Mais um ano se foi. Tradicionalmente, nessa época faço uma espécie de balanço sobre tudo relacionado a Cinema. Filmes vistos, amados e odiados, como foi o Oscar, o que mudou no cenário e as perdas que tivemos ao longo do ano. É um exercício bacana de ser feito, lido e relido para acompanhar as mudanças e adaptações que o Cinema sofre de tempos em tempos.
Sintam-se à vontade para postar nos comentários seus Tops 5 ou 10 dos melhores e piores. Se tem uma coisa bacana de listas é que eles sempre acrescentam novas opiniões e novas descobertas. Espero poder compartilhar um pouco disso tudo com vocês seguidores do blog, da página do Facebook e agora do nosso perfil no Instagram.
OSCAR 2019: ANO DOS BLOCKBUSTERS MAS SEM UM HOST!
Primeiramente, gosto da idéia de abrir a cerimônia com uma performance musical. Por mim, podia se tornar uma tradição, afinal, temos que ouvir as 5 canções indicadas de qualquer jeito, então por que não adiantar? Em 2017, Justin Timberlake logo cantou a canção de Trolls e logo animou o público.
Este ano, apesar de ter gostado de ver os integrantes do Queen ali no palco, não apreciei a performance vocal de Adam Lambert. E foi logo aí que senti falta de um host. Pra quem não se lembra do episódio, a Academia chamou Kevin Hart para ser o host, mas descobriram que ele não é uma figura politicamente correta, aí lançaram aquele ultimato ridículo do “Ou pede desculpas ou você cai fora!”. Felizmente Hart peitou a instituição e pediu demissão. Aí, vimos um cenário em Hollywood que ninguém estava disposto a ter a vida pessoal vasculhada para ocupar a vaga de Hart. Então, alguém da produção do evento teve a brilhante idéia: “Por que não fazer o show sem host? Vamos economizar uma hora!”. A verdade é que conseguiram eliminar alguns minutos do programa, mas o Oscar ficou sem graça. Se fosse só pra revelar os resultados, preferia um powerpoint.
A cerimônia só melhorou depois de mais de uma hora com a apresentação de “Shallow” de Lady Gaga e Bradley Cooper. E teve o momento mais surpreendente e caloroso com a vitória de Olivia Colman para Melhor Atriz por A Favorita. A gente que é cinéfilo sente muito por mais uma derrota de Glenn Close, mas no fundo sabe que Colman entregou uma performance melhor e mais original.
Dentre as vitórias, também fiquei feliz por Ruth E. Carter, que venceu o Oscar de Figurino por Pantera Negra. Claro que a mídia a saudou como a primeira negra a ganhar o Oscar dessa categoria, o que é bastante válido para a história da premiação, mas o que me chama bastante a atenção é o capricho dela para que os figurinos revelem mais sobre a personalidade dos personagens. Embora seja baseado em material pré-existente dos quadrinhos da Marvel, toda a cultura afro ficou muito bem impressa e representada nos figurinos. E foi uma vitória diferenciada na categoria, que costuma premiar filmes de época praticamente todos os anos.
E pra fechar, a vitória de Homem-Aranha no Aranha-Verso pra mim foi um respiro pra fora da água dominada por Disney e Pixar. Não que eu morra de paixão pelo filme (considero a história relativamente fraca comparada à própria qualidade da animação e design), mas certamente foi uma grata surpresa da Sony, que explora bem a questão da diversidade na identidade do personagem. Aproveitando o assunto do Oscar de Longa de Animação, ficaria mais feliz se filmes mais alternativos ganhassem de vez em quando. Neste ano, por exemplo, Mirai e Ilha dos Cachorros eram trabalhos criativos que poderiam ter vencido também.
BALANÇO FEMININO
Depois dos movimentos feministas do Me Too e Time’s Up, Hollywood se sentiu acuada para se adaptar aos novos tempos. Felizmente, houve um crescimento considerável cerca de 33% de mulheres atrás das câmeras, tanto nas produções cinematográficas como nas televisivas. Claro que ainda há um longo caminho a percorrer, já que essas atividades eram exclusivamente predominadas por homens por mais de um século, mas os grandes estúdios estão enxergando essa mudança como benéfica, e não se limitar apenas a cumprir uma cota.
Uma das grandes mudanças foi que, antes, qualquer projeto poderia ser dirigido por homens. Hoje, existem alguns projetos, principalmente de temática feminina, que são praticamente impossíveis de contar com uma visão masculina. Por exemplo: a comédia Fora de Série (Booksmart), sobre duas meninas colegiais que buscam farrear antes da formatura, ou As Golpistas(Hustlers), que acompanham a volta por cima das strippers que perderam muito dinheiro por causa de Wall Street. Como em qualquer forma de arte, quanto maior o número de visões e perspectivas, melhor e mais completa fica a arte em si. Não deve se tratar apenas de porcentagens de mulheres empregadas, mas que suas vozes sejam trabalhadas em projetos que as façam ser ouvidas.
Dentre as diretoras de 2019, destacamos algumas mais relevantes:
Olivia Wilde (Fora de Série)
Mati Diop (Atlantique)
Céline Sciamma (Retrato de uma Jovem em Chamas)
Marielle Heller(Um Lindo Dia na Vizinhança)
Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)
Lulu Wang (The Farewell)
Melina Matsoukas (Queen & Slim)
Lorene Scafaria(As Golpistas)
Alma Har’el(Honey Boy)
Kasi Lemmons(Harriet)
Elizabeth Banks (As Panteras)
Houve muita reclamação de cineastas sobre a exclusão de mulheres na categoria de Direção no Globo de Ouro 2020. Eles não indicam uma mulher desde 2015, quando Ava DuVernay foi reconhecida por Selma. Embora tenhamos maior número de mulheres nas cadeiras de direção, não significa necessariamente que as premiações precisam ou são obrigadas a indicar ou premiá-las. Calma! O reconhecimento vai vir, e muito em breve, mas ele tem de vir com o devido mérito para que entre na história. Esta é uma luta que precisa ser contínua para que possa colher os frutos, que certamente virão.
Greta Gerwig dá orientações a Meryl Streep nas filmagens de Adoráveis Mulheres (pic by IMDb)
Honestamente, acredito que a Academia pode indicar uma diretora este ano, pois são milhares de membros votantes contra 90 jornalistas da HFPA. Contudo, mesmo que haja um esforço coletivo, não existe um consenso entre Greta Gerwig, Lulu Wang e Olivia Wilde. Se houvesse um foco como a própria Gerwig com Lady Bird há dois anos, seria mais fácil. Esse cenário pode e deve mudar com o anúncio do DGA, sindicato dos diretores, em 07 de Janeiro.
Falando em futuro, em 2020 estão previstos grandes projetos comandados por diretoras que prometem melhorar ainda mais o quadro feminino em Hollywood. Só para citar algumas: Niki Caro (Mulan), Chloé Zhao (Os Eternos), Cate Shortland (Viúva Negra), Patty Jenkins (Mulher-Maravilha 1984) e Lana Wachowski (Matrix 4).
MARTIN SCORSESE vs MARVEL STUDIOS
Já abordamos este assunto aqui antes, mas na área de cinema, foi um dos que mais repercutiu. E mal para Martin Scorsese. Apesar de entendermos o desabafo do cineasta ítalo-americano, a frase “Os filmes da Marvel não são cinema. São um parque temático” soou como uma estratégia barata de desvalorizar o concorrente das bilheterias porque está morrendo de inveja, mas não pode demonstrar.
Como um diretor renomado dos anos 70, Scorsese poderia ter se aposentado como o colega Francis Ford Coppola, porque depois de Taxi Driver, O Rei da Comédia e Touro Indomável, ele não precisava provar mais nada pra ninguém, mas admiro muito a vontade criativa dele. Foi um dos poucos de sua geração que ainda busca fazer filmes bons e inventivos como O Lobo de Wall Street, A Invenção de Hugo Cabret e o recente O Irlandês. Então pra que expôr uma opinião fútil como essa?
A Marvel Studios e o produtor Kevin Feige estão colhendo os merecidos frutos de um planejamento muito bem feito que se iniciou lá em 2008. Vingadores: Ultimato se tornou a maior bilheteria de todos os tempos, conseguindo superar os dois filmes de James Cameron: Titanic e Avatar. Você pode não gostar dos filmes, mas eles têm uma boa carga de entretenimento que muitos apreciam (taí os números pra confirmar essa paixão). E as adaptações de histórias em quadrinhos começou há pouco tempo. São décadas e mais décadas de HQs repletas de material para o cinema, então essa onda não vai acabar tão cedo, a menos que o público decida que termine antes.
Scorsese entre Al Pacino e Robert De Niro na premiere de O Irlandês da Netflix (pic by IMDb)
Quanto a Scorsese, felizmente ele se encaixou bem no sistema da Netflix, que se tornou um oásis para diretores autores como ele. Cada cinema tem seu próprio espaço. Não precisa desmerecer os outros trabalhos para valorizar o seu próprio.
O ANO DA A24
Fundado em 2012, o estúdio nova-iorquino (que era apenas uma distribuidora no início) já vinha se destacando pelos seus títulos e suas passagens vitoriosas em premiações nos últimos anos. Ex-Machina, O Quarto de Jack, Moonlight,A Bruxa, Lady Bird e Projeto Flórida, só para citar alguns.
Este ano, foi um dos grandes destaques ao lado da Netflix (aliás, falando na plataforma de streaming, a partir de 2020, os filmes da A24 serão exibidos apenas na plataforma da concorrente Apple Plus TV devido a um acordo firmado). Embora ainda não tenha produções muito bem-sucedidas nas bilheterias, estão chamando atenção pelas apostas mais arriscadas em originalidade como Midsommar, um filme de terror psicológico que se passa na Suécia e dispensa a escuridão para assustar.
Muita luz do sol e cores: Florence Pugh em Midsommar (pic by IMDb)
Essa filosofia do estúdio tem atraído vários cineastas que também estão cansados das mesmices dos lançamentos de cinema e estão buscando novas temas e novas vozes. Enquanto a Netflix tem abrigado os diretores renomados que perderam espaço nos cinemas como Martin Scorsese, Noah Baumbach, Fernando Meirelles e até o falecido Orson Welles, a A24 tem apostado em novos talentos ou diretores em início de carreira. Entre os novatos estão Robert Eggers, Ari Aster, Lulu Wang, David Robert Mitchell, Trey Edward Shults e os irmãos Benny e Josh Safdie. Todos são nomes que você pode apostar em originalidade e personalidade.
Eis alguns destaques do estúdio lançados em 2019:
Jóias Brutas (Uncut Gems)
O Farol (The Lighthouse)
Midsommar
The Farewell
The Last Black Man in San Francisco
Waves
The Souvenir
Gloria Bell
Under the Silver Lake
Adam Sandler como o dono de joalheria Howard Ratner em Uncut Gems (pic by IMDb)
CRÍTICAS
Bom, apesar de não ter conseguido conferir trabalhos badalados como Jojo Rabbit, O Escândalo e Dois Papas, procurei assistir ao maior número possível de potenciais da temporada de premiações e futuros indicados ao Oscar como O Irlandês, História de um Casamento, The Farewell, Dor e Glória,Coringa, Atlantique e Bacurau. A lista provavelmente seria um pouco diferente se eu apenas privilegiasse a qualidade artística, mas procurei valorizar a questão da originalidade e perspectiva.
Dentre alguns trabalhos que não estão na lista, destaco Atlantique e Bacurau. Ambos trabalham com elementos do cinema de gênero com a finalidade de reforçar uma mensagem sócio-econômica, embora suas metáforas ainda estejam aquém do nível de um John Carpenter, por exemplo. Fora de Série da diretora estreante Olivia Wilde também vale a citação. Não que seja um primor como filme, mas por ela conseguir fazer uma versão feminina daqueles típicos filmes de adolescente americano que pipocaram nos anos 80 e 90 imprimindo sua personalidade logo em seu primeiro filme.
Já o novo filme de Tarantino, Era uma Vez em… Hollywood, tem seus méritos principalmente no quesito da paixão que o diretor nutre pelo cinema como um escape da realidade cruel dos anos 70. Ele faz do filme uma espécie de carta de amor à poesia da arte. Como roteiro, deixou um pouco a desejar, principalmente por personagens secundários e por repetir a fórmula de mudar o curso da História como fez em Bastardos Inglórios com os nazistas, e Django Livre com os escravistas.
META 2019
Não tive exatamente uma meta estipulada em números, mas acho vergonhoso da minha parte assistir a menos de 100 filmes em um ano. Em 2019, consegui fazer as pazes com o tempo e consegui me dedicar mais aos filmes, resultando em 234 longas e 26 curtas até a presente data. Talvez ainda consiga ver mais um ou outro antes da virada do ano.
Além dos lançamentos, procurei assistir a alguns filmes que estavam na minha watchlist há um bom tempo como os clássicos A Montanha dos Sete Abutres (1951), Anatomia de um Crime (1959), Cléo das 5 às 7 (1962) e voltar a ter contato com os mestres Akira Kurosawa em Trono Manchado de Sangue (1957), Vittorio De Sica em Vítimas da Tormenta (1946), Jean Renoir em A Regra do Jogo (1939) e John Cassavettes em Amantes (1984), enquanto descobria filmes excepcionais como A Longa Caminhada (1971), O Espírito da Colméia (1973), Alambrista! (1977), El Norte (1983) e Tudo por Dinheiro (1982).
PIORES DO ANO
Não sei quanto a vocês, mas apesar de gostar de assistir de tudo, se possível prefiro economizar meu tempo e dinheiro com filmes que estão destinados a serem ruins, de gosto duvidoso ou com complicações na produção. Então, dificilmente assistirei a Playmobil: O Filme, por exemplo. Já há casos que até me interessei pelos diretores envolvidos, mas após conferir os trailers e ler as críticas, acabei desanimando como aconteceu com Projeto Gemini (Ang Lee), Hellboy (Neil Marshall) e Cadê Você, Bernadette? (Richard Linklater). Provavelmente vou conferir esses últimos filmes, mas quem sabe depois do Oscar?
TOP 5 PIORES LANÇAMENTOS DO ANO
5. DORA E A CIDADE PERDIDA (Dora and the Lost City of Gold)
Dir: James Bobin Apesar de ser destinado a um público infantil, trata-se de uma adaptação com zero de imaginação, péssimos diálogos e personagens. E que ainda não dá pra ser sustentado por um carisma ainda meio verde de Isabela Moner. Se fosse lançado direto para home video, ainda estaria sendo privilegiado.
4. X:MEN: FÊNIX NEGRA (Dark Phoenix)
Dir: Simon Kinberg Tudo bem que a Fox estava praticamente vendida para a Disney, mas quem teve a brilhante idéia de contratar um diretor estreante que ficou conhecido por ser produtor de algumas pérolas como X-Men: O Confronto Final, Jumper e Quarteto Fantástico (2015)? Desgastou uma das maiores sagas dos quadrinhos dos X-Men… mais uma vez.
3. A LAVANDERIA (The Laundromat)
Dir: Steven Soderbergh É difícil acreditar que um cineasta criativo como Soderbergh, que já realizou Sexo, Mentiras e Videotape (1989) e Irresistível Paixão (1998) se tornou um Adam McKay genérico. Ele quis imitar o filme da crise econômica A Grande Aposta (2015), e acabou fazendo um vídeo institucional de 1 hora e meia.
2. O PINTASSILGO (The Goldfinch)
Dir: John Crowley Esse filme é uma verdadeira aula de como NÃO adaptar um livro, ainda mais vencedor do Pulitzer, para o cinema. As cenas não têm carga emocional, e o péssimo trabalho de montagem só piora o material. O que mais dói é que Crowley tinha Roger Deakins como diretor de fotografia (não sabia que era possível fazer filme ruim com ele na câmera) e Nicole Kidman e Sarah Paulson no elenco. Um erro em todos os departamentos.
1. O REI LEÃO (The Lion King)
Dir: Jon Favreau Pra quem acompanha o blog, sabe que sou contra essa onda de Live-Actions da Disney. Claro que eles estão na deles de querer lucrar com um material conhecido, mas essa falta de criatividade e falta de propósito nos remakes me assombra como cinema. E acredito (e espero) que este filme seja o ápice do vazio desses live-actions. Não se trata apenas de animais sem expressão humanizada, mas de uma história clássica recontada de forma praticamente idêntica, porém sem alma. Alguém lembra da versão colorida de Psicose de Gus Van Sant? Os atores que dublaram, com exceção óbvia de James Earl Jones, são infinitamente piores do que aqueles de 1994, o que elimina qualquer rastro de humanidade num filme que mais precisava dele. Os efeitos visuais são ótimos e merecem o Oscar da categoria, mas se quer reviver o Hamlet da Disney, reveja a animação.
Cena do live action O Rei Leão (pic by IMDb)
MELHORES DO ANO
TOP 5 MELHORES LANÇAMENTOS DO ANO
5. O FAROL (The Lighthouse/ 2019)
Dir: Robert Eggers Talvez a decisão mais difícil neste top 5. Havia colocado O Irlandês aqui, mas algumas coisas pesaram a favor de O Farol, começando pela incrível estética. Robert Eggers foi extremamente ousado ao decidir filmar em 35mm, em preto-e-branco e numa real locação, onde ficaram expostos a inúmeros contratempos. A fotografia de Jarin Blaschkin é primorosa, pois além do aspecto expressionista repleto de sombras, sua granulação permite uma vibe tátil e é quase possível sentir o cheiro do mar. Ótimas atuações, especialmente de Willem Dafoe, um ator versátil como poucos. Diria que é um filme perturbador pelo aspecto de isolamento.
4. LUCE (Luce/2019)
Dir: Julius Onah Fui atrás desse filme depois das indicações ao Independent Spirit e me surpreendi pela evolução na temática racista. É como se o cinema já estivesse saturado da superficialidade da questão racial e decidisse se aprofundar com uma trama diferente com personagens mais densos e com backgrounds alternativos. O protagonista Luce é um aluno prodígio no colégio, mas com idéias um tanto radicais que podem ter explicação em seu passado. Grandes atuações, especialmente de Kelvin Harrison Jr. e Octavia Spencer.
3. NÓS (Us/ 2019)
Dir: Jordan Peele No papel, é um filme inferior a Corra!, mas Jordan Peele fez o que se esperava dele: foi mais ambicioso, tanto na questão racial quanto na questão filosófica. A primeira vez que se assiste a Nós, a ação e a tensão crescente nos entretém como um bom filme de terror psicológico. A partir da segunda vez, é possível analisar melhor os detalhes que perdemos para nos proporcionar uma reflexão maior sobre as metáforas e simbolismos. Lupita Nyong’o extraordinária em dois papéis.
2. JÓIAS BRUTAS (Uncut Gems/ 2019)
Dir: Benny Sadie e Josh Safdie Depois de se encantar com o filme anterior dos irmãos Safdie, Bom Comportamento, havia altas expectativas em relação a este novo trabalho. Mesmo assim, Jóias Brutas consegue nos surpreender, principalmente pela fluidez de sua narrativa. Como uma marca dos diretores, a imprevisibilidade faz parte dos acontecimentos, o que reforça ainda mais as atuações de Julia Fox, e principalmente de Adam Sandler. Ótima combinação de montagem com a trilha de Daniel Lopatin. É aquele típico filme que não tem cara de Oscar, mas que depois a Academia vai se arrepender de não ter premiado ou sequer indicado.
1. PARASITA(Gisaengchung/ 2019)
Dir: Bong Joon-Ho Parasita é aquele fruto perfeito que o diretor Bong Joon-Ho plantou lá atrás com os intrigantes Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006), Mother (2009), O Expresso do Amanhã (2013) e Okja (2017). Aqui ele volta a dialogar com vários temas que já tratou como a família, a luta de classes e até a questão da superpopulação, mas de uma forma completamente diferente. A mistura de gêneros é tamanha que dá a impressão de que o filme vai se perder a qualquer momento, mas a direção de Joon-Ho é tão segura do primeiro ao último minuto que é impossível não ficar impressionado pelo seu controle. Um filme pra se ver várias vezes, descobrir coisas novas e com chances mínimas de ficar datado. Um dos melhores filmes deste século XXI.
Cena de Parasita (pic by OutNow.CH)
TOP 5 MELHORES em ACERVO MÍDIA DIGITAL ou STREAMING
5. OASIS (Oasiseu/ 2002)
Dir: Chang-dong Lee Depois de me apaixonar por seus outros trabalhos posteriores: Poesia, Sol Secreto e Em Chamas, finalmente consegui conferir Oasis. Lee escolhe a dedo seu protagonista atrapalhado que consegue enxergar muito mais além da superfície de preconceitos e ir fundo na alma da debilitada Gong-ju (aliás, impressionante atuação de So-ri Moon, que deixa Eddie Redmayne no chão). Um filme extremamente poético que merece ser descoberto.
4. WANDA (Wanda/ 1970)
Dir: Barbara Loden Muito se fala hoje de mulheres no cinema, então ninguém melhor do que Barbara Loden para abrir a discussão. Ela teve a audácia de dirigir um filme escrito e atuado por ela no final dos anos 60, tornando-se a primeira mulher a fazê-lo com este belo e tocante Wanda. A protagonista de mesmo nome é uma ex-dona de casa, recém-divorciada em uma pequena cidade de mineração nos EUA que tem uma segunda chance na vida ao ser acolhida por um ladrão. A atriz pioneira morreu muito jovem, aos 48 anos, vítima de câncer de mama.
3. A MONTANHA DOS SETE ABUTRES (Ace in the Hole/ 1952)
Dir: Billy Wilder Este filme é um TAPA enorme no sensacionalismo da mídia. Jornalista de NY explora o circo midiático de um acidente na montanha que deixa um homem soterrado por dias. Somente Billy Wilder, grande diretor dos clássicos Se Meu Apartamento Falasse, Testemunha de Acusação e Pacto de Sangue, poderia destrinchar a podridão do jornalismo nos anos 50. Confirmando que o mestre estava à frente de seu tempo, o filme foi um fracasso de crítica e de público, mas ainda permanece muito relevante nos dias de hoje, e sua qualidade inquestionável. Talvez o melhor papel de Kirk Douglas na carreira, e estupenda atuação de Jan Sterling.
2. MARGARET (Margaret/ 2011)
Dir: Kenneth Lonergan Fiquei com esse filme na cabeça por alguns dias por vários motivos. Margaret é um filme sobre uma moça (Anna Paquin) que testemunha um acidente de ônibus na cidade. Com enorme peso na consciência, ela busca respostas se realmente foi acidental ou um erro grave. Só a cena do acidente em si já te deixa baqueado por um bom tempo, depois essa questão ética te drena de uma forma contundente. Paquin entrega sua melhor performance, Jeannie Berlin rouba suas cenas e temos uma vibe mega ôrganica nesse filme que é difícil não ficar perdido. Originalmente, o filme estava previsto para lançamento em 2007, mas devido às brigas de corte final com a Fox Searchlight, Lonergan teve de aguardar QUATRO anos para seu filme ser descoberto.
1. O REI DA COMÉDIA(The King of Comedy/ 1982) Dir: Martin Scorsese Dentre alguns filmes de Scorsese que deixei escapar, estava O Rei da Comédia. Yes, my bad! O filme é focado na vida de Rupert Pupkin (Robert De Niro), um comediante amador que sonha em fazer sucesso no programa de TV de Jerry Langford (Jerry Lewis). Aproveitei a oportunidade do lançamento de Coringa para conferir este filme, para então descobrir que o diretor Todd Phillips praticamente copiou este filme e Taxi Driver para criar sua Gotham City dos anos 70. Não que copiar seja algo necessariamente inválido, mas o impacto que Coringa causou em muitos cinéfilos não se aplicava naqueles que já haviam visto os filmes de Scorsese. Honestamente, considero o Rupert Pupkin de De Niro e a Masha de Sandra Bernhard mais assustadores do que Joaquin Phoenix como Arthur Fleck. Pupkin tem uma imprevisibilidade deixariam muitos stalkers no chão. Filme perfeito de Scorsese, cujas cenas são inestimáveis, e ele pratica o humor negro que nunca imaginei que ele teria.
Jerry Lewis e Robert De Niro em cena de O Rei da Comédia (pic by IMDb)
IN MEMORIAN
Foi triste acompanharmos a partida de atores muito jovens partindo como o nosso Caio Junqueira, que morreu num acidente de carro aos 42 anos, o ator americano Luke Perry aos 52 anos, e o diretor John Singleton aos 51, vítimas de AVC. Singleton foi o primeiro diretor negro a ser indicado ao Oscar de Direção e também o mais jovem aos 24 anos por Os Donos da Rua (1991).
Perdemos grandes mestres do cinema como a emblemática Agnès Varda, Franco Zeffirelli, Stanley Donen, e os diretores brasileiros Domingos de Oliveira e Fábio Barreto.
Dentre os atores, o britânico Albert Finney (indicado a 5 Oscars sem vitória), Doris Day (uma indicação por Confidências à Meia-Noite), Peter Fonda (2 indicações: uma por Roteiro Original e outra como Ator por O Ouro de Ulisses), Seymour Cassel (uma indicação por Faces), Robert Forster (uma indicação por Jackie Brown), Danny Aiello (uma indicação por Faça a Coisa Certa).
Outros atores que marcaram sua época estão Bibi Andersson (uma das favoritas de Ingmar Bergman), Rutger Hauer (Blade Runner), Bruno Ganz (que foi anjo em Asas do Desejo e Hitler em A Queda), Anna Karina (O Demônio das Onze Horas), Julie Adams (a moça que encantou o Monstro da Lagoa Negra) e Peter Mayhew, que foi o Chewbacca de Star Wars.
Também gostaríamos de destacar o grande compositor francês Michel Legrand, que venceu 2 Oscars de Trilha Musical (Houve uma Vez um Verão e Yentl) e 1 Oscar de Canção Original (Crown, o Magnífico).
Mais fora do âmbito do cinema, sentimos pela perda da cantora sueca Marie Fredriksson da banda Roxette (ela tinha câncer no cérebro), e dos brasileiros Gugu Liberato (que foi vítima de um acidente doméstico, e que participou de uns filmes brasileiros com a Xuxa e os Trapalhões) e o jornalista Ricardo Boechat (vítima de um acidente de helicóptero). Boechat era um dos raros âncoras de telejornal que expressava a nossa indignação com as notícias da política brasileira.
Ainda abro espaço para o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, que nos deixou em junho. Apesar de ter trabalhos como ator e escritor, ficou conhecido por ser o “homem do Oscar”, que fez a conexão de incontáveis cinéfilos à Sétima Arte por seu vasto conhecimento sobre filmes e artistas. Trabalhou como apresentador de TV nas transmissões das cerimônias do Oscar pelo SBT, Globo e TNT, e foi autor de inúmeros guias de filmes. Em 1998, assisti à cerimônia em que Titanic venceu 11 Oscars e fiquei abismado com a memória cinematográfica dele, especialmente naquela bela homenagem intitulada “Álbum de Família do Oscar”, na qual vários atores que venceram a estatueta eram saudados no palco. Rubens sabia todos os atores e os filmes pelos quais eles ganharam seus prêmios. Eu tinha gravado o evento no meu velho aparelho de videocassete e assisti inúmeras vezes a este Oscar, decorando os nomes através da voz dele. Em 2009, fui a um evento na extinta videolocadora 2001 em São Paulo, onde tive o prazer de conhecê-lo. Tive o privilégio de declarar meu enorme respeito e carinho para aquele que me introduziu a este universo de premiações de cinema. Era um homem muito querido e de uma bondade tremenda com seus fãs. Que descanse em paz, Rubens!
Encontro com Rubens Ewald Filho em evento do lançamento de mais um guia de filmes de sua autoria
VOTOS PARA 2020
Não sei como foi o ano para vocês, mas o meu foi uma montanha-russa de altos e baixos. E foram nos momentos baixos que o Cinema mais me serviu como alento e fuga. Porém, além dessa característica quase medicinal, os filmes vêm com um propósito pouco comentado mas essencial que é sua capacidade de promover a compreensão entre as pessoas, os povos, as raças e as religiões. Tudo o que as diferenças separam, o cinema tem a incrível capacidade de unir… talvez com raras exceções entre os fãs de Marvel e DC, ou de Star Wars.
Então, proponho um exercício para 2020. Você, que tem aquele preconceito sobre determinado assunto, determinado perfil de pessoas, determinado tipo de crença, assista a um filme sobre esses temas (claro, não sendo um filme supérfluo). Seja uma ficção, ou seja um documentário, o Cinema vai oferecer luz de conhecimento e empatia para aqueles cantos escuros da sua mente. Sinta na pele como é ser outra pessoa, entender seus problemas e refletir sobre seus dilemas. Na maioria das vezes, o cinema é somente associado a entretenimento porque é o grande chamariz que atrai o público, mas sempre foi e nunca deixará de ser uma forma de arte que busca entender o mundo e as pessoas que vivem nele. Dá pra aprender muito, principalmente se escolher aqueles filmes dos diretores que também têm essa missão.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos que acompanham o blog, Facebook e Instagram. Sigam as páginas, opinem, compartilhem. Obrigado a todos e que tenham um ano de muita paz, saúde, alegria e, claro, muitos bons filmes!
Macaulay Culkin no eterno filme natalino Esqueceram de Mim (pic by eye-contact.tumblr.com)
Bob Hope, o host do primeiro Oscar televisionado em 1953. (photo by savedthecat.com)
A DÉCADA PROMISSORA DO PÓS-GUERRA
O período pós-guerra trouxe consigo um momento financeiro excepcional para o Cinema, tanto que os estúdios foram obrigados a pagar salários mais altos e até porcentagens de lucro para suas estrelas. Por outro lado, a televisão passou a crescer também, e como era um entretenimento gratuito, os estúdios não permitiram que seus astros fizessem participações em programas televisivos a fim de enfraquecer a competição, além de não disponibilizar seus acervos de filmes para a programação.
Contudo, tais restrições não resistiram por muito tempo, pois os estúdios precisavam arrecadar fundos para as próximas produções. Então, gradativamente, foram liberando participações, transmissões e até passaram a usar o meio como publicidade para os filmes que estreariam em seguida. As pazes das duas mídias seriam seladas no dia 19 de março de 1953, quando a TV transmitiu pela primeira vez a cerimônia do Oscar, permitindo que muitos espectadores pudessem ver inúmeros artistas de cinema juntos pela televisão como nunca antes.
Esse primeiro Oscar televisionado já teve Bob Hope como mestre de cerimônia e incontáveis estrelas jamais vistas juntas como James Stewart, Joan Crawford, Fredric March, Anne Baxter, John Wayne e Gloria Swanson. O Maior Espetáculo da Terra foi o grande vencedor da noite e poderia ser o título da noite, pois a transmissão da cerimônia foi a maior audiência da televisão em cinco anos de existência comercial.
Charlton Heston e James Stewart em cena de O Maior Espetáculo da Terra, de Cecil B. DeMille, que levou o Oscar de Melhor Filme. (photo by prettycleverfilms.com)
Infelizmente, a década de 50 também abrigou os anos negros de caça às bruxas do senador Joseph McCarthy, que rastreava artistas com perfil comunista. Em 1952, dez membros da indústria cinematográfica formaram a lista “Unfriendly Ten”, que além de perderem o emprego, receberam sentenças de um ano de prisão. Assim, nesse período, muitos filmes tiveram crédito de roteiro preenchidos por pseudônimos ou simplesmente não tinham crédito a fim de evitar problemas com a política do país. Porém, a Academia era obrigada a reconhecer esses filmes pois eram elegíveis e assim, alguns vencedores, como os roteiristas de A Ponte do Rio Kwai, receberam suas estatuetas décadas depois ou muitos sequer recebiam pois já estavam mortos.
O mais célebre artista caçado nessa época foi o diretor, ator e roteirista Charles Chaplin. Suas críticas ao capitalismo em Tempos Modernos, e sua ótima sátira a Adolf Hitler em O Grande Ditador chamaram a atenção do chefe do FBI, J. Edgar Hoover, que acionou o Conselho de Atividades Não-Americanas (HUAC), obrigando Chaplin a abandonar os EUA e permanecer décadas foragido na Europa. Só em 1972, ele foi “perdoado”. A Academia concedeu-lhe o Oscar Honorário por “efeito incalculável na produção de filmes na arte do século.” Hoje, o clipe de Chaplin recebendo esse Oscar permanece como um dos pontos altos da História do Oscar.
RESULTADOS POLÊMICOS
Às vezes, acontece algo raro chamado divisão de votos. Quando a competição está extremamente acirrada entre dois indicados, os votos se dividem e surge um terceiro indicado que acaba passando uma rasteira. Um dos primeiros casos foi em 1951: enquanto as veteranas Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses) e Bette Davis (A Malvada) disputavam à tapa cada voto, a jovem Judy Holliday foi anunciada vencedora de Melhor Atriz pela comédia Nascida Ontem. Talvez nem ela acreditou na vitória, pois sequer estava presente na cerimônia!
Judy Holliday em Nascida Ontem, pelo qual ganhou o Oscar ao bater as favoritas Bette Davis e Gloria Swanson (photo by newyorknatives.com)
Em Nascida Ontem, ela interpreta a loira burra de um magnata corrupto. Holliday quase não conseguiu o papel, pois o chefe da Columbia queria muito Rita Hayworth. Mas acabou prevalecendo seu talento para o papel, uma vez que interpretou a personagem na peça da Broadway por três anos.
Em 1955, a Academia poderia ter feito História. Teve a oportunidade de premiar uma das atrizes mais intensas e queridas do cinema: Judy Garland. Ela, que já havia recebido o Juvenile Award aos 17 anos, e estrelado o clássico O Mágico de Oz, recebeu sua primeira indicação pelo musical Nasce uma Estrela. Com tamanha expectativa de sua iminente vitória, várias equipes da imprensa se deslocaram para o quarto de hospital em que a atriz indicada estava prestes a dar à luz a seu terceiro filho. Contudo, o envelope revelou Grace Kelly como vencedora, e Garland teve de se contentar e declarar que “Joey era o melhor Oscar que poderia receber aquela noite”. Como um raio, as equipes de TV e câmeras foram embora logo em seguida. Derrota amarga para Garland.
Ao lado de James Mason, Judy Garland em Nasce uma Estrela, que lhe rendeu sua primeira de duas indicações (photo by telegraph.co.uk)
Já Grace Kelly voltaria no ano seguinte para apresentar o Oscar de Melhor Ator para Ernest Borgnine (Marty). Esta foi sua última aparição no Oscar, já que três meses antes havia noivado com o príncipe de Mônaco. Em 1982, já princesa de Mônaco, aos 52 anos, morreria num acidente automobilístico.
…E APENAS RESULTADOS E FATOS CURIOSOS
Quando Sinfonia de Paris foi revelado como Melhor Filme em 1952, trata-se apenas do terceiro musical a ganhar o Oscar de Melhor Filme. Anteriormente, apenas Melodia da Broadway (1928-1929) e Ziegfeld – O Criador de Estrelas (1936) tinham vencido. Embora eu reconheça a beleza das sequências dirigidas por Vincente Minnelli e as coreografias exuberantes de Gene Kelly, o melhor filme daquele ano para mim (e para muitos especialistas) era o drama trágico Um Lugar ao Sol, de George Stevens.
Elizabeth Taylor e Montgomery Clift como o casal perfeito de Um Lugar ao Sol (photo by filmkijker.files.wordpress.com)
Falando em Um Lugar ao Sol, há uma história curiosa de que Shelley Winters estava tão convicta de que ganharia como Melhor Atriz que quando o nome de Vivien Leigh foi anunciado, ela teria levantado para receber o prêmio, mas teria sido impedida pelo marido no corredor do teatro.
No mesmo ano, Uma Rua Chamada Pecado foi o primeiro filme a ganhar 3 Oscars de atuação. Melhor Atriz (Vivien Leigh), Ator Coadjuvante (Karl Malden) e Atriz Coadjuvante (Kim Hunter). Já em 1954, Walt Disney se tornou o recordista em Oscars numa só noite. Ele ganhou 4 estatuetas: Melhor Documentário-Curta por The Alaskan Eskimo, Melhor Curta de Animação por Toot Whistle Plunk and Boom, Melhor Curta-Metragem de Dois Rolos por Bear Country, e Melhor Documentário por O Drama do Deserto.
Walt Disney segura seus 4 Oscars vencidos na mesmo noite, um recorde jamais batido até hoje (photo by moviepilot.com)
Foi nessa década que alguns recordes foram quebrados. Em 1954, Sindicato de Ladrões havia igualado o número de Oscars vencidos de …E o Vento Levou (1939) e A Um Passo da Eternidade (1953) com oito estatuetas. Contudo, em 1959, o musical Gigi venceu nove prêmios, mas que logo no ano seguinte, foram batidos pelos 11 Oscars do épico Ben-Hur, de William Wyler. Recorde este que permanece até hoje, dividido com Titanic (1997) e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003).
CRIAÇÃO DA CATEGORIA FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
A partir de 1957, filmes em língua estrangeira (que não seja o Inglês) passaram a ser agraciados com sua própria categoria competitiva. Antes disso, desde 1947, as produções estrangeiras recebiam um prêmio honorário sem indicados. E nada melhor do que começar uma categoria com o pé direito: o belíssimo e tocante A Estrada da Vida (La Strada), de Federico Fellini, levou o primeiro de muitos Oscars para a Itália.
Da esquerda para a direita: Federico Fellini, sua esposa e atriz Giulietta Masina e o produtor Dino De Laurentiis com seus Oscars por A Estrada da Vida (photo by businessinsider.com)
Embora tenha sido uma conquista para o cinema internacional, o regulamento barra produções de nações de língua inglesa como Inglaterra e Austrália. Ao contrário da maioria, a categoria de Filme em Língua Estrangeira pouco evoluiu desde sua criação. Continua com inúmeras restrições que limitam a seleção justa dos melhores filmes como a eleição de apenas uma produção por país, além do polêmico sistema de votação formada por membros idosos judeus que concede Oscars para filmes com temática judaica, Holocausto e Segunda Guerra Mundial.
THE 32nd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1960
04 de Abril de 1960
Ben-Hur (Ben-Hur), de William Wyler: 11 Oscars (photo by wikipedia.org)
MELHOR FILME – Anatomia de um Crime (Anatomy of a Crime) Produtor: Otto Preminger • Ben-Hur (Ben-Hur) Produtor: Sam Zimbalist – O Diário de Anne Frank (The Diary of Anne Frank)
Produtor: George Stevens
– Uma Cruz à Beira do Abismo (The Nun’s Story)
Produtor: Henry Blanke
– Almas em Leilão (Room at the Top)
Produtores: John Woolf, James Woolf
John Wayne apresenta Melhor Diretor, enquanto Gary Cooper apresenta Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Jack Clayton (Almas em Leilão)
– George Stevens (O Diário de Anne Frank)
– Billy Wilder (Quanto Mais Quente Melhor) • William Wyler (Ben-Hur) – Fred Zinnemann (Uma Cruz à Beira do Abismo)
MELHOR ATOR • Charlton Heston (Ben-Hur) – Laurence Harvey (Almas em Leilão) – Jack Lemmon (Quanto Mais Quente Melhor)
– Paul Muni (Rebeldia de um Bravo)
– James Stewart (Anatomia de um Crime)
Susan Hayward concede o único Oscar para Charlton Heston
MELHOR ATRIZ – Doris Day (Confidências à Meia-Noite)
– Audrey Hepburn (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Katharine Hepburn (De Repente, No Último Verão) • Simone Signoret (Almas em Leilão)
– Susan Hayward (De Repente, No Último Verão)
Rock Hudson apresenta o Oscar para a francesa Simone Signoret
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Hugh Griffith (Ben-Hur)– Hugh Griffith não estava presente na cerimônia. O diretor William Wyler aceitou o prêmio em seu nome.
– Arthur O’Connell (Anatomia de um Crime)
– George C. Scott (Anatomia de um Crime)
– Robert Vaughn (O Moço de Filadélfia)
– Ed Wynn (O Diário de Anne Frank)
A graciosa Olivia De Havilland apresenta o Oscar de coadjuvante, recebido pelo diretor William Wyler.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Hermione Baddeley (Almas em Leilão)
– Susan Kohner (Imitação da Vida)
– Juanita Moore (Imitação da Vida)
– Thelma Ritter (Confidências à Meia-Noite) • Shelley Winters (O Diário de Anne Frank)
Edmond O’Brien concede o Oscar para Shelley Winters
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– François Truffaut, Marcel Moussy (Os Incompreendidos) •Russell Rouse, Clarence Greene, Stanley Shapiro, Maurice Richlin (Confidências à Meia-Noite)
– Ernest Lehman (Intriga Internacional)
– Paul King, Joseph Stone, Stanley Shapiro, Maurice Richlin (Anáguas a Bordo)
– Ingmar Bergman (Morangos Silvestres)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Wendell Mayes (Anatomia de um Crime)
– Karl Tunberg (Ben-Hur)
– Robert Anderson (Uma Cruz à Beira do Abismo) • Neil Paterson (Almas em Leilão)
– Billy Wilder, I.A.L. Diamond (Quanto Mais Quente Melhor)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Robert Surtees (Ben-Hur)
– Lee Garmes (O Pescador da Galiléia)
– Daniel L. Fapp (A Lágrima que Faltou)
– Franz Planer (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Leon Shamroy (Porgy & Bess)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Sam Leavitt (Anatomia de um Crime)
– Joseph LaShelle (Calvário da Glória) • William C. Mellor (O Diário de Anne Frank)
– Charles Lang (Quanto Mais Quente Melhor)
– Harry Stradling Sr. (O Moço de Filadélfia)
MELHOR MONTAGEM
– Louis R. Loeffler (Anatomia de um Crime) • Ralph E. Winters, John D. Dunning (Ben-Hur)
– George Tomasini (Intriga Internacional)
– Walter Thompson (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Frederic Knudtson (A Hora Final)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA • William A. Horning, Edward C. Carfagno, Hugh Hunt (Ben-Hur)– O Oscar de Horning foi póstumo.
– John DeCuir, Julia Heron (O Pescador da Galiléia)
– Lyle R. Wheeler, Franz Bachelin, Herman A. Blumenthal, Walter M. Scott, Joseph Kish (Viagem ao Centro da Terra)
– William A. Horning, Robert F. Boyle, Merrill Pye, Henry Grace, Frank R. McKelvy (Intriga Internacional)
– Richard H. Riedel, Russell A. Gausman, Ruby Levitt (Confidências à Meia-Noite)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Arthur Krams (Calvário da Glória) • Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (O Diário de Anne Frank)
– Carl Anderson, William Kiernan (Rebeldia de um Bravo)
– Ted Haworth, Edward G. Boyle (Quanto Mais Quente Melhor)
– Oliver Messel, William Kellner, Scott Slimon (De Repente, No Último Verão)
MELHOR FIGURINO COLORIDO • Elizabeth Haffenden (Ben-Hur)
– Adele Palmer (Sob o Signo do Sexo)
– Renié (O Pescador da Galiléia)
– Edith Head (A Lágrima que Faltou)
– Irene Sharaff (Porgy & Bess)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Edith Head (Calvário da Glória)
– Charles Le Maire, Mary Wills (O Diário de Anne Frank)
– Helen Rose (Sem Talento Para Matar)
– Howard Shoup (O Moço de Filadélfia) • Orry-Kelly (Quanto Mais Quente Melhor)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA • Miklós Rózsa (Ben-Hur)
– Alfred Newman (O Diário de Anne Frank)
– Franz Waxman (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Ernest Gold (A Hora Final)
– Frank De Vol (Confidências à Meia-Noite)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Leith Stevens (A Lágrima que Faltou)
– Nelson Riddle, Joseph J. Lilley (Aventuras de Ferdinando) • André Previn, Ken Darby (Porgy & Bess)
– Lionel Newman (Prece Para um Pecador)
– George Burns (A Bela Adormecida)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Best of Everything”, de Alfred Newman, Sammy Cahn (Sob o Signo do Sexo)
– “The Five Pennies”, de Sylvia Fine (A Lágrima que Faltou)
– “The Hanging Tree”, de Jerry Livingston, Mack David (A Árvore dos Enforcados) • “High Hopes”, de Jimmy Van Heunsen, Sammy Cahn (Os Viúvos Também Sonham)
– “Strange are the Ways of Love”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Ódio Destruidor)
MELHOR SOM • Franklin Milton (Ben-Hur)
– Carlton W. Faulkner (Viagem ao Centro da Terra)
– A.W. Watkins (A Noite é Minha Inimiga)
– George Grives (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Gordon Sawyer (Porgy & Bess)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • A. Arnold Gillespie, Robert MacDonald, Milo B. Lory (Ben-Hur)
– L.B. Abbott, James B. Gordon, Carlton W. Faulkner (Viagem ao Centro da Terra)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Between the Tides, de Ian Ferguson • Histoire d’un Poisson Rouge, de Jacques-Yves Cousteau
– Mysteries of the Deep, de Walt Disney
– The Running Jumping & Standing Still Film, de Peter Sellers
– Skycraper, de Shirley Clarke, Willard Van Dyke, Irving Jacoby
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Mexicali Shmoes, de John Burton • Moonbird, de John Hubley
– Noah’s Ark, de Walt Disney
– The Violinist, de Ernest Pintoff
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Donald no País da Matemágica, de Walt Disney
– From Generation to Generation, de Edward F. Cullen • Glas, de Bert Haanstra
MELHOR DOCUMENTÁRIO •Ao Leste do Congo, de Bernhard Grzimek
– The Race for Space, de David L. Wolper
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– A Ponte da Desilusão (Die Brücke), de Bernhard Wicki (ALEMANHA)
– A Grande Guerra (La Grande Guerra), de Mario Monicelli (ITÁLIA) • Orfeu do Carnaval (Orfeu Negro), de Marcel Camus (FRANÇA)
– Boy from Two Worlds (Paw), de Astrid Henning-Jensen (DINAMARCA)
– Village by the River (Dorp aan de Rivier), de Fons Rademakers (HOLANDA)
OSCAR HONORÁRIO • Buster Keaton • Lee De Forest
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Bob Hope
THE 31st ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1959
06 de Abril de 1959
Gigi (Gigi), de Vincente Minnelli: 9 Oscars (photo by doctormacro.com)
MELHOR FILME
– A Mulher do Século (Auntie Mame)
Produtor: Jack L. Warner
– Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof)
Produtor: Lawrence Weingarten
– Acorrentados (The Defiant Ones)
Produtor: Stanley Kramer • Gigi (Gigi) Produtor: Arthur Freed
– Vidas Separadas (Separate Tables)
Produtor: Harold Hecht
MELHOR DIRETOR
– Richard Brooks (Gata em Teto de Zinco Quente)
– Stanley Kramer (Acorrentados) •Vincente Minnelli (Gigi)
– Mark Robson (A Morada da Sexta Felicidade)
– Robert Wise (Quero Viver!)
Vincente Minnelli recebe o Oscar de Gary Cooper e Millie Perkins
MELHOR ATOR
– Tony Curtis (Acorrentados)
– Paul Newman (Gata em Teto de Zinco Quente) • David Niven (Vidas Separadas)
– Sidney Poitier (Acorrentados)
– Spencer Tracy (O Velho e o Mar)
Irene Dunne e John Wayne apresentam o Oscar de Ator para David Niven
MELHOR ATRIZ • Susan Hayward (Quero Viver!)
– Deborah Kerr (Vidas Separadas)
– Shirley MacLaine (Deus Sabe Quanto Amei)
– Rosalind Russell (A Muher do Século)
– Elizabeth Taylor (Gata em Teto de Zinco Quente)
James Cagney e Kim Novak apresentam o Oscar de Atriz para Susan Hayward
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Theodore Bikel (Acorrentados)
– Lee J. Cobb (Os Irmãos Karamazov) • Burl Ives (Da Terra Nascem os Homens)
– Arthur Kennedy (Deus Sabe Quanto Amei)
– Gig Young (Um Amor de Professora)
Bette Davis e Anthony Quinn fazem as honras para Burl Ives
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Peggy Cass (A Mulher do Século) • Wendy Hiller (Vidas Separadas)– Wendy Hiller não estava presente na cerimônia. O produtor Harold Hecht aceitou o prêmio em seu nome.
– Martha Hyer (Deus Sabe Quanto Amei)
– Maureen Stapleton (Por um Pouco de Amor)
– Cara Williams (Acorrentados)
Shelley Winters e Red Buttons apresentam o prêmio para Harold Hecht, na ausência de Wendy Hiller
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Paddy Chayefsky (A Deusa)
– Melville Shavelson, Jack Rose (Tentação Morena) • Nedrick Young, Harold Jacob Smith (Acorrentados)– Como Nedrick Young estava na lista negrea de Hollywood, o Oscar foi para seu pseudônimo ‘Nathan E. Douglas’. Em 1993, a Academia restaurou seu crédito a pedido de sua viúva e pelo departamento dos roteiristas.
– William Bowers, James Edward Grant (O Irresistível Forasteiro)
– Fay Kanin, Michael Kanin (Um Amor de Professora)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Richard Brooks, James Poe (Gata em Teto de Zinco Quente)
– Alec Guinness (Maluco Genial)
– Nelson Gidding, Don Mankiewicz (Quero Viver!) • Alan Jay Lerner (Gigi)
– Terence Rattigan, John Gray (Vidas Separadas)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (A Mulher do Século)
– William H. Daniels (Gata em Teto de Zinco Quente) • Joseph Ruttenberg (Gigi)
– James Wong Howe (O Velho e o Mar)
– Leon Shamroy (No Sul do Pacífico)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO • Sam Leavitt (Acorrentados)
– Daniel L. Fapp (Desejo)
– Lionel Lindon (Quero Viver!)
– Charles Lang (Vidas Separadas)
– Joseph MacDonald (Os Deuses Vencidos)
MELHOR MONTAGEM
– William H. Ziegler (A Mulher do Século)
– William A. Lyon, Al Clark (Como Nasce um Bravo)
– Frederick Knudtson (Acorrentados) • Adrienne Fazan (Gigi)
– William Hornbeck (Quero Viver!)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA OU PRETO E BRANCO
– Malcolm C. Bert, George James Hopkins (A Mulher do Século) • William A. Horning, E. Preston Ames, Henry Grace, F. Keogh Gleason (Gigi) – A indicação e vitória de William A. Horning foi póstuma. Ele morreu enquanto trabalhava em Ben-Hur e Intriga Internacional, que lhe renderam indicações no ano seguinte e uma vitória por Ben-Hur.
– Cary Odell, Louis Diage (Sortilégio do Amor)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Um Certo Sorriso)
– Hal Pereira, Henry Bumstead, Sam Comer, Frank R. McKelvy (Um Corpo que Cai)
MELHOR FIGURINO COLORIDO OU PRETO E BRANCO
– Jean Louis (Sortilégio no Amor)
– Ralph Jester, Edith Head, John Jensen (Corsário Sem Pátria)
– Charles Le Maire, Mary Wills (Um Certo Sorriso) • Cecil Beaton (Gigi)
– Walter Plunkett (Deus Sabe Quanto Amei)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA • Dimitri Tiomkin (O Velho e o Mar)
– Jerome Moross (Da Terra Nascem os Homens)
– David Raksin (Vidas Separadas)
– Oliver Wallace (White Wilderness)
– Hugo Friedhofer (Os Deuses Vencidos)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Yuri Faier, Gennadi Rozhdestvensky (O Ballet Bolshoi) •André Previn (Gigi)
– Ray Heindorf (O Parceiro de Satanás)
– Lionel Newman (As Noites de Mardi Gras)
– Alfred Newman, Ken Darby (No Sul do Pacífico)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Almost in Your Arms (Love Song from Houseboat)”, de Jay Livingston, Ray Evans (Tentação Morena)
– “A Certain Smile”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Um Certo Sorriso) • “Gigi”, de Frederick Loewe, Alan Jay Lerner (Gigi)
– “To Love and Be Loved”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Deus Sabe Quanto Amei)
– “A Very Precious Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Até o Último Alento)
MELHOR SOM
– Gordon Sawyer (Quero Viver!)
– Leslie I. Carey (Amar e Sofrer) • Fred Hynes (No Sul do Pacífico)
– George Dutton (Um Corpo que Cai)
– Carlton W. Faulkner (Os Deuses Vencidos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • Tom Howard (O Pequeno Polegar)
– A. Arnold Gillespie, Harold Humbrock (Torpedo!)
MELHOR CURTA-METRAGEM • Grand Canyon, de Walt Disney
– Journey Into Spring, de Ian Ferguson
– The Kiss, de John Hayes
– Snows of Aorangi
– T is for Tumbleweed, de James A. Lebenthal
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • Knighty Knight Bugs, de John W. Burton
– Paul Bunyan, de Walt Disney
– Sidney’s Family Tree, de William M. Weiss
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Ama Girls, de Ben Sharpsteen– James Algar aceitou o prêmio em seu nome.
– Employees Only, de Kenneth G. Brown
– Journey Into Spring, de Ian Ferguson
– The Living Stone, de Tom Daly
– Oeuverture, de Thorold Dickinson
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Antarctic Crossing, de James Carr
– The Hidden World, de Robert Snyder
– Psychiatric Nursing, de Nathan Zucker • White Wilderness, de Ben Sharpsteen– James Algar aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Arms and the Man (Helden), de Franz Peter Wirth (ALEMANHA)
– Os Eternos Desconhecidos (I Soliti Ignoti), de Mario Monicelli (ITÁLIA)
– The Year Long Road (Cesta Duga Godinu Dana), de Giuseppe De Santis (IUGOSLÁVIA) • Meu Tio (Mon Oncle), de Jacques Tati (FRANÇA)
– A Vingança (La Venganza), de Juan Antonio Bardem (ESPANHA)
OSCAR HONORÁRIO • Maurice Chevalier
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Jack L. Warner
THE 30th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1958
26 de Março de 1958
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai), de David Lean: 7 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME • A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai) Produtor: Sam Spiegel
– A Caldeira do Diabo (Peyton Place)
Produtor: Jerry Wald
– Sayonara (Sayonara)
Produtor: William Goetz
– 12 Homens e uma Sentença (12 Angry Men)
Produtor: Henry Fonda, Reginald Rose
– Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution)
Produtor: Arthur Hornblow Jr.
Já uma lenda em Hollywood, Gary Cooper apresenta Melhor Filme
MELHOR DIRETOR • David Lean (A Ponte do Rio Kwai)
– Joshua Logan (Sayonara)
– Sidney Lumet (12 Homens e uma Sentença)
– Mark Robson (A Caldeira do Diabo)
– Billy Wilder (Testemunha de Acusação)
O espetáculo Sophia Loren entrega o Oscar para David Lean, o diretor de espetáculos
MELHOR ATOR
– Marlon Brando (Sayonara)
– Anthony Franciosa (Cárcere Sem Grades) • Alec Guinness (A Ponte do Rio Kwai)– Alec Guinness não estava presente na cerimônia. Jean Simmons aceitou o prêmio em seu nome.
– Charles Laughton (Testemunha de Acusação)
– Anthony Quinn (A Fúria da Carne)
Cary Grant lamenta a ausência de Guinness
MELHOR ATRIZ
– Deborah Kerr (O Céu é Testemunha)
– Anna Magnani (A Fúria da Carne)
– Elizabeth Taylor (A Árvore da Vida)
– Lana Turner (A Caldeira do Diabo) • Joanne Woodward (As Três Máscaras de Eva)
Duas honras para Woodward: o Oscar e John Wayne apresentando
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Red Buttons (Sayonara)
– Vittorio De Sica (Adeus às Armas)
– Sessue Hayakawa (A Ponte do Rio Kwai)
– Arthur Kennedy (A Caldeira do Diabo)
– Russ Tamblyn (A Caldeira do Diabo)
E duas alegrias para Buttons: o Oscar e Lana Turner apresentando
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Carolyn Jones (Despedida de Solteiro)
– Elsa Lanchester (Testemunha de Acusação)
– Hope Lange (A Caldeira do Diabo) • Miyoshi Umeki (Sayonara)
– Diane Varsi (A Caldeira do Diabo)
Anthony Quinn apresenta a primeira japonesa a ganhar o Oscar
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Leonard Gershe (Cinderela em Paris) • George Wells (Teu Nome é Mulher)
– Ralph Wheelwright, R. Wright Campbell, Ivan Goff, Ben Roberts (O Homem das Mil Caras)
– Barney Slater, Joel Kane, Dudley Nichols (O Homem dos Olhos Frios)
– Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli (Os Boas Vidas)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO • Pierre Boulle, Carl Foreman, Michael Wilson (A Ponte do Rio Kwai)– Carl Foreman e Michael Wilson não foram creditados pelo filme por estarem na lista negra de Hollywood. Eles foram premiados em 1984. Pierre Boulle não estava presente na cerimônia. Kim Novak aceitou o prêmio em seu nome.
– John Lee Mahin, John Huston (O Céu é Testemunha)
– John Michael Hayes (A Caldeira do Diabo)
– Paul Osborn (Sayonara)
– Reginald Rose (12 Homens e uma Sentença)
MELHOR FOTOGRAFIA
– Milton R. Krasner (Tarde Demais Para Esquecer) • Jack Hildyard (A Ponte do Rio Kwai)
– Ray June (Cinderela em Paris)
– William C. Mellor (A Caldeira do Diabo)
– Ellsworth Fredericks (Sayonara)
MELHOR MONTAGEM
– Warren Low (Sem Lei e Sem Alma) • Peter Taylor (A Ponte do Rio Kwai)
– Viola Lawrence, Jerome Thoms (Meus Dois Carinhos)
– Arthur P. Schmidt, Philip W. Anderson (Sayonara)
– Daniel Mandell (Testemunha de Acusação)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
– Hal Pereira, George W. Davis, Sam Comer, Ray Moyer (Cinderela em Paris)
– William A. Horning, Gene Allen, Edwin B. Willis, Richard Pefferle (Les Girls)
– Walter Holscher, William Kiernan, Louis Diage (Meus Dois Carinhos) • Ted Haworth, Robert Priestley (Sayonara)
– William A. Horning, Urie McCleary, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (A Árvore da Vida)
MELHOR FIGURINO
– Charles Le Maire (Tarde Demais Para Esquecer)
– Edith Head, Hubert de Givenchy (Cinderela em Paris) • Orry-Kelly (Les Girls)
– Jean Louis (Meus Dois Carinhos)
– Walter Plunkett (A Árvore da Vida)
MELHOR TRILHA MUSICAL
– Hugo Friedhofer (Tarde Demais Para Esquecer) • Malcolm Arnold (A Ponte do Rio Kwai)
– Hugo Friedhofer (A Lenda da Estátua Nua)
– Paul J. Smith (No Coração da Floresta)
– Johnny Green (A Árvore da Vida)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL •“All the Way”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Chorei por Você)
– “An Affair to Remember”, de Harry Warren, Harold Adamson, Leo McCarey (Tarde Demais Para Esquecer)
– “April Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Primavera do Amor)
– “Tammy”, de Ray Evans, Jay Livingston (A Flor do Pântano)
– “Wild is the Wind”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (A Fúria da Carne)
MELHOR SOM
– George Dutton (Sem Lei e Sem Alma)
– Wesley C. Miller (Les Girls)
– John P. Livadary (Meus Dois Carinhos) • George Groves (Sayonara)
– Gordon Sawyer (Testemunha de Acusação)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Louis Lichtenfield (Águia Solitária) • Walter Rossi (A Raposa do Mar)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– A Chairy Tale, de Norman McLaren
– City of Gold, de Tom Daly
– Foothold on Antarctica, de James Carr
– Portugal, de Ben Sharpsteen • The Wetback Hound, de Larry Lansburgh
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO •Birds Anonymous, de Edward Selzer
– One Droopy Knight, de William Hanna, Joseph Barbera
– Tabasco Road, de Edward Selzer
– Trees and Jamaica Daddy, de Stephen Bosustow
– The Truth About Mother Goose, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO • Albert Schweitzer, de Jerome Hill
– On the Bowery, de Lionel Rogosin
– Toureiro, de Manuel Barbachano Ponce
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– O Diabo Ataca à Noite (Nachts, wenn der Teufel kam), de Robert Siodmak (ALEMANHA)
– Por Ternura Também se Mata (Porte des Lilas), de René Clair (FRANÇA)
– Honrarás Tua Mãe (Mother India), de Mehboob Khan (ÍNDIA) • Noites de Cabíria (Le Notti di Cabiria), de Federico Fellini (ITÁLIA)
– Nove Vidas (Ni liv), de Arne Skouen (NORUEGA)
OSCAR HONORÁRIO • Charles Brackett • B.B. Kahane • Gilbert M. ‘Bronco Billy’ Anderson
THE 29th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1957
23 de Março de 1950
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Around the World in Eighty Days), de Michael Anderson: 5 Oscars (photo by moviepostershop.com)
MELHOR FILME • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days) Produtor: Michael Todd
– Sublime Tentação (Friendly Persuasion)
Produtor: William Wyler
– Assim Caminha a Humanidade (Giant)
Produtor: George Stevens, Henry Ginsberg
– O Rei e Eu (The King and I)
Produtor: Charles Brackett
– Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments)
Produtor: Cecil B. DeMille
Jerry Lewis introduz a vencedora do primeiro Oscar de Atriz, Janet Gaynor, que apresenta o Oscar de Melhor Filmepara o produtor Michael Todd
MELHOR DIRETOR
– Michael Anderson (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Walter Lang (O Rei e Eu) • George Stevens (Assim Caminha a Humanidade)
– King Vidor (Guerra e Paz)
– William Wyler (Sublime Tentação)
Jerry Lewis e Celest Holm introduzem Ingrid Bergman direto de Paris para anunciar os indicados
MELHOR ATOR • Yul Brynner (O Rei e Eu)
– James Dean (Assim Caminha a Humanidade) – Esta é a segunda indicação póstuma de James Dean
– Kirk Douglas (Sede de Viver)
– Rock Hudson (Assim Caminha a Humanidade)
– Laurence Olivier (Richard III)
Anna Magnani apresenta o Oscar para o russo Yul Brynner
MELHOR ATRIZ
– Carroll Baker (Boneca de Carne) •Ingrid Bergman (Anastácia, a Princesa Esquecida) – Ingrid Bergman não estava presente na cerimônia. Cary Grant aceitou o prêmio em seu nome.
– Katharine Hepburn (Lágrimas do Céu)
– Nancy Kelly (A Semente Maldita)
– Deborah Kerr (O Rei e Eu)
Ernest Borgnine concede o prêmio a Cary Grant, que aceitou em nome de Bergman
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Don Murray (Nunca Fui Santa)
– Anthony Perkins (Sublime Tentação) • Anthony Quinn (Sede de Viver)
– Mickey Rooney (O Preço da Audácia)
– Robert Stack (Palavras ao Vento)
Nancy Kelly apresenta o Oscar de coadjuvante para Anthony Quinn, visivelmente emocionado
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mildred Dunnock (Boneca de Carne)
– Eileen Heckart (A Semente Maldita) • Dorothy Malone (Palavras ao Vento)
– Mercedes McCambridge (Assim Caminha a Humanidade)
– Patty McCormack (A Semente Maldita)
Jack Lemmon faz Dorothy Malone transbordar felicidade
MELHOR ROTEIRO • Albert Lamorisse (O Balão Vermelho)
– Robert Lewin (O Preço da Audácia)
– Andrew L. Stone (Julie)
– Federico Fellini, Tullio Pinelli (A Estrada da Vida)
– William Rose (Quinteto da Morte)
MELHOR HISTÓRIA • Dalton Trumbo (Arenas Sangrentas)– Incluído na lista negra de Hollywood, Trumbo recebeu a indicação sob o pseudônimo Robert Rich. Só em 2 de maio de 1975, ele finalmente recebeu seu Oscar, pouco antes de sua morte.
– Leo Katcher (Melodia Imortal)
– Edward Bernds, Elwood Ullman (High Society) – A Academia revogou a indicação por ter confundido com filme homônimo musical de Cole Porter.Os roteiristas graciosamente e voluntariamente recusaram a indicação.
– Jean-Paul Sartre (Les Orgueilleux)
– Cesare Zavattini (Humberto D.)
MELHOR ROTEIRO – ADAPTADO • James Poe, John Farrow, S.J. Perelman (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Tennessee Williams (Boneca de Carne)
– Fred Guiol, Ivan Moffat (Assim Caminha a Humanidade)
– Norman Corwin (Sede de Viver)
– Michael Wilson (Sublime Tentação) – Incluído na lista negra de Hollywood, Wilson sequer recebeu crédito pelo filme, tornando-se inelegível pela Academia. Só em dezembro de 2002, a Academia reintegrou sua indicação.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Lionel Lindon (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Harry Stradling Sr. (Melodia Imortal)
– Leon Shamroy (O Rei e Eu)
– Loyal Griggs (Os Dez Mandamentos)
– Jack Cardiff (Guerra e Paz)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Boris Kaufman (Boneca de Carne)
– Harold Rosson (A Semente Maldita)
– Burnett Guffey (A Trágica Farsa)
– Walter Strenge (Prisioneiro do Ouro) • Joseph Ruttenberg (Marcado Pela Sarjeta)
MELHOR MONTAGEM • Gene Ruggiero, Paul Weatherwax (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Merrill G. White (Arenas Sangrentas)
– William Hornbeck, Philip W. Anderson, Fred Bohanan (Assim Caminha a Humanidade)
– Albert Akst (Marcado Pela Sarjeta)
– Anne Bauchens (Os Dez Mandamentos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– James W. Sullivan, Ken Adam, Ross Dowd (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Boris Leven, Ralph S. Hurst (Assim Caminha a Humanidade) • Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (O Rei e Eu)
– Cedric Gibbons, Hans Peters, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Sede de Viver)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Albert Nozaki, Sam Comer, Ray Moyer (Os Dez Mandamentos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, A. Earl Hedrick, Sam Comer, Frank R. McKelvy (O Fruto do Pecado)
– Takashi Matsuyama (Os Sete Samurais)
– Ross Bellah, William Kiernan, Louis Diage (O Cadillac de Ouro)
– Lyle R. Wheeler, Jack Martin Smith, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (Alma Rebelde) • Cedric Gibbons, Malcolm Brown, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Marcado Pela Sarjeta)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Miles White (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Moss Mabry, Marjorie Best (Assim Caminha a Humanidade) • Irene Sharaff (O Rei e Eu)
– Edith Head, Ralph Jester, John Jensen, Dorothy Jeakins, Arnold Friberg (Os Dez Mandamentos)
– Maria De Matteis (Guerra e Paz)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Helen Rose (Os Grandes Deste Mundo)
– Edith Head (O Fruto do Pecado) •Jean Louis (O Cadillac de Ouro)
– Kôhei Ezaki (Os Sete Samurais)
– Charles Le Maire, Mary Wills (Alma Rebelde)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (Anastácia, a Princesa Esquecida) • Victor Young (A Volta ao Mundo em 80 Dias)– Postumamente
– Hugo Friedhofer (Entre o Céu e o Inferno)
– Dimitri Tiomkin (Assim Caminha a Humanidade)
– Alex North (Lágrimas do Céu)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Lionel Newman (O Encanto de Viver) • Alfred Newman, Ken Darby (O Rei e Eu)
– Morris Stoloff, George Duning (Melodia Imortal)
– Johnny Green, Saul Chaplin (Alta Sociedade)
– George Stoll, Johnny Green (Viva Las Vegas)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Friendly Persuasion (Thee I Love)”, de Dimitri Tiomkin, Paul Francis Webster (Sublime Tentação)
– “Julie”, de Leith Stevens, Tom Adair (Julie)
– “True Love”, de Cole Porter (Alta Sociedade) • “Whatever Will Be, Will Be (Que Sera, Sera)”, de Jay Livingston, Ray Evans
– “Written on the Wind”, de Victor Young, Sammy Cahn (Palavras ao Vento)
MELHOR SOM
– Buddy Myers (Arenas Sangrentas)
– John P. Livadary (Melodia Imortal) • Carlton W. Faulkner (O Rei e Eu)
– Gordon R. Glennan, Gordon Sawyer (Sublime Tentação)
– Loren L. Ryder (Os Dez Mandamentos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– A. Arnold Gillespie, Irving G. Ries, Wesley C. Miller (Planeta Proibido) • John P. Fulton (Os Dez Mandamentos)
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS • The Bespoke Overcoat, de George K. Arthur
– Cow Dog, de Larry Lansburgh
– The Dark Wave, de John Healy
– Samoa, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO • Crashing the Water Barrier, de Konstantin Kalser
– I Never Forget a Face, de Robert Youngson
– Time Stood Still, de Cedric Francis
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Gerald McBoing! Boing! on Planet Moo, de Stephen Bosustow
– The Jaywalker, de Stephen Bosustow • Magoo’s Puddle Jumper, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– A City Decides
– The Dark Wave, de John Healy
– The House Without a Name, de Valentine Davies
– Abertura Disneylândia, de Ward Kimball • The True Story of the Civil War, de Louis Clyde Stoumen
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Naked Eye, de Louis Clyde Stoumen • O Mundo Silencioso, de Jacques-Yves Cousteau
– Hvor Bjergene Sejler
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– O Cabo de Koepenick, de Gyula Trebitsch, Walter Koppel (ALEMANHA)
– Gervaise – A Flor do Lodo, de Agnès Delahaie (FRANÇA)
– Não Deixarei os Mortos (A Harpa Birmana), de Masayuki Takagi (JAPÃO)
– Qivitoq, de O. Dalsgaard-Olsen (DINAMARCA) • A Estrada da Vida, de Federico Fellini (ITÁLIA)
O presidente da Academia, George Seaton, apresenta o primeiro Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira para o produtor de A Estrada da Vida, Dino De Laurentiis
OSCAR HONORÁRIO • Eddie Cantor
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Y. Frank Freeman
THE 28th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1956
21 de Março de 1956
Marty (Marty), de Delbert Mann: 4 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME – Suplício de uma Saudade (Love is a Many-Splendored Thing) • Marty (Marty) Produtor: Harold Hecht
– Mister Roberts (Mister Roberts)
Produtor: Leland Hayward
– Férias de Amor (Picnic)
Produtor: Fred Kohlmar
– A Rosa Tatuada (The Rose Tattoo)
Produtor: Hal B. Wallis
Audrey Hepburn já era encarregada da responsabilidade de apresentar Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Elia Kazan (Vidas Amargas)
– David Lean (Quando o Coração Floresce)
– Joshua Logan (Férias de Amor) • Delbert Mann (Marty)
– John Sturges (Conspiração do Silêncio)
A dupla formada pela atriz Jennifer Jones e pelo diretor Joseph L. Mankiewicz apresenta o Oscar de diretor para Delbert Mann
MELHOR ATOR • Ernest Borgnine (Marty) – James Cagney (Ama-me ou Esquece-me)
– James Dean (Vidas Amargas) – Esta foi a primeira indicação póstuma de atuação na História da Academia
– Frank Sinatra (O Homem do Braço de Ouro)
– Spencer Tracy (Conspiração do Silêncio)
A encantadora Grace Kelly entrega o Oscar nas mãos de Ernest Borgnine, que bateu nomes fortes como James Dean e Spencer Tracy
MELHOR ATRIZ – Susan Hayward (Eu Chorarei Amanhã) – Katharine Hepburn (Quando o Coração Floresce) – Jennifer Jones (Suplício de uma Saudade) • Anna Magnani (A Rosa Tatuada)– Anna Magnani não estava presente na cerimônia. Marisa Pavan aceitou o prêmio em seu nome. – Eleanor Parker (Melodia Interrompida)
Marlon Brando apresenta o prêmio de Melhor Atriz para a ausente Magnani.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Arthur Kennedy (A Fúria dos Justos) • Jack Lemmon (Mister Roberts)
– Joe Mantell (Marty)
– Sal Mineo (Juventude Transviada)
– Arthur O’Connell (Férias de Amor)
Eva Marie Saint volta para entregar o Oscar de coadjuvante para Jack Lemmon
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Betsy Blair (Marty) • Jo Van Fleet (Vidas Amargas)
– Peggy Lee (Taverna Maldita)
– Marisa Pavan (A Rosa Tatuada)
– Natalie Wood (Juventude Transviada)
Edmond O’Brien apresenta Oscar de coadjuvante para Jo Van Fleet, que começa o discurso com “I’m so happy”.
MELHOR ROTEIRO
– Millard Kaufman (Conspiração do Silêncio)
– Richard Brooks (Sementes de Violência)
– Paul Osborn (Vidas Amargas) • Paddy Chayesfsky (Marty)
– Daniel Fuchs, Isobel Lennart (Ama-me ou Esquece-me)
MELHOR HISTÓRIA
– Joe Connelly, Bob Mosher (A Guerra Íntima do Major Benson)
– Nicholas Ray (Juventude Transviada)
– Jean Marsan, Henry Troyat, Jacques Perret, Henri Verneuil, Raoul Ploquin (O Carneiro de Cinco Patas)
– Beirne Lay Jr. (Comandos do Ar) • Daniel Fuchs (Ama-me ou Esquece-me)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Milton Sperling, Emmet Lavery (Seu Último Comando)
– Betty Comden, Adolph Green (Dançando nas Nuvens) • Milton Ludwig, Sonya Levien (Melodia Interrompida)
– Jacques Tati, Henri Marquet (As Férias do Sr. Hulot)
– Melville Shavelson, Jack Rose (Um Coringa e Sete Ases)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (Eles e Elas)
– Leon Shamroy (Suplício de uma Saudade)
– Harold Lipstein (Para Todo o Sempre)
– Robert Surtees (Oklahoma!) • Robert Burks (Ladrão de Casaca)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Russell Harlan (Sementes de Violência)
– Arthur E. Arling (Eu Chorarei Amanhã)
– Joseph LaShelle (Marty) • James Womg Howe (A Rosa Tatuada)
– Charles Lang (Os Amores Secretos de Eva)
MELHOR MONTAGEM
– Ferris Webster (Sementes de Violência)
– Alma Macrorie (As Pontes de Toko-Ri)
– Gene Ruggiero, George Boemler (Oklahoma!) • Charles Nelson, William A. Lyon (Férias de Amor)
– Warren Low (A Rosa Tatuada)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Papai Pernilongo)
– Oliver Smith, Joseph C. Wright, Howard Bristol (Eles e Elas) • William Flannery, Jo Mielziner, Robert Priestley (Férias de Amor)
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Jack Stubbs (Suplício de uma Saudade)
– Hal Pereira, J. McMillan Johnson, Sam Comer, Arthur Krams (Ladrão de Casaca)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Cedric Gibbons, Randall Duell, Edwin B. Willis, Henry Grace (Sementes de Violência)
– Cedric Gibbons, Malcolm Brown, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Eu Chorarei Amanhã)
– Joseph C. Wright, Darrell Silvera (O Homem do Braço de Ouro)
– Ted Haworth, Walter M. Simonds, Robert Priestley (Marty) • Hal Pereira, Tambi Larsen, Sam Comer, Arthur Krams (A Rosa Tatuada)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Irene Sharaff (Eles e Elas)
– Helen Rose (Melodia Interrompida) • Charles Le Maire (Suplício de uma Saudade)
– Edith Head (Ladrão de Casaca)
– Charles Le Maire, Mary Wills (A Rainha Tirana)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO • Helen Rose (Eu Chorarei Amanhã)
– Beatrice Dawson (The Pickwick Papers)
– Jean Louis (Os Amores Secretos de Eva)
– Edith Head (A Rosa Tatuada)
– Tadaoto Kainosho (Contos da Lua Vaga)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Max Steiner (Qual Será Nosso Amanhã) • Alfred Newman (Suplício de uma Saudade)
– Elmer Bernstein (O Homem do Braço de Ouro)
– George Duning (Férias de Amor)
– Alex North (A Rosa Tatuada)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Alfred Newman (Papai Pernilongo)
– Jay Blackton, Cyril J. Mockridge (Eles e Elas)
– André Previn (Dançando nas Nuvens)
– Percy Faith, George Stoll (Ama-me ou Esquece-me) • Robert Russell Bennett, Jay Blackton, Adolph Deutsch (Oklahoma!)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “I’ll Never Stop Loving You”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Ama-me ou Esquece-me)
– “Something’s Gotta Give”, de Johnny Mercer (Papai Pernilongo) • “Love is a Many-Splendored Thing”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Suplício de uma Saudade)
– “(Love is) The Tender Trap”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Armadilha Amorosa)
– “Unchained Melody”, de Alex North, Hy Zaret (Fuga Desesperada)
MELHOR SOM
– Carlton W. Faulkner (Suplício de uma Saudade)
– Wesley C. Miller (Ama-me ou Esquece-me)
– William A. Mueller (Mister Roberts)
– Watson Jones (Não Serás um Estranho) • Fred Hynes (Oklahoma!)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Labaredas do Inferno • As Pontes de Toko-Ri
– As Chuvas de Ranchipur
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– The Battle of Gettysburg, de Dore Schary • The Face of Lincoln, de Wilbur T. Blume
– On the Twelfth Day…, de George K. Arthur
– Switzerland, de Walt Disney
– 24 Hour Alert, de Cedric Francis
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Gadgets Galore, de Robert Youngson
– 3rd Ave. El, de Carson Davidson • Survival City, de Edmund Reek
– Three Kisses, de Justin Herman
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Good Will to Men, de Fred Quimby, William Hanna, Joseph Barbera
– A Lenda do Pico da Canção de Ninar, de Walter Lantz
– No Hunting, de Walt Disney • Speedy Gonzalez, de Edward Selzer
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– The Battle of Gettusburg, de Dore Schary
– The Face of Lincoln, de Wilbur T. Blume • Men Against the Arctic, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Crèvecoeur, de René Risacher • The Unconquered, de Nancy Hamilton
OSCAR HONORÁRIO • Miyamoto Musashi (Miyamoto Musashi), de Hiroshi Inagaki (Japão)
THE 27th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1955
30 de Março de 1955
Sindicato de Ladrões (On the Waterfront), de Elia Kazan: 8 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME – A Nave da Revolta (The Caine Mutiny)
Produtor: Stanley Kramer – Amar é Sofrer (The Country Girl)
Produtor: William Perlberg • Sindicato de Ladrões (On the Waterfront) Produtor: Sam Spiegel – Sete Noivas Para Sete Irmãos (Seven Brides for Seven Brothers)
Produtor: Jack Cummings
– A Fonte dos Desejos (Three Coins on the Fountain)
Produtor: Sol C. Siegel
Bob Hope introduz o produtor Buddy Adler para apresentar o Oscar de Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Alfred Hitchcock (Janela Indiscreta) • Elia Kazan (Sindicato de Ladrões) – George Seaton (Amar é Sofrer)
– William A. Wellman (Um Fio de Esperança)
– Billy Wilder (Sabrina)
Marlon Brando e Thelma Ritter entregam o Oscar de Direção para Kazan
MELHOR ATOR – Humphrey Bogart (A Nave da Revolta) • Marlon Brando (Sindicato de Ladrões)
– Bing Crosby (Amar é Sofrer)
– James Mason (Nasce uma Estrela)
– Dan O’Herlihy (Aventuras de Robinson Crusoé)
Bette Davis, com seu chapéu chocolate Kiss, apresenta o Oscar de Ator para Marlon Brando
MELHOR ATRIZ – Dorothy Dandridge (Carmen Jones) – Tornou-se a primeira negra a ser indicada para Melhor Atriz
– Judy Garland (Nasce uma Estrela) – Não esteve presente na cerimônia, pois estava dando luz a seu terceiro filho
– Audrey Hepburn (Sabrina) • Grace Kelly (Amar é Sofrer) – Jane Wyman (Sublime Obsessão)
William Holden apresenta o Oscar para Grace Kelly. Logo após o anúncio, a equipe de filmagem abandonou Judy Garland no hospital. Uma lástima.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Lee J. Cobb (Sindicato de Ladrões)
– Karl Malden (Sindicato de Ladrões) • Edmond O’Brien (A Condessa Descalça) – Rod Steiger (Sindicato de Ladrões)
– Tom Tully (A Nave da Revolta)
Vencedora no ano anterior, Donna Reed, apresenta o Oscar de coadjuvante para Edmond O’Brien
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Nina Foch (Um Homem e Dez Destinos)
– Katy Jurado (Lança Partida) • Eva Marie Saint (Sindicato de Ladrões)
– Jan Sterling (Um Fio de Esperança)
– Claire Trevor (Um Fio de Esperança)
Frank Sinatra concede a honra para a grávidíssima Eva Marie Saint: “I may have the baby right here!”
MELHOR ROTEIRO – Stanley Roberts (A Nave da Revolta) • George Seaton (Amar é Sofrer) – John Michael Hayes (Janela Indiscreta)
– Billy Wilder, Samuel A. Taylor, Ernest Lehman (Sabrina)
– Albert Hackett, Frances Goodrich, Dorothy Kingsley (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
MELHOR HISTÓRIA • Phillip Yordan (Lança Partida)
– Ettore Maria Margadonna (Pão, Amor e Fantasia)
– François Boyer (Brinquedo Proibido)
– Jed Harris, Tom Reed (A Sombra da Noite)
– Lamar Trotti (O Mundo da Fantasia)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Joseph L. Mankiewicz (A Condessa Descalça)
– William Rose (Genevieve)
– Valentine Davies, Oscar Brodney (Música e Lágrimas) • Budd Schulberg (Sindicato de Ladrões)
– Norman Panama, Melvin Frank (Cabeça de Pau)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Leon Shamroy (O Egípcio)
– Robert Burks (Janela Indiscreta)
– George J. Folsey (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
– William V. Skall (O Cálice Sagrado) • Milton R. Krasner (A Fonte dos Desejos)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– John F. Warren (Amar é Sofrer)
– George J. Folsey (Um Homem e Dez Destinos)
– John F. Seitz (Pecado e Redenção) • Boris Kaufman (Sindicato de Ladrões)
– Charles Lang (Sabrina)
MELHOR MONTAGEM
– William A. Lyon, Henry Batista (A Nave da Revolta)
– Ralph Dawson (Um Fio de Esperança) • Gene Milford (Sindicato de Ladrões)
– Ralph E. Winters (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
– Elmo Williams (20.000 Léguas Submarinas)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (A Lenda dos Beijos Proibidos)
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Désirée)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Ray Moyer (Ligas Encarnadas)
– Malcolm C. Bert, Gene Allen, Irene Sharaff, George James Hopkins (Nasce uma Estrela) • John Meehan, Emile Kuri (20.000 Léguas Submarinas)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Grace Gregory (Amar é Sofrer)
– Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, Emile Kuri (Um Homem e Dez Destinos) • Richard Day (Sindicato de Ladrões)
– Max Ophuls (O Prazer)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Ray Moyer (Sabrina)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Irene Sharaff (A Lenda dos Beijos Perdidos)
– Charles Le Maire, René Hubert (Désirée)
– Jean Louis, Mary Ann Nyberg, Irene Sharaff (Nasce uma Estrela)
– Charles Le Maire, Travilla, Miles White (O Mundo da Fantasia) • Mitsuzô Wada (Portal do Inferno)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Georges Annenkov, Rosine Delamare (Desejos Proibidos)
– Helen Rose (Um Homem e Dez Destinos)
– Christian Dior (Quando a Mulher Erra)
– Jean Louis (Demônio de Mulher) • Edith Head (Sabrina)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Max Steiner (A Nave da Revolta)
– Larry Adler (Genevieve) • Dimitri Tiomkin (Um Fio de Esperança) – Leonard Bernstein (Sindicato de Ladrões)
– Franz Waxman (O Cálice Sagrado)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Herschel Burke Gilbert (Carmen Jones)
– Joseph Gershenson, Henry Mancini (Música e Lágrimas)
– Ray Heindorf (Nasce uma Estrela)
– Alfred Newman, Lionel Newman (O Munda da Fantasia) • Adolph Deutsch, Saul Chaplin (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Count Your Blessings Instead of Sheep”, de Irving Berlin (Natal Branco)
– “The High and the Mighty”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Um Fio de Esperança)
– “Hold My Hand”, de Jack Lawrence, Richard Myers (Romance de Minha Vida)
– “The Man that Got Away”, de Harold Arlen, Ira Gershwin (Nasce uma Estrela) • “Three Coins in the Fountain”, de Jule Styne, Sammy Cahn (A Fonte dos Desejos)
MELHOR SOM
– Wesley C. Miller (A Lenda dos Beijos Perdidos)
– John P. Livadary (A Nave da Revolta) • Leslie I. Carey (Música e Lágrimas)
– Loren L. Ryder (Janela Indiscreta)
– John Aalberg (Romance de Minha Vida)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Tormenta Sob os Mares
– O Mundo em Perigo • 20.000 Léguas Submarinas
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Beauty and the Bull, de Cedric Francis
– Jet Carrier, de Otto Lang
– Siam, de Walt Disney • A Time Out of War, de Denis Sanders, Terry Sanders
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– The First Piano Quartette, de Otto Lang • This Mechanical Age, de Robert Youngson – Strauss Fantasy, de Johnny Green
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Misturada Louca, de Walter Lantz
– Pigs is Pigs, de Walt Disney
– Sandy Claws, de Edward Selzer
– Touché, Pussy Cat!, dee Fred Quimby • When Magoo Flew, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Jet Carrier, de Otto Lang
– Rembrandt: A Self-Portrait, de Morrie Roizman • Thurday’s Children
MELHOR DOCUMENTÁRIO • A Planície Imensa, de Walt Disney
– The Stratford Adventure, de Guy Glover
HONORARY OSCAR • Greta Garbo • Dannye Kaye • Jon Whiteley (Os Raptores) • Vincent Whiteley (Os Raptores) • Portal do Inferno (Jigokumon), de Teinosuke Kinugasa (Japão)
THE 26th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1954
25 de Março de 1954
A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity), de Fred Zinnemann: 8 Oscars
MELHOR FILME • A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity) Produtor: Buddy Adler – Júlio César (Julius Caesar)
Produtor: John Houseman
– O Manto Sagrado (The Robe)
Produtor: Frank Ross
– A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)
Produtor: William Wyler
– Os Brutos Também Amam (Shane)
Produtor: George Stevens
MELHOR DIRETOR
– George Stevens (Os Brutos Também Amam)
– Charles Walters (Lili)
– Billy Wilder (O Inferno Nº 17)
– William Wyler (A Princesa e o Plebeu) • Fred Zinnemann (A Um Passo da Eternidade)
MELHOR ATOR – Marlon Brando (Júlio César)
– Richard Burton (O Manto Sagrado)
– Montgomery Clift (A Um Passo da Eternidade) • William Holden (O Inferno Nº 17)
– Burt Lancaster (A Um Passo da Eternidade)
Shirley Booth apresenta o Oscar para William Holden com uma encenação num camarim com Donald O’Connor
MELHOR ATRIZ – Leslie Caron (Lili)
– Ava Gardner (Mogambo) • Audrey Hepburn (A Princesa e o Plebeu)
– Deborah Kerr (A Um Passo da Eternidade)
– Maggie McNamara (Ingênua Até Certo Ponto)
Direto do México, Gary Cooper apresenta o Oscar para Audrey Hepburn, que estava em Nova York
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Eddie Albert (A Princesa e o Plebeu)
– Brandon De Wilde (Os Brutos Também Amam)
– Jack Palance (Os Brutos Também Amam) • Frank Sinatra (A Um Passo da Eternidade)
– Robert Strauss (O Inferno Nº 17)
Mercedes McCambridge concede o Oscar para Sinatra, que tem sua carreira ressuscitada logo depois
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Grace Kelly (Mogambo)
– Geraldine Page (Caminhos Ásperos)
– Marjorie Rambeau (Se Eu Soubesse Amar) • Donna Reed (A Um Passo da Eternidade)
– Thelma Ritter (Anjo do Mal)
Vencedor de 3 Oscars de Coadjuvante, Walter Brennan apresenta o Oscar para Donna Reed
MELHOR ROTEIRO
– Eric Ambler (Mar Cruel) • Daniel Taradash (A Um Passo da Eternidade)
– Helen Deutsch (Lili)
– Ian McLellan, John Dighton (A Princesa e o Plebeu)
– A.B. Guthrie Jr. (Os Brutos Também Amam)
MELHOR HISTÓRIA
– Beirne Lay Jr. (Seu Nome e Sua Honra)
– Alec Coppel (As Chaves do Paraíso)
– Louis L’Amour (Caminhos Ásperos) – A indicação foi cancelada quando descobriram que o filme era baseado numa história existente.
– Ray Ashley, Morris Engel, Ruth Orkin (O Pequeno Fugitivo) • Dalton Trumbo (A Princesa e o Plebeu)– Originalmente, o crédito pertenceu a Ian McLellan Hunter, que recebeu por Dalton Trumbo numa época conturbada pela caça às bruxas. A Academia o premiou postumamente em 1993 através de sua esposa.
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Betty Comden, Adolph Green (A Roda da Fortuna)
– Richard Murphy (Ratos do Deserto)
– Sam Rolfe, Harold Jack Bloom (O Preço de um Homem)
– Millard Kaufman (Dá-me Tua Mão) • Charles Brackett, Walter Reisch, Richard L. Breen (Náufragos do Titanic)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– George J. Folsey (Todos os Irmãos Eram Valentes)
– Edward Cronjager (Rochedos da Morte)
– Robert H. Planck (Lili)
– Leon Shamroy (O Manto Sagrado) •Loyal Griggs (Os Brutos Também Amam)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Hal Mohr (The Four Poster) • Burnett Guffey (A Um Passo da Eternidade)
– Joseph Ruttenberg (Júlio César)
– Joseph C. Brun (Martim Lutero)
– Franz Planer, Herni Alekan (A Princesa e o Plebeu)
MELHOR MONTAGEM
– Cotton Warburton (Crazylegs)
– Otto Ludwig (Ingênua Até Certo Ponto) • William A. Lyon (A Um Passo da Eternidade) – Robert Swink (A Princesa e o Plebeu)
– Everett Douglas (A Guerra dos Mundos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Alfred Junge, Hans Peters, John Jarvis (Os Cavaleiros da Távola Redonda)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Arthur Krams (Lili) • Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Paul S. Fox (O Manto Sagrado) – Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edward C. Carfagno, Gabriel Scognamillo, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason, Arthur Krams, Jack D. Moore (A História de Três Amores)
– Cedric Gibbons, Urie McCleary, Edwin B. Willis, Jack D. Moore (A Rainha Virgem)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Paul S. Fox (O Destino Me Persegue) • Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Júlio César) – Fritz Maurischat, Paul Markwitz (Martim Lutero)
– Lyle R. Wheeler, Maurice Ransford, Stuart A. Reiss (Náufragos do Titanic)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler (A Princesa e o Plebeu)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Charles Le Maire, Travilla (Como Agarrar um Milionário)
– Mary Ann Nyberg (A Roda da Fortuna)
– Irene Sharaff (Sua Excelência, a Embaixatriz) • Charles Le Maire, Emile Santiago (O Manto Sagrado)
– Walter Plunkett (A Rainha Virgem)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Jean Louis (A Um Passo da Eternidade)
– Charles Le Maire, Renié (O Destino Me Persegue)
– Walter Plunkett (Papai Não Quer) • Edith Head (A Princesa e o Plebeu)
– Helen Rose, Herschel McCoy (Quem é Meu Amor?)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Hugo Friedhofer (Seu Nome e Sua Honra)
– Morris Stoloff, George Duning (A Um Passo da Eternidade)
– Miklós Rózsa (Júlio César) • Bronislau Kaper (Lili)
– Louis Forbes (This is Cinerama)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Adolph Deutsch (A Roda da Fortuna)
– Ray Heindorf (Ardida Como Pimenta)
– Friedrich Hollaender, Morris Stoloff (Os 5.000 Dedos do Dr. T)
– André Previn, Saul Chaplin (Dá-me um Beijo) • Alfred Newman (Sua Excelência, a Embaixatriz)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Moon is Blue”, de Herschel Burke Gilbert , Sylvia Fine (Ingênua Até Certo Ponto)
– “My Flaming Heart”, de Nicholas Brodszky, Leo Robin (Senhorita Inocência)
– “Sadie Thompson’s Song (Blue Pacific Blues)”, de Lester Lee, Ned Washington (A Mulher de Satã)
– “That’s Amore”, de Harry Warren, Jack Brooks (Sofrendo da Bola) • “Secret Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Ardida Como Pimenta)
MELHOR SOM • John P. Livadary (A Um Passo da Eternidade)
– William A. Mueller (Ardida Como Pimenta)
– Leslie I. Carey (O Aventureiro do Mississippi)
– A.W. Watkins (Os Cavaleiros da Távola Redonda)
– Loren L. Ryder (A Guerra dos Mundos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS •A Guerra dos Mundos
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Ben e Eu, de Walt Disney • Bear Country, de Walt Disney
– Return to Glennascaul
– Vesuvius Express, de Otto Lang
– Wnter Paradise, de Cedric Francis
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Christ Among the Primitives, de Vincenzo Lucci-Chiarissi
– Herring Hunt
– Joy of Living, de Boris Vermont • Overture to the Merry Wives of Windsor, de Johnny Green
– Wee Water Wonders, de Jack Eaton
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Christopher Crumpet, de Stephen Bosustow
– From A to Z-Z-Z-Z, de Edward Selzer
– Rugged Bear, de Walt Disney
– O Coração Delator, de Stephen Bosustow • Toot Whistle Plunk and Boom, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • The Alaskan Eskimo, de Walt Disney
– The Living City, de John Barnes
– Operation Blue Jay
– They Planted a Stone, de James Carr
– The Word, de John Healy, John Adams
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– A Conquista do Everest, de John Taylor, Leon Clore, Grahame Tharp • O Drama do Deserto, de Walt Disney
– A Queen is Crowned, de Castleton Knight
OSCAR HONORÁRIO • Pete Smith • Joseph I. Breen
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • George Stevens
THE 25th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1953
19 de Março de 1953
O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth), de Cecil B. DeMille: 2 OSCARS
MELHOR FILME – Ivanhoé, o Vingador do Rei (Ivanhoe)
Produtor: Pandro S. Berman
– Matar ou Morrer (High Noon)
Produtor: Stanley Kramer • O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth) Produtor: Cecil B. DeMille – Moulin Rouge (Moulin Rouge)
Produtor: John Huston
– Depois do Vendaval (The Quiet Man)
Produtores: John Ford, Merian C. Cooper
Uma lenda de Hollywood, Mary Pickford, apresenta o Oscar para Cecil B. DeMille
MELHOR DIRETOR
– Cecil B. DeMille (O Maior Espetáculo da Terra) • John Ford (Depois do Vendaval)
– John Huston (Moulin Rouge)
– Joseph L. Mankiewicz (Cinco Dedos)
– Fred Zinnemann (Matar ou Morrer)
John Wayne aceita o Oscar por John Ford, concedido por Olivia de Havilland
MELHOR ATOR – Marlon Brando (Viva Zapata!) • Gary Cooper (Matar ou Morrer) – Gary Cooper não estava presente na cerimônia. John Wayne aceitou o prêmio em seu nome – Kirk Douglas (Assim Estava Escrito)
– José Ferrer (Moulin Rouge)
– Alec Guinness (O Mistério da Torre)
John Wayne aceita outro Oscar, mas desta vez por Gary Cooper
MELHOR ATRIZ • Shirley Booth (A Cruz da Minha Vida)
– Joan Crawford (Precipícios d’Alma)
– Bette Davis (Lágrimas Amargas)
– Julie Harris (The Member of the Wedding)
– Susan Hayward (Meu Coração Canta)
Ronald Colman apresenta Melhor Atriz para Shirley Booth, provavelmente a única indicada presente
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Richard Burton (Eu te Matarei, Querida!)
– Arthur Hunnicutt (O Rio da Aventura)
– Victor McLaglen (Depois do Vendaval)
– Jack Palance (Precipícios d’Alma) • Anthony Quinn (Viva Zapata!)– Anthony Quinn não estava presente na cerimônia. Sua esposa Katherine DeMille aceitou o prêmio em seu nome
Greer Garson entrega o prêmio para Katherine DeMille, esposa de Quinn
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE • Gloria Grahame (Assim Estava Escrito)
– Jean Hagen (Cantando na Chuva)
– Colette Marchand (Moulin Rouge)
– Terry Moore (A Cruz da Minha Vida)
– Thelma Ritter (Meu Coração Canta)
O eterno Papai Noel, Edmund Gwenn, entrega o Oscar para Gloria Grahame
MELHOR ROTEIRO • Charles Schnee (Assim Estava Escrito)
– Michael Wilson (Cinco Dedos)
– Carl Foreman (Matar ou Morrer)
– Roger MacDougall, John Dighton, Alexander Mackendrick (O Homem do Terno Branco)
– Frank S. Nugent (Depois do Vendaval)
MELHOR HISTÓRIA
– Leo McCarey (Não Desonres o teu Sangue)
– Martin Goldsmith, Jack Leonard (Rumo ao Inferno) • Fredric M. Frank, Theodore St. John, Frank Cavett (O Maior Espetáculo da Terra)
– Guy Trosper (The Pride of St. Louis)
– Edna Anhalt, Edward Anhalt (Volúpia de Matar)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Sydney Boehm (A Cidade Atômica)
– Terence Rattigan (Sem Barreira no Céu) •T.E.B. Clarke (O Mistério da Torre)
– Ruth Gordon, Garson Kanin (A Mulher Absoluta)
– John Steinbeck (Viva Zapata!)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (Hans Christian Andersen)
– Freddie Young (Ivanhoé, o Vingador do Rei)
– George J. Folsey (A Rainha do Mar) • Winton C. Hoch, Archie Stout (Depois do Vendaval)
– Leon Shamroy (As Neves do Kilimanjaro)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO • Robert Surtees (Assim Estava Escrito)
– Russell Harlan (O Rio da Aventura)
– Joseph LaShelle (Eu te Matarei, Querida!)
– Virgil Miller (Navajo)
– Charles Lang (Precipícios d’Alma)
MELHOR MONTAGEM
– Warren Low (A Cruz da Minha Vida)
– William Austin (Flat Top)
– Anne Bauchens (O Maior Espetáculo da Terra) •Elmo Williams, Harry W. Gerstad (Matar ou Morrer)
– Ralph Kemplen (Moulin Rouge)
O diretor Frank Capra apresenta o Oscar de montagem para Matar ou Morrer
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Richard Day, Antoni Clave, Howard Bristol (Hans Christian Andersen)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Arthur Krams (A Viúva Alegre) • Paul Sheriff, Marcel Vertès (Moulin Rouge)
– Frank Hotaling, John McCarthy Jr., Charles S. Thompson (Depois do Vendaval)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Thomas Little, Paul S. Fox (As Neves do Kilimanjaro)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO • Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Assim Estava Escrito) – Hal Pereira, Roland Anderson, Emile Kuri (Perdição de Amor) – Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott (Eu te Matarei, Querida!) – Takashi Matsuyama, H. Motsumoto (Rashomon) – Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Thomas Little, Claude E. Carpenter (Viva Zapata!)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Edith Head, Dorothy Jeakins, Miles White (O Maior Espetáculo da Terra)
– Antoni Clave, Mary Wills, Barbara Karinska (Hans Christian Andersen)
– Helen Rose, Gile Steele (A Viúva Alegre) • Marcel Vertès (Moulin Rouge)
– Charles Le Maire (Meu Coração Canta)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Jean Louis (Uma Viúva em Trinidad) • Helen Rose (Assim Estava Escrito)
– Edith Head (Perdição por Amor)
– Charles Le Maire, Dorothy Jeakins (Eu te Matarei, Querida!)
– Shiela O’Brien (Precipícios d’Alma)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Miklós Rózsa (Ivanhoé, o Vingador do Rei)
– Max Steiner (A Virgem de Fátima) • Dimitri Tiomkin (Matar ou Morrer)
– Herschel Burke Gilbert (O Ladrão Silencioso)
– Alex North (Viva Zapata!)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Walter Scharf (Hans Christian Andersen)
– Ray Heindorf, Max Steiner (O Cantor de Jazz)
– Gian Carlo Menotti (The Medium) • Alfred Newman (Meu Coração Canta)
– Lennie Hayton (Cantando na Chuva)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Am I in Love”, de Jack Brooks (O Filho do Treme-Treme)
– “Because You’re Mine”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Tu és Minha Paixão) •“High Noon (Do Not Forsake me, Oh My Darlin’)”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Matar ou Morrer)
– “Thumbelina”, de Frank Loesser (Hans Christian Andersen)
– “Zing a Little Zong”, de Harry Warren, Leo Robin (Filhos Esquecidos)
MELHOR SOM
– Gordon Sawyer (Hans Christian Andersen)
– Às Voltas com Três Mulheres
– Daniel J. Bloomberg (Depois do Vendaval)
– Thomas T. Moulton (Meu Coração Canta) • Sem Barreira no Céu
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • O Veleiro da Aventura
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Bridge of Time
– Devil Take Us, de Herbert Morgan
– Thar She Blows!, de Gordon Hollingshead •Water Birds, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Athletes of the Saddle, de Jack Eaton
– Desert Killer, de Gordon Hollingshead •Light in the Window, de Boris Vermont
– Neighbours, de Norman McLaren
– Royal Scotland
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO •Johann Mouse, de Fred Quimby
– Little Johnny Jet, de Fred Quimby
– Madeline, de Stephen Bosustow
– Pink and Blue Blues, de Stephen Bosustow
– The Romance of Transportation in Canada, de Tom Daly
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Devil Take Us, de Herbert Morgan
– Epeira Diadema, de Alberto Ancilotto
– Man Alive!, de Stephen Bosustow •Neighbours, de Norman McLaren
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Hoaxters, de Dore Schary •O Mar que nos Cerca, de Irwin Allen
– Navajo, de Hall Bartlett
OSCAR HONORÁRIO • Harold Lloyd • Bob Hope • Merian C. Cooper • George Alfred Mitchell • Joseph M. Schenck • Brinquedo Proibido (Jeux Interdits), de René Clément (França)
O presidente da Academia, Charles Brackett, rasga elogios a Harold Lloyd antes de lhe entregar o prêmio honorário
O presidente da Academia, Charles Brackett, introduz Luise Rainer que apresenta o Oscar especial para Jacques Bergerac
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Cecil B. DeMille
THE 24th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1952
20 de Março de 1952
Sinfonia de Paris (An American in Paris), de Vincente Minnelli: 6 OSCARS
MELHOR FILME • Sinfonia de Paris (An American in Paris) Produtor: Arthur Freed – Decisão Antes do Amanhecer (Decision Before Dawn)
Produtores: Anatole Litvak, Frank McCarthy
– Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun)
Produtores: George Stevens
– Quo Vadis (Quo Vadis)
Produtor: Sam Zimbalist
– Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire)
Produtor: Charles K. Feldman
Jesse L. Lasky apresenta o Melhor Filme do ano
MELHOR DIRETOR
– John Huston (Uma Aventura na África)
– Elia Kazan (Uma Rua Chamada Pecado)
– Vincente Minnelli (Sinfonia de Paris) • George Stevens (Um Lugar ao Sol)
– William Wyler (Chaga de Fogo)
Joseph L. Mankiewicz premia o grande trabalho de George Stevens
MELHOR ATOR • Humphrey Bogart (Uma Aventura na África) – Marlon Brando (Uma Rua Chamada Pecado) – Montgomery Clift (Um Lugar ao Sol) – Arthur Kennedy (Só Resta a Lembrança)
– Fredric March (A Morte do Caixeiro Viajante)
Greer Garson entrega a estatueta a Humphrey Bogart
MELHOR ATRIZ – Katharine Hepburn (Uma Aventura na África) • Vivien Leigh (Uma Rua Chamada Pecado)– Vivien Leigh não estava presente na cerimônia. Greer Garson aceitou o prêmio em seu nome
– Eleanor Parker (Chaga de Fogo)
– Shelley Winters (Um Lugar ao Sol)
– Jane Wyman (Ainda Há Sol em Minha Vida)
Ronald Colman interage com o host Danny Kaye antes de entregar a estatueta a Greer Garson, que aceitou por Vivien Leigh. Felizmente, desta vez, ela só levou 10 segundos.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Leo Genn (Quo Vadis) • Karl Malden (Uma Rua Chamada Pecado)
– Kevin McCarthy (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Peter Ustinov (Quo Vadis)
– Gig Young (Degradação Humana)
Claire Trevor apresenta o Oscar para Karl Malden, que dá um discurso sucinto
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Joan Blondell (Ainda Há Sol em Minha Vida)
– Mildred Dunnock (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Lee Grant (Chaga de Fogo) • Kim Hunter (Uma Rua Chamada Pecado)– Kim Hunter não estava presente na cerimônia. Bette Davis aceitou o prêmio em seu nome.
– Thelma Ritter (O Quarto Mandamento)
Vencedor no ano anterior, George Sanders anuncia Kim Hunter. Bette Davis agradece com humor.
MELHOR ROTEIRO
– James Agee, John Huston (Uma Aventura na África)
– Philip Yordan, Robert Wyler (Chaga de Fogo)
– Jacques Natanson, Max Ophüls (Conflitos de Amor) • Michael Wilson, Harry Brown (Um Lugar ao Sol)
– Tennessee Williams (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR HISTÓRIA
– Budd Boetticher, Ray Nazarro (Paixão de Toureiro)
– Oscar Millard (Homens Rãs)
– Robert Riskin, Liam O’Brien (Órfãos da Tempestade)
– Alfred Hayes, Stewart Stern (Teresa) • Paul Dehn, James Bernard (Ultimatum)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Billy Wilder, Lesser Samuels, Walter Newman (A Montanha dos Sete Abutres) • Alan Jay Lerner (Sinfonia de Paris)
– Philip Dunne (David e Betsabá)
– Robert Pirosh (Todos São Valentes)
– Clarence Greene, Russell Rouse (O Poço da Angústia)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Alfred Gilks, John Alton (Sinfonia de Paris)
– Leon Shamroy (David e Betsabá)
– Robert Surtees, William V. Skall (Quo Vadis)
– Charles Rosher (O Barco das Ilusões)
– John F. Seitz, W. Howard Greene (O Fim do Mundo)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Franz Planer (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Norbert Brodine (Homens Rãs) • William C. Mellor (Um Lugar ao Sol) – Robert Burks (Pacto Sinistro)
– Harry Stradling Sr. (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR MONTAGEM
– Adrienne Fazan (Sinfonia de Paris)
– Dorothy Spencer (Decisão Antes do Amanhecer) • William Hornbeck (Um Lugar ao Sol)
– Ralph E. Winters (Quo Vadis)
– Chester W. Schaeffer (O Poço da Angústia)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA • Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Sinfonia de Paris)
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Thomas Little, Paul S. Fox (David e Betsabá)
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Joseph C. Wright, Thomas Little, Walter M. Scott (Escândalos na Riviera)
– William A. Horning, Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Hugh Hunt (Quo Vadis)
– Hein Heckroth (Contos de Hoffmann)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Thomas Little, Fred J. Rode (Horas Intermináveis)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Thomas Little, Paul S. Fox (Terível Suspeita)
– Jean d’Eaubonne (Conflitos de Amor)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Jack D. Moore (Cedo Para Beijar) • Richard Day, George James Hopkins (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR FIGURINO COLORIDO • Orry-Kelly, Walter Plunkett, Irene Sharaff (Sinfonia de Paris)
– Charles Le Maire, Edward Stevenson (David e Betsabá)
– Helen Rose, Gile Steele (O Grande Caruso)
– Herschel McCoy (Quo Vadis)
– Hein Heckroth (Contos de Hoffmann)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Walter Plunkett, Gile Steele (Bondade Fatal)
– Charles Le Maire, Renié (The Model and the Marriage Broker)
– Edward Stevenson, Margaret Furse (O Garoto e a Rainha) • Edith Head (Um Lugar ao Sol)
– Lucinda Ballard (Uma Rua Chamada Pecado)
Zsa Zsa Gabor apresenta os dois prêmios de figurino
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (David e Betsabá)
– Alex North (A Morte do Caixeiro Viajante) • Franz Waxman (Um Lugar ao Sol)
– Miklós Rózsa (Quo Vadis)
– Alex North (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Oliver Wallace (Alice no País das Maravilhas) • Johnny Green, Saul Chaplin (Sinfonia de Paris)
– Peter Herman Adler, Johnny Green (O Grande Caruso)
– Alfred Newman (Escândalos na Riviera)
– Adolph Deutsch, Conrad Salinger (O Barco das Ilusões)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “A Kiss to Build a Dream on”, de Bert Kalmar, Harry Ruby, Oscar Hammerstein II (Amei e Errei) •“In the Cool, Cool, Cool of the Evening”, de Hoagy Carmichael, Johnny Mercer (Órfãos da Tempestade)
– “Never”, de Lionel Newman, Eliot Daniel (A Vênus de Ouro)
– “Too Late Now”, de Burton Lane, Alan Jay Lerner (Núpcias Reais)
– “Wonder Why”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Rica, Bonita e Solteira)
MELHOR SOM
– Leslie I. Carey (Só Resta a Lembrança) • Douglas Shearer (O Grande Caruso) – Gordon Sawyer (Não Quero Dizer-te Adeus)
– Nathan Levinson (Uma Rua Chamada Pecado)
– John Aalberg (Vinho, Mulheres e Música)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • O Fim do Mundo
Sally Forrest apresenta prêmio especial para os efeitos de O Fim do Mundo, uma vez que não houve competição este ano.
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Balzac
– Danger Under the Sea, de Tom Mead • Nature’s Half Acre, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Ridin’ the Rails, de Jack Eaton
– The Story of Time, de Robert G. Leffingwell • World of Kids, de Robert Youngson
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Cordeiro, o Leão Medroso, de Walt Disney
– Rooty Toot Toot, de Stephen Bosustow • The Two Mouseketeers, de Fred Quimby
Danny Kaye introduz a estrela de TV Lucille Ball, que apresenta três Oscars numa tacada só.
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Benjy, de Fred Zinnemann
– One Who Came Back, de Owen Crump
– The Seeing Eye, de Gordon Hollingshead
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Fui Comunista para o F.B.I., de Bryan Foy • Kon-Tiki, de Thor Heyerdahl
OSCAR HONORÁRIO • Gene Kelly • Rashomon (Rashomon), de Akira Kurosawa (Japão)
A bela Leslie Caron entrega o prêmio especial para o membro oficial do governo japonês Ken Yoshida
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Arthur Freed
Stanley Donen aceita por Gene Kelly, enquanto Arthur Freed recebe seu prêmio especial
THE 23rd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1951
29 de Março de 1951
A Malvada (All About Eve), de Joseph L. Mankiewicz: 6 OSCARS
MELHOR FILME • A Malvada (All About Eve) – Nascida Ontem (Born Yesterday)
– O Papai da Noiva (Father of the Bride) – As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines)
– Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd.)
MELHOR DIRETOR
– George Cukor (Nascida Ontem)
– John Huston (O Segredo das Jóias) • Joseph L. Mankiewicz (A Malvada)
– Carol Reed (O Terceiro Homem)
– Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses)
Vencedor como Melhor Diretor em 1938 e 1945, Leo McCarey apresenta o Oscar para Joseph L. Mankiewicz
MELHOR ATOR – Louis Calhern (Nobre Rebelde) • José Ferrer (Cyrano de Bergerac) – William Holden (Crepúsculo dos Deuses)
– James Stewart (Meu Amigo Harvey)
– Spencer Tracy (O Papai da Noiva)
Helen Hayes apresenta o prêmio para José Ferrer, que aceitou de Nova York.
Como Cyrano de Bergerac, José Ferrer faturou seu único Oscar (photo by acertaincinema.com)
MELHOR ATRIZ – Anne Baxter (A Malvada)
– Bette Davis (A Malvada) • Judy Holliday (Nascida Ontem)– Judy Holliday não estava presente na cerimônia. Ethel Barrymore aceitou o prêmio em seu nome.
– Eleanor Parker (À Margem da Vida)
– Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses)
Broderick Crawford apresenta as indicadas e entrega para Ethel Barrymore
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Jeff Chandler (Flechas de Fogo)
– Edmund Gwenn (Senhor 880)
– Sam Jaffe (O Segredo das Jóias) • George Sanders (A Malvada)
– Erich von Stroheim (Crepúsculo dos Deuses)
Vencedora no ano anterior, Mercedes McCambridge concede o Oscar para George Sanders
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Hope Emerson (À Margem da Vida)
– Celeste Holm (A Malvada) • Josephine Hull (Meu Amigo Harvey)
– Nancy Olson (Crepúsculo dos Deuses)
– Thelma Ritter (A Malvada)
Dean Jagger anuncia Josephine Hull, que faz um discurso acalorado
MELHOR ROTEIRO • Joseph L. Mankiewicz (A Malvada) – Ben Maddow, John Huston (O Segredo das Jóias)
– Albert Mannheimer (Nascida Ontem)
– Albert Maltz (Flechas de Fogo)
– Frances Goodrich, Albert Hackett (O Papai da Noiva)
MELHOR HISTÓRIA – Giuseppe De Santis, Carlo Lizzani (Arroz Amargo)
– William Bowers, André De Toth (O Matador)
– Leonard Spigelgass (A Noite de 23 de Maio) • Edna Anhalt, Edward Anhalt (Pânico nas Ruas)
– Sy Gomberg (When Willie Comes Marching Home)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Ruth Gordon, Garson Kanin (A Costela de Adão)
– Virginia Kellogg, Bernard C. Schoenfeld (À Margem da Vida)
– Carl Foreman (Espíritos Indômitos)
– Joseph L. Mankiewicz, Lesser Samuels (O Ódio é Cego) • Charles Brackett, Billy Wilder, D.M. Marshman Jr. (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA – Charles Rosher (Bonita e Valente)
– Ernest Palmer (Flechas de Fogo)
– Ernest Haller (O Gavião e a Flecha) • Robert Surtees (As Minas do Rei Salomão)
– George Barnes (Sansão e Dalila)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Milton R. Krasner (A Malvada)
– Harold Rosson (O Segredo das Jóias)
– Victor Milner (Almas em Fúria) • Robert Krasker (O Terceiro Homem)
– John F. Seitz (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR MONTAGEM
– Barbara McLean (A Malvada)
– James E. Newcom (Bonita e Valente) • Ralph E. Winters, Conrad A. Nervig (As Minas do Rei Salomão)
– Arthur P. Schmidt, Doane Harrison (Crepúsculo dos Deuses)
– Oswald Hafenrichter (O Terceiro Homem)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. WIllis, Richard Pefferle (Bonita e Valente)
– Ernst Fegté, George Sawley (Destino à Lua) •Hans Dreier, Walter H. Tyler, Sam Comer, Ray Moyer (Sansão e Dalila)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Thomas Little, Walter M. Scott (A Malvada)
– Cedric Gibbons, Hans Peters, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Danúbio Vermelho) •Hans Dreier, John Meehan, Sam Comer, Ray Moyer (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Michael Whittaker (A Rosa Negra)
– Walter Plunkett, Valles (A Glória de Amar) •Edith Head, Dorothy Jeakins, Elois Jenssen, Gile Steele, Gwen Wakeling (Sansão e Dalila)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO •Edith Head, Charles Le Maire (A Malvada)
– Jean Louis (Nascida Ontem)
– Walter Plunkett (Nobre Rebelde)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (A Malvada)
– Max Steiner (O Gavião e a Flecha)
– George Duning (Destino Amargo)
– Victor Young (Sansão e Dalila) •Franz Waxman (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL •Adolph Deutsch, Roger Edens (Bonita e Valente)
– Oliver Wallace, Paul J. Smith (Cinderela)
– Lionel Newman (De Corpo e Alma)
– André Previn (Três Palavrinhas)
– Ray Heindorf (Conquistando West Point)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Be My Love”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Quando Eu Te Amei)
– “Bibbdi-Bobbdi-Boo”, de Mack David, Al Hoffman, Jerry Livingston (Cinderela) •“Mona Lisa”, de Ray Evans, Jay Livingston (Missão de Vingança)
– “Mule Train”, de Fred Glickman, Hy Heath, Johnny Lange (Audácia dos Fortes)
– “Wilhelmina”, de Josef Myrow, Mack Gordon (Noiva que Não Beija)
O host Fred Astaire introduz o colega de dança Gene Kelly, que apresenta os três Oscars musicais
MELHOR SOM •Thomas T. Moulton (A Malvada)
– C.O. Slyfield (Cinderela)
– Leslie I. Carey (Os Noivos de Mamãe)
– Gordon Sawyer (Vida de Minha Vida)
– Cyril Crowhurst (Três Destinos)
A graciosa Marylin Monroe apresenta o prêmio para o filme em que atuou, A Malvada
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS •Destino à Lua
– Sansão e Dalila
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS •Beaver Valley, de Walt Disney
– Grandma Moses
– My Country ‘Tis of Thee, de Gordon Hollingshead
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Blaze Busters, de Robert Youngson • Grandad of Races, de Gordon Hollingshead
– Wrong Way Butch, de Pete Smith
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • Gerald McBoing-Boing, de Stephen Bosustow
– Jerry’s Cousin, de Fred Quimby
– Trouble Indemnity, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– The Fight : Science Against Cancer
– The Stairs •Why Korea?, de Edmund Reek
MELHOR DOCUMENTÁRIO •Kon-Tiki, de Olle Nordemar
– The Titan: Story of Michelangelo
– With These Hands, de Jack Arnold, Lee Goodman
OSCAR HONORÁRIO • George Murphy • Louis B. Mayer • Três Dias de Amor (Le Mura di Malapaga), de René Clément (França/ Itália)
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Darryl F. Zanuck
BIBLIOGRAFIA:
* Osborne, Robert A. 80 Years of Oscar: the official history of the Academy Awards. Abbeville Press, 2008.
* Ewald Filho, Rubens. Rubens Ewald Filho: O Oscar e eu. São Paulo. Companhia Editora Nacional, 2003.
Apesar da Associação de Críticos de Filmes de Los Angeles estar longe de ser uma prévia do Oscar, uma vez que apenas um filme coincidiu como Melhor Filme para ambos na última década – Guerra ao Terror, em 2009, suas escolhas como melhores do ano no Cinema acabam sempre entre os indicados da Academia. Se você pegar os eleitos da LAFCA desde sua fundação em 1975, perceberá que na maioria dos casos, os filmes e artistas eleitos trabalharam com temas bastante humanistas ou pelo menos, com ênfase na natureza humana.
Um Estranho no Ninho
Em 1975, Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest) e Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon)empataram como Melhor Filme. Para quem não conhece, o primeiro relata o caso de Randall McMurphy (vivido por Jack Nicholson) que, ao se fingir de louco para escapar do trabalho árduo da prisão, descobre as injustiças do sistema ditatorial de um hospício com seus pacientes, enquanto que o segundo conta a história verídica de um assaltante de banco (Al Pacino) que queria roubar apenas para poder pagar a operação de troca de sexo de seu parceiro. Percebe-se que essa seleção da LAFCA já se tornara padrão de qualidade desde o início e isso se permeou nas décadas seguintes.
Um Dia de Cão
Ao contrário da Academia, que muitas vezes premiou seus Melhores Filmes utilizando a grandiosidade do espetáculo como parâmetro de qualidade (vide Sinfonia de Paris (1951), O Maior Espetáculo da Terra (1952), A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (1956), Oliver! (1968)e Dança com Lobos (1990)), a LAFCA prefere uma história bem contada, preferencialmente de temática humanista. Prova disso é a escolha da animação Wall-E como Melhor Filme de 2008.
Este ano, apesar de A Árvore da Vida ter levado 2 prêmios (Melhor Diretor e Roteiro), foi Os Descendentes, de Alexander Payne, que venceu como Melhor Filme. Toda a grandiosidade do tema do filme de Terrence Mallick sucumbiu diante do tema humano do filme de Payne que, com este prêmio, leva seu terceiro LAFCA de Melhor Filme (premiado antes por As Confissões de Schmidt e Sideways – Entre Umas e Outras).
Jeong-Hie Yun, em Poesia
Outra característica dos selecionados da LAFCA é o aumento de atores estrangeiros. As coreanas Jeong-Hie Yun e Hye-Ja Kim foram premiadas como Melhor Atriz este ano e ano passado, respectivamente, batendo favoritismos americanos como Natalie Portman, Meryl Streep e Annete Bening. Em 2009, o francês Niels Arestrup venceu como Ator Coadjuvante pelo ótimo O Profeta, desbancando Christian Bale e Geoffrey Rush, e a australiana Jackie Weaver, pelo Reino Animal, venceu a favorita Melissa Leo como Atriz Coadjuvante.
Jessica Chastain
Falando em Atriz Coadjuvante, a jovem atriz americana Jessica Chastain explodiu este ano, coincidindo várias produções lançadas no mesmo ano, tanto que a LAFCA fez questão de mencioná-las como forma de conjunto da obra. Pelo seu histórico, Chastain iniciou na carreira como dançarina de uma companhia de dança, partindo em seguida para o teatro shakespeariano, interpretando Juilliard em Romeu e Julieta. É sempre gratificante ver novos talentos surgindo diante de tantos atores medíocres atuais, que não merecem a atenção e o salário elevadíssimo. Na ala masculina, vale ressaltar o ótimo ator Michael Fassbender, que foi descoberto pelo filme independente Hunger, de Steve McQueen, de 2008. Apesar do ator alemão ter participado de grandes produções como 300 e Bastardos Inglórios, foi em papéis de filmes menores que Fassbender conseguiu maior reconhecimento, como na produção inglesa Fish Tank, de Andrea Arnold. Este ano, ele conciliou produções hollywoodianas com independentes. Soube dar a profundidade devida ao personagem Magneto do filme X-Men: Primeira Classe, não devendo nada à performance de Ian McKellen pelo mesmo papel nos filmes anteriores. E interpretou ninguém menos que Carl Jung no filme Um Método Perigoso, de David Cronnenberg.
MELHOR FILME
Os Descendentes, de Alexander Payne
2º Lugar: A Árvore da Vida, de Terrence Mallick
MELHOR DIRETOR
Terrence Mallick (A Árvore da Vida)
2º Lugar: Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)
Michael Fassbender
MELHOR ATOR
Michael Fassbender (Shame) (Um Método Perigoso) (Jane Eyre) (X-Men: Primeira Classe)
2º Lugar:Michael Shannon (O Abrigo)
MELHOR ATRIZ
Jeong-Hie Yun (Poesia)
2º Lugar: Kirsten Dunst (Melancolia)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)
2º Lugar: Patton Oswalt (Jovens Adultos)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Jessica Chastain (A Árvore da Vida) (Histórias Cruzadas) (O Abrigo) (Coriolanus) (No Limite da Mentira) (Em Busca de um Assassino)
2º Lugar: Janet McTeer (Albert Nobbs)
MELHOR ROTEIRO
Asghar Farhadi (A Separação)
2º Lugar: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash (Os Descendentes)
MELHOR FOTOGRAFIA
Emmanuel Lubezki (A Árvore da Vida)
2º Lugar: Cao Yu (The City of Life and Death)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Dante Ferretti (A Invenção de Hugo Cabret)
2º Lugar: Maria Djurkovic (Tinker Taylor Soldier Spy)
MELHOR TRILHA MUSICAL
Hanna, de Joe Wright
The Chemical Brothers (Hanna)
2º Lugar: Cliff Martinez (Drive)
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
The City of Life and Death, de Chuan Lu (China)
2º Lugar: A Separação, de Asghar Farhadi (Irã)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
The Cave of Forgotten Dreams, de Werner Herzog
2º Lugar: The Arbor, de Clio Barnard
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
Rango, de Gore Verbinski
2º Lugar: As Aventuras de Tintim, de Steven Spielberg
NEW GENERATION Award
Antonio Campos, Sean Durkin, Josh Mond e Elizabeth Olsen (Martha Marcy May Marlene)
Doris Day
CAREER ACHIEVEMENT
Doris Day
THE DOUGLAS EDWARDS EXPERIMENTAL/ INDEPENDENT FILM/ VIDEO Award