‘NOMADLAND’ CONQUISTA os OSCARS de MELHOR FILME, DIREÇÃO e ATRIZ!

CERIMÔNIA MAIS CONTIDA PELA PANDEMIA FUNCIONA, MAS DISCURSOS LONGOS NÃO AJUDAM

Havia uma expectativa enorme em torna desta 93ª cerimônia do Oscar, afinal existia um sério risco do evento sequer acontecer por causa da pandemia. Apesar da vacinação nos EUA estar bem avançada, seria necessário respeitar uma série de protocolos sanitários para garantir o bem estar de todos os envolvidos. A organização do Oscar não queria uma cerimônia como as demais premiações anteriores, formada por reuniões virtuais de Zoom, por isso fizeram todo o possível para criar um ambiente seguro para os convidados. Apesar do capricho do evento, nem todos os indicados puderam comparecer, mas montaram toda uma estrutura profissional em várias localidades no mundo como Londres, Paris e Roma para que houvesse a participação de todos.

A Union Station, que também fica em Los Angeles, ofereceu um clima aconchegante para a cerimônia. Os convidados presentes pareciam bem confortáveis em seus assentos. Quando subiam ao palco, não havia sequer a pessoa encarregada de entregar o prêmio para evitar contato, então puseram a estatueta numa espécie de pódio para o vencedor retirar. Aliás, era sempre uma única estatueta no pódio, independente do número de vencedores da categoria. Particularmente, senti falta de uma orquestra que sempre torna tudo muito marcante e glorioso, mas é compreensível a presença do DJ Questlove.

Falando em música, todas as cinco canções indicadas foram pré-gravadas e exibidas antes do início da cerimônia, mais precisamente durante as entrevistas no tapete vermelho. Já que reclamam sempre do excesso de tempo, resolveram antecipar as performances musicais. Foi uma ótima ideia que permitiu a gravação de “Husavik” direto da Islândia. Contudo, esse ganho de tempo não se converteu bem nos discursos de agradecimento que foram quase todos muito longos. Como não havia a tradicional orquestra para cortar os discursos, os vencedores abraçavam o microfone e não queriam largar mais! Aliás, de uma forma geral, os discursos foram muito politicamente corretos, protocolares e até meio robóticos, passando longe daqueles discursos super animados que extravasam a alegria do momento.

Fiquei na maior expectativa do discurso da Frances McDormand porque o último dela em 2018 foi fenomenal, mas ela foi bem mais contida, muito provavelmente porque já havia discursado poucos minutos antes com a vitória de Melhor Filme. Então, o melhor da noite foi da Yuh-Jung Youn, que venceu Atriz Coadjuvante por Minari. Conhecida por ser bem sincera, ela passou a autenticidade que a cerimônia precisava. Apesar de longo, dá pra incluir o lado emotivo do discurso de THOMAS VINTERBERG ao mencionar a morte prematura de sua filha num atropelamento causado por um motorista usando celular ao volante. E o melhor momento da noite foi quando GLENN CLOSE, 74 anos, levantou-se para rebolar ao vivo ao som de um hip hop.

NÚMEROS DO OSCAR

Em termos de estúdio, a NETFLIX foi a grande vencedora da edição com 7 estatuetas: 2 para MANK, 2 para A VOZ SUPREMA DO BLUES, 1 para PROFESSOR POLVO, 1 para COLETTE e 1 para SE ALGO ACONTECER… TE AMO. Bem mais atrás ficou a WARNER, que levou 3 prêmios: 2 por JUDAS E O MESSIAS NEGRO e 1 por TENET. Empatados com 2 vitórias cada, tivemos a AMAZON (2 por O SOM DO SILÊNCIO), DISNEY (2 por SOUL) e SONY PICTURES CLASSICS (2 por MEU PAI).

Em termos de filme, NOMADLAND ficou em 1º lugar com 3 estatuetas (Filme, Direção e Atriz), seguido por 6 filmes que levaram 2 estatuetas cada: Meu Pai (Ator e Roteiro Adaptado), MANK (Fotografia e Design de Produção), JUDAS E O MESSIAS NEGRO (Ator Coadjuvante e Canção Original), A VOZ SUPREMA DO BLUES (Figurino e Maquiagem), O SOM DO SILÊNCIO (Montagem e Som), SOUL (Longa de Animação e Trilha Original), mostrando-se um Oscar melhor distribuído.

Claro que mesmo assim, houve alguns filmes que saíram de mãos vazias. O maior perdedor da noite foi OS 7 DE CHICAGO, o único entre os oito indicados a Melhor Filme que não ganhou nenhum prêmio. Vale destacar também as campanhas sem vitória de RELATOS DO MUNDO (4 indicações) e UMA NOITE EM MIAMI (3 indicações).

SURPRESAS

Talvez a maior surpresa da noite tenha sido a ordem de apresentação das categorias. A intenção dos produtores do evento era assemelhar o Oscar com a produção de um filme, então começaram com a entrega dos dois Oscars de Roteiro. Até aí, tudo ok. Inclusive, no ano de Spotlight aconteceu a mesma coisa. Mas duas trocas foram estranhas: Oscar de Direção foi o sétimo prêmio, e principalmente o Oscar de Melhor Filme sendo o antepenúltimo da noite. A intenção dos organizadores era ter um grand finale com a possível vitória de Chadwick Boseman com uma salva de palmas acompanhadas de lágrimas, mas a vitória de Anthony Hopkins frustrou esses planos, não tanto pela troca de vencedor em si, mas porque Hopkins não compareceu ao evento.

Sobre os resultados, é impossível falar de surpresas sem mencionar os dois Oscars de MEU PAI. Alguns já esperavam que levasse Roteiro Adaptado muito em função do BAFTA que conquistou há duas semanas, mas pouquíssimos não imaginaram que a Academia não homenagearia Chadwick Boseman postumamente com um Oscar. Felizmente, a qualidade da atuação de ANTHONY HOPKINS foi primordial para que o britânico levasse sua segunda estatueta de Melhor Ator. Desde que ele ganhou o BAFTA, acreditei nessa virada contra Boseman. Muitos acreditaram que ele só havia ganhado porque era britânico e o BAFTA o teria reconhecido somente por esse motivo, mas eu acreditava que todos que viram Meu Pai se convenceriam da qualidade da atuação dele. É realmente uma pena que o ator não tenha comparecido à cerimônia… Preferiu ficar resguardado em sua casa no País de Gales.

Ainda sobre atuação, a vitória de FRANCES MCDORMAND também acabou com o bolão de muita gente, que estava entre Carey Mulligan e Viola Davis. Particularmente, achei que o Oscar como produtora de Nomadland seria o suficiente para a atriz, mas sua performance cativou muitos votantes, além, claro, de toda sua figura emblemática nessa Hollywood em metamorfose após os movimentos feministas. A verdade é que McDormand é uma das melhores atrizes do momento, ganhando suas terceira estatueta de Melhor Atriz, aliás a única com essa estatística atualmente. Meryl Streep e Ingrid Bergman têm dois Oscars de Melhor Atriz e um de Coadjuvante. E ela está a apenas um Oscar da lendária Katherine Hepburn com 4 Oscars de Melhor Atriz. Num ano bastante disputado, em que não havia uma favorita, a divisão de votos beneficiou McDormand, mas poderia ter beneficiado qualquer outra, dadas as qualidades de suas atuações.

Ainda das surpresas da noite, destaco o Oscar de Canção Original para “Fight for You” de JUDAS E O MESSIAS NEGRO, já que todos estavam entre as canções de Uma Noite em Miami e Rosa e Momo. Inicialmente a canção não tinha me cativado, mas confesso que ouvindo na apresentação, a música me pegou melhor e me fez lembrar de toda a essência do filme de Shaka King. E a vitória de COLETTE como Documentário-curta não chega a ser aqueeeeeela surpresa, mas a maioria apostava em Uma Canção Para Latasha. Não sei se dá pra defender que o Oscar de Fotografia de MANK foi surpresa, porque tinha levado o prêmio do sindicato, mas é inegável que foi um reconhecimento merecido.

DESTAQUES

Como dito inúmeras vezes, CHLOÉ ZHAO se tornou a segunda diretora mulher a ganhar o Oscar de Direção por Nomadland, 11 anos após Kathryn Bigelow por Guerra ao Terror. Como citado acima, FRANCES MCDORMAND se torna a única a vencer 3 vezes o Oscar de Melhor Atriz. Ela havia vencido anteriormente por Fargo e Três Anúncios Para um Crime. MIA NEAL e JAMIKA WILSON se tornaram as primeiras negras a ganhar o Oscar de Maquiagem e Penteado por A Voz Suprema do Blues. YUH-JUNG YOUN obviamente se tornou a primeira atriz sul-coreana a vencer um Oscar por Minari.

Por Bela Vingança, EMERALD FENNELL foi a primeira roteirista feminina a levar um Oscar de Roteiro desde 2008, quando Diablo Cody levou por Juno. Aos 89 anos, a figurinista ANN ROTH se iguala ao roteirista James Ivory (por Me Chame Pelo Seu Nome) ao se tornar a pessoa mais idosa a ganhar um Oscar por A Voz Suprema do Blues.

OPINIÕES PESSOAIS

De uma forma geral, dá pra dizer que o Oscar 2021 mais acertou do que errou, partindo do princípio que não dá pra agradar a gregos e troianos. Por um lado não gostei do Oscar de Documentário para Professor Polvo (que teria dado para Crip Camp ou Collective), mas por outro, aplaudi os Oscars para Anthony Hopkins, para o Roteiro de Meu Pai e Yuh-Jung Youn. Gostaria que Meu Pai tivesse sido indicado à Direção e até levado Melhor Filme, mas ao mesmo tempo, entendo a vitória de Nomadland e ressalto que adoraria rever esse filme numa tela de cinema, porque acredito que a experiência seria infinitamente mais transcendental do que numa tela de notebook em casa.

Sobre a cerimônia, primeiramente foi uma vitória da Academia ter conseguido realizar um evento dessa proporção sem nenhum problema técnico em plena pandemia. Claro que não dá pra cobrar coisa muito melhor devido às circunstâncias, mas eu queria ter visto mais clipes dos filmes e atuações ao invés daquele monte de falatório sobre as curiosidades dos indicados, gostaria de ter visto mais humor de forma geral, seja através de uma brincadeira ou de um comediante no palco, e claro, discursos mais empolgantes e emocionantes. Parece que os vencedores estavam com receio de se soltarem e serem julgados pela mídia por “furar a quarentena”. Enfim, houve aquele momento de descontração no final com o comediante Lil Rel Howery fazendo um quizz sobre canções com convidados, culminando na rebolada de Glenn Close, mas aquele momento deveria ter ocorrido no início para quebrar o gelo e proporcionar um clima mais leve à premiação…

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 93º ACADEMY AWARDS:

FILME
NOMADLAND (Nomadland)

DIREÇÃO
* CHLOÉ ZHAO (Nomadland)

ATOR
* ANTHONY HOPKINS (Meu Pai)

ATRIZ
* FRANCES MCDORMAND (Nomadland)

ATOR COADJUVANTE
DANIEL KALUUYA (Judas e o Messias Negro)

ATRIZ COADJUVANTE
* YUH-JUNG YOUN (Minari)

ROTEIRO ORIGINAL
* BELA VINGANÇA – Emerald Fennell

ROTEIRO ADAPTADO
* MEU PAI – Christopher Hampton, Florian Zeller

FOTOGRAFIA
* MANK – Erik Messerschmidt

MONTAGEM
* O SOM DO SILÊNCIO – Mikkel E.G. Nielsen

DESENHO DE PRODUÇÃO 
* MANK – Donald Graham Burt, Jan Pascale

FIGURINO
* A VOZ SUPREMA DO BLUES – Ann Roth

MAQUIAGEM E PENTEADO
* A VOZ SUPREMA DO BLUES – Matiki Anoff, Mia Neal, Larry M. Cherry

TRILHA MUSICAL ORIGINAL
* SOUL – Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste

CANÇÃO ORIGINAL
* “Fight for You” – JUDAS E O MESSIAS NEGRO
Música por H.E.R. and Dernst Emile II; Letra por H.E.R. e Tiara Thomas

SOM
* O SOM DO SILÊNCIO – Phillip Bladh, Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés, Carolina Santana

EFEITOS VISUAIS
* TENET – Andrew Jackson, Andrew Lockley, Scott R. Fisher, Mike Chambers 

LONGA DE ANIMAÇÃO
* SOUL

DOCUMENTÁRIO
* PROFESSOR POLVO

FILME INTERNACIONAL
* DRUK – MAIS UMA RODADA – Dinamarca

CURTA-METRAGEM
* DOIS ESTRANHOS (TWO DISTANT STRANGERS)

CURTA DE ANIMAÇÃO
* SE ALGO ACONTECER… TE AMO (IF ANYTHING HAPPENS… I LOVE YOU)

DOCUMENTÁRIO-CURTA
* COLETTE

‘WOLFWALKERS’ e ‘SOUL’ LIDERAM INDICAÇÕES ao ANNIE AWARDS

INDICADA POR ‘OS IRMÃOS WILLOUGHBY’ E ‘A CAMINHO DA LUA’, NETFLIX ACUMULA 40 INDICAÇÕES

Embora os longas de animação Soul, da Pixar, e Wolfwalkers, da Cartoon Saloon, tenham sido os recordistas de indicações nesta 48ª edição do Annie Awards, com 10 indicações cada, foi a Netflix que acumulou o maior número de indicações (40 – uma a mais em relação ao ano anterior), comprovando o alto investimento da empresa numa vasta diversidade de projetos de formatos diferentes. Além dos filmes reconhecidos Os Irmãos Willoughby, A Caminho da Lua e Shaun, o Carneiro: O Filme – A Fazenda Contra-Ataca, há séries animadas como Bojack Horseman e Big Mouth, curtas de animação como o tocante Se Algo Acontecer… Te Amo, e filmes live-actions como Crônicas de Natal: Parte Dois.

Pra quem não está familiarizado com o Annie, existem duas categorias principais para longas de animação: Melhor Longa de Animação e Melhor Longa de Animação Independente. Enquanto a primeira costuma ser reservada para produções de grandes estúdios como Disney, Pixar e Dreamworks, a segunda abriga produções de orçamentos menores e produções estrangeiras, que tem o hábito de catapultar pelo menos um indicado ao Oscar da categoria. Em 2019 foi Mirai, e em 2020 foi Perdi Meu Corpo. Este ano, os independentes reconhecidos foram: Shaun, o Carneiro: O Filme – A Fazenda Contra-Ataca (Reino Unido/França/Bélgica/EUA/China/Austrália/Japão/Finlândia/Alemanha/Irlanda), Calamity Jane (França/Dinamarca), On-Gaku: Our Sound (Japão/EUA), Pegando uma Onda com Você (Japão/EUA) e o grande favorito Wolfwalkers (Irlanda/Luxemburgo/França/Dinamarca/EUA/Reino Unido).

Pela categoria principal, a Pixar/Disney compete com Soul e Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, enquanto a Dreamworks disputa com Os Croods 2: Uma Nova Era e Trolls 2, e a já citada Netflix compete com Os Irmãos Willoughby. A tendência para o Oscar é que uma dessas animações ceda seu lugar para Wolfwalkers, com maior probabilidade entre Trolls 2 e Os Irmãos Willoughby. Ou ainda ambos, abrindo espaço para uma animação de língua estrangeira, talvez Calamity Jane em francês. Havia uma expectativa em relação ao primeiro trabalho de animação 3D do Studio Ghibli, Earwig and the Witch, de Goro Miyazaki, mas pelo visto não agradou a crítica.

Entre os indicados da categoria de Atuação Vocal, destaque para Eva Whittaker por dublar Mebh em Wolfwalkers e Tom Holland por dar voz a Ian Lightfoot em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, que disputam o prêmio com Robert G. Chin (A Caminho da Lua), Vanessa Marshall (Earwig and the Witch) e Nicolas Cage por dublar novamente Grug em Os Croods 2: Uma Nova Era, que poderia ter indicado Emma Stone.

Segue a lista completa dos indicados ao Annie Awards, que acontece no dia 16 de Abril:

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA (Onward)
  • SOUL (Soul)
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA (The Croods: A New Age)
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY (The Willoughbys)
  • TROLLS 2 (Trolls World Tour)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO INDEPENDENTE

  • SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA (A Shaun the Sheep Movie: Farmageddon)
  • CALAMITY JANE
  • ON-GAKU: OUR SOUND
  • PEGANDO UMA ONDA COM VOCÊ (Ride Your Wave)
  • WOLFWALKERS

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL

  • Baba Yaga, Baobab Studios
  • Libresse / Bodyform -#WombStories, Chelsea Pictures
  • Nixie & Nimbo, Hornet
  • Shooom’s Odyssey,Picolo Pictures
  • The Snail and the Whale, Magic Light Pictures

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Filles Bleues, Peur Blanche, Miyu Productions
  • KKUM, open the portal
  • Souvenir Souvenir, Blast Production
  • The Places Where We Live (Cake), FX Productions and FX
  • World of Tomorrow Episode Three: The Absent Destinations of David Prime, Don Hertzfeldt

MELHORES PRODUÇÕES PATROCINADAS

  • Erste Group ‘Edgar’s Christmas’, Pasion Animation Studios
  • Max & Maxine, Hornet
  • The Last Mile, Nexus Studios
  • There’s a Monster in my Kitchen, Cartoon Saloon, Mother
  • Travel the Vote, Hornet

MELHOR TV/Media – PRÉ-ESCOLA

  • Buddi, Episode: Snow, Unanico Group
  • Muppet Babies, Episode: Wock-a-bye-Fozzie, Oddbot/Disney Junior
  • Stillwater, Episode: The Impossible Dream / Stuck in the Rain, Apple / Gaumont / Scholastic
  • The Adventures of Paddington, Episode: Paddington Digs a Tunnel to Peru, Blue-Zoo Animation Studio and Nickelodeon Animation Studio
  • Xavier Riddle and the Secret Museum: I am Madam President, Episode: I am Madam President, 9 Story Media Group, Brown Bag Films

MELHOR TV/Media – CRIANÇAS

  • Hilda, Episode: Chapter 9: The Deerfox, Silvergate Media for Netflix
  • Rise of the Teenage Mutant Ninja Turtles, Episode: Finale Part 4: Rise, Nickelodeon Animation Studio
  • She-Ra and the Princesses of Power, Episode: Heart Part 2, DreamWorks Animation
  • Star Wars: The Clone Wars, Episode: Shattered, Lucasfilm Animation
  • Victor And Valentino, Episode: The Lonely Haunts Club 3: La Llorona, Cartoon Network Studios

MELHOR TV/Media – PÚBLICO EM GERAL

  • Close Enough, Episode: Logan’s Run’d/Room Parents, Cartoon Network Studios
  • Genndy Tartakovsky’s Primal, Episode: Coven Of The Damned, Cartoon Network Studios
  • Harley Quinn, Episode: Something Borrowed, Something Green, Eshugadee Productions in association with Warner Bros. Animation
  • Rick and Morty, Episode: The Vat of Acid Episode, Rick and Morty LLC
  • The Midnight Gospel, Episode: Mouse of Silver, Titmouse Animation for Netflix

MELHOR FILME DE ESTUDANTE

  • 100,000 Acres of Pine, Student director: Jennifer, Alice Wright School: The Animation Workshop
  • Coffin; Student directors: Yuanqing Cai, Nathan Crabot, Houzhi Huang, Mikolaj Janiw, Mandimby Lebon, Théo Tran Ngoc; School: Gobelins, l’école de l’image
  • La Bestia; Student directors: Marlijn Van Nuenen, Ram Tamez, Alfredo Gerard Kuttikatt; School: Gobelins, l’école de l’image
  • Latitude du printemps; Student directors: Sylvain Cuvillier, Chloé Bourdic, Théophile Coursimault, Noémie Halberstam, Ma?lis, Mosny, Zijing Ye; School: Rubika
  • O Black Hole!, Student director: Renee Zhan, Student producer: Jesse Romain, School: National Film and Television School, UK

MELHORES EFEITOS para TV/Media

  • Fast & Furious: Spy Racers, Episode: Sirocco Fire Explosion, DreamWorks Animation; Chris Browne, Brand Webb, Russell Richardson, Ardy Ala, Reggie Fourmyle
  • Jurassic World: Camp Cretaceous, Episode: Welcome to Jurassic World, DreamWorks Animation; Emad Khalili, Ivan Wang
  • Lamp Life, Episode: Lamp Life, Pixar Animation Studios; Greg Gladstone, Keith Daniel Klohn, Matthew Wong
  • Tales of Arcadia: Wizards, Episode: Killahead, Part Two, DreamWorks Animation; Greg Lev, Igor Lodeiro, Brandon Tyra, Cui Wei, Ma Xiao
  • Transformers: War For Cybertron Trilogy (Siege), Episode: Episode 6, Rooster Teeth Productions for Netflix; Masanori Sakakibara

MELHORES EFEITOS para LONGA

  • A CAMINHO DA LUA; Ian Farnsworth, Brian Casper, Reinhold Rittinger, Zoran Stojanoski, Jennifer Lasrado
  • SOUL; Tolga Göktekin, Carl Kaphan, Hiroaki Narita, Enrique Vila, Kylie Wijsmuller
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA; Amaury Aubel, Domin Lee, Alex Timchenko, Andrew Wheeler, Derek Cheung
  • TROLLS 2; Zachary Glynn, Landon Gray, Youxi Woo, John Kosnik, Doug Rizeakos
  • WOLFWALKERS; Kim Kelly, Leena Lecklin, Frédéric Plumey, Almu Redondo, Nicole Storck

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM – TV/Media

  • Alien Xmas, Netflix Presents Fairview Entertainment / Sonar Entertainment / Chiodo Bros. Productions; Kim Blanchette
  • BoJack Horseman, Episode: Good Damage, Tornante Productions, LLC for Netflix; James Bowman
  • Cosmos: Possible Worlds, Episode: Vavilov Starburns Industries; Dan MacKenzie
  • Hilda, Silvergate Media for Netflix; David Laliberté
  • Lamp Life, Episode: Lamp Life, Pixar Animation Studios; Lucas Fraga Pacheco

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM – Longa

  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Shaun Chacko
  • SOUL; Michal Makarewicz
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA; Rani Naamani
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY; Andrés Bedate Martin
  • WOLFWALKERS; Emmanuel Asquier-Brassart

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM – Live Action

  • The Christmas Chronicles 2; Production Company: Netflix Presents A 26th Street Pictures / Wonder Worldwide Production; FX Production Company: Weta Digital; Nick Stein, Caroline Ting, Sebastian Trujillo, David Yabu, Paul Ramsden
  • The Mandalorian; Production Company: Lucasfilm; FX Production Company: Image Engine; Nathan Fitzgerald, Leo Ito, Chris Rogers, Eung Ho Lo, Emily Luk
  • The Umbrella Academy 2; Production Company: UCP for Netflix; FX Production Company: Weta Digital; Aidan Martin, Hunter Parks, Craig Young, Viki Yeo, Krystal Sae Eua
  • Timmy Failure: Mistakes Were Made; Production Company: Walt Disney Pictures; FX Production Company: Framestore; Anders Beer, Marianne Morency, Hennadii Prykhodko, Sophie Burie, Cedric Le Poullennec

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM – Video Game

  • League of Legends, Riot Games, Inc.; Jose “Sho” Hernandez, Lana Bachynski , Christopher Hsing, Matthew Johnson, Jason Hendrich
  • Marvel’s Spider-Man Miles Morales, Insomniac Games; Brian Wyser, Michael Yosh, Danny Garnett, David Hancock
  • Ori and the Will of the Wisps, Moon Studios Xbox Game Studios iam8bit; Jim Donovan, Warren Goff, Boris Hiestand, Kim Nguyen, Jason Martinsen
  • The Last of Us Part II, Naughty Dog; Jeremy Yates, Eric Baldwin, Almudena Soria, Michal Mach, August Davies

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM – TV/Media

  • Amphibia, Episode: The Shut-In!, Disney TV Animation; Joe Sparrow
  • BNA, Episode: Runaway Raccoon, Trigger / Netflix; Yusuke Yoshigaki
  • Craig of the Creek, Cartoon Network Studios; Danny Hynes
  • Looney Tunes Cartoons, Warner Bros. Animation; Jim Soper
  • The Owl House, Episode: Young Blood, Old Souls, Disney Television Animation; Marina Gardner

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM – Longa

  • SOUL; Daniel López Muñoz
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA; Joe Pitt
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY; Craig Kellman
  • TROLLS 2; Timothy Lamb
  • WOLFWALKERS; Federico Pirovano

MELHOR DIREÇÃO – TV/Media

  • Genndy Tartakovsky’s Primal, Episode: Plague of Madness; Cartoon Network Studios; Genndy Tartakovsky
  • Great Pretender, Episode: Case 1_1, Los Angeles Connection Production I.G. for Fuji Television Network and Netflix; Hiro Kaburagi
  • Mao Mao: Heroes of Pure Heart, Episode: Mao Mao’s Nakey, Titmouse Inc / Cartoon Network Studios; Michael Moloney
  • Rise of the Teenage Mutant Ninja Turtles, Episode: Battle Nexus NYC, Nickelodeon Animation Studio; Alan Wan
  • The Wonderful World of Mickey Mouse, Episode: Hard to Swallow, Disney Television Animation; Eddie Trigueros

MELHOR DIREÇÃO – Longa

  • CALAMITY JANE; Rémi Chayé
  • A CAMINHO DA LUA; Glen Keane
  • PEGANDO UMA ONDA COM VOCÊ; Masaaki Yuasa
  • SOUL; Pete Docter, Kemp Powers
  • WOLFWALKERS; Tomm Moore, Ross Stewart

MELHOR TRILHA – TV/Media

  • Blood of Zeus, Episode: Escape or Die; Powerhouse Animation Studios for Netflix; Paul Edward-Francis
  • Mira Royal Detective, Episode: The Great Diwali Mystery, Wild Canary / Disney Junior; Amritha Vaz, Matthew Tishler, Jeannie Lurie
  • Star Trek: Lower Decks, Episode: Crisis Point, CBS’s Eye Animation Productions, Titmouse; Secret Hideout; and Roddenberry Entertainment; Chris Westlake
  • Star Wars: The Clone Wars, Episode: Victory and Death, Lucasfilm Animation; Kevin Kiner
  • The Tiger That Came to Tea, Lupus Films; David Arnold, Don Black

MELHOR TRILHA – Longa

  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Mychael Danna, Jeff Danna
  • A CAMINHO DA LUA; Steven Price, Christopher Curtis, Marjorie Duffield, Helen Park
  • SOUL; Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY; Mark Mothersbaugh, Alessia Cara, Jon Levine, Colton Fisher
  • WOLFWALKERS; Bruno Coulais, Kíla

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO – TV/Media

  • Baba Yaga, Baobab Studios; Glenn Hernandez, Matthieu Saghezchi
  • Shooom’s Odyssey, Picolo Pictures; Julien Bisaro
  • The Adventures of Paddington Episode: Paddington and Halloween, Blue-Zoo Animation Studio and Nickelodeon Animation Studio; Negar Bagheri
  • To: Gerard, DreamWorks Animation; Raymond Zibach
  • Trash Truck, Glen Keane Productions for Netflix; Eastwood Wong, Sylvia Liu, Elaine Lee, Tor Aunet, Lauren Zurcher

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO – Longa

  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Noah Klocek, Sharon Calahan, Huy Nguyen, Bert Berry, Paul Conrad
  • SOUL; Steve Pilcher, Albert Lozano, Paul Abadilla, Bryn Imagire
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY; Kyle McQueen
  • TROLLS 2; Kendal Cronkhite Shaindlin, Timothy Lamb
  • WOLFWALKERS; María Pareja, Ross Stewart, Tomm Moore

MELHOR STORYBOARDING – TV/Media

  • Archibald’s Next Big Thing, Episode: Baritone Tea Part 1, DreamWorks Animation; Ben McLaughlin
  • Big City Greens, Episode: Cheap Show, Walt Disney Television Animation; Kiana Khansmith
  • Looney Tunes Cartoons, Warner Bros. Animation; Andrew Dickman
  • Mortal Kombat Legends: Scorpion’s Revenge, Warner Bros. Animation; Milo Neuman
  • Shooom’s Odyssey, Picolo Pictures; Julien Bisaro

MELHOR STORYBOARDING – Longa

  • EARWIG AND THE WITCH; Goro Miyazaki
  • A CAMINHO DA LUA; Glen Keane
  • SOUL; Trevor Jimenez
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA; Evon Freeman
  • WOLFWALKERS; Guillaume Lorin

MELHOR ATUAÇÃO VOCAL – TV/Media

  • Dragons Rescue Riders, Episode: Hunt for the Golden Dragon, DreamWorks Animation; Jeff Bennett (Erik the Wretched)
  • It’s Pony, Episode: Episode 107, Blue-Zoo Animation and Nickelodeon Animation Studio; Jessica DiCicco (Annie)
  • Phineas and Ferb the Movie Episode: Candace Against the Universe, Walt Disney Television Animation & Disney Plus; Ashley Tisdale (Candace)
  • Tales of Arcadia: Wizards, Episode: Our Final Act, DreamWorks Animation; David Bradley (Merlin)
  • ThunderCats ROAR!, Episode: ThunderSlobs, Warner Bros. Animation; Patrick Seitz (Mumm-Ra, Tygra)

MELHOR ATUAÇÃO VOCAL – Longa

  • EARWIG AND THE WITCH; Vanessa Marshall (Bella Yaga)
  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Tom Holland (Ian Lightfoot)
  • A CAMINHO DA LUA; Robert G. Chiu (Chin)
  • OS CROODS 2: UMA NOVA ERA; Nicolas Cage (Grug)
  • WOLFWALKERS; Eva Whittaker (Mebh Óg MacTíre)

MELHOR ROTEIRO – TV/Media

  • Big Mouth, Episode: The New Me, Netflix; Andrew Goldberg, Patti Harrison, Andrew Goldberg
  • Craig of the Creek, Cartoon Network Studios; Jeff Trammell, Tiffany Ford, Dashawn Mahone, Najja Porter
  • Fancy Nancy, Episode: Nancy’s New Friend, Disney Television Animation; Krista Tucker, Andy Guerdat, Matt Hoverman, Laurie Israel, Marisa Evans-Sanden
  • Harley Quinn, Episode: Something Borrowed, Something Green; Eshugadee Productions in association with Warner Bros. Animation; Sarah Peters
  • She-Ra and the Princesses of Power, Episode: Heart Part 2, DreamWorks Animation; Noelle Stevenson

MELHOR ROTEIRO – Longa

  • SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA, Mark Burton, Jon Brown
  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Dan Scanlon, Jason Headley, Keith Bunin
  • A CAMINHO DA LUA; Audrey Wells
  • SOUL; Pete Docter, Mike Jones, Kemp Powers
  • WOLFWALKERS; Will Collins

MELHOR EDITORIAL – TV/Media

  • Cops and Robbers, Lawrence Bender Productions for Netflix; Brandon Terry, Ezra Dweck, Del Spiva
  • Hilda, Episode: Chapter 9: The Deerfox, Silvergate Media for Netflix; John McKinnon
  • Se Algo Acontecer… Te Amo, Gilbert Films / Oh Good Productions for Netflix; Peter Ettinger, Michael Babcock
  • Lamp Life, Episode: Lamp Life, Pixar Animation Studios; Serena Warner
  • To: Gerard, DreamWorks Animation; James Ryan

MELHOR EDITORIAL – Longa

  • SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA, Sim Evan-Jones, ACE, Adrian Rhodes
  • CALAMITY JANE; Benjamin Massoubre
  • DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA; Catherine Apple, Anna Wolitzky, Dave Suther
  • SOUL; Kevin Nolting, Gregory Amundson, Robert Grahamjones, Amera Rizk
  • OS IRMÃOS WILLOUGHBY; Fiona Toth, Ken Schretzmann, ACE

ACADEMIA DIVULGA SHORTLISTS de NOVE CATEGORIAS. BRASIL FICA DE FORA em FILME INTERNACIONAL

‘BABENCO: ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER PAROU’ NÃO CONSEGUE SE QUALIFICAR NEM COMO FILME INTERNACIONAL, NEM COMO DOCUMENTÁRIO

A Academia anunciou as nove pré-listas da próxima edição do Oscar. Foram 15 pré-selecionados nas categorias de Documentário, Filme Internacional, Trilha Musical Original e Canção Original, enquanto foram 10 pré-selecionados nas categorias de Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais, Documentário-Curta, Curta-Metragem e Curta de Animação. Apenas os filmes dessas listas poderão seguir adiante na disputa para conquistar indicações nessas categorias, que serão divulgadas no próximo dia 15 de Março.

Mais uma vez, o Cinema Brasileiro não participa da categoria de Filme Internacional do Oscar desde 1999 com Central do Brasil. A estratégia do Comitê que selecionou o filme representante do Brasil até tinha uma coerência: eleger o documentário sobre o cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, que ganhou um prêmio especial na penúltima edição do Festival de Veneza, para ter chances em duas frentes: Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário. O objetivo ideal seria repetir o feito do filme da Macedônia do Norte, Honeyland, em 2020 mas no final, o filme de Bárbara Paz não conseguiu nem uma, nem outra indicação. Curiosamente, os representantes da Romênia, Collective, e do Chile, Agente Duplo, podem conseguir essa dobradinha de Filme Internacional e Documentário, pois ambos estão na pré-lista.

A última vez que o Brasil esteve presente na pré-lista foi lá no longínquo ano de 2007, quando O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias avançou, mas não conseguiu a indicação. Claro que a Ancine está decadente no governo Bolsonaro, mas é importante ressaltar que a seleção foi mal planejada. Bacurau foi preterido por A Vida Invisível pelo comitê em 2019, contudo com o lançamento do filme nos EUA em Março de 2020 pela Kino Lorber, o filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles vem conquistando prêmios e indicações importantes nesta temporada como o dos críticos de Nova York do NYFCC e Independent Spirit Awards, mas agora não pode participar desta seleção. Está faltando uma profissionalização para fazer uma seleção mais bem sintonizada e com o devido planejamento de campanha publicitária em território americano, senão o Cinema Brasileiro permanecerá fora da festa por mais alguns anos.

Abaixo, seguem as pré-listas das nove categorias e um breve panorama e comentário.

DOCUMENTÁRIO

  • 76 Days (MTV Documentary Films) – Dir: Weixi Chen, Hao Wu, Anonymous
  • Até o Fim: A Luta Pela Democracia (All In: The Fight for Democracy) (Amazon Studios) – Dir: Lisa Cortes, Liz Garbus
  • Boys State (Apple TV Plus) – Dir: Amanda McBaine, Jesse Moss
  • Collective (Magnolia Pictures and Participant) – Dir: Alexander Nanau
  • Crip Camp: Revolução Pela Inclusão (Crip Camp) (Netflix) – Dir: James Lebrecht, Nicole Newnham
  • As Mortes de Dick Johnson (Dick Johnson Is Dead) (Netflix) – Dir: Kirsten Johnson
  • Gunda (Neon) – Dir: Viktor Kosakovskiy
  • MLK/FBI (IFC Films) – Dir: Sam Pollard
  • Agente Duplo (The Mole Agent) (Gravitas Ventures) – Dir: Maite Alberdi
  • Professor Polvo (My Octopus Teacher) (Netflix) – Dir: Pippa Ehrlich, James Reed
  • Notturno (Neon) – Dir: Gianfranco Rosi
  • The Painter and the Thief (Neon) – Dir: Benjamin Ree
  • Time (Amazon Studios) – Dir: Garrett Bradley
  • The Truffle Hunters (Sony Pictures Classics) – Dir: Michael Dweck, Gregory Kershaw
  • Bem-Vindo à Chechênia (Welcome to Chechnya) (HBO) – Dir: David France

Como mencionado em post anterior, houve um recorde histórico de inscritos este ano com 238 documentários, número muito impulsionado pelo crescimento das plataformas digitais e da pandemia. Caso essa crescente permaneça, é possível que a Academia eleve o número de indicados da categoria de 5 para 10 nos próximos anos.

Dos 15 pré-selecionados, vale destacar que oito foram dirigidos por mulheres e de várias etnias e comunidades. Sobre a disputa, podemos dizer que se trata da categoria mais competitiva de todas daqui, e que independentemente dos cinco indicados, todos serão bem representados. Por enquanto, Time é o que vem conquistando mais prêmios e deve figurar entre os finalistas, seguido de perto por Collective. Contudo, tanto Collective quanto Agente Duplo podem ter votos anulados já que competem também como Filme Internacional.

FILME INTERNACIONAL

  • Druk – Mais uma Rodada (Another Round) (Dinamarca) – Dir: Thomas Vinterberg
  • Better Days (Hong Kong) – Dir: Derek Tsang
  • Charlatan (República Tcheca) – Dir: Agnieszka Holland
  • Collective (Romênia) – Dir: Alexander Nanau
  • Dear Comrades! (Rússia) – Dir: Andrey Konchalovskiy
  • I’m No Longer Here (México) – Dir: Fernando Frias
  • Hope (Noruega) – Dir: Maria Sødahl
  • La Llorona (Guatemala) – Dir: Jayro Bustamante
  • The Mole Agent (Chile) – Dir: Maite Alberdi
  • Night of the Kings (Costa do Marfim) – Dir: Philippe Lacôte
  • Quo Vadis, Aida? (Bósnia e Herzegovina) – Dir: Jasmila Žbanić
  • Sun Children (Irã) – Dir: Majid Majidi
  • Two of Us (França) – Dir: Filippo Meneghetti
  • A Sun (Taiwan) – Dir: Chung Mong-hong
  • The Man Who Sold His Skin (Tunísia) – Dir: Kaouther Ben Hania

Filmes de 93 países foram elegíveis este ano, igualando o recorde anterior. O que a Academia ainda não deixou claro é a quantidade mínima de filmes vistos para um membro da Academia estar apto a votar nesta categoria. Seriam 30? 40? 50? Talvez nunca saberemos. Felizmente, mesmo sem o comitê especial que “salva” os filmes mais conceituados da crítica, a pré-seleção mandou bem, com raras exceções, sendo uma delas a exclusão do filme do Lesoto, Isto Não é um Enterro, É uma Ressureição, e o filme espanhol A Trincheira Infinita. É uma pena também que o filme português Vitalina Varela não está na lista. Embora não tenha muito o perfil do Oscar, merecia estar pelo menos na pré-lista.

Em relação às chances, Druk – Mais uma Rodada, da Dinamarca, parece já ter uma vaga garantida, não apenas pela seleção no último Festival de Cannes, mas pelo prestígio que a parceria entre Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen tem. Apostaria também nas indicações de Quo Vadis, Ainda? (Bósnia e Herzegovina) e Night of the Kings (Costa do Marfim). Particularmente, gostaríamos que o filme guatemalteco La Llorona chegasse à cerimônia por apresentar uma mistura inusitada de elementos sobrenaturais com críticas políticas. E pra última vaga, a expectativa é do documentário Collective, da Romênia, mas pode ir para o mexicano I’m No Longer Here.

MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) (Warner Bros)
  • Emma (Focus Features)
  • The Glorias (Roadside Attractions and LD Entertainment)
  • Era uma Vez um Sonho (Hillbilly Elegy) (Netflix)
  • Uma Invenção de Natal (Jingle Jangle: A Christmas Journey (Netflix)
  • Os Pequenos Vestígios (The Little Things) (Warner Bros)
  • A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom) (Netflix)
  • Mank (Netflix)
  • Uma Noite em Miami… (One Night in Miami) (Amazon Studios)
  • Pinóquio (Pinocchio) (Roadside Attractions)

Dos dez filmes, quatro são da Netflix. Com a ausência de Os 7 de Chicago, automaticamente A Voz Suprema do Blues assume o favoritismo. Outros quatro que podem ser indicados são Mank, Emma, Os Pequenos Vestígios e Aves de Rapina, já que Esquadrão Suicida chegou a ganhar o Oscar de Maquiagem. Ainda não descartaríamos Era uma Vez um Sonho, caso a Academia queira fazer uma dupla indicação com Glenn Close como Coadjuvante.

Particularmente, sentimos falta daquela maquiagem transformativa de criaturas fantasiosas que costumavam frequentar a categoria nos anos 80 e 90, que Rick Baker fazia de olhos vendados. Hoje em dia, a maquiagem tem seguido a linha discreta dos efeitos visuais, o que não é de todo ruim. O problema é quando a maquiagem parece básica demais pra estar entre os indicados ou até mesmo ganhar.

TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Ammonite (Neon) – Dustin O’Halloran, Volker Bertelmann
  • Blizzard of Souls (Film Movement) – Lolita Ritmanis
  • Destacamento Blood (Da 5 Bloods) (Netflix) – Terence Blanchard
  • O Homem Invisível (The Invisible Man) (Universal Pictures) – Benjamin Wallfisch
  • Uma Invenção de Natal (Jingle Jangle: A Christmas Journey) (Netflix) – John Debney
  • Rosa e Momo (The Life Ahead (La Vita Davanti a Se) (Netflix) – Gabriel Yared
  • Os Pequenos Vestígios (The Little Things) (Warner Bros) – Thomas Newman
  • Mank (Netflix) – Trent Reznor, Atticus Ross
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix) – Alexandre Desplat
  • Minari (A24) – Emile Mosseri
  • Mulan (Walt Disney Pictures) – Henry Gregson-Williams
  • Relatos do Mundo (News of the World) (Universal Pictures) – James Newton Howard
  • Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross
  • Tenet (Warner Bros) – Ludwig Göransson
  • Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) (Netflix) – Daniel Pemberton

Nesta edição, 136 trilhas foram inscritas e elegíveis, e agora restam 15 composições no pote. Não sei se essa pré-lista abre espaço para muitas surpresas no anúncio das indicações, mas fico feliz com a inclusão de Benjamin Wallfisch por O Homem Invisível. Sua trilha que acentua a paranóia da protagonista faz uma baita diferença no filme de Leigh Whannell. Felizmente não tem John Williams este ano por Star Wars, senão ele teria uma vaga cativa.

Nossos palpites são: Soul, Mank, Tenet, Relatos do Mundo e O Céu da Meia-Noite. Talvez Minari fique com a vaga de James Newton Howard ou Alexandre Desplat, caso os votantes queiram dar uma inovada. E reforçando: Se Thomas Newman for indicado novamente, com certeza será outra derrota em seu vasto histórico sem vitórias, então talvez seja o caso de nem indicá-lo (?).

CANÇÃO ORIGINAL

  • “Turntables” de Até o Fim: A Luta Pela Democracia (Amazon Studios)
  • “See What You’ve Done” de Belly of the Beast (Independent Lens)
  • “Wuhan Flu” de Borat: Fita de Cinema Seguinte (Amazon Studios)
  • “Husavik” de Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars (Netflix)
  • “Never Break” de Vozes que Inspiram (Netflix)
  • “Make It Work” de Uma Invenção de Natal (Netflix)
  • “Fight For You” de Judas e o Messias Negro (Warner Bros)
  • “lo Sì (Seen)” de Rosa e Momo (Netflix)
  • “Rain Song” de Minari (A24)
  • “Show Me Your Soul” de Mr. Soul! (Shoes in the Bed Productions)
  • “Loyal Brave True” de Mulan (Walt Disney Pictures)
  • “Free” de O Grande Ivan (Disney Plus)
  • “Speak Now” de Uma Noite em Miami… (Amazon Studios)
  • “Green” de Som do Silêncio (Amazon Studios)
  • “Hear My Voice” de Os 7 de Chicago (Netflix)

105 canções foram inscritas e agora restam 15 na disputa. Dos mais reconhecidos até o momento, as canções de Os 7 de Chicago, Uma Noite em Miami…, Rosa e Momo e Judas e o Messias Negro são as que têm maiores chances de concretizar indicações. Seria engraçado ver Sacha Baron Cohen fazendo uma performance de “Wuhan Flu”, de Borat: Fita de Cinema Seguinte, mas está com cara de que vai rolar uma indicação para aquela canção de letras inspiradoras porém sem musicalidade de documentários, no caso, Até o Fim: A Luta Pela Democracia, ainda mais que a canção de Andra Day em The United States vs. Billie Holiday já ficou pelo caminho.

EFEITOS VISUAIS

  • Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) (Warner Bros)
  • Bloodshot (Lionsgate)
  • Problemas Monstruosos (Love and Monsters) (Paramount Pictures)
  • Mank (Netflix)
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix)
  • Mulan (Walt Disney Pictures)
  • O Grande Ivan (The One and Only Ivan) (Disney Plus)
  • Soul (Pixar)
  • Tenet (Warner Bros)
  • Bem-Vindo à Chechênia (Welcome to Chechnya) (HBO)

O comitê executivo de Efeitos Visuais será convidado a conferir um trecho de 10 minutos desses dez filmes pré-selecionados no dia 06 de Março para decidirem os cinco indicados. Nos últimos anos, a Academia tem premiado filmes com efeitos bem mais discretos e que servem a narrativa sem chamar muita atenção. Foram os casos vitoriosos de O Primeiro Homem e 1917. Nesse sentido, Mank se encaixa bem já que usou efeitos para reconstruir a Hollywood dos anos 30, e em uma escala um pouco maior, temos O Céu da Meia-Noite, que usou a tecnologia para criar estações espaciais e o próprio espaço sideral. Já em termos de efeitos exibicionistas que sempre marcam presença na categoria, a indicação de Tenet é dada como 99% certa.

A presença mais curiosa da lista é do documentário Bem-Vindo à Chechênia. Afinal, por que um documentário estaria indicado a Efeitos Visuais? Simples. Por se tratar de um filme sobre pessoas gays perseguidas na Rússia, os efeitos digitais foram utilizados para aplicar o chamado Deep Fake, trocando o verdadeiro rosto das vítimas para não serem identificadas pelo governo russo. Acredito que seria indicado mais pelo uso criativo e efetivo da tecnologia.

Já entre os excluídos, dá pra destacar o filme de submarinos Greyhound: Na Mira do Inimigo e até o Sonic: O Filme, que trocou bem o design do porco-espinho. Mas a grande injustiça aqui foi a ausência de O Homem Invisível. Totalmente injustificável, pois os efeitos caíram como uma luva no thriller de paranóia.

CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Burrow
  • Genius Loci
  • If Anything Happens I Love You
  • Kapaemahu
  • Opera
  • Out
  • The Snail and the Whale
  • To Gerard
  • Traces
  • Yes-People

96 curtas animados foram inscritos, incluindo o brasileiro Umbrella, que acabou ficando de fora. O candidato com maior visibilidade aqui certamente é If Anything Happens I Love You, que está na plataforma da Netflix, é conta com a produtora Laura Dern.

DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • Abortion Helpline, This Is Lisa
  • Call Center Blues
  • Colette
  • A Concerto Is a Conversation
  • Do Not Split
  • Hunger Ward
  • Hysterical Girl
  • A Love Song for Latasha
  • The Speed Cubers
  • O Que Sophia Loren Faria? (What Would Sophia Loren Do?)

De 114 documentários-curtas inscritos, restaram dez na disputa. Embora a Academia tenha uma preferência por curtas envolvendo crianças, adolescentes ou pessoas doentes, já arrisco a dizer que O Que Sophia Loren Faria? já apresenta todas as justificativas para estar entre os indicados: história de superação, envolve uma atriz internacional, faz uma ode ao cinema, conta com a publicidade da Netflix, e ainda tem trechos do Oscar.

CURTA-METRAGEM

  • Bittu
  • Da Yie
  • Feeling Through
  • The Human Voice
  • The Kicksled Choir
  • The Letter Room
  • The Present
  • Two Distant Strangers
  • The Van
  • White Eye

Desses dez pré-selecionados, o que tem as maiores chances de longe é o curta The Human Voice, já que é dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar e estrelado por Tilda Swinton. Filmado durante a pandemia, o curta foi exibido no último Festival de Veneza.

______________________________________________________________________________________
O anúncio dos indicados ao Oscar 2021 será no dia 15 de Março.

%d blogueiros gostam disto: