‘OS 7 DE CHICAGO’ CONQUISTA o SAG de ELENCO. VIOLA DAVIS SURPREENDE

SINDICATO DE ATORES APONTA E POSSIBILITA MAIOR DIVERSIDADE ENTRE VENCEDORES DO OSCAR

Após descobrir que o SAG Awards não seria transmitido no Brasil, houve uma corrida contra o tempo para tentar dar algum jeito de acompanhar a cerimônia de forma “alternativa”. Claro que não é algo aconselhável ou recomendável, mas estávamos curiosos para ver como seria esse SAG pré-gravado por causa da pandemia. A intenção de pré-gravar os discursos de agradecimento era reduzir a duração do evento para uma hora, com a intenção de fugir da monotonia das conexões via Zoom ao vivo. Para isso funcionar, a organização do evento teria pedido bico calado aos indicados e vencedores nas redes sociais para tentar manter o elemento surpresa dos resultados.

Claro que houve um suposto vazamento que indicava as vitórias de Viola Davis e Maria Bakalova, mas esse boato se mostrou apenas 50% correto. Viola Davis foi a grande surpresa da noite ao vencer como Melhor Atriz por A Voz Suprema do Blues. Assim como nós, muitos sequer consideravam essa possibilidade já que ela já havia conquistado 2 SAG por Histórias Cruzadas e Um Limite Entre Nós, além de outros dois pela série How to Get Away With Murder. Num ano bastante imprevisível na categoria, em que Andra Day levou o Globo de Ouro, Carey Mulligan levou o Critics’ Choice e agora Viola leva o SAG (sendo que nem Viola, nem Carey, nem Andra foram indicadas ao BAFTA), talvez exista uma tendência para tornar Viola Davis a segunda atriz negra a vencer o Oscar de Melhor Atriz na história, quebrando finalmente a marca de 2002 de Halle Berry. E mesmo que isso não se concretize e Carey Mulligan leve o Oscar, não poderemos reclamar da previsibilidade que tem dominado as últimas temporadas de premiações.

Já a derrota de Maria Bakalova não chega a ser tão surpreendente, pois a categoria de Atriz Coadjuvante está bastante imprevisível. A vitória da coreana Yuh-Jung Youn reforça a campanha de Minari no Oscar, e a atriz veterana tem as melhores chances de conquistar a estatueta. Por se tratar de uma performance em língua estrangeira, não descartamos totalmente Glenn Close ou Olivia Colman.

Nas categorias masculinas, deu o óbvio: Chadwick Boseman por A Voz Suprema do Blues, e Daniel Kaluuya por Judas e o Messias Negro. Caso esses mesmos vencedores se repitam no Oscar, será a primeira vez em 93 anos que não haveria atores brancos entre os vencedores, ou pelo menos que eles deixarão de ser a maioria. Gostaríamos muito que Anthony Hopkins tivesse levado o SAG pela magistral performance em Meu Pai, mas a comoção relacionada a Chadwick ainda pesa contra sua campanha.

Embora tenha Sacha Baron Cohen entre os indicados de Ator Coadjuvante, Os 7 de Chicago tinha única chance real como Melhor Elenco, mas não necessariamente por reunir o melhor elenco em si, mas de contar com grandes nomes numa história com tantos personagens. O filme de tribunal de Aaron Sorkin começou a temporada como o grande favorito, mas hoje tem o SAG de Elenco como único embasamento até o Oscar. Claro que existe a chance de ganhar Roteiro Original, mas após a vitória de Bela Vingança nesta categoria no WGA (sindicato de roteiristas), o panorama decaiu novamente. Se nos últimos 10 anos, o vencedor do SAG de Elenco ajudou na escolha de Melhor Filme no Oscar, é quase certeza de que isso não se repetirá em 2021.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 27º SAG AWARDS:

CINEMA

MELHOR ELENCO
* Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
* A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
* Minari
* Uma Noite em Miami… (One Night in Miami)
* Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

MELHOR ATOR
* Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

MELHOR ATRIZ 
* Amy Adams (Era uma Vez um Sonho)
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
* Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Jared Leto (The Little Things)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Yuh-Jung Youn (Minari)
* Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS
– Destacamento Blood
– Mulan
– Relatos do Mundo
– Os 7 de Chicago
* Mulher Maravilha 1984

TV/STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA
* Better Call Saul
* Bridgerton
* The Crown
* Lovecraft Country
* Ozark

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
* Jason Bateman (Ozark)
* Sterling K. Brown (This is Us)
* Josh O’Connor (The Crown)
* Bob Odenkirk (Better Call Saul)
* Rege-Jean Page (Bridgerton)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
* Gillian Anderson (The Crown)
* Olivia Colman (The Crown)
* Emma Corrin (The Crown)
* Julia Garner (Ozark)
* Laura Linney (Ozark)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Bill Camp (The Queen’s Gambit)
* Daveed Diggs (Hamilton)
* Hugh Grant (The Undoing)
* Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
* Mark Ruffalo (I Know This Much Is True)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Cate Blanchett (Mrs. America)
* Michaela Coel (I May Destroy You)
* Nicole Kidman (The Undoing)
* Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
* Kerry Washington (Little Fires Everywhere)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA
* Dead to Me
* The Flight Attendant
* The Great
* Schitt’s Creek
* Ted Lasso

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
* Nicholas Hoult (The Great)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Eugene Levy (Schitt’s Creek)
* Jason Sudeikis (Ted Lasso)
* Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
* Christina Applegate (Dead to Me) 
* Linda Cardellini (Dead to Me) 
* Kaley Cuoco (The Flight Attendant) 
* Annie Murphy (Schitt’s Creek) 
* Catherine O’Hara (Schitt’s Creek) 

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DRAMÁTICA OU DE COMÉDIA
– The Boys
– Cobra Kai
– Lovecraft Country
* The Mandalorian
– Westworld

‘MANK’ LIDERA INDICAÇÕES ao OSCAR 2021. THOMAS VINTERBERG e LAKEITH STANFIELD são as GRANDES SURPRESAS

PELA PRIMEIRA VEZ, DUAS DIRETORAS SÃO INDICADAS EM MESMA EDIÇÃO

O anúncio dos indicados ao Oscar estava previamente agendado para às 10h19, horário de Brasília, mas com a entrada do horário de verão nos EUA, o evento ao vivo foi antecipado para às 9h19. Muitos canais online que queriam cobrir o anúncio em lives também sofreram com essa mudança de última hora. Conforme combinado, o casal Priyanka Chopra e Nick Jonas dividiram essa responsabilidade em duas partes. Ela ficou bastante feliz pela indicação a Melhor Roteiro Original para o filme O Tigre Branco, no qual estrela ao lado de Adarsh Gourav. Poderiam ter caprichado um pouco mais na arte e inserido fotos dos filmes e atores indicados, mas preferiram apenas o texto. Confira o anúncio em vídeo do YouTube abaixo:

NÚMEROS DO OSCAR

Como previsto, Mank foi o filme que mais acumulou indicações nesta 93ª edição do Oscar, com 10. Com 6 indicações cada, seis filmes empataram: MEU PAI, JUDAS E O MESSIAS NEGRO, MINARI, NOMADLAND, O SOM DO SILÊNCIO e OS 7 DE CHICAGO. Todos os filmes acima foram indicados a Melhor Filme ao lado de BELA VINGANÇA que recebeu 5 indicações.

Num ano marcado pela pandemia, a NETFLIX foi a recordista pelo segundo ano consecutivo com 35 indicações. Em 2020, a companhia de streaming havia acumulado 24 indicações.

Esta foi a última vez que a categoria de MELHOR FILME terá número de indicados flexível dependendo do número de votos. Foi combinado que a partir da próxima edição, teremos sempre DEZ filmes indicados a Melhor Filme, como foi em 2010 e 2011. O objetivo é aumentar a visibilidade de mais filmes que tragam maior diversidade ao Oscar (e por que não audiência?). Este ano, tivemos oito indicados, e tivemos ausência de três indicados ao PGA: Borat: Fita de Cinema Seguinte, A Voz Suprema do Blues e Uma Noite em Miami.

HISTÓRICOS

Depois de 93 anos, finalmente temos duas diretoras indicadas na categoria de DIREÇÃO: Emerald Fennell por Bela Vingança e CHLOÉ ZHAO por Nomadland. Elas se tornaram apenas a SEXTA e SÉTIMA mulheres indicadas nesta categoria. Enquanto Zhao se tornou a primeira diretora não-branca indicada e foi a primeira mulher a receber 4 indicações (Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Montagem), Fennell foi a terceira mulher a acumular 3 indicações (Filme, Direção e Roteiro Original). Havia a possibilidade de Regina King também integrar essa acirrada competição por Uma Noite em Miami, mas sua possível vaga foi “roubada” pelo dinamarquês THOMAS VINTERBERG por Druk – Mais uma Rodada.

Pela primeira vez, tivemos NOVE ATORES NÃO-BRANCOS indicados nas 4 categorias: Chadwick Boseman, Riz Ahmed (primeiro descendente de Paquistanês indicado), Steven Yeun e Yuh-Jung Youn (primeiros atores sul-coreanos), Andra Day, Viola Davis, Daniel Kaluuya, LaKeith Stanfield e Leslie Odom Jr.

CHADWICK BOSEMAN se tornou apenas o sétimo ator a receber indicação póstuma. O jovem ator, que faleceu em Agosto de 2020 aos 43 anos, junta-se a nomes consagrados como James Dean (Vidas Amargas e Assim Caminha a Humanidade) e os vencedores do Oscar Peter Finch (Rede de Intrigas) e Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas). Ele é o primeiro ator negro a ser indicado postumamente.

SURPRESAS E AUSÊNCIAS

Talvez a maior surpresa desta edição tenha sido a indicação de LaKeith Stanfield. Se ele fosse indicado para Melhor Ator já seria uma surpresa, mas como foi indicado a Ator Coadjuvante, foi um CHOQUE! Mais uma vez vemos aquela manipulação entre as categorias de atuação, mas de forma mais descarada aqui, afinal, se Stanfield e Kaluuya são Coadjuvantes, quem é o protagonista em Judas e o Messias Negro??

A segunda maior surpresa foi a de Thomas Vinterberg na Melhor Direção. Embora ele tivesse sido recentemente indicado ao BAFTA, poucos previram outra indicação a não ser na categoria de Filme Internacional pela Dinamarca. Havia uma chance mínima também para uma indicação de Melhor Ator para Mads Mikkelsen, mas a disputa estava acirradíssima. Num ano conturbado, com Minari levando vários prêmios de Filme em Língua Estrangeira, mas não podendo concorrer ao Oscar da categoria por ser uma produção americana, e Bacurau excluído por ter competido em 2020, Druk – Mais uma Rodada foi se firmando como favorito.

Ainda sobre a categoria de Filme Internacional, embora imprevisível este ano, podemos considerar surpresas as indicações do filme de Hong Kong, Better Days, e da Tunísia, The Man Who Sold His Skin. Havia uma expectativa de indicações para o filme La Llorona, da Guatemala, Nós Duas, da França, e até A Sun, de Taiwan. Romênia e Tunísia comemoram suas primeiras indicações ao Oscar.

Voltando às categorias de atuação, e GLENN CLOSE? Ela se tornou a terceira pessoa a ter a mesma performance indicada para o Oscar e para o Framboesa de Ouro! Se ganhar o Oscar, torna-se a primeira a conquistar esse feito. E se perder, será sua oitava derrota sem nenhuma vitória. Pra sorte dela, não existe uma franco-favorita na categoria (Yuh-Jung Youn é a mais cotada), então pode ser que ela ganhe, mas será aquela vitória com bastante ressalva por causa do Framboesa. E se perder, será a atriz recordista de indicações sem vitória, igualando o recorde histórico do já falecido Peter O’Toole.

Depois de muita pressão por não terem indicado SONG KANG HO ano passado por Parasita, STEVEN YEUN se torna o primeiro ator sul-coreano indicado ao Oscar por Minari. Quando se fala sobre #OscarsSoWhite, é mais comum discutirmos a ausência de atores negros, então ficamos contentes com a inclusão de dois atores asiáticos numa só edição, já que YUH-JUNG YOUN também foi reconhecida na categoria de Atriz Coadjuvante. Ela tem tudo para representar Minari no palco, pois a disputa entre as atrizes está bastante confusa ainda. Aliás, o SAG que será no próximo dia 04 de Abril, deve esclarecer melhor as reais chances dos atores até o final da temporada.

Com uma boa safra de performances, muitos atores acabaram sendo esnobados, mas felizmente nenhuma dessas ausências pode ser considerada um absurdo ou um ultraje. Melhor Ator: Delroy Lindo (Destacamento Blood) e Tahar Rahim (The Mauritanian); Melhor Atriz: Amy Adams (Era uma Vez um Sonho), Sophia Loren (Rosa e Momo) e Zendaya (Malcolm & Marie); Melhor Ator Coadjuvante: Chadwick Boseman (Destacamento Blood), Alan Kim (Minari), Bill Murray (On the Rocks) e Jared Leto (Os Pequenos Vestígios); Melhor Atriz Coadjuvante: Jodie Foster (The Mauritanian), Helena Zengel (Relatos do Mundo) e Dominique Fishback (Judas e o Messias Negro). Desses acima, gostaríamos de ter visto indicações para Tahar Rahim que está fantástico em The Mauritanian, e para Alan Kim, que conquista o coração de todos em Minari. Já das atuações que foram esnobadas por todos, mas adoraríamos ver aqui é a de Elisabeth Moss em O Homem Invisível, que também merecia indicação pelos efeitos visuais.

Dentre outras boas surpresas, destacamos a dupla indicação do filme romeno COLLECTIVE para DOCUMENTÁRIO e FILME INTERNACIONAL, repetindo o raro feito de Honeyland na última edição, que saiu sem nenhuma estatueta. A categoria de Documentário está bem representada também por AGENTE DUPLO, CRIP CAMP, TIME e PROFESSOR POLVO. Na categoria de Longa de Animação, gostamos da entrada do simpático trabalho de stop motion SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA, mas esperávamos que ele tomasse o lugar do fraco A CAMINHO DA LUA, para que a sequência Croods 2: Uma Nova Era fosse indicada.

Comemoramos duas ausências que indicam uma queda nas chances de Melhor Filme. A primeira para JACK FINCHER pelo roteiro de MANK. O filme de David Fincher pode ser perfeito em muitos aspectos técnicos, principalmente Fotografia e Som, mas seu roteiro, escrito décadas atrás, não chega a empolgar para um filme de bastidores de Hollywood e de Cidadão Kane. E a segunda seria a de AARON SORKIN na categoria de DIREÇÃO por OS 7 DE CHICAGO. Sorkin ainda precisa comer muito arroz e feijão para se tornar um bom diretor, então ficamos felizes por sua substituição na categoria. Ambas as ausências enfraquecem as campanhas dos filmes para ganhar o Oscar de Melhor Filme, afinal, indicações para direção e roteiro costumam ser essenciais para levar o prêmio principal da noite.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS AO 93º ACADEMY AWARDS:

FILME
Meu Pai (The Father)
Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah)
Mank (Mank)
Minari (Minari)
Nomadland (Nomadland)
Bela Vingança (Promising Young Woman)
O Som do Silêncio (Sound of Metal)
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

DIREÇÃO
* Thomas Vinterberg (Druk – Mais uma Rodada)
* David Fincher (Mank)
* Lee Isaac Chung (Minari)
* Emerald Fennell (Bela Vingança)
Chloé Zhao (Nomadland)

ATOR
*
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

ATRIZ
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Andra Day (Estados Unidos vs. Billie Holiday)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

ATOR COADJUVANTE
* Sacha Baron Cohen
(Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami)
* Paul Raci (O Som do Silêncio)
* LaKeith Stanfield (Judas e o Messias Negro)

ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova
(Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Amanda Seyfried (Mank)
* Yuh-Jung Youn (Minari)

ROTEIRO ORIGINAL
* Judas e o Messias Negro – Will Berson, Shaka King, Keith Lucas, Kenneth Lucas 
Minari – Lee Isaac Chung 
* Bela Vingança – Emerald Fennell
O Som do Silêncio – Abraham Marder, Darius Marder, Derek Cianfrance 
Os 7 de Chicago – Aaron Sorkin

ROTEIRO ADAPTADO
*
Borat: Fita de Cinema Seguinte – Peter Baynham, Sacha Baron Cohen, Jena Friedman, Anthony Hines, Lee Kern, Dan Mazer, Nina Pedrad, Erica Rivinoja, Dan Swimer 
Meu Pai – Christopher Hampton, Florian Zeller
Nomadland – Chloé Zhao
Uma Noite em Miami – Kemp Powers 
O Tigre Branco – Ramin Bahrani

FOTOGRAFIA
Judas e o Messias Negro – Sean Bobbitt
Mank – Erik Messerschmidt
Relatos do Mundo – Dariusz Wolski
Nomadland – Joshua James Richardson
Os 7 de Chicago – Phedon Papamichael

MONTAGEM
Meu Pai – Yorgos Lamprinos
* Nomadland – Chloé Zhao 
* Bela Vingança – Frédéric Thoraval 
* O Som do Silêncio – Mikkel E.G. Nielsen
* Os 7 de Chicago – Alan Baumgarten

DESENHO DE PRODUÇÃO
Meu Pai – Peter Francis, Cathy Featherstone
A Voz Suprema do Blues – Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton 
Mank – Donald Graham Burt, Jan Pascale
Relatos do Mundo – David Crank, Elizabeth Keenan
* Tenet – Nathan Crowley, Kathy Lucas

FIGURINO
*
Emma. – Alexandra Byrne
A Voz Suprema do Blues – Ann Roth
Mank – Trish Summerville
Mulan – Bina Daigeler
Pinóquio – Massimo Cantini Parrini

MAQUIAGEM E PENTEADO
* Emma. – Marese Langan
* Era uma Vez um Sonho – Eryn Krueger Mekash, Patricia Dehaney, Matthew Mungle 
A Voz Suprema do Blues – Matiki Anoff, Mia Neal, Larry M. Cherry
* Mank – Kimberley Spiteri, Gigi Williams 
* Pinóquio – Dalia Colli, Anna Kieber, Sebastian Lochmann, Stephen Murphy 

TRILHA MUSICAL ORIGINAL
Destacamento Blood – Terence Blanchard
* Mank – Trent Reznor, Atticus Ross
Minari – Emile Mosseri
Relatos do Mundo – James Newton Howard
Soul – Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste

CANÇÃO ORIGINAL
* “Fight for You” – JUDAS E O MESSIAS NEGRO
Música por H.E.R. and Dernst Emile II; Letra por H.E.R. e Tiara Thomas
* “Hear my Voice” – OS 7DE CHICAGO
Música por Daniel Pemberton; Letra por Daniel Pemberton e Celeste Waite
* “Husavik” – FESTIVAL EUROVISION DA CANÇÃO: A SAGA DE SIGRIT E LARS
Música e letra por Savan Kotecha, Fat Max Gsus e Rickard Göransson
* “Io Sì (SeEn)” – ROSA E MOMO
Música por Diane Warren; Letra por Diane Warren e Laura Pausini
* “Speak Now” – UMA NOITE EM MIAMI…
Música e letra por Leslie Odom, Jr. e Sam Ashworth

SOM
Greyhound: Na Mira do Inimigo – Odin Benitez, Jason King, Christian P. Minkler, Michael Minkler, Jeff Sawyer
Mank – Ren Klyce, Jeremy Molod, David Parker, Nathan Nance, Drew Kunin 
Relatos do Mundo – John Pritchett, Mike Prestwood Smith, William Miller, Oliver Tarney, Michael Fentum
Soul – Coya Elliott, Ren Klyce, David Parker, Vince Caro
* O Som do Silêncio – Phillip Bladh, Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés, Carolina Santana

EFEITOS VISUAIS
* PROBLEMAS MONSTRUOSOS
*
O Céu da Meia-Noite – Matt Kasmir, Chris Lawrence, Dave Watkins, Max Solomon 
Mulan – Sean Faden, Anders Langlands, Seth Maury, Steve Ingram
O Grande Ivan – Nick Davis, Greg Fisher, Ben Jones, Santiago Colomo Martinez 
Tenet – Andrew Jackson, Andrew Lockley, Scott R. Fisher, Mike Chambers 

LONGA DE ANIMAÇÃO
* Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
* A Caminho da Lua
* SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA
* Soul
* Wolfwalkers

DOCUMENTÁRIO
* Collective
* Crip Camp: REVOLUÇÃO PELA INCLUSÃ
O
* Agente Duplo
* Professor Polvo
* Time

FILME INTERNACIONAL
Druk – Mais uma Rodada – Dinamarca
Better Days – Hong Kong
Collective – Romênia
The Man Who Sold his Skin – Tunísia
Quo Vadis, Aida? – Bósnia e Herzegovina

CURTA-METRAGEM
* Feeling Through
* The Letter Room
* The Present
* Two Distant Strangers
* White Eye

CURTA DE ANIMAÇÃO
* Burrow
* Genius Loci
* Se Algo Acontecer… Te Amo
* Opera
* Yes-People

DOCUMENTÁRIO-CURTA
* Colette
* A Concerto is a Conversation
* Do Not Split
* Hunger Ward
* UMA CANÇÃO PARA Latasha

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A 93ª cerimônia do Oscar está marcada para o dia 25 de Abril.

‘MANK’ LIDERA CRITICS’ CHOICE AWARDS DOMINADO por NETFLIX

NETFLIX CONQUISTA MARCA DE QUATRO FILMES INDICADOS A MELHOR FILME

Ok, não é lá uma grande novidade, mas quem não conseguia enxergar a Netflix predominando as premiações desta temporada bem atípica da pandemia? Além das produções de outros estúdios terem sofrido com adiamentos, a plataforma de streaming foi beneficiada com o fechamento de salas de cinema e, claro, com seus próprios investimentos certeiros.

Não é nada surpreendente também que o novo filme de David Fincher, Mank, tenha sido o recordista de indicações, já que se trata de um filme de época, tecnicamente impecável e com pedigree. Foram 12 indicações ao Critics’ Choice, e no Oscar são esperadas umas 10 indicações, mesmo com queda na campanha publicitária nas últimas semanas. A nosso ver, Mank tem tudo para ser um novo A Invenção de Hugo Cabret, que desponta como um dos favoritos, mas acaba limitado aos Oscars mais técnicos, ainda mais que Gary Oldman e Amanda Seyfried não estão ganhando prêmios importantes, e ela sequer foi reconhecida no SAG.

Ainda sobre Netflix, foram ao todo 46 indicações nas categorias de Cinema. Além das 12 de Mank, temos 8 para A Voz Suprema do Blues, 6 de Destacamento Blood e 6 de Os 7 de Chicago. A grande surpresa fica por conta do 2º lugar da A24, que acumulou 14 indicações, sendo 10 para Minari. O drama familiar coreano teve a mesma proeza de ser indicado para Melhor Filme, Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Elenco como o fenômeno Parasita ano passado, mas ao contrário do filme de Bong Joon-Ho, teve duas indicações individuais para seus atores Steven Yeun e Yuh-Jung Youn como Ator e Atriz Coadjuvante, respectivamente.

Chadwick Boseman repete sua dobradinha do SAG e novamente conquista duas indicações por A Voz Suprema do Blues e Destacamento Blood. Caso isso se repita no Oscar, será o primeiro ator a ter dupla indicação póstuma. Além de Boseman, Andra Day foi reconhecida em duas categorias: Melhor Atriz e Canção Original por The United States vs. Billie Holiday, enquanto a dupla de compositores Trent Raznor e Atticus Ross na mesma categoria de Trilha Original por Soul e Mank. Vale ainda citar a querida Olivia Colman, indicada para Atriz Coadjuvante por Meu Pai e Atriz de Série Dramática por The Crown.

Para quem acompanha o blog há alguns anos, nós apelidamos carinhosamente o Critics’ Choice Awards de “Bolha Assassina”, porque a cada ano que passa ela cria novas categorias e abre mais vagas para indicados, expandindo-se como aquela gosma rosa alienígena. Embora isso signifique uma falta de critério e seletividade, claro que é ótimo para os filmes e artistas constarem nessas listas para ganharem o devido reconhecimento. Uma das coisas que nos incomoda no Critics’ é a constante e crescente vontade de se tornar um mero precursor genérico do Oscar. Prefere tentar adivinhar quem vai levar a estatueta da Academia do que selecionar seus próprios favoritos. Isso sem contar aquela sacanagem de apresentar prêmios no tapete vermelho e nos intervalos que nos faz questionar “Então pra que tanta categoria se não tem tempo para apresentar devidamente?”. Mas enfim, esse coração de mãe do Critics’ ajudou em algumas categorias bem disputadas como Melhor Ator, que teve OITO indicados, e Direção e Atriz que tiveram SETE indicados cada.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DE CINEMA AO 26º CRITICS’ CHOICE AWARDS:

MELHOR FILME

  • Destacamento Blood (Da 5 Bloods) (Netflix)
  • A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom) (Netflix)
  • Mank (Mank) (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Relatos do Mundo (News of the World) (Universal Pictures)
  • Nomadland (Searchlight Pictures)
  • Uma Noite em Miami… (One Night in Miami) (Amazon Studios)
  • Bela Vingança (Promising Young Woman) (Focus Features)
  • O Som do Silêncio (Sound of Metal) (Amazon Studios)
  • Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) (Netflix)

MELHOR DIREÇÃO

  • Lee Isaac Chung (Minari) (A24)
  • Emerald Fennell (Bela Vingança) (Focus Features)
  • David Fincher (Mank) (Netflix)
  • Spike Lee (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Regina King (Uma Noite em Miami…) (Amazon Studios)
  • Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago) (Netflix)
  • Chloé Zhao (Nomadland) (Searchlight Pictures)

MELHOR ATOR

  • Ben Affleck (O Caminho de Volta) (Warner Bros)
  • Riz Ahmed (O Som do Silêncio) (Amazon Studios)
  • Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)
  • Tom Hanks (Relatos do Mundo) (Universal Pictures)
  • Anthony Hopkins (Meu Pai) (Sony Pictures Classics)
  • Delroy Lindo (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Gary Oldman (Mank) (Netflix)
  • Steven Yeun (Minari) (A24)

MELHOR ATRIZ

  • Viola Davis (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)
  • Andra Day (The United States vs. Billie Holiday) (Hulu)
  • Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre) (Focus Features)
  • Vanessa Kirby (Pieces of a Woman) (Netflix)
  • Frances McDormand (Nomadland) (Searchlight Pictures)
  • Carey Mulligan (Bela Vingança) (Focus Features)
  • Zendaya (Malcolm & Marie) (Netflix)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Chadwick Boseman (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago) (Netflix)
  • Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro) (Warner Bros)
  • Bill Murray (On the Rocks) (A24/Apple TV Plus)
  • Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…) (Amazon Studios)
  • Paul Raci (O Som do Silêncio) (Amazon Studios)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte) (Amazon Studios)
  • Ellen Burstyn (Pieces of a Woman) (Netflix)
  • Glenn Close (Era uma Vez um Sonho) (Netflix)
  • Olivia Colman (Meu Pai) (Sony Pictures Classics)
  • Amanda Seyfried (Mank) (Netflix)
  • Yuh-Jung Youn (Minari) (A24)

MELHOR ATOR OU ATRIZ JUVENIL

  • Ryder Allen (Palmer) (Apple TV Plus)
  • Ibrahima Gueye (Rosa e Momo) (Netflix)
  • Alan Kim (Minari) (A24)
  • Talia Ryder (Nunca Raramente Às Vezes Sempre) (Focus Features)
  • Caoilinn Springall (O Céu da Meia-Noite) (Netflix)
  • Helena Zengel (Relatos do Mundo) (Universal Pictures)

MELHOR ELENCO

  • Destacamento Blood (Netflix)
  • Judas e o Messias Negro (Warner Bros)
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios)
  • Os 7 de Chicago (Netflix)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • Mank (Netflix) – Jack Fincher
  • Minari (A24) – Lee Isaac Chung
  • Nunca Raramente Às Vezes Sempre (Focus Features) – Eliza Hittman
  • Bela Vingança (Focus Features) – Emerald Fennell
  • O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Darius Marder, Abraham Marder
  • Os 7 de Chicago (Netflix) – Aaron Sorkin

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

  • Meu Pai (Sony Pictures Classics) – Christopher Hampton, Florian Zeller
  • First Cow (A24) – Jonathan Raymond, Kelly Reichardt
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ruben Santiago-Hudson
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – Luke Davies, Paul Greengrass
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – Kemp Powers

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

  • Emma (Focus Features) – Kave Quinn, Stella Fox
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton
  • Mank (Netflix) – Donald Graham Burt, Jan Pascale
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – David Crank, Elizabeth Keenan
  • A História Pessoal de David Copperfield (Searchlight Pictures) – Cristina Casali, Charlotte Dirickx
  • Tenet (Warner Bros) – Nathan Crowley, Kathy Lucas

MELHOR FOTOGRAFIA

  • Destacamento Blood (Netflix) – Newton Thomas Sigel
  • First Cow (A24) – Christopher Blauvelt
  • Mank (Netflix) – Erik Messerschmidt
  • Minari (A24) – Lachlan Milne
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – Dariusz Wolski
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Joshua James Richards
  • Tenet (Warner Bros) – Hoyte Van Hoytema

MELHOR FIGURINO

  • Emma (Focus Features) – Alexandra Byrne
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ann Roth
  • Mank (Netflix) – Trish Summerville
  • Mulan (Walt Disney Pictures) – Bina Daigeler
  • A História Pessoal de David Copperfield (Searchlight Pictures) – Suzie Harman, Robert Worley
  • Bela Vingança (Focus Features) – Nancy Steiner

MELHOR MONTAGEM

  • Meu Pai (Sony Pictures Classics) – Yorgos Lamprinos
  • Mank (Netflix) – Kirk Baxter
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao
  • O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Mikkel E.G. Nielsen
  • Tenet (Warner Bros) – Jennifer Lame
  • Os 7 de Chicago (Netflix) – Alan Baumgarten

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Emma (Focus Features)
  • Era uma Vez um Sonho (Netflix)
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix)
  • Mank (Netflix)
  • Bela Vingança (Focus Features)
  • The United States vs. Billie Holiday (Hulu)

MELHORES EFEITOS VISUAIS

  • Greyhound: Na Mira do Inimigo (Apple TV Plus)
  • O Homem Invisível (The Invisible Man) (Universal Pictures)
  • Mank (Netflix)
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix)
  • Mulan (Walt Disney Pictures)
  • Tenet (Warner Bros)
  • Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984) (Warner Bros)

MELHOR TRILHA

  • O Céu da Meia-Noite (Netflix) – Alexandre Desplat
  • Mank (Netflix) – Trent Reznor, Atticus Ross
  • Minari (A24) – Emile Mosseri
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – James Newton Howard
  • Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross
  • Tenet (Warner Bros) – Ludwig Göransson

MELHOR CANÇÃO

  • Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars (Netflix) – “Husavik (My Home Town)”
  • Rosa e Momo (Netflix) – “Io Si (Seen)”
  • Judas e o Messias Negro (Warner Bros) – “Fight for You”
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – “Speak Now”
  • The Outpost (Chicken Soup for the Soul Entertainment) – “Everybody Cries”
  • The United States vs. Billie Holiday (Hulu) – “Tigress & Tweed”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRO

  • Druk – Mais uma Rodada (Samuel Goldwyn Films)
  • Collective (Magnolia Pictures)
  • La Llorona (Shudder)
  • Rosa e Momo (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Two Of Us (Magnolia Pictures)

MELHOR COMÉDIA

  • Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat: Subsequent Moviefilm) (Amazon Studios)
  • The Forty-Year-Old Version (Netflix)
  • O Rei de Staten Island (The King of Staten Island) (Universal Pictures)
  • On the Rocks (A24/Apple TV+)
  • Palm Springs (Hulu/NEON)
  • A Festa de Formatura (The Prom) (Netflix)

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A 26ª cerimônia híbrida do Critics’ Choice Awards acontecerá no próximo dia 07 de Março.

CHADWICK BOSEMAN FAZ HISTÓRIA no SAG AWARDS com 4 INDICAÇÕES

Da esquerda para a direita: Destacamento Blood, A Voz Suprema do Blues e Minari, os recordistas de indicações ao SAG Awards

FALECIDO EM AGOSTO DE 2020, ATOR ACUMULA 4 INDICAÇÕES PELOS DOIS ÚLTIMOS FILMES DA CARREIRA

Na manhã desta quinta-feira, dia 04, o Screen Actors Guild (sindicato de atores) anunciou seus indicados para a sua 27ª edição com a ajuda dos atores Daveed Digs (que foi indicado por Hamilton) e Lily Collins, que concorria por Mank e pela série Emily in Paris, através de uma live no perfil do SAG Awards: @sagawards

Os cinco filmes reconhecidos na categoria de Melhor Elenco ganham um novo e importante fôlego até Março, quando as indicações ao Oscar serão anunciadas. Vale ressaltar que dentre as últimas 10 edições, o SAG de Melhor Elenco ajudou a definir o vencedor do Oscar de Melhor Filme em 5 oportunidades: O Discurso do Rei, Argo, Birdman, Spotlight e Parasita, todos venceram o SAG e o Oscar.

Apesar de três filmes terem empatado em número maior de indicações (Minari, A Voz Suprema do Blues e Destacamento Blood), foram Minari e A Voz Suprema do Blues que se destacaram mais, pois uma das indicações de Destacamento Blood foi para a categoria de Dublês. Minari ganha uma sobrevida ainda maior, após ter sido praticamente esnobado pelo Globo de Ouro, no qual foi reconhecido apenas na categoria de Filme em Língua Estrangeira.

Ainda sobre destaques, é impossível não ressaltar a histórica quádrupla indicação para Chadwick Boseman, que concorre como Ator Coadjuvante e Elenco por Destacamento Blood, e Ator e Elenco por A Voz Suprema do Blues. Normalmente, diríamos que é aquelas situações recorrentes em que os votos se anulam entre si, mas por toda a comoção envolvendo sua morte precoce em Agosto passado, acreditamos que ele vencerá em uma das categorias, especialmente na de Melhor Ator. Já dá pra praticamente ouvir a platéia aplaudindo de pé, toda comovida e aguardando o discurso emotivo da viúva de Boseman.

Como em toda edição, algumas surpresas preencheram as manchetes. Das ausências mais sentidas, Delroy Lindo por Destacamento Blood (aqui mais sentida do que no Globo de Ouro, que esnobou o filme de Spike Lee por completo), Andra Day por The United States vs. Billie Holiday, Amanda Seyfried por Mank e Ellen Burstyn por Pieces of a Woman na categoria de Atriz Coadjuvante, Paul Raci por O Som do Silêncio e Bill Murray por On the Rocks como coadjuvantes, Tahar Rahim e Jodie Foster por The Mauritanian, e o elenco de Nomadland ter ficado de fora da categoria por muitos acreditarem ser praticamente um filme solo de Frances McDormand.

É curioso lembrarmos que no 1º semestre de 2020, com os cinemas fechando, muitos acreditavam não haveria filmes o suficiente para preencher uma temporada de premiações (alguns deduzindo indicação para Jim Carrey por Sonic: O Filme !), e agora estão faltando vagas para tantas boas performances. Também destacamos a ausência de Tenet na categoria de Dublês… muito estranha essa ausência!

Já sobre as surpresas de indicações, logo vem a dupla indicação para Era uma Vez um Sonho para Amy Adams e Glenn Close. Considerado um Oscar bait deslavado, muitos consideravam o filme de Ron Howard como carta fora do baralho, mas pelo visto a Netflix está se empenhando para conseguir reconhecimento para as maiores recordistas de indicações ao Oscar sem vitória.

Pelas categorias televisivas, The Crown e Schitt’s Creek conquistaram o maior números de indicações: 5 cada. Nas categorias de Cinema, a Netflix acumulou 13 indicações e obviamente foi a recordista novamente.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DO 27º SAG AWARDS:

CINEMA

MELHOR ELENCO
* Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
* A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
* Minari
* Uma Noite em Miami… (One Night in Miami)
* Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

MELHOR ATOR
* Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

MELHOR ATRIZ 
* Amy Adams (Era uma Vez um Sonho)
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
* Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Jared Leto (The Little Things)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Yuh-Jung Youn (Minari)
* Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS
* Destacamento Blood
* Mulan
* Relatos do Mundo
* Os 7 de Chicago
* Mulher Maravilha 1984

TV/STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA
* Better Call Saul
* Bridgerton
* The Crown
* Lovecraft Country
* Ozark

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
* Jason Bateman (Ozark)
* Sterling K. Brown (This is Us)
* Josh O’Connor (The Crown)
* Bob Odenkirk (Better Call Saul)
* Rege-Jean Page (Bridgerton)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
* Gillian Anderson (The Crown)
* Olivia Colman (The Crown)
* Emma Corrin (The Crown)
* Julia Garner (Ozark)
* Laura Linney (Ozark)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Bill Camp (The Queen’s Gambit)
* Daveed Diggs (Hamilton)
* Hugh Grant (The Undoing)
* Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
* Mark Ruffalo (I Know This Much Is True)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Cate Blanchett (Mrs. America)
* Michaela Coel (I May Destroy You)
* Nicole Kidman (The Undoing)
* Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
* Kerry Washington (Little Fires Everywhere)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA
* Dead to Me
* The Flight Attendant
* The Great
* Schitt’s Creek
* Ted Lasso

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
* Nicholas Hoult (The Great)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Eugene Levy (Schitt’s Creek)
* Jason Sudeikis (Ted Lasso)
* Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
* Christina Applegate (Dead to Me) 
* Linda Cardellini (Dead to Me) 
* Kaley Cuoco (The Flight Attendant) 
* Annie Murphy (Schitt’s Creek) 
* Catherine O’Hara (Schitt’s Creek) 

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DRAMÁTICA OU DE COMÉDIA
* The Boys
* Cobra Kai
* Lovecraft Country
* The Mandalorian
* Westworld

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A cerimônia do SAG Awards acontece um pouco mais tarde este ano, no dia 04 de Abril e deve ser transmitida pelo canal pago TNT.

‘MANK’ LIDERA as INDICAÇÕES ao GLOBO DE OURO, que RECONHECE TRÊS DIRETORAS

Da esquerda pra direita: Emerald Fennell (Bela Vingança), Chloé Zhao (Nomadland) e Regina King (One Night in Miami)

PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, TRÊS DIRETORAS SÃO INDICADAS

Na manhã desta quarta, dia 03, os indicados ao Globo de Ouro foram anunciados numa live transmitida ao vivo pelo canal norte-americano Today pelas atrizes Sarah Jessica Parker e Taraji P. Henson. Obviamente, em tempos de pandemia, não há nada de errado fazer a transmissão direto do conforto de seus lares, mas elas tinham que ler cartazes de cartolina dos tempos de escola? Cadê o pessoal que faz uma computação gráfica com fotos dos filmes, séries e atores? Talvez seja exagero dizer isso, mas esse despreparo nos soa como um desleixo da HFPA que acaba desvalorizando a premiação. Pra quem não acompanhou ao vivo, segue link abaixo do YouTube:

OS NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Começando pelos números, o recordista desta 78ª edição foi Mank, parceria entre David Fincher e Netflix, com 6 indicações. É verdade que o filme tem caído na temporada, já que foi pouco lembrado até aqui, mas pela sua excelência técnica, deve repetir a liderança nas indicações ao Oscar. Contudo, essa liderança no Globo de Ouro não significa necessariamente maiores chances de vitória. Em 2º lugar, Os 7 de Chicago vem com 5 indicações, e empatados com 4, vêm Nomadland, Bela Vingança e Meu Pai. Esses cinco filmes formam a categoria de Melhor Filme – Drama. Atualmente, dá pra dizer que Nomadland é o favorito pelos vários prêmios de Direção para Chloé Zhao, mas não dá pra descartar Bela Vingança, que alguns acreditavam que só conseguiria indicação para Melhor Atriz para Carey Mulligan, mas saiu indicado nas principais categorias de Filme, Direção e Roteiro.

Ainda sobre números, a grande vencedora foi a Netflix, que acumulou o total de 22 indicações entre as categorias de Cinema e de TV. Um número bem acima do 2º colocado Amazon Studios com apenas 7 indicações e dos 3ºs Focus Features, Sony Pictures Classics e Disney com 6 cada um. Apesar do número expressivo da Netflix, a companhia ainda tem mais chances nas categorias televisivas com as séries The Crown, The Queen’s Gambit ou Emily in Paris do que nos filmes, onde a melhor chance de vitória talvez seja Melhor Roteiro por Os 7 de Chicago.

TRÊS DIRETORAS INDICADAS

O maior destaque destas indicações foram as inclusões de três diretoras na categoria de Melhor Direção. É a primeira vez em 78 anos de Globo de Ouro que há mais de uma mulher na categoria. Até hoje, apenas 5 diretoras haviam sido reconhecidas pela HFPA: Barbra Streisand (a única vencedora por Yentl, e indicada por O Príncipe das Marés), Jane Campion (O Piano), Sofia Coppola (Encontros e Desencontros), Kathryn Bigelow (por Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura) e Ava DuVernay (Selma). Para aqueles que acreditam que a HFPA cedeu a uma pressão externa, vamos com calma.

Nos últimos meses, o Gotham Awards indicou todos os 5 filmes dirigidos por mulheres, e mais recentemente, o Independent Spirit Awards reservou quatro das 5 vagas de Direção para as diretoras, portanto, trata-se mais de um reflexo dos ótimos trabalhos do que uma mera compensação por erros passados. E felizmente, são as três mulheres indicadas que têm as maiores chances de vitória: Chloé Zhao (Nomadland), Emerald Fennell (Bela Vingança) e Regina King (One Night in Miami). Particularmente, ainda trocaríamos Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago) por Kelly Reichardt por First Cow, que infelizmente não foi lembrado nem para Roteiro.

ESNOBADOS E SURPRESAS

A safra de filmes de 2020 ainda consegue suprir bem uma temporada de premiações (o que nos preocupa é 2021 e 2022), portanto há espaço para injustiças e surpresas. Dentre as ausências mais comentadas estão a da sul-coreana Yuh-jung Youn de Minari e de Paul Raci de O Som do Silêncio. São duas performances que vêm ganhando vários prêmios de Coadjuvante até o momento, então é de se estranhar que eles tenham ficado de fora desta disputa. Um pouco menos comentadas, porém com grandes chances estavam Zendaya por Malcolm and Marie, Jessie Buckley por Estou Pensando em Acabar com Tudo, Kate Winslet por Ammonite, e Meryl Streep, que foi duplamente esnobada por A Festa de Formatura e Let Them All Talk na categoria de Atriz – Comédia ou Musical. Por outro lado, a indicação de Andra Day por The United States vs. Billie Holiday foi vista como uma boa surpresa que pode impulsionar a campanha de sua performance no Oscar.

Por estar bastante acirrada, a disputa de Melhor Ator, acabou tendo mais nomes excluídos como Delroy Lindo por Destacamento Blood, Ben Affleck por O Caminho de Volta, e Steven Yeun por Minari. Aliás, o filme Minari foi o protagonista da maior controvérsia este ano. A produção norte-americana foi qualificada como Filme em Língua Estrangeira, ficando de fora da disputa de Melhor Filme – Drama. Por isso mesmo, havia a expectativa de que a HFPA pudessem compensar o filme pelas indicações dos atores, mas com a ausência de todos, damos a entender que a controvérsia não pesou para os 89 jornalistas da organização. A grande surpresa da categoria foi Tahar Rahim, que vive um prisioneiro torturado em The Mauritanian (ainda sem previsão de estreia no Brasil). O filme político de Kevin MacDonald, que apresenta semelhanças com A Hora Mais Escura (2012), também emplacou uma indicação de Coadjuvante para Jodie Foster.

Vale destacarmos as duplas indicações para os compositores Trent Raznor e Atticus Ross por Soul e Mank (que pode se repetir no Oscar, já que ambas as trilhas foram consideradas elegíveis), para a atriz argentina Anya Taylor-Joy, que foi indicada pela comédia Emma e pela série da Netflix, The Queen’s Gambit, e claro, pela tripla indicação do ator, comediante e produtor britânico Sacha Baron Cohen por Os 7 de Chicago, e por atuar e produzir Borat: Fita de Cinema Seguinte. E também a indicação para Hamilton, para Filme – Comédia ou Musical e Ator – Comédia ou Musical para Lin-Manuel Miranda, mostrando a força ($$$) da Disney ao conseguir incluir um filme que é uma peça de teatro filmada: com luz, direção de arte, texto e atores do próprio espetáculo.

Na categoria de Filme em Língua Estrangeira, o dinamarquês Another Round era o favorito, mas a inclusão de Minari o torna o novo favorito. Já na categoria de Longa de Animação, com tudo muito previsível, Soul deve levar fácil mais um prêmio para a Pixar.

INDICADOS AO 78º GLOBO DE OURO:

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
Meu Pai (The Father) – Sony Pictures Classics
Mank (Mank) – Netflix
Nomadland – Searchlight Pictures
Bela Vingança (Promising Young Woman) – Focus Features
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) – Netflix

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR – DRAMA
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Gary Oldman (Mank)
Tahar Rahim (The Mauritanian)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm) – Amazon Studios
Hamilton – Disney
Music – IMAX
Palm Springs – NEON/Hulu
A Festa de Formatura (The Prom) – Netflix

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Kate Hudson (Music)
Michelle Pfeiffer (French Exit)
Rosamund Pike (I Care a Lot)
Anya Taylor-Joy (Emma)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
James Corden (A Festa de Formatura)
Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
Dev Patel (The Personal History of David Copperfield)
Andy Samberg (Palm Springs)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Os Croods 2: Uma Nova Era (The Croods: A New Age)
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)
A Caminho da Lua (Over the Moon)
Soul (Soul)
Wolfwalkers

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Another Round – Dinamarca
La Llorona – Guatemala/França
Rosa e Momo (The Life Ahead) – Itália
Minari – EUA
Two of Us – França/EUA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
Olivia Colman (Meu Pai)
Jodie Foster (The Mauritanian)
Amanda Seyfried (Mank)
Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Jared Leto (The Little Things)
Bill Murray (On the Rocks)
Lesley Odom Jr. (One Night in Miami…)

MELHOR DIREÇÃO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
David Fincher (Mank)
Regina King (One Night in Miami…)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ROTEIRO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Jack Fincher (Mank)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Florian Zeller e Christopher Hampton (Meu Pai)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (O Céu da Meia-Noite)
Ludwig Goransson (Tenet)
James Newton Howard (Relatos do Mundo)
Trent Raznor e Atticus Ross (Mank)
Trent Raznor, Atticus Ross e Jon Batiste (Soul)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Fight for You” – H.E.R., Dernst Emile II e Tiara Thomas (Judas e o Messias Negro)
“Hear my Voice” – Daniel Pemberton, Celeste Waite (Os 7 de Chicago)
“Io Sì (Seen)” – Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi (Rosa e Momo)
“Speak Now” – Leslie Odom Jr., Sam Ashworth (One Night in Miami…)
“Tigress & Tweed” – Andra Day, Rapahel Saadiq (The United States vs. Billie Holiday)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
The Crown
Lovecraft Country
The Mandalorian
Ozark
Ratched

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Olivia Colman (The Crown)
Jodie Comer (Killing Eve)
Emma Corrin (The Crown)
Laua Linney (Ozark)
Sarah Paulson (Ratched)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Jason Bateman (Ozark)
Josh O’Connor (The Crown)
Bob Odenkirk (Better Call Saul)
Al Pacino (Hunters)
Matthew Rhys (Perry Mason)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Emily in Paris
The Flight Attendant
The Great
Schitt’s Creek
Ted Lasso

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Lily Collins (Emily in Paris)
Kaley Cuoco (The Flight Attendant)
Elle Fanning (The Great)
Jane Levy (Zoey’s Extraordinary Playlist)
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Don Cheadle (Black Monday)
Nicholas Hoult (The Great)
Eugene Levy (Schitt’s Creek)
Jason Sudeikis (Ted Lasso)
Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Normal People
O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit)
Small Axe
The Undoing
Unorthodox

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Cate Blanchett (Mrs. America)
Daisy Edgar-Jones (Normal People)
Shira Haas (Unorthodox)
Nicole Kidman (The Undoing)
Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Bryan Cranston (Your Honor)
Jeff Daniels (The Comey Rule)
Hugh Grant (The Undoing)
Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
Mark Ruffalo (I Know This Much is True)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Gillian Anderson (The Crown)
Helena Bonham Carter (The Crown)
Julia Garner (Ozark)
Annie Murphy (Schitt’s Creek)
Cynthia Nixon (Ratched)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
John Boyega (Small Axe)
Brendan Gleeson (The Comey Rule)
Daniel Levy (Schitt’s Creek)
Jim Parsons (Hollywood)
Donald Sutherland (The Undoing)

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A 78ª cerimônia do Globo de Ouro está marcada para o dia 28 de Fevereiro.

OSCAR 2021: As PREVISÕES da VARIETY

SEGUNDO PREVISÕES, DIVERSIDADE NÃO FALTARÁ ENTRE OS INDICADOS

Em recentes postagens do site americano Variety, o especialista Clayton Davis lançou suas primeiras previsões para a próxima edição do Oscar, que vale lembrar, acontecerá em 25 de Abril, e os filmes lançados até 28 de Fevereiro estarão elegíveis. Portanto, até lá, os estúdios podem remanejar as datas de estréias como aconteceu com o novo filme de Steven Spielberg, a refilmagem de West Side Story, que ficou para 2021 (talvez para abafar a denúncia de abuso sexual do ator Ansel Elgort). Existe ainda risco de algumas produções serem adiadas para 2021 como Mulher-Maravilha 1984.

Na categoria de Filme Internacional, as deduções são ainda maiores, já que a maioria dos países ainda não selecionou seus representantes para o Oscar. Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, larga na frente porque estava na seleção oficial do Festival de Cannes deste ano, mesmo não havendo o evento fisicamente.

Seguem todas as categorias previstas de autoria de Clayton Davis do número 1 ao número 10 para que você tenha uma noção do que pode vir nesta temporada de premiações. Caso tenha curiosidade de ver os nomes restantes, acesse o site da Variety:
https://variety.com/feature/2021-oscars-predictions-academy-awards-nominations-1234764774/

MELHOR FILME
1. Nomadland
2. Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)
3. One Night in Miami
4. Mank
5. The Father
6. News of the World
7. Ma Rainey’s Black Bottom
8. Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
9. Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah)
10. Minari

MELHOR DIREÇÃO
1. Chloé Zhao (Nomadland)
2. David Fincher (Mank)
3. Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
4. Regina King (One Night in Miami)
5. Florian Zeller (The Father)

6. Paul Greengrass (News of the World)
7. Shaka King (Judas e o Messias Negro)
8. George C. Wolfe (Ma Rainey’s Black Bottom)
9. Spike Lee (Destacamento Blood)
10. Lee Isaac Chung (Minari)

MELHOR ATOR
1. Anthony Hopkins (The Father)
2. Delroy Lindo (Destacamento Blood)
3. Gary Oldman (Mank)
4. Tom Hanks (News of the World)
5. Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)

6. Steven Yeun (Minari)
7. Riz Ahmed (Sound of Metal)
8. Dev Patel (The Personal History of David Copperfield)
9. Jesse Plemons (Estou Pensando em Acabar com Tudo)
10. Ben Affleck (The Way Back)

MELHOR ATRIZ
1. Michelle Pfeiffer (French Exit)
2. Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
3. Frances McDormand (Nomadland)
4. Viola Davis (Ma Rainey’s Black Bottom)
5. Jennifer Hudson (Respect)

6. Kate Winslet (Ammonite)
7. Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
8. Carey Mulligan (Promising Young Woman)
9. Sophia Loren (The Life Ahead)
10. Amy Adams (Hillbilly Elegy)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
1. David Strathairn (Nomadland)
2. Chadwick Boseman (Ma Rainey’s Black Bottom)
3. Bill Murray (On the Rocks)
4. Leslie Odom Jr. (One Night in Miami)
5. Lakeith Stanfield (Judas e o Messias Negro)

6. Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
7. Frank Langella (Os 7 de Chicago)
8. Mark Rylance (Os 7 de Chicago)
9. Kingsley Ben-Adir (One Night in Miami)
10. Shia LaBeaouf (Pieces of a Woman)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
1. Olivia Colman (The Father)
2. Amanda Seyfried (Mank)
3. Saiorse Ronan (Ammonite)
4. Audra McDonald (Respect)
5. Ellen Burstyn (Pieces of a Woman)

6. Glenn Close (Hillbilly Elegy)
7. Helena Zengel (News of the World)
8. Swankie (Nomadland)
9. Kristin Scott Thomas (Rebecca)
10. Meryl Streep (The Prom)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
1. Jack Fincher (Mank)
2. Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
3. Lee Isaac Chung (Minari)
4. Will Berson, Shaka King, Keith Lucas, Kenny Lucas (Judas e o Messias Negro)
5. Emerald Fennell (Promising Young Woman)

6. Pete Docter, Mike Jones, Kemp Powers (Soul)
7. Eliza Hitman (Never Rarely Sometimes Always)
8. Danny Bilson, Paul De Meo, Kelvin Willmott, Spike Lee (Destacamento Blood)
9. Julia Hart, Jordan Horowitz (I’m Your Woman)
10. Tracey Scott Wilson, Callie Khouri (Respect)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
1. Chloé Zhao (Nomadland)
2. Kemp Powers (One Night in Miami)
3. Christopher Hampton (The Father)
4. Ruben Santiago-Hudson (Ma Rainey’s Black Bottom)
5. Luke Davies, Paul Greengrass (News of the World)

6. Charlie Kaufman (Estou Pensando em Acabar com Tudo)
7. Kelly Reichardt, Jonathan Raymond (First Cow)
8. Ramin Bahrani (The White Tiger)
9. Patrick deWitt (French Exit)
10. Suza-Lori Parks (The United States vs. Billie Holiday)

MELHOR FOTOGRAFIA
1. Joshua James Richards (Nomadland)
2. Erik Messerchmidt (Mank)
3. Darius Wolski (News of the World)
4. Phedon Papamichael (Os 7 de Chicago)
5. Tami Reiker (One Night in Miami)

6. Linus Sandgren (Sem Tempo Para Morrer)
7. Hoyte van Hoytema (Tenet)
8. Newton Thomas Sigel (Destacamento Blood)
9. Sean Bobbitt (Judas e o Messias Negro)
10. Mandy Walker (Mulan)

MELHOR MONTAGEM
1. Alan Baumgarten (Os 7 de Chicago)
2. Kirk Baxter (Mank)
3. William Goldenberg (News of the World)
4. Chloé Zhao (Nomadland)
5. Tariq Anwar (One Night in Miami)

6. Yorgos Lamprinos (Tha Father)
7. Andrew Mondshein (Ma Rainey’s Black Bottom)
8. Kristan Sprague (Judas e o Messias Negro)
9. Adam Gough (Destacamento Blood)
10. Tom Cross, Elliot Graham (Sem Tempo Para Morrer)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
1. Donald Graham Burt, Jan Pascale (Mank)
2. David Crank, Elizabeth Keenan (News of the World)
3. Cristina Casali, Charlotte Dirickx (The Personal History of David Copperfield)
4. Grant Major, Anne Kuljian (Mulan)
5. Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton (Ma Rainey’s Black Bottom)

6. Shane Valentino, Andrew Baseman (Os 7 de Chicago)
7. Sarah Finlay, Sophie Hervieu (Ammonite)
8. Page Buckner, Janessa Hitsman (One Night in Miami)
9. Sam Lisenco, Rebecca Brown (Judas e o Messias Negro)
10. Molly Hughes, Merissa Lombardo (Hillbilly Elegy)

MELHOR FIGURINO
1. Suzie Harman, Robert Worley (The Personal History of David Copperfield)
2. Trish Summerville (Mank)
3. Ruth E. Carter (Um Príncipe em Nova York 2)
4. Ann Roth (Ma Rainey’s Black Bottom)
5. Francine Jamison-Tanchuck (One Night in Miami)

6. Alexandra Byrne (Emma)
7. Mark Bridges (News of the World)
8. Michael O’Connor (Ammonite)
9. Bina Daigeler (Mulan)
10. Paco Delgado (Morte no Nilo)

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
1. Respect
2. Mank
3. Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
4. Um Príncipe em Nova York
5. Os 7 de Chicago

6. Morte no Nilo
7. Ammonite
8. Mulan
9. News of the World
10. Judas e o Messias Negro

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL
1. Trent Reznor, Atticus Ross (Soul)
2. Trent Reznor, Atticus Ross (Mank)
3. Daniel Pemberton (Os 7 de Chicago)
4. Terence Blanchard (Destacamento Blood)
5. James Newton Howard (News of the World)

6. Kris Bowers (The United States vs. Billie Holiday)
7. Terence Blanchard (One Night in Miami)
8. Volker Bertelmann, Dustin O’Halloran (Ammonite)
9. Steven Price (A Caminho da Lua)
10. Kris Bowers (Respect)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
1. Tenet
2. Greyhound: Na Mira do Inimigo
3. Free Guy: Assumindo o Controle
4. Mulan
5. Mulher-Maravilha 1984

6. Morte no Nilo
7. Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa
8. Dolittle
9. O Chamado da Floresta
10. Soul

MELHOR SOM
1. Os 7 de Chicago
2. Tenet
3. News of the World
4. Sound of Metal
5. O Homem Invisível

6. Sem Tempo Para Morrer
7. Destacamento Blood
8. Mulher-Maravilha 1984
9. The United States vs. Billie Holiday
10. Respect

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
1. Soul
2. A Caminho da Lua (Over the Moon)
3. Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)
4. Wolfwalkers
5. Os Croods 2: Uma Nova Era (The Croods: A New Age)

6. Super Conectados (Connected)
7. Lupin III: O Primeiro (Lupin III: The First)
8. Trolls 2 (Trolls: World Tour)
9. A Liga de Monstros (Rumble)
10. Os Irmãos Willoughby (The Willoughbys)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
1. Another Round – Dinamarca
2. The Disciple – Índia
3. The Life Ahead – Itália
4. Casa de Antiguidades – Brasil
5. Night of the Kings – Costa do Marfim

‘CORINGA’, POLANSKI e NETFLIX na SELEÇÃO do FESTIVAL DE VENEZA

Joaquin Phoenix como protagonista de ‘Coringa’

PRESIDENTE ALBERTO BARBERA RESPONDEU ÀS POLÊMICAS

O festival de cinema mais antigo da história revelou os filmes selecionados desta edição na última quinta-feira. O júri, presidido pela estupenda diretora argentina Lucrecia Martel, contará com produções bem diversificadas para distribuir seus prêmios.

Entre nomes consagrados, já começamos com o filme de abertura: ‘The Truth’, primeiro longa do diretor japonês Hirokazu Koreeda em língua estrangeira. Vencedor da Palma de Ouro em 2018, ele pôde contar com atores do calibre de Catherine Deneuve, Juliette Binoche e Ethan Hawke.

O festival também terá os franceses Olivier Assayas e Robert Guediguian, o chileno Pablo Larraín, o colombiano Ciro Guerra, o sueco Roy Andersson e o chinês Lou Ye. O cinema norte-americano está dividido entre filmes de grande estúdio como ‘Ad Astra’ (da Fox), ‘Coringa’ (sim, o filme solo do vilão do Batman, da Warner), e de produtoras de streaming service. ‘Marriage Story’, novo filme de Noah Baumbach, ‘The Laundromat’, de Steven Soderbergh, representando a Netflix, que ano passado levou o Leão de Ouro com ‘Roma’.

Meryl Streep em cena de ‘The Laundromat’

O presidente do evento, Alberto Barbera, ao responder algumas perguntas sobre a baixa presença de diretoras mulheres, foi bastante categórico. “Este ano, em todas as seleções, tivemos 24% de diretoras mulheres. Ano passado foram 20%. Recebemos 1.860 inscrições este ano. Dessas inscrições, contabilizamos menos de 24% de diretoras. O que nunca vou fazer é pegar um filme dirigido por uma mulher só pra aumentar a proporção”. Ele acredita que a presença de mulheres em filmes de estúdio ainda levará mais tempo, e realmente vai. Toda grande mudança leva um tempo considerável, e o que muitos não se dão conta é que os festivais e premiações não deveriam ser responsabilizados por essa disparidade. Entre os indicados ao Leão de Ouro, temos duas diretoras: a saudita Haifaa Al-Mansour com ‘The Perfect Candidate’ e a australiana Shannon Murphy com ‘Babyteeth’.

Outra polêmica deste ano é a seleção do novo filme de Roman Polanski, intitulado ‘An Officer and a Spy’, que tem Jean Dujardin como o oficial francês e discute anti-semitismo. Segundo Barbera, a qualidade do filme se equivale a ‘O Pianista’ (2002). Ele defende que o artista deveria ser visto separado do homem. Polanski foi condenado por estupro em 1977 e foi recentemente expulso da Academia. “Quando você vê uma pintura de Caravaggio, você está vendo o trabalho de um assassino que, depois de matar um homem, teve que fugir para Palermo. É ridículo. Se você não consegue fazer uma distinção entre a culpabilidade de uma pessoa e o valor de uma pessoa como artista, você não vai chegar a lugar algum. Os problemas de Polanski com a justiça de Los Angeles e sua consciência são problemas pessoais dele, além do fato de pensar assim, depois de quarenta anos de tribulações, ele pagou pelo que fez. Mas como diretor de um festival, o que conta para mim é que ele fez um grande filme”.

Jean Dujardin em cena de ‘An Officer and a Spy’

Nessa mesma entrevista, o presidente faz uma observação pertinente sobre o cinema americano. Ele acredita que a redução se deve às compras de estúdios por outros como a Disney que comprou a Fox, e a forte possibilidade da Lionsgate ser comprada. Realmente, nesse cenário, o cinema perde muito em diversidade de filmes. Como forma de Arte, deveria contar com inúmeras filosofias e diferentes padrões para sobreviver ao marasmo. Por isso, não tem como não defender a Netflix. Ela permite que os diretores ou autores que perderam suas vozes nos estúdios continuem seus trabalhos em outra plataforma, inclusive mais acessível ao grande público.

A atriz britânica Julie Andrews e o diretor espanhol Pedro Almodóvar serão homenageados com o Leão de Ouro Honorário.

A 76a edição do Festival de Veneza tem início em 28 de Agosto e termina em 07 de Setembro.

COMPETIÇÃO OFICIAL

“The Truth,” Kore-eda Hirokazu – Filme de Abertura

“The Perfect Candidate,” Haifaa Al-Mansour

“About Endlessness,” Roy Andersson

“Wasp Network,” Olivier Assayas

“Marriage Story,” Noah Baumbach

“Guest of Honor,” Atom Egoyan

“Ad Astra,” James Gray

“A Herdade,” Tiago Guedes

“Gloria Mundi,” Robert Guediguian

“Waiting for the Barbarians,” Ciro Guerra

“Ema,” Pablo Larrain

“Saturday Fiction,” Lou Ye

“Martin Eden,” Pietro Marcello

“La Mafia non è più quella di Una Volta,” Franco Maresco

“The Painted Bird,” Vaclav Marhoul

“The Mayor of Rione Sanità,” Mario Martone

“Babyteeth,” Shannon Murphy

“Joker,” Todd Philips

“An Officer and a Spy,” Roman Polanski

“The Laundromat,” Steven Soderbergh

“No. 7 Cherry Lane,” Yonfan

FORA DE COMPETIÇÃO – Ficção

“The Burnt Orange Heresy,” Giuseppe Capotondi

“Seberg,” Benedict Andrews

“Vivere,” Francesca Archibugi

“Mosul,” Matthew Michael Carnahan

“Adults in the Room,” Costa-Gavras

“The King,” David Michod

“Tutto il mio folle amore,” Gabriele Salvatores

FORA DE COMPETIÇÃO – Não-Ficção

“Woman,” Yann Arthus-Bertrand, Anastasia Mikova

“Roger Waters: Us + Them,” Roger Waters

“I Diari di Angela – Noi Due Cineasti. Capitolo Secondo. Yervant Gianikian, Angela Ricci Lucchi

“Citizen K,” Alex Gibney

“Citizen Rosi,” Didi Gnocchi, Carolina Rosi

“The Kingmaker,” Lauren Greenfield

“State Funeral,” Sergei Loznitsa

“Collective,” Alexander Nanau

“45 Seconds of Laughter,” Tim Robbins

“Il pianeta in mare,” Daniele Segre

FORA DE COMPETIÇÃO – Exibições Especiais

“No One Left Behind,” Guillermo Arriaga

“Electric Swan,” Konstantina Kotzamani

“Irreversible – Inversion Integrale,” Gaspar Noe

“ZeroZeroZero,” (Episodes 1 and 2) Stefano Sollima

“The New Pope” (Episodes 2 and 7) Paolo Sorrentino

“Never Just a Dream: Stanley Kubrick And Eyes Wide Shut,” Matt Wells

“Eyes Wide Shut,” Stanley Kubrick

MOSTRA HORIZONTES

“Pelican Blood,” Katrin Gebbe

“Zumiriki,” Oskar Alegria

“Bik Eneich – Un Fils,” Mehdi M. Barsaoui

“Blanco en Blanco,” Theo Court

“Mes Jours de Gloire,” Antoine De Bary

“Nevia,” Nunzia De Stefano

“Moffie,” Oliver Hermanus

“Hava, Maryam, Ayesha,” Sahara Karimi

“Rialto,” Peter Mackie Burns

“The Criminal Man,” Dmitry Mamuliya

“Revenir,” Jessica Palud

“Giants Being Lonely,” Great Patterson

“Balloon,” Pema Tseden

“Verdict,” Raymund Ribas Gutierrez

“Just 6.5,” Saeed Roustaee

“Shadow of Water,” Sasidharan Sanal Kumar

“Sole,” Carlo Sironi

“Madre,” Rodrigo Sorogoyen

“Atlantis,” Valentyn Vasyanovych

RETROSPECTIVA 2018: O ANO da NETFLIX?

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Normalmente, eu posto um vídeo promocional da próxima edição do Oscar que o futuro host publica na internet, mas depois da confusão e demissão de Kevin Hart…

Olá, pessoal! Mais um ano se foi! Foi um ano bom ou ruim pra você?
Queria agradecer a todos que acompanharam o blog e a página do Facebook. Se comentaram, se leram, ou se apenas deram aquela passadinha, obrigado por seu apoio! Estou realizando este trabalho por puro prazer há 7 anos e sendo recompensado pelos seus views e participações. Agradeço bastante ao meu colaborador assíduo Hugo Cancela, aos amigos Bruna Martins, Flávia Fernandes, Antonio Lopes, Karoline Alves e Alice Ayres, e frequentadores assíduos como a rainha do Oscar Frame, Elisieli Rodrigues, Cristiano Filiciano, Miriam Moldes, Henrique Cereja, Fummanation Bonsucesso, Berto Leno, Tiago Bistaffa, Elza Vieira, Amélia Cassis, Yuri Dias, Lília Ricardo, Kátia Nunes e Verinha Dau, enfim, são tantos nomes que daria uma lista extensa! Peço desculpas por não poder incluir todos aqui!

Queria aproveitar para agradecer ao crítico Chico Fireman por me possibilitar trabalhar com as cabines de lançamentos de filmes, e pela sua generosidade e atenção!

META DE 2018

Continuando minha meta de 2017, procurei assistir mais àqueles filmes clássicos ou cults pra reduzir um pouco minha watchlist. Um que tenho orgulho de finalmente ter conferido é o clássico italiano , de Federico Fellini. Sério, eu não estava aguentando mais ver esse filme no topo da minha lista me olhando e perguntando: “E aí? Quando você vai me ver?” Eu lembro a última vez que viajei pra fora do país em 2014, eu jurava: “Antes de pegar esse avião, eu vou ver o filme do Fellini. Vai que eu morro…” Enfim, tomei coragem e assisti. Eu achava que o filme me daria uma dor de cabeça enorme, mas vi uma belíssima homenagem do diretor às mulheres que amou na vida. Ainda tenho vários do Fellini pra ver como Julieta dos Espíritos e A Doce Vida, mas quem sabe em 2019?

Falando em mestres do cinema, estou satisfeito por ter acrescido mais três obras do sueco Ingmar Bergman. Finalmente assisti a Através de um EspelhoSonata de Outono e Gritos e Sussurros. Depois de assistir aos filmes dele, é inevitável não parar pra refletir sobre a vida e a família, que são temas bem fortes na filmografia dele. O quanto realmente nos importamos com familiares diante de situações difíceis. Além do diretor levantar esses questionamentos, ainda cria obras visuais extremamente poderosas com a ajuda inestimável de atrizes do calibre de Ingrid Bergman, Liv Ullmann e Harriet Andersson.

Também consegui assistir pela primeira vez a A Mulher Faz o Homem (1939). Nunca fui muito fã do Frank Capra porque ele entrega uma visão demasiada otimista. Não que isso seja um defeito, mas sempre tive preferência por um cinema que expõe defeitos e falhas humanas, seja para o bem ou para o mal. É louvável acompanhar a luta de um jovem senador idealista contra um sistema corrupto, ainda mais hoje num Brasil que revela um novo caso de corrupção a cada dia, mas alguns personagens se tornam bidimensionais nessa visão, mesmo James Stewart.

8 Autumn Mr Smith

8½, Sonata de Outono e A Mulher Faz o Homem

Revisitei alguns diretores renomados como François Truffaut com Jules e Jim – Uma Mulher Para Dois (1962), Wim Wenders com Asas do Desejo (1987), Billy Wilder com Testemunha de Acusação (1957), e Dario Argento com Suspiria (1977), que fiz questão de conferir antes de assistir à refilmagem, que nunca estréia aqui no Brasil! E vi uma obra-prima pouco conhecida aqui intitulada O Segundo Rosto (1966), de John Frankenheimer, que apresenta uma trama de ficção científica na qual uma organização secreta oferece uma segunda chance aos ricos, alterando suas aparências e encenando a morte das pessoas que foram. Rock Hudson, que sempre teve imagem de cowboy machão mas era homossexual, caiu como uma luva no papel principal e entrega a performance de sua vida.

PIORES DO ANO

Eu tinha o costume de comentar uns dois ou três filmes que foram decepcionantes, mas a partir deste ano, já dá pra formar uma lista dos 5 piores. Reparem que todos os filmes da lista são parte de uma franquia (considerando que Venom faz parte do universo do Homem-Aranha) ou é uma refilmagem. Quando Hollywood só pensa nos números lucrativos, o Cinema perde.

Por pouco Jogador Nº 1 não entra na lista. Depois de me desapontar muito com The Post: A Guerra Secreta, vejo que Steven Spielberg deveria dar um break na carreira, sei lá, tirar um ano sabático, pra refletir sobre o que cinema representa pra ele, porque parece que ele tem feito mais filmes com cabeça de produtor ultimamente… E pior é que dos três projetos futuros dele, um é a sequência de Indiana Jones com Harrison Ford (taí outro que precisa de uma pausa longa) e o outro é a refilmagem (totalmente desnecessária) do clássico musical Amor Sublime Amor (1961). Claro que posso queimar minha língua, mas Spielberg, cadê sua criatividade?

E apesar de querer assistir de tudo, sempre dou mais prioridade aos filmes que acho que podem ser bons, afinal, se tenho pouco tempo pra ver filmes, por que gastar as horinhas preciosas com filmes que tenho quase certeza de que serão meia-boca? Nesse quesito, deixei de assistir aos possíveis candidatos desta lista: Han Solo: Uma História Star Wars (que pelo histórico de produção conturbado, só pode ser um resultado desastroso) e o Fenda no Tempo, a mega produção politicamente correta da Disney.

TOP 5 PIORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. Venom (Venom)
Dir: Ruben Fleischer

4. Halloween (Halloween)
Dir: David Gordon Green

3. Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider)
Dir: Roar Uthaug

2. A Freira (The Nun)
Dir: Corin Hardy

1. Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom)
Dir: J.A. Bayona

jurassic world fallen kingdom

Chris Pratt em cena da desastrosa sequência Jurassic World: O Reino Ameaçado (pic by OutNow.CH)

OSCAR 2018: POLITICAMENTE CORRETO NUMA CERIMÔNIA MORNA

Os produtores da cerimônia resolveram dar uma colher de chá para Jimmy Kimmel e o convidaram novamente para ser host após aquela lambança do envelope errado no ano passado. Apesar de ter acertado naquela premiação do jet ski para o discurso mais curto, ainda cometeu equívocos como aquela chocha invasão à sala de cinema do outro lado da rua, na vã tentativa de aproximar o público comum das estrelas de Hollywood.

Contudo, não dá pra culpá-lo. Os próprios organizadores resolveram baixar o tom da festa e correr risco zero para evitar erros e polêmicas. Desde o monólogo politicamente correto de Kimmel, até os números musicais bastante contidos no palco comprovaram a postura que a Academia impôs ao evento.

Quanto aos resultados, chegamos ao limite do previsível, principalmente em relação aos atores. Com Gary Oldman, Frances McDormand, Sam Rockwell e Allison Janney ganhando todos os prêmios importantes anteriores, ficou difícil surpreender o público com algum resultado inesperado. Por isso mesmo, a partir da próxima cerimônia, a data será adiantada para o mês de fevereiro com o intuito de reduzir o impacto dos prêmios que o antecedem.

Sobre os resultados, torci bastante para Corra! levar Melhor Filme, Diretor e Roteiro Original, que felizmente Jordan Peele acabou levando. Gostei das premiações de James Ivory pelo Roteiro Adaptado de Me Chame Pelo Seu Nome, de Roger Deakins finalmente levando seu Oscar por Blade Runner 2049, e de Sebastián Lelio levando o primeiro Oscar de Filme em Língua Estrangeira para o Chile por Uma Mulher Fantástica.

Design sem nome (2)

Da esquerda para a direita: Jordan Peele leva o Oscar de Roteiro Original por Corra!, Roger Deakins de Fotografia por Blade Runner 2049, e Sebastián Lelio de Filme em Língua Estrangeira por Uma Mulher Fantástica.

Em relação às categorias de atuação, os votantes da Academia deveriam repensar melhor seu modo de avaliar as interpretações. Este ano, tivemos duas performances clichês e rotuladas levando o Oscar mais por causa dos efeitos de maquiagem transformativa: Gary Oldman com próteses esbravejando como um cachorro, e Allison Janney como a mãe amarga e envelhecida pela maquiagem. Timothée Chalamet e Lesley Manville trabalharam muito mais as nuances de seus personagens, e com pouco esforço, superaram os vencedores.

NETFLIX NOS FESTIVAIS E NO OSCAR

Claro que ainda não é oficial, mas Roma pode se tornar o primeiro filme da NETFLIX indicado ao Oscar de Melhor Filme, e por que não o primeiro a ganhar a estatueta? É inevitável o espaço e a importância que a Netflix e outras plataformas de streaming como a Amazon e a Hulu estão conquistando no mercado. Já é uma realidade de trabalho para inúmeros profissionais, assim como de alto consumo.

Diante desse cenário, eu faço a seguinte indagação: “Até quando vão ficar de birra, distribuidores franceses e organizadores do Festival de Cannes?”. Enquanto essa turma ficar discutindo a permanência de um sistema ultrapassado e a linguagem cinematográfica da Netflix, a empresa está dando risada, lucrando e ainda ganhando prêmios em outros festivais! Roma ganhou o Leão de Ouro em Veneza.

Obviamente, preferi assistir ao filme de Alfonso Cuarón numa sala de cinema com projeção em tela grande e som de qualidade, mas se não pudesse, assistiria na TV de casa mesmo (com um volume que meus vizinhos reclamariam), mas assistiria! A Netflix veio para suprir um tipo de cinema que os produtores de Hollywood já não querem mais fazer, pois estão visando apenas os lucros sem margem para erros ou riscos, por isso só temos blockbusters e adaptações de best-sellers nas salas de cinema.

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Foto que tirei na sessão especial de Roma no Kinoplex Itaim

Eu gostaria apenas que a Netflix e outras plataformas fizessem um esforço para colocar filmes selecionados para salas de cinema. Tipo, não faço questão de ver Para Todos os Garotos que Já Amei no cinema, mas Roma é outro nível de cinema que merece uma boa projeção. Isso certamente valorizaria ainda mais os profissionais e acabaria atraindo outros a trabalhar para a empresa.

TWITTER DESTRUINDO CARREIRAS

Sabe aquele ditado “O passado não perdoa”? Graças ao Twitter, o passado voltou para atormentar e destruir as carreiras profissionais de algumas personalidades. A mais comentada foi do diretor e roteirista James Gunn, que foi demitido pela Disney de Guardiões da Galáxia Vol. 3. Quando seus tuítes de vários anos atrás voltaram à tona, viram que ele não batia muito bem. Quer dizer, as piadas de humor negro eram chocantes demais para qualquer executivo da Disney que quer preservar a imagem família feliz da empresa global. Eu entendo o lado da Disney, que seria atacada pela imprensa se não demitisse Gunn e correria sério risco de ter suas ações em queda, mas demitir por piada estúpida de Twitter de 10 anos atrás? Não poderiam dar uma chance do diretor se retratar publicamente? O cara ganhou bilhões de dólares com os dois Guardiões da Galáxia!

Twitter

Tweets antigos de James Gunn e Kevin Hart que ocasionaram em suas demissões

E no início de dezembro, o Twitter fez uma nova vítima: o ator e comediante Kevin Hart, que foi convidado pela Academia para ser host do Oscar 2019. No dia seguinte, porém, tuítes antigos dele, que denotavam uma figura pública homofóbica, foram descobertos. Certos de que ele seria crucificado, principalmente pela comunidade LGBT, os organizadores da Academia lançaram um ultimato para ele se desculpar, o que acabou não acontecendo. E dois dias depois do anúncio, Hart desistiu do cargo.

Sou totalmente contra qualquer tipo de censura. Mas os tempos são outros. Hoje, as empresas demitem por qualquer comportamento impróprio. Qualquer um. Não existe perdão de declarações do passado também, por isso, no caso do Twitter, onde os tuítes são “deletáveis”, melhor apagá-los. Evitaria desgastes como esse que a Academia passou agora.

Esses acontecimentos reabrem a velha discussão da separação entre pessoa e artista. Por exemplo, com o escândalo de Woody Allen que foi acusado de abusar da filha, inúmeras pessoas passaram a avaliar seus filmes de forma negativa por causa da acusação. Inclusive, achei patético a declaração da atriz Mira Sorvino, que alegou arrependimento de ter trabalhado com Allen no filme Poderosa Afrodite (1995), que lhe rendeu o Oscar de Atriz Coadjuvante e lançou seu nome em Hollywood. Cuspir no prato que comeu é fácil. Não aprova o comportamento dele? Basta não trabalhar mais com ele.

CRÍTICAS

Apesar da lista coroar os meus 5 favoritos do ano, obviamente é preciso mencionar outras produções que se destacaram de alguma forma. Dos blockbusters, vale citar Vingadores: Guerra Infinita, que foi a maior bilheteria do ano. Deixando meu lado de fã de quadrinhos, é preciso reconhecer esse trabalho estratégico e paciente de dez anos da Marvel Studios que culmina nesta produção, que soube contar com vários personagens sem ser maçante, e ainda apresenta com propriedade um vilão de alto nível como Thanos.

Ainda destacaria Missão: Impossível – Efeito Fallout, que pode não apresentar nada inovador, mas sem sombra de dúvida foi o melhor filme de ação do ano. É notável a entrega de Tom Cruise à franquia e como ele luta para se superar a cada filme. Falando em notabilidade, preciso mencionar o trabalho minucioso de stop motion da animação nova de Wes Anderson, Ilha dos Cachorros. Além da técnica impecável, trata-se de um design de personagens sublime. Só acho que carece um pouco mais de alma, mas talvez a Academia recompense Anderson pelas derrotas anteriores com este Oscar de Animação…

Também gostei do singelo Poderia Me Perdoar?. A história verídica me pegou pelo identificação com a protagonista: uma escritora em decadência que falsifica cartas de autores para pagar suas contas básicas. A dupla formada por Melissa McCarthy e Richard E. Grant é a melhor do ano. Espero que ambos estejam indicados no próximo Oscar. E ainda no campo do singelo, destaco também o drama Mais Uma Chance, que é da Netflix. É basicamente sobre um casal na casa dos 40 que luta para ter filho, chegando a recorrer aos ovários da sobrinha. Todos os três atores estão bem: Paul Giamatti, Kathryn Hahn e Kayli Carter.

Uma boa surpresa foi a ficção científica Upgrade. Jamais imaginei que o roteirista Leigh Whannel, de Sobrenatural e Jogos Mortais, criaria esse universo futurista onde a tecnologia seria debatida de forma divertida mas também incisiva. Infelizmente, não há previsão de estréia no Brasil, mas de qualquer forma, tem tudo para se tornar um cult movie.

E, por último, gostei de ver a nova loucura de Lars von Trier no cinema. A Casa que Jack Construiu tem um tema interessantíssimo que questiona a inteligência humana através da filosofia de um serial killer inescrupuloso. Só faço dois adendos: deveria ter abusado mais do humor negro da primeira metade, e apesar de entender os motivos do diretor, cortaria a sequência em que ele insere imagens dos filmes anteriores dele, pois não colabora com a trama e ainda abre brecha para críticas de auto-indulgência depois daquele episódio de Persona Non Grata no Festival de Cannes.

TOP 5 MELHORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. Hereditário (Hereditary/ 2018)
Dir: Ari Aster

4. Oitava Série (Eighth Grade/ 2018)
Dir: Bo Burnham

3. Roma (Roma/ 2018)
Dir: Alfonso Cuarón

2. Asako I & II (Netemo Sametemo/ 2018)
Dir: Ryûsuke Hamaguchi

1. Em Chamas (Beoning/ 2018)
Dir: Chang-dong Lee

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1º LUGAR: EM CHAMAS (Beoning), de Lee Chang-dong

TOP 5 MELHORES EM MÍDIA DIGITAL

5. O Silêncio do Lago (Spoorloos/ 1988)
Dir: George Sluizer

4. Através de um Espelho (Såsom i en spegel/ 1961)
Dir: Ingmar Bergman

3. 8½ (8½/ 1963)
Dir: Federico Fellini

2. O Parque Macabro (Carnival of Souls/ 1962)
Dir: Herk Harvey

1. O Segundo Rosto (Seconds/ 1966)
Dir: John Frankenheimer

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1º LUGAR: O SEGUNDO ROSTO (Seconds), de John Frankenheimer

IN MEMORIAN

Este ano, perdemos diretores icônicos e vencedores do Oscar. Milos Forman (venceu por Um Estranho no Ninho e Amadeus) e Bernardo Bertolucci (venceu por O Último Imperador), mas no caso dele, ficou mais famoso por filmes polêmicos como O Conformista, O Último Tango em Paris e Os Sonhadores. Outro diretor que entregou importantes filmes foi Nicolas Roeg, que destaco Inverno de Sangue em Veneza, O Homem que Caiu na Terra e Bad Timing. E agora no dia 17, a diretora Penny Marshall, mais conhecida pelas comédias Quero Ser Grande e Uma Equipe Muito Especial nos deixou.

Entre os atores, indicados ao Oscar nos deixaram: Burt Reynolds (que mais chama a atenção por uma vida repleta de arrependimentos por recusa de papéis importantes), Sondra Locke (ex-mulher de Clint Eastwood), Barbara Harris e a vencedora do Oscar de Coadjuvante em 1957 por Palavras ao Vento, Dorothy Malone. Também vale citar Margot Kidder, a eterna Lois Lane do Superman do saudoso Christopher Reeve.

Dos profissionais brasileiros, demos adeus às lendas Nelson Pereira dos Santos (diretor de Vidas Secas e Rio 40 Graus), Roberto Farias (diretor de Assalto ao Trem Pagador e dos filmes do cantor Roberto Carlos como Roberto Carlos em Ritmo de Aventura), e as atrizes Beatriz Segall (a eterna Odete Roitman da novela Vale Tudo) e Tônia Carrero, que brilhou nos filmes do extinto estúdio da Vera Cruz como Tico-Tico no Fubá.

Vale lembrar a perda das cantoras Aretha Franklin, cujas músicas sempre estarão em trilhas sonoras de vários filmes, e pra mim, em especial, Dolores O’Riordan, vocalista do grupo The Cranberries. A morte dela aos 46 anos (!) por afogamento após uma intoxicação alcóolica me deixou abatido por uns dias.

Demos adeus aos escritores Neil Simon, que apesar de ter sido indicado ao Oscar quatro vezes sem nenhuma vitória, tinha carreira consolidada e venerada no teatro como dramaturgo; e o roteirista William Goldman, vencedor de duas estatuetas do Oscar por Butch Cassidy e Todos os Homens do Presidente.

E não poderia falar de escritores sem mencionar Stan Lee. Embora os filmes da Marvel Studios sejam um sucesso pela estratégia de mesclar universos do produtor Kevin Feige, nada seria possível sem a inestimável contribuição criativa de Lee. Ele foi o pioneiro nos quadrinhos que enxergou a humanidade nos personagens de super-heróis, que eles poderiam ser falhos também e assim, facilitar a identificação com os leitores. Foi essa chave que até hoje gera essa conexão dos filmes com o grande público.

Stan Lee

VOTOS PARA 2019

Acho que o grande assunto no Brasil este ano foram as eleições para presidente. E o que mais fiquei chocado foi a defesa ferrenha que muitos faziam para candidatos que sequer mereciam o mínimo de confiança. Acho que depois de acompanhar tanto tempo a política brasileira, só defendo uma coisa: Nenhum político merece nossa confiança. Talvez o político em si seja até uma pessoa honesta, mas o sistema é muito corrupto e parece enraizado. Não vou nem entrar na questão das propostas, porque tem cada absurdo… Acho que o Brasil só vai pra frente com uma Reforma na Educação contando com um alto investimento.

Enfim, torço para que algo dê certo neste próximo governo. Que, de alguma forma, consigam afastar o país dessa crise, gerando mais emprego, renda e segurança, que é um problema crônico, mas sem esquecer da educação e da nossa cultura!

Apoio a diversidade de autores brasileiros, especialmente no cinema. Este ano, contamos com filmes bem distintos e alternativos como Café com Canela, As Boas Maneiras, O Animal Cordial, Arábia e Benzinho. O Cinema Brasileiro deixou de ser aquele recluso de favelas e seca no Nordeste. Se vamos ganhar o Oscar? Se dependesse apenas dos filmes, não teria dúvidas de que vai chegar a hora do Brasil, mas se a política continuar interferindo… vamos ver o cinema do Camboja, Cazaquistão e Paraguai ganhar antes da gente.

Desejo Feliz Ano Novo para todos que acompanham o blog e a página do Facebook! Que seja um ano repleto de alegrias, conquistas, saúde e paz!

Compartilhe seus melhores e/ou piores filmes que viu em 2018 nos comentários!

ACADEMIA ANUNCIA NOVA CATEGORIA DE ‘FILME POPULAR’

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UM DIA APÓS A REELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA ACADEMIA, JOHN BAILEY, INSTITUIÇÃO DE 90 ANOS ANUNCIA MUDANÇAS DRÁSTICAS EM BUSCA DE AUDIÊNCIAS MELHORES

Ok, vamos aos fatos: Nesta quarta-feira, dia 08, a Academia anunciou algumas mudanças na premiação.

  1. Uma nova categoria será criada para filmes populares.
  2. A data da cerimônia em 2020 será no dia 09 de Fevereiro (e não mais no final do mês ou em Março)
  3. Estão planejando uma cerimônia de três horas mais acessível globalmente.

Certo, como diria Jack o Estripador, vamos por partes! A decisão 2, a mais fácil de discutir, é sobre a antecipação do calendário de premiações. Como todos sabem, a temporada de premiações começa em dezembro e termina com o Oscar. Como vão antecipar um mês, a tendência é que todos os demais prêmios também façam o mesmo. Então, existem boas possibilidades do Globo de Ouro ser em dezembro, o SAG em janeiro e o Critics’ Choice Awards em novembro. Sim, daqui a pouco vão entregar prêmios em Julho!

Já no item 3, parece que algumas categorias serão apresentadas durante o intervalo, editadas e exibidas em seguida a fim de encurtar a cerimônia, que hoje quase chega nas 4 horas. Realmente, o show é longo, ainda mais pra quem está no fuso horário em que temos que madrugar para assistir até o Oscar de Melhor Filme, mas não sei se falo como cineasta nessas horas, mas acho sacanagem tirar a glória daquele curta-metragista que passou dois anos fazendo um filme, ganhar um Oscar e passar um clipe em que ele aparece por 3 segundos. E outra coisa que precisa ser levada em consideração: o Oscar é uma vez por ano! Pô, um evento anual com vários filmes e artistas envolvidos. Custa tanto assim pra humanidade 4 horas da sua vida e paciência?? (Não responda!)

90th Academy Awards - Oscars Show – Hollywood

Do Oscar deste ano, poderiam cortar o discurso chato e longo do Gary Oldman.

Por exemplo, eu poderia dizer: “Por que não cortam aqueles clipes de filmes que apresentam todo ano?” Porque eu adoro! Ou “Por que não eliminam as performances musicais das canções indicadas?” Porque eu adoro! (Tirando aquele ano em que a Beyoncé cantou todas as músicas indicadas). Aí o que mais tem pra cortar? Vão cortar o In Memoriam? Não dá! É uma bela e singela homenagem aos mortos, que inclusive honrou nosso documentarista Eduardo Coutinho. A única coisa que me irrita frequentemente são aquelas piadinhas sem graça que os apresentadores têm que atuar (muito mal) antes de entregar o prêmio. Tem atores que se saem tão mal nesse quesito que nos faz questionar se merece ser chamado de ator!

Há alguns anos atrás, quase 10 anos na verdade, o Oscar teve uma idéia genial: migrar os Oscars Honorários, Irving G. Thalberg e Jean Hersholt Humanitarian Award para uma festa chamada Governors Ball, que ocorre no mês de novembro que antecede a temporada. Nesse esquema, todo mundo sai ganhando. Os homenageados podem discursar por meia hora, os atores cotados para o Oscar podem desfilar no tapete vermelho e fazer aquela campanha, e o melhor de tudo: reduzem consideravelmente a duração da cerimônia do Oscar, pelo menos um bloco inteiro. Então, o que quero dizer com isso? Ao invés de inferiorizarem categorias menores em intervalos, por que não inseri-los no Governors Ball? Por mim, continuaria do jeito que está, mas eu entendo que a cerimônia é dispendiosa e necessita de cortes para não se arrastar demais.

Donald Sutherland Oscar

O ator veterano Donald Sutherland recebeu a honraria do Oscar Honorário no Governors Ball em novembro de 2017.

E por último, o item 1, o mais polêmico. Um Oscar para Filmes Populares. Na hora, dá vontade de parar de assistir ao Oscar para sempre! O que dizer dessa barbaridade? Isso é pior do que cota! A Academia está dizendo em alto e bom som: “Filmes blockbusters jamais serão os vencedores do Oscar de Melhor Filme!”. Mas enfim, antes de criticar ferozmente, vamos analisar a seguinte questão: “O que eles denominam como Filme Popular?” É aquele que ultrapassa a barreira dos 100 milhões de dólares nas bilheterias americanas? Se for, filmes como La La Land, Dunkirk e os vencedores do Oscar de Melhor Filme Titanic e Gladiador não estariam qualificados. Ou filme popular é aquele que você não precisa usar o cérebro como um Transformers, Crepúsculo, Jogos Vorazes ou filmes do Adam Sandler? Se for isso, esse prêmio já existe e se chama Framboesa de Ouro! Afinal, o que a Academia entende como Filme Popular?

Oscar Titanic

James Cameron, Kate Winslet e Jon Landau celebram as 11 vitórias do Oscar de Titanic em 1998

Vamos começar do início. A audiência da cerimônia do Oscar está caindo gradativamente nos últimos anos. De forma bruta, desde 1998, há cada vez menos espectadores na frente da televisão. Por se tratar de um evento anual televisivo, necessita de audiência para que o show continue, então de alguns anos pra cá, algumas estratégias foram adotadas como a expansão de indicados a Melhor Filme em 2010 (inicialmente foi de 5 para 10, e nos últimos anos, segue uma regra de votação que sempre acaba resultando em 8 ou 9 indicados), a já citada migração dos prêmios honorários para uma festa à parte, e agora essa nova categoria de Filme Popular.

Entretanto, essa estratégia é um tiro no pé, pois além de causar esse estardalhaço com justificativa, não existe qualquer garantia de que o público jovem vá se interessar em assistir ao Oscar só porque Jurassic World, Vingadores: Guerra Infinita ou Missão: Impossível ganharam o Oscar! Isso nitidamente é fruto de interesses comerciais de grandes estúdios que apenas denigre a imagem da Academia.

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Thanos, de Vingadores: Guerra Infinita, com chances de Oscar de Filme Popular em 2019. (art by Polygon)

Falando nisso, muitos membros da Academia se sentiram esnobados pois sequer foram consultados sobre essas mudanças. Entre os que se manifestaram estão o diretor Adam McKay, que ganhou o Oscar de Roteiro Adaptado por A Grande Aposta. Ele tuitou: “Outras novas categorias: Melhor Alienígena Feminina, Melhor Lançamento de Faca…”. Já o ator Rob Lowe foi mais profético: “A indústria do cinema morreu hoje com o anúncio do Oscar de Filme Popular”.

Parece uma questão boba, mas não é. Se premiarem Vingadores com o Oscar de Filme Popular, por exemplo, o que teremos como Melhor Filme? Um filme de Jean-Luc Godard? Pelo menos um Paul Thomas Anderson pra cima, né? Se vamos ter uma categoria pra filmes de menor qualidade fílmica, a lógica seria manter alto nível na categoria principal. Vamos colocar uns dois filmes europeus, dos irmãos Dardenne, e do Peter Greenaway, quem sabe uns profundos do chinês Jia Zhangke?

Alguns defendem que uma das justificativas desse Oscar é para premiar o Pantera Negra, adaptação dos quadrinhos da Marvel que bateu inúmeros recordes de bilheteria nos EUA e mundo afora, e que ainda satisfez todos que são politicamente corretos. Particularmente, sou fã da Marvel, mas não achei esse filme tudo isso filmicamente falando, mas por que não simplesmente indicá-lo a Melhor Filme então? Não seria mais fácil e honroso para o filme e sua equipe? E digo mais: Se ganhar o Oscar de Melhor Filme, aí você terá a audiência elevada, porque seria algo inédito nos 90 anos de história do prêmio.

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Chadwick Boseman com elenco de Pantera Negra no tapete vermelho do Oscar 2018

Como cineasta e cinéfilo, eu entendo que o Oscar é um prêmio da indústria e que não dá pra se guiar por ele no quesito qualidade. Mas peraí! Existem, sim, inúmeros filmaços indicados ao longo dessas nove décadas. Só para citar alguns: Cidadão Kane, Vinhas da Ira, Casablanca, Um Lugar ao Sol, Psicose, 2001: Uma Odisséia no Espaço, O Poderoso Chefão, Amadeus, O Silêncio dos Inocentes, A Viagem de Chihiro… eu mesmo descobri vários filmes ótimos por causa do Oscar. Portanto, conceder um Oscar é uma honraria, sim, e não deveria se curvar aos interesses comerciais, sejam dos estúdios ou da audiência da cerimônia. Independente do que sejam esses filmes populares, não existe motivo nenhum pra haver essa divisão. Por pior que o filme seja, ele continua sendo cinema. Em alguns casos até sangra a garganta de dizer isso, mas são cinema! Por que premiá-los como um sub-cinema? Se eles são merecedores de Melhor Filme, premiem! Se eles são merecedores apenas do Oscar de Efeitos Sonoros, premiem apenas esse! Cazzo!!

Do fundo do coração, espero que eles repensem melhor essa categoria. Não é nem um pouco feio voltar atrás numa decisão ruim! Alguns gêneros como Terror, Ação e Ficção Científica realmente são muito esnobados pela Academia, mas eles não precisam de uma nova categoria, mas sim, de oportunidades nas que já existem. Por exemplo: Por que não terem indicado a excelente trilha musical de Invocação do Mal na categoria de Trilha Original? Por que não indicar Rua Cloverfield 10 como Roteiro Original e Ator Coadjuvante para John Goodman? Por que não indicar David Robert Mitchell como Melhor Diretor por Corrente do Mal? Tenho certeza de que se essas inclusões (merecidas) tivessem ocorrido ao longo dos anos, ninguém aqui estaria reclamando que determinados gêneros são excluídos e que precisam de uma categoria própria.

EM VÉSPERA do OSCAR, ‘CORRA!’ LEVA MELHOR FILME e DIRETOR no INDEPENDENT SPIRIT AWARDS

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No centro, Jordan Peele levanta o prêmio de Melhor Filme do Independent Spirit Awards por Corra! (pic by latimes.com)

FILME DE TERROR PODE ENTRAR PARA O HALL DOS VENCEDORES DO INDEPENDENT E OSCAR

Os tempos mudaram no Independent Spirit… Antigamente, o vencedor do prêmio passava bem longe do Oscar que acontece sempre no dia seguinte. De alguns anos pra cá, tem rolado uma dobradinha Independent-Oscar. Foi assim com O Artista, 12 Anos de Escravidão, Birdman, Spotlight e Moonlight.

O fato é que a indústria de cinema mudou desde a crise econômica dos EUA (por volta de 2008), e desde então, os estúdios e as premiações têm preferido produções de menor orçamento, pensando tanto em margem de lucro quanto qualidade. E nesse aspecto, o Independent Spirit se consagrou o eleito da temporada de premiações como novo parâmetro, pois seu regulamento exige que os indicados tenham orçamento de até 20 milhões de dólares, caso contrário, não compete.

Essa regra fundamental do Independent excluiu este ano filmes do Oscar como O Destino de uma Nação, Dunkirk e The Post, abrindo caminho para outros artistas menos favoritos desta temporada como Timothée Chalamet, que venceu o prêmio de Melhor Ator, no lugar do vitorioso frequente Gary Oldman. É claro que a um dia da cerimônia do Oscar, os votos já foram computados e o resultado do Independent pouco vai influenciar, mas ele já costuma dar um forte indicativo das intenções de votos de muitos membros da Academia.

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Timothée Chalamet sobe eufórico para receber o prêmio de Melhor Ator por Me Chame Pelo Seu Nome (pic by Tommaso Boddi, Getty Images throught USA Today)

Infelizmente, Chalamet foi a única surpresa das categorias de atuação diante do predomínio do favoritismo de Frances McDormand, Sam Rockwell e Allison Janney. Já nas categorias principais, as vitórias de Corra! e seu diretor Jordan Peele podem significar que o filme não está descartado na corrida das apostas perante Três Anúncios Para um Crime e A Forma da Água. Aliás, a vitória de Greta Gerwig na categoria de Melhor Roteiro pode indicar a possibilidade de ela receber a estatueta no Oscar como forma de compensação por perder como Diretora por Lady Bird.

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Greta Gerwig é ovacionada enquanto recebe o prêmio de roteiro por Lady Bird. Pic by filmindependent.com

Mas voltando à vitória de Corra!, foi bem interessante ver que as duas figuras que se encarregaram de apresentar os prêmios de Diretor e Filme foram dois artistas negros do passado e do presente: o diretor Spike Lee e o ator sensação de Pantera Negra, Chadwick Boseman, respectivamente.

Importante lembrar que outros indicados ao Oscar como o filme chileno Uma Mulher Fantástica e o documentário Visages Villages também saíram premiados no Independent Spirit como Filme em Língua Estrangeira e Documentário, respectivamente.

Vencedores do 33º INDEPENDENT SPIRIT AWARDS

MELHOR FILME

  • CORRA! (Get Out)
    Produtores: Jason Blum, Edward H. Hamm Jr., Sean McKittrick, Jordan Peele

MELHOR FILME DE DIRETOR ESTREANTE

  • INGRID GOES WEST
    Diretor: Matt Spicer
    Produtores: Jared Ian Goldman, Adam Mirels, Robert Mirels, Aubrey Plaza, Tim White, Trevor White

PRÊMIO JOHN CASSAVETES – Concedido a uma produção com orçamento abaixo de 500 mil dólares.

  • Life and nothing more
    Roteirista/Diretor: Antonio Méndez Esparza
    Produtores: Amadeo Hernández Bueno, Alvaro Portanet Hernández, Pedro Hernández Santos

MELHOR DIRETOR

  • Jordan Peele (Corra!)

MELHOR ROTEIRO

  • Greta Gerwig (Lady Bird)

MELHOR ROTEIRO DE ESTREANTE

  • Emily V. Gordon, Kumail Nanjiani (Doentes de Amor)

MELHOR FOTOGRAFIA

  • Sayombhu Mukdeeprom (Me Chame Pelo seu Nome)

MELHOR MONTAGEM

  • Tatiana S. Riegel (Eu, Tonya)

MELHOR ATRIZ

  • Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR ATOR

  • Timothée Chalamet (Me Chame Pelo seu Nome)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Allison Janney (Eu, Tonya)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime)

PRÊMIO ROBERT ALTMAN – Concedido ao diretor, diretor de casting e ao elenco

  • Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi (Mudbound)
    Diretor: Dee Rees
    Diretores de Casting: Billy Hopkins, Ashley Ingram
    Elenco: Jonathan Banks, Mary J. Blige, Jason Clarke, Garrett Hedlund, Jason Mitchell, Rob Morgan, Carey Mulligan

MELHOR DOCUMENTÁRIO

  • Visages Villages
    Diretores: Agnés Varda, JR
    Produtora: Rosalie Varda

MELHOR FILME INTERNACIONAL

  • Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantástica)
    Chile
    Dir: Sebastián Lelio

PRÊMIO BONNIE – Este prêmio inaugural reconhecerá uma diretora no meio de sua carreira com um prêmio de 50 mil dólares.

  • Chloé Zhao

PRÊMIO JEEP TRUER THAN FICTION – Concedido a um diretor emergente de não-ficção que ainda não recebeu nenhum reconhecimento significante.

  • Jonathan Olshefski
    Diretor de Quest

PRÊMIO KIEHL’S SOMEONE TO WATCH – Reconhece um cineasta talentoso de visão singular que ainda não recebeu nenhum reconhecimento apropriado.

  • Justin Chon
    Diretor de Gook

PRÊMIO PIAGET DE PRODUTORES – Honra produtores emergentes, que com poucos recursos, demonstram criatividade, tenacidade e visão necessários para produzir filmes independentes de qualidade.

  • Summer Shelton

Emily V Gordon Kumail Nanjiani Independent

O casal de roteiristas na vida real Kumail Nanjiani e Emily V. Gordon recebem o prêmio de Roteiro Estreante por Doentes de Amor (pic by Film Independent)

A 90ª cerimônia do Oscar acontece hoje, dia 04 de março, e será transmitida pelo canal TNT a partir das 22h, com tapete vermelho a partir das 20h.

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