PRIMEIRA PRÉVIA DO OSCAR 2015! – Para aqueles que não aguentam esperar

 NÃO HÁ FAVORITOS AINDA, MAS FORTES CONCORRENTES

Faltam (apenas) 4 meses para as indicações! Já vale a pena dar uma olhada nos possíveis filmes indicados e fantasiar sobre um ou outro ator ou atriz que nunca ganhou e pode finalmente ter a chance. Particularmente, estou curioso para ver as performances de Michael Fassbender nos filmes MacBeth e Frank, e de Joaquin Phoenix em Inherent Vice, pela evolução constante nas últimas performances, e mesmo sem ter visto o trabalho deles, já torço para que cheguem ao tapete vermelho da Academia. Já pelo que vi, dou meu apoio incondicional para a campanha da primeira indicação para Steve Carell, o comediante de O Virgem de 40 Anos teve seu talento testado pelo diretor Bennett Miller em Foxcatcher.

Claro que ainda há muita especulação que se baseia em nomes consagrados. Na ala dos diretores, Christopher Nolan sempre aparece nas apostas, assim como o britânico Stephen Daldry por seu histórico de 3 indicações sem vitória. Já entre as atrizes, fica impossível desassociar o nome Meryl Streep na hora do burburinho do Oscar. Ela pode ter sido quase uma figurante que ela vai constar nas listas de possíveis indicadas. Este ano, a primeira foto dela como Bruxa/Feiticeira da mega produção Caminhos da Floresta já causou um estardalhaço. E, em menor escala, podemos encaixar Viola Davis também como candidata à atriz coadjuvante sem sequer ver seu trabalho. Sua derrota por Histórias Cruzadas em 2012 ainda deve render uma nova indicação ao Oscar.

Há filmes que certamente serão catapultados na campanha ao Oscar graças ao lobbista Harvey Weinstein. Dentre algumas produções que recebem seu valioso apoio estão: The Imitation Game e MacBeth, além de suas próprias produções como Big Eyes, St. Vincent e O Doador de Memórias. Como sempre comentado aqui, o trabalho de Weinstein impressiona pelas indicações constantes ao Oscar. Só nos últimos anos, ele foi responsável pelos Oscars de Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida), Meryl Streep (A Dama de Ferro) e de Kate Winslet (O Leitor), além de Melhor Filme para O Artista e O Discurso do Rei.

Também vale ressaltar a crescente importância do Festival de Toronto como prévia do Oscar. Nos últimos anos, os filmes que participaram do evento não-competitivo acabaram vencedores da estatueta: 12 Anos de Escravidão, Argo e A Separação. Este ano, o Festival de Toronto (ou TIFF) acolhe prováveis favoritos ao Oscar como Foxcatcher, Nightcrawler, Whiplash: Em Busca da Perfeição, Maps to the Stars, Mr. Turner, Wild, The Theory of Everything e The Imitation Game. Todos sedentos por um pouco de atenção neste início da corrida ao Oscar 2015.

MELHOR FILME

• American Sniper, de Clint Eastwood
• Big Eyes, de Tim Burton
• Birdman, de Alejandro González Iñárritu
• Foxcatcher: A História que Chocou o Mundo (Foxcatcher), de Bennett Miller
• Garota Exemplar (Gone Girl), de David Fincher
• O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel), de Wes Anderson
• Corações de Ferro (Fury), de David Ayer
• The Imitation Game, de Morten Tyldum
• Inherent Vice, de Paul Thomas Anderson
• Interestelar (Interstellar), de Christopher Nolan
• Caminhos da Floresta (Into the Woods), de Rob Marshall
• Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children), de Jason Reitman
• A Most Violent Year, de J.C. Chandor
• Selma, de Ava DuVernay
• A Teoria de Tudo (The Theory of Everything)
, de James Marsh
• Trash – A Esperança Vem do Lixo (Trash), de Stephen Daldry
• Invencível (Unbroken)
, de Angelina Jolie
• Wild, de Jean-Marc Vallée

Primeiro, vamos aos fatos. Apresentado no Festival de Veneza, Birdman já figura como um forte candidato ao Oscar. Além de seu diretor ser o mexicano Alejandro González Iñárritu, traz o retorno triunfal do ator Michael Keaton, que ficou marcado pelo papel de Batman de Tim Burton. Ainda conta com atores que podem conquistar indicações como coadjuvantes: Emma Stone, Edward Norton e Naomi Watts.

Foxcatcher saiu de Cannes com o prêmio de direção para o jovem Bennett Miller (Capote e O Homem que Mudou o Jogo). Considerado um dos melhores diretores de atores da atualidade, Miller já conseguiu a proeza de extrair uma atuação contida e estranhíssima do ator e comediante Steve Carell que, só por um milagre, não estará no Oscar 2015. Além dele, Mark Ruffalo já vem conquistando os críticos que viram o filme na França. Conta também muito a favor a produção ser assinada por Megan Ellison (da produtora Annapurna), que recebeu duas indicações no Oscar deste ano por Trapaça e Ela. Veja trailer abaixo:

Embora a Academia ainda não tenha abraçado o estilo único de Wes Anderson, seu novo filme, O Grande Hotel Budapeste, pode conquistar uma indicação a Melhor Filme. Como se não bastasse a batalha contra o conservadorismo da Academia, o filme terá dificuldades de manter seu frescor na memória dos votantes, pois o filme estreou nos EUA em março. Até agora, venceu o Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri no último Festival de Berlim, e figura nas listas dos críticos de melhores de 2014 até o momento. São possíveis indicações nas categorias de Direção de Arte, Figurino e Roteiro Original, mas seria uma grata surpresa a lembrança como Melhor Filme e Diretor.

E vencedor do Festival de Sundance do Urso de Prata de Direção, o independente Boyhood: Da Infância à Juventude teve como grande destaque as filmagens que levaram mais de 12 anos. A proposta arriscada do diretor Richard Linklater se apoiava no comprometimento do jovem protagonista Ellar Coltrane de continuar as filmagens após esse longo período para acompanhar o crescimento de seu personagem. Com indicações anteriores como roteirista apenas, Linklater pode sonhar mais alto se depender das apostas dos críticos.

Garota Exemplar e Inherent Vice são duas produções aguardadíssimas que o presidente do Festival de Veneza tentou trazer, mas foram selecionadas pelo Festival Internacional de Nova York. Enquanto o primeiro trabalho é assinado por David Fincher com base no best-seller homônimo de Gillian Flynn, o segundo é assinado por Paul Thomas Anderson com base no romance de Thomas Pynchon. Ambos podem e devem conquistar indicações como Melhor Diretor pelo ótimo momento de suas carreiras, o que poderia puxar indicações para Melhor Filme dependendo do sucesso com a crítica e o público.

Cena com Ben Affleck de Garota Exemplar (photo by http://www.outnow.ch)

Os demais trabalhos citados na lista ainda não concretizaram seus favoritismos. A maioria tem presença devido ao prestígio de seus diretores perante a Academia como Clint Eastwood, Jason Reitman, Angelina Jolie e Christopher Nolan, enquanto outros apresentam temas que são típicos dos vencedores do Oscar como The Imitation Game, que aborda a história verídica do matemático que quebra um código em plena Segunda Guerra Mundial, ou a história da vida de um dos maiores físicos do mundo, Stephen Hawking, retratada em The Theory of Everything com um Eddie Redmayne bastante inspirado no papel do protagonista. Ainda pouco comentado, vale citar o filme Selma, que retrata a busca pelo direitos civis por Martin Luther King.

Em se tratando de expectativa, um dos trabalhos mais comentados para esta temporada é a adaptação do livro de James Lapine, Caminhos da Floresta (Into the Woods), dirigido por Rob Marshall, que concorreu a Melhor Diretor por Chicago em 2003. Com um elenco estelar que conta com Meryl Streep, Johnny Depp, Emily Blunt, Chris Pine, Anna Kendrick e Tracey Ullman, o musical tem tudo para conquistar no mínimo o Globo de Ouro de Melhor Filme – Musical ou Comédia. Além da qualidade que só poderá ser comprovada com o lançamento do filme, a única coisa que pode atrapalhar seu sucesso é uma possível censura por parte da Disney, que está por trás da produção. Aliás, este é um medo recorrente em relação à Disney, que costuma “suavizar” as histórias a fim de abranger o público infanto-juvenil, podendo remoldar a saga Star Wars, cujos direitos lhe foram vendidos para desespero dos fãs. Se tudo o mais falhar, pelo menos Caminhos da Floresta deve garantir o 4º Oscar da carreira da figurinista Colleen Atwood.

Cena de Caminhos da Floresta (photo by Disney)

MELHOR DIRETOR

• Paul Thomas Anderson (Inherent Vice)
• Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste)
• Tim Burton (Big Eyes)
• J.C. Chandor (A Most Violent Year)
• Stephen Daldry (Trash – A Esperança Vem do Lixo)
• Ava DuVernay (Selma)
• David Fincher (Garota Exemplar)
• Alejandro González Iñárritu (Birdman)
• Angelina Jolie (Unbroken)
• Tommy Lee Jones (The Homesman)
• Mike Leigh (Mr. Turner)
• Richard Linklater (Boyhood: Da Infância à Juventude)
• Rob Marshall (Caminhos da Floresta)
• Christopher Nolan (Interestelar)
• Jason Reitman (Men, Women & Children)
• Jon Stewart (Rosewater)

• Morten Tyldum (The Imitation Game)
• Jean-Marc Vallée (Wild)

Como já citado, o americano Bennett Miller larga na frente por ter conquistado o prêmio de direção no Festival de Cannes por Foxcatcher. Ele foi indicado anteriormente por Capote em 2006. Logo atrás, o mexicano Alejandro González Iñárritu pode manter a onda latina em alta com Birdman, após seu conterrâneo Alfonso Cuarón ter levado o Oscar de diretor por Gravidade. Iñárritu pode conquistar sua terceira indicação após dupla indicação por Babel como Melhor Filme e Direção em 2007. E pra fechar a trinca de favoritos do momento, Richard Linklater e seu Boyhood: Da Infância à Juventude. Normalmente, a Academia inclui pelo menos um indicado estreante, e este pode ser Linklater, que independente do gênero, sempre busca alguma inovação da linguagem.

Outrora outsider, David Fincher, que já tem produções cultuadas como Seven – Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta e Zodíaco, foi reconhecido pela Academia a partir do poético O Curioso Caso de Benjamin Button. Este ano, ele retorna com outro filme do gênero crime, mas desta vez ele conta com prestígio e o roteiro de uma autora best-seller, podendo conquistar sua terceira indicação como Diretor.

Não dá pra deixar de lado o favoritismo crescente de Angelina Jolie. Após sucesso crítico de seu filme sobre os conflitos na Bósnia, Na Terra de Amor e Ódio, a atriz resolveu investir em outra produção de guerra, Invencível, mas desta vez, a Segunda Guerra Mundial, baseando-se numa história verídica de um atleta olímpico americano capturado como prisioneiro no Japão. E também não dá pra ignorar o novo trabalho do britânico Stephen Daldry, cujos filmes sempre dão um jeito de receber uma indicação ao Oscar. Reconhecido por Billy Elliott, As Horas e O Leitor, ele volta com Trash – A Esperança Vem do Lixo, filmado no Brasil e com os atores Wagner Moura e Selton Mello.

Selton Mello em Trash - A Esperança Vem do Lixo (photo by outnow.ch)

Selton Mello em Trash – A Esperança Vem do Lixo (photo by outnow.ch)

Já entre os diretores que nunca conseguiram uma indicação, Christopher Nolan aparece como forte candidato pela ficção científica Interestelar. Após bater na trave com Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) e A Origem (2010), o trabalho dele pode finalmente ganhar destaque e satisfazer milhões de fãs e alguns críticos. Particularmente, torço para a inédita indicação de Wes Anderson por O Grande Hotel Budapeste e, mesmo sem ter visto o filme, torço também por Tim Burton e seu filme biográfico Big Eyes.

MELHOR ATOR

• Ben Affleck (Garota Exemplar)
• Chadwick Boseman (James Brown)

• Steve Carell (Foxcatcher)
• Benedict Cumberbatch (The Imitation Game)
• Benicio Del Toro (Escobar: Paradise Lost)

• Michael Fassbender (Frank)
• Michael Fassbender (MacBeth)
• Ralph Fiennes (O Grande Hotel Budapeste)
• Jake Gyllenhaal (Nightcrawler)
• Oscar Isaac (A Most Violent Year)
• Michael Keaton (Birdman)
• Bill Murray (St. Vincent)
• Jack O’Connell (Unbroken)
• David Oyelowo (Selma)

• Al Pacino (Manglehorn)
• Joaquin Phoenix (Inherent Vice)

• Brad Pitt (Corações de Ferro)
• Eddie Redmayne (The Theory of Everything)
• Timothy Spall (Mr. Turner)
• Channing Tatum (Foxcatcher)

Até o momento, o único ator premiado foi o britânico Timothy Spall pelo filme biográfico do pintor J.M.W. Turner no último Festival de Cannes. Contudo, embora seja um excelente diretor de atores, a última performance indicada ao Oscar sob a direção de Mike Leigh foi de Imelda Staunton em 2005 por O Segredo de Vera Drake, o que pode dificultar as chances dele.

Com boas chances de ser premiado em Veneza, Michael Keaton vem recebendo elogios por esse retorno triunfal. Em Birdman, ele interpreta um ator conhecido por viver um super-herói e agora tenta justamente um retorno na Broadway. Essa história remete bastante à trajetória do próprio Michael Keaton, que ficou marcado por viver o herói mascarado Batman e desacelerou sua carreira promissora. Segundos as críticas, sua atuação em Birdman consegue expressar “arrogância, insegurança e desespero num só respiro”. Pode se tornar a sua primeira indicação e a 6ª indicação de um ator sob a direção de Iñárritu.

Outro que deve conquistar sua indicação inédita é Steve Carell, mais conhecido por papéis em comédias como O Virgem de 40 Anos e Agente 86. O diretor Bennett Miller enxergou potencial dramático nele e o ator não decepciona, apresentando uma atuação contida, precisa e assustadora, com direito a uma mudança de visual com cabelos grisalhos e uma prótese no nariz. Tais métodos costumam ser reconhecidos pela Academia como foi o caso do Oscar para Charlize Theron por Monster – Desejo Assassino. Existe uma possibilidade do jovem Channing Tatum receber sua primeira indicação pelo mesmo Foxcatcher, contudo, a disputa na categoria é sempre acirrada e a última vez que houve dois indicados a Melhor Ator pelo mesmo filme foi em 1985, quando Tom Hulce e F. Murray Abraham competiram juntos por Amadeus, tendo o último vencido o Oscar.

Além do aspecto visual, que pode beneficiar os 13 quilos perdidos por Jake Gyllenhall em Nightcrawler, a Academia adora papéis baseados em fatos verídicos, o que deve elevar demais as chances de Eddie Redmayne que interpreta o jovem Stephen Hawking em The Theory of Everything. Claro que a atuação também deve acompanhar a qualidade da transformação, e esse talento o jovem Benedict Cumberbatch tem de sobra. Ele vive outra figura histórica: o matemático Alan Turing, que decifrou um código nazista em plena guerra em The Imitation Game.

Sem o mesmo impacto de um Jamie Foxx como Ray Charles, o jovem e desconhecido Chadwick Boseman pode figurar em listas de melhores ao interpretar o também músico James Brown no filme homônimo. Mas a maior aposta até o momento sem analisar a performance está nas mãos de Joaquin Phoenix, novamente sob direção de Paul Thomas Anderson, com quem trabalhou em O Mestre. Embora com alguns parafusos a menos, o ator está em extrema ascensão em Hollywood e deve confirmar seu favoritismo na casa de apostas por Inherent Vice. Já a minha aposta pessoal vai para um dos trabalhos de Michael Fassbender, seja por Frank, no qual atua usando uma cabeça em formato de desenho, seja pela adaptação de Shakespeare em MacBeth.

MELHOR ATRIZ

• Amy Adams (Big Eyes)
• Jessica Chastain (The Disappearance of Eleanor Rigby)
• Jessica Chastain (Miss Julie)
• Jessica Chastain (A Most Violent Year)
• Marion Cotillard (Two Days, One Night)
• Keira Knightley (Mesmo Se Nada Der Certo)
• Jennifer Lawrence (Serena)
• Juliane Moore (Maps to the Stars)
• Rosamund Pike (Garota Exemplar)
• Meryl Streep (Caminhos da Floresta)
• Hilary Swank (The Homesman)
• Michelle Williams (Suite Française)
• Reese Witherspoon (Wild)
• Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas)

Apesar de não ser a melhor prévia para o Oscar, o Festival de Cannes premiou este ano a atriz Julianne Moore por Maps to the Stars, o que não pode ser simplesmente ignorado pela Academia, ainda mais por se tratar de uma atriz muito querida que já foi indicada em 4 oportunidades, mas nunca levou a estatueta. Suas chances devem aumentar se for indicada como atriz coadjuvante, categoria que costuma ter concorrência menos acirrada.

Agora, se depender do burburinho, Reese Witherspoon já deve garantir sua segunda indicação por Wild. Baseado na história real de Cheryl Strayed de percorrer mais de 1.700km a fim de superar uma catástrofe recente, o filme vem sendo apontado como uma das maiores surpresas do prestigiado Festival de Toronto. Witherspoon, que vinha atuando apenas em filmes comerciais após ganhar o Oscar por Johnny & June, pode recuperar sua reputação de boa atriz.

Em 2012, Jessica Chastain tinha três filmes que poderiam lhe render uma indicação ao Oscar, o que aconteceu por Histórias Cruzadas. Este ano, por nova coincidência de lançamentos, ela tem nova trinca de performances que podem lhe beneficiar na reta final, sendo que em Miss Julie ela é dirigida pela legendária atriz sueca Liv Ullmann, e em A Most Violent Year pelo inspirado J.C. Chandor de Margin Call – O Dia Antes do Fim e Até o Fim. Chastain quase ganhou por A Hora Mais Escura em 2013.

Se a atuação de Amy Adams como a pintora Margaret Keane chamar a atenção da crítica, ela pode ficar com uma mão na estatueta. Seria a 6ª indicação dela em apenas nove anos e sem nenhuma vitória! A Academia está muito disposta a premiá-la, mas talvez esteja esperando uma atuação realmente digna com aqueles elementos já citados aqui como mudança visual ou mesmo no tom de voz, e não apenas uma peruca loira. Teremos de aguardar pra ver o que Tim Burton conseguiu extrair de Amy Adams…

Também por acúmulo de indicações anteriores, Michelle Williams pode voltar ao tapete vermelho por Suite Française, mas a verdadeira carta na manga aqui é o tema do filme: romance entre uma francesa e um soldado alemão em plena Segunda Guerra Mundial. Os votantes judeus já estão cruzando os dedos… E vale lembrar de um favoritismo prévio da jovem Shailene Woodley como a Hazel do best-seller A Culpa é das Estrelas. Apesar da adaptação meio melosa, o filme possibilita Woodley mostrar seu talento sem ser piegas. A favor dela, tem o sucesso de seu outro filme Divergente.

MELHOR ATOR COADJUVANTE

• Dan Aykroyd (James Brown)
• Josh Brolin (Inherent Vice)

• Albert Brooks (A Most Violent Year)
• Johnny Depp (Caminhos da Floresta)
• Robert Duvall (The Judge)
• Neil Patrick Harris (Garota Exemplar)
• Philip Seymour Hoffman (O Homem Mais Procurado)
• Logan Lerman (Corações de Ferro)
• Edward Norton (Birdman)
• Tim Roth (Selma)
• Mark Ruffalo (Foxcatcher)
• J.K. Simmons (Whiplash)
• Benicio Del Toro (Inherent Vice)
• Christoph Waltz (Big Eyes)
• Tom Wilkinson (Selma)

À princípio, esta pode ser a oportunidade de ouro para a Academia premiar finalmente Johnny Depp naquela que seria sua quarta indicação, porém a primeira como coadjuvante. Infelizmente, ainda não é possível analisar se sua atuação é digna de premiação ou seria apenas especulação por seu histórico como ator. Esperamos que seja uma performance à altura de uma indicação e não simplesmente pelo nome. Além disso, é necessário verificar o quanto seu trabalho será beneficiado por efeitos digitais, já que seu personagem é um lobisomem em Caminhos da Floresta.

Pela repercussão no Festival de Toronto, já incluiria o nome do veterano Robert Duvall, que divide a tela com o astro Robert Downey Jr. em The Judge, no qual interpreta um juiz de uma pequena cidade acusado de assassinato. Esta seria a sétima indicação de Duvall, que ganhou o Oscar pelo tocante A Força do Carinho em 1984. Como a última indicação dele foi lá em 1999 por A Qualquer Preço, esta pode ser o retorno que a Academia vinha aguardando para premiá-lo novamente sem depender de um Oscar Honorário, afinal, Duvall já tem 83 anos.

Mas os grandes favoritos da categoria atendem pelos nomes: Mark Rufallo e J.K. Simmons. O primeiro é um dos atores mais versáteis da atualidade, recebeu sua primeira indicação em 2011 por Minhas Mães e Meu Pai, e está curtindo o auge de sua fama como Bruce Banner/Hulk dos filmes dos Vingadores da Marvel Comics. Em Foxcatcher, ele é o irmão que busca proteger o atleta olímpico da obsessão doentia do treinador de luta livre, tarefa que o fez ganhar peso e aumentar suas chances no Oscar. Já o segundo, ficou mundialmente conhecido por ser o chefe de Peter Parker/Homem-Aranha, J.J. Jameson nos filmes dirigidos por Sam Raimi. Embora J.K. Simmons também tenha feito ótima parceria com o diretor Jason Reitman, ele vem conquistando boas críticas por Whiplash: Em Busca da Perfeição, no qual atua como treinador de um jovem baterista (Miles Teller).

Ainda cedo pra analisar, mas com boas chances temos: Benicio Del Toro e Josh Brolin por Inherent Vice; Christoph Waltz por Big Eyes; e Albert Brooks por A Most Violent Year. Já no campo mais concreto, segundo a resposta no Festival de Veneza, Edward Norton pode voltar a concorrer ao Oscar por Birdman após 16 anos, podendo retomar aquele caminho promissor dos anos 90.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

• Patricia Arquette (Boyhood: Da Infância à Juventude)
• Viola Davis (James Brown)
• Laura Dern (Wild)
• Kaitlyn Dever (Men, Women & Children)
• Anne Hathaway (Interestelar)

• Jennifer Garner (Men, Women & Children)
• Felicity Jones (The Theory of Everything)
• Anna Kendrick (Caminhos da Floresta)
• Keira Knightley (The Imitation Game)
• Julianne Moore (Maps to the Stars)
• Miranda Otto (The Homesman)

• Vanessa Redgrave (Foxcatcher)
• Octavia Spencer (James Brown)
• Emma Stone (Birdman)
• Marisa Tomei (O Amor é Estranho)
• Naomi Watts (Birdman)

Primeiramente, volto a ressaltar que Julianne Moore pode concorrer como coadjuvante por seu papel vencedor do prêmio de Melhor Atriz em Cannes. Na maioria das vezes, é a própria distribuidora, encarregada do lobby, que decide em qual categoria a atriz deve concorrer a fim de aumentar as chances de vitória.

Até o momento, uma das favoritas é Laura Dern por Wild. Filha do ator Bruce Dern, que concorreu ao Oscar este ano por Nebraska, ela chegou a ser indicada uma vez por As Noites de Rose no início dos anos 90, mas ficou mais famosa pelo blockbuster de Steven Spielberg, Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros (1993). Pela calorosa recepção do Festival de Toronto, ela deve conquistar sua segunda indicação, fortalecendo a campanha do filme no Oscar. A seu favor, também conta sua participação no drama A Culpa é das Estrelas.

Já para os especialistas em Oscar, Patricia Arquette está na frente da disputa por seu papel de mãe em Boyhood: Da Infância à Juventude. Sua personagem é uma observadora atenta do crescimento de seu filho dos 5 aos 18 anos, gerando momentos maternos simples, porém tocantes como o primeiro dia de faculdade. Embora nunca tenha sido indicada para o prêmio da Academia, no mínimo, Arquette deve figurar na lista final.

Em alta por sua parceria com Woody Allen em Magia ao Luar e o sucesso de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, Emma Stone já pode colher os frutos através do trabalho com Alejandro González Iñárritu. Em Birdman, ela interpreta a filha problemática de Michael Keaton, passando por clínicas de reabilitação e constantes recaídas. Mais conhecida por sua veia cômica, a jovem atriz demonstra novas facetas em um trabalho mais dramático, uma característica que a Academia costuma ver com bons olhos.

Apoiada pelo recente histórico de indicações sem vitória, Viola Davis pode retornar ao tapete vermelho com o papel de mãe de James Brown. Além de seu talento habitual que tridimensionaliza personagens menores, ela conta com o triunfo da maquiagem envelhecedora, que tanto favorece as interpretações premiadas. Caso ocorra, esta será sua terceira indicação ao Oscar e com grandes chances de vitória, uma vez que ela repete parceria vencedora com o diretor Tate Taylor de Histórias Cruzadas.

MELHOR ANIMAÇÃO

• Operação Big Hero 6 (Big Hero 6), de Don Hall, Chris Williams
• Festa no Céu (Book of Life), de Jorge R. Gutierrez
• Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi
• Como Treinar o seu Dragão 2 (How to Train your Dragon 2), de Dean DeBlois
• The Tale of Princess Kaguya (Kaguyahime no Monogatari), de Isao Takahata
• Uma Aventura LEGO (The Lego Movie)
, de Phil Lord e Christopher Miller
• As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr. Peabody & Sherman), de Rob Minkoff
• Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Madagascar), de Eric Darnell e Simon J. Smith
• Song of the Sea
, de Tomm Moore

Virou praxe: todo ano em que a Pixar está ausente, não há favoritos. O estúdio elevou tanto o nível de qualidade da animação que o cinema fica sem referência sem seus filmes. A briga deve se concentrar entre Operação Big Hero 6, Como Treinar seu Dragão 2 e Uma Aventura LEGO, com uma ligeira vantagem para o último por seu sucesso nas bilheterias nos EUA, que ultrapassa os 250 milhões de dólares.

E como de costume, a Academia gosta de incluir animações oriundas de outras nações, sendo Japão a mais indicada entre os estrangeiros. Na ausência do mestre Hayao Miyazaki, indicado este ano por Vidas ao Vento, outro mestre nipônico pode tomar seu lugar no Oscar: Isao Takahata, responsável por uma das animações mais tocantes de todos os tempos: Túmulo dos Vagalumes (1988). Seu mais novo trabalho, The Tale of Princess Kaguya, também foi produzido pelo Studio Ghibli de Miyazaki, e contém elementos fantásticos como a princesa do título ser do tamanho de um dedo.

Claro que se houver mais uma vaga pra animação estrangeira, a vaga pode ficar com o irlandês Song of the Sea, do mesmo Tomm Moore que foi indicado em 2010 por Uma Viagem ao Mundo das Fábulas (The Secret of Kells).

Golden Globe Nominations 2011 (Indicações ao Globo de Ouro)

69º Globo de Ouro

Apesar de todos os outros prêmios de críticos e organizações dizerem que o Globo de Ouro não serve mais como parâmetro para o Oscar, é imposível não associar ambos mesmo que as escolhas não sejam mais tão iguais como alguns décadas atrás. Para quem desconhece a premiação, uma das coisas mais bacanas é que a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (que comanda o Globo de Ouro) apresenta duas divisões: Drama e outra de Comédia ou Musical, para as categorias de atuação e filmes. Eu sei que isso pode soar ridículo se levarmos em conta que hoje não há mais como dividir os filmes como uma locadora fazia no século XX através de gênero, mas certamente isso possibilita que mais filmes sejam indicados e, consequentemente, mais divulgados e vistos. Atitude também tomada pela Academia, que desde 2010, resolveu indicar 10 filmes para Melhor Filme, fato que não ocorria desde 1944.

Enfim, as indicações saíram nesta quinta-feira, dia 15, e já é possível tirar algumas conclusões. A primeira coisa que se percebe ao ver as indicações é a total ausência do filme A Árvore da Vida e de seu diretor consagrado Terrence Mallick. O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes e vinha coletando alguns prêmios de críticos americanos, mas não passou do corte desta vez. Além disso, pesou o fato de que o filme é daquele tipo “ame ou odeie”, e parece que os membros da Associção foram mais no “Odeie”. É claro que se for pensar bem, os atores de A Árvore da Vida, Brad Pitt e Jessica Chastain, foram indicados como Melhor Ator – Drama e Melhor Atriz Coadjuvante, contudo por outros filmes: O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball) e Histórias Cruzadas (The Help).

Outro que ficou completamente fora da festa foi o drama Extremely Loud and Incredibly Close (ainda sem título traduzido), dirigido por Stephen Daldry (Billy Elliot e As Horas). Trata-se de uma história de um menino de 9 anos que procura uma fechadura em New York que encaixa a chave deixada por seu pai, que morreu no atentado terrorista de 11 de Setembro. Levando em consideração o diretor e a história, o trailer já anuncia um drama meio meloso, ainda mais se tratando do atentado, além disso, dá a impressão de que o final é daqueles repletos de moral e mensagem de “ame o próximo”. O filme vinha sendo bastante cogitado para a temporada de premiações, pois além do diretor consagrado, as estrelas são Tom Hanks e Sandra Bullock, ambos vencedores de Oscar.

Nesta edição, os recordistas em número de indicações são: O Artista (The Artist), liderando com 6. Os Descendentes (The Descendants) e Histórias Cruzadas (The Help) vêm logo atrás com 5 indicações cada. A produção francesa O Artista vêm conquistando a crítica com sua história de conversão de cinema mudo para o falado nos anos 20 de Hollywood, além de apresentar um espetáculo visual através de fotografia preto-e-branco e direção de arte. Dessa forma, sua vitória já pode ser considerada certa como Melhor Filme – Comédia ou Musical.

O Artista

Os Descendentes

Histórias Cruzadas

Uma surpresa acabou sendo as 4 indicações para o drama político Tudo Pelo Poder (The Ides of March), dirigido por George Clooney (triplamente indicado: como roteirista e diretor, além de ator por Os Descendentes). O longa-metragem tenta recontar o caso amoroso entre o então presidente americano Bill Clinton com a estagiária Monica Lewinski, ocorrido no final dos anos 90, mas com uma dose de ficção e nomes fictícios, claro. Tudo Pelo Poder estava perdendo fôlego nos últimos meses nos prêmios de críticos, mas agora com o reconhecimento do Globo de Ouro, pode ser que ganhe mais espaço no Oscar.

Já o épico drama de guerra dirigido por Steven Spielberg, War Horse (ainda sem título brasileiro), foi apontado por uma penca de críticos e especialistas do site oscarcentral.com como o favorito da temporada. Ok, é compreensível que qualquer filme de Spielberg já seja um papa-prêmios, ainda mais um filme de guerra. Mas quando fui ver o trailer, achei muito estúpido. Perdoe-me o mestre Spielberg (sou fã de Tubarão, Encurralado e os primeiros trabalhos dele), mas por que ele foi aceitar dirigir um filme sobre um cavalo na guerra? Olhem a sinopse e me digam se gostariam de ver: “O jovem Albert se alista no Exército para a Segunda Guerra Mundial depois que seu amado cavalo, Joey, é vendido para a Cavalaria. A jornada cheia de esperança de Albert o leva para fora da Inglaterra e Europa quando a guerra estoura”. Ainda estão aí? Eu já estava dormindo faz tempo… Vi o trailer agora há pouco e na hora me veio à cabeça aquela draga de filme chamado Seabiscuit – Alma de Herói (2003). Alguém aí se lembra? Além disso, dá vontade de vomitar ao ver aqueles longos planos de câmera lenta cobertos por aquela trilha melosa do John Williams para ressaltar o espírito equino de guerra! Já deve ter gente querendo me jogar pedra, mas não estou querendo desmerecer o trabalho de ninguém e posso estar errado porque ainda não vi o filme, mas pelo trailer, parece que estão querendo transformar o cavalo do filme num candidato à presidência americana! Felizmente, só foi indicado a Melhor Filme e Melhor Trilha Musical.

Além das indicações para Os Descendentes e O Artista, gostei que o Globo de Ouro reconheceu o ator Christopher Plummer pelo filme Toda Forma de Amor, em que vive um recém-viúvo que se descobre gay e com doença terminal. Como eu disse no post anterior, não gosto quando a Academia premia alguém simplesmente por tentar compensar derrotas anteriores ou anos de carreira sem uma indicação, mas quando o artista ganha por puro mérito. E parece que Plummer chegou a seu merecido ápice como ator.

Tilda Swinton

Também já estou torcendo pela atriz Tilda Swinton por sua performance em Precisamos Falar Sobre o Kevin. Sempre digo em conversas com amigos que um bom ator ou atriz não é somente aquele que sabe atuar, mas que sabe escolher projetos que propiciem novos desafios com profundidade. E a inglesa Swinton se encaixa nesse perfil. Tirando o blockbuster As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, que serviu para pagar suas contas e atendido pedido do filho, suas escolhas têm coerência, seja pelo papel, seja pelo diretor ou pelo elenco.

Morgan Freeman

Lembrando também que o veterano ator Morgan Freeman receberá o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto da obra. Freeman que teve seu auge nos anos 80 e 90 com filmes como Conduzindo Miss Daisy (1989), Um Sonho de Liberdade (1994) e Seven – Os Sete Crimes Capitais (1995), passou a se tornar coadjuvante de luxo de alguns filmes grandes como Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008)e Menina de Ouro (2004) pelo qual ganhou seu único Oscar, sem esquecer que é dono de uma voz idolatrada por documentaristas para ser o narrador como no sucesso A Marcha dos Pinguins (2005). Receber o prêmio Cecil B. DeMille certamente é uma honra, levando-se em consideração que nomes como Jack Nicholson, Elizabeth Taylor, Harrison Ford e Steven Spielberg já receberam.

A 69ª edição do Globo de Ouro será transmitido pelo canal pago Sony no dia 15 de Janeiro de 2012.

Segue a lista dos indicados ao Globo de Ouro:

Melhor Filme – Drama

Os Descendentes

Histórias Cruzadas

A Invenção de Hugo Cabret

Tudo pelo Poder

O Homem Que Mudou o Jogo

War Horse

Melhor Filme – Musical ou Comédia

O Artista

Missão Madrinha de Casamento

50%

Meia-Noite em Paris

My Week with Marilyn

Melhor Ator – Drama

George Clooney  (Os Descendentes)

Leonardo DiCaprio (J. Edgar)

Michael Fassbender (Shame)

Ryan Gosling (Tudo pelo Poder)

Brad Pitt (O Homem Que Mudou o Jogo)

Melhor Atriz – Drama

Glenn Close (Albert Nobbs)

Viola Davis (Histórias Cruzadas)

Rooney Mara (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)

Meryl Streep (A Dama de Ferro)

Tilda Swinton (Precisamos Conversar Sobre o Kevin)

Melhor Ator – Musical ou Comédia

Jean Dujardin (O Artista)

Brendan Gleeson (O Guarda)

Joseph Gordon-Levitt (50%)

Ryan Gosling (Amor a Toda Prova)

Owen Wilson (Meia-Noite em Paris)

Melhor Atriz – Musical ou Comédia

Jodie Foster (Carnage)

Charlize Theron (Jovens Adultos)

Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento)

Michelle Williams (My Week with Marilyn)

Kate Winslet (Carnage)

Melhor Ator Coadjuvante

Kenneth Branagh (My Week with Marilyn)

Albert Brooks (Drive)

Jonah Hill (O Homem Que Mudou o Jogo)

Viggo Mortensen (Um Método Perigoso)

Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)

Melhor Atriz Coadjuvante

Bérénice Bejo (O Artista)

Jessica Chastain (Histórias Cruzadas)

Janet McTeer (Albert Nobbs)

Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)

Shailene Woodley (Os Descendentes)

Melhor Diretor

Woody Allen (Meia-Noite em Paris)

George Clooney (Tudo Pelo Poder)

Michel Hazanavicius (O Artista)

Alexander Payne (Os Descendentes)

Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)

Melhor Roteiro

Michel Hazanavicius (O Artista)

Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash (Os Descendentes)

George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon (Tudo Pelo Poder)

Woody Allen (Meia-Noite em Paris)

Steven Zaillian, Aaron Sorkin, Stan Chervin (O Homem que Mudou o Jogo)

 

Melhor Canção

Brian Byrne, Glenn Close(“Lay Your Head Down”) – Albert Nobbs

Elton John, Bernie Taupin(“Hello Hello”) – Gnomeu e Julieta

Mary J. Blige, Thomas Newman, Harvey Mason Jr., Damon Thomas(“The Living Proof”) – Histórias Cruzadas

Chris Cornell(“The Keeper”) – Redenção

Madonna, Julie Frost, Jimmy Harry(“Masterpiece”) – W.E. – O Romance do Século

Melhor Trilha Musical

Ludovic Bource (O Artista)

Trent Reznor, Atticus Ross (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)

Howard Shore (A Invenção de Hugo Cabret)

John Williams (War Horse)

Abel Korzeniowski (W.E. – O Romance do Século)

 

Melhor Animação

As Aventuras de Tintim

Operação Presente

Carros 2

Gato de Botas

Rango

Melhor Filme Estrangeiro

Jin líng shí san chai (China)

In the Land of Blood and Honey (EUA)

O Garoto de Bicicleta (Bélgica)

A Separação (Irã)

A Pele que Habito (Espanha)

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