Cannes & Almodóvar vs. Netflix & TILDA SWINTON!

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Equipe do filme Okja, da Netflix, no Festival de Cannes. No centro, o diretor Bong Joon-ho ao lado da atriz Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal. Pic by AFP.com

EM SEGUNDO DIA DO FESTIVAL, NETFLIX CAUSA GRANDE ALVOROÇO

Sim, tá rolando uma treta em Cannes! E a musa Tilda Swinton calou a boca do povo! Por isso venho aqui pra compartilhar com vocês não apenas a treta, mas toda uma discussão sobre o futuro do cinema como o conhecemos hoje.

Vamos pela cronologia dos fatos:

1 – NETFLIX NA SELEÇÃO OFICIAL DE CANNES

Dentre os indicados à Palma de Ouro, havia duas produções de streaming da Netflix competindo pela primeira vez na história do evento: The Meyerowitz Stories, de Noah Baumbach; e Okja, do sul-coreano Bong Joon-ho.

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Cena do filme Okja, de Bong Joon-ho. Pic by cine.gr

2 – INCÔMODO ENTRE OS DISTRIBUIDORES DE CINEMA NA FRANÇA

Como se trata de um festival bastante tradicional, obviamente que os inúmeros distribuidores de cinema não gostaram nem um pouco do início da invasão da Netflix em Cannes, já que as produções não serão exibidas nas salas de cinema comercialmente, apenas pela plataforma da própria Netflix. Mais do que deixar de lucrar, os distribuidores estão enfurecidos com a possibilidade da profissão se tornar obsoleta num futuro não muito distante.

3 – OS ORGANIZADORES TOMAM PROVIDÊNCIAS

Com a insatisfação dos distribuidores no ouvido, os organizadores se viram obrigados a tomar providências para agradar gregos e troianos. Assim, passou a exigir que os filmes de streaming sejam exibidos em salas de cinema para que possam competir a partir de 2018.

4 – NETFLIX REAGE COM SENSATEZ

Depois de sofrer retaliações, a Netflix poderia reclamar ou se espernear, mas tem ciência do ótimo impacto de ter produções selecionadas e por isso, anunciou que está estudando a possibilidade de lançar seus filmes em algumas salas selecionadas.

5 – ALMODÓVAR USUFRUI DE SUA AUTORIDADE

Como presidente do júri deste ano, o cineasta Pedro Almodóvar, resolveu fazer declaração sobre o assunto, mas de forma intimidatória: “Não concederei não apenas a Palma de Ouro, mas qualquer outro prêmio para um filme que não poderei ver na tela grande”. Embora o júri seja formado por outros artistas como os atores Will Smith, Jessica Chastain, Fan Bingbing, e os cineastas Paolo Sorrentino, Park Chan-wook, Maren Ade e Agnès Jaoui, além do compositor Gabriel Yared, o presidente sempre tem a palavra final, portanto, existe forte possibilidade desses dois filmes da Netflix saírem de mãos abanando apenas por causa de seu formato.

Jury Press Conference - The 70th Annual Cannes Film Festival

À direita, o presidente do júri Pedro Almodóvar em coletiva de imprensa. Pic by The Upcoming

6 – TILDA SWINTON CALA A BOCA DE ALMODÓVAR

Durante a conferência do filme em Cannes, a atriz do filme Okja, a britânica Tilda Swinton, rebateu a declaração do presidente do júri Pedro Almodóvar: “NÃO VIEMOS AQUI PELOS PRÊMIOS”. Cadê aquela musiquinha do “Turn down for what” com os óculos escuros pra Tilda Swinton???

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Tilda Swinton responde às perguntas dos jornalistas em coletiva de Okja em Cannes. Ao fundo, Jake Gyllenhaal. (pic by thestar.com)

ADENDO: A EXIBIÇÃO DE ‘OKJA’ EM CANNES

Depois de toda essa discussão, até parece que sabotaram a exibição do longa Okja! Após alguns minutos de exibição, o filme foi interrompido por problemas técnicos. Alguns membros da imprensa estrangeira aproveitaram para vaiar, mas o diretor Bong Joon-ho soube ter jogo de cintura após o término da sessão, quando disse: “Fiquei feliz pelos problemas técnicos. Assim vocês tiveram a oportunidade de ver duas vezes a sequência de abertura!”.

ANÁLISE PERTINENTE EM RELAÇÃO AO FUTURO DO CINEMA

Bom, mas tirando a sarrafada da Tilda Swinton, o que é necessário entender aqui é que a Netflix é o FUTURO. Simples. Para quem acompanha cinema, sabe que houve uma queda significativa de conteúdo nas salas de exibição. Os estúdios não querem mais arriscar em novas idéias, e preferem ficar limitados a adaptações de quadrinhos, refilmagens e sequências, pois as chances de prejuízo são praticamente inexistentes. Claro que não estou criticando esses filmes de estúdio (eu mesmo sou fã dos filmes da Marvel), mas cinema não deve ficar restrito a essas produções. Cinema é uma arte que precisa sempre se reinventar para poder sobreviver.

E a Netflix está providenciando isso. Há pouco tempo, eles deixaram de ser uma mera plataforma de exibição para produzir conteúdo. Começaram com as séries de TV , que logo conquistaram o grande público como as pioneiras House of Cards e Orange is the New Black, e agora estão fazendo grandes contratos com diretores renomados e renegados do cinema como os já citados Bong Joon-ho e Noah Baumbach. Esses mesmos diretores sabem que estão perdendo espaço nas salas de cinema e por isso, estão buscando alternativas para produzirem seus filmes. Vale lembrar que recentemente o diretor David Lynch anunciou sua aposentadoria de filmes, concentrando seus esforços na série Twin Peaks. Quem sabe ele não consegue retornar com a ajuda da Netflix também?

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Tela da Netflix com destaque para a série House of Cards, sucesso absoluto de crítica e público. 

Quando o Festival de Cannes impõe restrições à Netflix, ele está adiando o futuro. Mesmo sendo cinéfilo que gosta de frequentar salas de cinema, não dá pra simplesmente ignorar uma plataforma tão promissora. Logo de cara, já desbancou as locadoras do mundo todo, e agora a tendência é aposentar as salas de cinema.

ÉPOCA DE TRANSIÇÃO

Embora a Netflix seja o futuro, ele não vem da noite para o dia. É necessário um período de adaptação do público e até mesmo da crítica. Acredito que o ideal nesse caso seja que a Netflix inicialmente disponibilize seus filmes em salas selecionadas de cinema, e que retire suas produções dos cinemas gradativamente. Hoje, podem lançar um filme para 200 salas nos EUA. Daqui a 6 meses, 150 salas, e assim sucessivamente. E o público que vai decidir isso. Se hoje pagam bem pra assistir mega-produções da Disney nos cinemas, eles podem elevar os números positivos das produções de streaming.

Voltando ao discurso do Almodóvar, ele lança sua opinião para que possamos refletir sobre essas mudanças. “Plataformas digitais são um novo meio de oferecer trabalho, o que é interessante e positivo. Mas elas não devem tomar o lugar de formatos existentes. Elas não deveriam mudar os hábitos dos espectadores. Essa é a grande questão do debate.”, declarou o diretor.

Realmente, assistir a um filme na tela grande do cinema é uma experiência de outro nível. A tela grande consegue aprimorar a experiência de ver um filme, e até mesmo melhorar a qualidade daquele filme meio capenga. É verdade. E tem uma questão primordial nesse modo de assistir a um filme: a concentração do espectador. Na sala de cinema, além da imagem e áudio de qualidades, existe o foco. Não há interrupções de telefone, barulho ou mesmo de distrações dentro da sala de cinema, que certamente existem em casa. Então, nesse sentido, o Almodóvar tem razão.

Mas pra ele, que já é um cineasta de renome que frequenta os festivais e sempre tem público nos cinemas, é mais fácil condenar a Netflix. Mas e praquele diretor em começo de carreira? Ou mesmo praquele que foi esquecido pelos grandes estúdios como o já citado David Lynch? Hoje, eles têm duas alternativas: Ou imploram por financiamento por leis de incentivo ou eles cedem para o streaming que vai produzir os filmes e vão oferecer para milhões de espectadores via plataforma.

O próprio diretor Bong Joon-ho ressaltou sua experiência de ter trabalhado com a Netflix: “Eu amei ter trabalhado com a Netflix. Eles me deram muito apoio. O orçamento para este filme foi considerável. Dar esse tipo de orçamento para um diretor não é muito comum.” A Netflix concedeu 50 milhões de dólares para a produção de Okja. Uma boa grana para quem teve astros como Tilda Swinton, Jake Gyllenhaal, Lily Collins e Paul Dano, sem contar com os efeitos especiais.

Enfim, fechando a discussão, nada desse debate todo justifica Pedro Almodóvar fechar as portas para as duas produções por causa da plataforma! Por isso, adorei Tilda Swinton, que ressaltou o privilégio de estar em Cannes, e de lembrar que o real intuito do filme é ser visto e passar sua mensagem. Os prêmios são mera consequência.

***

A 70ª edição do Festival de Cannes termina dia 28 de maio, quando serão anunciados os vencedores.

Nove filmes seguem em busca do Oscar de Filme em Língua Estrangeira 2016. Brasil fica de fora mais uma vez…

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Cena do representante da França, Cinco Graças, um dos filmes classificados para a próxima fase (photo by cine.gr)

ACADEMIA LIMA 72 PRODUÇÕES DA COMPETIÇÃO. O FAVORITO O FILHO DE SAUL PERMANECE NO PÁREO.

Toda vez que vou postar algo relacionado à categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, a expressão: “Vira o disco” me vem à mente. Desde que fundei esse blog, é a categoria que mais reclamo, pois é a que mais necessita de uma reforma.

Primeiramente, vamos às notícias. Saiu a lista dos 9 filmes pré-selecionados dos 81 filmes internacionais inscritos. As 72 produções não-selecionadas podem dar adeus às chances de ganhar o Oscar, inclusive o filme brasileiro Que Horas Ela Volta?.

A War (photo by cine.gr)

A War, de Tobias Lindholm (photo by cine.gr)

Segue a lista:

The Brand New Testament (Le Tout Nouveau Testament), de Jaco Van Dormael – BÉLGICA
O Abraço da Serpente (El Abrazo de la Serpiente), de Ciro Guerra – COLÔMBIA
A War (Krigen), de Tobias Lindholm – DINAMARCA
O Esgrimista (Miekkailija), de Klaus Härö – FINLÂNDIA
Cinco Graças (Mustang), de Deniz Gamze Ergüven – FRANÇA
Labirinto de Mentiras (Im Labyrinth des Schweigens), de Giulio Ricciarelli – ALEMANHA
O Filho de Saul (Saul fia), de László Nemes – HUNGRIA
Viva, de Paddy Breathnach – IRLANDA
Theeb, de Naji Abu Nowar – JORDÂNIA

Claro que é difícil você criticar ou mesmo elogiar filmes sem ter visto, e alguns desses selecionados acima podem ser até de ótima qualidade, mas havia alguns títulos que sequer passaram dessa primeira triagem e eram considerados fortes candidatos como o taiwanês A Assassina, o sueco Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência, o austríaco Boa Noite, Mamãe e o brasileiro Que Horas Ela Volta?, que vinha conquistando seu espaço na temporada, principalmente depois da indicação ao Critics’ Choice Awards. Apesar de ter declarado que não acreditava em indicação, nas últimas semanas, confesso que estava mais confiante na passagem do Brasil, pelo menos nessa primeira peneira. Infelizmente, Central do Brasil continuará sendo nosso último representante indicado por mais um ano.

O Esgrimista (photo by cine.gr)

O Esgrimista, de Klaus Härö  (photo by cine.gr)

Aí você vai perguntar: “Mas não existe o Comitê de Filme em Língua Estrangeira justamente pra evitar essas ausências?”. Sim, existe, mas dessa lista de 9, o comitê seleciona apenas 3 com base em méritos artísticos e grau de importância em premiações e festivais. Os outros 6 são resultado dos votantes idosos que comparecem às sessões vespertinas para poder votar com base em suas taras obsessivas por filmes de temática bélica e Holocausto.

Uns dois anos atrás, fiz essa análise para tentar deduzir de onde vinham os votos desses 9 filmes. Vamos dar uma olhada no que temos este ano:

The Brand New Testament, de (photo by outnow.ch)

The Brand New Testament, de Jaco Van Dormael (photo by outnow.ch)

1. The Brand New Testament
Comédia sobre uma nova versão da bíblia, onde Deus estaria vivo e vivendo em Bruxelas com a filha. Apesar do tema religioso, tem Catherine Deneuve no elenco, e recentemente foi indicado ao Globo de Ouro. COMITÊ

2. O Abraço da Serpente
Drama em preto-e-branco sobre relação entre shaman amazônico e dois cientistas que buscam uma planta milagrosa. Foi indicado ao Independent Spirit Awards. VOTANTES

3. A War
Drama sobre a Guerra do Afeganistão e os crimes de guerra cometidos pelo comandante dinamarquês. COMITÊ

4. O Esgrimista
Fugindo da polícia secreta russa, jovem esgrimista estoniano é forçado a voltar para seu país, onde se torna professor de educação física numa escola local. VOTANTES

5. Cinco Graças
Cinco irmãs adolescentes amantes da liberdade são mantidas aprisionadas em casa pelos pais, depois que uma brincadeira inocente com meninos vai à tona. Casamentos passam a ser arranjados em seguida. Indicado ao Globo de Ouro e Independent Spirit Awards. VOTANTES

6. Labirinto de Mentiras
15 anos após a Segunda Guerra Mundial, os nazistas estão esquecidos até o dia em que um promotor público reconhece um comandante de Auschwitz dando aulas livremente. VOTANTES

7. O Filho de Saul
Saul trabalha no campo de concentração queimando corpos. Quando reconhece o corpo de seu filho, ele se arrisca para poder enterrá-lo. VOTANTES

8. Viva
Ao fazer uma performance como drag queen, jovem é surpreendido pelo pai, que estava ausente há 15 anos. Na volta da convivência, eles precisam acertar suas diferenças.  COMITÊ

9. Theeb
Theeb é um menino que tem a missão de guiar um oficial britânico pelo deserto durante a Primeira Guerra Mundial. VOTANTES

Viva (photo by cine.gr)

Viva, de Paddy Breathach (photo by cine.gr)

Como postei anteriormente, o ideal seria se a categoria estendesse o número de seus indicados para dez. Garimpar 10 produções americanas boas no ano pode ser difícil às vezes, mas 10 filmes mundo afora? Mais fácil do que indicar Meryl Streep! Mas aí vem a outra questão: chega de filmes só de guerra e nazismo! Vamos diversificar! Para isso, as regras precisam mudar. Por que não formar um comitê com profissionais internacionais e um americano? Como se fosse um júri de festival, que mudaria anualmente.

Theeb (photo by cine.gr)

Theeb, de Naji Abu Nowar (photo by cine.gr)

Por exemplo: Este ano, o comitê selecionado pela Academia será composto por David Lynch (diretor americano) e os internacionais: Pedro Almodóvar (Espanha), Zhangke Jia (China), Guillermo Del Toro (México), Jacques Audiard (França) e Walter Salles (Brasil). Eles se comprometeriam a assistir aos 81 filmes e selecionar os 5 finalistas, que aí poderiam ser votados pelos membros da Academia.

O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra (photo by cine.gr)

O Abraço da Serpente, de Ciro Guerra (photo by cine.gr)

Enfim, todo ano faço sugestões na vã esperança de que algum dia um membro da Academia receba essa informação e cause alguma mudança. Acho uma categoria muitas vezes tratada como secundária, até mesmo pelos apresentadores do prêmio que chegam ao palco com aquela cara de “por que não me colocaram para apresentar Melhor Filme ou Diretor?”, mas que deveria ser mais valorizada pela instituição, cuja cerimônia depende dos números de audiência além da fronteira americana.

Labyrinth of Lies

Labirinto de Mentiras, de Giulio Ricciarelli (photo by cine.gr)

Contudo, acho que até o público já se habituou a ver filmes de Segunda Guerra Mundial e campos de concentração ganharem nessa categoria. E nesse quesito, nenhum outro representante melhor do que o húngaro O Filho de Saul, que deve ter passado para a segunda fase com sobras. Vi o filme de László Nemes na Mostra Internacional de Cinema, e pode ser que minha opinião crítica tenha sido afetada por todas essas questões que citei, mas o filme não me impressionou. Basicamente é a mesma história de sempre, mas com o diferencial de que a história toda do pai que quer enterrar o filho é filmada com “câmera na mão” (steadycam) e colada no protagonista o filme todo, deixando boa parte do fundo desfocada.

O Filho de Saul, de László Nemes (photo by cine.gr)

O Filho de Saul, de László Nemes (photo by cine.gr)

A lista dos 9 filmes não me agrada à princípio, porque gosto de ver coisas diferentes, ainda mais nessa categoria super manjada. Por isso estava na torcida pelo austríaco Boa Noite, Mamãe, que tem um terror psicológico que há muito não vejo por aqui… Gostaria muito que o chileno O Clube estivesse concorrendo, pois achei um dos melhores do ano por sua coragem em abordar o tema dos padres que cometeram abuso sexual, ao mesmo tempo em que deixa um forte desconforto no espectador. Daria uma ótima combinação para acompanhar um dos favoritos ao Oscar, Spotlight – Segredos Revelados, que trata do mesmo tema.

Na atual conjuntura, torço pelos The Brand New Testament e A War, porque parecem apresentar algo mais inusitado, e coincidentemente ou não, dois filmes que acredito que foram selecionados pelo Comitê. E claro, torço para que os selecionados apresentem algo a mais além da temática.

O anúncio dos 5 indicados a Melhor Filme em Língua Estrangeira será no dia 14 de janeiro.

Top 10 dos Diretores – Parte 3

A fotografia intimista de A Árvore da Vida

A Árvore da Vida, Terrence Malick: um dos trabalhos recentes mais bem votados entre diretores e críticos (photo by outnow.ch)

SELEÇÃO DE DIRETORES APRESENTA SENSO CRÍTICO E GOSTO PESSOAL

Para quem estava acompanhando as escolhas de filmes dos diretores (1ª parte: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/11/top-10-dos-diretores/ e 2ª parte: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2013/11/16/top-10-dos-diretores-parte-2/), esta é a terceira e última parte da matéria especial, lançada a cada dez anos pela revista britânica Sight & Sound. Infelizmente, a pesquisa não alcançou nomes consagrados como Steven Spielberg, Tim Burton, Clint Eastwood e Peter Jackson, mas há nomes interessantes como o do roteirista da nova trilogia de Star Wars, Lawrence Kasdan; do cineasta turco Nuri Bilge Ceylan, que venceu a Palma de Ouro este ano; do britânico Paul Greengrass que trabalha tão bem o limite entre ficção e documentário através de câmera na mão e montagem frenética nos filmes do agente Jason Bourne e do aclamado Vôo United 93.

Particularmente, gostei bastante das escolhas de Peter Farrelly. Como um dos melhores diretores de comédias atualmente, obviamente, ele não poderia deixar de mencionar o clássico Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu, mas soube também valorizar a coragem de se fazer humor a partir de temas tabus à sociedade como fez Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América, que fala sobre gênero, raça e religião de forma que ilumina preconceitos existentes.  Ele destaca o amor pela arte do humor do comediante Sacha Baron Cohen, que poderia ter sido espancado ou até morto por suas piadas infames em prol de uma boa risada. Por Borat, ele sofreu uma série de processos judiciais por se passar por um personagem ingênuo para provocar gargalhadas. Apesar de tudo isso, Farrelly ressalta a injustiça da comédia ainda ser tratada como uma espécie de sub-gênero. Claro que Farrelly ganha pontos comigo por ter selecionado Sideways – Entre Umas e Outras, um de meus filmes favoritos.

Sacha Baron Cohen em cena de Borat. Segundo Farrelly, um dos mais corajosos filmes de comédia. (photo by outnow.ch)

Sacha Baron Cohen em cena de Borat. Segundo Farrelly, um dos mais corajosos filmes de comédia. (photo by outnow.ch)

Embora trate-se de uma matéria sobre diretores, vale destacar as escolhas do recém-falecido crítico de cinema Roger Ebert. Esta é a quinta vez que ele vota para a pesquisa da Sight & Sound, e confessa que é um desafio enorme incluir um filme novo a cada década. Para esta eleição, estava na dúvida entre Sinédoque, Nova York, de Charlie Kaufman e A Árvore da Vida, de Terrence Malick. Optou pelo último por acreditar que sua importância crescerá ao longo dos anos. Sua lista contempla uma abrangência da década de 40 até a atual, recordando grandes diretores como Federico Fellini, Yasujirô Ozu, Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick.

É interessante verificar também as escolhas de três diretores brasileiros: Walter Salles e Tata Amaral, que elegeram trabalhos brasileiros como fonte rica de inspiração como O Bandido da Luz Vermelha, Terra em Transe e Vidas Secas, que reflete a ternura e a crueza do nordeste brasileiro em Central do Brasil e Abril Despedaçado de Walter Salles.

Lawrence Kasdan

Nasceu em janeiro de 1949 – Florida, EUALawrence Kasdan
Trabalhos em destaque: Corpos Ardentes (1981), O Reencontro (1983), O Turista Acidental (1988), Grand Canyon – Ansiedade de uma Geração (1991)

  • O Exército das Sombras (L’Armée des Ombres/ 1969, dir. Jean-Pierre Melville)
  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Dr. Fantástico (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb/ 1964, dir. Stanley Kubrick)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath/ 1940, dir. John Ford)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)
  • Fuga ao Passado (Out of the Past/ 1947, dir. Jacques Tourneur)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of the Sierra Madre/ 1948, dir. John Huston)

Lone Scherfig

Nasceu em maio de 1959 – Copenhague, Dinamarcalonescherfig_250x375
Trabalhos em destaque: Italiano Para Principiantes (2000), Educação (2009), Um Dia (2011).

  • 1900 (Novecento/ 1976, dir. Bernardo Bertolucci)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • Ondas do Destino (Breaking the Waves/ 1996, dir. Lars von Trier)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Vidas Amargas (East of Eden/ 1955, dir. Elia Kazan)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Desejo e Perigo (Se, jie/ 2007, dir. Ang Lee)
  • Songs from the Second Floor (Sånger från andra våningen/ 2000, dir. Roy Andersson)
  • A Fita Branca (Das weiße Band – Eine deutsche Kindergeschichte/ 2009, dir. Michael Haneke)
  • Ventos da Liberdade (The Wind that Shakes the Barley/ 2006, dir. Ken Loach)

Lukas Moodysson

Nasceu em janeiro de 1969 – Skåne Iän, SuéciaLukas+Moodysson+Best+Portraits+Toronto+jwY182nqFqZl
Trabalhos em destaque: Amigas de Colégio (1998), Bem-Vindos (2000), Para Sempre Lilya (2002), Corações em Conflito (2009).

  • 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 Luni, 3 Saptâmani si 2 Zile/ 2007, dir. Cristian Mungiu)
  • O Barco – Inferno no Mar (Das Boot/ 1981, dir. Wolfgang Petersen)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Hotel do Norte (Hôtel Du Nord/ 1938, dir. Marcel Carné)
  • A Morte de um Bookmaker Chinês (The Killing of a Chinese Bookie/ 1976, dir. John Cassavetes)
  • A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show/ 1971, dir. Peter Bogdanovich)
  • The Man on the Roof (Mannen på taket/ 1976, dir. Bo Widerberg)
  • Margot e o Casamento (Margot at the Wedding/ 2007, dir. Noah Baumbach)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Swedish Love Story (En Kärlekshistoria/ 1970, dir. Roy Andersson)

Manoel de Oliveira

Nasceu em dezembro de 1908 – Oporto, PortugalManoel de Oliveira
Trabalhos em destaque: A Divina Comédia (1991), Cada um Com seu Cinema (2007), Singularidades de uma Loira (2009), O Estranho Caso de Angélica (2010).

  • O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potemkin/ 1925, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Gertrud (Gertrud/ 1964, dir. Carl Theodor Dreyer)
  • Em Busca do Ouro (The Gold Rush/ 1925, dir. Charles Chaplin)
  • O Delator (The Informer/ 1935, dir. John Ford)
  • Ivan, o Terrível (Ivan Groznyy/ 1944, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Romance na Itália (Viaggio in Italia/ 1954, dir. Roberto Rossellini)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • Playtime – Tempo de Diversão (Playtime/ 1967, dir. Jacques Tati)
  • Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari/ 1953, dir. Kenji Mizoguchi)

Marc Webb

Nasceu em agosto de 1974 – Indiana, EUAmarc-webb
Trabalhos em destaque: (500) Dias com Ela(2009), O Espetacular Homem-Aranha (2012), O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall/ 1977, dir. Woody Allen)
  • A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai/ 1957, dir. David Lean)
  • Filhos da Esperança (Children of Men/ 2006, dir. Alfonso Cuarón)
  • Luzes da Cidade (City Lights/ 1931, dir. Charles Chaplin)
  • Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society/ 1989, dir. Peter Weir)
  • A Primeira Noite de um Homem (The Graduate/ 1967, dir. Mike Nichols)
  • Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain/ 1952, dir. Gene Kelly e Stanley Donen)
  • A Fraternidade é Vermelha (Trois Couleurs: Rouge/ 1994, dir. Krzysztof Kieslowski)
  • O Ano em que Vivemos em Perigo (The Year of Living Dangerously/ 1982, dir. Peter Weir)

Mark Romanek

Nasceu em setembro de 1959 – Illinois, EUAmark_romanek_getty_225
Trabalhos em destaque: Static (1985), Retratos de uma Obsessão (2002), Não me Abandone Jamais (2010)

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Barry Lyndon (Barry Lyndon/ 1975, dir. Stanley Kubrick)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Cinzas no Paraíso (Days of Heaven/ 1978, dir. Terrence Malick)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Portal do Paraíso (Heaven’s Gate/ 1980, dir. Michael Cimino)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)

Martin McDonagh

Nasceu em março de 1970 – Londres, InglaterraMartin_McDonagh
Trabalhos em destaque: Six Shooter (2004), Na Mira do Chefe (2008), Sete Psicopatas e um Shih Tzu (2011).

  • Terra de Ninguém (Badlands/ 1973, dir. Terrence Malick)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo/ 1966, dir. Sergio Leone)
  • Manhattan (Manhattan/ 1979, dir. Woody Allen)
  • Neste Mundo e no Outro (A Matter of Life and Death/ 1946, dir. Michael Powell e Eric Pressburger)
  • O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1955, dir. Charles Laughton)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch/ 1969, dir. Sam Peckinpah)

Matthew Vaughn

Nasceu em março de 1971 – Londres, InglaterraMatthew Vaughn
Trabalhos em destaque: Nem Tudo é o que Parece (2004), Stardust: O Mistério da Estrela (2007), Kick Ass: Quebrando Tudo (2010), X-Men: Primeira Classe (2011).

  • De Volta Para o Futuro (Back to the Future/ 1985, dir. Robert Zemeckis)
  • Muito Além do Jardim (Being There/ 1979, dir. Hal Ashby)
  • O Franco Atirador (The Deer Hunter/ 1978, dir. Michael Cimino)
  • Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo/ 1966, dir. Sergio Leone)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)
  • Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark/ 1981, dir. Steven Spielberg)
  • Cães de Aluguel (Reservoir Dogs/ 1992, dir. Quentin Tarantino)
  • Rocky III (Rocky III/ 1982, dir. Sylvester Stallone)
  • Scarface (Scarface/ 1983, dir. Brian De Palma)
  • Guerra nas Estrelas (Star Wars/ 1977, dir. George Lucas)

Michael Apted

Nasceu em fevereiro de 1941 – Buckinghamshire, InglaterraMichael+Apted+Chronicles+Narnia+London+Premiere+c-IJPcC89ozl
Trabalhos em destaque: O Destino Mudou Sua Vida (1980), Nas Montanhas dos Gorilas (1988), Nell (1994), 007 – O Mundo Não é o Bastante (1999).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Desafio à Corrupção (The Hustler/ 1961, dir. Robert Rossen)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • Noite e Neblina (Night and Fog/ 1955, dir. Alain Resnais)
  • O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet/ 1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)

Mika Kaurismäki

Nasceu em setembro de 1955 – Orimatilla, FinlândiaMika Kaurismaki
Trabalhos em destaque: Absolutamente Los Angeles (1998), Moro no Brasil (2002), O Ciúme Mora ao Lado (2009).

  • Os Profissionais do Crime (Le Deuxième Souffle/ 1966, dir. Jean-Pierre Melville)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • Era Uma Vez no Oeste (C’Era una Volta il West/ 1968, dir. Sergio Leone)
  • O Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings/ 1939, dir. Howard Hawks)
  • Paixões que Alucinam (Shock Corridor/ 1963, dir. Samuel Fuller)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)
  • Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir. F.W. Murnau)
  • Ser ou Não Ser (To Be or Not to Be/ 1946, dir. Ernst Lubitsch)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari/ 1953, dir. Kenji Mizoguchi)

Mike Figgis

Nasceu em fevereiro de 1948 – Cumberland, InglaterraFilm director Mike Figgis sits for a portrait in London, 12th August 2011.
Trabalhos em destaque: Despedida em Las Vegas (1995), Por uma Noite Apenas (1997), Timecode (2000), Garganta do Diabo (2010).

  • Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde/ 1967, dir. Arthur Penn)
  • Amargo Pesadelo (Deliverance/ 1972, dir. John Boorman)
  • A Doce Vida (La Dolce Vita/ 1960, dir. Federico Fellini)
  • Festa de Família (Festen/ 1998, dir. Thomas Vinterberg)
  • I Am Curious Yellow (Jag är nyfiken – en film i gult/ 1967, dir. Vilgot Sjöman)
  • A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show/ 1971, dir. Peter Bogdanovich)
  • Esse Obscuro Objeto do Desejo (Cet Obscur objet du Désir/ 1977, dir. Luis Buñuel)
  • Noite de Estréia (Opening Night/ 1977, dir. John Cassavetes)
  • Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir. Ingmar Bergman)
  • Week-End à Francesa (Week End/ 1967, dir. Jean-Luc Godard)

Mike Newell

Nasceu em março de 1942 – Hertfordshire, Inglaterramike-newell-024-20772
Trabalhos em destaque: Quatro Casamentos e um Funeral (1994), Donnie Brasco (1997), O Sorriso de Mona Lisa (2003), Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005).

  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Trens Estreitamente Vigiados (Ostre sledované vlaky/ 1966, dir. Jirí Menzel)
  • Os Bons Companheiros (The Goodfellas/ 1990, dir. Martin Scorsese)
  • A Grande Ilusão (La Grande Illusion/ 1937, dir. Jean Renoir)
  • O Leopardo (Il Gattopardo, 1963, dir. Luchino Visconti)
  • Sob o Domínio do Mal (The Manchurian Candidate/ 1962, dir. John Frankenheimer)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • A Estrada da Vida (La Strada/ 1954, dir. Federico Fellini)
  • Pacto Sinistro (Strangers on a Train/ 1951, dir. Alfred Hitchcock)
  • A Fita Branca (Das weiße Band – Eine deutsche Kindergeschichte/ 2009, dir. Michael Haneke)

Nuri Bilge Ceylan

Nasceu em janeiro de 1959 – Istambul, Turquianuri bilge ceylan
Trabalhos em destaque: Distante (2002), 3 Macacos (2008), Era uma Vez na Anatolia (2011), Winter Sleep (2014).

  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Grande Testemunha (Au Hasard Balthazar/ 1966, dir. Robert Bresson)
  • A Aventura (L’Avventura/ 1960, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Eclipse (L’Eclisse/ 1962, dir. Michelangelo Antonioni)
  • Pai e Filha (Banshun/ 1949, dir. Yasujirô Ozu)
  • Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir. Robert Bresson)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir. Ingmar Bergman)
  • Vergonha (Skammen/ 1968, dir. Ingmar Bergman)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)

Olivier Assayas

Nasceu em janeiro de 1955 – Paris, FrançaOlivier Assayas
Trabalhos em destaque: Espionagem na Rede (2002), Clean (2004), Paris, Te Amo (2006), Horas de Verão (2008), Depois de Maio (2012).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo/ 1964, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Ludwig (Ludwig/ 1972, dir. Luchino Visconti)
  • Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir. Robert Bresson)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Napoleão (Napoléon/ 1927, dir. Abel Gance)
  • Playtime – Tempo de Diversão (Playtime/ 1967, dir. Jacques Tati)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2011, dir. Terrence Malick)
  • Van Gogh (Van Gogh/ 1991, dir. Maurice Pialat)

Pablo Larraín

Nasceu em agosto de 1976 – Santiago, Chile67th Venice Film Festival - 'Post Mortem' Photocall
Trabalhos em destaque: Fuga (2006), Tony Manero (2008), Post Mortem (2010), No (2012).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • A Infância de Ivan (Ivanovo detstvo/ 1962, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Palavra (Ordet/ 1955, dir. Carl Theodor Dreyer)
  • Rashomon (Rashômon/ 1950, dir. Akira Kurosawa)
  • Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd./ 1950, dir. Billy Wilder)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yazujirô Ozu)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Viver a Vida (Vivre sa vie: Film en douze tableaux/ 1962, dir. Jean-Luc Godard)

Pablo Stoll

Nasceu em 1954 – Montevidéu, UruguaiPabloStoll
Trabalhos em destaque: 25 Watts (2001), Whisky (2004), Hiroshima – Um Musical Silencioso (2009), 3(2012).

  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • The Dependent (El Dependiente/ 1969, dir. Leonardo Favio)
  • Eleição (Election/ 1999, dir. Alexander Payne)
  • O Carrasco (El Verdugo/ 1963, dir. Luis García Berlanga)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • A Noite dos Mortos-Vivos (The Night of the Living Dead/ 1968, dir. George Romero)
  • Rio 40 Graus (Rio 40 Graus/  1955, dir. Nelson Pereira dos Santos)
  • Onde Começa o Inferno (Rio Bravo/ 1959, dir. Howad Hawks)
  • Estranhos no Paraíso (Stranger than Paradise/ 1984, dir. Jim Jarmusch)
  • O Pântano (La Ciénaga/ 2001, dir. Lucrecia Martel)

Pablo Trapero

Nasceu em outubro de 1971 – Buenos Aires, ArgentinaPablo Trapero
Trabalhos em destaque: Mundo Grúa (1999), Leonera (2008), Abutres (2010), Elefante Branco (2012).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Aguirre, a Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes/ 1972, dir. Werner Herzog)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Tempos Modernos (Modern Times/ 1936, dir. Charles Chaplin)
  • Não Amarás (Krótki film o milosci/ 1988, dir. Krzysztof Kieslowski)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Os Imperdoáveis (Unforgiven/ 1992, dir. Clint Eastwood)
  • Viridiana (Viridiana/ 1961, dir. Luis Buñuel)

Paul Greengrass

Nasceu em agosto de 1955 – Surrey, Inglaterra The Great British Talent Event
Trabalhos em destaque: Domingo Sangrento (2002), A Supremacia Bourne (2004), Vôo United 93 (2006), O Ultimato Bourne (2007), Capitão Phillips (2013).

  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potemkin/ 1925, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo/ 1964, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • O Jogo da Guerra (The War Game/ 1965, dir. Peter Watkins)
  • Z (Z/ 1969, dir. Costa-Gavras)

Paul Schrader

Nasceu em julho de 1946 – Michigan, EUAPaul Schrader
Trabalhos em destaque: Gigolô Americano (1980), A Marca da Pantera (1982), Temporada de Caça (1997), Auto Focus (2002).

  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Conformista (Il Conformista/ 1970, dir. Bernardo Bertolucci)
  • Amor à Flor da Pele (Fa Yeung nin Wa/ 2000, dir. Wong Kar-Wai)
  • As Três Noites de Eva (The Lady Eve/ 1941, dir. Preston Sturges)
  • Orfeu (Orphée/ 1950, dir. Jean Cocteau)
  • O Batedor de Carteiras (Pickpocket/ 1959, dir. Robert Bresson)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch/ 1969, dir. Sam Peckinpah)

Peter Davis

Nasceu em janeiro de 1937 – California, EUAPeter Davis
Trabalhos em destaque: Corações e Mentes (1974), Winnie and Nelson Mandela (1986), Nelson Mandela: Prisoner to President (1994).

  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Casablanca (Casablanca/ 1942, dir. Michael Curtiz)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Discreto Charme da Burguesia (Le charme discret de la bourgeoisie/ 1972, dir. Luis Buñuel)
  • O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet/ 1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)
  • Sempre aos Domingos (Les dimanches de Ville d’Avray/ 1962, dir. Serge Bourguignon)
  • Laços Humanos (A Tree Grows in Brooklyn/ 1945, dir. Elia Kazan)
  • A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1969, dir. Ingmar Bergman)

Peter Farrelly

Nasceu em dezembro de 1956 – Pennsylvania, EUAPeter+Farrelly
Trabalhos em destaque: Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994), Quem Vai Ficar com Mary? (1998), O Amor é Cego (2001), Ligado em Você (2003), Antes Só do que Mal Casado (2007).

  • Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu (Airplane!/ 1980, dir. Jim Abrahams, David Zucker, Jerry Zucker)
  • Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan/ 2006, dir. Larry Charles)
  • A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life/ 1946, dir. Frank Capra)
  • Tubarão (Jaws/ 1975, dir. Steven Spielberg)
  • Perdidos na Noite (Midnight Cowboy/ 1969, dir. John Schlesinger)
  • Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest/ 1975, dir. Milos Forman)
  • Cães de Aluguel (Reservoir Dogs/ 1992, dir. Quentin Tarantino)
  • A Lista de Schindler (Schindler’s List/ 1993, dir. Steven Spielberg)
  • Sideways – Entre Umas e Outras (Sideways/ 2004, dir. Alexander Payne)
  • O Mágico de Oz (The Wizard of Oz/ 1939, dir. Victor Fleming)

Roger Ebert

Nasceu em junho de 1942 – Illinois, EUABookstore Appearance By Roger Ebert
Trabalhos em destaque: “Sneak Previews” (1975-1983), “At the Movies” (1982 – 1986), “Siskel & Ebert” e mais recentemente, crítico de cinema pelo jornal The Chicago Sun.

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Aguirre, a Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes/ 1972, dir. Werner Herzog)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • A Doce Vida (La Dolce Vita/ 1960, dir. Federico Fellini)
  • General (The General/ 1926, dir. Buster Keaton)
  • Touro Indomável (Raging Bull/ 1980, dir. Martin Scorsese)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2011, dir. Terrence Malick)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)

Sam Mendes

Nasceu em agosto de 1965 – Berkshire, InglaterraCharlie and the Chocolate Factory - opening night
Trabalhos em destaque: Beleza Americana (1999), Estrada Para Perdição (2002), Foi Apenas um Sonho (2008), 007 – Operação Skyfall (2012).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • Veludo Azul (Blue Velvet/ 1986, dir. David Lynch)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby/ 1968, dir. Roman Polanski)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Sangue Negro (There Will be Blood/ 2007, dir. Paul Thomas Anderson)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)

Susanne Bier

Nasceu em abril de 1960 – Copenhague, Dinamarcasusannebier
Trabalhos em destaque: Brothers (2004), Depois do Casamento (2006), Em um Mundo Melhor (2010), Serena (2014).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Morte em Veneza (Morte a Venezia/ 1971, dir. Luchino Visconti)
  • O Franco Atirador (The Deer Hunter/ 1978, dir. Michael Cimino)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night/ 1934, dir. Frank Capra)
  • Era Uma Vez no Oeste (C’Era una Volta il West/ 1968, dir. Sergio Leone)
  • Janela Indiscreta (Rear Window/ 1954, dir. Alfred Hitchcock)

Suzana Amaral

Nasceu em março de 1932 – São Paulo, BrasilSuzana Amaral
Trabalhos em destaque: A Hora da Estrela (1991), Uma Vida em Segredo (2001), Hotel Atlântico (2009).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Berlin Alexanderplatz (Berlin Alexanderplatz/ 1980, dir. Rainer Werner Fassbinder)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Conformista (Il Conformista/ 1970, dir. Bernardo Bertolucci)
  • O Enigma de Kaspar Hauser (Jeder für sich und Gott gegen alle/ 1974, dir. Werner Herzog)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Informante (The Insider/ 1999, dir. Michael Mann)
  • Pulp Fiction – Tempo de Violência (Pulp Fiction/ 1994, dir. Quentin Tarantino)
  • O Tambor (Die Blechtrommel/ 1979, dir. Volker Schlöndorff)

Tata Amaral

Nasceu em setembro de 1960 – São Paulo, Brasiltata_amaral_29052007_01
Trabalhos em destaque: Um Céu de Estrelas (1986), Através da Janela (2000), Antônia: O Filme (2006), Hoje (2011).

  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon/ 1975, dir. Sidney Lumet)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • Noite e Neblina (Night and Fog/ 1955, dir. Alain Resnais)
  • Nostalgia de la Luz (Nostalgia de la Luz/ 2010, dir: Patricio Guzmán)
  • Noite de Estréia (Opening Night/ 1977, dir. John Cassavetes)
  • Paranoid Park (Paranoid Park/ 2007, dir. Gus Van Sant)
  • O Bandido da Luz Vermelha (O Bandido da Luz Vermelha/ 1968, dir. Rogério Sganzerla)
  • Rocco e Seus Irmãos (Rocco e i Suoi Fratelli/ 1960, dir. Luchino Visconti)
  • Terra em Transe (Terra em Transe/ 1967, dir. Glauber Rocha)

Terry Jones

Nasceu em fevereiro de 1942 – Colwyn Bay, País de GalesTerry_Jones
Trabalhos em destaque: Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado (1975), A Vida de Brian (1979), Monty Python – O Sentido da Vida (1983).

  • Crimes e Pecados (Crimes and Misdemeanors/ 1989, dir. Woody Allen)
  • E.T. – O Extraterrestre (E.T. The Extra-Terrestrial/ 1982, dir. Steven Spielberg)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Festa de Família (Festen/ 1998, dir. Thomas Vinterberg)
  • General (The General/ 1926, dir. Buster Keaton)
  • Feitiço do Tempo (Groundhog Day/ 1993, dir. Harold Ramis)
  • Eles e Elas (Guys and Dolls/ 1955, dir. Joseph L. Mankiewicz)
  • Santa Não Sou (I’m no Angel/ 1933, dir. Wesley Ruggles)
  • Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs/ 1937, dir. David Hand)
  • Toy Story 3 (Toy Story 3/ 2010, dir. Lee Unkrich)

Tsai Ming-Liang

Nasceu em outubro de 1957 – Sarawak, Malásiatsai-ming-Liang
Trabalhos em destaque: Vive L’Amour (1994), O Rio (1997), O Buraco (1998), Adeus, Dragon Inn (2003), O Sabor da Melancia (2005).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • O Eclipse (L’Eclisse/ 1962, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Medo Consome a Alma (Angst essen Seele auf/ 1974, dir. Rainer Werner Fassbinder)
  • Adeus, Dragon Inn (Bu san/ 2003, dir. Tsai Ming-Liang)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1955, dir. Charles Laughton)
  • Filho Único (Hitori Musuko/ 1936, dir. Yasujirô Ozu)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • Spring in a Small Town (Xiao cheng zhi chun/ 1948, dir. Fei Mu)
  • Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir. F.W. Murnau)

Walter Salles

Nasceu em abril de 1956 – Rio de Janeiro, Brasilwalter-salles
Trabalhos em destaque: Central do Brasil (1998), Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2004), Linha de Passe (2008), Na Estrada (2012).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Luzes da Cidade (City Lights/ 1931, dir. Charles Chaplin)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • Profissão: Repórter (Professione: Reporter/ 1975, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • O Demônio das Onze Horas (Pierrot le Fou/ 1965, dir: Jean-Luc Godard)
  • Vidas Secas (Vidas Secas/ 1963, dir. Nelson Pereira dos Santos)
  • A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1969, dir. Ingmar Bergman)

 

 

Top 10 dos Diretores – Parte 2

2001: Uma Odisséia no Espaço: Um dos mais votados entre os diretores

2001: Uma Odisséia no Espaço: Um dos mais votados entre os diretores (photo by http://www.cineol.net)

Atendendo a pedidos dos leitores do blog, volto a divulgar a lista dos 10 filmes favoritos de alguns diretores. Infelizmente, alguns diretores consagrados não participaram da pesquisa da Sight & Sound, então nomes como Steven Spielberg, Tim Burton e Peter Jackson estão fora. Estou dividindo a matéria em mais duas partes por ordem alfabética. Caso alguém queira ver a primeira parte, confira o link: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/11/top-10-dos-diretores/

O interessante dessa listagem é verificar a fonte de inspiração dos diretores. Linguagem, ritmo e até temas recorrentes numa filmografia podem ter ligação muito forte com os 10 filmes escolhidos por cada um. Por exemplo, os argentinos Alejandro Agresti e Juan José Campanella incluíram filmes do diretor e roteirista Billy Wilder, que certamente influenciaram essa nova onda do Cinema Argentino, cujo roteiro e o tom humanista são o ponto forte. Já o canadense Guy Maddin, que tem um estilo bastante particular em termos imagéticos, não poderia deixar de fora o mexicano Luis Buñuel e o americano David Lynch pela alta concentração de surrealismo. Os brasileiros Fernando Meirelles e o estreante Kleber Mendonça Filho não poderiam se esquecer de algumas produções nacionais como fonte de inspiração. Pena que nem Walter Salles e José Padilha estão presentes na pesquisa.

Abel Ferrara

Abel Ferrara

Abel Ferrara

Nascido em julho de 1951 – Nova York, EUA
Trabalhos em destaque: O Rei de Nova York (1990), Vício Frenético (1992), Os Chefões (1996)

1. Armadilha do Destino (Cul-de-Sac/ 1966, dir: Roman Polanski)
2. Os Demônios (The Devils/ 1971, dir: Ken Russell
3. Gaviões e Passarinhos (Uccellacci e uccellini/ 1966, dir: Pier Paolo Pasolini)
4. Prisão (Fängelse/ 1949, dir: Ingmar Bergman)
5. Lolita (idem/ 1961, dir: Stanley Kubrick)
6. Os Esquecidos (Los Olvidados/ 1950, dir: Luis Buñuel)
7. Ran (idem/ 1985, dir: Akira Kurosawa)
8. A Marca da Maldade (Touch of Evil/ 1958, dir: Orson Welles)
9. Uma Mulher Sob a Influência (A Woman Under the Influence/ 1974, dir: John Cassavetes)
10. Zéro de conduite: Jeunes diables au Collège (1933, dir: Jean Vigo)

Aki Kaurismäki

Aki Kaurismäki

Aki Kaurismäki

Nascido em abril de 1951 – Orimattila, Finlândia
Trabalhos em destaque: Cowboys de Lenigrado Vão Para a América (1989), Contratei um Matador Profissional (1990), O Homem Sem Passado (2002), O Porto (2011)

1. A Idade do Ouro (L’age D’or/ 1930, dir: Luis Buñuel)
2. O Atalante (L’Atalante/ 1934, dir: Jean Vigo)
3. Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir: Vittorio De Sica)
4. Bodu Saved from Drowning (Bodu Sauvé des Aeux/ 1932, dir: Jean Renoir)
5. Em Busca do Ouro (The Gold Rush/ 1925, dir: Charles Chaplin)
6. Meu Tio (Mon Oncle/ 1958, dir: Jacques Tati)
7. Nanook do Norte (Nanook of the North/ 1922, dir: Robert J. Flaherty)
8. Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir: F.W. Murnau)
9. Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir: Yasujirô Ozu)
10. Z (idem/ 1968, dir: Costa-Gavras)

Alejandro Agresti

Alejandro Agresti

Alejandro Agresti

Nascido em junho de 1961 – Buenos Aires, Argentina
Principais filmes: Buenos Aires Vice-Versa (1996), Valentin (2002) e A Casa do Lago (2006)

1. Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir: Billy Wilder)
2. O Segredo das Jóias (The Asphalt Jungle/ 1950, dir: John Huston)
3. Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives/ 1946, dir: William Wyler)
4. Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir: Orson Welles)
5. O Pecado de Cluny Brown (Cluny Brown/ 1946, dir: Ernst Lubitsch)
6. Hannah e Suas Irmãs (Hannah and Her Sisters/ 1986, dir: Woody Allen)
7. Ainda Há Fogo Sob as Cinzas (Kotch/ 1971, dir: Jack Lemmon)
8. Trágico Amanhecer (Le Jour se Lève/ 1939, dir: Marcel Carné)
9. Rio Vermelho (Red River/ 1948, dir: Howard Hawks, Arthur Rosson)
10. Almas em Chamas (Twelve O’Clock High/ 1949/ dir: Henry King)

Amos Gitai

Amos Gitai

Amos Gitai

Nasceu em Outubro de 1950 – Haifa, Israel
Trabalhos em destaque: Kadosh (1999), O Dia do Perdão (2000), Free Zone (2005), Ana Arabia (2013)

1. O Dinheiro (L’Argent/ 1983, dir: Robert Bresson)
2. Alemanha, Ano Zero (Germania Anno Zero/ 1948, dir: Roberto Rossellini)
3. O Desprezo (Le Mépris/ 1963, dir: Jean-Luc Godard)
4. Os Desajustados (The Misfits/ 1961, dir: John Huston)
5. A Sala de Música (Jalsaghar/ 1958, dir: Satyajit Ray)
6. O Fundo do Coração (One from the Heart/ 1982, dir: Francis Ford Coppola)
7. Depois do Vendaval (The Quiet Man/ 1952, dir: John Ford)
8. Saló ou 120 Dias de Sodoma (Salò o le 120 Giornate di Sodoma/ 1975, dir: Pier Paolo Pasolini)
9. Paixões que Alucinam (Shock Corridor/ 1963, dir: Samuel Fuller)
10. O Garoto Selvagem (L’Enfant Sauvage/ 1970, dir: François Truffaut)

Andrew Dominik

Andrew Dominik

Andrew Dominik

Nasceu em 1963 – Wellington, Nova Zelândia
Trabalhos em destaque: Chopper – Memórias de um Criminoso (2000), O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (2007), O Homem da Máfia (2012)

1. Apocalyse Now (idem/ 1979, dir: Francis Ford Coppola)
2. Terra de Ninguém (Badlands/ 1973, dir: Terrence Malick)
3. Barry Lyndon (idem/ 1975, dir: Stanley Kubrick)
4. Veludo Azul (Blue Velvet/ 1986, dir: David Lynch)
5. Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie/ 1964, dir: Alfred Hitchcock)
6. Cidade dos Sonhos (Mulholland Dr/ 2001, dir: David Lynch)
7. Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1951, dir: Charles Laughton)
8. Touro Indomável (Raging Bull/ 1980, dir: Martin Scorsese)
9. Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd/ 1950, dir: Billy Wilder)
10. O Inquilino (Le Locataire/ 1976, dir: Roman Polanski)

Apichatpong Weerasethakul

Apichatpong Weerasethakul

Apichatpong Weerasethakul

Nasceu em Julho de 1970 – Bangkok, Tailândia
Trabalhos em destaque: Mal dos Trópicos (2004), Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (2010)

1. A Brighter Summer Day (Gu Ling jie Shao Nian Sha ren Shi Jian/ 1991, dir: Edward Yang)
2. A Conversação (The Conversation/ 1974, dir: Francis Ford Coppola)
3. La Captive (idem/ 2000, dir: Chantal Akerman)
4. Empire (idem/ 1964, dir: Andy Warhol)
5. Nascido Para Matar (Full Metal Jacket/ 1987, dir: Stanley Kubrick)
6. A General (The General/ 1926, dir: Buster Keaton)
7. Goodbye, Dragon Inn (Bu san/ 2003, dir: Tsai Ming-Liang)
8. Rain (idem/ 1929, dir: Joris Ivens)
9. Sátántangó (idem/ 1994, dir: Béla Tarr)
10. Valentin de las Sierras (idem/ 1971, dir: Bruce Baillie)

Asghar Farhadi

Asghar Farhadi

Asghar Farhadi

Nasceu em Isfahan, Irã
Principais trabalhos: A Separação (2011), O Passado (2013)

1. Rashomon (Rashômon/ 1950, dir: Akira Kurosawa)
2. The Road (Fang Xiang zhi lu/ 2006, dir: Zhang Jiarui)
3. O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir: Francis Ford Coppola)
4. Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir: Yazujirô Ozu)
5. Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir: Billy Wilder)
6. A Fraternidade é Vermelha (Trois Couleurs: Rouge/ 1994, dir: Krzysztof Kieslowski)
7. Um Assaltante Bem Trapalhão (Take the Money and Run/ 1969, dir: Woody Allen)
8. Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir: Ingmar Bergman)
9. Taxi Driver (idem/ 1976, dir: Martin Scorsese)
10. Tempos Modernos (Modern Times/ 1936, dir: Charles Chaplin)

Atom Egoyan

Atom Egoyan

Atom Egoyan

Nasceu em Julho de 1960 – Cairo, Egito
Principais trabalhos: O Doce Amanhã (1997), Ararat (2002), Verdade Nua (2005)

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir: Stanley Kubrick)
2. 8½ (idem/ 1963, dir: Federico Fellini)
3. Ladrões de Bicicleta (Ladri di Biciclette/ 1948, dir: Vittorio De Sica)
4. Acossado (À bout de souffle/ 1960, dir: Jean-Luc Godard)
5. O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir: Francis Ford Coppola)
6. Metrópolis (Metropolis/ 1927, dir: Fritz Lang)
7. O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir: Carl Theodor Dreyer)
8. Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir: Ingmar Bergman)
9. Pulp Fiction – Tempo de Violência (Pulp Fiction/ 1994, dir: Quentin Tarantino)
10. Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir: Alfred Hitchcock)

Béla Tarr

Béla Tarr

Béla Tarr

Nasceu em julho de 1955 – Pécs, Hungria
Trabalhos em destaque: Sátántangó (1994), A Hamronia Werckmeister (2000), O Cavalo de Turín (2011)

1. Cavaleiros de Ferro (Aleksandr Nevskiy/ 1938, dir: Sergei M. Eisenstein)
2. A Grande Testemunha (Au Hasard Balthazar/ 1966, dir: Robert Bresson)
3. Berlin Alexanderplatz (idem/ 1980, dir: Rainer Werner Fassbinder)
4. Frenesi (Frenzy/ 1972, dir: Alfred Hitchcock)
5. M, o Vampiro de Düsseldorf (M/ 1931, dir: Fritz Lang)
6. O Homem da Câmera (Chelovek s kino-apparatom/ 1929, dir: Dziga Vertov)
7. O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir: Carl Theodor Dreyer)
8. Os Sem Esperança (Szegénylegények/ 1966, dir: Miklós Jancsó)
9. Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir: Yasujirô Ozu)
10. Viver a Vida (Vivre Sa Vie: Film en douze tableaux/ 1962, dir: Jean-Luc Godard)

Carlos Reygadas

Carlos Reygadas

Carlos Reygadas

Nasceu em Outubro de 1971 – Distrito Federal, México
Principais trabalhos: Japón (2002), Batalha no Céu (2005), Luz Sileciosa (2007), Post Tenebras Lux (2012)

1. Andrei Rublev – O Artista Maldito (Andrei Rublev/ 1966, dir: Andrei Tarkovsky)
2. Vozes Distantes (Distant Voices, Still Lives/ 1988, dir: Terence Davies)
3. O Carrasco (El Verdugo/ 1963, dir: Luis García Berlanga)
4. Vida Sem Destino (Gummo/ 1997, dir: Harmony Korine)
5. Os Esquecidos (Los Olvidados/ 1950, dir: Luis Buñuel)
6. Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir: Robert Bresson)
7. Mãe e Filho (Mat i Syn/ 1997, dir: Aleksandr Sokurov)
8. Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir: Ingman Bergman)
9. Intendente Sansho (Sanshô Dayû/ 1954, dir: Kenji Mizoguchi)
10. A Harmonia Werckmeister (Werckmeister harmóniák/ 2000, dir: Béla Tarr)

Fernando Meirelles

Fernando Meirelles

Fernando Meirelles

Nasceu em novembro de 1955 – São Paulo, Brasil
Trabalhos em destaque: Cidade de Deus (2002), O Jardineiro Fiel (2005), Ensaio Sobre a Cegueira (2008)

1. Apocalypse Now (idem/ 1979, dir: Francis Ford Coppola)
2. As Mil e Uma Noites (Il Fiore Delle Mille e Una Notte/ 1974, dir: Pier Paolo Pasolini)
3. Enter the Void (2009, dir: Gaspar Noé)
4. Os Bons Companheiros (Goodfellas/ 1990, dir: Martin Scorsese)
5. Iracema – Uma Transa Amazônica (1975, dir: Jorge Bodanzky, Orlando Senna)
6. Ran (idem/ 1985, dir: Akira Kurosawa)
7. Além da Linha Vermelha (The Thin Red Line/ 1998, dir: Terrence Malick)
8. A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2009, dir: Terrence Malick)
9. Vidas Secas (1963, dir: Nelson Pereira dos Santos)
10. Zabriskie Point (1970, dir: Michelangelo Antonioni)

Gaspar Noé

Gaspar Noé

Gaspar Noé

Nasceu em dezembro de 1963 – Buenos Aires, Argentina
Trabalhos em destaque: Seul Contre Tous (1998), Irreversível (2000), Enter the Void (2009)

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir: Stanley Kubrick)
2. Amor (Amour/ 2011, dir: Michael Haneke)
3. Angst (1983, dir: Gerald Kargl)
4. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou/ 1928, dir: Luis Buñuel)
5. Eraserhead (idem/ 1976, dir: David Lynch)
6. Eu Sou Cuba (Soy Cuba/ 1964, dir: Mikhail Kalatozov)
7. King Kong (idem/ 1933, dir: Merian C. Cooper, Ernest B. Schoedsack)
8. Saló ou 120 Dias de Sodoma (Salò o le 120 Giornate di Sodoma/ 1975, dir: Pier Paolo Pasolini)
9. Scorpio Rising (1964, dir: Kenneth Anger)
10. Taxi Driver (idem/ 1976, dir: Martin Scorsese)

Gregg Araki

Gregg Araki

Gregg Araki

Nasceu em dezembro de 1959 – Los Angeles, EUA
Trabalhos em destaque: Mistérios da Carne (2004), Geração Maldita (2005), Kaboom (2010)

1. Terra de Ninguém (Badlands/ 1973, dir: Terrence Malick)
2. O Diabo, Provavelmente (Le Diable Probablement/ 1977, dir: Robert Bresson)
3. A Dupla Vida de Veronique (La Double Vie de Véronique/ 1991, dir: Krzysztof Kieslowski)
4. Felizes Juntos (Chun Gwong cha sit/ 1997, dir: Wong Kar-Wai)
5. As Três Noites de Eva (The Lady Eve/ 1941, dir: Preston Sturges)
6. Masculino-Feminino (Masculin Féminin/ 1966, dir: Jean-Luc Godard)
7. Psicose (Psycho/ 1960, dir: Alfred Hitchcock)
8. O Iluminado (The Shining/ 1980, dir: Stanley Kubrick)
9. Marinheiro de Encomenda (Steamboat Bill, Jr./1928, dir: Buster Keaton)
10. Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (Twin Peaks: Fire Walk With Me/ 1992, dir: David Lynch)

Guy Maddin

Guy Maddin

Guy Maddin

Nasceu em fevereiro de 1956 – Manitoba, Canadá
Trabalhos em destaque: Dracula: Pages from a Virgin’s Diary (2002), A Música Mais Triste do Mundo (2003), Cowards Bend the Knee or the Blue Hands (2003)

1. Depois da Vida (Wandâfuru raifu/ 1998, dir: Hirokazu Koreeda)
2. A Idade do Ouro (L’âge D’Or/ 1930, dir: Luis Buñuel)
3. Carta de uma Desconhecida (Letter From an Unknown Woman/ 1948, dir: Max Ophüls)
4. Um Perigoso Adeus (The Long Goodbye/ 1973, dir: Robert Altman)
5. O Paraíso de um Homem (Man’s Castle/ 1933, dir: Frank Borzage)
6. Cidade dos Sonhos (Mulholland Dr/ 2001, dir: David Lynch)
7. A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2010, dir: Terrence Malick)
8. O Monstro do Circo (The Unknown/ 1927, dir: Tod Browning)
9. Zéro de conduite: Jeunes diables au Collège (1933, dir: Jean Vigo)
10. Zvenigora (1928, dir: Aleksandr Dovzhenko)

Hirokazu Koreeda

Hirokazu Koreeda

Hirokazu Koreeda

Nasceu em junho de 1962 – Tóquio, Japão
Trabalhos em destaque: Depois da Vida (1998), Ninguém Pode Saber (2002), Andando (2008), Like Father, Like Son (2013)

1. O Dinheiro (L’Argent/ 1983, dir: Robert Bresson)
2. Dust in the Wind (Lian lian feng chen/ 1987, dir: Hsiao-Hsien Hou)
3. Floating Clouds (Ukigumo/ 1955, dir: Mikio Naruse)
4. Frankenstein (idem/ 1931, dir: James Whale)
5. Kes (idem/ 1969, dir: Ken Loach)
6. A Viagem dos Comediantes (O thiasos/ 1975, dir: Theo Angelopoulos)
7. Noites de Cabíria (Le notti di Cabiria/ 1957, dir: Federico Fellini)
8. Sol Secreto (Milyang/ 2007, dir: Chang-Dong Lee)
9. Os Guarda-Chuvas do Amor (Les parapluies de Cherbourg/ 1964, dir: Jacques Demy)
10. Uma Mulher Sob a Influência (A Woman Under the Influence/ 1974, dir: John Cassavetes)

Hong Sang-Soo

Hong Sang-Soo

Hong Sang-Soo

Nasceu em Outubro de 1960 – Seul, Coréia do Sul
Trabalhos em destaque: Oh! Soo-Jung (2000), Woman is the Furture of Man (2004), A Visitante Francesa (2012)

1. O Atalante (L’Atalante/ 1934, dir: Jean Vigo)
2. Boat Leaving the Port (Barque Sortant du Port/ 1895, dir: Louis Lumière)
3. Boudu Saved from Drowning (Boudu Sauvé des Eaux/ 1932, dir: Jean Renoir)
4. Também Fomos Felizes (Bakushû/ 1951, dir: Yasujirô Ozu)
5. O Raio Verde (Le Rayon Vert/ 1986, dir: Eric Rohmer)
6. Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir: Robert Bresson)
7. Nanook do Norte (Nanook of the North/ 1922, dir: Robert J. Flaherty)
8. Nazarin (Nazarín/ 1959, dir: Luis Buñuel)
9. A Palavra (Ordet/ 1955, dir: Carl Theodor Dreyer)
10. A Mocidade de Lincoln (Young Mr. Lincoln/ 1939, dir: John Ford)

Jan Troell

Jan Troell

Jan Troell

Nasceu em julho de 1931 – Skåne län, Suécia
Trabalhos em destaque: Os Emigrantes (1971), O Preço do Triunfo (1972), Momentos Eternos de Maria Larssons (2008)

1. 8½ (idem/ 1963, dir: Federico Fellini)
2. A Invenção de Hugo Cabret (Hugo/ 2011, dir: Martin Scorsese)
3. Jules e Jim – Uma Mulher Para Dois (1962, dir: François Truffaut)
4. O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir: Andrei Tarkovsky)
5. Os Desajustados (The Misfits/ 1961, dir: John Huston)
6. Tempos Modernos (Modern Times/ 1936, dir: Charles Chaplin)
7. Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1955, dir: Charles Laughton)
8. Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs/ 1937)
9. Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir: Billy Wilder)
10. A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1968, dir: Ingmar Bergman)

Jean-Marc Valléejean-marc vallee

Nasceu em março de 1963 – Montreal, Canadá
Trabalhos em destaque: C.R.A.Z.Y. (2005), A Jovem Rainha Vitória (2009), Dallas Buyers Club (2013)

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir: Stanley Kubrick)
2. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain/ 2001, dir: Jean-Pierre Jeunet)
3. Beleza Americana (American Beauty/ 1999, dir: Sam Mendes)
4. O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir: Francis Ford Coppola)
5. Os Bons Companheiros (Goodfellas/ 1990, dir: Martin Scorsese)
6. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir: David Lean)
7. Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest/ 1975, dir: Milos Forman)
8. O Profeta (Un Prophète/ 2009, dir: Jacques Audiard)
9. Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain/ 1952, dir: Stanley Donen, Gene Kelly)
10. Além da Linha Vermelha (The Thin Red Line/ 1998, dir: Terrence Malick)

Jeff Nichols

Jeff Nichols

Jeff Nichols

Nasceu em dezembro de 1978 – Arkansas, EUA
Trabalhos em destaque: Shotgun Stories (2007), O Abrigo (2011), Amor Bandido (2012)

1. Terra de Ninguém (Badlands/ 1973, dir: Terrence Malick)
2. Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid/1969, dir: George Roy Hill)
3. Rebeldia Indomável (Cool Hand Luke/ 1967, dir: Stuart Rosenberg)
4. Assassinato por Encomenda (Fletch/ 1985, dir: Michael Ritchie)
5. O Indomado (Hud/ 1962, dir: Martin Ritt)
6. Desafio à Corrupção (The Hustler/ 1961, dir: Robert Rossen)
7. Tubarão (Jaws/ 1975, dir: Steven Spielberg)
8. Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir: David Lean)
9. Intriga Internacional (North by Northwest/ 1959, dir: Alfred Hitchcock)
10. No Tempo das Diligências (Stagecoach/ 1939, dir: John Ford)

Jonathan Glazer

Jonathan Glazer

Jonathan Glazer

Nasceu em março de 1965 – Londres, Inglaterra
Trabalhos em destaque: Sexy Beast (2000), Reencarnação (2004), Under the Skin (2013)

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir: Stanley Kubrick)
2. 8½ (idem/ 1963, dir: Federico Fellini)
3. A Idade do Ouro (L’age D’or/ 1930, dir: Luis Buñuel)
4. A Grande Testemunha (Au hasard Balthazar/ 1966, dir: Robert Bresson)
5. Berlin Alexanderplatz (idem/ 1980, dir: Rainer Werner Fassbinder) – série de TV
6. O Evangelho Segundo São Mateus (Il vangelo secondo Matteo/ 1964, dir: Pier Paolo Pasolini)
7. O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir: Andrei Tarkovsky)
8. O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir: Carl Theodor Dreyer)
9. Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir: Ingmar Bergman)
10. Rashomon (Rashômon/ 1950, dir: Akira Kurosawa)

Joseph Cedar

Joseph Cedar

Joseph Cedar

Nasceu em agosto de 1968 – Nova York, EUA
Trabalhos em destaque: Fogueira (2004), Beaufort (2007), Nota de Rodapé (2011)

1. Boogie Nights – Prazer Sem Limites (Boogie Nights/ 1997, dir: Paul Thomas Anderson)
2. Crimes e Pecados (Crimes and Misdemeanors/ 1989, dir: Woody Allen)
3. Kramer vs. Kramer (idem/ 1979, dir: Robert Benton)
4. Sindicato de Ladrões (On the Waterfront/ 1954, dir: Elia Kazan)
5. Glória Feita de Sangue (Paths of Glory/ 1957, dir: Stanley Kubrick)
6. Janela Indiscreta (Rear Window/ 1954, dir: Alfred Hitchcock)
7. O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby/ 1968, dir: Roman Polanski)
8. A Rede Social (The Social Network/ 2010, dir: David Fincher)
9. Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir: F.W. Murnau)
10. A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1968, dir: Ingmar Bergman)

Juan Antonio Bayona (J.A. Bayona)

J.A. Bayona

J.A. Bayona

Nasceu em 1975 – Barcelona, Espanha
Trabalhos em destaque: O Orfanato (2007), O Impossível (2012)

1. O Turista Acidental (The Accidental Tourist/ 1988, dir: Lawrence Kasdan)
2. E.T. – O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial/ 1982, dir: Steven Spielberg)
3. O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man/ 1957, dir: Jack Arnold)
4. Os Inocentes (The Innocents/ 1961, dir: Jack Clayton)
5. Idade da Inocência (L’argent de poche/ 1976, dir: François Truffaut)
6. O Iluminado (The Shining/ 1980, dir: Stanley Kubrick)
7. Superman – O Filme (Superman: The Movie/ 1978, dir: Richard Donner)
8. O Inquiilino (Le Locataire/ 1976, dir: Roman Polanski)
9. A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2009, dir: Terrence Malick)
10. Que Eu Fiz Para Merecer Isto? (¿Qué he hecho yo para merecer esto!!/ 1984, dir: Pedro Almodóvar)

Juan José Campanella

Juan José Campanella

Juan José Campanella

Nasceu em julho de 1959 – Buenos Aires, Argentina
Trabalhos em destaque: O Filho da Noiva (2001), Clube da Lua (2004), O Segredo dos Seus Olhos (2009)

1. O Show Deve Continuar (All That Jazz/ 1979, dir: Bob Fosse)
2. Amarcord (idem/ 1972, dir: Federico Fellini)
3. Os Eternos Desconhecidos (I soliti ignoti/ 1958, dir: Mario Monicelli)
4. Casablanca (idem/ 1942, dir: Michael Curtiz)
5. Em Nome do Papa Rei (In nome del papa re/ 1977, dir: Luigi Magni)
6. A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life/ 1947, dir: Frank Capra)
7. Amor na Tarde (Love in the Afternoon/ 1957, dir: Billy Wilder)
8. A Loja da Esquina (The Shop Around the Corner/ 1940, dir: Ernst Lubitsch)
9. Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain/ 1952, dir: Stanley Donen, Gene Kelly)
10. Nós que Nos Amávamos Tanto (C’eravamo tanto amati/ 1974, dir: Ettore Scola)

Kenneth Branagh

Kenneth Branagh

Kenneth Branagh

Nasceu em dezembro de 1960 – Belfast, Irlanda do Norte
Trabalhos em destaque: Henrique V (1989), Frankenstein de Mary Shelley (1994), Hamlet (1996)

1. Adeus, Meninos (Au Revoir les Enfants/ 1987, dir: Louis Malle)
2. Narciso Negro (Black Narcissus/ 1947, dir: Michael Powell, Emeric Pressburger)
3. Desencanto (Brief Encounter/ 1945, dir: David Lean)
4. Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir: Orson Welles)
5. Manhattan (idem/ 1979, dir: Woody Allen)
6. Napoleão (Napoléon/ 1927, dir: Abel Gance)
7. Touro Indomável (Raging Bull/ 1980, dir: Martin Scorsese)
8. Rastros de Ódio (The Searchers/ 1956, dir: John Ford)
9. O Terceiro Homem (The Third Man/ 1949, dir: Carol Reed)
10. Tootsie (idem/ 1982, dir: Sydney Pollack)

Kevin MacDonald

Kevin MacDonald

Kevin MacDonald

Nasceu em outubro de 1967 – Glasgow, Escócia
Trabalhos em destaque: Tocando o Vazio (2003), O Último Rei da Escócia (2006), Intrigas do Estado (2009)

1. 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir: Stanley Kubrick)
2. The Ascent (Voskhozhdeniye/ 1977, dir: Larisa Shepitko)
3. Os Boas Vidas (I vitelloni/ 1953, dir: Federico Fellini)
4. O Leopardo (Il Gattopardo/ 1963, dir: Luchino Visconti)
5. Coronel Blimp – Vida e Morte (The Life and Death of Colonel Blimp/ 1978, dir: Michael Powell, Emeric Pressburger)
6. Soberba (The Magnificent Ambersons/ 1942, dir: Orson Welles)
7. Shoah (idem/ 1985, dir: Claude Lanzmann)
8. Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain/ 1952, dir: Stanley Donen, Gene Kelly)
9. Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir: Billy Wilder)
10. A Tênue Linha da Morte (The Thin Blue Line/ 1988, dir: Errol Morris)

Kleber Mendonça Filho

Kleber Mendonça Filho

Kleber Mendonça Filho

Nasceu em 1968 – Pernambuco, Brasil
Trabalhos em destaque: Eletrodoméstica (2005), Crítico (2008), O Som ao Redor (2012)

1. Assalto à 13º DP (Assault on Precinct 13/ 1976, dir: John Carpenter)
2. O Estranho que Nós Amamos (The Beguilled/ 1970, dir: Don Siegel)
3. Vá e Veja (Idi i smotri/ 1985, dir: Elem Klimov)
4. Intervenção Divina (Yadon ilaheyya/ 2002, dir: Elia Suleiman)
5. Fitzcarraldo (idem/ 1981, dir: Werner Herzog)
6. A Mosca (The Fly/ 1986, dir: David Cronenberg)
7. Jackie Brown (idem/ 1997, dir: Quentin Tarantino)
8. O Iluminado (The Shining/ 1980, dir: Stanley Kubrick)
9. Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd/ 1950, dir: Billy Wilder)
10. Cabra Marcado Para Morrer (1985, dir: Eduardo Coutinho)

Rapidinhas de Cannes – Parte 2

A atriz Kristin Scott Thomas e o diretor Nicolas Winding Refn em coletiva do filme Only God Forgives em Cannes 2013

A atriz Kristin Scott Thomas e o diretor Nicolas Winding Refn em coletiva do filme Only God Forgives em Cannes 2013

Ok, estamos entrando na reta final do Festival de Cannes. Alguns filmes foram vaiados na exibição e devem ter suas chances reduzidas ao mínimo. Porém, vale ressaltar que nem sempre vaias significam que a qualidade do filme está abaixo da média, mas que dividiram o público, como foi o caso do polêmico A Árvore da Vida, de Terrence Malick, que acabou levando a Palma de Ouro em 2011.

No caso do novo trabalho do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, Only God Forgives, resumidamente se tratou de um excesso de expectativas. O sucesso de Drive (prêmio de direção de Cannes 2011) comprovou que era possível realizar um filme de ação inteligente e com estilo, mas nem sempre o repeteco agrada. Assim como em Drive, temos um submundo do crime como cenário, personagens frios e cenas de violência extrema.

Na entrevista, Nicolas teria dado duas justificativas. A artística seria: “… grande arte — coisa horrível de se dizer — mas arte foi feita para dividir, porque senão não penetra, e se não penetra, você apenas a consome.” E a pessoal seria: “Não sou fã de filmes de pancadaria, mas estava passando por um período existencialista com a gravidez da minha mulher, que teve nossa segunda filha. Estava raivoso e agressivo sem explicação. Achei que era culpa de Deus. Como não conseguia canalizar esses sentimentos, fiz o filme”. Entretanto, a maioria da crítica presente em Cannes não ligou para a explicação do diretor. Um crítico do site Hollywood Elsewhere, por exemplo, soltou uma sentença mais cruel em relação ao filme: “…temos um diretor misericordioso que acha que qualquer coisa que ele caga vale o nosso tempo”.

Já na exibição do japonês Wara no Tate (Shield of Straw), digamos que foi um caso à parte, porque o diretor Takashi Miike já tem alguns parafusos soltos, o que o torna automaticamente uma incógnita em festivais. Seu maior sucesso foi um filme “para toda a família”: Itchi the Killer (2001), uma história de máfia japonesa que tem como centro um assassino psicótico reprimido que explora o sadomasoquismo. Obviamente sua escolha pelos organizadores do festival se apóia no nome do diretor e, quem sabe, causar certas controvérsias que possam destacar o evento nas mídias.

Wara no Tate, um dos únicos vaiados este ano em Cannes (photo by www.outnow.ch)

Wara no Tate, um dos únicos vaiados este ano em Cannes (photo by http://www.outnow.ch)

Contudo, o tiro saiu pela culatra. Wara no Tate acabou sendo vaiado por se assemelhar a um típico filme de ação hollywoodiano, gênero que sempre foi um pesadelo nessa roda de autores. “Eu acho que o cinema japonês perdeu a capacidade de fazer cenas espetaculares, então decidi me desafiar a fazer um filme de ação”, justificou Takashi Miike, que ainda foi duramente criticado por furos grotescos no roteiro policial. Apesar de não haver elementos do grotesco que costumam preencher seus filmes, este trabalho tem um mote inicial interessante, baseado no livro de Kazuhiro Kiuchi, no qual policiais têm a missão de transferir um assassino de uma menina para a prisão, mas sofrem pressão pela proposta financeira irrecusável do avô dela para matá-lo no trajeto.

Infelizmente, não tenho como opinar ainda sobre os filmes vaiados em questão, mas compartilho da perspectiva de Nicolas Winding Refn a respeito da unanimidade artística. Prefiro um cineasta que faça um filme ruim, mas que tentou realizar algo inovador, do que um bom filme que preencherá a massa da mesmice.

Infelizmente, os novos filmes de Asghar Farhadi, Le Passé (The Past), e de James Gray, The Immigrant, não agradaram a crítica. Enquanto o primeiro foi criticado pela repetição sem a mesma força da fórmula que deu certo em A Separação (vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pelo Irã), o segundo apresentou um triângulo amoroso ingênuo que de certa forma desperdiça o talento do elenco formado por Joaquin Phoenix, Jeremy Renner e a musa Marion Cotillard.

Deixando as decepções de lado, a exibição de Behind the Candelabra foi um momento que pode entrar para a história, pois pode ser o último filme de Steven Soderbergh, pelo menos a ser lançado nos cinemas. Cansado de discutir com os grandes estúdios, que inclusive recusaram esse projeto por acharem “gay demais”, o diretor declarou sua aposentadoria precoce desse sistema hollywoodiano. “Se for meu último filme, saio orgulhoso do cinema”, revelou Soderbergh.

Michael Douglas literalmente brilha em Behind the Candelabra ao lado de Matt Damon. Chances no Oscar 2014?

Michael Douglas literalmente brilha em Behind the Candelabra ao lado de Matt Damon. Chances no Oscar 2014?

O filme que trata do caso de amor subversivo entre o pianista Lee Liberace e Scott Thorson, jovem 40 anos mais novo, foi bastante aplaudido pelo público, especialmente o nome de seu protagonista, Michael Douglas, o que lhe devolveu a auto-estima que perdeu ao longo dos anos e após a cura milagrosa do câncer na garganta que teve em 2012. “Vou agradecer eternamente a Steven (Soderbergh) e Matt (Damon)”, declarou um comovido Douglas. Com essas vitórias na tela e na vida pessoal, o ator pode ser lembrado pelo júri de Cannes e até ganhar um fôlego para o Oscar 2014.

Outro que já abre caminho para o prêmio da Academia é o diretor Alexander Payne, que retorna ao festival, pelo qual foi previamente indicado por As Confissões de Schmidt em 2002. Seu road movie intimista, Nebraska, que tem como personagem central um idoso que atravessa o país para exigir uma premiação de um milhão de dólares lembra o filme de David Lynch, A História Real (1999), no qual Richard Farnsworth atravessa os Estados Unidos de trator para reencontrar o irmão.

Bruce Dern e Will Forte em Nebraska, de Alexander Payne, um dos favoritos à Palma de Ouro (photo by www.outnow.ch)

Bruce Dern e Will Forte em Nebraska, de Alexander Payne, um dos favoritos à Palma de Ouro (photo by http://www.outnow.ch)

Payne, que já ganhou 2 Oscars de roteiro adaptado, tem ótima reputação também como diretor de atores. Em sua curta carreira, já foi responsável pelas indicações ao Oscar de Jack Nicholson e Kathy Bates (por As Confissões de Schmidt), Thomas Haden Church e Virginia Madsen (por Sideways – Entre Umas e Outras), e George Clooney (por Os Descendentes). Com Nebraska, ele resgata um ícone há muito sumido: o ator veterano Bruce Dern, considerado uma grande promessa dos anos 70 e 80 que não vingou. Antes mesmo do filme ser exibido em Cannes, Dern já contava com um burburinho forte para uma indicação ao Oscar 214, que seria a sua segunda depois de Melhor Ator Coadjuvante pelo drama Amargo Regresso (1978).

Já o concorrente francês com mais chances é um com cenas bem calientes e praticamente explícitas, o filme La Vie d’Adèle (Blue is the Warmest Color), de Abdellatif Kechiche, aborda um caso de amor entre duas garotas. Jocelyne (Adèle Exarchopoulos, que arrancou elogios da crítica por sua coragem e entrega ao papel) é uma adolescente de 15 anos que seguia sua heterossexualidade até o dia em que grudou os olhos numa garota de cabelos azuis chamada Emma (a bela Léa Seydoux). Através dessa paixão relâmpago, ela passa a amadurecer como como mulher e como pessoa adulta.

Comparado a Stanley Kubrick por seu perfeccionismo nos enquadramentos milimétricos e nos incontáveis takes das filmagens (exaurindo as forças do elenco e da equipe à procura do 100% ideal), o diretor tunisiano Abdellatif Kechiche conquistou alguns prêmios no Festival de Veneza com os aclamados O Segredo do Grão (2007) e Vênus Negra (2010). Desta vez, ele tenta a sorte em Cannes e tem grandes chances na categoria de atuação feminina.

Blue is the Warmest Color: talvez seja quente demais para um conservador como Spielberg

Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux em Blue is the Warmest Color: talvez seja quente demais para um conservador como Spielberg (photo by http://www.outnow.ch)

Correndo por fora, o novo filme do italiano Paolo Sorrentino pode surpreender. Em sua quinta indicação à Palma de Ouro (sendo a última em 2011 pelo drama Aqui é o Meu Lugar com um Sean Penn à la Robert Smith do The Cure), o diretor teve seu filme aplaudido três vezes, tornando-o um forte concorrente na disputa. Ousado, La Grande Bellezza tece críticas à elite italiana, seja nos campos político, religioso, econômico e intelectual através de personagens que refletem figuras reais e dos diálogos afiados, lembrando a coragem de Federico Fellini em seus filmes-devaneio.

Embora La Grande Bellezza tenha um excesso de narrativa e peripécias técnicas, na hora de eleger o vencedor, o histórico de Sorrentino no festival pode contar muito a favor. Em suas cinco participações, só levou o Prêmio do Júri por Il Divo em 2008, que também chegou a concorrer pelo Oscar de Melhor Maquiagem.

Cena de La Grande Bellezza, de Paolo Sorrentino (photo by www.outnow.ch)

Cena de La Grande Bellezza, de Paolo Sorrentino (photo by http://www.outnow.ch)

Ainda faltam alguns filmes de autores consagrados como La Vénus à la Fourrure, de Roman Polanski, e Only Lovers Left Alive, de Jim Jarmusch, serem exibidos para que a seleção dos vencedores possa chegar à decisão derradeira do júri, que ocorre neste domingo, dia 26.

Particularmente, acredito que Steven Spielberg vai manter sua pose de bom mocinho e escolher filmes mais comportados. E Nebraska, de Alexander Payne, tem um potencial enorme se levarmos em conta sua história de relação entre pai e filho no coração da América. Os irmãos Coen podem ser compensados pelo prêmio de ator para Oscar Isaacs (Inside Llewyn Davis), enquanto muitos duvidam que a atriz Adèle Exarchopoulos (La Vie d’Adèle (Blue is the Warmest Color)) possa ser reconhecida como interpretação feminina por Spielberg, o puritano. Vamos torcer para que sim…

Prévia do Oscar 2013: Melhor Atriz

Meryl Streep, vencedora do último Oscar de Melhor Atriz por A Dama de Ferro

Nos últimos dez anos, apenas três atrizes com idade acima de 40 anos foram premiadas nessa categoria: Helen Mirren, Sandra Bullock e Meryl Streep. Esse fato denota a queda na oferta de bons papéis no cinema para mulheres maduras. Por isso, muitas delas migraram para as séries e mini-séries de TV como fizeram Kathy Bates (Harry’s Law), Glenn Close (Damages), Jessica Lange (American Horror Story), Julianne Moore (Virada no Jogo), Emma Thompson (The Song of Lunch), Judy Davis (Page Eight) e Maggie Smith (Downton Abbey), só pra citar nomes mais recentes. É claro que isso não significa que mudaram de time permanentemente, mas aproveitando a demanda da TV por material de qualidade, coisa que o cinema tem deixado de fazer há um bom tempo.

Na corrida do Oscar, a maioria das atrizes normalmente está na casa dos 20 e 30, até mesmo porque o cinema se tornou um entretenimento mais para o público juvenil. E sob essa perspectiva, Jennifer Lawrence deve figurar entre as favoritas. Além de sua performance elogiada no Festival de Toronto por Silver Linings Playbook, ainda conta com o sucesso de seu blockbuster Jogos Vorazes. Este é o equilíbrio perfeito entre sucesso de crítica e público que a Academia costuma buscar em seus vencedores de atuação, pois agrada aos críticos enquanto seu sucesso comercial atrai o público de TV e, obviamente, mais patrocinadores do show.

Ainda em se tratando de jovens, o Oscar 2013 pode ter dois novos recordes. A atriz-mirim Quvenzhané Wallis, protagonista do drama fantástico Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), de apenas 8 anos pode se tornar a atriz mais jovem indicada na categoria. A marca atual pertence à australiana Keisha Castle-Hughes de A Encantadora de Baleias (2003), que na época tinha apenas 13 anos.

Contudo, em 2013, as jovens estão em baixa, abrindo espaço para atrizes mais experientes e consagradas. A francesa Emmanuelle Riva, de 85 anos, estrela do clássico Hiroshima mon Amour, pode ser uma surpresa na lista de indicadas, batendo o recorde de Jessica Tandy (que ganhou aos 81). Logo em seguida, as setentonas Judi Dench e Maggie Smith são fortes candidatas por O Exótico Hotel Marigold e Quartet, respectivamente.

Amigas e colegas de profissão, Nicole Kidman (44) e Naomi Watts (43) também fazem parte do grupo de atrizes experientes com boas chances de concorrer ao prêmio. Kidman encara um papel mais ousado em The Paperboy, enquanto Watts busca esperança em meio à tragédia de O Impossível.

Particularmente, (e já declarei isso várias vezes aqui) prefiro o reconhecimento de atrizes experientes no Oscar. Mas o Oscar é um prêmio que reconhece os melhores do ano, e não pelo conjunto da obra. Se uma atriz de oito anos deu a melhor performance do ano, por que não lhe premiar com o Oscar? Que vença a melhor!

Marion Cotillard em Ferrugem e Osso

MARION COTILLARD (Ferrugem e Osso)

Marion Cottilard foi a primeira atriz francesa a ganhar o Oscar de Melhor Atriz falando a sua língua natal, e a segunda estrangeira depois de Sophia Loren, que ganhou em 1962 por Duas Mulheres (La Ciociara). Seu Oscar foi um dos mais comemorados pela comunidade hollywoodiana.

Tanto que acabou abraçada pelo diretor Christopher Nolan, que a incluiu nos blockbusters A Origem (2010) e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). Mesmo carregando um sotaque no inglês, Marion Cotillard se saiu bem e deu maior credibilidade aos papéis que viveu. Além de Nolan, outros diretores fizeram questão de contar com a atriz. Michael Mann (Inimigos Públicos), Rob Marshall (Nine), Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e Steven Soderbergh (Contágio) foram beneficiados pelo talento da francesa.

Agora, voltando a fazer filmes franceses, Cotillard atua sob direção do diretor em extrema ascensão Jacques Audiard (de O Profeta, que concorreu a Melhor Filme Estrangeiro em 2010) no drama Ferrugem e Osso (Rust and Bone), que concorreu à Palma de Ouro em Cannes desse ano. Havia até uma forte expectativa de que o prêmio de atuação feminina seria dela.

No filme, Marion Cotillard vive Stéphanie, uma treinadora de baleias orcas que sofre um acidente que lhe tira parte das pernas. O tipo de papel, somado à credibilidade do Oscar que ganhou, facilmente lhe garantiria uma nova indicação, mas por se tratar de um filme em língua francesa, as chances dela podem reduzir consideravelmente numa briga mais acirrada com outras atrizes.

Judi Dench em O Exótico Hotel Marigold

JUDI DENCH (O Exótico Hotel Marigold)

Ainda não consegui engolir a derrota de Dame Judi Dench para Helen Hunt naquele Oscar 98. Ela competia por um papel imponente e interpretação impecável em Sua Majestade Mrs. Brown. No ano seguinte, a Academia resolveu compensá-la ao lhe entregar o Oscar de coadjuvante por Shakespeare Apaixonado, no qual ela atua por apenas oito minutos.

Para o grande público, Dench ficou conhecida como M, a chefe do agente secreto britânico James Bond, que voltará no novo filme 007 – Operação Skyfall, mas deve ser sua última participação na série. Porém, a atriz tem muito mais história no teatro, tendo atuado nas companhias de prestígio Royal Shakespeare Company, o National Theatre e Old Vic Theatre, além de ter vencido muitos prêmios do palco como o Laurence Olivier Theater Award na década de 80 e 90.

Em O Exótico Hotel Marigold, já disponível em DVD e Blu-ray, muitos atores consagrados são reunidos para contar histórias da terceira idade em meio ao caos da Índia e o hotel do título. Judi Dench encabeça essa lista que conta ainda com Maggie Smith, Tom Wilkinson e Bill Nighy. Como em todo filme, a atriz empresta sensibilidade e carisma a seu personagem Evelyn, que fica bastante desamparada na vida depois que seu marido morre.

Apesar do filme ser independente, o peso do nome da atriz pode lhe conferir sua sétima indicação ao Oscar. Ela já foi indicada por Sua Majestade Mrs. Brown (1997), Shakespeare Apaixonado (1998), Chocolate (2000), Iris (2001), Sra. Henderson Apresenta (2005) e Notas Sobre um Escândalo (2006).

Nicole Kidman em The Paperboy

NICOLE KIDMAN (The Paperboy)

Toda vez que eu vejo Nicole Kidman na TV, seja no tapete vermelho ou na premiação, vejo uma mulher recatada e reprimida sexualmente. Então, não foi uma surpresa vê-la num papel de mulher da vida nesse novo drama de Lee Daniels, diretor de Preciosa. Nicole cresceu demais depois que se separou do mala da Cientologia Tom Cruise; passou a buscar novos desafios sem medo de parecer ridícula.

A história comprova essa teoria. Foi só se divorciar dele que estrelou dois grandes sucessos de público e crítica em seguida: Os Outros, de Alejandro Amenábar, e Moulin Rouge – Amor em Vermelho, de Baz Luhrmann, que lhe conferiu sua primeira indicação ao Oscar.

Nos anos seguintes, Nicole trabalhou com diretores competentes como Lars von Trier, Anthony Minghella e ganhou seu Oscar pelo papel marcante da escritora Virginia Woolf em As Horas, de Stephen Daldry. Muita gente poderia achar que ela venceu somente pelo peso da personagem e maquiagem (uma prótese de nariz fora aplicada), mas a atriz continua na jornada em busca de novos desafios. Essa atitude nada fácil de seguir deveria ser comum na profissão, mas não é.

Em The Paperboy, ela aceita um tipo de papel que nunca encarou antes. Charlotte Bless é uma vagabunda que tem fetiche por homens encarcerados. Contudo, Nicole não faz isso de forma condescendente, mas de um jeito que sua personagem pareça mais aceitável e ganhe a torcida do público. Suas chances são médias, mas se o filme não for bem aceito pela crítica americana, Nicole pode comparecer ao Oscar apenas para apresentar um prêmio.

Keira Knightley em Anna Karenina

KEIRA KNIGHTLEY (Anna Karenina)

Esta jovem atriz britânica começou a chamar a atenção na comédia sobre futebol feminino Driblando o Destino (Bend it Like Beckham), que pelo sucesso chegou a ser indicado a Melhor Filme – Comédia/Musical no Globo de Ouro 2003. Naquele ano, Keira Knightley deu um salto para a fama internacional com o blockbuster Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra, mas muitos duvidavam do talento da moça, que tinha tudo para se tornar mais uma daquelas Bond girls que só serviam para enfeitar a tela e gritar.

Felizmente, firmou uma forte aliança com o diretor Joe Wright ao interpretar o cobiçado papel de Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito, adaptação do clássico literário homônimo de Jane Austen, que acabou resultando numa indicação para o Oscar para Knightley. Entretanto, mais importante do que o início bem-sucedido da parceria com o diretor (Anna Karenina é a terceira colaboração da dupla), seria a descoberta dessa obsessão de Keira com os filmes de época.

Depois de Orgulho e Preconceito, ela vestiu figurinos de décadas e séculos passados em mais sete oportunidades. Acho que as figurinistas já sabem as medidas dela de cor e salteado! Existem atores que gostam de interpretar vilões, mocinhos, e existem atrizes que se apegam tanto a filmes de História que ficam marcadas e até rotuladas no mercado, como se não tivessem capacidade de viver personagens atuais.

Porém não deve ser o caso de Keira Knightley. Ela mesma deve estar ciente desse excesso de filmes de época e vem buscando projetos diferenciados como a comédia Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) e a refilmagem de ação Jack Ryan, prevista para estrear em 2013. Até lá, ela aproveitou para voltar a trabalhar com seu diretor favorito nesse Anna Karenina, adaptação da obra de Leo Tolstoy.

Com a constante evolução da parceria Knightley-Wright, a atriz tem chances de obter sua segunda indicação, mas uma vitória seria considerada uma zebra. Por outro lado, Anna Karenina tem ótimas chances nas categorias de direção de arte e figurino, como nos trabalhos anteriores de Joe Wright, que prima nesses departamentos.

Jennifer Lawrence em Silver Linings Playbook

JENNIFER LAWRENCE (Silver Linings Playbook)

Seria burrice da Academia se ignorasse o trabalho da jovem atriz Jennifer Lawrence em 2013, afinal ela estrelou dois filmes em destaque na mídia: o blockbuster Jogos Vorazes (Hunger Games) e esta “dramédia” Silver Linings Playbook, dirigido pelo diretor em ascensão David O. Russell, de O Vencedor.

Desde que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo independente Inverno da Alma (Winter’s Bone) em 2011, Jennifer Lawrence recebeu incontáveis propostas em Hollywood. Todos os diretores queriam trabalhar com ela. Felizmente, ela tem dado preferência ao equilíbrio nas escolhas de projetos, participando de filmes de terror, aventura, comédias e dramas. Já tem retorno acertado para as sequências X-Men: Days of Future Past (2014) e Jogos Vorazes: Em Chamas (2013).

Em Silver Linings Playbook, Lawrence encarna Tiffany, uma recém-viúva, que tenta lidar com a dor enquanto se envolve com o recém-saído do hospital psiquiátrico Bradley Cooper. Trata-se de um filme de direção de atores e isso David O.Russell já comprovou para todos com os dois Oscars de coadjuvantes de O Vencedor. O longa foi muito bem recebido no Festival de Toronto, vencendo o cobiçado prêmio People’s Choice Award e, pelo Hamptons International Film Festival, o Audience Award (prêmio concedido pelo público). O reconhecimento de Toronto vem sendo cada vez mais importante para o crescimento na reta final do Oscar. A vitória anterior de O Discurso do Rei foi um belo exemplo, batendo o franco-favorito A Rede Social em 2011.

Apesar de muito jovem (22 anos), Jennifer Lawrence tem grandes chances no Oscar. Ela foi indicada apenas uma vez em 2011 como Melhor Atriz por Inverno da Alma.

Laura Linney em Hyde Park on Hudson

LAURA LINNEY (Hyde Park on Hudson)

Laura Linney foi conquistando seu espaço de forma bem gradativa nos anos 90. Papéis menores e de coadjuvante permearam o início de sua carreira, participando de filmes em destaque como Dave – Presidente por um Dia (1993), Congo (1995), As Duas Faces de um Crime (1996) e O Show de Truman – O Show da Vida (1998). Cansada de personagens secundários, partiu para o cinema independente americano. Foi uma decisão de extrema importantância, pois pôde finalmente ser protagonista e dona de uma personagem rica de emoções no drama Conte Comigo, do talentoso Kenneth Lonnergan. Ali a atriz se sentiu mais à vontade e esbanjou seu talento que muitos diretores não conheciam. A interpretação da mãe solteira Sammy lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar, um feito único que lhe traria muitos frutos.

Laura Linney passou a atuar sob direção de renomados profissionais como Alan Parker em A Vida de David Gale, Clint Eastwood em Sobre Meninos e Lobos, mas foi graças a duas produções independentes que ela voltou ao tapete vermelho do Oscar. Com Kinsey – Vamos Falar de Sexo (2004) e A Família Savage (2007), Linney foi indicada para coadjuvante e atriz, respectivamente. A vitória pode não ter vindo ainda, mas acredito que é questão de tempo, pois a atriz sabe escolher bem projetos para se destacar. Só precisaria de um projeto mais grandioso ou uma personagem mais destacada na história.

Dependendo da recepção a Hyde Park on Hudson, Laura Linney pode conseguir sua quarta indicação, ainda mais que se trata de uma personagem verídica: Margaret Suckley, a prima do presidente Franklin D. Roosevelt, responsável pela narração do filme. No entanto, suas chances são menores do que nas oportunidades anteriores.

Helen Mirren (à esq) em Hitchcock

HELEN MIRREN (Hitchcock)

Embora Helen Mirren tenha iniciado sua carreira no cinema na década de 60, foi  apenas com o cult Excalibur (1981), de John Boorman, que ela passou a se destacar. Dali em diante, trabalhou com diretores mais renomados e alternativos como Paul Schrader, Terry George e Peter Greenaway, levando-a para Cannes, onde levou o prêmio de intérprete feminina duas vezes: em 1984 por Cal – Memórias de um Terrorista, e em 1995 por As Loucuras do Rei George. Este último também lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar como coadjuvante.

A partir do Oscar, sua carreira começou uma nova fase. Aquela Helen que só fazia filmes independentes passou a trabalhar em produções de estúdio, chegando a protagonizar uma comédia de humor negro com Katie Holmes: Tentação Fatal (1999), e dublando a animação da Dreamworks, O Príncipe do Egito (1998). Em 2002, voltou a ser indicada ao Oscar de coadjuvante pelo ótimo Assassinato em Gosford Park, de Robert Altman, mas perdeu novamente.

O reconhecimento da Academia finalmente veio em 2007, quando um projeto pensado para Helen Mirren foi lançado. Dirigido por Stephen Frears, A Rainha tinha mais cara de telefilme, mas foi abraçado pelo Oscar como uma oportunidade única de premiar uma atriz de enorme prestígio como Helen Mirren. Claro que ela colheu os frutos desse prêmio, ganhando bem em grandes produções como A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos (2007), no blockbuster da New Line Cinema, Coração de Tinta (2008) e na recente refilmagem Arthur – O Milionário Irresistível (2011), mas, como dito no início do post, o cinema de Hollywood muitas vezes é cruel com atrizes mais velhas. Aos 67 anos, Helen Mirren tem boas chances de uma nova indicação pelo filme Hitchcock, que conta os bastidores das filmagens do clássico Psicose, mas a atriz tem mais tratamento de coadjuvante de luxo. No filme, ela interpreta a esposa e colaboradora de Alfred Hitchcock, Alma Reville.

Helen Mirren já foi indicada quatro vezes: Em 1995 por As Loucuras do Rei George e em 2002 por Assassinato em Gosford Park, como coadjuvante. Em 2010, por A Última Estação, e em 2007 por A Rainha, vencendo por este último.

Emmanuelle Riva em Amour

EMMANUELLE RIVA (Amour)

Atriz francesa veteraníssima, Emmanuelle Riva pode se tornar a atriz mais velha a ser indicada ao Oscar aos 85 anos. Seu primeiro trabalho como atriz em Hiroshima mon Amour, de Alain Resnais, já a colocou no topo do cinema francês da década de 60, tornando-se uma das musas da Nouvelle Vague.

Apesar de se tratar de uma produção francesa, dirigida pelo austríaco Michael Haneke, muitos especialistas estão dando como certa sua indicação. Se for considerar o valor dessa oportunidade de incluir um ícone do cinema na história da Academia, já soaria tentador demais para ignorar sua performance. Mas para quem conferiu o filme, que arrancou aplausos calorosos e a Palma de Ouro em Cannes, Emmanuelle Riva merece ser uma das finalistas, e não somente por sua longeva carreira.

No drama Amour, Georges (Jean-Louis Trintignant, outro ator octogenário com chances no Oscar) e Anne (Riva) são professores de música aposentados. A filha deles, que também é música, vive no estrangeiro com a família dela. Um dia, Anne tem um ataque cardíaco e o relacionamento afetivo é severamente testado.

Em diferentes escalas, daria pra comparar o casal com Henry Fonda e Katharine Hepburn, que ganharam o Oscar em 1982 pelo drama Num Lago Dourado. Como Amour se trata de um filme de atores, existe essa possibilidade de haver outra atriz maior de 40 anos vencendo o Oscar de atriz. Esta seria sua primeira indicação ao Oscar.

Maggie Smith (à esq) em Quartet

MAGGIE SMITH (Quartet)

Maggie Smith tem uma trajetória semelhante a de Helen Mirren. Coincidentemente, ambas foram indicadas ao Oscar de coadjuvante pelo mesmo filme em 2002 por Assassinato em Gosford Park. Contudo, Maggie teve maior êxito comercial devido ao sucesso dos oito filmes da série Harry Potter, no qual deu vida à feiticeira Minerva. Ela começou no cinema nos anos 50, em papéis secundários até brilhar como Desdemona ao lado do mestre Laurence Olivier na adaptação de Othello (1965), de William Shakespeare.

A década de 70 foi bastante generosa com Maggie Smith. Em 1970, levou seu primeiro Oscar como Melhor Atriz por A Primavera de uma Solteirona, e em 1979, outro como coadjuvante pela comédia estrelada por Jane Fonda, California Suite. Em sua vasta filmografia prevaleceram personagens coadjuvantes, mas em sua maioria produções de grandes estúdios. Chegou a trabalhar com Steven Spielberg em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991), ensinou Whoopi Goldberg a ser uma freira em Mudança de Hábito (1992) e foi a Duquesa de York na adaptação de Ricardo III (1995), ao lado de Ian McKellen e Annette Bening.

Já no começo deste século, com o bolso cheio graças aos Harry Potter, ela pôde escolher projetos de seu gosto pessoal, e acabou se envolvendo em dois filmes elogiados: O Exótico Hotel Marigold, no qual faz a personagem mais humorada (como foi em Assassinato em Gosford Park), e neste Quartet, dirigido pelo amigo e colega Dustin Hoffman. Nele, Maggie Smith interpreta uma diva da ópera que volta à sua cidade para a comemoração do aniversário do compositor clássico Giuseppe Verdi.

Com aquele típico humor britânico que corre em sua veias, ela tem boas chances no Oscar. Ao lado de Judi Dench, Emmanuelle Riva e Helen Mirren, Maggie Smith comprova que as veteranas ainda têm muito a ensinar às mais novas atrizes e por que não para o público jovem de hoje que só vê porcaria e atores de plástico? Viva a terceira idade!

Quvenzhané Wallis em Indomável Sonhadora

QUVENZHANÉ WALLIS (Indomável Sonhadora)

Eu sei… parece um daqueles golpes de marketing, mas quem viu o filme Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), que venceu o grande prêmio em Sundance, garante que a pequena merece um lugar de destaque nessa temporada de premiação. Se a indicação ao Oscar vier, ela marcará um novo recorde na história do prêmio, sendo a atriz mais jovem indicada com 8 anos.

O drama independente Indomável Sonhadora vem conquistando o público e a crítica por sua mistura perfeita de fantasia infantil com uma dura realidade de pobreza em Louisianna, nos EUA. Para contar essa história, o jovem diretor estreante Benh Zeitlin testou mais de quatro mil meninas para o papel para encontrar Wallis. Felizmente, essa árdua procura teve um final feliz. E Zeitlin deu muita sorte também no papel de coadjuvante. Ele contratou Dwight Henry, que era dono da padaria do outro lado da rua do set de filmagens! Curiosamente, ambos estão no novo filme de Steve McQueen, diretor dos premiados Hunger (2008) e Shame (2011).

Normalmente, quando uma atriz-mirim está na lista de indicadas ao Oscar, as chances são praticamente nulas. Ganhar como coadjuvante pode acontecer como aconteceu com Tatum O’Neal (aos 10 em 1974 por Lua de Papel) e Anna Paquin (aos 11 em 1994 por O Piano), mas ganhar como Melhor Atriz?? O recorde de mais jovem nessa categoria ainda pertence a Marlee Matlin, que tinha 21 aninhos quando venceu em 1987 por Filhos do Silêncio. Estaria a Academia diposta a quebrar essa marca por um jovem prodígio como Quvenzhané Wallis?

Naomi Watts em O Impossível

NAOMI WATTS (O Impossível)

Se depender do sofrimento que o personagem passa para ganhar um Oscar, pode-se dizer que Naomi Watts já teria a estatueta na mão. No drama-catástrofe, O Impossível, de Juan Antonio Bayona, ela está no lugar errado e na hora errada, mais precisamente na Tailândia em 2004, palco das tsunamis que levaram muitas vidas.

A atriz britânica fazia filmes B de terror como O Elevador da Morte (2001) até que David Lynch mudou sua vida ao chamá-la para estrelar Cidade dos Sonhos (2001). Seu nome passou a ser conhecido por vários diretores que queriam trabalhar com ela como Gore Verbinski em O Chamado (2002), David O. Russell em Huckabees – A Vida é uma Comédia (2004) e Peter Jackson em King Kong (2005), onde abraçou o papel que consagrou Fay Wray e Jessica Lange.

Sua primeira e única indicação saiu pelo dramático 21 Gramas, de Alejandro González Iñárritu, no qual sua personagem vive maus bocados quando encontra o homem que recebeu o coração de seu ex-marido. Como Watts parece uma boneca de porcelana, o fato de viver personagens em situações que deterioram a imagem das mesmas parece colaborar para a qualidade da interpretação. Como deu certo com 21 Gramas, por que não daria com O Impossível?

Neste novo trabalho, ela busca sua sobrevivência e sua família em meio à catástrofe do tsunami. Naomi Watts fica toda coberta de lama e sua chapinha é arruinada pela água salgada. Claro que isso merece uma indicação! Brincadeiras à parte, o drama O Impossível conta uma história de superação e solidariedade, elementos que, combinados, costumam ganhar muitos votos.

Mary Elizabeth Winstead em Smashed

MARY ELIZABETH WINSTEAD (Smashed)

Pelo nome, a atriz Mary Elizabeth Winstead talvez passe desapercebida pelo grande público. Mais conhecida por papéis de coadjuvante em grandes produções como Duro de Matar 4.0, no qual viveu a filha de Bruce Willis, e o filme-video-game Scott Pilgrim Contra o Mundo, onde é a desejada Ramona Flowers. Conseguiu papéis de protagonista em filmes de terror como Premonição 3 (2006) e a recente refilmagem da refilmagem de O Enigma do Outro Mundo (2011).

Ao se sair bem no papel de uma alcóolatra em Smashed, de James Ponsoldt, Winstead parece querer provar ao mundo que seu talento não pára na beleza. No filme, ela vive Kate Hannah, que conhece seu marido por causa do forte vício ao álcool. Quando se cansa da bebida e tenta se livrar dela, acaba afetando o relacionamento.

Personagens que sofrem com alcoolismo costumam se sair bem na corrida ao Oscar. O grande Ray Milland venceu com méritos seu Oscar de Melhor Ator em 1946 em Farrapo Humano, de Billy Wilder. Nicolas Cage afundou no vício em Despedida em Las Vegas, de Mike Figgis, e saiu reconhecido pela Academia em 1996. E mais recentemente, em 2010, Jeff Bridges ganhou o seu Oscar em Coração Louco, ao interpretar o músico Bad Blake,que tem uma queda fácil pelo álcool.

Smashed saiu com o prêmio especial do júri no último Festival de Sundance e agora, a distribuidora Sony Pictures Classics está investindo na campanha para uma indicação a Mary Elizabeth Winstead. Pelo histórico dela, seria uma zebra.

Top 10 dos diretores

Touro Indomável, de Martin Scorsese: praticamente uma unanimidade entre os diretores

Depois da repercussão da lista dos 50 melhores filmes de todos os tempos eleita pela publicação britânica Sight & Sound (postada aqui anteriormente: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/03/vertigo-quebra-hegemonia-de-cidadao-kane/), foram divulgadas algumas listas individuais por diretor, que originaram a lista final dos 50 longas.

Para quem detesta esse lance de listas de melhores e piores, bom… depois que parar de xingar o blog e o autor, gostaria que olhasse essas listas sob outra perspectiva. Por exemplo: Por quais motivos tal diretor escolheu esses 10 filmes? Que relação seus votos têm com sua filmografia? De que forma teria essa seleção influenciado em seu estilo? Se não sabe as respostas, vale a pena conferir os trabalhos eleitos de seus diretores favoritos a fim de compreendê-los melhor.

O mestre sueco Ingmar Bergman sempre serviu de inspiração para Woody Allen, tanto que seu filme Interiores (1978) é considerado seu trabalho mais bergmaniano, explorando personagens que adotam o silêncio como linguagem. Já o cineasta sul-coreano Bong Joon-Ho tem um interesse mórbido por crimes sem solução, portanto, nada mais natural que Zodíaco (2007), de David Fincher esteja em sua lista.

Apaixonado por criaturas bizarras, o mexicano Guillermo del Toro não poderia deixar de citar o clássico de Tod Browning, Os Monstros (1932), que conta com atores com deformidades de nascença. E o francês Michel Hazanavicius praticamente deve seu Oscar de melhor diretor desse ano aos filmes de Charles Chaplin, citando o belíssimo Luzes da Cidade (1931). Michael Mann pode ter se apaixonado pela violência cinematográfica ao assistir ao clássico western de Sam Peckinpah: Meu Ódio Será sua Herança (1969), cujos momentos de slow motion (câmera lenta) deve ter influenciado diretamente John Woo. E falando em western, o ex-atendente de videolocadora, Quentin Tarantino, deve muito de seu cinema ao mestre italiano Sergio Leone e seus western spaghettis. Três Homens em Conflito (1966) serviu como bíblia para Kill Bill: Volume 2 (2004) e para seu mais novo filme Django Livre (2012).

É a Arte influenciando a Arte. É uma corrente que não deve ter fim. E para isso, o Cinema não pode ficar à mercê apenas de lucro e produtores sem um pingo de coragem.

Woody Allen

Woody Allen

Nascido em dezembro de 1935 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), Manhattan (1979), Crimes e Pecados (1989), Ponto Final – Match Point (2005).

  • Ladrões de Bicicleta (1948, dir. Vittorio De Sica)
  • O Sétimo Selo (1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Amarcord (1973, dir. Federico Fellini)
  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
  • Os Incompreendidos (1959, dir. François Truffaut)
  • Rashomon (1950, dir. Akira Kurosawa)
  • A Grande Ilusão (1937, dir. Jean Renoir)
  • O Discreto Charme da Burguesia (1972, dir. Luis Bunuel)
  • Glória Feita de Sangue (1957, dir. Stanley Kubrick)

Bong Joon-Ho

Bong Joon-Ho

Nascido em setembro de 1969 – Coréia do Sul

Trabalhos em destaque: Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006), Mother – A Busca Pela Verdade (2009).

  • A City of Sadness (1989, dir. Hou Hsiao-hsien)
  • Cure (1997, dir. Kiyoshi Kurosawa)
  • Hanyo, a Empregada (1960, dir. Kim Ki-young)
  • Fargo (1996, dir. the Coen Brothers)
  • Psicose (1960, dir. Alfred Hitchcock)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • A Marca da Maldade (1958, dir. Orson Welles)
  • Vengeance Is Mine (1973, dir. Shohei Imamura)
  • O Salário do Medo (1953, dir. Henri-Georges Clouzot)
  • Zodíaco (2007, dir. David Fincher)

Francis Ford Coppola

Francis Ford Coppola

Nascido em abril de 1939 – Michigan, EUA

Trabalhos em destaque: O Poderoso Chefão (1972), A Conversação (1974), O Poderoso Chefão – Parte II (1974), Apocalypse Now (1979).

  • Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
  • Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946, dir William Wyler)
  • Os Boas-Vidas (1953, dir. Federico Fellini)
  • Homem Mau Dorme Bem (1960, dir. Akira Kurosawa)
  • Yojimbo (1961, dir. Akira Kurosawa)
  • Cantando na Chuva (1952, dir. Stanley Donen and Gene Kelly)
  • O Rei da Comédia (1983, dir Martin Scorsese)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Se Meu Apartmento Falasse (1960s, dir. Billy Wilder)
  • Aurora (1927, dir. F.W. Murnau)

Guillermo Del Toro

Guillermo del Toro

Nascido em abril de 1964 – Jalisco, México

Trabalhos em destaque: Cronos (1993), A Espinha do Diabo (2001), Blade II – O Caçador de Vampiros (2002), Hellboy (2004), O Labirinto do Fauno (2006)

  • Frankenstein (1931, dir. James Whale)
  • Monstros (1932, dir. Todd Browning)
  • A Sombra de uma Dúvida (1943, dir. Alfred Hitchcock)
  • Greed (1925, dir. Erich Von Stroheim)
  • Tempos Modernos (1936, dir. Charlie Chaplin)
  • A Bela e a Fera (1946, dir. Jean Cocteau)
  • Os Bons Companheiros (1990, dir. Martin Scorsese)
  • Os Esquecidos (1950, dir. Luis Buñuel)
  • Nosferatu (1922, dir. F.W. Murnau)
  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)

Jean-Pierre e Luc Dardenne

Jean-Pierre e Luc Dardenne

Nascido em abril de 1951 – Prov. Liège, Bélgica

Nascido em março de 1954 – Awirs, Bélgica

Trabalhos em destaque: Rosetta (1999), A Criança (2005), O Silêncio de Lorna (2008), O Garoto de Bicicleta (2011)

  • Accatone (1961, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Os Corruptos (1953, dir. Fritz Lang)
  • Dodes’ka-den (1970, dir. Akira Kurosawa)
  • Alemanha Ano Zero (1948, dir. Roberto Rossellini)
  • Loulou (1980, dir. Maurice Pialat)
  • Tempos Modernos (1936, dir. Charlie Chaplin)
  • Rastros de Ódio (1956, dir. John Ford)
  • Shoah (1985, dir. Claude Lanzmann)
  • Street of Shame (1956, dir. Kenji Mizoguchi)
  • Aurora (1927, dir. F.W. Murnau)

Michel Hazavanicius

Michel Hazanavicius

Nascido em março de 1967 – Paris, França

Trabalho em destaque: O Artista (2011)

  • City Girl (1930, dir. F.W. Murnau)
  • Luzes da Cidade (1931, dir. Charlie Chaplin)
  • To Be Or Not To Be (1942, dir. Ernst Lubitsch)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Se Meu Apartmento Falasse (1960, dir. Billy Wilder)
  • O Iluminado (1980, dir. Stanley Kubrick)
  • Intriga Internacional (1959, dir. Alfred Hitchcock)
  • O Terceiro Homem (1949, dir. Carol Reed)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Branca de Neve e os Sete Anões (1937, dir. Walt Disney)

Mike Leigh

Mike Leigh

Nascido em fevereiro de 1943 – Greater Manchester, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Segredos e Mentiras (1996), Topsy-Turvy (1999), O Segredo de Vera Drake (2004), Simplesmente Feliz (2008).

  • Loucura Americana (1932, dir. Frank Capra)
  • Andrei Rublev – O Artista Maldito (1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Eu Sou Cuba (1964, dir. Mikhai Kalatozov)
  • Os Emigrantes (1971, dir. Jan Troell)
  • How a Mosquito Operates (1912, dir. Winsor McCay)
  • Jules E Jim – Uma Mulher Para Dois (1962, dir. Francois Truffaut)
  • A Era do Rádio (1987, dir. Woody Allen)
  • Songs From the Second Floor (2000, dir. Roy Andersson)
  • Era uma vez em Tóquio (1953, dir. Yasujiro Ozu)

Michael Mann

Michael Mann

Nascido em fevereiro de 1943 – Chicago, EUA

Trabalhos em destaque: Caçador de Assassinos (1986), O Último dos Moicanos (1992), Fogo Contra Fogo (1995), O Informante (1999), Inimigos Públicos (2009)

  • Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Encouraçado Potemkin (1925, dir. Sergei Eisenstein)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Avatar (2009, dir. James Cameron)
  • Dr. Fantástico (1964, dir. Stanley Kubrick)
  • Biutiful (2010, dir. Alejandro Gonzalez Inarritu)
  • Paixão dos Fortes (1946, dir. John Ford)
  • A Paixão de Joana D’Arc (1928, dir. Carl theodor Dreyer)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (1969, dir. Sam Peckinpah)

Steve McQueen

Steve McQueen

Nascido em outubro de 1969 – Londres, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Hunger (2008), Shame (2011)

  • A Batalha de Argel (1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Zero de Conduite (1933, dir. Jean Vigo)
  • A Regra do Jogo (1939, dir. Jean Renoir)
  • Era uma Vez em Tóquio (1953, dir. Yasujiro Ozu)
  • Couch (1964, dir. Andy Warhol)
  • O Desprezo (1963, dir. Jean-Luc Godard)
  • Beau Travail (1998, dir. Claire Denis)
  • Era uma Vez na América (1984, dir. Sergio Leone)
  • O Salário do Medo (1953, dir. Henri-Georges Clouzot)
  • Faça a Coisa Certa (1989, dir. Spike Lee)

David O. Russell

David O. Russell

Nascido em agosto de 1958 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Três Reis (1999), Huckabees – A Vida é uma Comédia (2004), O Vencedor (2010)

  • A Felicidade Não se Compra (1946, dir. Frank Capra)
  • Chinatown (1974, dir. Roman Polanski)
  • Os Bons Companheiros (1990, dir. Martin Scorsese)
  • Vertigo – Um Corpo que Cai (1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Pulp Fiction – Tempos de Violência (1994, dir. Quentin Tarantino)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • O Jovem Frankenstein (1974, dir. Mel Brooks)
  • O Discreto Charme da Burguesia (1972, dir. Luis Buñuel)
  • O Poderoso Chefão (1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Veludo Azul (1986, dir. David Lynch)
  • Feitiço do Tempo (1993, dir. Harold Ramis)

Martin Scorsese

Martin Scorsese

Nascido em novembro de 1942 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Taxi Driver (1976), Touro Indomável (1980), O Rei da Comédia (1983), Os Bons Companheiros (1990), Gangues de Nova York (2002), Os Infiltrados (2006)

  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • O Leopardo (1963, dir. Luchino Visconti)
  • Paisà (1946, dir. Roberto Rossellini)
  • Sapatinhos Vermelhos (1948, dir. Michael Powell and Emeric Pressburger)
  • O Rio Sagrado (1951, dir. Jean Renoir)
  • Salvatore Giuliano (1962, dir. Francesco Rosi)
  • Rastros de Ódio (1956, dir. John Ford)
  • Contos da Lua Vaga (1953, dir. Kenji Mizoguchi)
  • Vertigo – Um Corpo que Cai (1958, dir. Alfred Hitchcock)

Quentin Tarantino

Quentin Tarantino

Nascido em março de 1963 – Tennessee, EUA

Trabalhos em destaque: Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), Jackie Brown (1997), Kill Bill (2003/2004), Bastardos Inglórios (2009).

  • Três Homens em Conflito (1966, dir. Sergio Leone)
  • Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Garotos em Ponto de Bala (1976, dir. Michael Ritchie)
  • Carrie, a Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
  • Jovens, Loucos e Rebeldes (1993, dir. Richard Linklater)
  • Fugindo do Inferno (1963, dir. John Sturges)
  • Jejum de Amor (1940, dir. Howard Hawks)
  • Tubarão (1975, dir. Steven Spielberg)
  • Pretty Maids All in a Row (1971, dir. Roger Vadim)
  • Rolling Thunder (1977, dir. John Flynn)
  • Sorcerer (1977, dir. William Friedkin)
  • Taxi Driver (1976, dir. Martin Scorsese)

Edgar Wright

Edgar Wright

Nascido em abril de 1974 – Dorset, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Todo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007), Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010)

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Um Lobisomem Americano em Londres (1981, dir. John Landis)
  • Carrie, a Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
  • Dames (1934, dir. Ray Enright and Busby Berkeley)
  • Inverno de Sangue em Veneza (1973, dir. Nicolas Roeg)
  • O Diabo a Quatro (1933, dir. Leo McCarey)
  • Psicose (1960, dir. Alfred Hitchcock)
  • Arizona Nunca Mais (1987, dir. the Coen Brothers)
  • Taxi Driver (1976, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (1969, dir. Sam Peckinpah)

Vertigo quebra hegemonia de Cidadão Kane

Capa do mês de Agosto de 2012 da tradicional revista britânica Sight & Sound

Para quem não conhece a publicação mensal britânica da Sight & Sound, os editores têm essa tradição de eleger os melhores filmes de todos os tempos uma vez por década desde 1952, quando o clássico neo-realista italiano Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio De Sica, ocupou a 1ª posição. Contudo, desde 1962, o filme revolucionário de Orson Welles, Cidadão Kane (1941), conquistou o caneco consecutiva e indiscutivelmente até 2002.

Este ano, com a colaboração de vários diretores renomados como Martin Scorsese e Quentin Tarantino, o vencedor finalmente mudou. Vertigo (1958), que aqui no Brasil, ganhou o sub-título Um Corpo que Cai, quebrou a hegemonia de cinco vitórias consecutivas de Cidadão Kane, e isso tem gerado um certo burburinho nos fóruns de discussão. Em sua maioria, o teor dessas discussões giram em torno da comparação da alta relevância das inovações estéticas e narrativas do filme de Welles com a trama mirabolante e de altas reviravoltas de Vertigo. Muitos cinéfilos e cineastas defendem uma espécie de hors concours (lugar cativo) para Cidadão Kane pela contribuição incomensurável para a história do Cinema.

Além disso, existiria uma outra discussão acalorada dentre os fãs do diretor britânico Alfred Hitchcock. Seria Vertigo o melhor trabalho dele? Por que não eleger outros excelentes trabalhos da vasta filmografia hitchcockiana? Por que não Psicose, pela construção da tensão constante? E Janela Indiscreta, que deixa o espectador como cúmplice? Por que deixar de lado o inovador Festim Diabólico com seus planos-sequência? Quando o diretor possui um talento incontestável e um ecleticismo de gêneros, como é o caso também de Stanley Kubrick, eleger apenas um trabalho passa a ser tarefa bastante ingrata.

Vertigo: o melhor filme de todos os tempos, segundo a Sight & Sound

Inúmeras vezes, já li na internet e já ouvi em conversas de bar a questão sobre o valor dessas listas. Seria realmente necessário reunir e classificar trabalhos ou obras? Por que isto ou aquilo ocupa a primeira colocação? Quem decide a sentença final? E, talvez, o mais importante: seria possível criar listas sem pressão e influências externas? Obviamente, as pessoas que estão por trás da lista que geram seu nível de relevância no cenário artístico. Há muitos cinéfilos que preferem a lista anual do escritor Stephen King à lista da Sight & Sound, por exemplo. E com isso, chegamos ao real valor dessas listas que é justamente gerar essas discussões saudáveis (se o ego não falar mais alto, claro!) a respeito das qualidades de um filme.

Mas voltando à eleição da Sight & Sound, os fãs de Orson Welles não devem arrancar os cabelos. Cidadão Kane caiu apenas uma posição e fica em 2º lugar até 2022! Além disso, acredito que essa lista consegue agradar de forma geral todos os admiradores da Sétima Arte, seja pela diversidade de países participantes, seja pelos diretores consagrados e até mesmo pelos anos de produção. É claro que a maioria dos filmes eleitos são mais antigos, concentrando-se nas décadas de 20 a 60, mas existem dois filmes bem mais recentes como Amor à Flor da Pele (2000), de Wong Kar-Wai, e Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch.

David Lynch dirige Naomi Watts em Cidade dos Sonhos (2001)

Para quem tem curiosidade de saber as razões de determinados filmes marcarem presença nessa lista, existe grande possibilidade de descobrir novas jóias e eleger como novos favoritos. É claro que as locadoras agradecem pela força e por retirarem o pó das capinhas dos DVDs encostados nas prateleiras, mas acho que os interessados não devem se limitar aos discos e procurar por mostras especiais de cinema de sua cidade, pois alguns dos filmes participantes batem ponto nesses eventos que muitas vezes são gratuitos.

Confiram a lista e façam seus comentários com possíveis injustiças e ausências mais sentidas.

 Top 50 dos Melhores Filmes de Todos os Tempos:

1. Vertigo – Um Corpo que Cai (Alfred Hitchcock, 1958)
2. Cidadão Kane (Orson Welles, 1941)
3. Era uma Vez em Tóquio (Yazujiro Ozu, 1953)
4. A Regra do Jogo (Jean Renoir, 1939)
5. Aurora (F.W. Murnau, 1927)
6. 2001: Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968)
7. Rastros de Ódio (John Ford, 1956)
8. O Homem da Câmera (Dziga Vertov, 1929)
9. A Paixão de Joana D’Arc (Carl Theodor Dreyer, 1927)
10. 8 ½ (Federico Fellini, 1963)
11. O Encouraçado Potemkin (Sergei Eisenstein, 1925)
12. O Atalante (Jean Vigo, 1934)
13. Acossado (Jean-Luc Godard, 1960)
14. Apocalypse Now (Francis Ford Coppola, 1979)
15. Pai e Filha (Yasujiro Ozu, 1949)
16. A Grande Testemunha (Robert Bresson, 1966)
17. Os Sete Samurais (Akira Kurosawa, 1954)
17. Persona – Quando Duas Mulheres Pecam (Ingmar Bergman, 1966)
19. Espelho (Andrei Tarkovsky, 1974)
19. Cantando na Chuva (Stanley Donen & Gene Kelly, 1951)
21. A Aventura (Michelangelo Antonioni, 1960)
21. O Desprezo (Jean-Luc Godard, 1963)
21. O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, 1972)
24. A Palavra (Carl Theodor Dreyer, 1955)
24. Amor à Flor da Pele (Wong Kar-Wai, 2000)
26. Rashomon (Akira Kurosawa, 1950)
26. Andrei Rublev – O Artista Maldito (Andrei Tarkovsky, 1966)
28. Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
29. Stalker (Andrei Tarkovsky, 1979)
29. Shoah (Claude Lanzmann, 1985)
31. O Poderoso Chefão II (Francis Ford Coppola, 1974)
31. Taxi Driver (Martin Scorsese, 1976)
33. Ladrões de Bicicleta (Vittoria De Sica, 1948)
34. A General (Buster Keaton & Clyde Bruckman, 1926)
35. Metrópolis (Fritz Lang, 1927)
35. Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)
35. Jeanne Dielman, 23 quai du Commerce 1080 Bruxelles (Chantal Akerman, 1975)
35. Sátántangó (Béla Tarr, 1994)
39. Os Incompreendidos (François Truffaut, 1959)
39. A Doce Vida (Federico Fellini, 1960)
41. Viagem Pela Itália (Roberto Rossellini, 1954)
42. A Canção da Estrada (Satyajit Ray, 1955)
42. Quanto Mais Quente Melhor (Billy Wilder, 1959)
42. Gertrud (Carl Theodor Dreyer, 1964)
42. O Demônio das Onze Horas Pierrot le fou (Jean-Luc Godard, 1965)
42. Play Time – Tempo de Diversão (Jacques Tati, 1967)
42. Close-Up (Abbas Kiarostami, 1990)
48. A Batalha de Argel (Gillo Pontecorvo, 1966)
48. Histoire(s) du cinéma (Jean-Luc Godard, 1998)
50. Luzes da Cidade (Charles Chaplin, 1931)
50. Contos da Lua Vaga (Mizoguchi Kenji, 1953)
50. La Jetée (Chris Marker, 1962)

Cena antológica da escadaria de Odessa em O Encouraçado Potemkin (1925). Filme soviético esteve presente nas primeiras posições em todas as listas da Sight & Sound.

Curiosamente, dessa lista, dois filmes estão em cartaz pela mostra Traffic – 1º Festival de Cinema e Cultura Asiática de São Paulo, exibidas no Cine Olido, no centro:

Era uma Vez em Tóquio, de Yazujiro Ozu

Contos da Lua Vaga, de Mizoguchi Kenji

Veja a programação completa pelo site: http://www.trafficfestival.com.br/

E o clássico Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder, volta à sala 3 do Espaço Unibanco Augusta, em homenagem aos 50 anos da morte da diva Marylin Monroe.

Quanto à seleção da Sight & Sound, particularmente, senti falta de alguns filmes:

M, O Vampiro de Dusseldorf, de Fritz Lang (1931)

Tempos Modernos, de Charles Chaplin (1936)

Casablanca, de Michael Curtiz (1942)

O Terceiro Homem, de Carol Reed (1949)

Doze Homens e uma Sentença, de Sidney Lumet (1957)

Hiroshima, meu Amor, de Alain Resnais (1959)

O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel (1962)

O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski (1968)

Era uma vez no Oeste, de Sergio Leone (1968)

Teorema, de Pier Paolo Pasolini (1968)

Morte em Veneza, de Luchino Visconti (1971)

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen (1977)

Alien, o Oitavo Passageiro, de Ridley Scott (1979)

De Volta Para o Futuro, de Robert Zemeckis (1985)

O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme (1991)

Short Cuts – Cenas da Vida, de Robert Altman (1993)

Ed Wood, de Tim Burton (1994)

A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyazaki (2001)

Fale com Ela, de Pedro Almodóvar (2002)

Zodíaco, de David Fincher (2007)

Retrato de uma obsessão em Morte em Veneza, de Luchino Visconti

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