RETROSPECTIVA 2017: BASTIDORES SEXUAIS DE HOLLYWOOD

ANO FICOU MARCADO POR ESCÂNDALOS SEXUAIS E A EXPANSÃO DA DISNEY

Saudações aos cinéfilos de plantão! Mais um ano se passou e gostaria de entediá-los com meu resumão com os filmes. Bom, primeiramente, quero agradecer a todos que curtiram, fizeram comentários ou mesmo deram aquela breve passada no blog e na página do Facebook. Continuo não ganhando nem um centavo, mas todos os feedbacks certamente são gratificantes, então obrigado!

META DE 2017 E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Este ano tracei como meta assistir mais daqueles filmes que quando você fala que não viu, a pessoa reage com um: “Não acredito que você não assistiu!”. Então, vi alguns clássicos pela primeira vez como o neo-realista italiano Humberto D. (1952), de Vittorio De Sica, e o tocante e singelo clássico japonês de Yasujirô Ozu, Era uma Vez em Tóquio (1953). Também incluí filmes cults como Scanners – Sua Mente Pode Destruir (um David Cronenberg “tosqueira” que ficou mais marcado pela cena da cabeça que explode) e Tomates Verdes Fritos (que honestamente não entendi toda essa aura que o transformou em cult).

Dos diretores renomados, alguns filmes me surpreendi positivamente como Razão e Sensibilidade (1995), de Ang Lee (que achava que seria um drama de época sonolento), e Arizona Nunca Mais (1987), dos irmãos Coen, quando o humor deles era mais non-sense. Já outros como A Cidade dos Amaldiçoados (1995), de John Carpenter, foi bem doído assistir até o final pelo cúmulo do ridículo das cenas (Christopher Reeve mentalizando um muro de tijolos pra bloquear a telepatia das crianças foi a cena mais “chá de cogumelo” que vi este ano).

PIORES DO ANO NO CINEMA

Todo ano eu assisto a filmes que penso: “Onde eles estavam com a cabeça?”. Normalmente, são filmes cujos produtores se acham criativos demais a ponto de não necessitarem de um diretor competente por trás das câmeras. Dá pra citar dois exemplos de como Hollywood ainda tem muito a aprender:

A MÚMIA. Se essa era a idéia de revival dos monstros clássicos da Universal, o estúdio deveria urgentemente rever seus conceitos. Claramente, quiseram criar uma espécie de universo onde a Múmia poderia interagir com o Drácula, Frankenstein e Lobisomem em futuros longas, assim como a Marvel Studios planejou e executou, mas nem todo mundo tem a visão, organização e planejamento de Kevin Feige (produtor da Marvel).

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No centro, Annabelle Wallis com Jake Johnson e Tom Cruise em cena de A Múmia (pic by moviepilot.de)

Primeiramente, Tom Cruise não tem o carisma de Brendan Fraser (que protagonizou A Múmia de 1999), e muito menos tem qualquer química com sua colega Annabelle Wallis. Sofia Boutella como uma versão feminina da múmia soou promissor nos trailers, mas o resultado final acabou comprometido com as demais escolhas equivocadas, assim como o diretor Alex Kurtzman, que só tinha uma comédia desconhecida no currículo. Felizmente, o filme foi mal nas bilheterias e deve brecar esse plano insosso da Universal.

A TORRE NEGRA. Acho bacana resgatarem um grande autor de terror como Stephen King para os cinemas, mas definitivamente esta adaptação de sua obra não funcionou em nenhum aspecto. Sinceramente não entendi o motivo de contratarem o diretor dinamarquês Nikolaj Arcel. Eles queriam uma atmosfera de filme europeu num filme nitidamente blockbuster? E embora Idris Elba e Matthew McConaughey se esforcem, é impossível se importar com seus personagens, muito menos o jovem Tom Taylor que pareceu mais perdido do que os próprios produtores.

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Idris Elba e Tom Taylor tentam alguma química em A Torre Negra (pic by moviepilot.de)

Ainda falando sobre Stephen King, achei muuuito bacana ver seu romance “It” sendo tão destacado após tantos anos da primeira adaptação para a televisão. Este novo It: A Coisa se tornou o filme de terror mais visto de todos os tempos, ultrapassando o recorde anterior de O Exorcista (1973) que era de 232 milhões de dólares. Contudo, apesar dos números gordos que certamente vão engrenar mais filmes de terror, o filme está longe de ser uma obra-prima como muitos classificaram. Se tivessem explorado mais os personagens adultos, que são mais assustadores do que o próprio palhaço Pennywise, e reduzissem o excesso de efeitos visuais na figura dele, a performance de Bill Skarsgård poderia causar mais calafrios.

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Crianças procuram pelo palhaço Pennywise em cena de It: A Coisa (pic by moviepilot.de)

E de uma forma geral, as sequências e refilmagens integraram a parte ruim da safra do ano. Hoje existe um excesso de continuações e reboots que empobrece o cinema, e que se continuar nesse ritmo, os filmes originais passarão a ser raridade no circuito. Citando apenas os que vi no cinema: O Chamado 3, Jogos Mortais: Jigsaw, Alien: Covenant (uma franquia excelente mas que enfraqueceu demais com esta nova produção), Annabelle 2: A Criação do Mal, e até mesmo Guardiões da Galáxia Vol. 2, que pecou no excesso de gags e esqueceu da trama principal.

INDO CONTRA A CORRENTE

Apesar de Hollywood ainda produzir boas continuações como Logan e Thor: Ragnarok, é nesse cenário de escassez de originalidade que temos que valorizar os novos trabalhos de Darren Aronofsky (Mãe!) e Christopher Nolan (Dunkirk). Curiosamente, ambos os filmes tiveram recepções do tipo ame ou odeie, mas é inegável o esforço que os diretores fizeram para entregar algo novo, fresco e com alguma mensagem, concorde você ou não.

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E o filme doideira do ano vai para Mãe!, de Darren Aronofsky (pic by moviepilot.de)

Apesar de ter cedido dirigir a sequência Blade Runner 2049, Denis Villeneuve é garantia de vermos algo no mínimo com um olhar diferente. A Chegada é uma das ficções científicas mais criativas dos últimos anos, principalmente no uso de recursos cinematográficos como a montagem não-linear.

E falando em originalidade, não posso deixar de citar o melhor filme que vi nos cinemas: Corra!, de Jordan Peele. Pra começar, este é um filme que nunca imaginei que veria um dia. Trata-se de um filme extremamente corajoso ao lidar com o tema do racismo, ainda mais no gênero do terror e da ficção científica. E isso só foi possível graças a Jordan Peele que, em entrevista, confessou que queria fazer um filme em que pudesse passar a péssima sensação de ser uma minoria. Antigamente, havia mais filmes assim, em que o diretor queria abordar temas polêmicos em tramas de terror e ficção científica como O Enigma do Outro Mundo (1982), de John Carpenter.

Quando soube que Robert Pattison estava bem cotado pra ganhar o prêmio de interpretação masculina em Cannes por Bom Comportamento (Good Time), fiquei pensando se não seria exagero da mídia, afinal estamos falando daquele rapaz sem graça daqueles filmes mais sem graça ainda do Crepúsculo. Pelo visto suas duas colaborações com o diretor canadense David Cronenberg, Cosmópolis e Mapas Para as Estrelas, fizeram muito bem para desinflar seu ego e mostrar que ele tem potencial. Nesse filme dos irmãos Benny e Josh Safdie, Pattison vive um ladrão de bancos que, após uma tentativa frustrada de assalto, precisa resgatar seu irmão antes que ele volte para a prisão. Além do ator, o filme foi uma grata surpresa. Muito bem dirigido, montado e com uma ótima trilha musical de Daniel Lopatin, Bom Comportamento consegue gerar tensão do início ao fim e nunca se torna previsível.

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Robert Pattison em cena de Bom Comportamento (pic by moviepilot.de)

OSCAR 2017: A CERIMÔNIA QUE NÃO ACABOU

A cerimônia do Oscar ficou tão marcada com a lambança histórica de troca de envelopes e anúncio de filme errado que às vezes você até esquece qual indicado ganhou Melhor Filme, o que acabou apagando um pouco o brilho da vitória de Moonlight: Sob a Luz do Luar. Esse deslize diminuiu o fato da Academia premiar pela primeira vez em seus 89 anos um filme sobre homossexualismo e composto por um elenco totalmente negro.

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Gafes do Oscar: Warren Beatty e Jimmy Kimmel com caras de “O que eu vou falar agora??”

Claro, é importante quebrar barreiras e desbravar novos mares, mas deixando essa parte politicamente correta de lado, não considero Moonlight um bom filme. Barry Jenkins reuniu uma série de clichês de homossexualismo e de vício de drogas, colocou uma fotografia mais estilizada com câmera lenta, e uma estrutura narrativa convencional em três tempos da vida do protagonista. As melhores qualidades do filme são a trilha de Nicholas Britell e Mahershala Ali, que ficou muito limitado no primeiro terço do filme. Quer ver filme bom de homossexualismo? Veja O Segredo de Brokeback Mountain, veja Weekend, veja Azul é a Cor Mais Quente, veja Antes do Anoitecer, veja Morte em Veneza, enfim, são tantas opções melhores…

ISABELLE HUPPERT. Antes quero deixar claro que sou e sempre fui contra aqueles Oscars concedidos com intenção de compensar derrotas anteriores ou várias indicações sem vitórias, pois esses prêmios costumam gerar novas injustiças e transformar tudo num ciclo vicioso. Francamente, achava que Isabelle Huppert nem seria indicada por Elle por se tratar de uma performance corajosa num filme igualmente ousado, mas já que ela foi indicada, por que não premiá-la? A grande maioria dos críticos americanos a reconheceu como a melhor performance feminina do ano, mas no Oscar resolveram premiar a America’s sweetheart Emma Stone em La La Land, que certamente terá inúmeras outras oportunidades de ganhar uma estatueta.

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Emma Stone e seu Oscar de Atriz por La La Land

Claro que também fiquei indignado com a ausência de Elle na categoria de Filme em Língua Estrangeira. Além do filme ser muito bom, a Academia perdeu uma excelente oportunidade de premiar Paul Verhoeven, um diretor holandês que muito contribuiu para Hollywood nos anos 80 e 90, com clássicos modernos como RoboCop – O Policial do Futuro, Instinto Selvagem O Vingador do Futuro. Se depois viessem com Oscar Honorário, se fosse Verhoeven, eu nem me daria ao trabalho de comparecer à cerimônia.

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Isabelle Huppert e o diretor Paul Verhoeven divulgam Elle no tapete vermelho de Cannes (pic by LA Times)

EXPANDE MONOPÓLIO DA DISNEY

Lembra lá no colégio, quando seu professor de História te ensinou sobre as consequências do monopólio? Que, como não há forte concorrência, a empresa controla o mercado? Como eu havia comentado há dois anos e já me preocupava com essa situação fora de controle, a Disney já comprou a Pixar, a Marvel, a Lucas Films (Star Wars) e agora a Fox e suas derivadas Twentieth Century Fox, Fox Searchlight e FX, essa última em especial se tornou referências em séries mais ousadas como American Horror Story e Fargo, material que não vemos na Disney.

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Inicialmente, os fãs da Marvel comemoraram o fato de vários personagens poderem participar do mesmo universo dos filmes da Marvel/Disney, como Deadpool e os X-Men. Sim, pelo lado dos fãs de quadrinhos, é uma ótima notícia pela integração, mas é justamente aí que reside uma grande preocupação. Será possível um filme como Deadpool, repleto de sangue, palavrões, humor negro e sexo, sob o comando da empresa-família Disney? Se os figurões da Disney forem espertos, eles mantém o logo da Fox e continuarão produzindo filmes para o público adulto como Logan, já que foi comprovado o sucesso comercial e de crítica.

Mas não se trata apenas desse microcosmo da Marvel. Toda forma de Arte precisa de diversidade para sobreviver, por isso, quanto menos pasteurizada for a safra de novos filmes, o cinema terá vida longa.

OS ASSÉDIOS DE HOLLYWOOD

Embora muitos acreditem que o terremoto começou com o produtor Harvey Weinstein, Hollywood já ficou em estado de alerta com relatos de assédio envolvendo o último vencedor do Oscar de Melhor Ator, Casey Affleck, que teria tratado com machismo colegas de trabalho chamando-as de “vacas” e chegando a mostrar seu órgão genital para Amanda White, produtora de seu mockumentary  I’m Still Here.

Obviamente, o caso de Harvey Weinstein, dono da ex-distribuidora Miramax e atual Weinstein Co., é o mais grave de todos. Ele teria assediado mais de oitenta mulheres (segundo o USA Today), com destaque para atrizes como Ashley Judd (que foi a primeira a erguer a mão), Asia Argento, Rosanna Arquette, Kate Beckinsale, Cara Delevingne, Claire Forlani, Romola Garai, Heather Graham, Eva Green, Daryl Hannah, Salma Hayek, Angelina Jolie, Rose McGowan, Lupita Nyong’o, Mira Sorvino e Gwyneth Paltrow. Seus avanços normalmente seguiam uma tática de chamar a vítima até seu quarto de hotel, onde ele já a esperava trajado com roupão de banho, oferecia e pedia massagens e forçava beijos. Caso as vítimas se recusassem, ele as ameaçava dizendo que “acabaria com a carreira delas”. E elas sabiam que ele tinha poder para isso.

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O produtor Harvey Weinstein à esquerda com algumas de suas vítimas (montage by Archy World News)

Nessa confusão toda, sobrou até pra Meryl Streep, que foi acusada de saber dos abusos e não reportar, assim como Matt Damon, que teria ajudado a encobrir um dos escândalos a pedido de Weinstein em 2004. Primeiramente, muita calma nessa hora. Como jogaram merda no ventilador, é preciso apurar tudo antes de sair acusando todo mundo, pois carreiras e vidas estão em jogo.

Todas essas acusações mexeram demais com a indústria, tanto que a Academia decidiu expulsar o produtor Harvey Weinstein de sua associação. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Filme por Gangues de Nova York em 2003, e ganhou o Oscar em 1999 por Shakespeare Apaixonado. Inclusive acredito na teoria da conspiração que o Oscar de Melhor Atriz para Gwyneth Paltrow foi comprado com o intuito de fazê-la esquecer do “incidente” (talvez só assim pra explicar como ela bateu Cate Blanchett e Fernanda Montenegro naquele ano…). Pode ser que mais membros envolvidos na polêmica sejam futuramente expulsos também.

Depois de Weinstein, o caso mais em evidência foi do ator Kevin Spacey. Sua vida se tornou um inferno depois que o ator Anthony Rapp, da série Star Trek: Discovery, revelou que aos 14 anos, ele foi abusado por Spacey depois de uma festa. Em resposta pelo Twitter, Kevin Spacey pediu desculpas, mas sugeriu que seu comportamento inapropriado teria acontecido por ele ser gay. Obviamente, a declaração não caiu bem e deixou a comunidade gay em fúria. Em seguida, vieram outras acusações envolvendo jovens atores de seu grupo teatral britânico Old Vic. Vendo a bola de neve crescer rapidamente, a Netflix logo anunciou que cancelaria série House of Cards, protagonizada por Spacey, enquanto o diretor Ridley Scott decidiu apagar todas as cenas já filmadas com Spacey e substitui-lo por Christopher Plummer no filme All the Money in the World. Estava anunciado o fim da carreira de Kevin Spacey, que teria se internado numa espécie de clínica de reabilitação.

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Envolvido em escândalos, o ator Kevin Spacey foi retirado integralmente do filme de Ridley Scott, All the Money in the World (montage by Digital Spy)

Tendo o mesmo comportamento inapropriado, o diretor Bryan Singer foi recentemente demitido da produção de Bohemian Rhapsody, filme biográfico do vocalista do Queen, Freddie Mercury. Inicialmente, inventaram uma desculpa de que ele tinha problemas familiares, mas novas acusações surgiram contra ele e assim estava justificada sua demissão. Segundo relatos, Singer oferecia papéis a jovens atores (incluindo menores) em troca de sexo.

Ao longo dos últimos meses, várias acusações surgiram contra outros profissionais da área de cinema e de TV. Para citar os mais importantes: o diretor e produtor Brett Ratner, os atores e vencedores do Oscar Dustin HoffmanRichard Dreyfuss (que teriam provocado e oferecido propostas indecentes), e os atores de séries Jeffrey Tambor (de Transparent, que tem futuro incerto) e Louis C.K. (de Louie, que também não deve continuar e ainda cancelou futuros projetos). Todos se afastaram dos holofotes e devem esperar a poeira abaixar um pouco.

 

Alguns especialistas acreditam que o Oscar 2018 pode dar preferência às mulheres devido aos acontecimentos. Portanto, podem pintar candidatas e vencedoras mulheres em categorias normalmente dominadas por homens como Direção e Fotografia. Eu, particularmente, sou contra essa tendência de premiar de acordo com os tempos como aconteceu com Moonlight, que mais foi premiado como forma de protesto contra o governo de Trump do que pelos próprios méritos.

CRÍTICAS

Vamos às listas do ano, começando com os melhores vistos nos cinemas.

TOP 5 MELHORES DO ANO NO CINEMA

5. Bom Comportamento (Good Time/ 2017)
Dir: Benny Safdie, Josh Safdie

4. Custódia (Jusqu’à la garde/ 2017)
Dir: Xavier Legrand

3. Ao Cair da Noite (It Comes at Night/ 2017)
Dir: Trey Edward Shults

2. A Qualquer Custo (Hell or High Water/ 2016)
Dir: David Mackenzie

1. Corra! (Get Out/ 2017)
Dir: Jordan Peele

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Daniel Kaluuya e Allison Williams em cena de Corra!

TOP 5 MELHORES EM MÍDIA DIGITAL

5. Your Name (Kimi no na wa/ 2016)
Dir: Makoto Shinkai

4. Desamor (Loveless/ 2017)
Dir: Andrey Zvyagintsev

3. Pais e Filhos (Soshite chichi ni naru / 2013)
Dir: Hirokazu Kore-eda

2. El Topo (El Topo/ 1970)
Dir: Alejandro Jodorowsky

1. Era uma vez em Tóquio (Tôkyô monogatari/ 1953)
Dir: Yasujirô Ozu

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Era uma Vez em Tóquio, de Yasujirô Ozu. Pic by imdb.com

IN MEMORIAN

Comparado ao ano passado, é possível dizer que tivemos poucas perdas no mundo do cinema. Particularmente, pra mim foi muito difícil dizer adeus a um dos melhores diretores que Hollywood produziu: o americano Jonathan Demme. Como sou fã incondicional de O Silêncio dos Inocentes, e considero Filadélfia um marco contra o preconceito da Aids, tenho um carinho enorme pelos seus filmes.

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O diretor Jonathan Demme com a atriz Jodie Foster em set de O Silêncio dos Inocentes (pic by The New York Times)

Outra perda irreparável para os cinéfilos fãs de terror foi o mestre George Romero, conhecido como o pai dos zumbis que hoje estrelam vários filmes, séries e quadrinhos. Apesar de admirar seus trabalhos com os mortos-vivos, gostaria de ter visto mais filmes de outras temáticas como o ótimo Martin (1978), no qual um rapaz acredita que é um vampiro.

Perdemos os vencedores do Oscar: Martin Landau, vencedor do Oscar de Coadjuvante pela excepcional performance como Bela Lugosi em Ed Wood (1994); e o diretor John G. Avildsen, considerado o diretor dos filmes de esporte e montagem Rocky, um Lutador (1976) e Karatê Kid (1984).

Grandes atores indicados ao Oscar também partiram: John Hurt (por O Expresso da Meia-Noite e O Homem Elefante), Mary Tyler Moore (por Gente Como a Gente); Sam Shepard (por Os Eleitos). E nomes que serão lembrados por seu talento e carisma: Harry Dean StantonBill PaxtonJerry LewisAdam West (o eterno Batman da série de TV), Roger Moore (o ator que mais interpretou James Bond), e o músico Chris Cornell (criou a trilha e canção de 007 – Cassino Royale).

FELIZ ANO NOVO!

Embora nosso querido governo pise cada vez mais em nós, seja criando mais leis inúteis, seja criando mais impostos para cobrir seus próprios roubos, ou pior: soltando presos corruptos como faz um certo ministro do Supremo, precisamos tocar nossas vidas. 2018 é uma grande incógnita na política, e tenho muito receio de que o PT volte ao poder e de uma possível ascensão da extrema direita.

Que em 2018, sejam lançados mais filmes de qualidade, filmes alternativos e por que não filmes nacionais melhores? O cinema brasileiro parece ter perdido aquele gás dos anos 2000 e se rendido a comédias típicas de televisão. Bingo: O Rei das Manhãs foi uma boa surpresa de Daniel Rezende, mas precisamos de mais.

Top 10 dos Diretores – Parte 3

A fotografia intimista de A Árvore da Vida

A Árvore da Vida, Terrence Malick: um dos trabalhos recentes mais bem votados entre diretores e críticos (photo by outnow.ch)

SELEÇÃO DE DIRETORES APRESENTA SENSO CRÍTICO E GOSTO PESSOAL

Para quem estava acompanhando as escolhas de filmes dos diretores (1ª parte: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/11/top-10-dos-diretores/ e 2ª parte: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2013/11/16/top-10-dos-diretores-parte-2/), esta é a terceira e última parte da matéria especial, lançada a cada dez anos pela revista britânica Sight & Sound. Infelizmente, a pesquisa não alcançou nomes consagrados como Steven Spielberg, Tim Burton, Clint Eastwood e Peter Jackson, mas há nomes interessantes como o do roteirista da nova trilogia de Star Wars, Lawrence Kasdan; do cineasta turco Nuri Bilge Ceylan, que venceu a Palma de Ouro este ano; do britânico Paul Greengrass que trabalha tão bem o limite entre ficção e documentário através de câmera na mão e montagem frenética nos filmes do agente Jason Bourne e do aclamado Vôo United 93.

Particularmente, gostei bastante das escolhas de Peter Farrelly. Como um dos melhores diretores de comédias atualmente, obviamente, ele não poderia deixar de mencionar o clássico Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu, mas soube também valorizar a coragem de se fazer humor a partir de temas tabus à sociedade como fez Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América, que fala sobre gênero, raça e religião de forma que ilumina preconceitos existentes.  Ele destaca o amor pela arte do humor do comediante Sacha Baron Cohen, que poderia ter sido espancado ou até morto por suas piadas infames em prol de uma boa risada. Por Borat, ele sofreu uma série de processos judiciais por se passar por um personagem ingênuo para provocar gargalhadas. Apesar de tudo isso, Farrelly ressalta a injustiça da comédia ainda ser tratada como uma espécie de sub-gênero. Claro que Farrelly ganha pontos comigo por ter selecionado Sideways – Entre Umas e Outras, um de meus filmes favoritos.

Sacha Baron Cohen em cena de Borat. Segundo Farrelly, um dos mais corajosos filmes de comédia. (photo by outnow.ch)

Sacha Baron Cohen em cena de Borat. Segundo Farrelly, um dos mais corajosos filmes de comédia. (photo by outnow.ch)

Embora trate-se de uma matéria sobre diretores, vale destacar as escolhas do recém-falecido crítico de cinema Roger Ebert. Esta é a quinta vez que ele vota para a pesquisa da Sight & Sound, e confessa que é um desafio enorme incluir um filme novo a cada década. Para esta eleição, estava na dúvida entre Sinédoque, Nova York, de Charlie Kaufman e A Árvore da Vida, de Terrence Malick. Optou pelo último por acreditar que sua importância crescerá ao longo dos anos. Sua lista contempla uma abrangência da década de 40 até a atual, recordando grandes diretores como Federico Fellini, Yasujirô Ozu, Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick.

É interessante verificar também as escolhas de três diretores brasileiros: Walter Salles e Tata Amaral, que elegeram trabalhos brasileiros como fonte rica de inspiração como O Bandido da Luz Vermelha, Terra em Transe e Vidas Secas, que reflete a ternura e a crueza do nordeste brasileiro em Central do Brasil e Abril Despedaçado de Walter Salles.

Lawrence Kasdan

Nasceu em janeiro de 1949 – Florida, EUALawrence Kasdan
Trabalhos em destaque: Corpos Ardentes (1981), O Reencontro (1983), O Turista Acidental (1988), Grand Canyon – Ansiedade de uma Geração (1991)

  • O Exército das Sombras (L’Armée des Ombres/ 1969, dir. Jean-Pierre Melville)
  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Dr. Fantástico (Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb/ 1964, dir. Stanley Kubrick)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath/ 1940, dir. John Ford)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)
  • Fuga ao Passado (Out of the Past/ 1947, dir. Jacques Tourneur)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of the Sierra Madre/ 1948, dir. John Huston)

Lone Scherfig

Nasceu em maio de 1959 – Copenhague, Dinamarcalonescherfig_250x375
Trabalhos em destaque: Italiano Para Principiantes (2000), Educação (2009), Um Dia (2011).

  • 1900 (Novecento/ 1976, dir. Bernardo Bertolucci)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • Ondas do Destino (Breaking the Waves/ 1996, dir. Lars von Trier)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Vidas Amargas (East of Eden/ 1955, dir. Elia Kazan)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Desejo e Perigo (Se, jie/ 2007, dir. Ang Lee)
  • Songs from the Second Floor (Sånger från andra våningen/ 2000, dir. Roy Andersson)
  • A Fita Branca (Das weiße Band – Eine deutsche Kindergeschichte/ 2009, dir. Michael Haneke)
  • Ventos da Liberdade (The Wind that Shakes the Barley/ 2006, dir. Ken Loach)

Lukas Moodysson

Nasceu em janeiro de 1969 – Skåne Iän, SuéciaLukas+Moodysson+Best+Portraits+Toronto+jwY182nqFqZl
Trabalhos em destaque: Amigas de Colégio (1998), Bem-Vindos (2000), Para Sempre Lilya (2002), Corações em Conflito (2009).

  • 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 Luni, 3 Saptâmani si 2 Zile/ 2007, dir. Cristian Mungiu)
  • O Barco – Inferno no Mar (Das Boot/ 1981, dir. Wolfgang Petersen)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Hotel do Norte (Hôtel Du Nord/ 1938, dir. Marcel Carné)
  • A Morte de um Bookmaker Chinês (The Killing of a Chinese Bookie/ 1976, dir. John Cassavetes)
  • A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show/ 1971, dir. Peter Bogdanovich)
  • The Man on the Roof (Mannen på taket/ 1976, dir. Bo Widerberg)
  • Margot e o Casamento (Margot at the Wedding/ 2007, dir. Noah Baumbach)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Swedish Love Story (En Kärlekshistoria/ 1970, dir. Roy Andersson)

Manoel de Oliveira

Nasceu em dezembro de 1908 – Oporto, PortugalManoel de Oliveira
Trabalhos em destaque: A Divina Comédia (1991), Cada um Com seu Cinema (2007), Singularidades de uma Loira (2009), O Estranho Caso de Angélica (2010).

  • O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potemkin/ 1925, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Gertrud (Gertrud/ 1964, dir. Carl Theodor Dreyer)
  • Em Busca do Ouro (The Gold Rush/ 1925, dir. Charles Chaplin)
  • O Delator (The Informer/ 1935, dir. John Ford)
  • Ivan, o Terrível (Ivan Groznyy/ 1944, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Romance na Itália (Viaggio in Italia/ 1954, dir. Roberto Rossellini)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • Playtime – Tempo de Diversão (Playtime/ 1967, dir. Jacques Tati)
  • Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari/ 1953, dir. Kenji Mizoguchi)

Marc Webb

Nasceu em agosto de 1974 – Indiana, EUAmarc-webb
Trabalhos em destaque: (500) Dias com Ela(2009), O Espetacular Homem-Aranha (2012), O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall/ 1977, dir. Woody Allen)
  • A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai/ 1957, dir. David Lean)
  • Filhos da Esperança (Children of Men/ 2006, dir. Alfonso Cuarón)
  • Luzes da Cidade (City Lights/ 1931, dir. Charles Chaplin)
  • Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society/ 1989, dir. Peter Weir)
  • A Primeira Noite de um Homem (The Graduate/ 1967, dir. Mike Nichols)
  • Cantando na Chuva (Singin’ in the Rain/ 1952, dir. Gene Kelly e Stanley Donen)
  • A Fraternidade é Vermelha (Trois Couleurs: Rouge/ 1994, dir. Krzysztof Kieslowski)
  • O Ano em que Vivemos em Perigo (The Year of Living Dangerously/ 1982, dir. Peter Weir)

Mark Romanek

Nasceu em setembro de 1959 – Illinois, EUAmark_romanek_getty_225
Trabalhos em destaque: Static (1985), Retratos de uma Obsessão (2002), Não me Abandone Jamais (2010)

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Barry Lyndon (Barry Lyndon/ 1975, dir. Stanley Kubrick)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Cinzas no Paraíso (Days of Heaven/ 1978, dir. Terrence Malick)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Portal do Paraíso (Heaven’s Gate/ 1980, dir. Michael Cimino)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)

Martin McDonagh

Nasceu em março de 1970 – Londres, InglaterraMartin_McDonagh
Trabalhos em destaque: Six Shooter (2004), Na Mira do Chefe (2008), Sete Psicopatas e um Shih Tzu (2011).

  • Terra de Ninguém (Badlands/ 1973, dir. Terrence Malick)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo/ 1966, dir. Sergio Leone)
  • Manhattan (Manhattan/ 1979, dir. Woody Allen)
  • Neste Mundo e no Outro (A Matter of Life and Death/ 1946, dir. Michael Powell e Eric Pressburger)
  • O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1955, dir. Charles Laughton)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch/ 1969, dir. Sam Peckinpah)

Matthew Vaughn

Nasceu em março de 1971 – Londres, InglaterraMatthew Vaughn
Trabalhos em destaque: Nem Tudo é o que Parece (2004), Stardust: O Mistério da Estrela (2007), Kick Ass: Quebrando Tudo (2010), X-Men: Primeira Classe (2011).

  • De Volta Para o Futuro (Back to the Future/ 1985, dir. Robert Zemeckis)
  • Muito Além do Jardim (Being There/ 1979, dir. Hal Ashby)
  • O Franco Atirador (The Deer Hunter/ 1978, dir. Michael Cimino)
  • Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo/ 1966, dir. Sergio Leone)
  • Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia/ 1962, dir. David Lean)
  • Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark/ 1981, dir. Steven Spielberg)
  • Cães de Aluguel (Reservoir Dogs/ 1992, dir. Quentin Tarantino)
  • Rocky III (Rocky III/ 1982, dir. Sylvester Stallone)
  • Scarface (Scarface/ 1983, dir. Brian De Palma)
  • Guerra nas Estrelas (Star Wars/ 1977, dir. George Lucas)

Michael Apted

Nasceu em fevereiro de 1941 – Buckinghamshire, InglaterraMichael+Apted+Chronicles+Narnia+London+Premiere+c-IJPcC89ozl
Trabalhos em destaque: O Destino Mudou Sua Vida (1980), Nas Montanhas dos Gorilas (1988), Nell (1994), 007 – O Mundo Não é o Bastante (1999).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Desafio à Corrupção (The Hustler/ 1961, dir. Robert Rossen)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • Noite e Neblina (Night and Fog/ 1955, dir. Alain Resnais)
  • O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet/ 1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)

Mika Kaurismäki

Nasceu em setembro de 1955 – Orimatilla, FinlândiaMika Kaurismaki
Trabalhos em destaque: Absolutamente Los Angeles (1998), Moro no Brasil (2002), O Ciúme Mora ao Lado (2009).

  • Os Profissionais do Crime (Le Deuxième Souffle/ 1966, dir. Jean-Pierre Melville)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • Era Uma Vez no Oeste (C’Era una Volta il West/ 1968, dir. Sergio Leone)
  • O Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings/ 1939, dir. Howard Hawks)
  • Paixões que Alucinam (Shock Corridor/ 1963, dir. Samuel Fuller)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)
  • Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir. F.W. Murnau)
  • Ser ou Não Ser (To Be or Not to Be/ 1946, dir. Ernst Lubitsch)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari/ 1953, dir. Kenji Mizoguchi)

Mike Figgis

Nasceu em fevereiro de 1948 – Cumberland, InglaterraFilm director Mike Figgis sits for a portrait in London, 12th August 2011.
Trabalhos em destaque: Despedida em Las Vegas (1995), Por uma Noite Apenas (1997), Timecode (2000), Garganta do Diabo (2010).

  • Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde/ 1967, dir. Arthur Penn)
  • Amargo Pesadelo (Deliverance/ 1972, dir. John Boorman)
  • A Doce Vida (La Dolce Vita/ 1960, dir. Federico Fellini)
  • Festa de Família (Festen/ 1998, dir. Thomas Vinterberg)
  • I Am Curious Yellow (Jag är nyfiken – en film i gult/ 1967, dir. Vilgot Sjöman)
  • A Última Sessão de Cinema (The Last Picture Show/ 1971, dir. Peter Bogdanovich)
  • Esse Obscuro Objeto do Desejo (Cet Obscur objet du Désir/ 1977, dir. Luis Buñuel)
  • Noite de Estréia (Opening Night/ 1977, dir. John Cassavetes)
  • Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir. Ingmar Bergman)
  • Week-End à Francesa (Week End/ 1967, dir. Jean-Luc Godard)

Mike Newell

Nasceu em março de 1942 – Hertfordshire, Inglaterramike-newell-024-20772
Trabalhos em destaque: Quatro Casamentos e um Funeral (1994), Donnie Brasco (1997), O Sorriso de Mona Lisa (2003), Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005).

  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Trens Estreitamente Vigiados (Ostre sledované vlaky/ 1966, dir. Jirí Menzel)
  • Os Bons Companheiros (The Goodfellas/ 1990, dir. Martin Scorsese)
  • A Grande Ilusão (La Grande Illusion/ 1937, dir. Jean Renoir)
  • O Leopardo (Il Gattopardo, 1963, dir. Luchino Visconti)
  • Sob o Domínio do Mal (The Manchurian Candidate/ 1962, dir. John Frankenheimer)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • A Estrada da Vida (La Strada/ 1954, dir. Federico Fellini)
  • Pacto Sinistro (Strangers on a Train/ 1951, dir. Alfred Hitchcock)
  • A Fita Branca (Das weiße Band – Eine deutsche Kindergeschichte/ 2009, dir. Michael Haneke)

Nuri Bilge Ceylan

Nasceu em janeiro de 1959 – Istambul, Turquianuri bilge ceylan
Trabalhos em destaque: Distante (2002), 3 Macacos (2008), Era uma Vez na Anatolia (2011), Winter Sleep (2014).

  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Grande Testemunha (Au Hasard Balthazar/ 1966, dir. Robert Bresson)
  • A Aventura (L’Avventura/ 1960, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Eclipse (L’Eclisse/ 1962, dir. Michelangelo Antonioni)
  • Pai e Filha (Banshun/ 1949, dir. Yasujirô Ozu)
  • Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir. Robert Bresson)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Quando Duas Mulheres Pecam (Persona/ 1966, dir. Ingmar Bergman)
  • Vergonha (Skammen/ 1968, dir. Ingmar Bergman)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)

Olivier Assayas

Nasceu em janeiro de 1955 – Paris, FrançaOlivier Assayas
Trabalhos em destaque: Espionagem na Rede (2002), Clean (2004), Paris, Te Amo (2006), Horas de Verão (2008), Depois de Maio (2012).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo/ 1964, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Ludwig (Ludwig/ 1972, dir. Luchino Visconti)
  • Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut/ 1956, dir. Robert Bresson)
  • O Espelho (Zerkalo/ 1975, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Napoleão (Napoléon/ 1927, dir. Abel Gance)
  • Playtime – Tempo de Diversão (Playtime/ 1967, dir. Jacques Tati)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2011, dir. Terrence Malick)
  • Van Gogh (Van Gogh/ 1991, dir. Maurice Pialat)

Pablo Larraín

Nasceu em agosto de 1976 – Santiago, Chile67th Venice Film Festival - 'Post Mortem' Photocall
Trabalhos em destaque: Fuga (2006), Tony Manero (2008), Post Mortem (2010), No (2012).

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • A Infância de Ivan (Ivanovo detstvo/ 1962, dir. Andrei Tarkovsky)
  • A Palavra (Ordet/ 1955, dir. Carl Theodor Dreyer)
  • Rashomon (Rashômon/ 1950, dir. Akira Kurosawa)
  • Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd./ 1950, dir. Billy Wilder)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yazujirô Ozu)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Viver a Vida (Vivre sa vie: Film en douze tableaux/ 1962, dir. Jean-Luc Godard)

Pablo Stoll

Nasceu em 1954 – Montevidéu, UruguaiPabloStoll
Trabalhos em destaque: 25 Watts (2001), Whisky (2004), Hiroshima – Um Musical Silencioso (2009), 3(2012).

  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • The Dependent (El Dependiente/ 1969, dir. Leonardo Favio)
  • Eleição (Election/ 1999, dir. Alexander Payne)
  • O Carrasco (El Verdugo/ 1963, dir. Luis García Berlanga)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • A Noite dos Mortos-Vivos (The Night of the Living Dead/ 1968, dir. George Romero)
  • Rio 40 Graus (Rio 40 Graus/  1955, dir. Nelson Pereira dos Santos)
  • Onde Começa o Inferno (Rio Bravo/ 1959, dir. Howad Hawks)
  • Estranhos no Paraíso (Stranger than Paradise/ 1984, dir. Jim Jarmusch)
  • O Pântano (La Ciénaga/ 2001, dir. Lucrecia Martel)

Pablo Trapero

Nasceu em outubro de 1971 – Buenos Aires, ArgentinaPablo Trapero
Trabalhos em destaque: Mundo Grúa (1999), Leonera (2008), Abutres (2010), Elefante Branco (2012).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Aguirre, a Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes/ 1972, dir. Werner Herzog)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • O Poderoso Chefão (The Godfather/ 1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Tempos Modernos (Modern Times/ 1936, dir. Charles Chaplin)
  • Não Amarás (Krótki film o milosci/ 1988, dir. Krzysztof Kieslowski)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Os Imperdoáveis (Unforgiven/ 1992, dir. Clint Eastwood)
  • Viridiana (Viridiana/ 1961, dir. Luis Buñuel)

Paul Greengrass

Nasceu em agosto de 1955 – Surrey, Inglaterra The Great British Talent Event
Trabalhos em destaque: Domingo Sangrento (2002), A Supremacia Bourne (2004), Vôo United 93 (2006), O Ultimato Bourne (2007), Capitão Phillips (2013).

  • A Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri/ 1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potemkin/ 1925, dir. Sergei M. Eisenstein)
  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Evangelho Segundo São Mateus (Il Vangelo Secondo Matteo/ 1964, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • Os Sete Samurais (Shichinin no Samurai/ 1954, dir. Akira Kurosawa)
  • O Jogo da Guerra (The War Game/ 1965, dir. Peter Watkins)
  • Z (Z/ 1969, dir. Costa-Gavras)

Paul Schrader

Nasceu em julho de 1946 – Michigan, EUAPaul Schrader
Trabalhos em destaque: Gigolô Americano (1980), A Marca da Pantera (1982), Temporada de Caça (1997), Auto Focus (2002).

  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Conformista (Il Conformista/ 1970, dir. Bernardo Bertolucci)
  • Amor à Flor da Pele (Fa Yeung nin Wa/ 2000, dir. Wong Kar-Wai)
  • As Três Noites de Eva (The Lady Eve/ 1941, dir. Preston Sturges)
  • Orfeu (Orphée/ 1950, dir. Jean Cocteau)
  • O Batedor de Carteiras (Pickpocket/ 1959, dir. Robert Bresson)
  • A Regra do Jogo (La Règle du Jeu/ 1939, dir. Jean Renoir)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch/ 1969, dir. Sam Peckinpah)

Peter Davis

Nasceu em janeiro de 1937 – California, EUAPeter Davis
Trabalhos em destaque: Corações e Mentes (1974), Winnie and Nelson Mandela (1986), Nelson Mandela: Prisoner to President (1994).

  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Casablanca (Casablanca/ 1942, dir. Michael Curtiz)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Discreto Charme da Burguesia (Le charme discret de la bourgeoisie/ 1972, dir. Luis Buñuel)
  • O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet/ 1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot/ 1959, dir. Billy Wilder)
  • Sempre aos Domingos (Les dimanches de Ville d’Avray/ 1962, dir. Serge Bourguignon)
  • Laços Humanos (A Tree Grows in Brooklyn/ 1945, dir. Elia Kazan)
  • A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1969, dir. Ingmar Bergman)

Peter Farrelly

Nasceu em dezembro de 1956 – Pennsylvania, EUAPeter+Farrelly
Trabalhos em destaque: Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994), Quem Vai Ficar com Mary? (1998), O Amor é Cego (2001), Ligado em Você (2003), Antes Só do que Mal Casado (2007).

  • Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu (Airplane!/ 1980, dir. Jim Abrahams, David Zucker, Jerry Zucker)
  • Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan/ 2006, dir. Larry Charles)
  • A Felicidade Não se Compra (It’s a Wonderful Life/ 1946, dir. Frank Capra)
  • Tubarão (Jaws/ 1975, dir. Steven Spielberg)
  • Perdidos na Noite (Midnight Cowboy/ 1969, dir. John Schlesinger)
  • Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest/ 1975, dir. Milos Forman)
  • Cães de Aluguel (Reservoir Dogs/ 1992, dir. Quentin Tarantino)
  • A Lista de Schindler (Schindler’s List/ 1993, dir. Steven Spielberg)
  • Sideways – Entre Umas e Outras (Sideways/ 2004, dir. Alexander Payne)
  • O Mágico de Oz (The Wizard of Oz/ 1939, dir. Victor Fleming)

Roger Ebert

Nasceu em junho de 1942 – Illinois, EUABookstore Appearance By Roger Ebert
Trabalhos em destaque: “Sneak Previews” (1975-1983), “At the Movies” (1982 – 1986), “Siskel & Ebert” e mais recentemente, crítico de cinema pelo jornal The Chicago Sun.

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey/ 1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Aguirre, a Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes/ 1972, dir. Werner Herzog)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • A Doce Vida (La Dolce Vita/ 1960, dir. Federico Fellini)
  • General (The General/ 1926, dir. Buster Keaton)
  • Touro Indomável (Raging Bull/ 1980, dir. Martin Scorsese)
  • Era Uma Vez em Tóquio (Tôkyô Monogatari/ 1953, dir. Yasujirô Ozu)
  • A Árvore da Vida (The Tree of Life/ 2011, dir. Terrence Malick)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)

Sam Mendes

Nasceu em agosto de 1965 – Berkshire, InglaterraCharlie and the Chocolate Factory - opening night
Trabalhos em destaque: Beleza Americana (1999), Estrada Para Perdição (2002), Foi Apenas um Sonho (2008), 007 – Operação Skyfall (2012).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • Veludo Azul (Blue Velvet/ 1986, dir. David Lynch)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • Kes (Kes/ 1969, dir. Ken Loach)
  • O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby/ 1968, dir. Roman Polanski)
  • Taxi Driver (Taxi Driver/ 1976, dir. Martin Scorsese)
  • Sangue Negro (There Will be Blood/ 2007, dir. Paul Thomas Anderson)
  • Um Corpo que Cai (Vertigo/ 1958, dir. Alfred Hitchcock)

Susanne Bier

Nasceu em abril de 1960 – Copenhague, Dinamarcasusannebier
Trabalhos em destaque: Brothers (2004), Depois do Casamento (2006), Em um Mundo Melhor (2010), Serena (2014).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment/ 1960, dir. Billy Wilder)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Ladrões de Bicicletas (Ladri di Biciclette/ 1948, dir. Vittorio De Sica)
  • Morte em Veneza (Morte a Venezia/ 1971, dir. Luchino Visconti)
  • O Franco Atirador (The Deer Hunter/ 1978, dir. Michael Cimino)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Aconteceu Naquela Noite (It Happened One Night/ 1934, dir. Frank Capra)
  • Era Uma Vez no Oeste (C’Era una Volta il West/ 1968, dir. Sergio Leone)
  • Janela Indiscreta (Rear Window/ 1954, dir. Alfred Hitchcock)

Suzana Amaral

Nasceu em março de 1932 – São Paulo, BrasilSuzana Amaral
Trabalhos em destaque: A Hora da Estrela (1991), Uma Vida em Segredo (2001), Hotel Atlântico (2009).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Berlin Alexanderplatz (Berlin Alexanderplatz/ 1980, dir. Rainer Werner Fassbinder)
  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Cidadão Kane (Citizen Kane/ 1941, dir. Orson Welles)
  • O Conformista (Il Conformista/ 1970, dir. Bernardo Bertolucci)
  • O Enigma de Kaspar Hauser (Jeder für sich und Gott gegen alle/ 1974, dir. Werner Herzog)
  • O Poderoso Chefão – Parte 2 (The Godfather: Part II/ 1974, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Informante (The Insider/ 1999, dir. Michael Mann)
  • Pulp Fiction – Tempo de Violência (Pulp Fiction/ 1994, dir. Quentin Tarantino)
  • O Tambor (Die Blechtrommel/ 1979, dir. Volker Schlöndorff)

Tata Amaral

Nasceu em setembro de 1960 – São Paulo, Brasiltata_amaral_29052007_01
Trabalhos em destaque: Um Céu de Estrelas (1986), Através da Janela (2000), Antônia: O Filme (2006), Hoje (2011).

  • Acossado (À bout de Souffle/ 1960, dir. Jean-Luc Godard)
  • Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon/ 1975, dir. Sidney Lumet)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • Noite e Neblina (Night and Fog/ 1955, dir. Alain Resnais)
  • Nostalgia de la Luz (Nostalgia de la Luz/ 2010, dir: Patricio Guzmán)
  • Noite de Estréia (Opening Night/ 1977, dir. John Cassavetes)
  • Paranoid Park (Paranoid Park/ 2007, dir. Gus Van Sant)
  • O Bandido da Luz Vermelha (O Bandido da Luz Vermelha/ 1968, dir. Rogério Sganzerla)
  • Rocco e Seus Irmãos (Rocco e i Suoi Fratelli/ 1960, dir. Luchino Visconti)
  • Terra em Transe (Terra em Transe/ 1967, dir. Glauber Rocha)

Terry Jones

Nasceu em fevereiro de 1942 – Colwyn Bay, País de GalesTerry_Jones
Trabalhos em destaque: Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado (1975), A Vida de Brian (1979), Monty Python – O Sentido da Vida (1983).

  • Crimes e Pecados (Crimes and Misdemeanors/ 1989, dir. Woody Allen)
  • E.T. – O Extraterrestre (E.T. The Extra-Terrestrial/ 1982, dir. Steven Spielberg)
  • Fanny & Alexander (Fanny och Alexander/ 1982, dir. Ingmar Bergman)
  • Festa de Família (Festen/ 1998, dir. Thomas Vinterberg)
  • General (The General/ 1926, dir. Buster Keaton)
  • Feitiço do Tempo (Groundhog Day/ 1993, dir. Harold Ramis)
  • Eles e Elas (Guys and Dolls/ 1955, dir. Joseph L. Mankiewicz)
  • Santa Não Sou (I’m no Angel/ 1933, dir. Wesley Ruggles)
  • Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and the Seven Dwarfs/ 1937, dir. David Hand)
  • Toy Story 3 (Toy Story 3/ 2010, dir. Lee Unkrich)

Tsai Ming-Liang

Nasceu em outubro de 1957 – Sarawak, Malásiatsai-ming-Liang
Trabalhos em destaque: Vive L’Amour (1994), O Rio (1997), O Buraco (1998), Adeus, Dragon Inn (2003), O Sabor da Melancia (2005).

  • Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups/ 1959, dir. François Truffaut)
  • O Eclipse (L’Eclisse/ 1962, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Medo Consome a Alma (Angst essen Seele auf/ 1974, dir. Rainer Werner Fassbinder)
  • Adeus, Dragon Inn (Bu san/ 2003, dir. Tsai Ming-Liang)
  • Mouchette, a Virgem Possuída (Mouchtte/ 1967, dir. Robert Bresson)
  • O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter/ 1955, dir. Charles Laughton)
  • Filho Único (Hitori Musuko/ 1936, dir. Yasujirô Ozu)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • Spring in a Small Town (Xiao cheng zhi chun/ 1948, dir. Fei Mu)
  • Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans/ 1927, dir. F.W. Murnau)

Walter Salles

Nasceu em abril de 1956 – Rio de Janeiro, Brasilwalter-salles
Trabalhos em destaque: Central do Brasil (1998), Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2004), Linha de Passe (2008), Na Estrada (2012).

  • 8½ (8½/ 1963, dir. Federico Fellini)
  • Andrei Rublev (Andrey Rublyov/ 1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Apocalypse Now (Apocalyse Now/ 1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Luzes da Cidade (City Lights/ 1931, dir. Charles Chaplin)
  • Memórias do Subdesenvolvimento (Memorias del Subdesarrollo/ 1968, dir. Tomás Gutiérrez Alea)
  • Profissão: Repórter (Professione: Reporter/ 1975, dir. Michelangelo Antonioni)
  • O Martírio de Joana D’Arc (La Passion de Jeanne d’Arc/ 1928, dir. Carl Theodore Dreyer)
  • O Demônio das Onze Horas (Pierrot le Fou/ 1965, dir: Jean-Luc Godard)
  • Vidas Secas (Vidas Secas/ 1963, dir. Nelson Pereira dos Santos)
  • A Hora do Lobo (Vargtimmen/ 1969, dir. Ingmar Bergman)

 

 

Preview Cinema 2013

Fila de Cinema (Ilustração por estudandosampa.zip.net)

Fila de Cinema (Ilustração por estudandosampa.zip.net)

Como todo ano afirmo que a safra de filmes piora, este post pode tentar me provar do contrário. Como os Maias estavam enganados e o ano não acabou em 2012, parece que Hollywood quer nos convencer de que desse ano não passa o apocalipse. Pelo menos sete produções focam num futuro sombrio, seja com zumbis ou com invasões alienígenas. Minha preocupação pessoal nessa questão é que os americanos destruíam tantas vezes Nova York nos filmes que Bin Laden acabou concretizando esse desejo. Agora, com tantas previsões do fim do mundo, outro gênio da lâmpada pode aparecer.

Para quem não quer ver mortos-vivos ou cenários de destruição, não se preocupe. Temos uma nova enxurrada de adaptações de quadrinhos. Três filmes devem confirmar o ápice do reinado Marvel Comics: Homem de Ferro 3, Wolverine – Imortal e Thor: The Dark World, enquanto a DC Comics busca um recomeço depois do fim da trilogia de Batman com um novo reboot de Super-Homem. Dizem que se este filme for bem recebido, existe a possibilidade de haver um filme da Liga da Justiça, como houve com Os Vingadores.

Dos filmes considerados blockbuster, se pudesse escolher apenas um, acredito que Star Trek Into Darkness seja a melhor aposta. Mesmo não sendo um fã desse universo, o trabalho de J.J. Abrams impressiona já pelo trailer. Ao contrário de 80% dos filmes, o 3D realmente está sendo bem utilizado. Além disso, existe uma certa expectativa quanto à performance de Benedict Cumberbatch como o novo vilão Khan.

Também acho que vale a pena conferir o primeiro trabalho do diretor sul-coreano Chan-wook Park nos EUA com atores americanos como Nicole Kidman e o britânico Matthew Goode. Além da aguardada adaptação do romance de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby, pelas idéias mirabolantes de Baz Luhrmann.

Independente de seu gosto cinematográfico, espero que a safra 2013 seja melhor do que anos anteriores e que o Cinema possa sair mais fortalecido como Arte, e menos como produto comercial. Bons filmes!

CAÇA AOS GÂNGSTERES (Gangster Squad)

Dir: Ruben Fleischer

Elenco: Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone

Previsão de estréia: 01/02 (Brasil)

The-Gangster-Squad-2012

Caça aos Gângsteres: Adiamento para 2013

Curiosamente, Caça aos Gângsteres estava previsto para estrear em setembro de 2012. Seu trailer foi retirado dos cinemas depois que houve o atentado em Colorado, pois havia uma cena em que gângsteres atiravam dentro da sala de cinema. Aproveitaram o adiamento para filmar novas sequências para o lançamento em janeiro. Sem querer menosprezar, mas não entendi o motivo de entregarem um filme grande desse com elenco de estrelas nas mãos de um diretor novato e sem experiência no gênero como Ruben Fleischer, que havia dirigido apenas a comédia Zumbilândia. Inicialmente, Caça aos Gângsteres era tratado como material para Oscar, mas seu lançamento em janeiro comprova que os produtores perderam a fé no filme.

MEU NAMORADO É UM ZUMBI (Warm Bodies)

Dir: Jonathan Levine

Elenco: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, John Malkovich

Previsão de estréia: 01/02 (Brasil e EUA)

Meu Namorado é um Zumbi, título brasileiro que visa maiores bilheterias (photo by BeyondHollywood.com)

Meu Namorado é um Zumbi, tradução que visa vender o filme através do título brasileiro (photo by BeyondHollywood.com)

Um tempo atrás, existia a “ondinha” do cinema de terror japonês, que trouxe títulos como O Chamado e O Grito. Recentemente, as salas de cinema do mundo foram invadidas por vampiros e lobisomens (uma tal Saga Crepúsculo), dando continuidade na TV com séries como True Blood e Vampire Diaries. Atualmente, a moda são os zumbis, outrora criação do mestre do terror George Romero (A Noite dos Mortos-Vivos, de 1968). Além de dúzias de filmes como Extermínio, Madrugada dos Mortos e Resident Evil, nossos amigos sedentos por cérebro estão fazendo sucesso com a série The Walking Dead. Por se tratar de um tipo de história muito propício ao humor, já surgiram boas sátiras como Zumbilândia (2009), e esse Meu Namorado é um Zumbi tem tudo pra se tornar outro sucesso para agradar jovens de ambos os sexos. A grande idéia do filme é mostrar que o amor pode destruir barreiras, inclusive sobrenaturais. Pode um zumbi se apaixonar por uma mulher? O título original Warm Bodies (Corpos Quentes) já responde a pergunta. Muita gente acredita que as sátiras são um tipo de filme inútil. Ok, concordo que a maioria atual é uma perda de tempo (mesmo se tratando de 80 a 90 minutos por filme). Mas é uma qualidade única do cinema norte-americano que, desde os anos 80 com Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu, sabe fazer uma auto-análise como nenhum outro país e tirar sarro do próprio cinema e da sua indústria.

SIDE EFFECTS

Dir: Steven Soderbergh

Elenco: Jude Law, Rooney Mara, Channing Tatum, Catherine Zeta-Jones

Previsão de estréia: 08/02 (EUA)

Pôster de Side Effects, de Steven Soderbergh (photo by beyondhollywood.com)

Pôster que copia uma receita médica de Side Effects, de Steven Soderbergh (photo by beyondhollywood.com)

O diretor Steven Soderbergh, que ficou conhecido pelo ótimo trabalho com elenco numeroso e histórias alternadas de Traffic, volta a reunir bons atores em prol de uma trama envolvendo relacionamentos, medicamentos e crime. Devido ao lançamento do filme no começo do ano, acredita-se que não há pretensões de Oscar, mas em se tratando de um filme de Soderbergh, sempre existe essa possibilidade de reconhecimento, ainda mais que temos uma Rooney Mara inspirada, fazendo o papel de uma mulher que toma remédios controlados para reduzir sua ansiedade com a liberação de seu marido da prisão. E Channing Tatum em ascensão através de papéis mais profundos. Vale ressaltar que este pode ser o último filme lançado no cinema de Soderbergh, uma vez que ele está em busca de meios mais alternativos de fazer cinema direto para a TV.

DURO DE MATAR: UM BOM DIA PARA MORRER (A Good Day to Die Hard)

Dir: John Moore

Elenco: Bruce Willis, Mary Elizabeth Winstead, Patrick Stewart

Previsão de estréia: 15/02 (EUA) e 22/02 (Brasil)

Bruce Willis e Jai Courtney (McClane pai e McClane filho) em Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer (photo by BeyondHollywood.com)

Bruce Willis e Jai Courtney (McClane pai e McClane filho) em Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer (photo by BeyondHollywood.com)

Para quem já não acreditava que haveria um Duro de Matar 4.0 (2007), doze anos depois do terceiro filme da série, não deve mais se incomodar com o lançamento do quinto, certo? Bruce Willis, que vive o azarado e persistente policial John McClane, retorna depois de alguns anos bastante produtivos em sua carreira. Participou de Planeta Terror, Red – Aposentados e Perigosos, Looper: Assassinos do Futuro e Moonrise Kingdom, que gerou um burburinho de premiação. Ao lado de colegas de gênero como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Willis ainda mostra disposição para ação e aventura. A presença deles nas bilheterias americanas denota um certo saudosismo daquele cinema americano dos anos 80 e 90 em que tudo era mais politicamente incorreto. Era possível chamar o vilão de mother fucker nigger e dar boas risadas. Desta vez, seu personagem vai à Rússia, onde se alia a seu filho, agente da CIA, para frustrar planos com armas nucleares.

A GLIMPSE INSIDE THE MIND OF CHARLES SWAN III

Dir: Roman Coppola

Elenco: Charlie Sheen, Bill Murray, Mary-Elizabeth Winstead, Jason Schwartzman

Previsão de estréia nos EUA: 15/02 (EUA)

A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III: Charlie Sheen bebendo ao lado de mulheres. Two and a Half Men no cinema?

A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III: Charlie Sheen bebendo ao lado de mulheres. Two and a Half Men no cinema? (photo by cinemagia.ro)

Há um bom tempo Charlie Sheen ficou associado ao Charlie de Two and a Half Men, sitcom da Warner. Com o fim de seu contrato por motivos de briga com o produtor da série, ele retorna aos filmes a pedido de Roman Coppola, colaborador de Wes Anderson no roteiro de Moonrise Kingdom, e filho de um certo diretor chamado Francis Ford Coppola… Acostumado a ser diretor de segunda unidade dos filmes da irmã Sofia Coppola e de Wes Anderson, Roman dirige seu segundo longa com traços bastante non-sense semelhantes ao humor de seu colaborador. Quando via seu nome nos créditos, já imaginava que Roman iria seguir seu próprio caminho, afinal seu sobrenome tem um peso muito forte na indústria hollywoodiana. Aos cinéfilos cabe decidir se o jovem tem talento ou foi uma criação de produtores e agentes. A Glimpse Inside the Mind of Charlie Swann III conta uma história de término de relacionamento, mas como tende a estrear apenas em salas mais cults em São Paulo, não tem previsão de estréia por aqui.

STOKER

Dir: Chan-wook Park

Elenco: Nicole Kidman, Matthew Goode, Mia Wasikowska, Jacki Weaver

Previsão de estréia nos EUA: 01/03

Stoker: Mia Wasikowska e Matthew Goode em clima familiar estranho

Stoker: Mia Wasikowska e Matthew Goode em clima familiar estranho (photo by BeyondHollywood.com)

A primeira vez que ouvi falar de Stoker, acreditava que se tratava de uma trama envolvendo o criador de Drácula, Bram Stoker. Contudo, quando li a sinopse e vi o trailer, o filme mais se assemelhava ao clássico de Alfred Hitchcock, A Sombra de uma Dúvida (1943). Ambos têm um personagem misterioso chamado Tio Charlie, que surge do nada e esconde alguns segredos da família. Talvez exista alguma inspiração livre sobre Hitchcock, porém não creditada do roteiro de Wentworth Miller (sim, o protagonista da série Prison Break). Além dessa curiosa ligação, Stoker apresenta um diferencial chamativo: o diretor sul-coreano Chan-wook Park, de Oldboy (2003) e Lady Vingança (2005). Quanta violência coreana Hollywood estaria disposta a liberar? Além disso, o elenco é bastante promissor: Nicole Kidman (que quando quer ser bizarra, ela consegue), Jacki Weaver, Mia Wasikowska e um intrigante Matthew Goode. A produção também conta o ótimo compositor Clint Mansell, colaborador de Darren Aronosfky (Cisne Negro).

JACK – O MATADOR DE GIGANTES (Jack the Giant Slayer)

Dir: Bryan Singer

Elenco: Nicholas Hoult, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Bill Nighy, Ian McShane

Previsão de estréia nos EUA: 01/03 (EUA) e 22/03 (Brasil)

Jack - O Matador de Gigantes: Bryan Singer pode ter seu barco afundado mais uma vez

Jack – O Matador de Gigantes: Bryan Singer pode ter seu barco afundado mais uma vez (photo by BeyondHollywood.com)

2012 foi o ano de Branca de Neve e os Sete Anões virarem personagens de carne e osso. Este ano, além de João e Maria: Caçadores de Bruxas (que conretiza um futuro sombrio para as crianças que seriam comidas pela Bruxa), aquele conto de fada normalmente intitulada “João e o Pé de Feijão” ganhou finalmente sua versão cinematográfica pelas mãos do talentoso Bryan Singer. Apesar do diretor ter um currículo que inclui sucessos comerciais e de crítica como Os Suspeitos (1995) e X-Men (2000), a super-produção ainda é vista com certa cautela pelos especialistas na mídia devido ao fracasso comercial de algumas adaptações de contos e fada. Acrescento também certo receio devido a qualidade duvidosa dos efeitos digitais que criaram os gigantes. Não se deve esquecer que Singer sujou um pouco sua reputação com o desastre de Superman – O Retorno (2006), e que Nicholas Hoult nunca estrelou de fato um filme desse tamanho. Se a sátira Meu Namorado é um Zumbi for bem, a presença do jovem pode somar pontos.

OZ: MÁGICO E PODEROSO (Oz the Great and Powerful)

Dir: Sam Raimi

Elenco: James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams, Rachel Weisz, Bruce Campbell

Previsão de estréia: 08/03 (Brasil e EUA)

Oz: Mágico e Poderoso: Michelle Williams está encantadora com a feiticeira Glinda (photo by BeyondHollywood.com)

Oz: Mágico e Poderoso: Michelle Williams está encantadora com a feiticeira Glinda (photo by BeyondHollywood.com)

Há muito, muito tempo que Hollywood queria refazer um novo O Mágico de Oz, clássico musical de 1939, estrelado pela jovem Judy Garland. Então, já dá pra imaginar as expectativas criadas sobre um projeto desse tamanho. E este aspecto pode custar muito caro ao sucesso do filme, pois não sabemos exatamente o quanto de liberdade artística a Disney, produtora, deu para seu diretor Sam Raimi trabalhar. Ao ver o trailer, as imagens são muito semelhantes ao Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, até mesmo com o mesmo mote: uma terra que aguarda por seu salvador. O elenco está bem escalado com Rachel Weisz, Michelle Williams, James Franco e uma belíssima Mila Kunis, mas apesar de todo o esforço coletivo, Oz: Mágico e Poderoso pode naufragar pelas críticas. O filme também pode servir de ótima prévia para saber qual o tratamento da Disney em relação à nova trilogia de Star Wars.

OBLIVION

Dir: Joseph Kosinski

Elenco: Tom Cruise, Olga Kurylenko, Morgan Freeman, Melissa Leo

Previsão de estréia: 12/04 (Brasil), 19/04 (EUA)

Oblivion: Tom Cruise em nova ficção científica depois de Minority Report (photo by BeyondHollywood.com)

Oblivion: Tom Cruise em nova ficção científica depois de Minority Report (photo by BeyondHollywood.com)

Trata-se do segundo filme do diretor Joseph Kosinski de Tron – O Legado. Mesmo que tenha sido uma sequência de Tron – Uma Odisséia Eletrônica (1982), o trabalho visual de Kosinski foi bastante elogiado pelos especialistas em ficção científica, pois criara um novo universo respeitando o filme original. Originalmente, Oblivion fora concebido como um projeto no formato de graphic novel (quadrinhos) em 2007, mas com o sucesso de Tron e a entrada de Tom Cruise, acabou se tornando um filme no cenário pós-apocalíptico, que promete inovações na área de design e figurino. No elenco, Cruise atuará ao lado de Morgan Freeman, Olga Kurylenko e Andrea Risenborough. Na equipe de roteiro, a colaboração de Michael Arndt pode ter ajudado em sua escalação para ser roteirista de Star Wars: Episode VII, previsto para 2015.

jOBS

Dir: Joshua Michael Stern

Elenco: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, James Woods, Josh Gad

Previsão de estréia: 19/04 (EUA)

jOBS: Ashton Kutcher como o criador da Apple, Steve Jobs?

jOBS: Ashton Kutcher como o criador da Apple, Steve Jobs? (photo by businessinsider.com)

Nunca acreditei que Ashton Kutcher fosse um bom ator. Nem mesmo boto fé em seu carisma para essas comédias românticas bobas ou como substituto de Charlie Sheen na série Two and a Half Men. É tão nítido seu esforço em fazer rir que chega a cansar o espectador. Então, quando soube que ele pegou o papel de Steve Jobs no cinema, achei que era o fim do mundo. Mas esse mesmo mundo dá voltas, e esta pode ser a oportunidade de ouro que Kutcher estava aguardando para virar o jogo. Pela foto acima e uns trechos do filme, é possível detectar algumas semelhanças físicas entre ambos, mas apesar da barba e o figurino dos anos 70, Kutcher ainda está muito bonito para um nerd. Apesar do tom pessimista dessa prévia, sempre torço para que eu esteja enganado.

HOMEM DE FERRO 3 (Iron Man 3)

Dir: Shane Black

Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Ben Kingsley, Guy Pearce

Previsão de estréia: 03/05 (Brasil e EUA)

Homem de Ferro 3: Sim, o Homem de Ferro consegue cruzar as pernas (photo by OutNow.CH)

Homem de Ferro 3: Sim, o Homem de Ferro consegue cruzar as pernas (photo by OutNow.CH)

Foi graças ao grande sucesso do primeiro filme Homem de Ferro (2008), que a produtora Marvel Comics conseguiu deslanchar as adaptações seguintes como O Incrível Hulk, Capitão América: O Primeiro Vingador e consequentemente Os Vingadores. Os primeiros dois filmes do personagem foram dirigidos pelo carismático Jon Favreau (que vive o motorista de Tony Stark, Happy Hogan), mas esta sequência foi passada para Shane Black. Assim como aconteceu com Favreau, Shane Black se mostra uma aposta um pouco arriscada, pois só dirigiu Beijos e Tiros (2005), um filme policial descontraído com o próprio Robert Downey Jr. e Val Kilmer. Contudo, Black foi responsável pela criação de Máquina Mortífera (1987), um filme que praticamente definiu o gênero policial nos anos 90, e também tem o apoio de Kevin Feige, o jovem produtor por trás do sucesso da Marvel no cinema, que se mostra bastante sensato nas entrevistas contidas nos extras de DVD e Blu-ray. Em Homem de Ferro 3, Stark terá seu mundo destruído pelo arqui-vilão Mandarim (Ben Kingsley) e enfrentará uma jornada para saber se ele pode se virar sem sua armadura. Esta produção deve conter elementos para preparar o público para Os Vingadores 2, previsto para 2015, e com a presença do Homem-Formiga.

O GRANDE GATSBY (The Great Gatsby)

Dir: Baz Luhrmann

Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan

Previsão de estréia: 10/05/13 (EUA) e 14/06 (Brasil)

O Grande Gatsby: Lançamento adiado para 2013 será benéfico?

O Grande Gatsby: Lançamento adiado para 2013 será benéfico? (photo by OutNow.CH)

O novo filme de Baz Luhrmann estava previsto para estrear no final de 2012, mas os produtores do estúdio acreditavam que o filme continha elementos jovens que atrairiam o público no verão americano de 2013, aumentando os lucros. Embora considere uma decisão estranha pelo tipo de filme mais sério que O Grande Gatsby deve ser, a mudança no planejamento pode funcionar.  Com um elenco bastante promissor liderado por Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e a talentosa Carey Mulligan, Baz Luhrmann volta a dirigir um longa desde 2008, quando lançou o épico Austrália. Muito apoiado ainda pelo sucesso do musical Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001), o diretor pode surpreender pelo tom mais sério e trágico devido ao romance de F. Scott Fitzgerald, porém pode frustrar aqueles fãs que esperavam por um espetáculo musical.

STAR TREK INTO DARKNESS

Dir: J.J. Abrams

Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Benedict Cumberbatch, Zoe Saldana

Previsão de estréia: 17/05 (EUA) e 23/07 (Brasil)

Star Trek Into Darkness: Cumberbatch (centro) é o novo Khan

Star Trek Into Darkness: Cumberbatch (centro) é o novo Khan (photo by OutNow.CH)

Sabe qual foi a melhor coisa de ter assistido a O Hobbit: Uma Jornada Inesperada no cinema? Ter conferido um trecho do filme Star Trek Into Darkness em ótimo 3D antes! Confesso que nunca fui muito fã da série criada por Gene Roddenberry, mas J.J. Abrams fez um belo trabalho na revitalização da cinessérie com Star Trek (2009) e agora tem tudo para fazer um dos melhores filmes de ficção científica da atualidade. A maioria dos fãs da série e dos filmes anteriores aponta que Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan (1982) foi o melhor filme de todos, portanto existe uma imensa expectativa de que esta sequência represente o mesmo nesta nova geração. Se depender do ator que interpreta o vilão, Benedict Cumberbatch (o novo Sherlock Holmes da série da BBC), Star Trek Into Darkness já é o novo favorito.

DEPOIS DA TERRA (After Earth)

Dir: M. Night Shyamalan

Elenco: Will Smith, Jaden Smith, Sophie Okonedo

Previsão de estréia: 07/06 (Brasil e EUA)

After Earth: Nova tentativa de Will Smith na ficção científica depois de Eu Sou a Lenda (photo by BeyondHollywood.com)

After Earth: Nova tentativa de Will Smith na ficção científica depois de Eu Sou a Lenda (photo by BeyondHollywood.com)

Ok, todos sabemos que M. Night Shyamalan estourou com O Sexto Sentido (1999) e depois entrou em decadência. Tem gente que odeia Sinais (2002), A Dama na Água (2006) e Fim dos Tempos (2008). Já eu pertenço ao grupo dos que não gostam de A Vila (2004). Alguns amigos e eu já discutimos seriamente sobre a carreira do diretor indiano M. Night Shyamalan, quero dizer, o que aconteceu? Teve apenas um lampejo de inspiração que deu certo? Claro que em proporções bem menores, seria ele uma espécie de Orson Welles, cujo primeiro filme Cidadão Kane fora seu ápice? Talvez a causa resida no fato de Shyamalan trabalhar apenas com roteiros de sua autoria. Nessa teoria, talvez Depois da Terra signifique um recomeço em sua carreira como diretor, pois pela primeira vez, trabalha com roteiro escrito por outro profissional: Stephen Gaghan, que ganhou o Oscar por Traffic (2000). Depois da Terra conta com Will Smith e seu filho Jaden Smith na história de uma nave que cai em um planeta evacuado por humanos há mil anos. Shyamalan tem talento para criar cenas, mas suas idéias como roteirista podem estar atrapalhando há um bom tempo.

MUCH ADO ABOUT NOTHING

Dir: Joss Whedon

Elenco: Nathan Fillion, Clark Gregg, Amy Acker, Alexis Denisof

Previsão de estréia: 05/04 (Brasil) e 07/06 (EUA)

Much Ado About Nothing: filme despretensioso de Joss Whedon (photo by movieplayer.it)

Much Ado About Nothing: filme despretensioso de Joss Whedon (photo by movieplayer.it)

Por que falar apenas sobre grandes produções se há incontáveis gemas na programação? Este pequeno e despretensioso filme baseado numa peça de William Shakespeare foi filmado em segredo em apenas 12 dias logo depois que Joss Whedon acabara de dirigir a mega produção Os Vingadores. Tratava-se de um projeto pessoal há tempos idealizado, mas que só foi concretizado graças à esposa dele, Kai Cole, que decorou a casa onde a ação do filme se passa. Much Ado About Nothing é uma comédia clássica sobre dois casais com diferentes abordagens sobre amor. O filme estreou no último Festival de Toronto e deve criar espectadores fiéis de Whedon, criador da série Firefly e Buffy: A Caça-Vampiros.

O HOMEM DE AÇO (Man of Steel)

Dir: Zack Snyder

Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Kevin Costner, Diane Lane, Michael Shannon

Previsão de estréia: 14/06 (EUA) e 12/07 (Brasil)

O Homem de Aço: Depois de Christopher Reeve e Brandon Routh, chegou a vez de Henry Cavill (photo by BeyondHollywood.com)

O Homem de Aço: Depois de Christopher Reeve e Brandon Routh, chegou a vez de Henry Cavill (photo by BeyondHollywood.com)

A idéia da DC Comics é criar um novo Superman – O Filme (1978), mostrando as origens da Kal-El, o alienígena de Krypton mais conhecido como Super-Homem. Para isso, contrataram Zack Snyder, que ficou conhecido por seu estilo com câmeras lentas do épico espartano 300 e da adaptação do clássico graphic novel de Alan Moore, Watchmen. Pessoalmente, não gosto do personagem, nem de seus quadrinhos. Milhares de fãs vão querer me esganar, mas acredito que o mote de Super-Homem é fraco. Ao contrário de seu colega Batman, o personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster é um alienígena que ganha poderes na Terra e os usa para o bem da humanidade. Ele tem um alter-ego jornalista chamado Clark Kent e seu ponto fraco é kryptonita, que seu vilão Lex Luthor sempre tem uma. Claro que com Zack Snyder como diretor e Christopher Nolan como produtor, esta nova versão de Super-Homem deve entregar sequências de ação memoráveis. O roteiro de David S. Goyer, colaborador na trilogia de Batman, deve buscar recriar o universo do personagem de forma mais realista, mas talvez não seja a melhor pedida num filme com alienígenas. Independente do resultado final, o elenco deve valer a pena: Russell Crowe como o pai de Superman, Amy Adams como Lois Lane, Kevin Costner e Diane Lane como os Kent, e minha maior expectativa: Michael Shannon como o General Zod. O jovem Henry Cavill pode ser uma boa aposta para o papel principal.

UNIVERSIDADE MONSTROS (Monsters University)

Dir: Dan Scanlon

Elenco: (Vozes de) Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi

Previsão de estréia: 21/06 (Brasil e EUA)

Universidade Monstros: Pixar traz personagens queridos de volta (photo by BeyondHollywood.com)

Universidade Monstros: Pixar traz personagens queridos de volta (photo by BeyondHollywood.com)

Não é porque funcionou com a trilogia Toy Story que vai funcionar com outros sucessos da Pixar. Embora seja muito comum haver sequências de animações, a Pixar costuma rejeitar essa idéia porque acredita que o bom cinema vem de boas histórias e não apenas de lucro. Contudo, depois que o estúdio foi comprado pela Disney, algumas políticas mudaram e logo veio a primeira sequência: Toy Story 3. Tinha tudo para dar errado, afinal fazia 11 anos que Toy Story 2 havia sido lançado e tudo indicava que só queriam fazer a terceira parte por motivos comerciais. Felizmente, eu estava bem enganado. Mas uma continuação de Monstros S.A.?! O original já não tinha história o suficiente para suportar um longa… Espero estar enganado novamente. Universidade Monstros é uma prequência de Monstros S.A., que revela como a amizade entre Mike e Sulley começou.

GUERRA MUNDIAL Z (World War Z)

Dir: Marc Forster

Elenco: Brad Pitt, Matthew Fox, Mireille Enos

Previsão de estréia: 21/06 (EUA) e 28/06 (Brasil)

Guerra Mundial Z: outra produção pós-apocalíptica envolvendo zumbis (photo by BeyondHollywood.com)

Guerra Mundial Z: outra produção pós-apocalíptica envolvendo zumbis (photo by BeyondHollywood.com)

Marc Forster dirigiu dois bons dramas: Gritos na Noite e A Última Ceia. Quando resolveu aceitar a proposta de assumir 007 – Quantum of Solace (2008), arriscou sua reputação de bom diretor de dramas para se aventurar com James Bond. O resultado foi meio catastrófico, pois além de Forster perder a mão na direção, entregando um filme decepcionante depois do sucesso de 007 – Cassino Royale, acabou pedindo desculpas publicamente pelo fracasso. E este Guerra Mundial Z está com cara de repeteco desse pedido de desculpas. Nada contra a presença de Brad Pitt nesse filme-catástrofe, mas fiquei com a impressão de que o ator aceitou a proposta apenas pelo cachê milionário. Tudo bem que tem uns 17 filhos pra cuidar em casa, mas não acho que justifique.

O CAVALEIRO SOLITÁRIO (The Lone Ranger)

Dir: Gore Verbinski

Elenco: Armie Hammer, Johnny Depp, Helen Bonham Carter, Tom Wilkinson

Previsão de estréia: 05/07 (EUA) e 12/07 (Brasil)

O Cavaleiro Solitário: Johnny Depp e Armie Hammer fazem dupla que faz justiça no velho oeste (photo by BeyondHollywood.com)

O Cavaleiro Solitário: Johnny Depp e Armie Hammer fazem dupla que faz justiça no velho oeste (photo by BeyondHollywood.com)

Todo mundo está careca de saber que a parceria entre Johnny Depp e Tim Burton costuma render bons frutos. Contudo, sua colaboração com o diretor Gore Verbinski nos filme de Piratas do Caribe e na criativa animação Rango, Depp passou a firmar essa nova sintonia. Desta vez, eles se unem para trazer uma dupla que fez sucesso na TV durante a década de 50. Tudo parece muito promissor, mas existe uma certa maldição que ronda Hollywood de transpor séries televisivas antigas para o cinema. Alguns exemplos de fracasso são Agente 86 e A Feiticeira. Será que esta parceria resistirá a isso?

CÍRCULO DE FOGO (Pacific Rim)

Dir: Guillermo del Toro

Elenco: Ron Perlman, Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikuchi

Previsão de estréia: 12/07 (EUA) e 09/08 (Brasil)

Círculo de Fogo:

Círculo de Fogo: humanos pilotam robôs em novo filme de Guillermo del Toro (photo by BeyondHollywood.com)

Reconhecido por seus filmes fantasiosos como O Labirinto do Fauno (2006) e dos dois filmes de Hellboy, aparentemente o diretor mexicano Guillermo del Toro também tem paixão por ficção científica. Depois que sua tentativa de dirigir O Hobbit: Uma Jornada Inesperada fracassou, ele decidiu filmar essa aventura pós-apocalíptica em que humanos pilotam robôs gigantes para combater uma raça alienígena que invadiu a Terra. Novamente ele conta com seu ator-fetiche Ron Perlman, e escalou Idris Elba quando Tom Cruise resolveu filmar Oblivion. Pelo fato de não haver uma estrela no elenco, sempre existe uma possibilidade de fracasso comercial, mas acredito que o talento de del Toro compense até demais essa ausência.

WOLVERINE – IMORTAL (The Wolverine)

Dir: James Mangold

Elenco: Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto

Previsão de estréia: 26/07 (Brasil e EUA)

Wolverine na terra do sol nascente em Wolverine - Imortal (photo by OutNow.CH)

Wolverine na terra do sol nascente em Wolverine – Imortal (photo by OutNow.CH)

Depois dos créditos finais de X-Men Origens: Wolverine (2009), existe uma cena em que o personagem está num bar no Japão, o que já indicava que o próximo filme do mutante com garras de adamantium se passaria na terra do sol nascente, mais precisamente adaptando uma famosa saga escrita por Frank Miller e Chris Claremont no universo dos quadrinhos dos anos 80. Será a sexta aparição de Hugh Jackman como Wolverine e o primeiro filme sem “X-Men” no título. Nesta aventura, ele treinará com um samurai e terá como oponente o Samurai de Prata.

ELYSIUM

Dir: Neill Blomkamp

Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga

Previsão de estréia: 09/08 (EUA) e 16/08 (Brasil)

Matt Damon em Elysium (photo by OutNow.CH)

Matt Damon em Elysium (photo by OutNow.CH)

No ano de 2159, os milionários vivem numa estação espacial enquanto o resto da população vive numa Terra arruinada e destruída. Existe uma missão que busca trazer um pouco mais de igualdade nesse abismo social. Este é o segundo longa de Neill Blomkamp, depois do sucesso de Distrito 9, que conquistou quatro indicações no Oscar, incluindo Melhor Filme. De volta ao cenário do futuro, Blomkamp promete uma abordagem diferente (sem alienígenas), mas mantendo um forte senso de crítica sócio-política.

GRAVIDADE (Gravity)

Dir: Alfonso Cuarón

Elenco: George Clooney, Sandra Bullock

Previsão de estréia: 04/10 (EUA)

Drama sobre astronautas que querem voltar para casa após acidente na espaçonave. Sim, você já viu esse filme e tem nome: Apollo 13 (1995). Mas no lugar de Tom Hanks falando “Houston we have a problem”, temos George Clooney e Sandra Bullock. Pouco se sabe ainda sobre o filme, mas só o fato de Alfonso Cuarón estar na cadeira de diretor já podemos esperar algo acima da média pelo menos. Seu último filme, Filhos da Esperança (2006) foi uma das melhores ficções científicas contemporâneas, sem nem mesmo contar com efeitos digitais e altos orçamentos.

OLDBOY

Dir: Spike Lee

Elenco: Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson

Previsão de estréia: 11/10 (EUA)

Será engraçado e curioso ver esta refilmagem do sucesso sul-coreano de mesmo título de 2003 querendo surpreender o público com a mesma revelação do final original. Na época, o filme asiático foi muito bem recebido no Festival de Cannes, ganhando o Grande Prêmio do Júri. Por isso, talvez a história de vingança doentia e bem arquitetada tenha que passar por algumas alterações se quiser agradar a todos. Será que a cena das marteladas no corredor vai sobreviver ao corte final? Definitivamente o polvo não fará parte do cardápio de Josh Brolin.

CAPTAIN PHILLIPS

Dir: Paul Greengrass

Elenco: Tom Hanks, Catherine Keener

Previsão de estréia: 11/10 (EUA) e 18/10 (Brasil)

A história verídica do Capitão Richard Phillips e o sequestro de um navio cargueiro americano por piratas somálios em 2009. Como fez nos sucessos de Domingo Sangrento (2002) e Vôo United 93 (2007), ambos baseados em fatos reais, o diretor Paul Greengrass deve abusar de câmeras na mão para nos contar como foi esse crime que mistura o mundo contemporâneo com o mundo antigo dos piratas. Pode se tornar um papel importante para Tom Hanks numa possível indicação ao Oscar 2014.

CARRIE, A ESTRANHA (Carrie)

Dir: Kimberly Peirce

Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer

Previsão de estréia: 18/10 (EUA)

Pôster da refilmagem Carrie, a Estranha. Sai Sissy Spacek. Entra Chloe Grace-Moretz.

Pôster da refilmagem Carrie, a Estranha. Sai Sissy Spacek. Entra Chloe Grace-Moretz.

Há tempos que essa refilmagem quer sair do papel. Desde 1976, houve uma sequência intitulada A Maldição de Carrie (1999) e o filme feito para TV Carrie, a Estranha (2002), ambos fracassos. Nas mãos da diretora Kimberly Peirce, o romance de Stephen King sobre garota que sofre bullying e tem poderes telecinéticos pode realmente ganhar uma nova roupagem, uma vez que ela trabalhou bem a questão do preconceito em Meninos Não Choram (1999). No elenco, Chloë Grace Moretz e Julianne Moore têm talento para substituírem Sissy Spacek e Piper Perabo, respectivamente.

THE WORLD’S END

Dir: Edgar Wright

Elenco: Simon Pegg, Martin Freeman, Rosamund Pike, Paddy Considine

Previsão de estréia: 25/10 (EUA)

The World's End: nova comédia de Edgar Wright (photo by BeyondHollywood.com)

The World’s End: nova comédia de Edgar Wright (photo by BeyondHollywood.com)

Que tal um pouco de comédia no assunto fim do mundo? Edgar Wright, conhecido por sua sátira inovadora Todo Mundo Quase Morto (2004), volta à questão pós-apocalíptica sobre grupo de cinco amigos que se reúnem num pub há 20 anos e que podem ser a única esperança da humanidade. Como em seus filmes anteriores, diálogos britânicos marcantes e o tipo de comédia física devem predominar nessa aguardada sátira.

THOR: THE DARK WORLD

Dir: Alan Taylor

Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christopher Eccleston, Anthony Hopkins

Previsão de estréia: 08/11 (EUA) e 22/11 (Brasil)

Thor: The Dark World:

Thor: The Dark World: Terceiro filme da Marvel em 2013

Depois de um início shakespearino com Kenneth Brannagh na direção, Thor ganha um clima mais medieval nas mãos do criador da série de sucesso Game of Thrones. Com todo o elenco de volta, inclusive Natalie Portman (que aceitou o papel por causa de Brannagh) e Tom Hiddleston, Thor: The Dark World apresenta o novo vilão Malekith, vivido por Christopher Eccleston, que controla uma horda de Elfos Negros para destruir a Terra.

JOGOS VORAZES: EM CHAMAS (The Hunger Games: Catching Fire)

Dir: Francis Lawrence

Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Philip Seymour Hoffman

Previsão de estréia: 22/11 (Brasil e EUA)

Jogos Vorazes: Em Chamas: Jennifer Lawrence em ascensão

Jogos Vorazes: Em Chamas: Jennifer Lawrence em ascensão

Depois que o público jovem ficou órfão de Harry Potter, a série Jogos Vorazes entrou em cena para tentar suprir esse consumismo com incontáveis produtos de marketing com a imagem de Katniss, a protagonista defendida por Jennifer Lawrence. Gary Ross, um bom roteirista mas limitado como diretor, dá lugar a Francis Lawrence, mais conhecido por dirigir videoclipes e a adaptação dos quadrinhos do selo Vertigo, Constantine (2005). Felizmente, ele contará com o trabalho do roteirista vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?, Simon Beaufoy. Outro importante plus nesta sequência é a presença de Philip Seymour Hoffman como Plutarch Heavensbee. Nada como um ator experiente para ensinar algo de valor pra essa garotada.

THE HOBBIT: THE DESOLATION OF SMAUG

Dir: Peter Jackson

Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch

Previsão de estréia: 13/12 (EUA) e 20/12 (Brasil)

The Hobbit: The Desolation of Smaug: Martin Freeman em meio ao ouro dos duendes (photo by BeyondHollywood.com)

The Hobbit: The Desolation of Smaug: Martin Freeman em meio ao ouro dos duendes (photo by BeyondHollywood.com)

Admito que não sou fã do universo de O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, mas meu comentário seguinte nada tem a ver com essa opinião: Por que transformar um livro em três filmes de três horas? Eu entendo que a escrita de Tolkien é muito descritiva e minuciosa, mas não justifica essa adaptação desproporcional. Claro que os produtores do estúdio querem lucrar três vezes mais com os filmes, mas acho que Peter Jackson, como diretor e contador de histórias, deveria ter interferido na decisão de fazer três produções longas. Talvez por isso mesmo que Guillermo del Toro tenha saído da cadeira de diretor. E se o primeiro filme desta nova trilogia já se mostrou fraca, a previsão para os próximos dois não é nada boa. Perdoem-me, fãs de Tolkien, mas esse requentadão de O Senhor dos Anéis só teve propósitos nitidamente lucrativos até agora.

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