LAFCA ELEGE ‘SMALL AXE’ COMO MELHOR FILME

FILME DE STEVE MCQUEEN FOI CONCEBIDO COMO UMA MINISSÉRIE DA AMAZON PRIME VIDEO

Neste último domingo, dia 20, a Associação de Críticos de Los Angeles (LAFCA) divulgou seus filmes e performances favoritos de 2020. Seguindo outros grupos de críticos como os de Boston e Nova York, não houve prorrogação no calendário devido à pandemia, porém ela pode ter contribuído para a escolha do Melhor Filme.

Criado em 1975, o LAFCA se mostrou sempre relevante no início da temporada de premiações. Suas escolhas sempre colaboram para formar boas campanhas para as premiações televisionadas como Globo de Ouro, SAG e o Oscar. A última vez que um vencedor de Melhor Filme pelo LAFCA não foi indicado ao Oscar foi em 2008, quando WALL-E ficou limitado à categoria de Melhor Longa de Animação. Essa exceção pode voltar a acontecer este ano com a premiação de Small Axe.

O projeto foi concebido pelo diretor Steve McQueen, conhecido pelos filmes 12 Anos de Escravidão e As Viúvas, e pela Amazon Studios como uma minissérie composta por 5 episódios de durações distintas: ‘Mangrove’ (128 min), ‘Lovers Rock’ (71 min), ‘Red, White and Blue’ (81 min), ‘Alex Wheatle’ (67 min) e ‘Education’ (64 min). Dedicado a George Floyd e todas as vítimas de ataques racistas, Small Axe conta histórias da comunidade de West India em Londres entre os anos 60 e 80. Apesar de ter participado da seleção oficial do último Festival (virtual) de Cannes, Small Axe atualmente tem campanha da Amazon Studios como uma minissérie para as próximas edições do Globo de Ouro, SAG e Emmy Awards.

Ainda há tempo hábil para o estúdio inscrever Small Axe no Oscar pelo serviço de streaming da Academia para apreciação dos membros votantes, mas pelo regulamento, seriam cinco filmes inscritos, o que dificultaria bastante para McQueen, pois competiria consigo mesmo. É importante também ressaltar que, apesar da importante e histórica vitória de Melhor Filme no LAFCA, se optar pela categoria de filme, Small Axe perderá grandes chances de se tornar um recordista de indicações no Emmy, com possibilidades altas de reconhecimento para todos os departamentos envolvidos, enquanto no Oscar, se aceitos como filmes, ainda precisará contar com a compreensão dos votantes.

Alguns especialistas já chegaram a escrever textos defendendo uma relevância maior para o conteúdo em relação ao formato, ainda mais num ano bem atípico da pandemia, quando as salas de cinema foram fechadas. Claro que isso deve ser levado em consideração, mas a avaliação de uma obra começa justamente com a escolha de seu formato. Por exemplo, há filmes que ficariam melhores se fossem uma série, e há séries que seriam mais sucintas se fossem apenas um filme. Se o próprio Steve McQueen, criador do projeto, defende Small Axe como uma minissérie, deveria concorrer como uma, considerando assim, o LAFCA apenas como um belo reconhecimento fora da curva.

Voltando aos premiados do LAFCA, Chloé Zhao novamente vence o prêmio de Direção por Nomadland logo após vitória no NYFCC. Caso também vença o National Board of Review, que acontece no próximo dia 26 de Janeiro, ela se tornará a primeira mulher a vencer os 3 prêmios da crítica americana ao lado de Quentin Tarantino (Pulp Fiction), Curtis Hanson (Los Angeles: Cidade Proibida), Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain), David Fincher (A Rede Social) e Barry Jenkins (Moonlight). Apesar disso não garantir uma estatueta do Oscar, afinal apenas Ang Lee ganhou desse pequeno grupo, certamente aumentará suas chances de vitória se sua indicação for confirmada.

Pelas categorias de atuação, Chadwick Boseman segue firme com seu favoritismo para Melhor Ator por A Voz Suprema do Blues. A grande surpresa atende pelo nome de Glynn Turman, que ganhou como Melhor Ator Coadjuvante ao interpretar o pianista Toledo no mesmo filme. O ator participou de inúmeros filmes como Bumblebee e Super 8, e séries como How to Get Away with Murder, mas também ficou conhecido por ter sido ex-marido da cantora Aretha Franklin nos anos 70 e 80.

Já na ala feminina, a promissora campanha de Carey Mulligan parece decolar com o prêmio de Melhor Atriz por Bela Vingança, título em português do ousado original Promising Young Woman, que também levou o prêmio de Roteiro. Como Coadjuvante, a sul-coreana Yuh-jung Youn tem um ótimo início de campanha por Minari, embora o LAFCA tenha uma preferência por atores de língua estrangeira. Hye-ja Kim (Mother) e Jeong-hie Yun (Poesia) e Song- Kang-Ho (Parasita) foram outros atores coreanos prestigiados nos últimos anos.

Destacamos também o prêmio de Longa de Animação para Wolfwalkers, que já havia vencido o mesmo prêmio no NYFCC. Felizmente, como a categoria de Animação do Oscar adora filmes de outras nacionalidades, a animação irlandesa deve figurar entre os indicados. Resta saber se terá fôlego o suficiente para derrotar a dominante Pixar/Disney, que concorre com Soul.

CONFIRA VENCEDORES DO LOS ANGELES FILM CRITICS ASSOCIATION:

MELHOR FILME: Small Axe (Prime Video)
2º Lugar: Nomadland (Searchlight Pictures)

MELHOR DIREÇÃO: Chloé Zhao, Nomadland (Searchlight Pictures)
2º Lugar: Steve McQueen, Small Axe (Prime Video)

MELHOR ATOR: Chadwick Boseman, A Voz Suprema do Blues (Netflix)
2º Lugar: Riz Ahmed, O Som do Silêncio (Amazon Studios)

MELHOR ATRIZ: Carey Mulligan, Bela Vingança (Focus Features)
2º Lugar: Viola Davis, A Voz Suprema do Blues (Netflix)

MELHOR ATOR COADJUVANTE: Glynn Turman, A Voz Suprema do Blues (Netflix)
2º Lugar: Paul Raci, O Som do Silêncio (Amazon Studios)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Yuh-jung Youn, Minari (A24)
2º Lugar: Amanda Seyfried, Mank (Netflix)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO: Wolfwalkers (Apple TV Plus/GKIDS)
2º Lugar: Soul (Pixar)

MELHOR DOCUMENTÁRIO/ NÃO-FICÇÃO: Time (Amazon Studios)
2º Lugar: Collective (Magnolia Pictures and Participant)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: Uma Mulher Alta (Kino Lorber)
2º Lugar: Martin Eden (Kino Lorber)

MELHOR ROTEIRO: Promising Young Woman (Focus Features) – Emerald Fennell
2º Lugar: Nunca Raramente Às Vezes Sempre (Focus Features) – Eliza Hittman

MELHOR FOTOGRAFIA: Small Axe (Prime Video) – Shabier Kirchner
2º Lugar: Nomadland (Searchlight Pictures) – Joshua James Richards

MELHOR MONTAGEM: The Father (Sony Pictures Classics) – Yorgos Lamprinos
2º Lugar: Time (Amazon Studios) – Gabriel Rhodes

MELHOR TRILHA: Soul (Pixar) – Trent Reznor, Atticus Ross
2º Lugar: Lovers Rock (Prime Video) – Mica Levi

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO: Mank (Netflix) – Donald Graham Burt
2º Lugar: Uma Mulher Alta (Kino Lorber) – Sergey Ivanov

PRÊMIO DA NOVA GERAÇÃO: The Forty-Year-Old Version, de Radha Blank (Netflix)

Prêmio Douglas Edwards para Filme Experimental: John Gianvito’s “Her Socialist Smile”

Conjunto da Obra: Hou Hsiao-Hsien e Harry Belafonte

Prêmio do Legado: Norman Lloyd

Academia convida 683 novos membros em busca de diversidade

três novos membros da Academia: Michael B. Jordan, Emma Watson e Idris Elba (Photo by Rex Shutterstock through Variety)

Três novos membros da Academia: Michael B. Jordan, Emma Watson e Idris Elba (Photo by Rex Shutterstock through Variety)

GRUPO VOTANTE DO OSCAR GANHA MAIS CORES, INTERNACIONALIDADE E EXPERIÊNCIA

Nesta quarta-feira, dia 29, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, anunciou o convite anual para novos membros votantes. Primeiramente, vamos aos números:

São 683 novos membros: um recorde histórico, já que nos últimos anos, a média girava em torno de 270 adesões. Desses 683 convidados, 46% são mulheres e 41% são negros. Como presidente, Isaacs cumpre sua promessa de elevar o número de mulheres e minorias raciais depois da polêmica do #OscarSoWhite, que criticava a ausência de negros nas 4 categorias de atuação neste e no ano anterior.

Com essas adesões, houve um aumento de 2% da presença feminina na Academia (de 25 para 27%) e de 3% de afro-americanos (de 8 para 11%). Não parece muita coisa vendo em porcentagens, mas segundo a própria presidente, “trata-se de um grande passo para a diversidade do Oscar”. Como havia prometido no início deste ano que iria dobrar a diversidade até 2020, ela demonstra que realmente está empenhada em concretizar grandes mudanças.

A presidente da Academia Cheryl Boone Isaacs (Photo by David Fisher/REX/Shutterstock

A presidente da Academia Cheryl Boone Isaacs (Photo by David Fisher/REX/Shutterstock)

Engana-se quem pensa que os convites se resumem a mulheres e negros. Dos 683 convites, 283 novos membros são internacionais vindos de 59 países, o que inclui latinos e asiáticos na conta. Também vale ressaltar que a campanha se estende também aos profissionais mais jovens, já que outra dura reclamação foi do predomínio de votantes idosos demais. A busca por “novo fôlego” já se fez necessária nas décadas de 60 e 70, quando os membros da Academia estavam envelhecendo demais.

Entre os novos membros que se destacam, temos os atores negros Idris Elba,  John Boyega, Chadwick Boseman e Michael B. Jordan, além do diretor Ryan Coogler, de Creed: Nascido Para Lutar. Na ala feminina, a vencedora do Oscar por O Quarto de Jack, Brie Larson, foi integrada ao grupo, assim como a jovem Emma Watson, Greta Gerwig, Rachel McAdams, Rose Byrne e Kate Beckinsale. Particularmente, fiquei feliz pela inclusão de grandes atrizes como Marisa Paredes e Cecilia Roth, que trabalharam com Pedro Almodóvar.

Chadwick Boseman, o Pantera Negra, no tapete vermelho do Oscar 2016. (photo by Rob Latour/REX/Shutterstock)

Chadwick Boseman, o Pantera Negra, no tapete vermelho do Oscar 2016. (photo by Rob Latour/REX/Shutterstock)

Atores asiáticos estão representados pela nova geração como Byung-Hun Lee e Daniel Dae Kim, mas o convite se estendeu a atores bem mais experientes como Tatsuya Nakadai, que trabalhou com Akira Kurosawa em Ran (1985) e Kagemusha, a Sombra de um Samurai (1980), e James Hong, o ator que deu vida a ninguém menos do que Lo Pan (!), o vilão de Os Aventureiros do Bairro Proibido (1986), além de participar de Blade Runner – O Caçador de Andróides (1982).

E pra fechar, temos America Ferrera, Luis Guzmán e Michelle Rodriguez, atores com raízes latinas. O Brasil recebeu convites também. O fotógrafo Lula Carvalho, o compositor Antonio Pinto, o animador Alê Abreu (de O Menino e o Mundo) e a diretora Anna Muylaert (de Que Horas Ela Volta?) formam essa nova safra de brasileiros na Academia.

A diretora Anna Muylaert em frente ao cartaz de Que Horas Ela Volta? (photo by ocafezinho.com)

A diretora Anna Muylaert em frente ao cartaz de Que Horas Ela Volta? (photo by ocafezinho.com)

“Estamos orgulhosos em dar as boas-vindas para estes novos membros para a Academia, e sabemos que eles enxergam isso como uma oportunidade e não apenas um convite, uma missão e não apenas uma filiação.” – declarou ainda a presidente Isaacs, que aproveitou para encorajar  a indústria cinematográfica a abrir as portas para quaisquer profissionais interessados em trabalhar.

Só por esta iniciativa da presidente Cheryl Boone Isaacs, ela já poderia ser considerada uma das melhores políticas a ocupar o cargo na Academia. Nitidamente, sua intenção ultrapassa questões político-raciais. Ela quer transformar o Cinema numa Arte aberta para todos os profissionais, enfraquecendo também sua elitização. Ela não quer incluir negros porque é politicamente correto com o intuito de agradar uma classe, mas porque o Cinema também é feito por negros, assim como é feito por mulheres, latinos, asiáticos, canadenses, russos, homossexuais e transgêneros.

O que se pode tirar dessa atitude? À princípio, o mote era trazer novas opiniões através de votos a fim de fazer escolhas mais justas. Se essa tática vai dar resultado nos próximos anos ou não, só poderemos saber com o tempo, mas independente do futuro, a porta aberta hoje certamente tende a enriquecer o grupo que forma a Academia. Se nós, como cinéfilos, muitas vezes reclamamos dos resultados do Oscar por ele ser conservador demais, talvez com essa nova leva de votantes, filmes mais ousados como o próprio Mad Max: Estrada da Fúria pudesse ter batido Spotlight – Segredos Revelados como Melhor Filme, indo muito além da questão racial apenas.

Ainda sob essa perspectiva do conservadorismo, há uma década, vimos 4 filmes ousados perderem para um filme careta, conservador e maniqueísta levar o Oscar de Melhor Filme. Este ano foi 2006, quando Crash – No Limite bateu os fortes e infinitamente superiores concorrentes: O Segredo de Brokeback Mountain, Capote, Boa Noite e Boa Sorte, e Munique. Talvez se já tivesse havido votantes mais novos e de pensamentos mais abertos naquele ano, o resultado teria sido outro, e hoje, poderiam se orgulhar mais dessa votação num clipe dos vencedores de Melhor Filme.

Jack Nicholson entre os produtores de Crash - No Limite: Cathy Schulman e Paul Haggis no Oscar 2006 (photo by grantland.com)

Jack Nicholson entre os produtores de Crash – No Limite: Cathy Schulman e Paul Haggis no Oscar 2006 (photo by grantland.com)

Contudo, é de extrema importância não se deixar levar por rótulos. Não é porque a Academia colocou mais negros que eles têm obrigação de votar para artistas negros ou filmes de temática negra. Se Idris Elba gostou mais de Gravidade, ele deve votar para Gravidade, e não para 12 Anos de Escravidão como a cartilha racial manda. Pelo menos, espero que não haja nenhum tipo de instrução por parte da Academia nesse sentido, porque senão seria patético e contraditório.

Particularmente, desse anúncio de novos membros, nada se compara à abertura internacional! E o engraçado é que na mídia, pouco se fala sobre isso! O foco está apenas em mulheres e negros, como se fossem os únicos injustiçados. Se formos dar uma olhada na lista de diretores convidados, temos nomes que vão acrescentar muito na real diversidade cinematográfica do Oscar. Só para citar alguns: o chinês Hou Hsiao-Hsien, a japonesa Naomi Kawase, o turco Nuri Bilge Ceylan, o jovem prodígio canadense Xavier Dolan, o tunisiano Abdellatif Kechiche, o iraniano Abbas Kiarostami, o britânico Ken Loach (que acaba de ganhar sua segunda Palma de Ouro em Cannes), a argentina Lucrecia Martel, o romeno Cristian Mungiu, o sul-coreano Park Chan-Wook, o dinamarquês Nicolas Winding Refn e o novo rei do terror, o malaio James Wan: são nomes tão consagrados do atual cinema mundial que é até ridículo que não eram membros da Academia ainda!

O jovem diretor Xavier Dolan, quando ganhava o Prêmio do Júri em Cannes de 2014. Além de canadense, ele tem apenas 27 aninhos. (photo by proibidoler.com)

O jovem diretor Xavier Dolan, quando ganhava o Prêmio do Júri em Cannes de 2014. Além de canadense, ele tem apenas 27 aninhos. (photo by proibidoler.com)

Na época do bafafá do #OscarSoWhite, achei muita estupidez por parte de alguns críticos politicamente corretos demais que culpavam a Academia por não haver negros entre os 20 atores indicados. Já defendi e volto a dizer aqui: a premiação apenas reflete a indústria cinematográfica. A real mudança deve acontecer na mentalidade dos produtores e dos grandes estúdios. E como o Cinema é uma Arte que depende demais da bilheteria, o público tem que dar a resposta positiva em caso de grandes mudanças.

O que achei bacana por parte da postura da Academia e de sua presidente é que, mesmo não sendo culpa deles, eles estão fazendo o possível para reverter esse quadro, convidando artistas e profissionais de todos os tipos e de todas as partes do mundo, a fim de tornar o Oscar mais globalizado e harmônico.

Eu só espero que, mesmo com essas mudanças positivas, o Oscar 2017 não conceda indicação a um ator ou atriz negros por piedade ou preencher cotas. Se for pra indicar, que seja por méritos próprios, porque do contrário, pode ser embaraçoso demais para o profissional.

A 89ª edição do Oscar já apresenta o seguinte calendário oficial:

12/Nov: Governors Awards
05/Jan: Início da votação das indicações
13/Jan: Término da votação das indicações
24/Jan: Anúncio dos Indicados ao Oscar
06/Fev: Almoço dos Indicados ao Oscar
11/Fev: Scientific and Technical Awards
13/Fev: Início da votação dos vencedores
21/Fev: Término da votação dos vencedores
26/Fev: 89º Academy Awards

Cena de The Birth of a Nation, de Nate Parker (photo by cine.gr)

Cena de The Birth of a Nation, de Nate Parker (photo by cine.gr)

Com tamanha discussão envolvendo diversidade, dois filmes já se tornaram fortes candidatos ao Oscar 2017 por sua temática racial. The Birth of a Nation é um drama de época que acompanha a trajetória de um escravo e pregador, que após testemunhar atrocidades contra seu povo, orquestra uma revolução em prol da liberdade. Obviamente, lembra bastante o recente 12 Anos de Escravidão, porém, como foi bastante elogiado em sua passagem pelo último Festival de Sundance, deve se consolidar como um favorito. E outro candidato, Loving, é um romance interracial envolvendo um branco (Joel Edgerton, numa atuação bastante aclamada) e uma negra (Ruth Negga) baseado em fatos verídicos ocorridos nos anos 50 na Virginia.

Joel Edgerton e Ruth Negga fazem um casal interracial em Loving, de Jeff Nichols (photo by cine.gr)

Joel Edgerton e Ruth Negga fazem um casal interracial em Loving, de Jeff Nichols (photo by cine.gr)

E pra quem tem curiosidade de ver a lista completa dos 683 novos membros da Academia, seguem os nomes abaixo de acordo com seu cargo:

Actors
Mahershala Ali – “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 and 2),” “The Curious Case of Benjamin Button”
Anthony Anderson – “The Departed,” “Hustle & Flow”
Adam Beach – “Suicide Squad,” “Flags of Our Fathers”
Kate Beckinsale – “Love & Friendship,” “The Aviator”
Chadwick Boseman – “Captain America: Civil War,” “Get on Up”
John Boyega – “Star Wars: The Force Awakens,” “Attack the Block”
Betty Buckley – “Wyatt Earp,” “Carrie”
Rose Byrne – “X-Men: First Class,” “Bridesmaids”
Julie Carmen – “The Milagro Beanfield War,” “Gloria”
Enrique Castillo – “Déjà Vu,” “Bound by Honor”
Morris Chestnut – “G.I. Jane,” “Boyz N the Hood”
Cliff Curtis – “Live Free or Die Hard,” “Training Day”
Loretta Devine – “Crash,” “I Am Sam”
Carmen Ejogo – “Selma,” “Sparkle”
Idris Elba – “Beasts of No Nation,” “Pacific Rim”
America Ferrera – “Cesar Chavez,” “End of Watch”
Vivica A. Fox – “Kill Bill,” “Independence Day”
Andrew Garfield – “99 Homes,” “The Amazing Spider-Man”
Greta Gerwig – “Frances Ha,” “To Rome with Love”
Jesse D. Goins – “The Ugly Truth,” “Patriot Games”
Bruce Greenwood – “Flight,” “Star Trek”
Carla Gugino – “Watchmen,” “Night at the Museum”
Luis Guzmán – “Punch-Drunk Love,” “Carlito’s Way”
Dennis Haysbert – “Dear White People,” “Wreck-It Ralph”
Tom Hiddleston – “Crimson Peak,” “Marvel’s The Avengers”
James Hong – “Safe,” “Mulan”
Oscar Isaac – “Ex Machina,” “A Most Violent Year”
O’Shea “Ice Cube” Jackson* – “Ride Along,” “Friday”
Dakota Johnson – “Black Mass,” “Fifty Shades of Grey”
Cherry Jones – “Whiskey Tango Foxtrot,” “Signs”
Michael B. Jordan – “Creed,” “Fruitvale Station”
Daniel Dae Kim – “The Divergent Series: Insurgent,” “Crash”
Regina King – “Ray,” “Jerry Maguire”
Brie Larson – “Room,” “Trainwreck”
Byung-Hun Lee – “Terminator Genisys,” “G.I. Joe: The Rise of Cobra”
Nia Long – “Keanu,” “Boyz N the Hood”
Sal Lopez – “The Astronaut Farmer,” “Full Metal Jacket”
Ignacio López Tarso – “Under the Volcano,” “Nazarin”
Patti LuPone – “Parker,” “Driving Miss Daisy”
Peter Mackenzie – “Trumbo,” “42”
Rachel McAdams – “Spotlight,” “Midnight in Paris”
Eva Mendes – “The Place beyond the Pines,” “Hitch”
Tatsuya Nakadai – “Ran,” “Kagemusha”
Adepero Oduye – “The Big Short,” “12 Years a Slave”
Marisa Paredes – “The Skin I Live In,” “All about My Mother”
Nate Parker – “Beyond the Lights,” “Red Tails”
Harold Perrineau – “Zero Dark Thirty,” “28 Weeks Later”
Jorge Perugorría – “Che,” “Strawberry and Chocolate”
Silvia Pinal – “Vintage Model,” “The Exterminating Angel”
Freida Pinto – “Immortals,” “Slumdog Millionaire”
Michelle Rodriguez – “Avatar,” “Girlfight”
Anika Noni Rose – “For Colored Girls,” “Dreamgirls”
Cecilia Roth – “Lucia Lucia,” “All about My Mother”
Mark Rylance – “Bridge of Spies,” “The Other Boleyn Girl”
Pepe Serna – “The Black Dahlia,” “The Ballad of Gregorio Cortez”
Martin Starr – “I’ll See You in My Dreams,” “Adventureland”
Elizabeth Sung – “Memoirs of a Geisha,” “The Joy Luck Club”
Sharmila Tagore – “Dhadkan,” “The World of Apu”
Tessa Thompson – “Creed,” “Dear White People”
Lorraine Toussaint – “Selma,” “Middle of Nowhere”
Glynn Turman – “Super 8,” “Men of Honor”
Gabrielle Union – “Top Five,” “Bad Boys II”
Jacob Vargas – “The 33,” “Jarhead”
Alicia Vikander – “The Danish Girl,” “Ex Machina”
Emma Watson – “The Bling Ring,” “The Perks of Being a Wallflower”
Damon Wayans, Jr. – “Big Hero 6,” “Let’s Be Cops”
Marlon Wayans – “The Heat,” “Requiem for a Dream”
Rita Wilson – “It’s Complicated,” “Runaway Bride”
Daphne Zuniga – “Staying Together,” “Spaceballs”

Casting Directors
Shaheen Baig – “Youth,” “The Impossible”
Sharon Bialy – “Secret in Their Eyes,” “Mr. Holland’s Opus”
Sara Bilbatua – “Pan’s Labyrinth,” “The Devil’s Backbone”
Antoinette Boulat – “Diary of a Chambermaid,” “The Grand Budapest Hotel”
Deirdre Bowen – “Eastern Promises,” “Billy Madison”
Jacqueline Brown – “Akeelah and the Bee,” “Jackie Brown”
Carmen Cuba – “The Martian,” “Side Effects”
Christian Kaplan – “The Book of Life,” “Rio”
Moonyeenn Lee – “Avengers: Age of Ultron,” “Blood Diamond”
Natalie Lyon – “Inside Out,” “Toy Story 3”
Walter Rippell – “Everybody Has a Plan,” “The Secret in Their Eyes”
Richard Rousseau – “Saint Laurent,” “Renoir”
Kim Taylor-Coleman – “Dope,” “Oldboy”
Manuel Teil – “Babel,” “Y Tu Mamá También”

Cinematographers
Bárbara Alvarez – “The Second Mother,” “Whisky”
C. Mitchell Amundsen – “Ride Along 2,” “Now You See Me”
Adam Arkapaw – “Macbeth,” “McFarland, USA”
Sergio Armstrong – “No,” “The Maid”
Michael Barrett – “Ted 2,” “A Million Ways to Die in the West”
Natasha Braier – “The Rover,” “The Milk of Sorrow”
Lula Carvalho – “Teenage Mutant Ninja Turtles,” “RoboCop”
Caroline Champetier – “Holy Motors,” “Of Gods and Men”
Enrique Chediak – “The 5th Wave,” “The Maze Runner”
Charlotte Bruus Christensen – “Far from the Madding Crowd,” “The Hunt”
Sofian El Fani – “Timbuktu,” “Blue Is the Warmest Color”
Mátyás Erdély – “Son of Saul,” “The Quiet Ones”
Frank Griebe – “A Hologram for the King,” “Cloud Atlas”
Kirsten Johnson* – “CitizenFour,” “This Film Is Not Yet Rated”
Judith Kaufmann – “13 Minutes,” “Inbetween Worlds”
Jeanne Lapoirie – “Gett: The Trial of Viviane Amsalem,” “My Little Princess”
Hélène Louvart – “The Wonders,” “Pina”
Félix Monti – “Our Last Tango,” “The Secret in Their Eyes”
Peter Pau – “The Forbidden Kingdom,” “Crouching Tiger Hidden Dragon”
Daniel Pearl – “Friday the 13th,” “Aliens vs. Predator – Requiem”
Poon Hang-Sang – “Ip Man 2: Legend of the Grandmaster,” “Kung Fu Hustle”
Gökhan Tiryaki – “Winter Sleep,” “Once upon a Time in Anatolia”
Kim White – “Inside Out,” “Toy Story 3”
Jo Willems – “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 and 2),” “The Hunger Games: Catching Fire”
Steve Yedlin – “Carrie,” “Looper”
Nelson Yu Lik-Wai – “A Simple Life,” “24 City”
Haris Zambarloukos – “Cinderella,” “Jack Ryan: Shadow Recruit”
Zhao Fei – “The Sun Also Rises,” “The Curse of the Jade Scorpion”

Costume Designers
Olivier Bériot – “Lucy,” “Taken”
Madeline Fontaine – “The Young and Prodigious T.S. Spivet,” “Yves Saint Laurent”
Pierre-Yves Gayraud – “Albert Nobbs,” “The Bourne Identity”
Sonia Grande – “Magic in the Moonlight,” “Even the Rain”
Suttirat Anne Larlarb – “Steve Jobs,” “127 Hours”
Manon Rasmussen – “Nymphomaniac,” “A Royal Affair”

Designers
Yoshihito Akatsuka – “The Left Ear,” “Warriors of the Rainbow: Seediq Bale”
Kokayi Ampah – “Knight and Day” “Flags of Our Fathers”
Jille Azis – “Magic in the Moonlight,” “Tinker Tailor Soldier Spy”
Hannah E. Beachler – “Miles Ahead,” “Creed”
Bert Berry – “Inside Out,” “Cars 2”
Celia Bobak – “The Martian,” “Shanghai”
Stephanie Carroll – “Elsa & Fred,” “Monsoon Wedding”
Sue Chan – “Gone Girl,” “300: Rise of an Empire”
Rodolfo Damaggio – “Tomorrowland,” “Terminator Genisys”
Rena DeAngelo – “Bridge of Spies,” “The Judge”
Warren Drummond – “Straight Outta Compton,” “Nightcrawler”
Colin Gibson – “Mad Max: Fury Road,” “Happy Feet Two”
Bernhard Henrich – “Bridge of Spies,” “Unfinished Business”
Kalina Ivanov – “Max,” “Little Miss Sunshine”
Michael Anthony Jackson – “Gods of Egypt,” “Fantastic Four”
Philip Keller – “Jurassic World,” “The Last Witch Hunter”
Carolyn A. Loucks – “Batman v Superman: Dawn of Justice,” “RoboCop”
Chris Lowe – “Spectre,” “Into the Woods”
Ina Mayhew – “Barbershop: The Next Cut,” “Tyler Perry’s Good Deeds”
Alice Normington – “Suffragette,” “Nowhere Boy”
Hamish Purdy – “The Revenant,” “Step Up All In”
Peter Ramsey* – “Penguins of Madagascar,” “Shrek the Third”
Pilar Revuelta – “Exodus: Gods and Kings,” “Pan’s Labyrinth”
Mark Ricker –“Trumbo,” “Get on Up
Dena Roth – “The Wedding Ringer,” “Think Like a Man Too”
David Schlesinger – “True Story,” “Annie”
Richard Sherman – “The Gift,” “Beautiful Creatures”
Michael Standish – “The Danish Girl,” “Victor Frankenstein”
Yohei Taneda – “Monster Hunt,” “The Hateful Eight”
Lisa Thompson – “Mad Max: Fury Road,” “San Andreas”
Patrice Vermette – “Sicario,” “The Young Victoria”
Frank Walsh – “The Huntsman: Winter’s War,” “High-Rise”

Directors
Lenny Abrahamson – “Room,” “Frank”
Naji Abu Nowar – “Theeb”
Maren Ade – “Everyone Else,” “The Forest for the Trees”
Lexi Alexander – “Punisher: War Zone,” “Green Street Hooligans”
Haifaa al-Mansour – “Wadjda”
Ana Lily Amirpour – “A Girl Walks Home Alone at Night”
Amma Asante – “Belle,” “A Way of Life”
Katie Aselton – “Black Rock,” “The Freebie”
Ramin Bahrani – “99 Homes,” “At Any Price”
Anna Boden – “Mississippi Grind,” “It’s Kind of a Funny Story”
Catherine Breillat – “The Sleeping Beauty,” “Sex Is Comedy”
Israel Cárdenas – “Sand Dollars,” “Carmita”
Carlos Carrera – “Backyard,” “El Crimen del Padre Amaro”
Nuri Bilge Ceylan – “Winter Sleep,” “Once upon a Time in Anatolia”
Souleymane Cissé – “Brightness,” “The Wind”
Isabel Coixet – “Learning to Drive,” “Elegy”
Ryan Coogler* – “Creed,” “Fruitvale Station”
Scott Cooper – “Black Mass,” “Crazy Heart”
John Crowley – “Brooklyn,” “Closed Circuit”
Julie Dash – “Daughters of the Dust”
Tamra Davis – “Jean-Michel Basquiat: The Radiant Child,” “Billy Madison”
Jonathan Dayton – “Ruby Sparks,” “Little Miss Sunshine”
Dominique Deruddere – “Flying Home,” “Everybody Famous!”
Xavier Dolan – “Mommy,” “Tom at the Farm”
Cheryl Dunye – “My Baby’s Daddy,” “The Watermelon Woman”
Deniz Gamze Ergüven – “Mustang”
Valerie Faris – “Ruby Sparks,” “Little Miss Sunshine”
Shana Feste – “Endless Love,” “Country Strong”
Hannah Fidell – “A Teacher”
Anne Fletcher – “The Proposal,” “Step Up”
Ari Folman – “The Congress,” “Waltz with Bashir”
Anne Fontaine – “Gemma Bovery,” “Coco before Chanel”
Cary Joji Fukunaga – “Beasts of No Nation,” “Jane Eyre”
Nicole Garcia – “A View of Love,” “Charlie Says”
Juan Antonio Garcia Bayona – “The Impossible,” “The Orphanage”
Sarah Gavron – “Suffragette,” “Brick Lane”
Lesli Linka Glatter – “The Proposition,” “Now and Then”
Ciro Guerra* – “Embrace of the Serpent,” “The Wind Journeys”
Laura Amelia Guzmán – “Sand Dollars,” “Carmita”
Sanaa Hamri – “Just Wright,” “Something New”
Mia Hansen-Løve* – “Eden,” “The Father of My Children”
Mahamet-Saleh Haroun – “Grigris,” “Our Father”
Mary Harron – “The Notorious Bettie Page,” “American Psycho”
Marielle Heller* – “The Diary of a Teenage Girl”
Albert Hughes – “The Book of Eli,” “Dead Presidents”
Hou Hsiao-Hsien – “The Assassin,” “Three Times”
Patty Jenkins – “Wonder Woman,” “Monster”
Naomi Kawase* – “Still the Water,” “The Mourning Forest”
Abdellatif Kechiche – “Blue Is the Warmest Color,” “Black Venus”
Abbas Kiarostami – “Certified Copy,” “Taste of Cherry”
So Yong Kim – “For Ellen,” “In Between Days”
Kiyoshi Kurosawa – “Seventh Code,” “Pulse”
Karyn Kusama – “Jennifer’s Body,” “Girlfight”
Francis H. Lawrence – “The Hunger Games: Catching Fire,” “I Am Legend”
Tobias Lindholm* – “A War,” “A Hijacking”
Phyllida Lloyd – “The Iron Lady,” “Mamma Mia!”
Ken Loach – “The Wind That Shakes the Barley,” “Kes”
Julia Loktev – “The Loneliest Planet,” “Day Night Day Night”
Ami Canaan Mann – “Jackie & Ryan,” “Texas Killing Fields”
Lucrecia Martel – “The Headless Woman,” “The Holy Girl”
Adam McKay* – “The Big Short,” “Anchorman: The Legend of Ron Burgundy”
Deepa Mehta – “Midnight’s Children,” “Water”
Ursula Meier – “Sister,” “Home”
Rebecca Miller* – “The Private Lives of Pippa Lee,” “Personal Velocity”
Karen Moncrieff – “The Dead Girl,” “Blue Car”
Cristian Mungiu* – “Graduation,” “4 Months, 3 Weeks and 2 Days”
Anna Muylaert – “The Second Mother”
László Nemes* – “Son of Saul”
María Novaro – “The Good Herbs,” “Lola”
Victor Nunez – “Spoken Word,” “Ulee’s Gold”
Euzhan Palcy – “Siméon,” “A Dry White Season”
Park Chan-wook* – “Stoker,” “Oldboy”
Lucía Puenzo – “The German Doctor,” “El Niño Pez”
Lynne Ramsay – “We Need to Talk about Kevin,” “Morvern Callar”
Dee Rees – “Pariah”
Nicolas Winding Refn – “Only God Forgives,” “Drive”
Patricia Riggen – “The 33,” “Girl in Progress”
Gillian Robespierre – “Obvious Child”
Patricia Rozema – “Kit Kittredge: An American Girl,” “Mansfield Park”
Marjane Satrapi – “The Voices,” “Persepolis”
Sam Taylor-Johnson – “Fifty Shades of Grey,” “Nowhere Boy”
George Tillman, Jr. – “Notorious,” “Soul Food”
Luis Valdez – “La Bamba,” “Zoot Suit”
Melvin Van Peebles – “Identity Crisis,” “Sweet Sweetback’s Baadasssss Song”
Margarethe von Trotta – “Rosenstrasse,” “Marianne and Juliane”
Lana Wachowski – “Cloud Atlas,” “The Matrix Trilogy”
Lilly Wachowski – “Cloud Atlas,” “The Matrix Trilogy”
Taika Waititi – “Hunt for the Wilderpeople,” “What We Do in the Shadows”
James Wan – “The Conjuring,” “Saw”
Keenan Ivory Wayans* – “Scary Movie,” “A Low Down Dirty Shame”
Apichatpong Weerasethakul – “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives,” “Tropical Malady”

Documentary
Joslyn Barnes – “The House I Live In,” “Trouble the Water”
Danielle Renfrew Behrens – “Kurt Cobain: Montage of Heck,” “The Queen of Versailles”
Joe Bini* – “Tales of the Grim Sleeper,” “Encounters at the End of the World”
Douglas Blush – “The Hunting Ground,” “The Invisible War”
Rachel Boynton – “Big Men,” “Our Brand Is Crisis”
Irene Taylor Brodsky – “The Final Inch,” “Hear and Now”
Margaret Brown – “The Great Invisible,” “The Order of Myths”
Nancy Buirski – “Afternoon of a Faun: Tanaquil Le Clercq,” “The Loving Story”
Maro Chermayeff – “Marina Abramovic The Artist Is Present,” “The Kindness of Strangers”
Ramona S. Diaz – “Don’t Stop Believin’: Everyman’s Journey,” “Imelda”
James Gay-Rees – “Amy,” “Senna”
Haile Gerima – “Teza,” “Ashes and Embers”
Laurens Grant – “The Black Panthers: Vanguard of the Revolution,” “Freedom Riders”
Richard Hankin – “Art and Craft,” “God Loves Uganda”
Kazuo Hara – “A Dedicated Life,” “The Emperor’s Naked Army Marches On”
Thomas Allen Harris – “Through a Lens Darkly: Black Photographers and the Emergence of a People,” “Twelve
Disciples of Nelson Mandela”
Matthew Heineman – “Cartel Land,” “Escape Fire: The Fight to Rescue American Healthcare”
Judith Helfand – “The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement,” “Blue Vinyl”
Amy Hobby – “What Happened, Miss Simone?,” “Shepard & Dark”
Kirsten Johnson* – “Cameraperson,” “CitizenFour”
Asif Kapadia – “Amy,” “Senna”
Aviva Kempner – “Rosenwald,” “The Life and Times of Hank Greenberg”
Pedro Kos* – “The Square,” “Waste Land”
Victor Kossakovsky – “Vivan las Antipodas!,” “The Belovs”
Anita Lee – “Stories We Tell,” “Everybody’s Children”
Shola Lynch – “Free Angela and All Political Prisoners,” “Chisholm ’72 – Unbought & Unbossed”
Louis Massiah – “W.E.B. Dubois: A Biography in Four Voices”
Amanda Micheli – “La Corona,” “Double Dare”
Spencer Nakasako – “Refugee,” “A.K.A. Don Bonus”
Emiko Omori – “Rabbit in the Moon,” “Regret to Inform”
Joshua Oppenheimer – “The Look of Silence,” “The Act of Killing”
Dawn Porter – “Trapped,” “Gideon’s Army”
Gini Reticker – “Pray the Devil Back to Hell,” “Asylum”
Azin Samari* – “Ethel,” “The September Issue”
Jessica Sanders – “After Innocence,” “Sing!”
Regina Scully – “The Hunting Ground,” “Alive Inside”
Signe Byrge Sørensen – “The Look of Silence,” “The Act of Killing”
David Teague – “Cutie and the Boxer,” “Freeheld”
Trinh T. Minh-ha – “Forgetting Vietnam,” “Surname Viet Given Name Nam”
Jean Tsien – “Shut Up & Sing,” “Scottsboro: An American Tragedy”
Elizabeth Chai Vasarhelyi – “Meru,” “Youssou N’Dour: I Bring What I Love”
Wang Bing – “Three Sisters,” “West of the Tracks”

Executives
Pam Abdy
Courtney D. Armstrong
Arturo Barquet
Arianna Bocco
Nicole Brown
Rona Cosgrove
Craig Dehmel
Zanne Devine
Lisa Ellzey
Monique Esclavissat
Pauline Fischer
DeVon Franklin
David W. Greenbaum
Matthew Greenfield
Erica Huggins
Peter Kujawski
Pamela Kunath
Christine Langan
Bonni Lee
James F. Lopez
Xavier Marchand
Anikah Elizabeth McLaren
James Rupert Jacob Murdoch
Lachlan K. Murdoch
Gigi Pritzker
Josh Sapan
Scott Shooman
Adrian Smith
Frank H. Smith
Darren Dennis Throop
Jason D. Young

Film Editors
Niels Pagh Andersen – “The Look of Silence,” “The Act of Killing”
Joe Bini* – “We Need to Talk about Kevin,” “Cave of Forgotten Dreams”
Bettina Böhler – “Phoenix,” “Barbara”
Pernille Bech Christensen – “The Salvation,” “In a Better World”
Raúl Antonio Dávalos – “The Amateurs,” “Meet Wally Sparks”
Marie-Hélène Dozo – “Two Days, One Night,” “L’Enfant”
Amy E. Duddleston – “Elegy,” “Laurel Canyon”
Suzy Elmiger – “Lola Versus,” “Mighty Fine”
Sim Evan-Jones – “Shaun the Sheep Movie,” “Shrek”
Sarah Flack – “Away We Go,” “Lost in Translation”
Affonso Gonçalves – “Carol,” “Winter’s Bone”
Matthew Hamachek – “Cartel Land,” “If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front”
Chris King – “Amy,” “Exit through the Gift Shop”
Pedro Kos* – “The Square,” “Waste Land”
Sylvie Landra – “Catwoman,” “The Fifth Element”
Tom McArdle – “Spotlight,” “The Station Agent”
Adam Nielsen – “A War,” “A Hijacking”
Kevin Nolting – “Inside Out,” “Up”
Nathan Nugent – “Room,” “Frank”
Stan Salfas – “Morning,” “Let Me In”
Azin Samari* – “Ethel,” “The September Issue”
Margaret Sixel – “Mad Max: Fury Road,” “Happy Feet”
Mary Stephen – “Blind Mountain,” “A Tale of Winter”
Troy Takaki – “Baggage Claim,” “The Bounty Hunter”
Camilla Toniolo – “His Way,” “Company Man”
Bernat Vilaplana – “Crimson Peak,” “Pan’s Labyrinth”
Pax Wassermann – “Elaine Stritch: Shoot Me,” “Pussy Riot: A Punk Prayer”
Julia Wong – “Hercules,” “Extract”
Mark Yoshikawa – “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 and 2),” “The Tree of Life”

Makeup Artists and Hairstylists
Karen Asano-Myers – “Star Wars: The Force Awakens,” “42”
Pierce Austin – “Concussion,” “After Earth”
Julie Dartnell – “The Grand Budapest Hotel,” “Les Misérables”
Beatrice De Alba – “Away We Go,” “Frida”
Dave Elsey – “Mr. Holmes,” “The Wolfman”
Camille Friend – “The Hateful Eight,” “Django Unchained”
Anita Gibson – “Beyond the Lights,” “Top Five”
Giorgio Gregorini – “The Impossible,” “Apocalypto”
Siân Grigg – “The Revenant,” “Ex Machina”
Norma Hill-Patton – “X-Men: Days of Future Past,” “The Company You Keep”
Duncan Jarman – “The Revenant,” “Rush”
Love Larson – “The 100-Year-Old Man Who Climbed Out the Window and Disappeared,” “The Girl Who Played with
Fire”
Angela Levin – “Cake,” “Horrible Bosses”
Ivana Primorac – “Anna Karenina,” “The Reader”
Beverly Jo Pryor – “Straight Outta Compton,” “Selma”
Jan Sewell – “The Danish Girl,” “The Theory of Everything”
Maurizio Silvi – “The Great Gatsby,” “Moulin Rouge”
Heba Thorisdottir – “The Hateful Eight,” “Bridesmaids”
Lesley Vanderwalt – “Mad Max: Fury Road,” “The Great Gatsby”
Eva von Bahr – “The 100-Year-Old Man Who Climbed Out the Window and Disappeared,” “The Girl with the Dragon
Tattoo”

Music
Lesley Barber – “The Moth Diaries,” “Los Locos”
Wendy Blackstone – “Whitey: United States of America v. James J. Bulger,” “To Be Heard”
Mary J. Blige – “The Help,” “Precious: Based on the Novel ‘Push’ by Sapphire”
Kathryn Bostic – “Dear White People,” “The New Black”
Carl Davis – “The Understudy,” “Scandal”
Joseph S. DeBeasi – “The Revenant,” “Sicario”
Joanie Diener – “Merchants of Doubt,” “The Skulls”
Fitzgerald Diggs (RZA) – “Django Unchained,” “The Man with the Iron Fists”
Germaine Franco – “Dope,” “Mr. and Mrs. Smith”
Sia Furler – “Zootopia,” “Fifty Shades of Grey”
Peter Golub – “Audrey,” “Countdown to Zero”
Amanda Goodpaster – “Pitch Perfect 2,” “Diary of a Wimpy Kid”
Tanya Noel Hill – “Ant-Man,” “Chef”
Deborah Lurie – “Safe Haven,” “Dear John”
Heather McIntosh – “Z for Zachariah,” “Honeymoon”
Marcus Miller – “About Last Night,” “Deliver Us from Eva”
Antonio Pinto – “Amy,” “Senna”
Raphael Saadiq – “Epic,” “Love and Basketball”
Jim Schultz – “Black Mass,” “Inglourious Basterds”
Del Spiva – “Fury,” “Prometheus”
Taura Stinson – “Rio 2,” “Black Nativity”
Joseph Trapanese – “Straight Outta Compton,” “Nightcrawler”
Shigeru Umebayashi – “The Grandmaster,” “2046”
Fernando Velázquez – “Crimson Peak,” “Mama”
Will.i.am – “The Great Gatsby,” “Rio”
Marcelo Zarvos – “Rock the Kasbah,” “The Beaver”

Producers
Belén Atienza – “Out of the Dark,” “The Impossible”
Amy Baer – “A Storm in the Stars,” “Last Vegas”
David Barron – “Cinderella,” “Harry Potter and the Deathly Hallows (Parts 1 and 2)
Ram Bergman – “Don Jon,” “Looper”
Virginie Besson-Silla – “Lucy,” “The Lady”
Fernando Bovaira – “Biutiful,” “The Sea Inside”
Anne Carey – “Mr. Holmes,” “The Savages”
Debra Martin Chase – “Sparkle,” “The Sisterhood of the Traveling Pants”
Bonnie Curtis – “Albert Nobbs,” “Minority Report”
Susan Downey – “The Judge,” “Sherlock Holmes”
Ed Guiney – “Room,” “Frank”
Paul E. Hall – “Peeples,” “For Colored Girls”
Rachael Horovitz – “Maggie’s Plan,” “Moneyball”
Mark Huffam – “The Martian,” “Exodus: Gods and Kings”
Elizabeth Karlsen – “Carol,” “Made in Dagenham”
Gail Katz – “Pawn Sacrifice,” “The Perfect Storm”
Amy Kaufman – “Beasts of No Nation, “Ain’t Them Bodies Saints”
Neil Kopp – “Green Room,” “Wendy and Lucy”
Kristie Macosko Krieger – “Bridge of Spies,” “Lincoln”
David Lancaster – “Eye in the Sky,” “Whiplash”
Albert Lee – “Chinese Zodiac,” “Let the Bullets Fly”
Roy Lee – “The Lego Movie,” “Abduction”
Mynette Louie – “Land Ho!,” “Cold Comes the Night”
Daniela Taplin Lundberg – “Beasts of No Nation,” “The Kids Are All Right”
Lori McCreary – “The Magic of Belle Isle,” “Invictus”
Edward L. McDonnell – “Sicario,” “Insomnia”
Jamie Patricof – “Mississippi Grind,” “Blue Valentine”
Amanda Posey – “Brooklyn,” “An Education”
Heather Rae – “The Dry Land,” “Frozen River”
Alexander Rodnyansky – “Leviathan,” “Stalingrad”
Esther García Rodríguez – “Wild Tales,” “The Skin I Live In”
Anish Savjani – “Green Room,” “Meek’s Cutoff”
Allison Shearmur – “Pride and Prejudice and Zombies,” “Cinderella”
Michael Sugar – “Spotlight,” “The Fifth Estate”
Robert Teitel – “Barbershop: The Next Cut,” “Men of Honor”
Rodrigo Teixeira – “The Witch,” “Mistress America”
Nina Yang Bongiovi – “Dope,” “Fruitvale Station”

Public Relations
Michael S. Agulnek
Marina Bailey
Jacqueline L. Bazan
Stephen D. Bruno
Cassandra O. Butcher
Zachary Eller
Linda Guerrero
Barry Dale Johnson
Kate Lee
Amy Mastriona
R.J. Millard
Kelly Bush Novak
Fumiko Kitahara Otto
Jack Pan
Terra Potts
Arnold Robinson
David Stern
Lisa Taback
Jean-Pierre Vincent
David S. Waldman
Ryan Werner
Katherine Willing

Short Films and Feature Animation
Alê Abreu – “Boy and the World,” “Cosmic Boy”
Line K. Andersen – “The Croods,” “Monsters vs Aliens”
Bruce Anderson – “Rio 2,” “Rio”
Graham Annable – “The Boxtrolls,” “ParaNorman”
Guillaume Aretos – “Puss in Boots,” “Shrek the Third”
Serena Armitage – “Stutterer,” “Scorned”
Sanjay Bakshi – “The Good Dinosaur,” “Monsters University”
Maxwell Boas – “Kung Fu Panda 3,” “Rise of the Guardians”
Lydia Bottegoni – “Hotel Transylvania,” “Surf’s Up”
Rebecca Wilson Bresee – “Zootopia,” “Frozen”
Mark Burton – “Shaun the Sheep Movie,” “Gnomeo & Juliet”
Chris Butler – “ParaNorman,” “Coraline”
Clément Calvet – “Cafard,” “Song of the Sea”
Tom Cardone – “Rio 2,” “Dr. Seuss’ Horton Hears a Who!”
Marci Carlin – “The Soul of Nashville,” “Human Destiny”
Galen Tan Chu – “Epic,” “Ice Age: Dawn of the Dinosaurs”
Benjamin Cleary – “Love Is a Sting,” “Stutterer”
Pam Coats – “Gnomeo & Juliet,” “Mulan”
Melissa Beth Cobb – “Kung Fu Panda 3,” “Kung Fu Panda 2”
Deborah Cook – “The Boxtrolls,” “ParaNorman”
Jamie Oliver Donoughue – “Shok,” “Life on the Line”
Renato Dos Anjos – “Wreck-It Ralph,” “Bolt”
Jeff Draheim – “Frozen,” “The Princess and the Frog”
Karen Dufilho – “Duet,” “For the Birds”
Pato Escala – “Bear Story”
Katie Fico – “Zootopia,” “Feast”
Michael Fong – “Inside Out,” “Toy Story 3”
Lori Forte – “Epic,” “Ice Age Continental Drift”
Oorlagh George – “The Shore”
Jonathan Gibbs – “Turbo,” “The Croods”
Steven Goldberg – “Frozen,” “Tangled”
Judith Gruber-Stitzer – “Wild Life,” “When the Day Breaks”
Jorge R. Gutierrez – “The Book of Life,” “Carmelo”
Jane Hartwell – “The Croods,” “Madagascar”
Georgina Hayns – “The Boxtrolls,” “ParaNorman”
Janet Healy – “Minions,” “Despicable Me 2”
Tang K. Heng – “Kung Fu Panda 2,” “Kung Fu Panda”
Jon W.S. Huertas – “The Box,” “Lone”
Raman Hui – “Monster Hunt,” “Shrek the Third”
Claire Jennings – “Coraline,” “Father and Daughter”
Yong Duk Jhun – “The Croods,” “Shrek Forever After”
Sahim Omar Kalifa – “Bad Hunter,” “Baghdad Messi”
Scott Kersavage – “Zootopia,” “Wreck-It Ralph”
Basil Khalil – “Ave Maria,” “Shooter”
Michael Knapp – “Epic,” “Ice Age: Dawn of the Dinosaurs”
Robert Kondo – “The Dam Keeper,” “La Luna”
Shawn Krause – “Inside Out,” “Cars 2”
Max Lang – “Room on the Broom,” “The Gruffalo”
Nicolas Marlet – “Kung Fu Panda 3,” “How to Train Your Dragon 2”
Steve Martino – “The Peanuts Movie,” “Ice Age Continental Drift”
Dale Mayeda – “Planes: Fire & Rescue,” “Frozen”
Brian McLean – “The Boxtrolls,” “ParaNorman”
Mike Mitchell – “Alvin and the Chipmunks: Chipwrecked,” “Shrek Forever After”
Joe Moshier – “Penguins of Madagascar,” “How to Train Your Dragon 2”
James Ford Murphy – “Lava,” “Cars”
Kiel Murray – “Up,” “Cars”
Yoshiaki Nishimura – “When Marnie Was There,” “The Tale of the Princess Kaguya”
Kyle Odermatt – “Big Hero 6,” “Paperman”
Linda Campos Olszewski – “Car-Ma’,” “A Bad Hair Day”
Gabriel Osorio – “Bear Story,” “Residuos”
Sanjay Patel – “Sanjay’s Super Team,” “Tokyo Mater”
Martin Pope – “Room on the Broom,” “Chico & Rita”
Christian Potalivo – “The New Tenants,” “The Pig”
Tina Price – “Dinosaur,” “Fantasia/2000”
Peter Ramsey* – “Rise of the Guardians,” “Monsters vs Aliens”
Denise Ream – “The Good Dinosaur,” “Cars 2”
Julie Roy – “Carface,” “Kali the Little Vampire”
Damon Russell – “Curfew,” “Brink”
William Salazar – “Kung Fu Panda 3,” “Monsters vs Aliens”
Scott Santoro – “Cloudy with a Chance of Meatballs 2,” “Flushed Away”
Katherine Sarafian – “Brave,” “Lifted”
Kent Seki – “Rocky and Bullwinkle,” “Megamind”
Osnat Shurer – “One Man Band,” “Boundin’”
Mireille Soria – “Home,” “Madagascar 3: Europe’s Most Wanted”
Richard Starzak – “Shaun the Sheep Movie,” “A Matter of Loaf and Death”
Michael D. Surrey – “The Princess and the Frog,” “The Lion King”
Galyn Susman – “Ratatouille,” “Toy Story 2”
Imogen Sutton – “Prologue,” “The Thief and the Cobbler”
Dice Tsutsumi – “The Dam Keeper,” “Monsters University”
Nora Twomey – “Song of the Sea,” “The Secret of Kells”
Pablo Valle – “How to Train Your Dragon 2,” “Turbo”
Michael Venturini – “The Good Dinosaur,” “Toy Story 3”
Pierre-Olivier Vincent – “How to Train Your Dragon 2,” “How to Train Your Dragon”
Patrick Vollrath – “Everything Will Be Okay (Alles Wird Gut),” “The Jacket (Die Jacke)”
Dan Wagner – “Kung Fu Panda 3,” “Kung Fu Panda 2”
Koji Yamamura – “Muybridge’s Strings,” “Mt. Head”
Hiromasa Yonebayashi – “When Marnie Was There,” “The Secret World of Arrietty”
Raymond Zibach – “Kung Fu Panda 3,” “Sinbad: Legend of the Seven Seas”

Sound
Pud Cusack – “Free State of Jones,” “The Mask of Zorro”
Susan Dawes – “Deadpool,” “Wild”
Chris Duesterdiek – “The Revenant,” “Elysium”
Tammy Fearing – “Trainwreck,” “Bridesmaids”
Roberto Fernandez – “St. Vincent,” “Drive”
Eric Flickinger – “The Big Short,” “World War Z”
Gabriel Gutiérrez – “Automata,” “Mama”
Matthew Harrison – “Paper Towns,” “The Maze Runner”
Nina Hartstone – “The Book Thief,” “Gravity”
Michael Hertlein – “The Hateful Eight,” “American Hustle”
Paul Hsu – “Spotlight,” “Salt”
George Lara – “Chi-Raq,” “Spotlight”
Anna MacKenzie – “Spectre,” “Prometheus”
John G. Marquis – “Godzilla,” “Beautiful Creatures”
James Harley Mather – “Mission: Impossible – Rogue Nation,” “Sherlock Holmes”
Chuck Michael – “Mad Max: Fury Road,” “X-Men: Days of Future Past”
Timothy Karl Nielsen – “Racing Extinction,” “War Horse”
Eric Norris – “Unbroken,” “Man of Steel”
Ben Osmo – “Mad Max: Fury Road,” “Happy Feet Two”
Eliza Paley – “Miles Ahead,” “Carol”
Glenfield Payne – “Beasts of No Nation,” “Blue Jasmine”
Michele Perrone – “The Revenant,” “Straight Outta Compton”
Lisa Pinero – “Steve Jobs,” “Fury”
Mac Ruth – “The Martian,” “World War Z”
Christopher Scarabosio – “Star Wars: The Force Awakens,” “The Grand Budapest Hotel”
Paul P. Soucek – “Fright Night,” “Michael Clayton”
Nancy Nugent Title – “Spy,” “Dawn of the Planet of the Apes”
Richard Toenes – “Iron Man 3,” “Warrior”
Todd Toon – “The Revenant,” “The Princess and the Frog”
Bernard Weiser – “American Hustle,” “The Hurt Locker”
David White – “Mad Max: Fury Road,” “The Railway Man”
Byron Wilson – “Black Mass,” “True Grit”
Matthew R. Wood – “Star Wars: The Force Awakens,” “WALL-E”
Tamás Zányi – “Son of Saul,” “Delta”

Visual Effects
Kevin Baillie – “The Walk,” “Transformers: Age of Extinction”
Sara Bennett – “Ex Machina,” “Hercules”
Theo Bialek – “The Amazing Spider-Man 2,” “The Smurfs 2”
Richard Bluff – “The Big Short,” “Unbroken”
Steve Cremin – “Hail, Caesar!,” “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 and 2)”
Lindy Wilson De Quattro – “Pacific Rim,” “Mission: Impossible – Ghost Protocol”
Adrian de Wet – “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 and 2),” “The Hunger Games: Catching Fire”
Matt Dessero – “Jupiter Ascending,” “Divergent”
Deak Ferrand – “By the Sea,” “Lucy”
Ronald Frankel – “Gods of Egypt,” “Riddick”
John Gibson – “X-Men: Days of Future Past,” “Snow White and the Huntsman”
Martin Hill – “The Hunger Games: Mockingjay – Part 2,” “Furious Seven”
Bruce L. Holcomb – “Ant-Man,” “Avengers: Age of Ultron”
Andrew Jackson – “Mad Max: Fury Road,” “The Hobbit: The Battle of the Five Armies”
Matthew Jacobs – “Gods of Egypt,” “Deliver Us from Evil”
Anders Langlands – “The Martian,” “X-Men: Days of Future Past”
Seth Maury – “Night at the Museum: Secret of the Tomb,” “Maleficent”
Rich McBride – “The Revenant,” “Gravity”
Kelvin McIlwain – “Furious Seven,” “Snow White and the Huntsman”
Paul Norris – “Ex Machina,” “Mission: Impossible – Rogue Nation”
Dan Oliver – “Gods of Egypt,” “Mad Max: Fury Road”
Edward M. Pasquarello – “Paranormal Activity: The Ghost Dimension,” “Tomorrowland”
Betsy Paterson – “The Hunger Games,” “The Incredible Hulk”
Matthew Shumway – “The Revenant,” “Life of Pi”
Jason Smith – “The Revenant,” “Super 8”
Kevin Andrew Smith – “Hunt for the Wilderpeople,” “Krampus”
Simone Kraus Townsend – “Ant-Man,” “Avengers: Age of Ultron”
Stefano Trivelli – “Star Wars: The Force Awakens,” “Pan”
Adam Valdez – “Maleficent,” “World War Z”
David Vickery – “Mission: Impossible – Rogue Nation,” “Fast & Furious 6”
Steven Warner – “The Brothers Grimsby,” “The Martian”
Andrew Whitehurst – “Ex Machina,” “Paddington”
Andy Williams – “Mad Max: Fury Road,” “Fury”
Tom Wood – “Mad Max: Fury Road,” “The Last Witch Hunter”

Writers
Jonathan Aibel – “Kung Fu Panda” series, “Monsters vs Aliens”
Sherman Alexie – “The Business of Fancydancing,” “Smoke Signals”
Glenn Berger – “Kung Fu Panda” series, “Monsters vs Aliens”
Andrea Berloff – “Straight Outta Compton,” “World Trade Center”
Vera Blasi – “Tortilla Soup,” “Woman on Top”
Ryan Coogler* – “Creed,” “Fruitvale Station”
Destin Daniel Cretton – “Short Term 12,” “I Am Not a Hipster”
Emma Donoghue – “Room”
Tina Fey – “Mean Girls”
Efthimis Filippou – “The Lobster,” “Dogtooth”
Jennifer Flackett-Levin – “Little Manhattan,” “Wimbledon”
Ryan Fleck – “Mississippi Grind,” “Half Nelson”
Alex Garland – “Ex Machina,” “28 Days Later”
Drew Goddard – “The Martian,” “Cloverfield”
Ciro Guerra* – “Embrace of the Serpent,” “The Wind Journeys”
Mia Hansen-Løve* – “Eden,” “The Father of My Children”
Marielle Heller* – “The Diary of a Teenage Girl”
David Henry Hwang – “Possession,” “Golden Gate”
O’Shea “Ice Cube” Jackson* – “The Players Club,” “Friday”
Jia Zhangke – “Mountains May Depart,” “Still Life”
Miranda July – “The Future,” “Me and You and Everyone We Know”
Laeta Kalogridis – “Terminator Genisys,” “Shutter Island”
Naomi Kawase* – “Still the Water,” “Firefly”
Richard Kelly – “Domino,” “Donnie Darko”
Takeshi Kitano – “Outrage,” “Kikujiro”
Hirokazu Koreeda – “Like Father, Like Son,” “Nobody Knows”
Yorgos Lanthimos – “The Lobster,” “Dogtooth”
Lee Chang-dong – “Poetry,” “Oasis”
Sebastián Lelio – “Gloria,” “Navidad”
Mark Levin – “Journey to the Center of the Earth,” “Nim’s Island”
Tobias Lindholm* – “A War,” “The Hunt”
Adam McKay* – “The Big Short,” “The Other Guys”
Rebecca Miller* – “Maggie’s Plan,” “The Ballad of Jack and Rose”
Abi Morgan – “Suffragette,” “The Iron Lady”
Cristian Mungiu* – “Beyond the Hills,” “Occident”
Phyllis Nagy – “Carol”
László Nemes* – “Son of Saul”
Park Chan-wook* – “Thirst,” “Oldboy”
Charles Randolph – “The Big Short,” “The Life of David Gale”
Carlos Reygadas – “Silent Light,” “Battle in Heaven”
Clara Royer – “Son of Saul”
Misan Sagay – “Belle,” “The Secret Laughter of Women”
Lorene Scafaria – “The Meddler,” “Nick & Norah’s Infinite Playlist”
Josh Singer – “Spotlight,” “The Fifth Estate”
Keenan Ivory Wayans* – “White Chicks,” “A Low Down Dirty Shame”
Alice Winocour – “Mustang,” “Home”

Members-at-Large
Tina Anderson
M. James Arnett
Dana Belcastro
Schawn Belston
Katherine Beyda
Lynwen Brennan
Camille Cellucci
Annie Chang
Yolanda T. Cochran
Gary Combs
Jenny Fulle
Theodore E. Gluck
Hal H. Haenel
Ramzi Haidamus
Eunice Huthart
Jeff Imada
Stephanie A. Ito
Mike Knobloch
Ravi D. Mehta
Sunny Park
Manny Perry
Ana Maria Quintana
Nancy St. John
Philip Steuer
Keith Woulard
Susan Zwerman

Associates
Adriana Alberghetti
Michelle Bohan
David Bugliari
John Campisi
Esther Chang
Maha Dakhil
David DeCamillo
Jerome Duboz
Helen du Toit
Jeff Gorin
Julie Huntsinger
Tracey R. Jacobs
Adam J. Kanter
Craig Kestel
Franklin Leonard
Betsy A. McLane
Cameron Mitchell
Andrea Nelson Meigs
Emanuel Nunez
Joanelle Romero
Rena Ronson
Lara Sackett
Carin Sage
Phillip Sun
Joanne Roberts Wiles
Warren Zavala

81 filmes concorrem por 5 vagas de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Oscar 2016

O diretor Pawel Pawlikowski posa com seu Oscar de Filme em Língua Estrangeira este ano por Ida (photo by thehindubissinessline.com)

O diretor Pawel Pawlikowski posa com seu Oscar de Filme em Língua Estrangeira este ano por Ida (photo by thehindubissinessline.com)

COM INSCRIÇÕES TERMINADAS, COMEÇAM AS ESPECULAÇÕES

Apesar de não ter havido quebra de recordes, 81 filmes foram selecionados para a disputa pelo Oscar de Filme de Língua Estrangeira, dois a menos do que o ano anterior com 83. A novidade deste ano atende pelo nosso vizinho Paraguai, que inscreveu um longa-metragem pela primeira vez ao prêmio. Embora as chances de vitória não sejam lá das maiores, é bacana ver mais um país latino concorrendo com uma obra que representa sua cultura, e também vale lembrar que a própria Academia tem se demonstrado mais aberta às produções de países sem muito histórico cinematográfico. Nesse ano, por exemplo, a Mauritânia e a Estônia receberam suas primeiras indicações por Timbuktu e Tangerinas, respectivamente. Então por que não sonhar com uma vaga?

E O BRASIL?

O Brasil corre atrás de sua 5ª indicação na categoria, algo que não acontece desde o longínquo ano de 1999, quando Central do Brasil perdeu para o italiano A Vida é Bela. O MinC selecionou a ‘dramédia’ Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, que ganhou o título internacional de The Second Mother, em referência ao personagem central de Regina Casé, que vive uma empregada doméstica que cuida do filho dos patrões como se fosse seu.

Cena de Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, presentante do Brasil este ano (photo by cine.gr)

Cena de Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, presentante do Brasil este ano (photo by cine.gr)

O filme funciona bem como crítica social e um retrato das classes brasileiras, assim como comédia graças à atuação de Casé. Ganhou prêmios importantes em festivais como o de Sundance e Berlim, o que sempre ajuda na campanha e também na conquista do próprio público brasileiro que costuma olhar com mais atenção as produções premiadas, mas ainda está bem longe da própria campanha vitoriosa de Central do Brasil. A seleção de Que Horas Ela Volta? me agrada por representar bem o que acontece no país, o que não deixa de ser uma decisão corajosa, mas em termos de chances reais, acredito que o Brasil terá de esperar mais um ano ainda por uma nova indicação.

FAVORITOS ATÉ O MOMENTO

Em se tratando de Oscar de Filme em Língua Estrangeira, digamos que é uma caixinha de surpresas. Às vezes acontece de haver um franco-favorito como o iraniano A Separação ou o austríaco Amor, mas na maioria das vezes a Academia gosta de surpreender, infelizmente pra pior. São raríssimos os casos em que me surpreendi positivamente como quando o argentino O Segredo dos Seus Olhos e do alemão A Vida dos Outros levaram o prêmio batendo os favoritos.

Nessa altura do campeonato ainda é difícil prever os reais favoritos. Muitas vezes a gente se baseia em participações e premiações em grandes festivais como Cannes e Veneza, mas nada é 100% garantido. Ano passado, muitos apostaram no turco Winter Sleep como dono de uma das indicações por ter levado a Palma de Ouro, mas acabou nem passando pras semi-finais. Mas, se existe algum tipo de certeza, o chamado ‘Oscar lock’, este seria o representante húngaro O Filho de Saul, de László Nemes. Além de ter levado o Grande Prêmio do Júri em Cannes, tem o elemento-chave para quase todo filme vencedor desta categoria: 2ª Guerra Mundial e Judeus.

Cena de O Filho de Saul, ainda sem previsão de estréia no Brasil (photo by cine.gr)

Cena de O Filho de Saul, ainda sem previsão de estréia no Brasil (photo by cine.gr)

A trama do filme se passa em 1944, no campo de concentração de Auschwitz, onde o prisioneiro Saul tem a ingrata tarefa de queimar os corpos de seus colegas até encontrar o corpo daquele que acredita ser seu filho. O filme tem toda a receita pronta para ganhar a estatueta. Podem me cobrar em fevereiro: O Filho de Saul vai ganhar o Oscar.

Além do húngaro, existem alguns filmes que estão sendo bem comentados pela crítica internacional e devem figurar pelo menos na lista dos semi-finalistas, graças ao comitê executivo criado pelo produtor Mark Johnson. Explico. Depois que o super bem criticado filme romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, de Cristian Mungiu, ficou de fora da categoria de Filme em Língua Estrangeira de 2008, a Academia criou com a ajuda de Johnson um comitê responsável por selecionar três títulos na lista dos nove semi-finalistas para que não dependam exclusivamente dos votos dos velhinhos judeus que assistem às sessões dos filmes estrangeiros. Foi graças aos esforços desse comitê que filmes mais ousados foram indicados como o grego Dente Canino em 2010. Acredito que se esse comitê tivesse existido desde o início dos anos 2000, filmes muito bons porém violentos teriam sido indicados como o brasileiro Cidade de Deus e o sul-coreano Oldboy.

Enfim, águas passadas. Agora o comitê tem a chance de promover mais três filmes relevantes no cenário internacional. Eles têm o chileno O Clube, que tem um tema polêmico de padres católicos que se isolam numa casa após cometerem abuso sexual com menores. O filme é dirigido por Pablo Larraín, anteriormente indicado por No; Tem o sueco Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência, que ganhou o Leão de Ouro de 2014 e tem o nome do diretor veterano Roy Andersson pra ajudar; E de Taiwan, The Assassin concorre como filme mais belo visualmente e a Academia tem uma chance de ouro para premiar um dos melhores diretores asiáticos da atualidade: Hou Hsiao-Hsien, que levou o prêmio de Direção em Cannes este ano. Caso o filme asiático não passe, existe uma boa possibilidade de concorrer nas categorias de Figurino e Direção de Arte.

Bela cena de The Assassin, de Hou Hsiao-Hsien (photo by cine.gr)

Bela cena de The Assassin, de Hou Hsiao-Hsien (photo by cine.gr)

Cena de Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência, de Roy Andersson. (photo by cine.gr)

Cena de Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência, de Roy Andersson. (photo by cine.gr)

Cena de O Clube, de (photo by cine.gr)

Cena de O Clube, de Pablo Larraín (photo by cine.gr)

Outro representante bem comentado foi o português As Mil e uma Noites: Vol. 2, o Desolado, de Miguel Gomes. Trata-se da segunda parte da trilogia baseada na obra anônima de contos, pelo qual o diretor busca fazer críticas à política econômica atual de seu país. Ao contrário do que acontece com todos os filmes divididos em volumes, esta trilogia toda foi lançada no mesmo ano, totalizando mais de 6 horas de filme. A escolha pelo segundo volume foi uma aposta dos organizadores em Portugal, muito provavelmente para instigar ainda mais os votantes a conferir os demais filmes da trilogia.

Cena de As Mil e uma Noites,: Vol. 2, O Desolado, de Miguel Gomes (photo by outnow.ch)

Cena de As Mil e uma Noites,: Vol. 2, O Desolado, de Miguel Gomes (photo by outnow.ch)

Vale também citar aqui o filme romeno Aferim!, de Radu Jude, que levou o Urso de Prata de Melhor Diretor no último Festival de Berlim. Filmado em preto-e-branco, esse western moderno romeno se passa no século XIX, e apresenta uma trama de captura de um escravo cigano que teve um caso com a esposa de seu dono. Seria uma forma de crítica ao escravismo de que persiste na Romênia atual. Apresenta uma bela fotografia PB e pode surpreender.

Cena de Aferim!, de Radu Jude, que levou o Urso de Prata de Diretor (photo by outnow.ch)

Cena de Aferim!, de Radu Jude (photo by outnow.ch)

MINHA TORCIDA

Como muitos sabem, gosto de defender material diferente no Oscar, especialmente quando o candidato possui características diferentes, criativas, bizarras. Apesar de não ter visto ainda, o representante da Áustria deste ano parece ter todos esses elementos citados. Goodnight Mommy é sobre dois meninos gêmeos que se mudam para uma nova casa com sua mãe depois que ela passa por uma cirurgia plástica facial. Coberto por ataduras no rosto, a mãe se torna irreconhecível pelos filhos.

Cena do terror psicológico Goodnight Mommy, de Severin Fiala e Veronika Franz (photo by outnow,ch)

Cena do terror psicológico Goodnight Mommy, de Severin Fiala e Veronika Franz (photo by outnow,ch)

Existe uma bizarrice que lembra o do grego Dente Canino, mas é nitidamente um filme de terror psicológico, daqueles excelentes que Roman Polanski costumava fazer nos anos 60 e 70. Caso o filme austríaco seja reconhecido por prêmios da crítica americana, existe uma boa chance de ser defendido pelo comitê, caso contrário, não deve passar de uma ótima e corajosa tentativa.

Confira o trailer:

Segue a lista com os 81 filmes inscritos oficialmente para a 88ª edição do Academy Awards:

• AFEGANISTÃO: Utopia
Dir: Hassan Nazer

• ÁFRICA DO SUL: The Two of Us
Dir: Ernest Nkosi

• ALBÂNIA: Bota
Dir: Iris Elezi & Thomas Logoreci

• ALEMANHA: Labirinto de Mentiras (Im Labyrinth des Schweigens)
Dir: Giulio Ricciarelli

• ARGÉLIA: Twilight of Shadows
Dir: Mohamed Lakhdar Hamina

• ARGENTINA: The Clan (El Clan)
Dir: Pablo Trapero

• AUSTRÁLIA: Arrows of the Thunder Dragon
Dir: Greg Sneddon

• ÁUSTRIA: Goodnight Mommy
Dir: Veronika Franz & Severin Fiala

• BANGLADESH: Jalal’s Story
Dir: Abu Shahed Emon

• BÉLGICA: The Brand New Testament
Dir: Jaco Van Dormael

• BÓSNIA HERZEGOVINA: Our Everyday Story
Dir: Ines Tanović

• BRASIL: Que Horas Ela Volta? (The Second Mother)
Dir: Anna Muylaert

• BULGÁRIA: The Judgment
Dir: Stephan Komandarev

• CAMBOJA: The Last Reel
Dir: Sotho Kulikar

• CANADÁ: Félix and Meira
Dir: Maxime Giroux

• CAZAQUISTÃO: Stranger
Dir: Yermek Tursunov

• CHILE: O Clube (El Club)
Dir: Pablo Larraín

• CHINA: Go Away Mr. Tumor
Dir: Han Yan

• COLÔMBIA: O Abraço da Serpente (El Abrazo de la Serpiente)
Dir: Ciro Guerra

• CORÉIA DO SUL: The Throne
Dir: Lee Joon-ik

• COSTA DO MARFIM: Run
Dir: Philippe Lacôte

• COSTA RICA: Imprisoned
Dir: Esteban Ramírez

• CROÁCIA: The High Sun
Dir: Dalibor Matanić

• DINAMARCA: Guerra (Krigen)
Dir: Tobias Lindholm

• ESLOVÁQUIA: Goat
Dir: Ivan Ostrochovský

• ESLOVÊNIA: The Tree
Dir: Sonja Prosenc

• ESPANHA: Flowers
Dir: Jon Garaño & Jose Mari Goenaga

• ESTÔNIA: 1944
Dir: Elmo Nüganen

• ETIÓPIA: Cordeiro (Lamb)
Dir: Yared Zeleke

• FILIPINAS: Heneral Luna
Dir: Jerrold Tarog

• FINLÂNDIA: The Fencer
Dir: Klaus Härö

• FRANÇA: Mustang
Dir: Deniz Gamze Ergüven

• GEORGIA: Moira
Dir: Levan Tutberidze

• GRÉCIA: Xenia
Dir: Panos H. Koutras

• GUATEMALA: Ixcanul
Dir: Jayro Bustamante

• HOLANDA: The Paradise Suite
Dir: Joost van Ginkel

• HONG KONG: To the Fore
Dir: Dante Lam

• HUNGRIA: O Filho de Saul (Saul Fia)
Dir: László Nemes

• ÍNDIA: Court
Dir: Chaitanya Tamhane

• IRÃ: Muhammad: The Messenger of God
Dir: Majid Majidi

• IRAQUE: Memories on Stone
Dir: Shawkat Amin Korki

• IRLANDA: Viva
Dir: Paddy Breathnach

• ISLÂNDIA: A Ovelha Negra (Hrútar)
Dir: Grímur Hákonarson

• ISRAEL: Baba Joon
Dir: Yuval Delshad

• ITÁLIA: Don’t Be Bad
Dir: Claudio Caligari

• JAPÃO: 100 Yen Love
Dir: Masaharu Take

• JORDÂNIA: Theeb
Dir: Naji Abu Nowar

• KOSOVO: Pai (Babai)
Dir: Visar Morina

• LETÔNIA: Modris
Dir: Juris Kursietis

• LÍBANO: Void
Dir: Naji Bechara, Jad Beyrouthy, Zeina Makki, Tarek Korkomaz, Christelle Ighniades, Maria Abdel Karim & Salim Haber

• LITUÂNIA: The Summer of Sangaile
Dir: Alanté Kavaïté

• LUXEMBURGO: Baby (A)lone
Dir: Donato Rotunno

• MACEDÔNIA: Honey Night
Dir: Ivo Trajkov

• MALÁSIA: Men Who Save the World
Dir: Liew Seng Tat

• MARROCOS: Aida
Dir: Driss Mrini

• MÉXICO: 600 Miles
Dir: Gabriel Ripstein

• MONTENEGRO: You Carry Me
Dir: Ivona Juka

• NEPAL: Talakjung vs Tulke
Dir: Basnet Nischal

• NORUEGA: The Wave
Dir: Roar Uthaug

• PAQUISTÃO: Moor
Dir: Jami

• PALESTINA: The Wanted 18
Dir: Amer Shomali & Paul Cowan

• PARAGUAI: Cloudy Times
Dir: Arami Ullón

• PERU: NN
Dir: Héctor Gálvez

• POLÔNIA: 11 Minutes
Dir: Jerzy Skolimowski

• PORTUGAL: As Mil e Uma Noites – Volume 2, O Desolado (Arabian Nights – Volume 2, The Desolate One)
Dir: Miguel Gomes

• QUIRGUISTÃO: Heavenly Nomadic
Dir: Mirlan Abdykalykov

• REINO UNIDO: Under Milk Wood
Dir: Kevin Allen

• REPÚBLICANA DOMINICANA: Sand Dollars
Dir: Laura Amelia Guzmán & Israel Cárdenas

• REPÚBLICA TCHECA: Home Care
Dir: Slavek Horak

• ROMÊNIA: Aferim!
Dir: Radu Jude

• RÚSSIA: Sunstroke
Dir: Nikita Mikhalkov

• SÉRVIA: Enclave
Dir: Goran Radovanović

• SINGAPURA: 7 Letters
Dir: Royston Tan, Kelvin Tong, Eric Khoo, Jack Neo, Tan Pin Pin, Boo Junfeng & K. Rajagopal

• SUÉCIA: Um Pombo Pousou num Galho Refletindo Sobre a Existência (En duva satt på en gren och funderade på tillvaron)
Dir: Roy Andersson

• SUÍÇA: Iraqi Odyssey
Dir: Samir

• TAILÂNDIA: How to Win at Checkers (Every Time)
Dir: Josh Kim

• TAIWAN: The Assassin
Dir: Hou Hsiao-hsien

• TURQUIA: Sivas
Dir: Kaan Müjdeci

• URUGUAI: A Moonless Night
Dir: Germán Tejeira

• VENEZUELA: Lo que Lleva el Río (Gone with the River)
Dir: Mario Crespo

• VIETNÃ: Jackpot
Dir: Dustin Nguyen

As indicações serão anunciadas no dia 14 de janeiro de 2016. A 88ª cerimônia do Oscar acontece em 28 de fevereiro.

‘Que Horas Ela Volta?’ representará o Brasil no Oscar 2016

Pôster de Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert (photo by quadroporquadro.com.br)

Pôster de Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert (photo by quadroporquadro.com.br)

BRASIL SELECIONA FILME EM ALTA INTERNACIONALMENTE

Na última quinta-feira, dia 10, o MinC anunciou o filme que representará o país na corrida pelo Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A nova produção, escrita e dirigida por Anna Muylaert, Que Horas Ela Volta?, ou The Second Mother, como é conhecido internacionalmente, já era apontada por muitos como a grande favorita entre os oito que competiam.

Os demais sete filmes competidores foram:

  • A História da Eternidade, de Camila Cavalcante
  • Alguém Qualquer, de Tristan Aronovich
  • Campo de Jogo, de Eryc Rocha
  • Casa Grande, de Felipe Barbosa
  • Entrando numa Roubada, de André Miraes
  • A Estrada 47, de Vicente Ferraz
  • Estranhos, de Paulo Alcântara

Quando vi o cartaz de A Estrada 47 e descobri que se trata de um filme sobre a Segunda Guerra Mundial com soldados brasileiros, na hora pensei: “Taí o representante brasileiro no Oscar do ano que vem!”, afinal a Academia adora duas coisas nessa categoria: Guerra e Judeus. Portanto, pra mim foi uma surpresa a seleção deste drama com humor. Até o momento em que pude conferir no cinema.

Em Que Horas Ela Volta?, acompanhamos a vida da emprega doméstica Val, que cuida do filho dos patrões como se fosse seu, mas precisa lidar com a filha que não vê há mais de 10 anos, quando ela sai de Pernambuco pra morar com ela em São Paulo.

À esquerda, Camila Márdila contracena com Regina Casé. Elas interpretam filha e mãe, respectivamente. (photo by outnow.ch)

À esquerda, Camila Márdila contracena com Regina Casé. Elas interpretam filha e mãe, respectivamente. (photo by outnow.ch)

Talvez alguns cinéfilos me crucifiquem aqui, mas a trama me lembrou um pouco a do néo-clássico Teorema (1968), de Pier Paolo Pasolini, no qual vemos um estranho (Terence Stamp) entrar na casa e na vida de todos os membros de uma família da burguesia italiana, bagunçando toda a estrutura familiar pra sempre. Claro que, em menor escala, o filme de Muylaert tem sua crítica social, abordando os limites da classe mais baixa e o papel do nordestino na maior cidade do país, quase como os de imigrantes de países subdesenvolvidos em países de primeiro mundo.

No filme nacional, um dos grandes diferenciais atende pelo nome de Regina Casé. Sim, aquela apresentadora da Rede Globo do programa dominical “Esquenta!”. Ela surpreende com tamanho carisma e bom humor, que fica impossível de não se identificar e torcer por sua personagem diante das adversidades. A partir da segunda metade do filme, ela divide as atenções com Camila Márdila, que interpreta sua filha, e sua atuação fica ainda mais consistente por justamente elevar a questão de sua ausência na criação da filha.

Pelas atuações, as duas receberam um prêmio especial no último Festival de Berlim, de onde também saiu com o prêmio do público. A diretora comemorou bastante a seleção de seu trabalho, uma vez que deve aumentar a renda nas bilheterias, que até o momento foi de apenas 66 mil espectadores no Brasil. “Existe um público que está sabendo, mais elitizado. Mas acredito que a natureza dele é popular. Não temos verba para publicidade em ônibus, outdoor. [A escolha] pode fazer com que o filme chegue mais longe. Isso, para mim, é a grande notícia de hoje.”, declarou Muylaert em entrevista à Folha de S. Paulo.

Na coletiva de imprensa do filme Que Horas Ela Volta? no Festival de Berlim, da esquerda para a direita: o produtor Fabiano Gullane, a atriz Camila Márdila e a diretora Anna Muylaert (photo by berlinale.de)

Na coletiva de imprensa do filme Que Horas Ela Volta? no Festival de Berlim, da esquerda para a direita: o produtor Fabiano Gullane, a atriz Camila Márdila e a diretora Anna Muylaert (photo by berlinale.de)

Quanto às chances reais do filme no Oscar, ela comentou: “Ele está quente na imprensa internacional. Na americana, incluisve. As críticas são incrivelmente positivas.”. Além de Berlim, Que Horas Ela Volta? conquistou o prêmio especial do júri no Festival de Sundance, e as críticas vêm do site Rotten Tomatoes, com o número altíssimo de 96% de aprovação, e do site Indiewire. Quando vi o filme no cinema, tive a boa sensação que costumo ter quando assisto a um bom filme argentino e isso é ótimo, pois o cinema dos hermanos privilegia um bom roteiro, boas atuações e reflete a situação político-social do país. E a Argentina já levou duas estatuetas do Oscar.

Claro que se tivesse um filme de guerra com judeus seria o ideal (não, eu não concordo com esse sistema, mas é assim que funciona pra ganhar), mas considero uma decisão coerente da comissão do MinC ao selecionar um filme que proporcione uma identificação com o povo ali representado.  Poderiam ter ido na cola das maiores bilheterias e selecionado outra produção mais popular, mas optaram por algo que passasse alguma mensagem sobre a atual situação do país. Pode não resultar em prêmio, nem mesmo em indicação, mas mostra um amadurecimento da cinema como Arte.

Por enquanto, a concorrência pelo Oscar está apenas esquentando. Nosso vizinho Chile escolheu O Clube, de Pablo Larraín, que foi indicado por No. Taiwan escolheu The Assassin, de Hou Hsiao-Hsien, que levou o prêmio de direção em Cannes. A Suécia vai com o vencedor do Leão de Ouro de 2014, o drama Um Pombo Pousou Num Galho Refletindo Sobre a Existência, de Roy Andersson. E até o momento, o concorrente mais forte vem da Hungria, com Son of Saul (Saul Fia), de László Nemes. Além de ter conquistado o Grande Prêmio do Júri em Cannes, tem como cenário um campo de concentração, e aí já viu, né? Os velhinhos votantes da Academia vão chorar horrores lembrando de seus antepassados e dar seus votos. Claro que o filme pode ser maravilhoso, mas é um artifício que todo cineasta do planeta já conhece pra ganhar esse Oscar.

Cena do representante húngaro Son of Saul (Saul fia), de László Nemes (photo by cine.gr)

Cena do representante húngaro Son of Saul (Saul fia), de László Nemes (photo by cine.gr)

Nos últimos anos, o Brasil selecionou filmes razoáveis e bons como Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, O Som ao Redor, O Palhaço e Tropa de Elite 2: Agora o Inimigo é Outro. Na minha humilde opinião, Tropa de Elite 2, de José Padilha, merecia facilmente estar entre os finalistas, mas sequer passou pra segunda fase do processo de seleção. Sabem qual foi o último a conseguir essa proeza? O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, de 2006. Apesar de ser um filme bom, ele tinha uma carta na manga: um dos personagens centrais era judeu.

Enfim, além dessa cartilha para ganhar o Oscar de Filme em Língua Estrangeira que posto todo ano aqui, o filme de Anna Muylaert está seguindo uma estratégia que já funcionou: lançar o filme primeiro em festivais internacionais, conseguir voltar ao país com alguma consagração e obter apoio nacional mais facilmente. Foi assim com Central do Brasil, de Walter Salles, que, aliás, foi a última produção brasileira indicada ao Oscar nessa categoria no longínquo ano de 1999.

Haverá uma pré-seleção, que reduz todos os representantes numa lista de nove filmes, e em seguida, a lista dos cinco indicados será divulgada no dia 14 de janeiro.

Apesar de alta de filmes latinos, Brasil não disputa o Leão de Ouro no Festival de Veneza 2015

Pôster do 72º Festival de Veneza com Nastassja Kinski e Jean-Pierre Léaud.

Pôster do 72º Festival de Veneza com Nastassja Kinski e Jean-Pierre Léaud.

FESTIVAL CONTA COM SELEÇÃO QUE MISTURA NOMES CONSAGRADOS COM NOMES EM ASCENSÃO

Nesse último dia 29 de julho, o Festival de Veneza anunciou sua seleção oficial para esta edição de nº 72. A homenageada deste ano é a atriz alemã Nastassja Kinski, cujo retrato estampa o pôster do evento. Ao fundo, o jovem personagem Antoine Doinel dos filmes de François Truffaut indica a homenagem ao ator Jean-Pierre Léaud.

Para avaliar e premiar as produções selecionadas, o júri será presidido pelo diretor mexicano Alfonso Cuarón, que foi o primeiro latino a ganhar o Oscar de Direção por Gravidade em 2014. Ele contará com a colaboração de outros diretores como o turco Nuri Bilge Ceylan (que ganhou a Palma de Ouro com Winter Sleep), o polonês Pawel Pawlikowski (que ganhou o Oscar de Filme em Língua Estrangeira com Ida), a britânica Lynne Ramsay, o chinês Hou Hsiao-Hsien (que já levou o Leão de Ouro em 1989 por A Cidade do Desencanto) e o italiano Francesco Munzi. Além dos diretores, as atrizes Elizabeth Banks e Diane Kruger e o roteirista Emmanuel Carrère participarão do júri.

O presidente do júri Alfonso Cuarón (photo by cineuropa.org)

O presidente do júri Alfonso Cuarón (photo by cineuropa.org)

Embora não se confirme, com Cuarón na presidência, os concorrentes latino-americanos acabam ganhando algum status de favoritos. Pior para o Brasil que não teve nenhum representante na seleção oficial, aliás, fato que não ocorre há tempos. Felizmente, para não passar em branco na cerimônia, o país conta com dois longas na mostra paralela Orizzonti (Horizontes): Boi Neon, de Gabriel Mascaro; e Mate-me Por Favor, da estreante carioca Anita Rocha da Silveira. Além dos longas, o curta-metragem paranaense de Aly Muritiba e Marja Calafange, Tarântula, também integrará a mostra.

Cena do longa brasileiro Mate-Me Por Favor, de Anita Rocha da Silveira (photo by reicine.com.ar)

Cena do longa brasileiro Mate-Me Por Favor, de Anita Rocha da Silveira (photo by reicine.com.ar)

Já os latino-americanos marcam presença com um total de nove produções, tendo duas concorrendo ao prêmio máximo: Desde Allá, de Lorenzo Vigas (México – Venezuela), e El Clan, do argentino Pablo Trapero. O primeiro foca na busca de um homem de 50 anos por jovens para passar uma noite, enquanto o segundo se baseia em fatos verídicos sobre uma família que tinha uma loja e um bar para praticar sequestros, extorsões e até assassinatos na época da ditadura militar na Argentina.

Cena de Desde Allá, de Lorenzo Vigas (photo by filmaffinity.com)

Cena de Desde Allá, de Lorenzo Vigas (photo by filmaffinity.com)

O diretor do festival, Alberto Barbera confirmou o bom momento do cinema latino-americano: “O que há de mais fresco e inovador no cinema hoje em dia vem da América Latina. Finalmente, além da quantidade, há qualidade. São filmes que surpreendem.”

Cena do filme argentino El Clan, de Pablo Trapero  (photo by cine.gr)

Cena do filme argentino El Clan, de Pablo Trapero (photo by cine.gr)

Na corrida pelo Leão de Ouro, outros nomes já figuram como fortes candidatos. O italiano Marco Bellochio (Sangue del Mio Sangue) é considerado um dos cineastas mais influentes dessa geração e deve estar na lista de premiados. O canadense Atom Egoyan (Remember), o norte-americano Cary Fukunaga, que ficou conhecido pela série de TV True Detective (Beasts of No Nation), o israelense Amos Gitai (Rabin, the Last Day), o italiano Luca Guadagnino (A Bigger Splash), o russo Aleksandr Sokurov, que levou o prêmio por Fausto em 2011 (Francofonia), e os hollywoodianos Charlie Kaufman, que traz a animação de comédia e fantasia Anomalisa, e o britânico Tom Hooper, que dirigiu The Danish Girl, sobre um dos primeiros homens que passaram por cirurgia de troca de sexo.

Além de The Danish Girl, outro grande favorito ao Oscar 2016, Aliança do Crime (Black Mass), de Scott Cooper, será exibido em Veneza, mas fora de competição. Ambos os filmes apresentam dois fortíssimos candidatos ao Oscar de Melhor Ator: Pelo primeiro, Eddie Redmayne em outro papel transformador, e pelo segundo, Johnny Depp, caracterizado como o criminoso Bill Bulger com sua aparência calva e grisalha.

Eddie Redmayne caracterizado como a Danish Girl (photo by cine.gr)

Eddie Redmayne caracterizado como The Danish Girl (photo by cine.gr)

Johnny Depp como Bill Bulger em Aliança do Crime (photo by independent.co.uk)

Johnny Depp como Bill Bulger em Aliança do Crime (photo by independent.co.uk)

O 72º Festival de Veneza acontece entre os dias 02 e 12 de setembro.

INDICADOS AO LEÃO DE OURO:

FRENZY (Abluka), de Emin Alper

HEART OF A DOG, de Laurie Anderson

SANGUE DEL MIO SANGUE, de Marco Bellocchio

LOOKING FOR GRACE, de Sue Brooks

EQUALS, de Drake Doremus

REMEMBER, de Atom Egoyan

BEASTS OF NO NATION, de Cary Fukunaga

PER AMOR VOSTRO, Giuseppe M. Gaudino

MARGUERITE, de Xavier Giannoli

RABIN, THE LAST DAY, de Amos Gitai

A BIGGER SPLASH, de Luca Guadagnino

THE ENDLESS RIVER, Oliver Hermanus

THE DANISH GIRL, de Tom Hooper

ANOMALISA, de Charlie Kaufman e Duke Johnson

L’ATTESA, Piero Messina

11 MINUTES (11 Minuts), de Jerzy Skolimowski

FRANCOFONIA, de Aleksandr Sokurov

EL CLAN, Pablo Trapero

DESDE ALLÁ, Lorenzo Vigas

L’HERMINE, de Christian Vincent

BEHEMOTH, Zhao Liang

Idris Elba em cena de Beasts of No Nation, de Cary Fukunaga (photo by cine.gr)

Idris Elba em cena de Beasts of No Nation, de Cary Fukunaga (photo by cine.gr)

MOSTRA HORIZONTES (ORIZZONTI)

Madame Courage, de Merzak Allouache
A Copy of My Mind, de Joko Anwar
Pecore in erba, de Alberto Caviglia
Tempete, de Samuel Collardey
The Childhood of a Leader, de Brady Corbet
Italian Gangster, de Renato De Maria
Wednesday, May 9, de Vahid Jalilvand
Mountain, de Yaelle Kayam
A War, de Tobias Lindholm
Interrogation, de Vetri Maaran
Free in Deed, de Jake Mahaffy
Boi Neon, de Gabriel Mascaro
Man Down, de Dito Montiel
Why Hast Thou Forsaken Me?, de Hadar Morag
Un monstruo de mil cabezas, de Rodrigo Pla
Mate-me Por Favor, de Anita Rocha Da Silveira
Taj Mahal, de Nicolas Saada
Interruption, de Yorgos Zois

FORA DE COMPETIÇÃO

Everest, de Baltasar Kormákur (FILME DE ABERTURA)
Go With Me
, de Daniel Alfredson

Non Essere Cattivo, de Claudio Caligari
Aliança do Crime (Black Mass), de Scott Cooper
Spotlight, de Thomas McCarthy
La Calle de la Amargura, de Arturo Ripstein
The Audition, de Martin Scorsese
Winter on Fire, de Evgeny Afineevsky
De Palma, de Noah Baumbach e Jake Paltrow
Janis, de Amy Berg
Sobytie, de Sergei Loznitsa
Gli Uomini di Questa Citta Io Non li Consoco, de Franceo Maresco
L’Esercito Piu Piccolo Del Mondo, de Gianfranco Pannone
Na Ri Xiawu, de Tsai Ming-liang
In Jackson Heights, de Frederick Wiseman
Human, de Yann Arthus-Bertrand 
La Vie et Rien D’Autre, de Bertrand Tavernier

Thriller francês ‘Dheepan’, de Jacques Audiard, leva a Palma de Ouro 2015

Jacques Audiard (centro) recebe a Palma de Ouro ao lado dos atores do filme Dheepan: Jesuthasan Antonythsan e Kalieaswari Srinivasan. Ao fundo, o presidente do júri, Ethan Coen (photo by theguardian.com)

Jacques Audiard (centro) recebe a Palma de Ouro ao lado dos atores do filme Dheepan: Jesuthasan Antonythsan e Kalieaswari Srinivasan. Ao fundo, o presidente do júri, Ethan Coen (photo by theguardian.com)

IMPRENSA ESTRANGEIRA QUESTIONA FORTE PRESENÇA FRANCESA E SAI INSATISFEITA COM PREMIAÇÃO

Após concorrer por três vezes à Palma de Ouro em Cannes (em 1996 com Um Herói Muito Discreto, em 2009 com O Profeta, e em 2012 com Ferrugem e Osso), o autor francês Jacques Audiard finalmente levou o prêmio máximo do festival de cinema. Bastante humorado, o cineasta disparou em seu discurso de agradecimento: “Obrigado, Michael Haneke, por não ter feito nenhum filme este ano” – ele perdeu a Palma para Haneke na últimas duas oportunidades. Considerado por muitos críticos e cinéfilos como um dos grandes cineastas franceses da atualidade, sua consagração não soa mal, porém a premiação não agradou à maioria dos jornalistas e críticos presente.

Para muitos, além do prestígio do diretor, o tema da imigração na Europa, uma questão muito atual e polêmica, colaborou bastante na escolha do longa como o melhor do evento. Dheepan apresenta elementos do seu trabalho anterior O Profeta, como as gangues violentas e a busca pela desestruturação do poder, mas desta vez seu protagonista é um membro do grupo separatista Tamil Tigers do Sri Lanka. Planejando pedir asilo político na França, ele leva consigo duas estranhas (uma mulher e uma garota de 9 anos) com documentos falsos na tentativa de facilitar sua entrada no país. Lá, ele consegue um emprego e um lar, mas acaba se envolvendo com traficantes do condomínio onde mora, reabrindo suas feridas de guerra.

Claudine Vinasithamby e Jesuthasan Antonythasan em cena de Dheepan, de Jacques Audiard (Photo by outnow.ch)

Claudine Vinasithamby e Jesuthasan Antonythasan em cena de Dheepan, de Jacques Audiard (Photo by outnow.ch)

Honestamente, a sinopse não é novidade nenhuma. Aliás, ela lembra a sinopse de Rambo – Programado Para Matar (1982) e outros filmes dos anos 80 por sua vertente das feridas de guerra. Mas Audiard filma de um modo mais europeu, valorizando mais essa questão da imigração e dissecando os dilemas morais que envolvem o personagem e a situação.

Questionados sobre a escolha de Deephan, os presidentes do júri, os irmãos Coen, não gostaram e replicaram cada um a seu modo. Enquanto Ethan Coen foi mais complacente soltando a sentença: “Todos nós ficamos entusiasmados com detalhes de vários filmes, mas esse foi uma escolha unânime.”, Joel Coen preferiu ser mais enfático sobre a liberdade de escolha: “É um prêmio, de certa forma, estético. O júri não é formado por críticos de cinema, mas por um grupo de artistas.” – o que não deixa de ser verdade.

Joel Coen e Ethan Coen na cerimônia de premiação em Cannes: escolha unânime. Será? (photo by abcnews.go.com)

Joel Coen e Ethan Coen na cerimônia de premiação em Cannes: escolha unânime. Será? (photo by abcnews.go.com)

O mais importante em premiações é saber separar o profissional do pessoal. Por exemplo, em 2010, selecionaram Quentin Tarantino para ser presidente do júri do Festival de Veneza, e ele foi lá e premiou sua ex-namorada Sofia Coppola por Um Lugar Qualquer. Mérito ou presente? Em 2009, nomearam a atriz Isabelle Huppert pra ser presidente do júri, e ela concede a Palma de Ouro para Michael Haneke por A Fita Branca. Pode até ser por méritos próprios, mas fica aquela sensação de que ela teria presenteado seu colaborador de tantos filmes como A Professora de Piano (2001), que curiosamente lhe rendeu o prêmio de interpretação feminina em Cannes. Essas situações podem e devem ser evitadas pelos

Mas enfim, muitos queriam o filme húngaro Son of Saul (Saul Fia), de László Nemes, levasse o prêmio máximo do festival, mas acabou levando o Grande Prêmio do Júri, uma espécie de segundo lugar. Considerado um filme forte sobre o Holocausto, a produção foca na vida do prisioneiro húngaro Saul, que tem a tarefa de queimar os corpos dos demais prisioneiros no campo de concentração, inclusive o de seu filho. Se selecionado pela Hungria para representar o país no Oscar, Son of Saul tem grandes chances de vencer o prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira de 2016. Além de apresentar essa temática de campos de concentração que os membros mais idosos da Academia adoram, o filme será distribuído pela forte Sony Pictures Classics.

Géza Rohrig é Saul, o prisioneiro húngaro do campo de concentração de Son of Saul, de László Nemes (photo by outnow.ch)

Géza Röhrig é Saul, o prisioneiro húngaro do campo de concentração de Son of Saul, de László Nemes (photo by outnow.ch)

Contudo, a imprensa estrangeira no geral não estava criticando apenas a escolha de Dheepan, mas a forte presença de conterrâneos. Das 19 produções indicadas à Palma de Ouro, 5 são francesas e mais 4 são co-produções da França. Além disso, dos sete prêmios da competição oficial, três foram para a França: a Palma para Dheepan, Melhor Ator para Vincent Lindon por The Measure of a Man, e Melhor Atriz para Emmanuelle Bercot por Mon Roi.

Vencedor do prêmio de interpretação masculina, o ator francês Vincent Lindon posa com o prêmio por The Measure of a Man (photo by news.yahoo.com)

Vencedor do prêmio de interpretação masculina, o ator francês Vincent Lindon posa com o prêmio por The Measure of a Man (photo by news.yahoo.com)

Aliás, o prêmio de interpretação feminina por si já foi uma polêmica à parte, pois além de terem selecionado a francesa Bercot por um filme bastante criticado, o prêmio foi dividido com a americana Rooney Mara pelo drama lésbico Carol, de Todd Haynes, que aceitou o prêmio em sua ausência. A crítica dava como certa a consagração de Cate Blanchett (que contracena com Rooney Mara em Carol) e consequentemente sua indicação ao Oscar 2016, mas não foi bem isso que aconteceu.

Emmanuelle Bercot posa ao lado dos dois prêmios de interpretação feminina. Rooney Mara não esteve presente. Bercot ganha por Mon Roi (photo by news.yahoo.com)

Emmanuelle Bercot posa ao lado dos dois prêmios de interpretação feminina. Rooney Mara não esteve presente. Bercot ganha por Mon Roi (photo by news.yahoo.com)

Recompensado por seu visual deslumbrante em The Assassin, um filme com artes marciais, o cineasta chinês Hou Hsiao-Hsien levou o prêmio de Direção. Esta foi sua sétima indicação à Palma de Ouro, e seu segundo prêmio em Cannes. Em 1993, ele havia ganhado o Prêmio do Júri por Mestre das Marionetes. Membro do júri, o diretor mexicano Guillermo Del Toro, também muito elogiado por seus recursos visuais, elogiou o trabalho de Hsiao-Hsien: “Por falar numa linguagem, uma claridade e uma poesia que era excessivamente forte.”

O consagrado diretor Hou Hsiao Hsien recebe o prêmio de direção por The Assassin (photo by china.org.cn)

O consagrado diretor Hou Hsiao Hsien recebe o prêmio de direção por The Assassin (photo by china.org.cn)

Já o Prêmio do Júri, que seria o terceiro lugar, ficou com o primeiro filme em língua inglesa do diretor grego Yorgos Lanthimos, conhecido pelo bizarro Dente Canino (2009). The Lobster certamente apresenta a trama mais estranha de todos os concorrentes: Num futuro fictício, as pessoas solteiras são obrigadas a encontrar seus pares em até 45 dias, caso contrário se transformam em animais e são soltos nas florestas. Essa sinopse já seria um prato cheio para o gosto bizarro dos irmãos Coen, mas segundo as críticas, o filme perde sua força depois da metade.

O diretor grego Yorgos Lanthimos recebe o Prêmio do Júri por The Lobster (photo by lemonde.fr)

O diretor grego Yorgos Lanthimos recebe o Prêmio do Júri por The Lobster (photo by lemonde.fr)

Outro cineasta estrangeiro que fez sua estréia na língua inglesa foi o mexicano Michel Franco. Com duas produções boas e polêmicas na bagagem (Daniel & Ana, e Depois de Lúcia), o diretor aborda o tema dos doentes terminais ao focar no trabalho de um enfermeiro, interpretado por Tim Roth, que lhe entregou o prêmio de Roteiro. Em seu discurso, Franco revelou que o filme nasceu em Cannes, depois que seu filme Depois de Lúcia venceu o prêmio Un Certain Regard em 2012, concedido pelo então presidente Tim Roth. A conversa fluiu e se tornou um projeto.

O cineasta mexicano Michel Franco recebe o prêmio de roteiro por Chronic das mãos do ator Tim Roth (photo by cinema.uol.com.br)

O cineasta mexicano Michel Franco recebe o prêmio de roteiro por Chronic das mãos do ator Tim Roth (photo by cinema.uol.com.br)

Já os grandes perdedores do festival foram os italianos Paolo Sorrentino, Nanni Moretti e Matteo Garrone. Youth, My Mother e Tale of Tales, respectivamente, não levaram nenhum dos prêmios principais. Havia uma expectativa de que Michael Caine pudesse levar o prêmio de interpretação masculina por Youth, o que acabou não acontecendo, mas com tantas críticas positivas sobre sua performance, por que não pensar no Oscar 2016? A última indicação de Caine foi em 2003 por O Americano Tranquilo. Faz tempo…

VENCEDORES DE CANNES 2015:

COMPETIÇÃO

PALMA DE OURO: Dheepan, de Jacques Audiard

Grande Prêmio do Júri: Son of Saul, de Laszlo Nemes

Diretor: Hou Hsiao-hsien (The Assassin)

Ator: Vincent Lindon (The Measure of a Man)

Atriz (EMPATE): Emmanuelle Bercot (Mon roi), e Rooney Mara (Carol)

Prêmio do Júri: The Lobster, de Yorgos Lanthimos

Roteiro: Chronic, de Michel Franco

OUTROS PRÊMIOS

Palma Honorária: Agnes Varda

Camera d’Or: Land and Shade, de Cesar Augusto Acevedo

Palma de Ouro de Curta-Metragem: Waves ’98, de Ely Dagher

Ecumenical Jury Prize: My Mother, de Nanni Moretti

UN CERTAIN REGARD

Un Certain Regard: Rams, de Grimur Hakonarson

Jury prize: The High Sun, de Dalibor Matanic

Diretor: Kiyoshi Kurosawa (Journey to the Shore)

Un Certain Talent Prize: Corneliu Porumboiu (The Treasure)

Special Prize para Talentos Promissores (empate): Nahid, de Ida Panahandeh E Masaan, de Neeraj Ghaywan

DIRECTORS’ FORTNIGHT

Art Cinema Award: The Embrace of the Serpent, de Ciro Guerra

Society of Dramatic Authors and Composers Prize: My Golden Days, de Arnaud Desplechin

Europa Cinemas Label: Mustang, de Deniz Gamze Erguven

CRITICS’ WEEK

Grand Prize: Paulina, de Santiago Mitre

Visionary Prize: Land and Shade

Society of Dramatic Authors and Composers Prize: Land and Shade

FIPRESCI

Competition: Son of Saul, de László Nemes

Un Certain Regard: Masaan

Critics’ Week: Paulina

Indicados à Palma de Ouro de Cannes 2015

Pôster oficial do 68º Festival de Cannes, estrelado por Ingrid Bergman

Pôster oficial do 68º Festival de Cannes, estrelado por Ingrid Bergman

COM IRMÃOS COEN PRESIDENTES DO JÚRI, CANNES APRESENTA NOMES CONSAGRADOS COM POUCAS APOSTAS

Na última quinta-feira, dia 16, o diretor Thierry Frémaux anunciou a seleção oficial de filmes, dando início ao 68º Festival de Cannes, que tem início no dia 13 de maio e vai até o dia 24. Como tem sido tradição nos últimos anos, o pôster do evento foi preenchido por uma estrela de cinema internacional, e este ano, devido ao seu centenário, a escolhida foi a bela e talentosa Ingrid Bergman. Como sua filha Isabella Rossellini (que será presidente da seleção Un Certain Regard) destacou, ela atuou em produções européias modestas como Stromboli (1950) até produções oscarizadas de estúdios hollywoodianos como Casablanca (1943) e Anastácia, a Princesa Esquecida (1956), pelo qual ganhou seu segundo Oscar de Melhor Atriz.

Com esse start clássico, o festival se mostra promissor também pela escolha de seu presidente do júri, ou melhor, dos presidentes: Joel Coen e Ethan Coen. Os irmãos já levaram a Palma de Ouro em 1991 com Barton Fink – Delírios de Hollywood, mais três prêmios de Direção pelo mesmo Barton FinkFargo (1996) e O Homem que Não Estava Lá (2001), além do Grande Prêmio do Júri conquistado ano passado com Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum. Vale lembrar que os irmãos também já levaram o Oscar de Roteiro Original por Fargo, e a trinca de Oscars (Filme, Direção e Roteiro Adaptado) por Onde os Fracos Não Têm Vez em 2008, sendo responsáveis pelos Oscars de atuação de Frances McDormand e Javier Bardem.

Joel Coen e Ethan Coen formam a primeira dupla de presidentes da História de Cannes (photo by Alison Cohen Rosa/ Universal Pictures)

Joel Coen e Ethan Coen formam a primeira dupla de presidentes da História de Cannes (photo by Alison Cohen Rosa/ Universal Pictures)

AUTORES EM ALTA PREENCHEM AS VAGAS, MAS NÃO HÁ LATINO-AMERICANOS

A dupla americana terá prato cheio este ano para eleger os melhores. Dentre os selecionados renomados estão Gus Van Sant (vencedor da Palma de Ouro com Elefante em 2003), o canadense Denis Villeneuve (Os Suspeitos), Todd Haynes (indicado à Palma com Velvet Goldmine em 1998), o italiano Nanni Moretti (vencedor da Palma de Ouro com O Quarto do Filho em 2001), Paolo Sorrentino (vencedor do Oscar de Filme em Língua Estrangeira por A Grande Beleza, esta é sua sexta indicação sem vitória) e o também italiano Matteo Garrone, que já levou o Grande Prêmio do Júri em duas oportunidades com Gomorra (2008) e Reality – A Grande Ilusão (2012).

Matthew McConaughey e Ken Watanabe formam uma dupla nessa história de suicídio em The Sea of Trees, de Gus Van Sant (photo by filmserver.cz)

Matthew McConaughey e Ken Watanabe formam uma dupla nessa história de suicídio em The Sea of Trees, de Gus Van Sant (photo by filmserver.cz)

Neste mundo globalizado, vale destacar também a estréia de dois diretores em produções de língua inglesa. O grego Yorgos Lanthimos, que ficou conhecido pelo estranho Dente Canino (que chegou a concorrer ao Oscar de Filme em Língua Estrangeira em 2010), conta uma história futurista em que todos os solteiros são obrigados a encontrar um par em 45 dias, caso contrário, serão soltos nas florestas como animais. Para ajudar a contar essa ficção científica, The Lobster, ele terá a colaboração de um elenco hollywoodiano formado por Colin Farrell, Rachel Weisz, John C. Reilly, Ben Wishaw e Léa Seydoux. Em termos de elenco, o norueguês Joachim Trier não fica muito atrás. No drama Louder than Bombs, ele contará com Isabelle Huppert, Gabriel Byrne, David Strathairn, Amy Ryan e Jesse Eisenberg.

Da esquerda para a direita: John C. Reilly, Ben Wishaw e Colin Farrell em The Lobster (photo by indiewire.com)

Da esquerda para a direita: John C. Reilly, Ben Wishaw e Colin Farrell em The Lobster (photo by indiewire.com)

Os asiáticos também estão bem representados com o chinês Jia Zhangke, que levou o prêmio de roteiro por Um Toque de Pecado em 2013; o japonês Hirokazu Koreeda retorna com o prêmio do Júri por Pais e Filhos (2013) no currículo; e indicado seis vezes à Palma de Ouro, o taiwanês Hou Hsiao-Hsien, que conquistou o prêmio do Júri em 1993 por Mestre das Marionetes, volta depois de um hiato de 8 anos para tentar sua primeira grande vitória.

Infelizmente, não há representantes latino-americanos na seleção. Normalmente, existe uma produção argentina ou chilena concorrendo, mas essa ausência total acende um alerta para a produção cinematográfica latina e a fragilidade dos incentivos culturais de seus governos, porque alguém aí está devendo. A própria produção brasileira está sumida de Cannes, pois as últimas participações brasileiras foram com o diretor Walter Salles e seu Na Estrada, uma co-produção com a França, em 2012; e com Fernando Meirelles e seu Ensaio Sobre a Cegueira, uma co-produção com Canadá e Japão, em 2008. O último filme brasileiro de fato indicado à Palma de Ouro foi Linha de Passe (2008), de Walter Salles, que levou o prêmio de interpretação feminina para Sandra Corveloni. Se o Cinema brasileiro não estivesse tão “padrão Globo” com comédias bobas que nada têm a dizer, poderia haver mais projeção internacional.

ATORES CANDIDATOS AOS PRÊMIOS DE INTERPRETAÇÃO

Se entre os diretores, a competição já está acirrada, o mesmo pode se dizer dos atores que estão concorrendo aos prêmios de interpretação. Uma das atrizes mais prolixas da atualidade que nunca venceu em Cannes é a australiana Cate Blanchett. Ela larga na frente por sua performance no drama Carol, um romance lésbico ao lado da atriz Rooney Mara que se passa na década de 50 em Nova York. Dependendo do júri, se for do seu agrado, o prêmio pode ser dividido entre as duas, já que não existem regras rígidas como no Oscar.

Cate Blanchett em Carol, de Todd Haynes. (photo by Weinstein Co. through variety.com)

Cate Blanchett em Carol, de Todd Haynes. (photo by Weinstein Co. through variety.com)

Pela adaptação de Shakespeare, Macbeth, pode vir outra forte candidata feminina: a francesa Marion Cotillard. Ela já havia batido na trave duas vezes com Ferrugem e Osso em 2012, e com Dois Dias, Uma Noite em 2014, mas nunca levou o prêmio também. Pelo mesmo MacBeth, o alemão Michael Fassbender deve figurar entre os favoritos entre as performances masculinas, assim como a dupla Matthew McConaughey e Ken Watanabe por The Sea of Trees, de Gus Van Sant. Por Youth, de Paolo Sorrentino,  nomes de peso também chamam atenção: Michael Caine, Harvey Keitel e Jane Fonda. Já pelo filme de Garrone, The Tale of Tales, Salma Hayek e Vincent Cassel são as grandes estrelas. Enfim, será um prato cheio também para os papparazzis do tapete vermelho da Croisette.

Marion Cottilard e Michael Fassbender formam o casal MacBeth no filme homônimo. (photo by vaiety.com)

Marion Cotillard e Michael Fassbender formam o casal Macbeth no filme homônimo. (photo by vaiety.com)

VITRINE FORA DA COMPETIÇÃO

Houve o tempo em que os filmes que não concorriam à Palma de Ouro eram considerados fracos. Hoje, além da forte criatividade da seleção Un Certain Regard (Um Certo Olhar), que visa justamente trazer novo fôlego à linguagem do cinema, existem produções que simplesmente reforçam a importância do Festival de Cannes só por sua participação.

Assim, o novo filme de Woody Allen, a “dramédia” romântica Irrational Man, estrelado por Joaquin Phoenix e Emma Stone, está programado para ser exibido fora da competição. Como Cannes é também uma excelente vitrine de vendas, estão previstas as estréias da refilmagem de George Miller, Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road), estrelado por Tom Hardy e Charlize Theron; a mais nova animação da Pixar, Divertida Mente (Inside Out), com as vozes de Diane Lane, Amy Poehler e Bill Hader; e a mais nova adaptação do clássico infantil de Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe, uma animação que conta com as vozes de Rachel McAdams, Jeff Bridges, Benicio Del Toro, James Franco e Marion Cotillard.

Tom Hardy, no papel que revelou Mel Gibson, em Mad Max: Estrada da Fúria (photo by outnow.ch)

Tom Hardy, no papel que revelou Mel Gibson, em Mad Max: Estrada da Fúria (photo by outnow.ch)

Tem se tornado tradição também Cannes abrir espaço para filmes de estréia de atores conhecidos. Ano passado, Ryan Gosling teve seu filme como diretor-estreante, Rio Perdido, exibido na Mostra Camera D’Or. Este ano, a estrela da vez é a israelense Natalie Portman, vencedora do Oscar por Cisne Negro. Ela dirigiu A Tale of Love and Darkness, adaptação de um livro autobiográfico de seu conterrâneo Amos Oz. sobre as décadas de 40 e 50 que ele viveu em Jerusalém. A atriz interpreta a mãe do protagonista.

Natalie Portman em seu primeiro filme como diretora em A Tale of Love and Darkness (photo by celebmafia.com)

Natalie Portman em seu primeiro filme como diretora em A Tale of Love and Darkness (photo by celebmafia.com)

INDICADOS À PALMA DE OURO 2015:

• Standing Tall – FILME DE ABERTURA
Dir: Emmanuelle Bercot

Palma de Ouro

Palma de Ouro

• The Assassin (Nie yin niang)
Dir: Hou Hsiao-Hsien

• Carol (Carol)
Dir: Todd Haynes

• Erran (Deephan)
Dir: Jacques Audiard

• The Lobster
Dir: Yorgos Lanthimos

• Louder Than Bombs
Dir: Joachim Trier

• Macbeth
Dir: Justin Kurzel

• Marguerite and Julien (Marguerite et Julien)
Dir: Valérie Donzelli

• Mon roi
Dir: Maïwenn

• Mountains May Depart (Shan He Gu Ren)
Dir: Jia Zhangke

• My Mother (Mia Madre)
Dir: Nanni Moretti

• Our Little Sister (Umimachi Diary)
Dir: Hirokazu Koreeda

• The Sea of Trees
Dir: Gus Van Sant

• Sicario
Dir: Denis Villeneuve

• A Simple Man (La loi du marché)
Dir: Stéphane Brizé

• Son of Saul (Saul Fia)
Dir: Laszlo Nemes

• The Tale of Tales (Il racconto dei racconti)
Dir: Matteo Garrone

• Youth (La Giovinezza)
Dir: Paolo Sorrentino

Cena de The Assassin, de Hsiao-Hsien Hou (photo by cine.gr)

Cena de The Assassin, de Hou Hsiao-Hsien (photo by cine.gr)

SELEÇÃO UN CERTAIN REGARD 2015:

Seleção Un Certain Regard

Seleção Un Certain Regard

♦ The Chosen Ones
Dir: David Pablos

♦ Fly Away Solo
Dir: Neeraj Ghaywan

♦ The Fourth Direction
Dir: Gurvinder Singh

♦ The High Sun
Dir: Dalibor Matanic

♦ I Am a Soldier
Dir: Laurent Lariviere

♦ Journey to the Shore (Kishibe no Tabi)
Dir: Kiyoshi Kurosawa

♦ Madonna
Dir: Shin Su-won

♦ Maryland
Dir: Alice Winocour

♦ Nahid
Dir: Ida Panahandeh

♦ One Floor Below
Dir: Radu Muntean

♦ The Other Side
Dir: Roberto Minervini

♦ Rams
Dir: Grimur Hakonarson

♦ The Shameless
Dir: Oh Seung-euk

♦ The Treasure
Dir: Corneliu Porumboiu

Cena de Journey to the Shore, de Kyoshi Kurosawa (phot by cine.gr)

Cena de Journey to the Shore, de Kyoshi Kurosawa (phot by cine.gr)

MIDNIGHT SCREENINGS

♠ Amy
Dir: Asif Kapadia

♠ Office
Dir: Hong Won-chan

Cena do documentário sobre a cantora Amy Winehouse, morta em 2011. (photo by cine.gr)

Cena do documentário sobre a cantora Amy Winehouse, morta em 2011. (photo by cine.gr)

SPECIAL SCREENINGS

♣ Amnesia
Dir: Barbet Schroeder

♣ Asphalte
Dir: Samuel Benchetrit

♣ Hayored lema’ala
Dir: Elad Keidan

♣ Oka
Dir: Souleymane Cisse

♣ Panama
Dir: Pavle Vuckovic

♣ A Tale of Love and Darkness
Dir: Natalie Portman

FORA DE COMPETIÇÃO

– Irrational Man
Dir: Woody Allen

– O Pequeno Príncipe (The Little Prince)
Dir: Mark Osborne

– Divertida Mente (Inside Out)
Dir: Pete Docter

– Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road)
Dir: George Miller

Cena da nova animação da Pixar, Divertida Mente, de Pete Docter (photo by cine.gr)

Cena da nova animação da Pixar, Divertida Mente, de Pete Docter (photo by cine.gr)

Indicados à Palma de Ouro de Cannes 2014

Marcello Mastroianni em pôster oficial do Festival de Cannes (photo by http://www.filmindustrynetwork.biz/cannes-film-festival-gives-homage-italian-actor/23599)

Marcello Mastroianni em pôster oficial do Festival de Cannes (photo by http://www.filmindustrynetwork.biz/cannes-film-festival-gives-homage-italian-actor/23599)

FESTIVAL CONSEGUE BOM EQUILÍBRIO ENTRE LENDAS COMO JEAN-LUC GODARD E JOVENS CINEASTAS COMO ALICE ROHRWACHER

Com o anúncio dos filmes indicados à Palma de Ouro, o 67º Festival de Cannes oficialmente começa sua corrida. Como feito no ano passado, quando os atores Paul Newman e Joanne Woodward estamparam o pôster do evento, este ano outra lenda do cinema empresta sua imagem: o ator italiano Marcello Mastroianni. Vencedor do prêmio de interpretação masculina duas vezes por Ciúme à Italiana (1970) e Olhos Negros (1987), ele ficou mundialmente conhecido por sua parceria com o diretor Federico Fellini em produções como A Doce Vida e 8½.

Jane Campion (photo by festival-cannes.fr)

Jane Campion (photo by festival-cannes.fr)

Para presidir o júri, os organizadores do festival chamaram a cineasta neozelandesa Jane Campion, a única mulher a conquistar a Palma de Ouro com O Piano em 1993. Ela também conseguiu a proeza de ganhar a Palma de Ouro de Melhor Curta com An Exercise in Discipline – Peel em 1986. Entre outros filmes, Campion dirigiu Retratos de uma Mulher (1996), Fogo Sagrado! (1999), O Brilho de uma Paixão (2009) e recentemente dirigiu episódios da minissérie Top of the Lake.

Quanto à seleção oficial, o destaque fica para a presença da trinca de cinestas canadenses: David Cronenberg, Atom Egoyan e Xavier Dolan. Nenhum deles ganhou o prêmio máximo de Cannes, então esta pode ser uma oportunidade única. Mais conhecido por suas bizarrices dos anos 80 e 90 como A Mosca, ExistenZ e Crash – Estranhos Prazeres, Cronenberg vem buscando um amadurecimento de seu trabalho desde Marcas da Violência (2005), quando ele passou a priorizar uma economia de linguagem ou o famoso “menos é mais”. Particularmente, considero seus filmes indispensáveis, seja das décadas anteriores como os mais recentes, porque ele está sempre em busca de algo inovador, independente do resultado final. Espero que seu novo trabalho, Maps to the Stars, seja bem recebido em Cannes e que ele consiga um lugar na premiação.

À direita, David Cronenberg dirige Olivia Williams no set de Map to the Stars. Ao lado dele, o ator John Cusack. (photo by outnow.ch)

À direita, David Cronenberg dirige Olivia Williams no set de Maps to the Stars. Ao lado dele, o ator John Cusack. (photo by outnow.ch)

Seu conterrâneo, Atom Egoyan, já bateu na trave quando seu O Doce Amanhã faturou o Grande Prêmio do Júri em 1997. Ele já concorreu vezes à Palma, e esta é sua sexta chance com The Captive, um drama sobre seqüestro estrelado por Ryan Reynolds, Rosario Dawson e Bruce Greenwood. Curiosamente, Egoyan vai na cola de outro diretor canadense Denis Villeneuve, que dirigiu uma história de seqüestro em Os Suspeitos. E, aos 25 anos de idade, Xavier Dolan volta à Cannes pela quarta vez, mas a primeira em que concorre à Palma com seu drama de relacionamento Mommy.

Em se tratando de Cannes, obviamente os cineastas consagrados têm as melhores chances. Este ano, temos a ilustre presença de um dos maiores diretores de todos os tempos: Jean-Luc Godard. Ao contrário da onda comercial, Godard explora a linguagem do 3D em seu novo Goodbye to Language. Acredito que o diretor francês deverá ir além da profundidade de campo do uso tridimensional como fez alguns diretores renomados como Martin Scorsese. Aos 83 anos, Godard ainda atua como um incansável experimentalista. Seu filme anterior, Filme Socialismo, combina inúmeras idiomas em inúmeras conversações, usando várias linguagens em vários locais de filmagem. Ele foi indicado seis vezes, mas nunca ganhou em Cannes.

Já os laureados previamente Ken Loach, Mike Leigh e os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne voltam a concorrer. Loach, vencedor por Ventos da Liberdade em 2006, traz uma espécie de biografia do líder comunista irlandês James Gralton em Jimmy’s Hall, enquanto Mike Leigh, vencedor por Segredos e Mentiras (1996), trata da vida do pintor J.M.W. Turner do século XIX. Ele retoma sua parceria com os atores Timothy Spall e Lesley Manville.Considerados sempre favoritos, os irmãos belgas Dardenne exploram temática trabalhista no drama Two Days, One Night, com uma ótima candidata a Melhor Atriz, Marion Cotillard. Os diretores já venceram a Palma de Ouro duas vezes: em 1999 com Rosetta, e em 2005 por A Criança.

CELEBRIDADES NA CROISETTE

Elogiado por seu equilíbrio entre cinema de autor e comercial pela presidente do júri, Jane Campion, o Festival de Cannes não poderia dispensar a presença de algumas celebridades no glamoroso tapete vermelho da Croisette. Pelo novo filme dirigido pelo ator Tommy Lee Jones, a atriz vencedora de dois Oscars, Hilary Swank, deve marcar presença por The Homesman, um western sobre a escota de três criminosas. Além dela, outros atores que participaram do filme podem visitar o festival como Meryl Streep, James Spader, John Lithgow e Miranda Otto.

Tommy Lee Jones e Hilary Swank em cena de The Homesman (photo by cine.gr)

Tommy Lee Jones e Hilary Swank em cena de The Homesman (photo by cine.gr)

Foxcatcher, novo filme de Bennett Miller, diretor de Capote e O Homem que Mudou o Jogo, também pode chamar seus atores para o tapete vermelho. Além do jovem promissor Channing Tatum, os atores Steve Carell e Mark Ruffalo devem comparecer para prestigiar o trabalho. Curiosamente, o filme estava previsto para estrear no final de 2013 a fim de concorrer às indicações ao Oscar, mas o estúdio responsável preferiu adiar o lançamento, pois considerava a competição acirrada demais. Antes dessa mudança, Ruffallo e Carell estavam bem cotados para indicações de coadjuvante no prêmio da Academia. Foxcatcher reconstrói o período em que ocorreu o assassinato do campeão olímpico Dave Schultz.

Channing Tatum e Mark Ruffallo trabalham no novo filme de Bennett Miller (photo by outnow.ch)

Channing Tatum e Mark Ruffallo trabalham no novo filme de Bennett Miller (photo by outnow.ch)

Embora não se trate de uma produção hollywoodiana, Clouds of Sils Maria, do diretor Olivier Assayas, também trará artistas famosos: vencedora do Oscar por O Paciente Inglês, a francesa Juliette Binoche, sempre figura como favorita nas premiações, e a jovem Chloë Grace Moretz, que recentemente estrelou a refilmagem de Carrie, a Estranha. Vale ressaltar que Kristen Stewart, da cinessérie Saga Crepúsculo, poderá comparecer e acabar cruzando com seu ex, o ator Robert Pattison, que está no filme de David Cronenberg.

Da esquerda pra direita: Brady Corbet, Chloe Grace Moretz e Juliette Binoche em cena de Clouds of Sil Maria (photo by cine.gr)

Da esquerda pra direita: Brady Corbet, Chloë Grace Moretz e Juliette Binoche em cena de Clouds of Sils Maria (photo by cine.gr)

Vencedor do Oscar pelo adorado O Artista, o diretor francês Michel Hazanavicius volta a dirigir e decidiu optar por uma refilmagem de Perdidos na Tormenta (The Search), de Fred Zinnemann. A trama envolve a curiosa relação entre uma trabalhadora de uma ONG e um menino de uma devastada pela guerra Chechênia. Além de sua esposa, a atriz Bérénice Bejo, o filme também traz a indicada ao Oscar 4 vezes, Annette Bening.

Ainda sobre celebridades, o filme de abertura também trará uma: Nicole Kidman, no papel da atriz e princesa Grace Kelly, em Grace: A Princesa de Mônaco, do diretor Olivier Dahan, conhecido por Piaf – Um Hino ao Amor. Assim como Foxcatcher, esta produção estava prevista para estréia em 2013, mas acabou sendo adiada. Talvez o convite de abertura do festival de Cannes tenha pesado no planejamento… Mesmo assumindo a tarefa ingrata de personificar a beleza de Grace Kelly, Kidman vinha sendo bem cotada para Melhor Atriz no Oscar. Se o filme for bem recebido, sua indicação já estaria bem encaminhada para 2015.

Nicole Kidman como Grace Kelly em Grace of Monaco (photo by elfilm.com)

Nicole Kidman como Grace Kelly em Grace: A Princesa de Mônaco (photo by elfilm.com)

AUSÊNCIAS CRITICADAS

Assim como no Oscar, é muito difícil de agradar gregos e troianos. Se incluem os Dardenne, Godard, Loach, Mike Leigh e Cronenberg, muitos cinéfilos e críticos reclamam que os organizadores tomaram uma decisão segura e deixaram de apostar em nomes mais contemporâneos. O crítico Justin Chang da Variety citou alguns trabalhos que não foram lembrados por Cannes:

Inherent Vice, de Paul Thomas Anderson; Knight of Cups, de Terrence Malick; Big Eyes, de Tim Burton; The Assassin, de Hou Hsiao Hsien; Jersey Boys, de Clint Eastwood; Magic in the Moonlight, de Woody Allen; Edge of Tomorrow, de Doug Liman; Far from the Madding Crowd, de Thomas Vinterberg; Birdman, de Alejandro González Iñárritu; e a biografia sem título sobre Lance Armstrong, de Stephen Frears.

Sem querer defender nenhum lado, acredito que se esses nomes acima estivessem competindo, os que foram indicados de fato teriam suas ausências igualmente questionadas. Teríamos que ter uma seleção oficial de uns 50 nomes para tentar atender a todos os pedidos, mas certamente haveria filmes de qualidade duvidosa. É preciso dar crédito aos profissionais que fazem a seleção dos filmes, uma vez que o Festival de Cannes tem como marca registrada a busca por um cinema de autor contemporâneo.

O único argumento que concordei com Justin Chang foi em relação à baixa presença de autoras femininas entre os indicados. Como lembrado anteriormente, Jane Campion foi a única mulher que venceu a Palma de Ouro. Talvez sua escolha como presidente do júri deste ano seja uma tentativa de amenizar essa estatística. Contudo, espero que não resolvam premiar um filme simplesmente por haver uma mulher atrás da câmera (duas diretoras competem: Naomi Kawase e Alice Rohrwacher), pois seria uma idéia estúpida, mas sim, por sua qualidade cinematográfica.

INDICADOS A PALMA DE OURO 2014:

– The Captive
Dir: Atom Egoyan

Palma de Ouro

Palma de Ouro

– Clouds of Sils Maria
Dir: Olivier Assayas

– Foxcatcher
Dir: Bennett Miller

– Goodbye to Language (Adieu au Langage)
Dir: Jean-Luc Godard

– The Homesman
Dir: Tommy Lee Jones

– Jimmy’s Hall
Dir: Ken Loach

– Leviathan
Dir: Andrei Zvyagintsev

– Le Meraviglie
Dir: Alice Rohrwacher

– Maps to the Stars
Dir: David Cronenberg

– Mommy
Dir: Xavier Dolan

– Saint Laurent
Dir: Bertrand Bonello

– The Search
Dir: Michel Hazanavicius

– Still the Water
Dir: Naomi Kawase

– Mr. Turner
Dir: Mike Leigh

– Timbuktu
Dir: Abderrahmane Sissako

– Two Days, One Night
Dir: Jean-Pierre e Luc Dardenne

– Wild Tales
Dir: Damian Szifron

– Winter Sleep
Dir: Nuri Bilge Ceylan

Da esquerda para a direita:

Da esquerda para a direita: Juliano Ribeiro Salgado, Sebastião Salgado e Wim Wenders. (photo by Thierry Poufarry in http://www.dw.de)

Ausente da competição à Palma de Ouro, o Brasil está representado pelo documentário The Salt of the Earth, sobre o fotógrafo breasileiro Sebastião Salgado. A direção é assinada pelo alemão Wim Wenders (Buena Vista Social Club) e por Juliano Ribeiro Salgado, filho do fotógrafo. Outros destaques da Un Certain Regard incluem Incompresa, o novo filme de Asia Argento, que foi elogiado pelo diretor do festival Thierry Frémaux como sendo “extremamente pessoal”, e também justificou a escolha de Party Girl como filme de abertura “porque notamos que o novo cinema francês está em estado de fervor e vitalidade, e precisamos encorajar isso”. E Bird People, de Pascale Ferran, foi considerado inovador por sua trama envolvendo elementos sobrenaturais.

Vale ressaltar a estréia na direção do ator Ryan Gosling com Lost River, um drama de fantasia que se passa em Detroit. Ele contou com as atrizes Eva Mendes, Christina Hendricks e Saoirse Ronan.

SELEÇÃO UN CERTAIN REGARD:

– Party Girl
Dir: Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis

Seleção Un Certain Regard

Seleção Un Certain Regard

– Amour fou
Dir: Jessica Hausner

– Away From His Absence
Dir: Keren Yedaya

– Bird People
Dir: Pascale Ferran

– The Blue Room
Dir: Mathieu Amalric

– Charlie’s Country
Dir: Rolf de Heer

– Eleanor Rigby
Dir: Ned Benson

– Fantasia
Dir: Wang Chao

– Force Majeure
Dir: Ruben Ostlund

– A Girl at My Door
Dir: July Jung

– Hermosa juventud
Dir: Jaime Rosales

– Incompresa
Dir: Asia Argento

– Lost River
Dir: Ryan Gosling

– Run
Dir: Philippe Lacote

– Salt of the Earth
Dir: Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado

– Snow in Paradise
Dir: Andrew Hulme

– Titli
Dir: Kanu Behl

– Untitled
Dir: Lisandro Alonso

– Xenia
Dir: Panos Koutras

SPECIAL SCREENINGS

* Bridges of Sarajevo
Dir: Aida Begic, Isild le Besco, Leonardo di Constanzo, Jean-Luc Godard, Kamen Kalev, Sergei Loznitsa, Vincenzo Marra, Ursula Meier, Vladimir Perisic, Cristi Puiu, Marc Recha, Angela Schanelec, Teresa Villaverde

* Caricaturistes: Fantassins de la democratie
Dir: Stephanie Valloatto

* Maidan
Dir: Sergei Loznitsa

* Red Army
Dir: Gabe Polsky

* Silvered Water
Dir: Mohammed Oussama e Wiam Bedirxan

MIDNIGHT SCREENINGS

* The Rover
Dir: David Michod

* The Salvation
Dir: Kristian Levring

* The Target
Dir: Yoon Hong-seung

CELEBRATION OF THE 70TH ANNIVERSARY OF LE MONDE

* Les Gens du Monde
Dir: Yves Jeuland

A edição do Festival de Cannes acontece entre os dias 14 a 25 de maio de 2014.

Cena de Le Meraviglie, de Alice Rohrwacher, uma das duas mulheres presente na seleção oficial de Cannes (photo by cine.gr)

Cena de Le Meraviglie, de Alice Rohrwacher, uma das duas mulheres presente na seleção oficial de Cannes (photo by cine.gr)

Top 10 dos diretores

Touro Indomável, de Martin Scorsese: praticamente uma unanimidade entre os diretores

Depois da repercussão da lista dos 50 melhores filmes de todos os tempos eleita pela publicação britânica Sight & Sound (postada aqui anteriormente: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/03/vertigo-quebra-hegemonia-de-cidadao-kane/), foram divulgadas algumas listas individuais por diretor, que originaram a lista final dos 50 longas.

Para quem detesta esse lance de listas de melhores e piores, bom… depois que parar de xingar o blog e o autor, gostaria que olhasse essas listas sob outra perspectiva. Por exemplo: Por quais motivos tal diretor escolheu esses 10 filmes? Que relação seus votos têm com sua filmografia? De que forma teria essa seleção influenciado em seu estilo? Se não sabe as respostas, vale a pena conferir os trabalhos eleitos de seus diretores favoritos a fim de compreendê-los melhor.

O mestre sueco Ingmar Bergman sempre serviu de inspiração para Woody Allen, tanto que seu filme Interiores (1978) é considerado seu trabalho mais bergmaniano, explorando personagens que adotam o silêncio como linguagem. Já o cineasta sul-coreano Bong Joon-Ho tem um interesse mórbido por crimes sem solução, portanto, nada mais natural que Zodíaco (2007), de David Fincher esteja em sua lista.

Apaixonado por criaturas bizarras, o mexicano Guillermo del Toro não poderia deixar de citar o clássico de Tod Browning, Os Monstros (1932), que conta com atores com deformidades de nascença. E o francês Michel Hazanavicius praticamente deve seu Oscar de melhor diretor desse ano aos filmes de Charles Chaplin, citando o belíssimo Luzes da Cidade (1931). Michael Mann pode ter se apaixonado pela violência cinematográfica ao assistir ao clássico western de Sam Peckinpah: Meu Ódio Será sua Herança (1969), cujos momentos de slow motion (câmera lenta) deve ter influenciado diretamente John Woo. E falando em western, o ex-atendente de videolocadora, Quentin Tarantino, deve muito de seu cinema ao mestre italiano Sergio Leone e seus western spaghettis. Três Homens em Conflito (1966) serviu como bíblia para Kill Bill: Volume 2 (2004) e para seu mais novo filme Django Livre (2012).

É a Arte influenciando a Arte. É uma corrente que não deve ter fim. E para isso, o Cinema não pode ficar à mercê apenas de lucro e produtores sem um pingo de coragem.

Woody Allen

Woody Allen

Nascido em dezembro de 1935 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), Manhattan (1979), Crimes e Pecados (1989), Ponto Final – Match Point (2005).

  • Ladrões de Bicicleta (1948, dir. Vittorio De Sica)
  • O Sétimo Selo (1957, dir. Ingmar Bergman)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Amarcord (1973, dir. Federico Fellini)
  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
  • Os Incompreendidos (1959, dir. François Truffaut)
  • Rashomon (1950, dir. Akira Kurosawa)
  • A Grande Ilusão (1937, dir. Jean Renoir)
  • O Discreto Charme da Burguesia (1972, dir. Luis Bunuel)
  • Glória Feita de Sangue (1957, dir. Stanley Kubrick)

Bong Joon-Ho

Bong Joon-Ho

Nascido em setembro de 1969 – Coréia do Sul

Trabalhos em destaque: Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006), Mother – A Busca Pela Verdade (2009).

  • A City of Sadness (1989, dir. Hou Hsiao-hsien)
  • Cure (1997, dir. Kiyoshi Kurosawa)
  • Hanyo, a Empregada (1960, dir. Kim Ki-young)
  • Fargo (1996, dir. the Coen Brothers)
  • Psicose (1960, dir. Alfred Hitchcock)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • A Marca da Maldade (1958, dir. Orson Welles)
  • Vengeance Is Mine (1973, dir. Shohei Imamura)
  • O Salário do Medo (1953, dir. Henri-Georges Clouzot)
  • Zodíaco (2007, dir. David Fincher)

Francis Ford Coppola

Francis Ford Coppola

Nascido em abril de 1939 – Michigan, EUA

Trabalhos em destaque: O Poderoso Chefão (1972), A Conversação (1974), O Poderoso Chefão – Parte II (1974), Apocalypse Now (1979).

  • Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
  • Os Melhores Anos de Nossas Vidas (1946, dir William Wyler)
  • Os Boas-Vidas (1953, dir. Federico Fellini)
  • Homem Mau Dorme Bem (1960, dir. Akira Kurosawa)
  • Yojimbo (1961, dir. Akira Kurosawa)
  • Cantando na Chuva (1952, dir. Stanley Donen and Gene Kelly)
  • O Rei da Comédia (1983, dir Martin Scorsese)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Se Meu Apartmento Falasse (1960s, dir. Billy Wilder)
  • Aurora (1927, dir. F.W. Murnau)

Guillermo Del Toro

Guillermo del Toro

Nascido em abril de 1964 – Jalisco, México

Trabalhos em destaque: Cronos (1993), A Espinha do Diabo (2001), Blade II – O Caçador de Vampiros (2002), Hellboy (2004), O Labirinto do Fauno (2006)

  • Frankenstein (1931, dir. James Whale)
  • Monstros (1932, dir. Todd Browning)
  • A Sombra de uma Dúvida (1943, dir. Alfred Hitchcock)
  • Greed (1925, dir. Erich Von Stroheim)
  • Tempos Modernos (1936, dir. Charlie Chaplin)
  • A Bela e a Fera (1946, dir. Jean Cocteau)
  • Os Bons Companheiros (1990, dir. Martin Scorsese)
  • Os Esquecidos (1950, dir. Luis Buñuel)
  • Nosferatu (1922, dir. F.W. Murnau)
  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)

Jean-Pierre e Luc Dardenne

Jean-Pierre e Luc Dardenne

Nascido em abril de 1951 – Prov. Liège, Bélgica

Nascido em março de 1954 – Awirs, Bélgica

Trabalhos em destaque: Rosetta (1999), A Criança (2005), O Silêncio de Lorna (2008), O Garoto de Bicicleta (2011)

  • Accatone (1961, dir. Pier Paolo Pasolini)
  • Os Corruptos (1953, dir. Fritz Lang)
  • Dodes’ka-den (1970, dir. Akira Kurosawa)
  • Alemanha Ano Zero (1948, dir. Roberto Rossellini)
  • Loulou (1980, dir. Maurice Pialat)
  • Tempos Modernos (1936, dir. Charlie Chaplin)
  • Rastros de Ódio (1956, dir. John Ford)
  • Shoah (1985, dir. Claude Lanzmann)
  • Street of Shame (1956, dir. Kenji Mizoguchi)
  • Aurora (1927, dir. F.W. Murnau)

Michel Hazavanicius

Michel Hazanavicius

Nascido em março de 1967 – Paris, França

Trabalho em destaque: O Artista (2011)

  • City Girl (1930, dir. F.W. Murnau)
  • Luzes da Cidade (1931, dir. Charlie Chaplin)
  • To Be Or Not To Be (1942, dir. Ernst Lubitsch)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Se Meu Apartmento Falasse (1960, dir. Billy Wilder)
  • O Iluminado (1980, dir. Stanley Kubrick)
  • Intriga Internacional (1959, dir. Alfred Hitchcock)
  • O Terceiro Homem (1949, dir. Carol Reed)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Branca de Neve e os Sete Anões (1937, dir. Walt Disney)

Mike Leigh

Mike Leigh

Nascido em fevereiro de 1943 – Greater Manchester, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Segredos e Mentiras (1996), Topsy-Turvy (1999), O Segredo de Vera Drake (2004), Simplesmente Feliz (2008).

  • Loucura Americana (1932, dir. Frank Capra)
  • Andrei Rublev – O Artista Maldito (1966, dir. Andrei Tarkovsky)
  • Eu Sou Cuba (1964, dir. Mikhai Kalatozov)
  • Os Emigrantes (1971, dir. Jan Troell)
  • How a Mosquito Operates (1912, dir. Winsor McCay)
  • Jules E Jim – Uma Mulher Para Dois (1962, dir. Francois Truffaut)
  • A Era do Rádio (1987, dir. Woody Allen)
  • Songs From the Second Floor (2000, dir. Roy Andersson)
  • Era uma vez em Tóquio (1953, dir. Yasujiro Ozu)

Michael Mann

Michael Mann

Nascido em fevereiro de 1943 – Chicago, EUA

Trabalhos em destaque: Caçador de Assassinos (1986), O Último dos Moicanos (1992), Fogo Contra Fogo (1995), O Informante (1999), Inimigos Públicos (2009)

  • Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • O Encouraçado Potemkin (1925, dir. Sergei Eisenstein)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • Avatar (2009, dir. James Cameron)
  • Dr. Fantástico (1964, dir. Stanley Kubrick)
  • Biutiful (2010, dir. Alejandro Gonzalez Inarritu)
  • Paixão dos Fortes (1946, dir. John Ford)
  • A Paixão de Joana D’Arc (1928, dir. Carl theodor Dreyer)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (1969, dir. Sam Peckinpah)

Steve McQueen

Steve McQueen

Nascido em outubro de 1969 – Londres, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Hunger (2008), Shame (2011)

  • A Batalha de Argel (1966, dir. Gillo Pontecorvo)
  • Zero de Conduite (1933, dir. Jean Vigo)
  • A Regra do Jogo (1939, dir. Jean Renoir)
  • Era uma Vez em Tóquio (1953, dir. Yasujiro Ozu)
  • Couch (1964, dir. Andy Warhol)
  • O Desprezo (1963, dir. Jean-Luc Godard)
  • Beau Travail (1998, dir. Claire Denis)
  • Era uma Vez na América (1984, dir. Sergio Leone)
  • O Salário do Medo (1953, dir. Henri-Georges Clouzot)
  • Faça a Coisa Certa (1989, dir. Spike Lee)

David O. Russell

David O. Russell

Nascido em agosto de 1958 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Três Reis (1999), Huckabees – A Vida é uma Comédia (2004), O Vencedor (2010)

  • A Felicidade Não se Compra (1946, dir. Frank Capra)
  • Chinatown (1974, dir. Roman Polanski)
  • Os Bons Companheiros (1990, dir. Martin Scorsese)
  • Vertigo – Um Corpo que Cai (1958, dir. Alfred Hitchcock)
  • Pulp Fiction – Tempos de Violência (1994, dir. Quentin Tarantino)
  • Touro Indomável (1980, dir. Martin Scorsese)
  • O Jovem Frankenstein (1974, dir. Mel Brooks)
  • O Discreto Charme da Burguesia (1972, dir. Luis Buñuel)
  • O Poderoso Chefão (1972, dir. Francis Ford Coppola)
  • Veludo Azul (1986, dir. David Lynch)
  • Feitiço do Tempo (1993, dir. Harold Ramis)

Martin Scorsese

Martin Scorsese

Nascido em novembro de 1942 – Nova York, EUA

Trabalhos em destaque: Taxi Driver (1976), Touro Indomável (1980), O Rei da Comédia (1983), Os Bons Companheiros (1990), Gangues de Nova York (2002), Os Infiltrados (2006)

  • 8 1/2 (1963, dir. Federico Fellini)
  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Cinzas e Diamantes (1958, dir. Andrzej Wajda)
  • Cidadão Kane (1941, dir. Orson Welles)
  • O Leopardo (1963, dir. Luchino Visconti)
  • Paisà (1946, dir. Roberto Rossellini)
  • Sapatinhos Vermelhos (1948, dir. Michael Powell and Emeric Pressburger)
  • O Rio Sagrado (1951, dir. Jean Renoir)
  • Salvatore Giuliano (1962, dir. Francesco Rosi)
  • Rastros de Ódio (1956, dir. John Ford)
  • Contos da Lua Vaga (1953, dir. Kenji Mizoguchi)
  • Vertigo – Um Corpo que Cai (1958, dir. Alfred Hitchcock)

Quentin Tarantino

Quentin Tarantino

Nascido em março de 1963 – Tennessee, EUA

Trabalhos em destaque: Cães de Aluguel (1992), Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), Jackie Brown (1997), Kill Bill (2003/2004), Bastardos Inglórios (2009).

  • Três Homens em Conflito (1966, dir. Sergio Leone)
  • Apocalypse Now (1979, dir. Francis Ford Coppola)
  • Garotos em Ponto de Bala (1976, dir. Michael Ritchie)
  • Carrie, a Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
  • Jovens, Loucos e Rebeldes (1993, dir. Richard Linklater)
  • Fugindo do Inferno (1963, dir. John Sturges)
  • Jejum de Amor (1940, dir. Howard Hawks)
  • Tubarão (1975, dir. Steven Spielberg)
  • Pretty Maids All in a Row (1971, dir. Roger Vadim)
  • Rolling Thunder (1977, dir. John Flynn)
  • Sorcerer (1977, dir. William Friedkin)
  • Taxi Driver (1976, dir. Martin Scorsese)

Edgar Wright

Edgar Wright

Nascido em abril de 1974 – Dorset, Reino Unido

Trabalhos em destaque: Todo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007), Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010)

  • 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968, dir. Stanley Kubrick)
  • Um Lobisomem Americano em Londres (1981, dir. John Landis)
  • Carrie, a Estranha (1976, dir. Brian DePalma)
  • Dames (1934, dir. Ray Enright and Busby Berkeley)
  • Inverno de Sangue em Veneza (1973, dir. Nicolas Roeg)
  • O Diabo a Quatro (1933, dir. Leo McCarey)
  • Psicose (1960, dir. Alfred Hitchcock)
  • Arizona Nunca Mais (1987, dir. the Coen Brothers)
  • Taxi Driver (1976, dir. Martin Scorsese)
  • Meu Ódio Será sua Herança (1969, dir. Sam Peckinpah)
%d blogueiros gostam disto: