde)
– Michael Luciano (O Vôo da Fênix)
– Ralph E. Winters (A Corrida do Século)
Um jovem porém já grisalho Jason Robards apresenta o Oscar de montagem.
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– John DeCuir, Jack Martin Smith, Dario Simoni (Agonia e Êxtase) • John Box, Terence Marsh, Dario Simoni (Doutor Jivago)
– Richard Day, William J. Creber, David S. Hall, Ray Moyer, Fred M. MacLean, Norman Rockett (A Maior História de Todos os Tempos)
– Robert Clatworthy, George James Hopkins (À Procura do Destino)
– Boris Leven, Walter M. Scott, Ruby R. Levitt (A Noviça Rebelde)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO
– Robert Emmet Smith, Frank Tuttle (Rei de um Inferno)
– George W. Davis, Urie McCleary, Henry Grace, Charles S. Thompson (Quando Só o Coração Vê)
– Hal Pereira, Jack Poplin, Robert R. Benton, Joseph Kish (Uma Vida em Suspense) • Robert Clatworthy, Joseph Kish (A Nau dos Insensatos)
– Hal Pereira, Tambi Larsen, Ted Marshall, Josie MacAvin (O Espião que Veio do Frio)
O brotinho Warren Beatty e Debbie Reynolds se juntam para apresentar os Oscars de Direção de Arte.
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Vittorio Nino Novarese (Agonia e Êxtase) • Phyllis Dalton (Doutor Jivago)
– Vittorio Nino Novarese, Marjorie Best (A Maior História de Todos os Tempos)
– Edith Head, Bill Thomas (À Procura do Destino)
– Dorothy Jeakins (A Noviça Rebelde)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO • Julie Harris (Darling – A Que Amou Demais)
– Moss Mabry (Morituri)
– Howard Shoup (Obsessão de Amar)
– Bill Thomas, Jean Louis (A Nau dos Insensatos)
– Edith Head (Uma Vida em Suspense)
Um novinho James Garner com a bela Lana Turner apresentam os prêmios de Figurino
MELHOR TRILHA MUSICAL – SUBSTANCIALMENTE ORIGINAL • Maurice Jarre (Doutor Jivago)
– Alex North (Agonia e Êxtase)
– Alfred Newman (A Maior História de Todos os Tempos)
– Jerry Goldsmith (Quando Só o Coração Vê)
– Michel Legrand, Jacques Demy (Os Guarda-Chuvas do Amor)
MELHOR TRILHA MUSICAL – ADAPTADA OU TRATAMENTO
– Frank De Vol (Dívida de Sangue)
– Lionel Newman, Alexander Courage (Em Busca do Prazer) • Irwin Kostal (A Noviça Rebelde)
– Don Walker (Mil Palhaços)
– Michel Legrand (Os Guarda-Chuvas do Amor)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Ballad of Cat Ballou”, de Jerry Levingston, Mack David (Dívida de Sangue)
– “I Will Wait for You”, de Michel Legrand, Jacques Demy (Os Guarda-Chuvas do Amor) • “The Shadow of Your Smile”, de Johnny Mandel, Paul Francis Webster (Adeus às Ilusões)
– “The Sweetheart Tree”, de Henry Mancini, Johnny Mercer (A Corrida do Século)
– “What’s New, Pussycat?”, de Burt Bacharach, Hal David (Que é que Há, Gatinha?)
Natalie Wood desfilando com seu belo decote antes de apresentar Melhor Canção
MELHOR SOM
– James Corcoran (Agonia e Êxtase)
– A.W. Watkins, Franklin Milton (Doutor Jivago)
– George Groves (A Corrida do Século)
– Waldon O. Watson (Shenandoah) •James Corcoran, Fred Hynes (A Noviça Rebelde)
MELHORES EFEITOS VISUAIS
– J. McMillan Johnson (A Maior História de Todos os Tempos) •John Stears (007 Contra a Chantagem Atômica)
Dorothy Malone apresenta o segundo Oscar para a franquia James Bond
MELHORES EFEITOS SONOROS •Treg Brown (A Corrida do Século)
– Walter Rossi (O Expresso de Von Ryan)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Fortress of Peace, de Lothar Wolff •Le Poulet, de Claude Berri
– Skaterdater, de Marshall Backlar, Noel Black
– Snow, de Edgar Anstey
– Time Piece, de Jim Henson
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Clay or the Origin of Species, de Eli Noyes •The Dot and the Line: A Romance in Lower Mathematics, de Chuck Jones, Les Goldman
– La Gazza Ladra, de Emmanuelle Luzzatti
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Mural on Our Street, de Kirk Smallman
– Nyitany
– Point of View •To Be Alive!, de Francis Thompson
– Yeats Country, de Patrick Carey, Joe Mendoza
MELHOR DOCUMENTÁRIO •The Eleanor Roosevelt Story, de Sidney Glazier
– The Forth Road Bridge, de Peter Mills
– The Battle of the Bulge… The Brave Rifles, de Laurence E. Mascott
– Let My People Go: The Story of Israel, de Marshall Flaum
– Mourir à Madrid, de Frédéric Rossif
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– As 4 Faces do Medo (Kaidan), de Masaki Kobayashi – JAPÃO
– Adorado John (Käre John), de Lars-Magnus Lindgren – SUÉCIA •A Pequena Loja da Rua Principal (Obchod na Korze), de Ján Kadár, Elmar Klos – TCHECOSLOVÁQUIA
– To Homa Vaftike Kokkino, de Vasilis Georgiadis – GRÉCIA
– Matrimônio à Italiana (Matrimonio all’italiana), de Vittorio De Sica – ITÁLIA
Gregory Peck dá um ar mais clássico ao Oscar de Filme Estrangeiro.
OSCAR HONORÁRIO • Bob Hope– Pelos únicos e distintos serviços prestados à indústria e à Academia.
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • William Wyler
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Edmond L. DePatie
THE 37th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1965
05 de Abril de 1965
Minha Bela Dama (My Fair Lady), de George Cukor: 8 Oscars
MELHOR FILME
– Zorba, o Grego (Alexis Zorba)
Produtor: Mihalis Kakogiannis
– Becket, o Favorito do Rei (Becket)
Produtor: Hal B. Wallis
– Dr. Fantástico (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb)
Produtor: Stanley Kubrick
– Mary Poppins (Mary Poppins)
Produtores: Walt Disney, Bill Walsh • Minha Bela Dama (My Fair Lady)
Produtor: Jack L. Warner
MELHOR DIRETOR • George Cukor (Minha Bela Dama) – Mihalis Kakogiannis (Zorba, o Grego) – Peter Glenville (Becket, o Favorito do Rei) – Stanley Kubrick (Dr. Fantástico) – Robert Stevenson (Mary Poppins)
Enquanto Joan Crawford apresenta Diretor para George Cukor, Gregory Peck apresenta Melhor Filme.
MELHOR ATOR
– Richard Burton (Becket, o Favorito do Rei) • Rex Harrison (Minha Bela Dama)
– Peter O’Toole (Becket, o Favorito do Rei)
– Anthony Quinn (Zorba, o Grego)
– Peter Sellers (Dr. Fantástico)
A jovem Audrey Hepburn apresenta Melhor Ator para Rex Harrison.
MELHOR ATRIZ • Julie Andrews (Mary Poppins) – Anne Bancroft (Crescei e Multiplicai-vos) – Sophia Loren (Matrimônia à Italiana)
– Debbie Reynolds (A Inconquistável Molly)
– Kim Stanley (Farsa Diabólica)
Sidney Poitier entrega o Oscar para uma encantadora Julie Andrews.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– John Gielgud (Becket, o Favorito do Rei)
– Stanley Holloway (Minha Bela Dama)
– Edmond O’Brien (Sete Dias de Maio)
– Lee Tracy (Vassalos da Ambição) • Peter Ustinov (Topkapi)– Peter Ustinov não estava presente na cerimônia. Jonathan Winters aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Gladys Cooper (Minha Bela Dama)
– Edith Evans (Corações Feridos)
– Grayson Hall (A Noite do Iguana) • Lila Kedrova (Zorba, o Grego)
– Agnes Moorehead (Com a Maldade na Alma)
Lila Kedrova abraça seu parceiro de set, Anthony Quinn, antes de receber a estatueta de Karl Malden.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Alun Owen (Os Reis do Ié-Ié-Ié) • S. H. Barnett, Peter Stone, Frank Tarloff (Papai Ganso)
– Orville H. Hampton, Rapahel Hayes (One Potato, Two Potato)
– Agenore Incrocci, Furio Scarpelli, Mario Monicelli (Os Companheiros)
– Jean-Paul Rappeneau, Ariane Mnouchkine, Daniel Boulanger, Philippe de Broca (O Homem do Rio)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO • Edward Anhalt (Becket, o Favorito do Rei)
– Stanley Kubrick, Peter George, Terry Southern (Dr. Fantástico)
– Bill Walsh, Don DaGradi (Mary Poppins)
– Alan Jay Lerner (Minha Bela Dama)
– Mihalis Kakogiannis (Zorba, o Grego)
A classuda Deborah Kerr apresenta os dois prêmios de Roteiro.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Geoffrey Unsworth (Becket, o Favorito do Rei)
– William H. Clothier (Crepúsculo de uma Raça)
– Edward Colman (Mary Poppins) • Harry Stradling Sr. (Minha Bela Dama)
– Daniel L. Fapp (A Inconquistável Molly)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Philip H. Lathrop (Não Podes Comprar Meu Amor)
– Milton R. Krasner (O Destino é o Caçador)
– Joseph F. Biroc (Com a Maldade na Alma)
– Gabriel Figueroa (A Noite do Iguana) • Walter Lassally (Zorba, o Grego)
Rock Hudson e Jean Simmons apresentam os prêmios de fotografia.
MELHOR MONTAGEM
– Anne V. Coates (Becket, o Favorito do Rei)
– Ted J. Kent (Papai Ganso)
– Michael Luciano (Com a Maldade na Alma) • Cotton Warburton (Mary Poppins)
– William H. Ziegler (Minha Bela Dama)
Vince Edwards e um novinho Richard Chamberlain apresentam Melhor Montagem.
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– John Bryan, Maurice Carter, Patrick McLoughlin, Robert Cartwright (Becket, o Favorito do Rei)
– Carroll Clark, William H. Tuntke, Emile Kuri, Hal Gausman (Mary Poppins) • Gene Allen, Cecil Beaton, George James (Minha Bela Dama)
– George W. Davis, E. Preston Ames, Henry Grace, Hugh Hunt (A Inconquistável Molly)
– Jack Martin Smith, Ted Haworth, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (A Senhora e Seus Maridos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO
– George W. Davis, Hans Peter, Elliot Scott, Henry Grace, Robert R. Benton (Não Podes Comprar Meu Amor)
– William Glasgow, Rapahel Bretton (Com a Maldade na Alma)
– Stephen B. Grimes (A Noite do Iguana)
– Cary Odell, Edward G. Boyle (Sete Dias de Maio) • Vassilis Photopoulos (Zorba, o Grego)
Elizabeth Ashley e Macdonald Carey se encarregam das categorias de direção de arte.
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Margaret Furse (Becket, o Favorito do Rei)
– Tony Walton (Mary Poppins) • Cecil Beaton (Minha Bela Dama)
– Morton Haack (A Inconquistável Molly)
– Edith Head, Moss Mabry (A Senhora e Seus Maridos)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO
– Edith Head (Uma Certa Casa Suspeita)
– Norma Koch (Com a Maldade na Alma)
– Howard Shoup (Aluga-se a Casa Branca) • Dorothy Jeakins (A Noite do Iguana)
– René Hubert (A Visita)
Greer Garson e Dick Van Dyke apresentam os prêmios de figurino.
MELHOR TRILHA MUSICAL, SUBSTANCIALMENTE ORIGINAL
– Laurence Rosenthal (Becket, o Favorito do Rei)
– Dimitri Tiomkin (A Queda do Império Romano)
– Frank De Vol (Com a Maldade na Alma) • Richard M. Sherman, Robert B. Sherman (Mary Poppins)
– Henry Mancini (A Pantera Cor-de-Rosa)
Os irmãos Sherman recebem o Oscar por Mary Poppins.
MELHOR TRILHA MUSICAL, ADAPTADA OU TRATAMENTO
– George Martin (Os Reis do Ié-Ié-Ié)
– Irwin Kostal (Mary Poppins) • André Previn (Minha Bela Dama)
– Nelson Riddle (Robin Hood de Chicago)
– Robert Armbruster, Leo Arnaud, Jack Elliot, Jack Hayes, Calvin Jackson, Leo Shuken (A Inconquistável Molly)
A adorável Debbie Reynolds apresenta o Oscar de Trilha Adaptada. Ela ficou na expectativa de seu filme vencer…
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL • “Chim Chim Cher-ee”, de Richard M. Sherman, Robert B. Sherman (Mary Poppins)
– “Dear Heart”, de Henry Mancini, Jay Livingston (Coração Querido)
– “Hush… Hush, Sweet Charlotte”, de Frank De Vol, Mack David (Com a Maldade na Alma)
– “My Kind of Town”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Robin Hood de Chicago)
– “Where Love Has Gone”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Escândalo na Sociedade)
…e os irmãos Sherman retornam para levar o Oscar de Canção Original também.
MELHOR SOM
– John Cox (Becket, o Favorito do Rei)
– Waldon O. Watson (Papai Ganso)
– Robert O. Cook (Mary Poppins) • George Groves (Minha Bela Dama)
– Franklin Milton (A Inconquistável Molly)
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Peter Ellenshaw, Hamilton Luske, Eustace Lycett (Mary Poppins)
– Jim Danforth (As 7 Faces do Dr. Lao)
O jovem astro francês Alain Delon apresenta Efeitos Visuais para Mary Poppins.
MELHORES EFEITOS SONOROS
– Robert L. Bratton (Demônios da Pista) • Norman Wanstall (007 Contra Goldfinger)
Angie Dickinson concede o primeiro Oscar para a franquia de James Bond.
MELHOR CURTA-METRAGEM • Casals Conducts: 1964, de Edward Schreiber
– Help! My Snowman’s Burning Down, de Carson Davidson
– The Legend of Jimmy Blue Eyes, de Robert Clouse
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Christmas Cracker
– How to Avoid Friendship, de William L. Snyder
– Nudnik #2, de William L. Snyder • A Pantera Pinta o Sete, de David H. DePatie, Friz Freleng
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Breaking the Habit, de Henry Jacobs, John Korty
– Children Without
– Eskimo Artist: Kenojuak
– 140 Days Under the World, de Geoffrey Scott, Oxley Hughan • Nine from Little Rock
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Finest Hours, de Jack Levin • Mundo Sem Sol, de Jacques-Yves Cousteau
– Quatro Dias em Novembro, de Mel Stuart
– Alleman, de Bert Haanstra
– 14-18, de Jean Aureal
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA • Ontem, Hoje e Amanhã (Ieri, Oggi, Domani), de Vittorio De Sica – ITÁLIA
– Kvarteret Korpen, de Bo Widerberg – SUÉCIA
– Sallah Shabati, de Ephraim Kishon – ISRAEL
– Os Guarda-Chuvas do Amor (Les Parapluis de Cherbourg), de Jacques Demy – FRANÇA
– A Mulher da Areia (Suna no Onna), de Hiroshi Teshigahara – JAPÃO
O filme italiano leva o Oscar com filme de Vittorio De Sica. Com ele ausente, Joseph E. Levine recebe o prêmio.
OSCAR HONORÁRIO • William Tuttle (As 7 Faces do Dr. Lao)– Por suas conquistas na maquiagem
THE 36th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1964
13 de Abril de 1964
As Aventuras de Tom Jones (Tom Jones), de Tony Richardson: 4 Oscars
MELHOR FILME
– Terra do Sonho Distante (America America)
Produtor: Elia Kazan
– Cleópatra (Cleopatra)
Produtor: Walter Wanger
– A Conquista do Oeste (How the West Was Won)
Produtor: Bernard Smith
– Uma Voz nas Sombras (Lilies of the Field)
Produtor: Ralph Nelson • As Aventuras de Tom Jones (Tom Jones)
Produtor: Tony Richardson – Tony Richardson não estava presente na cerimônia. David V. Picker aceitou prêmio em seu nome.
MELHOR DIRETOR
– Federico Fellini (8½)
– Elia Kazan (Terra do Sonho Distante)
– Otto Preminger (O Cardeal) • Tony Richardson (As Aventuras de Tom Jones)– Tony Richardson não estava presente na cerimônia. Edith Evans aceitou o prêmio em seu nome. – Martin Ritt (O Indomado)
Tony Richardson perdeu sua oportunidade única de receber a estatueta do Oscar das mãos da musa Rita Hayworth
MELHOR ATOR
– Albert Finney (As Aventuras de Tom Jones)
– Richard Harris (O Pranto de um Ídolo)
– Rex Harrison (Cleópatra)
– Paul Newman (O Indomado) • Sidney Poitier (Uma Voz nas Sombras)– Sidney Poitier se tornou o primeiro afro-americano a ganhar o Oscar de Melhor Ator
MELHOR ATRIZ
– Leslie Caron (A Mulher que Pecou)
– Shirley MacLaine (Irma La Douce) • Patricia Neal (O Indomado)– Patricia Neal não estava presente na cerimônia. Annabella aceitou o prêmio em seu nome. – Rachel Roberts (O Pranto de um Ídolo) – Natalie Wood (O Preço de um Prazer)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Nick Adams (O Crime é Homicídio)
– Bobby Darin (Pavilhão 7) • Melvyn Douglas (O Indomado)– Melvyn Douglas não estava presente na cerimônia. Brandon De Wilde aceitou o prêmio em seu nome.
– Hugh Griffith (As Aventuras de Tom Jones)
– John Huston (O Cardeal)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Diane Cilento (As Aventuras de Tom Jones)
– Edith Evans (As Aventuras de Tom Jones)
– Joyce Redman (As Aventuras de Tom Jones) • Margaret Rutherford (Gente Muito Importante)– Margaret Rutherford não estava presente na cerimônia. Peter Ustinov aceitou o prêmio em seu nome.
– Lilia Skala (Uma Voz nas Sombras)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Elia Kazan (Terra do Sonho Distante)
– Federico Fellini (8½)
– Pasquale Festa Campanille, Massimo Franciosa, Nanni Loy, Vasco Pratolini, Carlo Bernari (4 Dias de Rebelião) • James R. Webb (A Conquista do Oeste)
– Arnold Schulman (O Preço de um Prazer)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Richard L. Breen, Phoebe Ephron, Henry Ephron (Pavilhão 7)
– Irving Ravetch, Harriet Frank Jr. (O Indomado)
– James Poe (Uma Voz nas Sombras) • John Osborne (As Aventuras de Tom Jones)
– Serge Bourguignon, Antoine Tudal (Sempre aos Domingos)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Leon Shamroy (O Cardeal) • Leon Shamroy (Cleópatra)
– William H. Daniels, Milton R. Krasner, Charles Lang, Joseph LaShelle (A Conquista do Oeste)
– Joseph LaShelle (Irma La Douce)
– Ernest Laszlo (Deu a Louca no Mundo)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– George J. Folsey (O Balcão)
– Lucien Ballard (Almas nas Trevas) • James Wong Howe (O Indomado)
– Ernest Haller (Uma Voz nas Sombras)
– Milton R. Krasner (O Preço de um Prazer)
MELHOR MONTAGEM
– Louis R. Loeffler (O Cardeal)
– Dorothy Spencer (Cleópatra) • Harold F. Kress (A Conquista do Oeste)
– Ferris Webster (Fugindo do Inferno)
– Frederic Knudtson, Robert C. Jones, Gene Fowler Jr. (Deu a Louca no Mundo)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Lyle R. Wheeler, Gene Callahan (O Cardeal)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, James W. Payne (O Bem Amado) • John DeCuir, Jack Martin Smith, Hilyard M. Brown, Herman A. Blumenthal, Elven Webb, Maurice Pelling, Boris Juraga, Walter M. Scott, Paul S. Fox, Ray Moyer (Cleópatra)
– George W. Davis, William Ferrari, Addison Hehr, Henry Grace, Don Greenwood Jr., Jack Mills (A Conquista do Oeste)
– Ralph W. Brinton, Ted Marshall, Jocelyn Herbert, Josie MacAvin (As Aventuras de Tom Jones)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO • Gene Callahan (Terra do Sonhos Distante)
– Piero Gherardi (8½)
– Hal Pereira, Tambi Larsen, Sam Comer, Robert R. Benton (O Indomado)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Grace Gregory (O Preço de um Prazer)
– George W. Davis, Paul Groesse, Henry Grace, Hugh Hunt (O Crime é Homicídio)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Donald Brooks (O Cardeal) •Irene Sharaff, Vittorio Nino Novarese, Renié (Cleópatra)
– Walter Plunkett (A Conquista do Oeste)
– Piero Tosi (O Leopardo)
– Edith Head (Amor Daquele Jeito)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO • Piero Gherardi (8½) – Edith Head (O Preço de um Prazer)
– Travilla (Venus à Venda)
– Bill Thomas (Na Voragem das Paixões)
– Edith Head (Esposas e Amantes)
MELHOR TRILHA MUSICAL – SUBSTANCIALMENTE ORIGINAL
– Alex North (Cleópatra)
– Dimitri Tiomkin (55 Dias em Peking)
– Alfred Newman, Ken Darby (A Conquista do Oeste)
– Ernest Gold (Deu a Louca no Mundo) • John Addison (As Aventuras de Tom Jones)– John Addison não estava presente na cerimônia. Elmer Bernstein aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR TRILHA MUSICAL – ADAPTADA OU TRATAMENTO
– Johnny Green (Adeus, Amor)
– Leith Stevens (Amor Daquele Jeito) • André Previn (Irma La Douce)
– Maurice Jarre (Sempre aos Domingos)
– George Burns (A Espada Era a Lei)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL • “Call me Irresponsible”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (O Estado Interessante de Papai)
– “Charade”, de Henry Mancini, Johnny Mercer (Charada)
– “It’s a Mad Mad Mad Mad World”, de Ernest Gold, Mack David (Deu a Louca no Mundo)
– “More”, de Riz Ortolani, Nino Oliviero, Norman Newell (Mundo Cão)
– “So Little Time”, de Dimitri Tiomkin, Paul Francis Webster (55 Dias em Peking)
MELHOR SOM
– Charles Rice (Adeus, Amor)
– Waldon O. Watson (Pavilhão 7)
– James Corcoran (Cleópatra) • Franklin Milton (A Conquista do Oeste)
– Gordon Sawyer (Deu a Louca no Mundo)
MELHORES EFEITOS VISUAIS
– Ub Iwerks (Os Pássaros) • Emil Kosa Jr. (Cleópatra)
MELHORES EFEITOS SONOROS
– Robert L. Bratton (Águias em Alerta) • Walter Elliott (Deu a Louca no Mundo)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Koncert, de Ezra R. Baker
– The Home-Made Car, de James Hill • La Rivière du Hibou, de Paul de Roubaix, Marcel Ichac
– The Six-Sided Triangle, de Christopher Miles
– Thta’s Me, de Walker Stuart
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Automania 2000, de John Halas • The Critic, de Ernest Pintoff
– Igra, de Dusan Vukotic
– My Financial Career, de Colin Low, Tom Daly
– Pianissimo, de Carmen D’Avino
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Chagall, de Simon Schiffrin
– The Five Cities of June, de George Stevens Jr.
– The Spirit of America, de Algernon G. Walker
– Thirty Million Letters, de Edgar Anstey
– To Live Again, de Mel London
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Le Maillon et la Chaîne, de Paul de Roubaix • Robert Frost: A Lover’s Quarrel with the World, de Robert Hughes
– The Yanks Are Coming, de Marshall Flaum
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA • 8½ (8½), de Federico Fellini – ITÁLIA
– A Faca na Água (Nóz w Wodzie), de Roman Polanski – POLÔNIA
– Los Tarantos, de Francisco Rovira Beleta – ESPANHA
– Ta Kokkina Fanaria, de Vasilis Georgiadis – GRÉCIA
– Koto, de Noboru Nakamura – JAPÃO
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Sam Spiegel
THE 35th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1963
08 de Abril de 1963
Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia), de David Lean: 7 Oscars
MELHOR FILME • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)
Produtor: Sam Spiegel – O Mais Longo dos Dias (The Longest Day)
Produtor: Darryl F. Zanuck
– O Vendedor de Ilusões (The Music Man)
Produtor: Morton DaCosta
– O Grande Motim (Mutiny on the Bounty)
Produtor: Aaron Rosenberg
– O Sol é Para Todos (To Kill a Mockingbird)
Produtor: Alan J. Pakula
Vencedora de dois Oscars de Melhor Atriz, Olivia De Havilland apresenta o principal prêmio da noite.
MELHOR DIRETOR
– Pietro Germi (Divórcio à Italiana) • David Lean (Lawrence da Arábia) – Robert Mulligan (O Sol é Para Todos)
– Arthur Penn (O Milagre de Anne Sullivan)
– Frank Perry (David e Lisa)
Joan Crawford concede o segundo Oscar de David Lean.
MELHOR ATOR
– Burt Lancaster (O Homem de Alcatraz)
– Jack Lemmon (Vício Maldito)
– Marcello Mastroianni (Divórcio à Italiana)
– Peter O’Toole (Lawrence da Arábia) • Gregory Peck (O Sol é Para Todos)
MELHOR ATRIZ • Anne Bancroft (O Milagre de Anne Sullivan) – Anne Bancroft não estava presente na cerimônia. Joan Crawford aceitou o prêmio em seu nome. – Bette Davis (O Que Aconteceu com Baby Jane?)
– Katharine Hepburn (Longa Jornada Noite Adentro)
– Geraldine Page (Doce Pássaro da Juventude)
– Lee Remick (Vício Maldito)
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Ed Begley (Doce Pássaro da Juventude)
– Victor Buono (O Que Aconteceu com Baby Jane?)
– Telly Savalas (O Homem de Alcatraz)
– Omar Sharif (Lawrence da Arábia)
– Terence Stamp (O Vingador dos Mares)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mary Badham (O Sol é Para Todos) • Patty Duke (O Milagre de Anne Sullivan)
– Shirley Knight (Doce Pássaro da Juventude)
– Angela Lansbury (Sob o Domínio do Mal)
– Thelma Ritter (O Homem de Alcatraz)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL • Ennio De Concini, Alfredo Giannetti, Pietro Germi (Divórcio à Italiana)
– Charles Kaufman, Wolfgang Reinhardt (Freud – Além da Alma)
– Alain Robbe-Grillet (O Ano Passado em Marienbad)
– Stanley Shapiro, Nate Monaster (Carícios de Luxo)
– Ingmar Bergman (Através de um Espelho)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Eleanor Parker (David e Lisa)
– Robert Bolt, Michael Wilson (Lawrence da Arábia) – A indicação de Wilson foi confrmada apenas em 26 de setembro de 1995, uma vez que ele estava na lista negra de Hollywood na época.
– Vladimir Nabokov (Lolita)
– William Gibson (O Milagre de Anne Sullivan) • Horton Foote (O Sol é Para Todos)– Horton Foote não estav presente na cerimônia. Alan J. Pakula aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (Em Busca de um Sonho) • Freddie Young (Lawrence da Arábia)
– Russell Harlan (Hatari!)
– Robert Surtees (O Grande Motim)
– Paul Vogel (O Mundo Maravilhoso dos Irmãos Grimm)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Burnett Guffey (O Homem de Alcatraz) •Jean Bourgoin, Walter Wottitz (O Mais Longo dos Dias)
– Russell Harlan (O Sol é Para Todos)
– Ted D. McCord (Dois na Gangorra)
– Ernest Haller (O Que Aconteceu com Baby Jane?)
MELHOR MONTAGEM • Anne V. Coates (Lawrence da Arábia)
– Samuel E. Beetley (O Mais Longo dos Dias)
– Ferris Webster (Sob o Domínio do Mal)
– William H. Ziegler (Vendedor de Ilusões)
– John McSweeney Jr. (O Grande Motim)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA • John Box, John Stoll, Dario Simoni (Lawrence da Arábia)
– Paul Groesse, George James Hopkins (Vendedor de Ilusões)
– George W. Davis, J. McMillan Johnson, Henry Grace, Hugh Hunt (O Grande Motim)
– Alexander Golitzen, Robert Clatworthy, George Milo (Carícias de Luxo)
– George W. Davis, Edward C. Carfagno, Henry Grace, Richard Pefferle (O Mundo Maravilhoso dos Irmãos Grimm)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO
– Joseph C. Wright, George James Hopkins (Vício Maldito)
– Ted Haworth, Léon Barsacq, Vincent Korda, Gabriel Béchir (O Mais Longo dos Dias)
– George W. Davis, Edward C. Carfagno, Henry Grace, Richard Pefferle (Contramarcha Nupcial)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Frank R. McKelvy (O Pombo que Conquistou Roma) • Alexander Golitzen, Henry Bumstead, Oliver Emert (O Sol é Para Todos)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Bill Thomas (Bon Voyage, Enfim Paris!)
– Orry-Kelly (Em Busca de um Sonho)
– Dorothy Jeakins (Vendedor de Ilusões)
– Edith Head (Minha Doce Gueixa) • Mary Wills (O Mundo Maravilhoso dos Irmãos Grimm)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO
– Donfeld (Vício Maldito)
– Edith Head (O Homem que Matou o Facínora)
– Ruth Morley (O Milagre de Anne Sullivan)
– Theoni V. Aldredge (Profanação) • Norma Koch (O Que Aconteceu com Baby Jane?)
MELHOR TRILHA MUSICAL – SUBSTANCIALMENTE ORIGINAL
– Jerry Goldsmith (Freud – Além da Alma) • Maurice Jarre (Lawrence da Arábia)
– Bronislau Kaper (O Grande Motim)
– Franz Waxman (Taras Bulba)
– Elmer Bernstein (O Sol é Para Todos)
MELHOR TRILHA MUSICAL – ADAPTAÇÃO OU TRATAMENTO
– George Stoll (A Mais Querida do Mundo)
– Michel Magne (Gigot)
– Frank Perkins (Em Busca de um Sonho) • Ray Heindorf (Vendedor de Ilusões)
– Leigh Harline (O Mundo Maravilhoso dos Irmãos Grimm)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL • “Days of Wine and Roses”, de Henry Mancini, Johnny Mercer (Vício Maldito)
– “Love Song from Mutiny on the Bounty (Follow Me)”, de Bronislau Kaper, Paul Francis Webster (O Grande Motim)
– “Song from Two for the Seesaw (Second Chance)”, de André Previn, Dory Previn (Dois na Gangorra)
– “Tender is the Night (1962)”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Suave é a Noite)
– “Walk on the Wild Side”, de Elmer Bernstein, Mack Davis (Pelos Bairros do Vício)
MELHOR SOM
– Robert O. Cook (Bon Voyage, Enfim Paris!) • John Cox (Lawrence da Arábia)
– George Groves (Vendedor de Ilusões)
– Waldon O. Watson (Carícias de Luxo)
– Joseph D. Kelly (O Que Aconteceu com Baby Jane?)
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Robert MacDonald, Jacques Maumont (O Mais Longo dos Dias)
– A. Arnold Gillespie, Milo B. Lory (O Grande Motim)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Big City Blues, de Martina Huguenot van der Linden, Charles Huguenot van der Linden
– The Cadillac, de Robert Clouse
– The Cliff Dwellers, de Hayward Anderson • Heureux Anniversaire, de Pierre Étaix, Jean-Claude Carrière
– Pan, de Herman van der Horst
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • The Hole, de John Hubley, Faith Hubley
– Icarus Montgolfier Wright, de Jules Engel
– Now Hear This
– Self Defense… for Cowards, de William L. Snyder
– A Symposium on Popular Songs, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Dylan Thomas, de Jack Howells
– The John Glenn Story, de William L. Hendricks
– The Road to the Wall, de Robert Saudek
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Alvorada, de Hugo Niebeling • A Raposa Negra, de Louis Clyde Stoumen
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA • Sempre aos Domingos (Les Dimanches de Ville d’Avray), de Serge Bourguignon – FRANÇA
– Electra, a Vingadora (Ilektra), de Mihalis Kakogiannis – GRÉCIA
– 4 Dias de Rebelião (Le Quattro Giornate di Napoli), de Nanni Loy – ITÁLIA
– O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte – BRASIL
– Tlayucan, de Luis Alcoriza – MÉXICO
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Steve Broidy
THE 34th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1962
09 de Abril de 1962
Amor, Sublime Amor (West Side Story), de Robert Wise e Jerome Robbins: 10 Oscars
MELHOR FILME
– Fanny (Fanny)
Produtor: Joshua Logan
– Os Canhões de Navarone (The Guns of Navarone)
Produtor: Carl Foreman
– Desafio à Corrupção (The Hustler)
Produtor: Robert Rossen
– Julgamento em Nuremberg (Judgment at Nuremberg)
Produtor: Stanley Kramer • Amor, Sublime Amor (West Side Story)
Produtor: Robert Wise
O grande mestre do sapateado, Fred Astaire, apresenta o Oscar de Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Federico Fellini (A Doce Vida)
– Stanley Kramer (Julgamento em Nuremberg)
– Robert Rossen (Desafio à Corrupção)
– J. Lee Thompson (Os Canhões de Navarone) • Robert Wise & Jerome Robbins (Amor, Sublime Amor)– Pela primeira vez, o prêmio é compartilhado
Rosalind Russell apresenta com bastante entusiasmo o primeiro Oscar de direção para dois diretores.
MELHOR ATOR
– Charles Boyer (Fanny)
– Paul Newman (Desafio à Corrupção) • Maximillian Schell (Julgamento em Nuremberg)
– Spencer Tracy (Julgamento em Nuremberg)
– Stuart Whitman (A Marca do Cárcere)
Joan Crawford apresenta o Oscar de Ator para Maximillian Schell
MELHOR ATRIZ
– Audrey Hepburn (Bonequinha de Luxo)
– Piper Laurie (Desafio à Corrupção) • Sophia Loren (Duas Mulheres) – Sophia Loren não estava presente na cerimônia. Greer Garson aceitou o prêmio em seu nome. – Geraldine Page (O Anjo de Pedra) – Natalie Wood (Clamor do Sexo)
Burt Lancaster anuncia o nome da primeira italiana e estrangeira a ganhar o Oscar de atriz em sua própria língua. Pena que a vencedora não estava presente na cerimônia.
MELHOR ATOR COADJUVANTE • George Chakiris (Amor, Sublime Amor)
– Montgomery Clift (Julgamento em Nuremberg)
– Peter Falk (Dama por um Dia)
– Jackie Gleason (Desafio à Corrupção)
– George C. Scott (Desafio à Corrupção) – Recusou-se a ser indicado. Foi o primeiro caso na História da Academia.
A vencedora do ano anterior, Shirley Jones, apresenta o Oscar para George Chakiris
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Fay Bainter (Infâmia)
– Judy Garland (Julgamento em Nuremberg)
– Lotte Lenya (Em Roma na Primavera)
– Una Merkel (O Anjo de Pedra) • Rita Moreno (Amor, Sublime Amor)
Rock Hudson assume o posto de apresentador na ausência de Peter Ustinov para apresentar Melhor Atriz Coadjuvante. Rita Moreno agradece apenas com um “I can’t believe that!”
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Valentin Ezhov, Grigoriy Chukhray (A Balada do Soldado)
– Sergio Amidei, Diego Fabbri, Indro Montanelli (De Crápula a Herói)
– Federico Fellini, Tullio Pinelli, Ennio Flaiano, Brunello Rondi (A Doce Vida) • William Inge (Clamor do Sexo)
– Stanley Shapiro, Paul Henning (Volta Meu Amor)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– George Axelrod (Bonequinha de Luxo)
– Carl Foreman (Os Canhões de Navarone)
– Sidney Carroll, Robert Rossen (Desafio à Corrupção) • Abby Mann (Julgamento em Nuremberg)
– Ernest Lehman (Amor, Sublime Amor)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Jack Cardiff (Fanny)
– Russell Metty (Flor de Lotus)
– Harry Stradling Sr. (Do Outro Lado da Ponte)
– Charles Lang (A Face Oculta) • Daniel L. Fapp (Amor, Sublime Amor)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Edward Colman (O Fantástico Super-Homem)
– Franz Planer (Infâmia) • Eugen Schüfftan (Desafio à Corrupção)
– Ernest Laszlo (Julgamento em Nuremberg)
– Daniel L. Fapp (Cupido Não Tem Bandeira)
MELHOR MONTAGEM
– William Reynolds (Fanny)
– Alan Osbiston (Os Canhões de Navarone)
– Frederic Knudtson (Julgamento em Nuremberg)
– Philip W. Anderson (O Grande Amor de Nossas Vidas) • Thomas Stanford (Amor, Sublime Amor)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Ray Moyer (Bonequinha de Luxo)
– Veniero Colasanti, John Moore (El Cid)
– Alexander Golitzen, Joseph C. Wright, Howard Bristol (Flor de Lotus)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Arthur Krams (O Anjo de Pedra) • Boris Leven, Victor A. Gangelin (Amor, Sublime Amor)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO
– Carroll Clark, Emile Kuri, Hal Gausman (O Fantástico Super-Homem)
– Fernando Carrere, Edward G. Boyle (Infâmia) • Harry Horner, Gene Callahan (Desafio à Corrupção)
– Rudolph Sternad, George Milo (Julgamento em Nuremberg)
– Piero Gherardi (A Doce Vida)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Bill Thomas (O Mundo Encantado dos Brinquedos)
– Jean Louis (Esquina do Pecado)
– Irene Sharaff (Flor de Lotus)
– Edith Head, Walter Plunkett (Dama por um Dia) • Irene Sharaff (Amor, Sublime Amor)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO
– Dorothy Jeakins (Infâmia)
– Howard Shoup (Com Pecado no Sangue)
– Jean Louis (Julgamento em Nuremberg) • Piero Gherardi (A Doce Vida)
– Yoshirô Muraki (Yojimbo – O Guarda-Costas)
Dina Merrill e Eddie Albert apresentam Figurino com direito a desfile dos figurinos indicados no palco.
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– George Bruns (O Mundo Encantado dos Brinquedos)
– Alfred Newman, Ken Darby (Flor de Lotus)
– Dmitri Shostakovich (Khovanshchina)
– Duke Ellington (Paris Vive à Noite) • Saul Chaplin, Johnny Green, Sid Ramin, Irwin Kostal (Amor, Sublime Amor)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA • Henry Mancini (Bonequinha de Luxo)
– Miklós Rósza (El Cid)
– Morris Stoloff, Harry Sukman (Fanny)
– Dimitri Tiomkin (Os Canhões de Navarone)
– Elmer Bernstein (O Anjo de Pedra)
Tony Martin e a bela Cyd Charisse apresentam os dois Oscars de trilha musical.
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Bachelor in Paradise”, de Henry Mancini, Mack David (Solteiro no Paraíso)
– “Love Theme from El Cid (The Falcon and the Dove)”, de Miklós Rózsa, Paul Francis Webster (El Cid) • “Moon River”, de Henry Mancini, Johnny Mercer (Bonequinha de Luxo)
– “Pocketful of Miracles”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Dam por um Dia)
– “Town Without Pity”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Cidade Sem Compaixão)
Debbie Reynolds concede o Oscar para a dupla Mancini e Mercer
MELHOR SOM
– Gordon Sawyer (Infâmia)
– Waldon O. Watson (Flor de Lotus)
– John Cox (Os Canhões de Navarone)
– Robert O. Cook (O Grande Amor de Nossas Vidas) • Fred Hynes, Gordon Sawyer (Amor, Sublime Amor)
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Bill Warrington, Chris Greenham (Os Canhões de Navarone)
– Robert A. Mattey, Eustace Lycett (O Fantástico Super-Homem)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Ballon Vole
– The Face of Jesus, de John D. Jennings
– Rooftops of New York • Seawards the Great Ships
– Very Nice, Very Nice
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Aquamania, de Walt Disney
– Beep Prepared, de Chuck Jones
– Nelly’s Folly, de Chuck Jones
– The Pied Piper of Guadalupe, de Friz Freleng • Surogat
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Breaking the Language Barrier
– Cradle of Genius, de Jim O’Connor, Tom Hayes
– Kahi
– L’Uomo in Grigio, de Benedetto Benedetti • Project Hope, de Frank P. Bibas
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– La Grande Olimpiade • Le Ciel et la Boue, de Arthur Cohn, René Lafuite
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Harry og Kammerjeneren, de Bent Christensen – DINAMARCA
– O Inesquecível (Eien no Hito), de Keisuke Kinoshita – JAPÃO
– Ánimas Trujano (El Hombre Importante), de Ismael Rodríguez – MÉXICO
– Plácido, de Luis García Berlanga – ESPANHA • Através de um Espelho (Såsomi i en Spegel), de Ingmar Bergman – SUÉCIA
O presidente da Warner Bros., Jack L. Warner, introduz Eric Johnston para apresentar o Oscar de Filme em Língua Estrangeira novamente para a Suécia de Ingmar Bergman. Desta vez, a atriz Harriet Andersson aceita o prêmio.
OSCAR HONORÁRIO • William L. Hendricks (A Force in Readiness) • Fred L. Metzler • Jerome Robbins
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Stanley Kramer
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • George Seaton
THE 33rd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1961
17 de Abril de 1961
Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment), de Billy Wilder: 5 Oscars
MELHOR FILME
– O Álamo (The Alamo)
Produtor: John Wayne • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment)
Produtor: Billy Wilder – Entre Deus e o Pecado (Elmer Gantry) Produtor: Bernard Smith – Filhos e Amantes (Sons and Lovers) Produtor: Jerry Wald – Peregrino da Esperança (The Sundowners) Produtor: Fred Zinnemann
Audrey Hepburn apresenta o Oscar de Filme para Se Meu Apartamento Falasse
MELHOR DIRETOR
– Jack Cardiff (Filhos e Amantes)
– Jules Dassin (Nunca aos Domingos)
– Alfred Hitchcock (Psicose) • Billy Wilder (Se Meu Apartamento Falasse) – Fred Zinnemann (Peregrino da Esperança)
Gina Lollobrigida entrega o Oscar para Billy Wilder. E lá se vai a última chance de Alfred Hitchcock…
MELHOR ATOR
– Trevor Howard (Filhos e Amantes) • Burt Lancaster (Entre Deus e o Pecado)
– Jack Lemmon (Se Meu Apartamento Falasse)
– Laurence Olivier (Vida de Solteiro)
– Spencer Tracy (O Vento Será Tua Herança)
Greer Garson apresenta o Oscar para Burt Lancaster, que estava comovido com a honraria
MELHOR ATRIZ
– Greer Garson (Dez Passos Imortais)
– Deborah Kerr (Peregrino da Esperança)
– Shirley MacLaine (Se Meu Apartamento Falasse)
– Melina Mercouri (Nunca aos Domingos) • Elizabeth Taylor (Disque Butterfield 8)
Elizabeth Taylor aceita seu primeiro Oscar das mãos de Yul Brynner. Bastante emocionada, ela apenas agradece de todo o coração.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Peter Falk (Assassinato S.A.)
– Jack Kruschen (Se Meu Apartamento Falasse)
– Sal Mineo (Exodus) • Peter Ustinov (Spartacus)
– Chill Wills (O Álamo)
Peter Ustinov se torna o único ator a ganhar o Oscar sob a direção do mestre Stanley Kubrick
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Glynis Johns (Peregrino da Esperança) • Shirley Jones (Entre Deus e o Pecado)
– Shirley Knight (Sombras no Fim da Escada)
– Janet Leigh (Psicose)
– Mary Ure (Filhos e Amantes)
Hugh Griffith aproveita a deixa para agradecer o Oscar que ganhou no ano anterior, já que estava ausente, antes de apresentar para a bela Shirley Jones
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL • Billy Wilder, I.A.L. Diamond (Se Meu Apartamento Falasse)
– Richard Gregson, Michael Craig, Bryan Forbes (Momentos de Angústia)
– Norman Panama, Melvin Frank (O Jogo Proibido do Amor)
– Marguerite Duras (Hiroshima Meu Amor)
– Jules Dassin (Nunca aos Domingos)
Kitty Carlisle e Moss Hart entregam o Oscar para a dupla Wilder e Diamond
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Nedrick Young, Harold Jacob Smith (O Vento Será Tua Herança) • Richard Brooks (Entre Deus e o Pecado)
– Gavin Lambert, T.E.B. Clarke (Filhos e Amantes)
– Isobel Lennart (Peregrino da Esperança)
– James Kennaway (Glória Sem Mácula)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– William H. Clothier (O Álamo)
– Joseph Ruttenberg, Charles Harten (Disque Butterfield 8)
– Sam Leavitt (Exodus)
– Joseph MacDonald (Pepe) • Russell Metty (Spartacus)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO-E-BRANCO
– Joseph LaShelle (Se Meu Apartamento Falasse)
– Charles Lang (O Jogo Proibido do Amor)
– Ernest Laszlo (O Vento Será Tua Herança)
– John L. Russell (Piscose) • Freddie Francis (Filhos e Amantes)
MELHOR MONTAGEM
– Stuart Gilmore (O Álamo) • Daniel Mandell (Se Meu Apartamento Falasse)
– Frederic Knudtson (O Vento Será Tua Herança)
– Viola Lawrence, Al Clark (Pepe)
– Robert Lawrence (Spartacus)
Betty Comden e Adolph Green ressaltam a importância dos montadores antes de entregar o Oscar para Daniel Mandell
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– George W. Davis, Addison Hehr, Henry Grace, Hugh Hunt, Otto Siegel (Cimarron)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Arrigo Breschi (Começou em Nápoles)
– Ted Haworth, William Kiernan (Pepe) • Alexander Golitzen, Eric Orbom, Russell A. Gausman, Julia Heron (Spartacus)
– Edward Carrere, George James Hopkins (Dez Passos Imortais)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO-E-BRANCO • Alexandre Trauner, Edward G. Boyle (Se Meu Apartamento Falasse)
– J. McMillan Johnson, Kenneth A. Reid, Ross Dowd (O Jogo Proibido do Amor)
– Joseph Hurley, Robert Clatworthy, George Milo (Psicose)
– Thomas N. Morahan, Lionel Couch (Filhos e Amantes)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Arthur Krams (Rabo de Foguete)
Tony Randall e Tina Louise apresentam a categoria de Direção de Arte PB e em seguida Colorida
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Irene Sharaff (Can-Can)
– Irene (A Teia de Renda Negra)
– Edith Head (Pepe) • Valles, Bill Thomas (Spartacus)
– Marjorie Best (Dez Passos Imortais)
MELHOR FIGURINO PRETO-E-BRANCO • Edith Head, Edward Stevenson (O Jogo Proibido do Amor)
– Theoni V. Aldredge (Nunca aos Domingos)
– Howard Shoup (O Rei dos Facínoras)
– Bill Thomas (Sete Ladrões)
– Marik Vos-Lundh (A Fonte da Donzela)
Robert Stack e Barbara Rush apresentam os prêmios de figurino
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– André Previn (Essa Loira Vale um Milhão)
– Nelson Riddle (Can-Can)
– Lionel Newman, Earle Hagen (Adorável Pecadora)
– Johnny Green (Pepe) • Morris Stoloff, Harry Sukman (Sonho de Amor)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Dimitri Tiomkin (O Álamo)
– André Previn (Entre Deus e o Pecado) • Ernest Gold (Exodus)
– Elmer Bernstein (Sete Homens e um Destino)
– Alex North (Spartacus)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Facts of Life”, de Johnny Mercer (O Jogo Proibido do Amor)
– “Faraway Part of Town”, de André Previn, Dory Previn (Pepe)
– “The Green Leaves of Summer”, de Dimitri Tiomkin, Paul Francis Webster (O Álamo)
– “The Second Time Around”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Dizem que é Amor) • “Ta Paidia tou Peiraia (Never on Sunday)”, de Manos Hatzidakis (Nunca aos Domingos) – Pela primeira vez na História da Academia, vence uma canção oriunda de filme em língua estrangeira.
MELHOR SOM • Gordon Sawyer, Fred Hynes (O Álamo)
– Gordon Sawyer (Se Meu Apartamento Falasse)
– Franklin Milton (Cimarron)
– Charles Rice (Pepe)
– George Groves (Dez Passos Imortais)
MELHORES EFEITOS VISUAIS • Gene Warren, Tim Baar (A Máquina do Tempo)
– Augie Lohman (A Última Viagem)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– The Creation of Woman, de Charles F. Schwep, Ismail Merchant • Day of the Painter, de Robert P. Davis
– Islands of the Sea, de Walt Disney
– A Sport is Born, de Leslie Wink
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Goliath II, de Walt Disney
– High Note
– Mouse and Garden
– O Místo na Slunci, de Frantisek Vystrcil • Munro, de William L. Snyder
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Beyond Silence
– En by Ved Navn København • Giuseppina, de James Hill
– George Grosz’ Interregnum, de Charles Carey, Altina Carey
– Universe, de Colin Low
MELHOR DOCUMENTÁRIO • The Horse with the Flying Tail, de Larry Lansburgh
– Rebel in Paradise, de Robert D. Fraser
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA • A Fonte da Donzela (Jungfrukälan), de Ingmar Bergman – SUÉCIA
– Kapò, de Gillo Pontecorvo – ITÁLIA
– A Verdade (La Vérité), de Henri-Georges Clouzot – FRANÇA
– Macario, de Roberto Gavaldón – MÉXICO
– Deveti Krug, de France Stiglic – IUGOSLÁVIA
Eric Johnston apresenta o prêmio internacional, que é aceito por Cyrus J. Harvey.
JUVENILE AWARD • Hayley Mills (Pollyanna)
OSCAR HONORÁRIO • Gary Cooper – O ator estava ausente da cerimônia. James Stewart aceitou o honraria em seu nome, fez um belo discurso emocional que causou especulação de que Cooper estaria doente. E estava. Faleceu dali a um mês em 31 de Maio de 1961. • Stan Laurel
Do alto, da esquerda para direita: Adam McKay, Ridley Scott, Tom McCarthy, Alejandro González Iñárritu e George Miller (photo montage by awardsdaily.com)
DIRETOR BRASILEIRO, FERNANDO COIMBRA, É RECONHECIDO POR NOVA CATEGORIA PARA ESTREANTES
Por se tratar de um dos melhores parâmetros para o Oscar (se não o melhor), o DGA é praticamente garantia de que o vencedor aqui leva o prêmio de direção da Academia em seguida. E quem estiver fora dessa lista, pode praticamente dar adeus a uma vitória no Oscar. Nesse caso, os excluídos Todd Haynes (Carol) e Steven Spielberg (Ponte dos Espiões) podem até conquistar uma indicação ao Oscar na quinta-feira, mas chances reais de vitória caem drasticamente.
Pra quem não se recorda, vale lembrar que em 67 anos de existência, o DGA só não coincidiu com o vencedor do Oscar de diretor em apenas 7 ocasiões:
Em 1968: Anthony Harvey ganhou o DGA Award por O Leão no Inverno, enquanto Carol Reed levou o Oscar por Oliver!
Em 1972: Francis Ford Coppola por O Poderoso Chefão (DGA) e Bob Fosse por Cabaret (Oscar).
Em 1985: Steven Spielberg por A Cor Púrpura (DGA),e Sydney Pollack por Entre Dois Amores (Oscar).
Em 1995: Ron Howard por Apollo 13 (DGA), e Mel Gibson por Coração Valente (Oscar).
Em 2000: Ang Lee por O Tigre e o Dragão (DGA) e Steven Soderbergh por Traffic (Oscar).
Em 2002: Rob Marshall por Chicago (DGA) e Roman Polanski por O Pianista (Oscar).
Em 2013: Ben Affleck por Argo (DGA) e Ang Lee por As Aventuras de Pi (Oscar).
Pra ser bem sincero, acredito que Adam McKay deve ceder sua vaga no Oscar para Haynes, o que fortaleceria suas chances de ganhar como roteirista por A Grande Aposta.
Enfim… as indicações ao DGA foram anunciadas hoje, dia 12, e o presidente do sindicato, Paris Barclay, aproveitou para elogiar os trabalhos de 2015: “O que faz com que este ano seja diferente é a ambição desenfreada dos indicados – no tema , na produção, na imaginação visual. O que faz com que este ano seja o mesmo é que os filmes foram todos escolhidos pelos colegas dos diretores, e é claro que nossos membros adoram quando as pessoas usam sua visão e habilidade para elevar os meios para novos patamares. Parabéns a todos os indicados por seu trabalho incrível.”
Pelo discurso, parecia que ele estava elogiando o trabalho ousado de George Miller em Mad Max: Estrada da Fúria, o que talvez soaria como um indicativo de que este pode ser o primeiro DGA de Miller, mas ele terá dura competição pela frente, com um imbatível Alejandro González Iñárritu, que acaba de levar o Globo de Ouro por O Regresso, e Ridley Scott por Perdido em Marte, que está com cara de que pode levar mais pelo conjunto de sua obra do que pelo filme em si.
Nesta 68ª edição, o DGA resolveu criar uma nova categoria destinada a diretores estreantes, tamanho o talento encontrado em novos diretores. Por se tratar de um prêmio novíssimo, não dá pra saber ainda se ele terá algum tipo de impacto no Oscar, mas definitivamente, trata-se de um reconhecimento merecido.
Além de figuras mais conhecidas como Alex Garland (que roteirizou Extermínio, Sunshine – Alerta Solar e Não me Abandone Jamais) e Joel Edgerton (ator de Reino Animal, Guerreiro e O Grande Gatsby), o diretor brasileiro Fernando Coimbra foi indicado por seu trabalho no bom e tenso thriller O Lobo Atrás da Porta, uma espécie de Atração Fatal carioca. Ele, que já vinha em ascensão com a direção de episódios da série Narcos e agora filmando Sand Castle, longa estrelado por Henry Cavill e Nicholas Hoult, passa a ter mais destaque no cenário internacional com esta indicação. Espero que ele prospere e siga a trajetória de sucesso de nossos diretores Walter Salles, Fernando Meirelles e José Padilha.
Em primeiro plano, Leandra Leal em cena de O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra (photo by cinemaorama.com.br)
Seguem os indicados a Diretor:
ALEJANDRO GONZÁLEZ IÑÁRRITU (O Regresso)
Vencedor do DGA de 2015 por Birdman, esta é sua terceira indicação. Perdeu em 2007 por Babel. Como cinéfilo e admirador do diretor desde seu primeiro longa Amores Brutos (2000), acredito que ele evoluiu bastante. Por um momento, temi que ele fosse se limitar à estrutura narrativa de histórias paralelas que se cruzam com uma tragédia, mas ele conseguiu se superar com Biutiful e Birdman, e promete ser um daqueles raros diretores que buscam inovações a cada novo trabalho. Com a colaboração inestimável de seu DP (diretor de fotografia) Emmanuel Lubezki, Iñárritu se mostra promissor e deve conquistar pelo menos mais uma estatueta do Oscar.
TOM McCARTHY (Spotlight – Segredos Revelados)
Foi atuando como ator que Tom McCarthy começou a observar o trabalho dos diretores. Por estar no elenco, viu de perto o modo de trabalho de Richard Donner em Teoria da Conspiração, George Clooney em Boa Noite e Boa Sorte e Clint Eastwood em A Conquista da Honra. Logo em seu primeiro filme como diretor, em O Agente da Estação, foi premiado pelo BAFTA, Independent Spirit e Sundance. Em seguida dirigiu dois bons trabalhos em O Visitante e Ganhar ou Ganhar – A Vida é um Jogo, mas em 2014, resolveu dirigir um filme bem ruinzinho estrelado por Adam Sandler, Trocando os Pés. Felizmente, voltou a um cinema mais consistente em Spotlight – Segredos Revelados. Esta é sua primeira indicação ao DGA.
ADAM McKAY (A Grande Aposta)
Se olharmos para a filmografia de Adam McKay, encontraremos exemplares das comédias estreladas por Will Ferrell como Ricky Bobby – A Toda Velocidade, Quase Irmãos e Os Outros Caras, filmes que dificilmente seriam reconhecidos no Oscar ou mesmo no DGA. Imagino que deve ter amadurecido seu feeling e timing cômico nessa trama sobre a crise econômica de A Grande Aposta. Espero. Esta é sua primeira indicação ao DGA.
GEORGE MILLER (Mad Max: Estrada da Fúria)
George Miller era daqueles diretores que eu pensava: “Por que esse cara nunca foi reconhecido pela Academia?” Ele dirigiu uma das melhores trilogias do cinema: Mad Max. E nada! Então, ele passou a ser mais sentimentalista (ou passou a se vender – dependendo do ponto de vista) dirigindo dramas como O Óleo de Lorenzo (1992) e dirigir filmes fofinhos como Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade (1998) e animação Happy Feet: O Pingüim (2006) e sua continuação. Acho que só o fato de ele ter conseguido convencer o estúdio a lhe dar carta branca pra fazer esse insano e politicamente incorreto Mad Max: Estrada da Fúria em tempos de cinema careta já foi uma vitória incontestável. Esta é sua primeira indicação ao DGA.
RIDLEY SCOTT (Perdido em Marte)
Eu tinha uma grande admiração por Ridley Scott. Ele dirigiu duas das melhores ficções científicas da História do Cinema: Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e Blade Runner – O Caçador de Andróides (1982), mas desde que o vi com aquela cara de mau perdedor no Oscar 2001, quando competia por Gladiador e perdeu para Steven Soderbergh (Traffic), fiquei com a expressão: “Esse mau perdedor aí é o diretor de Alien?”. Seu novo filme Perdido em Marte é uma boa ficção científica que tem como mérito ser otimista, algo muito raro no gênero. Acredito que tem grandes chances aqui e no Oscar, porém mais por sua filmografia que inclui o cult Thelma & Louise, Os Duelistas e Chuva Negra. Esta é sua quarta indicação ao DGA. Ele foi indicado antes por Thelma & Louise, Gladiador e Falcão Negro em Perigo.
Da esquerda pra direita: Clint Eastwood, Alejandro González Iñárritu, Richard Linklater, Wes Anderson e Mortem Tyldum são os indicados ao DGA 2015 (photo by variety.com)
O 67th Annual DGA Awards divulgou nesta terça, dia 13, seus cinco indicados a Melhor Diretor e os filmes Sniper Americano e O Jogo da Imitação têm motivos para comemorar. Não que os demais indicados Boyhood, Birdman e O Grande Hotel Budapeste não tenham, mas suas inclusões na lista foram as surpresas desta edição.
Sei que é muito fácil dizer isso agora, mas eu já previa uma nova indicação para Clint Eastwood. Para quem acompanhou a escalada relâmpago de Sniper Americano nos últimos prêmios (foi indicado para ADG, Eddie, PGA e WGA), já podia imaginar que essa crescente resultaria em algo maior. Aliás, espera-se o longa conquiste seu espaço entre as indicações ao Oscar, que serão anunciadas nesta quinta.
Já a presença do norueguês Morten Tyldum soa como uma espécie de estranho no ninho. Embora seu O Jogo da Imitação esteja presente em todos os prêmios, ele não vinha tendo quase nenhuma projeção como diretor. Nem no Critics’ Choice Awards que tem seis vagas na categoria ele conseguiu uma indicação! Contudo, o sindicato dos diretores, formado por mais de 15 mil votantes, enxergou qualidade em sua direção. Embora eu não tenha visto O Jogo da Imitação, vi seu filme anterior, Headhunters, que apresenta uma trama intricada envolvendo roubo de quadros, mas que tem na tensão do início ao fim resultado de uma paranóia crescente, que lembra A Conversação (1974), de Francis Ford Coppola, sua melhor qualidade como diretor.
Por mais que não tenham enviado cópias de Selma para os sindicatos, a exclusão mais comentada foi a de sua diretora Ava DuVernay, pois ela foi indicada ao Globo de Ouro e ao Critics’ Choice Awards. No início da temporada, havia uma expectativa de que poderia rolar uma competição inédita envolvendo duas diretoras: DuVernay e Angelina Jolie, por O Invencível, mas a última não tem sido uma unanimidade entre os críticos. Já Ava DuVernay ainda tem grandes chances de concorrer ao Oscar, por dois motivos básicos: 1º Os responsáveis pela campanha de Selma enviaram os screeners para a Academia (ao contrário dos sindicatos); e 2º a Academia adora fatos inéditos para sua gloriosa História. Se indicada, ela será a primeira diretora negra a competir na categoria de Direção, ou como eles gostam de chamar lá, afro-americana.
Entre os demais excluídos estão David Fincher (Garota Exemplar), Damien Chazelle (Whiplash: Em Busca da Perfeição), James Marsh (A Teoria de Tudo) e Dan Gilroy (O Abutre). Alguns fãs mais calorosos também argumentam a ausência de Christopher Nolan por Interestelar. Bom, como já vi o filme, posso dizer que concordo com a sua exclusão, pois apesar do estilo visual apurado dele, considero Nolan didático demais. Ele precisa explicar tudo pra fazer a história andar, por isso que seus filmes são tão longos e chatos…
Com as indicações, o DGA Awards praticamente confirma as indicações ao Oscar de Richard Linklater, Alejandro González Iñárritu e Wes Anderson. As outras duas vagas podem e devem mudar na quinta-feira no anúncio do Oscar.
Seguem os indicados ao 67º DGA Awards:
Wes Anderson
WES ANDERSON
O Grande Hotel Budapeste Conhecido por filmes alternativos e seu humor refinado, esta é a primeira indicação dele no DGA. Para quem acompanha seus filmes desde os anos 90 como Três é Demais, Os Excêntricos Tenenbaums, A Vida Marinha com Steve Zissou, O Fantástico Sr. Raposo e Moonrise Kingdom, é possível ver uma nítida evolução nesse O Grande Hotel Budapeste. Comparado a Tim Burton por sua forte identificação de estilo visual nos campos da Direção de Arte, Fotografia e Figurino, Wes Anderson passou a aprimorar sua direção nos roteiros de sua autoria, aliados à sua montagem seca que valoriza o humor. Esta indicação vem mais do que merecida.
Clint Eastwood
CLINT EASTWOOD
Sniper Americano Pupilo de mestres como Sergio Leone e Don Siegel, Clint Eastwood se tornou um novo mestre do cinema contemporâneo ao tratar de temas polêmicos como a pedofilia em Sobre Meninos e Lobos, a síndrome de Estocolmo em Um Mundo Perfeito e a eutanásia em Menina de Ouro. Ele retorna com um tratamento diferenciado do vício da guerra em Sniper Americano. Esta é sua quarta indicação no DGA. Ele venceu duas vezes: em 1993 por Os Imperdoáveis, e em 2005 por Menina de Ouro. Em 2006, foi homenageado pelo prêmio pelo conjunto da carreira.
Alejandro González Iñárritu
ALEJANDRO GONZÁLEZ IÑÁRRITU
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância) O diretor mexicano ficou conhecido mundialmente por seu visceral Amores Brutos (2000) – o qual sou muito mais o título original ‘Amores Perros’ – e assim como incontáveis talentos estrangeiros, aproveitou a oportunidade de projeção internacional e embarcou em um projeto com atores hollywoodianos. O dele se chamada 21 Gramas, que tinha ninguém menos do que Sean Penn e a ascendente Naomi Watts e Benicio Del Toro. Com seu sucesso de crítica, avançou uma casa e realizou um projeto mais ambicioso intitulado Babel, com atores de várias nacionalidades como a japonesa Rinko Kikuchi e a mexicana Adriana Barraza, mas também contou com Brad Pitt e Cate Blanchett. Agora com Birdman, conseguiu reavivar a carreira do sumido Michael Keaton e até de Edward Norton, que estava meio apagado nos últimos anos. Esta é sua segunda indicação ao DGA. Ele foi indicado anteriormente por Babel em 2007.
Richard Linklater
RICHARD LINKLATER
Boyhood: Da Infância à Juventude Embora esta seja a primeira indicação de Richard Linklater, ele é bastante conhecido no circuito independente de cinema. Além da trilogia Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-Noite, ele foi responsável por cults como Jovens, Loucos e Rebeldes e Waking Life. Costuma trabalhar sempre com os mesmos colaboradores como Ethan Hawke, Julie Delpy, Patricia Arquette e Keanu Reeves. Contudo, a grande ambição por trás de Boyhood deve lhe garantir o prêmio, pois desafiou o sistema de contratos longos ao estender suas filmagens por 12 anos e assim finalizar um projeto baseado em amor. E filmes sobre amadurecimento jamais serão os mesmos depois de Boyhood.
Morten Tyldum
MORTEN TYLDUM
O Jogo da Imitação Também estreante no DGA, o diretor norueguês Morten Tyldum teve trajetória semelhante ao de Alejandro González Iñárritu, pois depois do sucesso de seu filme Headhunters, todo falado em norueguês, ele recebeu convite para dirigir a adaptação de Graham Moore sobre a história vitoriosa do matemático Alan Turing, que quebrou os códigos alemães para acabar com a Segunda Guerra Mundial. Para esta adaptação, ele logo conseguiu juntar grandes talentos em ascensão como Benedict Cumberbatch, que já é almejado por vários diretores consagrados. Independente da indicação ao Oscar, deve ter caminho brilhante adiante.
“Num ano repleto de filmes excelentes, os membros do DGA indicaram um grupo estelar de cineastas apaixoandos. Inspiradores e artísticos, estes cinco diretores fizeram filmes que deixaram um impacto marcante não apenas em seus companheiros diretores e membros do time de diretores, mas no público mundo afora. Parabéns a todos os indicados por seu trabalho magnífico”, declarou o presidente do DGA Paris Barclay.
Vale sempre ressaltar que o vencedor do DGA está com a mão na taça, pois em toda sua história, apenas em sete casos o vencedor não coincidiu:
Em 1968: Anthony Harvey ganhou o DGA Award por O Leão no Inverno, enquanto Carol Reed levou o Oscar por Oliver!
Em 1972: Francis Ford Coppola por O Poderoso Chefão (DGA) e Bob Fosse por Cabaret (Oscar).
Em 1985: Steven Spielberg por A Cor Púrpura (DGA),e Sydney Pollack por Entre Dois Amores (Oscar).
Em 1995: Ron Howard por Apollo 13 (DGA), e Mel Gibson por Coração Valente (Oscar).
Em 2000: Ang Lee por O Tigre e o Dragão (DGA) e Steven Soderbergh por Traffic (Oscar).
Em 2002: Rob Marshall por Chicago (DGA) e Roman Polanski por O Pianista (Oscar).
Em 2013: Ben Affleck por Argo (DGA) e Ang Lee por As Aventuras de Pi (Oscar).
O vencedor do DGA 2015 será anunciado no dia 07 de fevereiro em cerimônia no Hyatt Regency Century Plaza.
Ben Affleck ostenta seu prêmio do DGA por Argo (photo by deccanchronicle.com)
Um grande e temido pesadelo aconteceu para a Academia: Ben Affleck levou o DGA award (Directors Guild of America) por Argo. O terceiro longa dirigido pelo ator Ben Affleck arrebatou todos os prêmios que podia: Globo de Ouro (Filme – Drama e Diretor), Critic’s Choice Award (Filme e Diretor), SAG award (Melhor Elenco – crédito para o diretor), o PGA award (Melhor Filme) e agora o DGA, que tem as melhores estatísticas de vitória garantida no Oscar. Bom, não desta vez…
Com essa vitória de Affleck, será o sétimo raríssimo caso em que o diretor vencedor do DGA não levará o Oscar, uma vez que nem foi indicado. Segue abaixo a ilustre lista dos seis casos anteriores:
Em 1968: Anthony Harvey ganhou o DGA Award por O Leão no Inverno, enquanto Carol Reed levou o Oscar por Oliver!
Em 1972: Francis Ford Coppola por O Poderoso Chefão (DGA) e Bob Fosse por Cabaret (Oscar).
Em 1985: Steven Spielberg por A Cor Púrpura (DGA),e Sydney Pollack por Entre Dois Amores (Oscar).
Em 1995: Ron Howard por Apollo 13 (DGA), e Mel Gibson por Coração Valente (Oscar).
Em 2000: Ang Lee por O Tigre e o Dragão (DGA) e Steven Soderbergh por Traffic (Oscar).
Em 2002: Rob Marshall por Chicago (DGA) e Roman Polanski por O Pianista (Oscar).
O fato de Ben Affleck não ter sido sequer indicado tem causado forte burburinho na mídia especializada e entre incontáveis cinéfilos que gostaram de Argo. Alguns mais radicais acreditam que a Academia, em seu grande conservadorismo, resolveu ignorar o diretor pelo seu passado nebuloso como ator. Como vocês sabem, Affleck nunca soube escolher bem seus projetos como ator, principalmente em 2003, quando naufragou em Demolidor – O Homem Sem Medo e Contato de Risco, ao lado da então esposa, Jennifer Lopez. Outros acreditam em lambança mesmo. Essa estratégia mal formulada de querer surpreender a todos foi um tiro no próprio pé da Academia.
O vencedor de 2012, Michel Hazanavicius (O Artista), entrega o prêmio a Ben Affleck (photo by metro.co.uk)
Essa segunda teoria fica mais sólida com as ausências absurdas de mais dois indicados ao DGA: Kathryn Bigelow (A Hora Mais Escura) e Tom Hooper (Os Miseráveis). Ok, nada contra os substitutos David O. Russell, Michael Haneke e Benh Zeitlin. Todos têm seus devidos créditos, mas algo deu errado nas contas finais. Ou talvez não. Se a Academia estiver disposta a desvencilhar sua imagem de previsível de uma vez por todas, 2013 pode ser o ano um. É bem possível que as surpresas do Oscar não parem nos indicados, mas também nos vencedores. Você, que aposta em bolões e promoções, fique atento às surpresas. Alguns nomes considerados garantidos como Daniel Day-Lewis e Anne Hathaway podem cair do cavalo. Mas enfim, são apenas suposições.
Os indicados a Melhor Diretor no DGA da esquerda para a direita: Tom Hooper, Ben Affleck, Kathryn Bigelow, Ang Lee e Steven Spielberg (photo by metro.co.uk)
Se Ben Affleck tivesse sido indicado ao Oscar, mas não levasse, não seria uma anormalidade, pois Argo é apenas seu terceiro filme. Talvez algumas pessoas que não votaram em Affleck tivessem boas intenções no sentido de não querer atrapalhar a ascensão dele com uma maldição do Oscar. Apesar do bom trabalho da mistura de gêneros que Argo foi, Ben Affleck ainda tem um extenso campo para amadurecer e entregar novos filmes excepcionais. Existem muitos artistas (diretores, atores e roteiristas) que interrompem sua escalada de sucesso porque acreditam que o Oscar foi seu ápice profissional, e que nada que façam em seguida pode ser melhor. Como cinéfilo, espero que essa dedução a respeito de Affleck se torne válida para que ele consiga dar a volta por cima.
Milos Forman (photo by HollywoodReporter.com)
O DGA awards escolheu Milos Forman como vencedor do Conjunto da Obra. Trabalhando como diretor desde os anos 60, o tcheco Forman criou obras polêmicas que entraram para a história do Cinema. O musical hippie Hair (1979), o drama de época Na Época do Ragtime (1981) que relata os conflitos raciais de Nova York no início do século XX, e a biografia do controverso Larry Flynt, que acreditava em liberdade de expressão ao publicar pornografia em O Povo Contra Larry Flynt (1996). Levou dois merecidos Oscars de Direção com os clássicos Um Estranho no Ninho (1975) e Amadeus (1984). Já no final da carreira, retornou ao seu país de origem e dirigiu outro musical: Dobre placená procházka (2009).
Segue lista completa dos vencedores:
Feature Film: Ben Affleck (Argo) Documentary Feature: Malik Bendjelloul (Searching for Sugar Man) Dramatic Series: Rian Johnson (Breaking Bad: Fifty-One) Comedy Series: Lena Dunham (Girls – piloto) Movie for Television or Mini-Series: Jay Roach (Virada no Jogo) Musical Variety Program: Glenn Weiss (66th Annual Tony Awards) Reality Program: Brian Smith (Master Chef – episódio #305) Children’s Program: Paul Hoen (Let It Shine) Daytime Serial: Jill Mitwell (One Life to Life: Between Heaven and Hell) Commercial: Alejandro González Iñárritu (Best Job)
Malik Bendjelloul recebendo o DGA de documentarista por Searching for Sugar Man do vocalista do Foo Fighters, Dave Grohl (photo by http://www.rte.ie)
Kathryn Bigelow entrega o DGA a Tom Hooper, vencedor de 2010 por O Discurso do Rei
Se o Screen Actors Guild e o Globo de Ouro são uma prévia do Oscar, o DGA (Directors Guild of America) pode ser considerado uma bola de cristal, pois em 63 prêmios concedidos ao Melhor Diretor do ano, apenas em 6 raríssimas ocasiões o vencedor do DGA não levou o Oscar pra casa:
Em 1968: Anthony Harvey ganhou o DGA Award por O Leão no Inverno, enquanto Carol Reed levou o Oscar por Oliver!
Em 1972: Francis Ford Coppola por O Poderoso Chefão (DGA) e Bob Fosse por Cabaret (Oscar).
Em 1985: Steven Spielberg por A Cor Púrpura (DGA),e Sydney Pollack por Entre Dois Amores (Oscar).
Em 1995: Ron Howard por Apollo 13 (DGA), e Mel Gibson por Coração Valente (Oscar).
Em 2000: Ang Lee por O Tigre e o Dragão (DGA) e Steven Soderbergh por Traffic (Oscar).
Em 2002: Rob Marshall por Chicago (DGA) e Roman Polanski por O Pianista (Oscar).
Ou seja, desde 2003, todos os melhores diretores coincidiram. Por esse motivo, os indicados este ano têm chances bastante reais de ganhar o Oscar:
Woody Allen (Meia-Noite em Paris)
* Woody Allen por Meia-Noite em Paris
Em sua 5ª indicação após um hiato de 12 anos, Woody Allen prova que a sua busca por novos ares (desta vez, a França) está solidificando uma nova fase de sua carreira. Venceu o DGA em 1978 por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa.
David Fincher (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
* David Fincher por Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Apesar de seu currículo (esta é sua 3ª indicação), Fincher foi considerado uma surpresa, pois nomes de peso como Spielberg e Malick não figuraram. Taxado como especialista de filmes de serial killers, Fincher está em plena ascensão após a fábula O Curioso Caso de Benjamin Button e o drama moderno A Rede Social. Amadureceu bastante sua direção de atores em seus últimos trabalhos.
Michel Hazanavicius (The Artist)
* Michel Hazanavicius por The Artist
Antes de The Artist, Michel Hazanavicius tinha como destaque em seu currículo uma espécie de sátira de James Bond chamada Agente 117, curiosamente estrelada por Jean Dujardin e Bérénice Bejo, astros de The Artist. Mesmo sendo sua primeira indicação ao DGA, tem grandes chances de levar pelo aspecto artístico de seu filme.
Alexander Payne (Os Descendentes)
* Alexander Payne por Os Descendentes
Sou meio suspeito para falar sobre Alexander Payne. Sou viciado em Sideways – Entre Umas e Outras e Eleição. Apesar de ter poucos filmes na bagagem, é possível enxergar um ótimo diretor de atores, um excelente roteirista e daqueles diretores que buscam harmonia no set de filmagem (vide os making ofs). Talvez não leve o prêmio, mas aposto 100% que um dia terá seu Oscar de direção.
Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)
* Martin Scorsese por A Invenção de Hugo Cabret
Scorsese ficou muito marcado por um cinema violento que tem como ápice Os Bons Companheiros e Taxi Driver. Esta é sua 9ª indicação, tendo levado em 2007 por Os Infiltrados. Depois de finalmente ganhar seu Oscar, resolveu se aventurar em novos gêneros como terror psicológico (A Ilha do Medo) e nesta fábula A Invenção de Hugo Cabret.
Dos trabalhos selecionados, conferi apenas Meia-Noite em Paris (já disponível em DVD e Blu-ray). Apesar de muitos já terem “enterrado” o pobre Woody Allen com diversos prêmios pelo conjunto da obra, incluindo o DGA que o honrou em 1996, ele prova mais uma vez que continua sendo um dos melhores diretores em atividade.
Ele pode ter feito alguns trabalhos mais limitados, como O Escorpião de Jade (2001), Igual a Tudo na Vida (2003) e Melinda e Melinda (2004), mas, como muitos cinéfilos já diziam: “O pior filme de Woody Allen é melhor do que a média dos filmes em cartaz”. De fato, mesmo um Woody não tão inspirado consegue transformar em pó e estrume a maioria dos filmes de hoje. E, por mais que não pareça, digo isso com extremo pesar.
A cerimônia do DGA Awards ocorrerá no dia 28 de janeiro e terá o ator Kelsey Grammer como host.
Para quem quiser acompanhar os filmes dos diretores indicados, confira (previsão para a cidade de SP):
– Meia-Noite em Paris: já disponível em DVD e Blu-Ray
– Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres: Estréia em 27/01/12
– O Artista: Sem previsão de estréia (eu sei, um absurdo)