‘LADY BIRD’ surpreende e conquista críticos de NOVA YORK

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Saoirse Ronan consola Laurie Metcalf em cena de Lady Bird, de Greta Gerwig (pic by cine.gr)

CRÍTICOS APROVAM E APOIAM CINEMA INDEPENDENTE FEMININO DE GRETA GERWIG

Na última quinta-feira, dia 30, os críticos de Nova York divulgaram sua lista de melhores do ano.  Embora o novo filme de Greta Gerwig, Lady Bird, já ser conhecido por muitos, sua vitória no New York Film Critics Circle (NYFCC) não era prevista, já que a maioria apostava em Me Chame Pelo Seu Nome, Corra! ou Projeto Flórida. Vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz para Saoirse Ronan, o filme ganha fôlego para entrar na temporada de premiações.

Apesar da pouca idade (34), a atriz Greta Gerwig já trabalhou com bons diretores em sua filmografia de 25 filmes. Só para citar alguns nomes: Woody Allen, Barry Levinson, Todd Solondz, Pablo Larraín, Mike Mills e Noah Baumbach, com quem trabalhou em três longas e também mantém relacionamento desde 2011. Por isso, para quem a acompanha, seu amadurecimento como diretora não é exatamente uma surpresa. Ela vem recebendo elogios e ganhando pontos por sua visão bastante feminina do universo retratado em Lady Bird, algo que tem sido cada vez mais exigido na indústria cinematográfica dominada por homens.

Além dessa escolha, os críticos de Nova York resolveram quebrar umas barreiras históricas. Pela primeira vez, desde 1936, o prêmio de Fotografia foi para uma mulher. A diretora de fotografia Rachel Morrison foi reconhecida por seu trabalho em Mudbound, da diretora Dee Rees, que retrata a Mississippi escravista do pós-guerra. Como se trata de uma produção da Netflix, resta saber se teremos como apreciar esta bela fotografia em tela grande.

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Fotografia de Rachel Morrison em Mudbound. Primeira mulher a vencer na categoria. Pic by cine.gr

 

Ainda no campo histórico, elegeram Timothée Chalamet (Me Chame Pelo seu Nome) como Melhor Ator, o mais novo ator a vencer com 21 anos de idade. Essa vitória nos faz pensar se sua campanha vai se tornar uma indicação ao Oscar, ou vai acabar morrendo na praia, já que a Academia não costuma indicar jovens atores na categoria de Ator que é bastante disputada.

Timothée Chalamet Call me

Timothée Chalamet se tornou o ator mais jovem a vencer em NYFCC. Pic by outnow.ch

Contudo, se formos eleger uma surpresa, esta seria o nome de Tiffany Hadish. Quem? Com um pouco de pesquisa, é possível confirmar que a atriz tem larga experiência com comédias, desde séries, talk shows e filmes, portanto ela tem bom timing cômico. Ela vem se especializando em projetos com artistas negros, incluindo este Viagem das Garotas, que atua com Queen Latifah, Jada Pinkett Smith e Regina Hall. É a primeira vez que o nome da atriz surge na temporada de premiações, e surpreende por se tratar de uma comédia (daquelas de dar risada, não de humor, gênero bastante incomum para a crítica). Se seu nome parar nas listas do Globo de Ouro e/ou SAG, sua campanha pode avançar e ela pode se tornar uma indicada incomum como Melissa McCarthy por Missão Madrinha de Casamento.

Girls Trip

À esquerda, Tiffany Hadish ao lado de Regina Hall, Queen Latifah e Jada Pinkett Smith em Viagem das Garotas (pic by outnow.ch)

Para Ator Coadjuvante, o NYFCC elegeu Willem Dafoe por Projeto Flórida. O ator já havia vencido o National Board of Review há pouco tempo. O filme também levou o prêmio de Diretor para Sean Baker.

E vale lembrar que a jovem Saoirse Ronan levou seu segundo prêmio de Atriz em três anos pelos críticos nova-iorquinos. O primeiro foi por sua bela performance em Brooklyn (2015).

As vitórias da animação Viva – A Vida é uma Festa e do filme francês 120 Batimentos por Minuto vão consolidando suas campanhas rumo ao favoritismo nas categorias de Longa de Animação e Filme em Língua Estrangeira, respectivamente. E curiosamente, o vencedor de documentário é co-dirigido pela cineasta belga Agnès Varda, que foi recentemente homenageada pela Academia com o Oscar Honorário.

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Agnès Varda e JR em cena do documentário Faces Places. Pic by outnow.ch

VENCEDORES DO NYFCC 2017:

MELHOR FILME
Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird), de Greta Gerwig

MELHOR DIRETOR
Sean Baker (Projeto Flórida)

MELHOR ATRIZ
Saoirse Ronan (Lady Bird)

MELHOR ATOR
Timothée Chalamet (Me Chame Pelo seu Nome)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Willem Dafoe (Projeto Flórida)

MELHOR ROTEIRO
Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)

MELHOR FOTOGRAFIA
Rachel Morrison (Mudbound)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
120 Batimentos Por Minuto (BPM (Beats Per Minute)), de Robin Campillo – FRANÇA

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Viva – A Vida é uma Festa (Coco), Lee Unkrich e Adrian Molina

MELHOR FILME DE ESTRÉIA
Corra! (Get Out), de Jordan Peele

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Faces Places (Visages, Villages), de Agnès Varda e JR

PRÊMIO ESPECIAL PELO CONJUNTO DA OBRA
Molly Haskell – por sua carreira como crítica de notável voz feminina do Village Voice e do New York Magazine.

***

A cerimônia está marcada para o dia 03 de janeiro em Nova York, e será dedicada ao crítico Richard Schickel, falecido em fevereiro.

Indicados ao Leão de Ouro 2014 não apresentam favoritos

Pôster oficial do 71º Festival de Veneza, que faz alusão ao momento culminante do clássico francês Os Incompreendidos (photo by primetv.pt - image by biennale di Venezia)

Pôster oficial do 71º Festival de Veneza, que faz alusão ao momento culminante do clássico francês Os Incompreendidos (photo by primetv.pt – image by biennale di Venezia)

EMBORA HAJA NOMES EM POTENCIAL, A DISPUTA PELO PRÊMIO ESTÁ BASTANTE EQUILIBRADA

Apesar do resultado do ano passado ter sido quase motivo de uma CPI (o documentário italiano Sacro GRA foi eleito o vencedor do Leão de Ouro pelo presidente do júri conterrâneo Bernardo Bertolucci), o Festival de Veneza é um dos mais prestigiosos do mundo, além de ser o mais antigo. Ao contrário da veia mais comercial de Cannes, Veneza não tem o costume de se limitar a nomes consagrados para compor suas seleções de filmes.

Contudo, em entrevista, o diretor artístico Alberto Barbera revelou um fracasso para esta edição. Tentou trazer duas produções norte-americanas, cujos diretores são ninguém menos que David Fincher e Paul Thomas Anderson, que levou o Leão de Prata de Melhor Diretor em 2012 por O Mestre. Os dois viriam com Garota Exemplar (Gone Girl) e Inherent Vice, respectivamente, mas as distribuidoras recusaram a proposta para lançá-los no New York Film Festival. Tanto a 20th Century Fox como a Warner alegam que o evento americano ganha a briga por acontecer mais próximo do fim do ano, quando começa a temporada de premiações que culmina com o Oscar, e também por darem valor ao público do próprio país.

Cena com Ben Affleck de Garota Exemplar: preferência por NY a Veneza. (photo by www.outnow.ch)

Cena com Ben Affleck de Garota Exemplar: preferência por NY a Veneza. (photo by http://www.outnow.ch)

As desculpas são válidas, mas a verdade que li no site The Playlist é que as distribuidoras estão pensando duas vezes antes de mandar elenco e equipe de seus filmes para divulgação internacional para evitar gastos. Simples assim. Pagar passagens aéreas e estadias em hotéis luxuosos nem sempre representam números maiores nas bilheterias; a menos que ganhe um prêmio importante e olhe lá!

Dito isso, a missão de Barbera não foi fácil. Assistiu a 1500 filmes para peneirar 55 sobreviventes, distribuídos em três listas (Competição Oficial, Fora de Competição e Horizontes). “É um trabalho mais complexo, mais doloroso porque tem de deixar de fora alguns filmes muito bons”, afirmou Barbera em comparação a outros festivais de filmes como Toronto, que não apresenta competição e por isso mesmo não há limites de quantidade. Sem Fincher e Anderson, Veneza ainda oferece nomes conhecidos como o do alemão Fatih Akin e do mexicano Alejandro González Iñárritu.

Aliás, o novo filme de Iñárritu, Birdman, abrirá a competição oficial por trazer mais atores mundialmente conhecidos ao tapete vermelho como Michael Keaton, Edward Norton, Naomi Watts e Emma Stone. Por se tratar de uma comédia de humor negro, dificilmente deve levar o Leão de Ouro. Outras presenças ilustres são aguardadas para o evento, casos de Al Pacino e Holly Hunter (ambos por Manglehorn), Ethan Hawke e January Jones (ambos por Good Kill) e Willem Dafoe (Pasolini). Pacino e Dafoe já largam como franco-favoritos na corrida pelo prêmio de interpretação masculina, especialmente Pacino que terá mais um filme (The Humbling) exibido fora de competição.

BIRDMAN

Cena de Birdman entre Michael Keaton e Edward Norton: comédia de humor negro com clima de Queime Depois de Ler (photo by outnow.ch)

Quanto à seleção oficial, existem nomes interessantes como o do francês Xavier Beauvois que dirigiu o bom Homens e Deuses, que faturou o Grande Prêmio do Júri em Cannes 2010; e o japonês Shin’ya Tsukamoto, que tem uma linguagem visual bem peculiar, especialmente no gênero ficção científica. Mas um dos nomes que podem surpreender é o do norte-americano Joshua Oppenheimer, que este ano foi indicado para Melhor Documentário no Oscar por O Ato de Matar e pode sair do festival com o Leão de Ouro por The Look of Silence.

Já na mostra fora de competição, vale a pena destacar os retornos de dois grandes diretores. Peter Bogdanovich, que estava sumido desde O Miado do Gato (2001), volta com She’s Funny That Way, uma comédia sobre Broadway com Owen Wilson, Jennfer Aniston e Imogen Poots. E Joe Dante, que ficou conhecido por suas doideiras como Gremlins, Piranha e Viagem Insólita, faz sua versão de filme de zumbi, Burying the Ex, focado num casal de namorados formado por Anton Yelchin e Ashley Greene. E também se mostra interessante a reunião de diretores para fazer o filme mosaico Words With Gods, com tema voltado à religião. Nomes como Emir Kusturica, Mira Nair, Hideo Nakata e Hector Babenco já garantem maior atenção da mídia e do público.

INDICADOS AO LEÃO DE OURO

The Cut
Dir: Fatih Akin (Alemanha, França, Itália, Rússia, Canadá, Polônia, Turquia)
• A Pigeon Sat on a Branch Reflecting on Existence
Dir: Roy Andersson (Suécia, Alemanha, Noruega, França)
• 99 Homes
Dir: Ramin Bahrani (U.S.)
• Tales
Dir: Rakhshan Bani E’temad (Irã)
• La rancon de la gloire
Dir: Xavier Beauvois (França)
• Hungry Hearts
Dir: Saverio Costanzo (Itália)
• Le dernier coup de marteau
Dir: Alix Delaporte (França)
• Manglehorn
Dir: David Gordon Green (EUA)
• Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Dir: Alejandro Gonzáles Iñárritu (EUA)
• Three Hearts
Dir: Benoit Jacquot (France)
• The Postman’s White Nights
Dir: Andrei Konchalovsky (Rússia)
•  Il Giovane Favoloso
Dir: Mario Martone (Itália)
• Sivas
Dir: Kaan Mujdeci (Turquia)
• Anime Nere
Dir: Francesco Munzi (Itália, França)
• Good Kill
Dir: Andrew Niccol (EUA)
• Loin des Hommes
Dir: David Oelhoffen (França)
• The Look of Silence
Dir: Joshua Oppenheimer (Dinamarca, Finlândia, Indonésia, Noruega, Reino Unido)
• Nobi
Dir: Shin’ya Tsukamoto (Japão)
• Red Amnesia
Dir: Wang Xiaoshuai (China)

FORA DE COMPETIÇÃO

• Words with Gods
Dir: Guillermo Arriaga, Emir Kusturica, Amos Gitai. Mira Nair, Warwick Thornton, Hector Babenco, Bahman Ghobadi, Hideo Nakata, Alex de la Iglesia (México, EUA)
• She’s Funny That Way
Dir: Peter Bogdanovich (EUA)
• Dearest
Dir: Peter Ho-sun Chan (Hong Kong, China)
• Olive Kitteridge
Dir: Lisa Cholodenko (EUA)
• Burying the Ex
Dir: Joe Dante (EUA)
• Perez
Dir: Edoardo De Angelis (Itália)
• La zuppa del demonio
Dir: Davide Ferrario (Itália)
• Tsili
Dir: Amos Gitai (Israel, Rússia, Itália, França)
• La trattativa
Dir: Sabina Guzzanti (Itália)
• The Golden Era
Dir: Ann Hui (China, Hong Kong)
• Make Up
Dir: Im Kwontaek (Coréia do Sul)
• The Humbling
Dir: Barry Levinson (EUA)
• The Old Man of Belem
Dir: Manoel de Oliveira (Portugal, França)
• Italy in a Day
Dir: Gabriele Salvatores (Itália, Reino Unido)
• In the Basement
Dir: Ulrich Seidl (Áustria)
• The Boxtrolls
Dir: Anthony Stacchi, Annable Graham (U.K)
• Ninfomaníaca: Volume II (versão longa) Director’s Cut
Dir: Lars Von Trier (Dinamarca, Alemanha, França, Bélgica)

HORIZONTES

• Theeb
Dir: Naji Abu Nowar (Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Catar, Reino Unido)
• Line of Credit
Dir: Salome Alexi (Georgia, Alemanha, França)
• Cymbeline
Dir: Michael Almereyda (EUA)
• Senza Nessuna Pieta
Dir: Michele Alhaique (Itália)
• Near Death Experience
Dir: Benoit Delepine, Gustave Kervern (França)
• Le Vita Oscena
Dir: Renato De Maria (Itália)
• Realite
Dir: Quentin Dupieux (França, Bélgica)
• I Spy/I Spy
Dir: Veronika Franz, Severin Fiala (Áustria)
• Hill of Freedom
Dir: Hong Sangsoo (Coréia do Sul)
• Bypass
Dir: Duane Hopkins (Reino Unido)
• The President
Dir: Moshen Makhmalbaf (Georgia, França, Reino Unido, Alemanha)
• Your Right Mind
Dir: Ami Canaan Mann (EUA)
• Belluscone, una storia siciliana
Dir: Franco Maresco (Itália)
• Nabat
Dir: Elchin Musaoglu (Azerbaijão)
• Heaven Knows What
Dir: Josh Safdie, Ben Safdie (EUA, França)
• These Are the Rules
Dir: Ognjen Svilicic (Croatia, France, Serbia, Macedonia)
• Court
Dir: Chaitanya Tamhane (Índia)

Prévia do Oscar 2013: Ator Coadjuvante

O último vencedor da categoria, Christopher Plummer, por Toda Forma de Amor.

Criada em 1937, a categoria de Melhor Ator Coadjuvante passou a suprir a demanda de atores hollywoodianos que mereciam reconhecimento, mesmo não estrelando uma produção. O maior vencedor foi o americano Walter Brennan, que levou para casa três vezes o prêmio por Meu Filho é Meu Rival (1936), Kentucky (1938) e A Última Fronteira (1940). Normalmente, vence aquele que tem um papel que costuma roubar a cena, como aconteceu com Sean Connery em Os Intocáveis (1987) ou Christoph Waltz em Bastardos Inglórios (2009). A categoria, que antes era considerada menos importante, passou a ganhar relevância quando atores do quilate de Walter Huston (O Tesouro de Sierra Madre, 1948), George Sanders (A Malvada, 1950), Jack Lemmon (Mister Roberts, 1955) e Peter Ustinov (Spartacus, 1960) se sagraram vencedores.

Vencedor de três Oscars de coadjuvante: Walter Brennan. Além de ter atuado em muitos westerns, trabalhou com grandes atores como Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Gary Cooper e John Wayne.

Nas últimas décadas, as categorias de coadjuvante serviram como reduto de atores renomados. Nos bastidores, a estratégia da Academia seria de compensar atores de peso que não ganharam em oportunidades prévias. Claro que oficialmente, ninguém vai confirmar essa informação, mas a vitória de Morgan Freeman por Menina de Ouro em 2005 é um exemplo disso, pois o ator fora indicado em outras três vezes, mas nunca levou a estatueta. Essa leitura da premiação acredita que as chances de ele levar Melhor Ator (principal) nos próximos anos seriam pequenas e que, por isso, sua vitória como coadjuvante seria uma forma de garantir que Freeman encerre sua carreira como vencedor do Oscar.

Morgan Freeman em Menina de Ouro: Oscar de coadjuvante. Antes tarde do que nunca?

Com certeza, muitos fãs de Morgan Freeman vão discordar dessa opinião, mas as mesmas pessoas sabem que ele mereceu mais por Conduzindo Miss Daisy ou Um Sonho de Liberdade. Particularmente, sou contra esse sistema de compensação, pois pode desbancar a melhor performance do ano que, nesse ano, deveria ter ido para Thomas Haden Church (Sideways – Entre Umas e Outras) ou Clive Owen (Closer – Perto Demais).

Claro que adoraria ver atores veteranos e consagrados ganhando o Oscar pela primeira vez como aconteceu com Christopher Plummer este ano, mas nem sempre a maré está a favor deles. Nesses casos, existe o Oscar Honorário, que costuma premiar profissionais do cinema que nunca tiveram a oportunidade de levar a estatueta pra casa. Vencedores recentes atestam: James Earl Jones, Eli Wallach, Lauren Bacall e o compositor italiano Ennio Morricone, todos foram previamente indicados mas nunca venceram nas respectivas categorias.

Este ano, temos fortes candidatos vencedores do Oscar. Alan Arkin, Robert De Niro, Philip Seymour Hoffman, Russell Crowe e Tommy Lee Jones podem voltar ao tapete vermelho como indicados. O retorno mais triunfal seria o de Robert De Niro, que teve sua época de glória nas décadas de 70, 80 e 90, mas que não figura na lista há vinte anos (!). Tem também indicados prévios, mas que nunca ganharam e agora podem ter a chance de ouro como Leonardo DiCaprio, que concorreu três vezes, e em 2013, pode finalmente passar para o time dos Academy Award Winners.

Apesar de ainda estar cedo para favoritismos, Robert De Niro está na frente pelo sucesso de Silver Linings Playbook. O filme de David O. Russell vem arrancando aplausos pelos festivais que passa, especialmente o de Toronto (Canadá), de onde saiu com o prêmio People’s Choice Award. Particularmente, mesmo que ainda não tenha conferido sua performance, gostaria que esse retorno de De Niro fosse coroado para que sirva de incentivo ao ator para escolher projetos mais ousados e não somente pelo alto cachê, como vinha fazendo nas últimas duas décadas. Contudo, Philip Seymour Hoffman pode ser a pedra no meio do caminho com sua presença magnética no novo filme de Paul Thomas Anderson, The Master, que já lhe rendeu o prêmio Volpi Cup de Melhor Ator (juntamente com Joaquin Phoenix) no último Festival de Veneza.

Alan Arkin em Argo

ALAN ARKIN (Argo)

Muita gente conhece Alan Arkin como o vovô maconheiro e tutor da pequena Olive de Pequena Miss Sunshine, papel pelo qual ele ganhou seu único Oscar em 2007, batendo o favorito Eddie Murphy de Dreamgirls, mas este ator americano de 78 anos é um veterano em Hollywood, tendo participado de alguns clássicos como a comédia de guerra de Norman Jewison, Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando! (1966) e no suspense Um Clarão nas Trevas (1967), ao lado de Audrey Hepburn. Chegou a atuar no filme brasileiro indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro, O que é isso, Companheiro? (1997), de Bruno Barreto.

Nessa idade e já com um Oscar em casa, alguns críticos já aposentavam Alan Arkin, mas com Argo, ele prova que tem muito ainda a ensinar e mostrar. Ele interpreta o produtor de Hollywood, Lester Siegel, que ajuda o maquiador John Chambers na missão de vender um filme fictício para encobrir a saída de seis americanos do Irã durante a Revolução Iraniana em 1980. Ao lado de John Goodman, que vive Chambers, Alan Arkin rouba a cena com seu humor escrachado repleto de palavrões, muito semelhante ao revoltado vovô de Miss Sunshine.

É claro que o fato de Arkin já ter ganhado o Oscar recentemente implica em perda de pontos na corrida, afinal os votantes certamente consideram o histórico do ator. Mas se os votos se dividirem entre Robert De Niro e Philip Seymour Hoffman, Alan Arkin viria logo em seguida para roubar a cena na cerimônia.

Russell Crowe em Les Misérables

RUSSELL CROWE (Les Miserábles)

Depois de um início fenomenal em seus primeiros anos de Hollywood com três indicações ao Oscar, Russell Crowe deu uma relaxada. Quer dizer, ainda trabalha em projetos ambiciosos e com diretores consagrados como Ridley Scott e Peter Weir, mas suas atuações deram uma estabilizada. Em O Informante, Crowe engordou para interpretar Jeffrey Wigand. Já em Gladiador, ganhou massa muscular e fez cara de mau. A Academia reconheceu oficialmente seu esforço, premiando-o com o Oscar de Melhor Ator em 2001 pelo épico Gladiador.

Talvez, com esta adaptação musical do clássico literário de Victor Hugo, Russell Crowe volte aos holofotes pelas performances na tela, e não pelos escândalos de porrada em papparazzi ou que bateu na pobre esposa. Na mega-produção, o ator neozelandês dá vida ao Inspetor Javert, que fica na cola do protagonista Jean Valjean (Hugh Jackman).

Particularmente, nunca ouvi nenhuma faixa da banda australiana de Russell Crowe, 30 Odd Foot of Grunts. Mas pelos comentários, vale aquele bom e velho ditado: “Como cantor, Russell Crowe é um ótimo ator”. E pelo que me informei, não há playbacks nas canções, tanto que os atores cantavam ao vivo no set usando um fone que tocava piano para manter o ritmo. A música era acrescentada na montagem final. Será que Crowe se saiu bem ou todo mundo aplaudia por educação e com medo de levar um soco? Só vendo mesmo, mas se ele não se saiu no mínimo bem, esquece a indicação…

Robert De Niro em cena de Silver Linings Playbook

ROBERT DE NIRO (Silver Linings Playbook)

Que Robert De Niro não precisa provar mais nada pra ninguém, isso todo mundo já sabe. Afinal, não é qualquer ator que fez Taxi Driver (1976), O Poderoso Chefão: Parte II (1974), Touro Indomável (1980), Os Bons Companheiros (1990) e aterrorizou como o presidiário Max Cady em Cabo do Medo (1991). Tem dois Oscars na bagagem, mas um terceiro pode estar por vir.

Com Silver Linings Playbook, o veterano de Hollywood pode ressuscitar na temporada de prêmios. Ele faz o pai protetor e conselheiro de Pat (Bradley Cooper), que acaba de sair de uma instituição psicológica depois de pegar sua mulher traindo. Pelo trailer, já é possível ver que De Niro já se desvencilha da típica atuação de mafioso ou gângster que praticamente impregnou sua pele, crédito do ótimo diretor de atores David O. Russell.

O retorno de Robert De Niro aos bons papéis era há muito aguardada, pois o ator passou por duas décadas de filmes medianos e alguns claramente para poder pagar as contas como a comédia As Aventuras de Rocky & Bullwinkle (podem falar o que quiser do filme, mas está nítido que o contrato foi gordo).

Aí você vai se perguntar: “Mas se o De Niro já tem dois Oscars, por que ele ganharia um terceiro?”. Realmente, se levarmos em consideração o histórico vitorioso, existem outros atores da nova geração que são tão merecedores quanto ele. Mas Hollywood e sua comunidade admiram Robert De Niro e gostariam de vê-lo no topo depois de tanto tempo. Muitos acreditam que o grande ator ainda existe, mas que não teve as devidas oportunidades nas últimas duas décadas. Infelizmente, só vamos poder comprovar o potencial do papel em fevereiro, quando está prevista a estréia no Brasil.

Leonardo DiCaprio em Django Livre

LEONARDO DiCAPRIO (Django Livre)

Desde que estrelou Titanic como o pobretão galã Jack e se tornou pôster de milhões de quartos de menininhas, Leo DiCaprio decidiu virar o disco e se tornar um ator de respeito. Sua tática era formar parcerias com profissionais consagrados como forma de aprendizado e se destacar como ator e não apenas ídolo teen. Como cinéfilo, admiro bastante sua disposição para mover montanhas, mas ainda não me convenci de que ele é um bom ator. DiCaprio é esforçado: aprendeu o sotaque sul-africano para filmar Diamante de Sangue, tomou uma nova aparência mais nojenta em O Aviador e mais velha em J. Edgar, mas ainda não apresenta algumas nuances e tonalidade de voz diferenciada. Ele precisa trabalhar mais o interior do que o exterior. Pode-se dizer que Leonardo DiCaprio é um diamante bruto que precisa ser esculpido.

Creio que o diretor Martin Scorsese também pensou o mesmo a respeito dele. Contratou-o para filmar Gangues de Nova York (2002), O Aviador (2004), Os Infiltrados (2006) e A Ilha do Medo (2010). Claro que depois do curso intensivo de Scorsese, Leo ficou melhor, tanto que conseguiu mais duas indicações ao Oscar (a primeira foi aos 19 anos como coadjuvante por Gilbert Grape – Aprendiz de um Sonhador) por O Aviador e Diamante de Sangue.

Agora, em sua primeira participação num filme de Quentin Tarantino, as esperanças se renovam, ainda mais que o diretor conseguiu um Oscar de coadjuvante para Christoph Waltz em Bastardos Inglórios há dois anos. No western Django Livre, Leonardo DiCaprio interpreta o vilão, no caso, o proprietário de terras brutal de Mississipi, Calvin Candie, que tem posse da mulher do herói Django (Jamie Foxx). As expectativas sempre são altas quando se fala de um filme de Tarantino. Espera-se que a performance de DiCaprio também esteja no mesmo nível.

John Goodman em Argo

JOHN GOODMAN (Argo)

Para o público brasileiro em geral, John Goodman ficou marcado por viver Fred Flinstone nos cinemas e dar sua voz ao personagem Sully na animação Monstros S.A.. Chegou a cantar a canção “If I Didn’t Have You”, que venceu o Oscar para Randy Newman em 2002. Mas para os cinéfilos de carteirinha, o ator robusto ficará marcado eternamente pelo papel de Walter Sobchak, o sem-noção traumatizado da Guerra do Vietnã na comédia de humor negro O Grande Lebowski (1998), dos irmãos Coen.

De lá pra cá, além das participações nos filmes dos Coen, Goodman tem sido escalado para papéis menores que exigem uma presença de tela. Foi assim no blockbuster Speedy Racer, na comédia Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e no último vencedor do Oscar, O Artista. Com o sucesso de Argo, espera-se que ele finalmente consiga sua primeira indicação ao Oscar e consequentemente, melhores ofertas de papéis.

No filme de Ben Affleck, John Goodman se destaca em todas as cenas em que aparece como o maquiador de Hollywood, John Chambers. É realmente uma pena que seu personagem não tenha mais tempo de tela, porque sua atuação merecia mais alguns minutos. Apesar da curta duração, uma indicação a Goodman se mostra bastante plausível devido ao reconhecimento da figura de Chambers com um Oscar Honorário pelas próteses inovadoras de O Planeta dos Macacos (1968).

Philip Seymour Hoffman em The Master

PHILIP SEYMOUR HOFFMAN (The Master)

Philip Seymour Hoffman começou a atuar em filmes no começo dos anos 90. Felizmente, nunca foi do tipo galã, então teve que ralar bastante para conquistar seu lugar ao sol. Mesmo em papéis menores, teve oportunidade de conhecer e atuar com grandes atores como Paul Newman, Al Pacino, James Woods e Ellen Burstyn, buscando construir seu próprio estilo de interpretação. Na maioria de seus trabalhos, percebe-se que Hoffman prioriza a atuação mais contida, mesmo com seu trabalho premiado pela Academia em Capote (2005), em que teve que copiar alguns trejeitos típicos do romancista Truman Capote, ele procurou reprimir a sexualidade de seu personagem.

Além do aprendizado com referências de Hollywood, outro fator notável na carreira de Hoffman foi o início de uma parceria forte com o jovem cineasta norte-americano Paul Thomas Anderson que, aos 26 anos, realizou seu primeiro longa, Jogada de Risco (1996). Com o diretor, Philip Seymour Hoffman voltou a trabalhar em Boogie Nights – Prazer Sem Limites (1997), Magnólia (1999), Embriagado de Amor (2002) e agora no tão aguardado The Master, no qual dá vida ao filósofo carismático Lacaster Dodd, que seria baseado na figura do criador da Cientologia, L. Ron Hubbard.

Pelo filme, Philip Seymour Hoffman já ganhou o Volpi Cup de Melhor Ator (compartilhado com seu colega Joaquin Phoenix) no último Festival de Veneza, de onde Paul Thomas Anderson também saiu premiado como Melhor Diretor. Hoffman já foi indicado três vezes ao Oscar: Melhor Ator por Capote (2005), Melhor Ator Coadjuvante por Jogos do Poder (2007) e Dúvida (2008), tendo levado pelo primeiro.

Tommy Lee Jones em Lincoln

TOMMY LEE JONES (Lincoln)

Muita gente conhece Tommy Lee Jones como o agente K da trilogia de Homens de Preto, que com sua expressão de pedra, contrabalanceou muito bem com o humor mais extrovertido de Will Smith. Contudo, Jones já possui uma extensa filmografia, que começou lá em 1970 no bem-sucedido romance Love Story – Uma História de Amor, num papel menor. Apesar de ganhar notoriedade ao atuar ao lado de Sissy Spacek na biografia da cantora country Loretta Lynn em 1980, Tommy Lee Jones só teve seu talento reconhecido nos anos 90, quando trabalhou com Oliver Stone no aclamado JFK – A Pergunta que Não Quer Calar e no polêmico Assassinos por Natureza. Em 1995, ganhou seu único Oscar de coadjuvante pelo thriller policial O Fugitivo, no qual interpreta o agente do FBI Samuel Gerard que tem a missão de perseguir Kimble (Harrison Ford), acusado de matar sua própria esposa.

Como muitos atores, Tommy desfrutou de seu sucesso tardio em Hollywood e assinou contrato para alguns filmes blockbusters como o fraco Volcano (1997) e no carnavalesco Batman Eternamente (1995), em que deu vida ao vilão Duas-Caras. Mais recentemente, estrelou o western pós-moderno dos irmãos Coen, Onde os Fracos Não Têm Vez (2007), foi indicado ao Oscar pela atuação no policial No Vale das Sombras (2007) e em 2005, ganhou o prêmio de ator no Festival de Cannes pelo ótimo Três Enterros, primeiro longa sob sua direção.

2012 foi um ano cheio para Tommy Lee Jones. Quatro produções em que participou estrearam este ano: Lincoln, Homens de Preto 3, Emperor e Um Divã Para Dois. Além do sucesso comercial de Homens de Preto 3, sua atuação na comédia romântica Um Divã Para Dois ao lado de Meryl Streep já havia chamado a atenção da crítica, o que certamente aumenta as chances de indicação pelo filme político de Steven Spielberg. Em Lincoln, ele interpreta o vice-presidente abolicionista Thadeus Stevens, que tem suma-importância como o braço direito do presidente. Na grande produção de época de Spielberg, existem vários bons atores em papéis secundários como David Strathairn, Jackie Earle Haley, John Hawkes, Joseph Gordon-Levitt, James Spader e Hal Holbrook, mas pelas críticas, Tommy Lee Jones deve representar todo o elenco secundário masculino no Oscar.

William H. Macy em The Sessions

WILLIAM H. MACY (The Sessions)

Este ator franzino norte-americano parece ter nascido para papéis secundários. Hollywood nunca lhe deu uma real oportunidade de protagonista, mas já trabalhou com diretores renomados como Woody Allen (A Era do Rádio e Neblina e Sombras), Rob Reiner (Fantasmas do Passado), Paul Thomas Anderson (Boogie Nights – Prazer Sem Limites e Magnólia), Barry Levinson (Mera Coincidência) e os irmãos Coen (Fargo), pelo qual conseguiu sua única indicação ao Oscar, como coadjuvante, claro. Na TV, William H. Macy teve mais sorte ao estrelar o filme televisivo De Porta em Porta, no qual se destaca como o vendedor ambulante com problemas mentais Bill Porter.

Casado com a atriz Felicity Huffman, da série de TV Desperate Housewives, William H. Macy tem enorme carinho por colegas de trabalho, pois costuma emprestar seu carisma para seus papéis. Desta vez, ele interpreta um padre, que enfrenta uma questão eticamente controversa. No filme independente The Sessions, seu amigo e fiel Mark O’Brien (John Hawkes) tem condições médicas delicadas e pouco tempo de vida, o que o leva a querer perder sua virgindade antes que o pior aconteça. Como padre e conselheiro, ele tenta guiar Mark pelo melhor caminho sem afetar sua fé.

No último Festival de Sundance, o filme ganhou o prêmio de público e um reconhecimento especial do júri pela atuação do elenco todo. Dependendo de como vai se sair entre os prêmios da crítica americana como o National Board of Review, New York Film Critics Circle e o Los Angeles Film Critics Association, William H. Macy tem boas chances de aparecer na lista de Melhor Ator Coadjuvante em 2013. Seria sua segunda indicação ao Oscar.

Matthew McConaughey em Magic Mike

MATTHEW McCONNAUGHEY (Magic Mike)

Galã de segunda linha, Matthew McConnaughey costuma estrelar comédias românticas com atrizes regulares como Sarah Jessica Parker e Kate Hudson, tanto que o público feminino o conhece como o conquistador de Como Perder um Homem em 10 Dias (2003). Mas de vez em quando, o ator decide participar de alguns projetos mais ambiciosos como a ficção científica Contato (1997), o filme de época de Spielberg, Amistad (1997) e ganhou certo prestígio ao interpretar advogados em Tempo de Matar (1996) e em O Poder e a Lei (2011).

Trabalhando com o diretor Steven Soderbergh (vencedor do Oscar por Traffic) em Magic Mike, McConnaughey faz o papel de Dallas, um veterano do mundo do striptease masculino no clube de mulheres. Ele rouba a cena ao passar seus ensinamentos eróticos para o jovem Mike (Channing Tatum) e, claro, em seus shows que levam as mulheres ao delírio.

Com tantas performances boas nessa categoria, McConnaughey corre por fora nessa competição. Contudo, como a maioria dos relacionados já foi indicada ou ganhou um Oscar, existe uma possibilidade do ator ser o único a conquistar a primeira indicação. A votantes femininas podem dar uma mãozinha.

 

POSSÍVEIS SURPRESAS

As categorias de coadjuvante costumam ser as mais imprevisíveis. Na reta final, surge alguém para roubar a vaga garantida de outro ator. Este ano, o veterano sueco Max von Sydow (Tão Forte e Tão Perto) foi a surpresa, passando uma rasteira em Albert Brooks (Drive) e Armie Hammer (J. Edgar), ambos indicados ao Globo de Ouro e SAG Awards, respectivamente. Alguns sites como IndieWire, colocaram alguns nomes que podem figurar como supresa na lista final. Confira:

– Javier Bardem (007 – Operação Skyfall)

– Don Cheadle (Flight)

– James D’Arcy (Hitchcock)

– Michael Fassbender (Prometheus)

– James Gandolfini (O Homem da Máfia)

– Dwight Henry (Indomável Sonhadora)

– Hal Holbrook (Promised Land)

– Ewan McGregor (O Impossível)

– Ian McKellen (O Hobbit – Uma Jornada Inesperada)

– Guy Pearce (Os Infratores)

Também considero baixas as possibilidades desses atores entrarem na lista, mas adoraria ver Michael Fassbender ser incluso de última hora por Prometheus, uma vez que o ator alemão já merecia uma indicação este ano pelo drama independente Shame. Além de seu ciborgue David ser muito convincente e deixar todo o resto do elenco no chão, ele demonstra a calma na fala mansa e pausada, e ainda empresta um carisma que às vezes se mostra mais humano do que os personagens humanos. Com certeza, um grande ator em extrema ascensão que merece ser reconhecido pela Academia, que só tem a ganhar com sua inclusão na categoria.

Michael Fassbender como o ciborgue David em Prometheus

Como fã de James Bond, seria uma grata surpresa ver Javier Bardem e seu vilão Raoul Silva de 007 – Operação Skyfall indicado ao Oscar, mas acho bastante improvável pelo papel ser parecido com o Coringa de Heath Ledger. Entretanto, o mega sucesso das bilheterias do 23º filme de Bond pode mexer na corrida.

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