‘ATAQUE DOS CÃES’ LIDERA INDICAÇÕES ao OSCAR REPLETO de SURPRESAS

PELA PRIMEIRA VEZ, FILME DA NETFLIX É O RECORDISTA DE INDICAÇÕES DE UMA EDIÇÃO

Há poucos anos atrás, a reclamação mais recorrente em relação ao Oscar era a previsibilidade, principalmente nas categorias principais e de atuação. Em 2020, os quatro atores que ganharam o Oscar: Joaquin Phoenix, Renée Zellweger, Brad Pitt e Laura Dern levaram todos os prêmios de destaque da temporada, impossibilitando qualquer tipo de surpresa para a cerimônia. Este ano, parece que a Academia tomou as devidas providências, reconheceu profissionais que não estavam necessariamente bem cotados, e o resultado foi uma lista de surpresas e ausências.

Dentre as surpresas, as duas maiores foram na categoria de Melhor Atriz: Lady Gaga, que estava praticamente garantida após as indicações ao SAG e BAFTA, foi esnobada por Casa Gucci, para a entrada da quase esquecida Kristen Stewart por Spencer. Ao contrário de Gaga, Stewart passou longe dos prêmios anteriores e perdeu o Globo de Ouro para Nicole Kidman. Existem chances de Stewart levar o Oscar? Improvável, mas não impossível. Basta lembrarmos de casos recentes porém raros semelhantes ao dela como Marcia Gay Harden por Pollock.

Ainda em Melhor Atriz, Penélope Cruz entrou na reta final por Mães Paralelas, comprovando o alto prestígio que Pedro Almodóvar tem junto à Academia. Esta é a quarta indicação dela, e a segunda sob a direção do diretor espanhol. Havia a possibilidade da norueguesa Renate Reinsve conseguir o mesmo feito por A Pior Pessoa do Mundo, mas acho que a cota para estrangeiras parou com Cruz, que aliás foi indicada na mesma edição com seu marido, Javier Bardem, que foi indicado por Apresentando os Ricardos. Honestamente, não considero uma atuação digna de Oscar (seria mais uma questão de carisma), mas é sempre bom ter Bardem lembrado. Na mesma toada, J.K. Simmons é um ótimo ator, mas uma indicação por esta performance parece um pouco exagerada. Na categoria de Coadjuvante, acreditava que não apenas Bradley Cooper seria indicado por Licorice Pizza, mas também ganharia… principalmente sem Alana Haim no páreo.

Falando em casais indicados, outro reconhecido neste ano foi Jesse Plemons e Kirsten Dunst, que inclusive formam um casal em Ataque dos Cães. É a primeira vez que ambos são indicados ao Oscar, mas ambos têm poucas chances de vitória. Ele por dividir votos com Kodi Smit-McPhee, e ela por estar distante do favoritismo de Ariana DeBose como Coadjuvante. Aliás, muito me surpreendeu a ausência de Caitriona Balfe por Belfast, já que ela vinha sendo lembrada em todos os prêmios da temporada. Embora não tenha muitas cenas memoráveis, Balfe está bem no filme de Branagh, mas ela cedeu sua vaga para sua colega de filme, Judi Dench, que tem menos cenas ainda, mas foi lembrada por seu prestígio. É a 8ª indicação da atriz britânica.

Talvez a maior surpresa (mesmo que esperada) tenha sido a indicação de Melhor Filme para um filme japonês de 3 horas de duração: Drive My Car. A adaptação de Haruki Murakami ganhou inúmeros prêmios na temporada, inclusive Melhor Filme nos grupos de críticos de Los Angeles e Nova York, mas mesmo assim, havia dúvidas se os membros da Academia abraçariam um longa estrangeiro tão sutil. Considero a indicação de Direção para Ryûsuke Hamaguchi fenomenal, pois comprova que a categoria de Diretor tem se firmado cada vez mais como uma disputa que preza a ousadia (ao contrário do conservadorismo frequente de Melhor Filme). E nesse quesito, segundo a Academia, faltou ousadia para Denis Villeneuve por sua primeira parte de Duna.

Em termos históricos, vale destacar a tripla indicação inédita de Melhor Filme Internacional, Longa de Animação e Documentário para o dinamarquês Flee (Fuga). É uma pena que esse tipo de situação costuma desfavorecer o filme, que perde votos por se dividirem. Merecia ganhar como Longa de Animação no lugar de algum filme mais batido da Disney ou Pixar, mas por mais que não ganhe nada, merece ser visto e admirado. E claro, vale lembrar aqui a 1ª indicação para o Butão na categoria de Filme Internacional. Lunana: A Yak in the Classroom é aquela típica produção milagrosa que rendeu um filme apesar do baixíssimo orçamento e condições precárias. Deve perder a estatueta para o japonês Drive My Car, mas espero que atraia maiores investimentos para o cinema de lá.

Sobre a categoria de Canção Original, fiquei desapontado por não terem indicado a canção “Beyond the Shore” de No Ritmo do Coração. Além de uma canção bonita, é cantada pela própria atriz Emilia Jones, e tem muito a ver com a história da filha de pais surdos-mudos. Eu amo a compositora Diane Warren, que passa a acumular 13 indicações sem vitória agora, mas essa indicação da canção “Somehow You Do” parece destinada a perder mais uma vez. Apesar da presença icônica de Beyoncé na categoria pela canção de King Richard, acredito em mais uma vitória de uma canção da franquia 007, ainda mais aproveitando a fama global de Billie Eilish.

Tem outras coisas que vale citar aqui referente a Casa Gucci como a exclusão do filme na categoria de Figurino (parecia ser uma indicação mais do que garantida por se tratar de um filme envolvendo moda) e de Jared Leto como Ator Coadjuvante, que aliás foi indicado para o Framboesa de Ouro como Pior Coadjuvante por uma performance carregada pela maquiagem exagerada. Outra ausência bastante comemorada por cinéfilos foi a de Aaron Sorkin (Apresentando os Ricardos) nas categorias de Filme e Roteiro Original. O roteiro de Sorkin consegue ser mais politicamente correto e quadrado do que seu anterior Os 7 de Chicago, e a Academia fez bem em esnobá-lo, senão o homem começa a achar que tudo que ele faz é genial. E o mais legal de Sorkin fora é que ele cedeu lugar para um roteiro filosófico, divertido e despojado: o roteiro do filme norueguês A Pior Pessoa do Mundo, que é lembra as comédias românticas de Truffaut e até Godard.

Ah! Temos a 2ª diretora de fotografia mulher indicada ao Oscar de Melhor Fotografia! Depois de Rachel Morrison ter aberto as portas em 2018 com Mudbound, a australiana Ari Wegner é reconhecida por Ataque dos Cães, muito embora também merecesse pelo independente Zola. Falando em marcas históricas, a diretora Jane Campion se tornou a 1ª diretora a ser indicada duas vezes ao Oscar de Direção. Pra quem não se lembra, ela foi indicada em 1994 por O Piano, e perdeu para Steven Spielberg por A Lista de Schindler. Aliás, Spielberg atinge uma marca impressionante por ter sido o único diretor indicado em todas as últimas décadas desde os anos 70 pra cá. Coincidentemente, parece que Campion deve retribuir a derrota justamente contra Spielberg este ano.

E sobre a liderança de Ataque dos Cães com 12 indicações, é preciso ressaltar o belo trabalho que a Netflix vem fazendo nos últimos anos. Tem investido massivamente em produções de pedigree com diretores-autores, mas sempre tem batido na trave na hora de ganhar o Oscar de Melhor Filme como foi com Roma, O Irlandês e Mank. Será que finalmente chegou a vez da plataforma de streaming se consagrar? Aproveitando, seguem os números dos filmes no Oscar 2022:

12 (Ataque dos Cães); 10 (Duna); 7 (Belfast) (Amor, Sublime Amor); 6 (King Richard); 4 (Drive My Car/ Não Olhe Para Cima/ O Beco do Pesadelo); 3 (Licorice Pizza/ No Ritmo do Coração/ A Tragédia de Macbeth/ Apresentando os Ricardos/ A Filha Perdida/ Encanto/ Flee/ 007 Sem Tempo Para Morrer).

Confira todos os indicados ao Oscar 2022:

MELHOR FILME

  • Belfast (Belfast)
  • No Ritmo do Coração (CODA)
  • Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
  • Drive My Car
  • Duna (Dune)
  • King Richard: Criando Campeãs (King Richard)
  • Licorice Pizza (Licorice Pizza)
  • O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley)
  • Ataque dos Cães (The Power of the Dog)
  • Amor, Sublime Amor (West Side Story)

MELHOR DIREÇÃO

  • Kenneth Branagh (Belfast)
  • Ryûsuke Hamaguchi (Drive My Car)
  • Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
  • Jane Campion (Ataque dos Cães)
  • Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ATOR

  • Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)
  • Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
  • Andrew Garfield (Tick, Tick… Boom!)
  • Will Smith (King Richard)
  • Denzel Washington (A Tragédia de MacBeth)

MELHOR ATRIZ

  • Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)
  • Olivia Colman (A Filha Perdida)
  • Kristen Stewart (Spencer)
  • Penélope Cruz (Madres Paralelas)
  • Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Ciarán Hinds (Belfast)
  • Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
  • Jesse Plemons (Ataque dos Cães)
  • J.K. Simmons (Apresentando os Ricardos)
  • Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Jessie Buckley (A Filha Perdida)
  • Ariana Debose (Amor, Sublime Amor)
  • Judi Dench (Belfast)
  • Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
  • Aunjanue Ellis (King Richard)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • Belfast
  • Não Olhe para Cima
  • King Richard
  • Licorice Pizza
  • A Pior Pessoa do Mundo

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

  • No Ritmo do Coração
  • Drive My Car
  • Duna
  • A Filha Perdida
  • Ataque dos Cães

MELHOR FOTOGRAFIA

  • Greig Fraser (Duna)
  • Dan Lautsen (O Beco do Pesadelo)
  • Ari Wegner (Ataque dos Cães)
  • Bruno Delbonnel (A Tragédia de Macbeth)
  • Janusz Kominski (Amor, Sublime Amor)

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • Encanto
  • Madres Paralelas
  • Ataque dos Cães

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

  • “Be Alive” (King Richard)
  • “Dos Oruguitas” (Encanto)
  • “Down To Joy” (Belfast)
  • “No Time To Die” (007 – Sem Tempo para Morrer)
  • “Somehow You Do” (Four Good Days)

MELHOR MONTAGEM

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • King Richard
  • Ataque dos Cães
  • Tick, Tick… Boom!

MELHOR FIGURINO

  • Cruella
  • Cyrano
  • Duna
  • O Beco do Pesadelo
  • Amor, Sublime Amor

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Um Príncipe em Nova York 2
  • Cruella
  • Duna
  • Os Olhos de Tammy Faye
  • Casa Gucci

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

  • Duna
  • Ataque dos Cães
  • O Beco do Pesadelo
  • A Tragédia de MacBeth
  • Amor, Sublime Amor

MELHOR SOM

  • Belfast
  • Duna
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor

MELHORES EFEITOS VISUAIS

  • Duna
  • Free Guy: Assumindo o Controle
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
  • Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

MELHOR FILME INTERNACIONAL

  • Drive My Car (Japão)
  • Flee (Dinamarca)
  • A Mão de Deus (Itália)
  • Lunana (Butão)
  • A Pior Pessoa do Mundo (Noruega)

MELHOR DOCUMENTÁRIO

  • Ascension
  • Attica
  • Flee
  • Summer of Soul
  • Writing with Fire

MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • Audible
  • Lead Me Home
  • The Queen of Basketball
  • Three Songs for Ben Azir
  • When We Were Bullies

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

  • Encanto
  • Luca
  • Flee
  • A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
  • Raya e o Último Dragão

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Affairs of the Art
  • Bestia
  • Robin Robin
  • Boxballet
  • The Windshield Wiper

MELHOR CURTA-METRAGEM

  • Ala Kachuu – Take and Run
  • The Dress
  • The Long Goodbye
  • On My Mind
  • Please Hold

‘ATAQUE DOS CÃES’ VENCE COMO MELHOR FILME – DRAMA em GLOBO DE OURO SEM CERIMÔNIA

HFPA ANUNCIOU VENCEDORES ATRAVÉS DO SITE OFICIAL E REDES SOCIAIS

Não é que no final das contas, o Globo de Ouro saiu beneficiado? Com o aumento de casos de Covid nos EUA, a cerimônia do Critics’ Choice Awards, marcada para o mesmo horário, foi adiada indefinidamente. E mesmo sem poder contar cerimônia televisionada e com celebridades para anunciar os vencedores, o Globo de Ouro assumiu certo protagonismo, já que não havia competição.

Particularmente, consideramos tudo uma grande hipocrisia, pois todos já sabiam que o grupo da HFPA era pequeno e possivelmente não tinha diversidade alguma e que alguns membros aceitavam “propinas” para votar, então tudo não passa de um circo montado. Certamente impedidos por seus agentes, as celebridades foram obrigadas a boicotar o evento (pra “não manchar suas reputações”), mas com certeza serão beneficiadas por seus nomes serem lidos como vencedores. Duvidamos que alguém pose com o prêmio esta semana em sua conta de Instagram, mas eles serão agradecidos a HFPA. Muitos deles devem ter pensado: “Nossa, quando finalmente ganho um Globo de Ouro, não tem a festa! É muito azar!”

A partir das 23h, horário de Brasília, o site oficial da HFPA passou a atualizar os vencedores em sua página inicial, com foto dos premiados e pequenos textos como se fossem tweets. Na ausência de celebridades, poderiam ter reunido os próprios membros do grupo para ler os vencedores da categoria num vídeo de meia hora, mas preferiram se esconder ainda mais numa divulgação tosca e barata no site.

NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Embora Ataque dos Cães e Amor, Sublime Amor tenham sido os recordistas de vitórias (cada um com três estatuetas), os prêmios foram bem pulverizados entre os filmes. Belfast, Duna, King Richard, Tick, Tick… BOOM!, Apresentando os Ricardos, 007 Sem Tempo Para Morrer, Encanto e Drive My Car ficaram todos com apenas um prêmio cada.

Já na ala das séries, Succession acumulou três prêmios, incluindo Melhor Série Dramática, enquanto Hacks levou Melhor Série de Comédia e Atriz para Jean Smart. Vale destacar a primeira vitória de uma atriz trans no Globo de Ouro que foi para Michael Jaé (MJ) Rodriguez pela série Pose. Ela já havia sido indicada no Emmy, mas não ganhou o prêmio. E a vitória do sul-coreano Oh Yeong-su, o personagem idoso que veste o uniforme nº 1 na série Round 6, da Netflix.

SURPRESAS

Honestamente, não houve muitas surpresas no anúncio dos vencedores. Dá pra destacar duas: a vitória de Nicole Kidman como Melhor Atriz – Drama por Apresentando os Ricardos, por interpretar a comediante Lucille Ball, batendo as favoritas Kristen Stewart (Spencer) e Olivia Colman (A Filha Perdida). Como todos sabem, a HFPA ama Nicole Kidman desde os anos 90 e este foi seu 5º Globo de Ouro na carreira, mas pode ter havido uma divisão de votos entre as favoritas que beneficiou Kidman. E a vitória de Belfast na categoria de Roteiro, já que havia uma forte expectativa de que Paul Thomas Anderson levaria esse prêmio de consolação por seu Licorice Pizza, que saiu do evento de mãos abanando.

DESDOBRAMENTOS DO GLOBO DE OURO

Como os estúdios também boicotaram suas campanhas publicitárias, as vitórias anunciadas hoje não devem repercutir tanto quanto nos últimos anos, pois não devem incluir em pôsteres e anúncios publicitários o famosos “Vencedor do Globo de Ouro” para atrair a atenção do público, mas ainda assim é um dos prêmios mais reconhecidos da indústria do Cinema e TV… Bom, na verdade, já me desmentiram aqui:

Boicotam o Globo de Ouro, mas não deixam de colher os frutos, né? Ah Hollywood…

É possível que o musical de Steven Spielberg melhore seus números nas bilheterias. Em sua 5ª semana em cartaz nos EUA, Amor, Sublime Amor rendeu apenas 32 milhões de dólares. Já Rachel Zegler e Ariana DeBose, que conquistaram os prêmios de Atriz e Atriz Coadjuvante, respectivamente, certamente alavancaram suas campanhas para a temporada de premiações. Caso confirmem indicações ao SAG Awards, que serão anunciadas na próxima quarta-feira (12), estarão no próximo Oscar.

Na ala masculina, Will Smith (King Richard), Andrew Garfield (Tick, tick… BOOM!) e Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães) já eram nomes bem cotados para o Oscar pela quantidade de indicações e prêmios que vêm acumulando até o momento, resta saber se vão manter o alto nível de favoritismos até as indicações ao Oscar, que acontecem no dia 08 de Fevereiro.

A briga lá em cima entre Kenneth Branagh, Jane Campion e Steven Spielberg ficou ainda mais acirrada, já que seus três filmes foram premiados nesta edição, com Ataque dos Cães e Amor, Sublime Amor um pouco mais à frente de Belfast, que ficou apenas com o prêmio de Roteiro. Apesar da vitória, ainda é um pouco difícil acreditar numa possível primeira vitória da Netflix para Melhor Filme com Ataque dos Cães.

Embora tenha a forte concorrência do dinamarquês Flee, a vitória de Encanto, da Disney, era esperada, principalmente para quem viu Carros bater A Casa Monstro em 2007. A HFPA adora puxar uma sardinha para a Disney ou Pixar… quer dizer, até a Academia. E nas categorias musicais, Hans Zimmer ganha um gás ao vencer Melhor Trilha Musical por Duna (será que finalmente vai ganhar seu 2º Oscar depois de O Rei Leão em 1995?), assim como Billie Eilish e sua canção-tema de James Bond, “No Time to Die”, em 007 Sem Tempo Para Morrer, que tem tudo para se tornar a 3ª canção da franquia a ganhar um Oscar consecutivamente após “Skyfall” e “Writings on the Wall”.

VENCEDORES DO 79º GLOBO DE OURO (vencedores em negrito):

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
Belfast (Focus Features)
No Ritmo do Coração (CODA) (Apple)
Duna (Dune) (Warner Bros.)
King Richard: Criando Campeãs (King Richard) (Warner Bros.)
Ataque dos Cães (The Power of the Dog) (Netflix)

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
Olivia Colman (A Filha Perdida)
Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos)
Lady Gaga (Casa Gucci)
Kristen Stewart (Spencer)

MELHOR ATOR – DRAMA
Mahershala Ali (Swan Song)
Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
Will Smith (King Richard: Criando Campeãs)
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Cyrano (MGM)
Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
Licorice Pizza (MGM/United Artists Releasing)
tick, tick… BOOM! (Netflix)
Amor, Sublime Amor (West Side Story) (20th Century Studios)

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Marion Cotillard (Annette)
Alana Haim (Licorice Pizza)
Jennifer Lawrence (Não Olhe Para Cima)
Emma Stone (Cruella)
Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Leonardo DiCaprio (Não Olhe Para Cima)
Peter Dinklage (Cyrano)
Andrew Garfield (Tick, tick… Boom!)
Cooper Hoffman (Licorice Pizza)
Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto (Walt Disney Pictures)
Flee (Neon)
Luca (Pixar)
My Sunny Maad
Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon) (Walt Disney Pictures)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Compartment No.6 – FINLÂNDIA
Drive My Car – JAPÃO
A Mão de Deus – ITÁLIA
A Hero – IRÃ
Parallel Mothers – ESPANHA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Caitríona Balfe (Belfast)
Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
Aunjanue Ellis (King Richard: Criando Campeãs)
Ruth Negga (Identidade)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ben Affleck (The Tender Bar)
Jamie Dornan (Belfast)
Ciarán Hinds (Belfast)
Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR DIREÇÃO
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Maggie Gyllenhaal (A Filha Perdida)
Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)
Denis Villeneuve (Duna)

MELHOR ROTEIRO
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Adam McKay (Não Olhe Para Cima)
Aaron Sorkin (Being the Ricardos)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (A Crônica Francesa)
Germaine Franco (Encanto)
Jonny Greenwood (Ataque dos Cães)
Alberto Iglesias (Parallel Mothers)
Hans Zimmer (Duna)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Be Alive” – Beyoncé Knowles-Carter, Dixson (King Richard: Criando Campeãs)
“Dos Orugitas” – Lin-Manuel Miranda (Encanto)
“Down to Joy” – Van Morrison (Belfast)
“Here I Am (Singing My Way Home)” – Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson, Carole King (Respect)
“No Time to Die” – Billie Eilish, Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo Para Morrer)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
Lupin
The Morning Show
PostM
Squid Game
Succession

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Uzo Aduba (In Treatment)
Jennifer Aniston (The Morning Show)
Christine Baranski (The Good Fight)
Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
Michaela Jaé (MJ) Rodriguez (Pose)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Brian Cox (Succession)
Lee Jung-jae (Squid Game)
Billy Porter (Pose)
Jeremy Strong (Succession)
Omar Sy (Lupin)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
The Great (Hulu)
Hacks (HBO Max)
Only Murders in the Building (Hulu)
Reservation Dogs (FX on Hulu)
Ted Lasso (Apple TV Plus)

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Hannah Einbinder (Hacks)
Elle Fanning (The Great)
Issa Rae (Insecure)
Tracee Ellis Ross (Black-ish)
Jean Smart (Hacks)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Anthony Anderson (Black-ish)
Nicholas Hoult (The Great)
Steve Martin (Only Murders in the Building)
Martin Short (Only Murders in the Building)
Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Dopesick (Hulu)
Impeachment: American Crime Story (FX)
Maid (Netflix)
Mare of Easttown (HBO)
The Underground Railroad (Amazon Prime Video)

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Jessica Chastain (Scenes From a Marriage)
Cynthia Erivo (Genius: Aretha)
Elizabeth Olsen (WandaVision)
Margaret Qualley (Maid)
Kate Winslet (Mare of Easttown)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Paul Bettany (WandaVision)
Oscar Isaac (Scenes From a Marriage)
Michael Keaton (Dopesick)
Ewan McGregor (Halston)
Tahar Rahim (The Serpent)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Jennifer Coolidge (White Lotus)
Kaitlyn Dever (Dopesick)
Andie MacDowell (Maid)
Sarah Snook (Succession)
Hannah Waddingham (Ted Lasso)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Billy Crudup (The Morning Show)
Kieran Culkin (Succession)
Mark Duplass (The Morning Show)
Brett Goldstein (Ted Lasso)
Oh Yeong-su (Squid Game)

‘DRIVE MY CAR’ É ELEITO o MELHOR FILME pela LAFCA

FILME JAPONÊS JÁ HAVIA CONQUISTADO CRÍTICOS DE NOVA YORK

Neste sábado, a Associação de Críticos de Los Angeles divulgou sua seleção dos melhores de 2021 pelo Twitter oficial @LAFilmCritics. Assim como os críticos de Nova York, o filme japonês Drive My Car venceu o prêmio de Melhor Filme, e a neozelandesa Jane Campion venceu como Melhor Diretora por Ataque dos Cães. Tradicionalmente, o LAFCA tem o prêmio de 2º lugar (ou como eles chama “runner up”), e curiosamente, houve uma alternação entre Filme e Direção: Drive My Car ficou com Melhor Filme e 2º lugar na Direção para Ryusuke Hamaguchi, enquanto Ataque dos Cães ficou com Melhor Direção e 2º lugar em Melhor Filme.

Com esta dupla vitória de LA e NY, a adaptação do conto de Haruki Murakami automaticamente se torna o franco favorito na categoria de Filme Internacional, representando o Japão, e alguns especialistas já arriscam outras indicações como Filme, Direção e Roteiro Adaptado, lembrando que já havia vencido Melhor Roteiro no último Festival de Cannes. Embora os críticos de Los Angeles tenham uma tradição de premiar produções estrangeiras, vale lembrar que o sul-coreano Parasita também fez a mesma trajetória em 2019-20.

Nas categorias de atuação, atores estrangeiros também se destacaram. Como previsto, a espanhola Penélope Cruz conquistou o prêmio de Atriz por Madres Paralelas, já em 2º lugar ficou a norueguesa Renate Reinsve em The Worst Person in the World. Na categoria de Ator Coadjuvante, houve um empate entre o francês Vincent Lindon por Titane e o jovem Kodi Smit-McPhee por Ataque dos Cães.

Esse amor às produções estrangeiras também se estendeu à categoria de Melhor Animação com a vitória do dinamarquês Flee, de Jonas Poher Rasmussen, e o 2º lugar para o japonês Belle, de Mamoru Hosoda. E isso comprova que as animações americanas da Disney, Pixar, Dreamworks e Sony deixaram a desejar este ano, pois normalmente elas ganham espaço aqui. Aproveitando a deixa, seria muito bacana se a Academia premiasse uma animação em língua estrangeira após 20 anos, já que A Viagem de Chihiro foi a primeira e única animação estrangeira a conseguir esse feito.

Ariana DeBose venceu como Atriz Coadjuvante, lembrando que Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg continua forte na temporada. A grande surpresa ficou por conta do prêmio de Melhor Ator para Simon Rex por Red Rocket, de Sean Baker. Embora o filme tenha sido indicado à Palma de Ouro em Cannes, a reação da crítica internacional foi mista, mas dependendo da campanha, ele pode conseguir uma indicação ao Oscar.

Mas talvez a maior surpresa desta edição foi a premiação de Duas Tias Loucas de Férias na categoria de Design de Produção, batendo um dos favoritos O Beco do Pesadelo, de Guillermo del Toro. Apesar de existir um trabalho grandioso na construção do resort, geralmente as comédias desse estilo costumam ser completamente ignoradas em temporadas de premiação. Falando em ignorados, a categoria de Filme em Língua Estrangeira se mostrou sem valor ao Oscar, pois Petite Maman não foi o filme selecionado pela França, e o 2º lugar, Quo Vadis, Aida? já foi indicado em 2021 pela Bósnia e Herzegovina.

Embora tenha ficado com o 2º lugar de Roteiro (perdeu para Drive My Car), Paul Thomas Anderson tem as melhores chances de conquistar sua primeira estatueta do Oscar pelo roteiro original de Licorice Pizza. Claro que ele tem boas chances de ser indicado a Diretor no Oscar, mas é mais provável que ele vença pelo roteiro, servindo como uma espécie de prêmio de consolação.

Confira a lista completa de vencedores da LAFCA abaixo:

MELHOR FILME: Drive My Car
2º lugar: Ataque dos Cães

MELHOR DIRETOR: Jane Campion (Ataque dos Cães)
2º lugar: Ryusuke Hamaguchi (Drive My Car)

MELHOR ATOR: Simon Rex (Red Rocket)
2º lugar: Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ: Penélope Cruz (Madres Paralelas)
2º lugar: Renate Reinsve (The Worst Person in the World)

MELHOR ATOR COADJUVANTE (EMPATE): Vincent Lindon (Titane) E Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
2º lugar: Aunjanue Ellis (King Richard: Criando Campeãs)

MELHOR ANIMAÇÃOFlee
Runner-up: Belle

MELHOR DOCUMENTÁRIO“Summer of Soul”
2º lugar: “Procession”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: Petite Maman, de Céline Sciamma (França)
2º lugar: Quo vadis, Aida?, de Jasmila Zbanic (Bósnia e Herzegovina)

MELHOR ROTEIRO: Ryusuke Hamaguchi and Takamasa Oe (Drive My Car)
2º lugar: Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)

MELHOR FOTOGRAFIAAri Wegner (Ataque dos Cães)
2º lugar: Greig Fraser (Duna)

MELHOR MONTAGEM: Joshua L. Pearson (Summer of Soul)
2º lugar: Andy Jurgensen (Licorice Pizza)

MELHOR TRILHA MUSICAL: Alberto Iglesias (Madres Paralelas)
2º lugar: Jonny Greenwood (Ataque dos Cães) (Spencer)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO: Steve Saklad (Duas Tias Loucas de Férias)
2º lugar: Tamara Deverell (O Beco do Pesadelo)

PRÊMIO New Generation (EMPATE): Shatara Michelle Ford (Test Pattern) e Tatiana Huezo (Prayers for the Stolen)

Prêmio Douglas Edwards de Filme Experimental: The Works and Days (of Tayoko Shiojiri in the Shiotani Basin)

Prêmio pelo Conjunto da ObraMel Brooks

‘BELFAST’ e ‘AMOR, SUBLIME AMOR’ LIDERAM INDICAÇÕES ao CRITICS’ CHOICE AWARDS

NO MESMO DIA, DRAMA ‘BELFAST’ LIDEROU GLOBO DE OURO

Neste mesmo dia 13 de Dezembro, o Critics’ Choice Awards anunciou sua lista de indicados poucas horas depois da fragilizada HFPA anunciar os indicados ao Globo de Ouro. Em comum, Belfast foi o recordista de indicações e, desta forma, o drama autobiográfico do britânico Kenneth Branagh vem conquistando seu favoritismo até o Oscar com 11 indicações, incluindo Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Fotografia, além de 4 indicações nas categorias de atuação.

Já o outro filme com 11 indicações foi o remake do musical Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg, que estreou recentemente nos EUA com uma bilheteria bem abaixo do esperado apesar das boas críticas. Vale lembrar que o filme tinha previsão inicial para lançamento em 2020, mas devido ao escândalo sexual envolvendo o nome do protagonista Ansel Elgort, houve um adiamento de um ano. Em entrevistas, o diretor tem defendido o filme como uma mensagem de amor e união, ambos muito necessários em tempos de polarização. Recentemente, a novata Rachel Zegler recebeu o prêmio de Melhor Atriz no National Board of Review e aqui, foi indicada na categoria de Ator/Atriz Jovem, com grandes chances de vitória. E vale ressaltar a indicação de Rita Moreno, que recentemente completou 90 anos, e pode ser novamente reconhecida pela Academia 50 anos depois do original de Robert Wise e Jerome Robbins.

Logo em seguida, com 10 indicações, Ataque dos Cães e Duna se mostram protagonistas desta temporada, enquanto Licorice Pizza e O Beco do Pesadelo acumularam 8 indicações cada. O novo filme de Guillermo del Toro finalmente tem um reconhecimento à altura de suas ambições e tem boas chances de premiação nas categorias de Design de Produção e Figurino. Já King Richard: Criando Campeãs e Não Olhe Para Cima coletaram 6 indicações cada.

A indicação que mais surpreendeu foi a de Nicolas Cage na categoria de Melhor Ator por um filme mega independente chamado Pig. Alguns certamente já viram o trailer e outros já viram o filme e a reação da maioria foi unânime: “Por que Nicolas Cage não faz mais filmes assim?”. Depois de tanta porcaria que o ator participou nos últimos anos (certamente pra pagar as contas), foi bom ver que Cage continua um bom ator se lhe derem um bom papel. Em Pig, ele vive isolado numa floresta com uma porca que caça trufas até o dia em que ela é sequestrada. Parece a sinopse de um filme à la Liam Neeson, mas o filme subverte as expectativas e entrega um drama de luto. Achamos bem difícil ele voltar ao Oscar com um filme tão pequeno, ainda mais com tantos concorrentes em alta, mas já valeu pelo retorno do reconhecimento do ator.

Já na categoria de atriz, uma ausência comentada foi a de Penélope Cruz por Madres Paralelas, que lhe rendeu o Volpi Cup de Melhor Atriz no último Festival de Veneza. Como muitos já sabem, o filme não pode concorrer ao Oscar de Filme Internacional, pois não foi o selecionada do comitê espanhol, mas apesar da ausência de Cruz, ainda há expectativa de que Pedro Almodóvar consiga triunfar no Oscar.

Confira todos os indicados da 27ª edição do Critics’ Choice:

MELHOR FILME

Belfast
No Ritmo do Coração (CODA)
Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
Duna (Dune)
King Richard: Criando Campeãs (King Richard)
Licorice Pizza
O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley)
Ataque dos Cães (The Power of the Dog)
tick, tick…Boom!
Amor, Sublime Amor (West Side Story)

MELHOR ATOR
Nicolas Cage (Pig)
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
Peter Dinklage (Cyrano)
Andrew Garfield (tick, tick…Boom!)
Will Smith (King Richard: Criando Campeãs)
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

MELHOR ATRIZ
Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
Olivia Colman (The Lost Daughter)
Lady Gaga (Casa Gucci)
Alana Haim (Licorice Pizza)
Nicole Kidman (Being the Ricardos)
Kristen Stewart (Spencer)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Jamie Dornan (Belfast)
Ciarán Hinds (Belfast)
Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
Jared Leto (Casa Gucci)
J.K. Simmons (Being the Ricardos)
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Caitriona Balfe (Belfast)
Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
Ann Dowd (Mass)
Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
Aunjanue Ellis (King Richard: Criando Campeãs)
Rita Moreno (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ATOR/ATRIZ JOVEM
Jude Hill (Belfast)
Cooper Hoffman (Licorice Pizza)
Emilia Jones (No Ritmo do Coração)
Woody Norman (C’mon C’mon)
Saniyya Sidney (King Richard: Criando Campeãs)
Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ELENCO
Belfast
Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
Vingança & Castigo (The Harder They Fall)
Licorice Pizza
Ataque dos Cães (The Power of the Dog)
Amor, Sublime Amor (West Side Story)

MELHOR DIRETOR
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Guillermo del Toro (O Beco do Pesadelo)
Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)
Denis Villeneuve (Duna)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Zach Baylin (King Richard: Criando Campeãs)
Kenneth Branagh (Belfast)
Adam McKay, David Sirota (Não Olhe Para Cima)
Aaron Sorkin (Being the Ricardos)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter)
Siân Heder (No Ritmo do Coração)
Tony Kushner (Amor, Sublime Amor)
Jon Spaihts, Denis Villeneuve, Eric Roth (Duna)

MELHOR FOTOGRAFIA
Bruno Delbonnel (The Tragedy of Macbeth)
Greig Fraser (Duna)
Janusz Kaminski (Amor, Sublime Amor)
Dan Laustsen (O Beco do Pesadelo)
Ari Wegner (Ataque dos Cães)
Haris Zambarloukos (Belfast)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Jim Clay, Claire Nia Richards (Belfast)
Tamara Deverell, Shane Vieau (O Beco do Pesadelo)
Adam Stockhausen, Rena DeAngelo (A Crônica Francesa)
Adam Stockhausen, Rena DeAngelo (Amor, Sublime Amor)
Patrice Vermette, Zsuzsanna Sipos (Duna)

MELHOR MONTAGEM
Sarah Broshar and Michael Kahn (Amor, Sublime Amor)
Úna Ní Dhonghaíle (Belfast)
Andy Jurgensen (Licorice Pizza)
Peter Sciberras (Ataque dos Cães)
Joe Walker (Duna)

MELHOR FIGURINO
Jenny Beavan (Cruella)
Luis Sequeira (O Beco do Pesadelo)
Paul Tazewell (Amor, Sublime Amor)
Jacqueline West, Robert Morgan (Duna)
Janty Yates (Casa Gucci)

MELHOR PENTEADO E MAQUIAGEM
Cruella
Duna
The Eyes of Tammy Faye
Casa Gucci
O Beco do Pesadelo

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Duna
The Matrix Resurrections
O Beco do Pesadelo
Sem Tempo Para Morrer
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

MELHOR COMÉDIA

Duas Tias Loucas de Férias (Barb & Star Go to Vista Del Mar)
Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
Free Guy: Assumindo o Controle (Free Guy)
A Crônica Francesa (The French Dispatch)
Licorice Pizza

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto
Flee
Luca
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas (The Mitchells vs the Machines)
Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
A Hero
Drive My Car
Flee
The Hand of God
The Worst Person in the World

MELHOR CANÇÃO
Be Alive (King Richard: Criando Campeãs)
Dos Oruguitas (Encanto)
Guns Go Bang (Vingança & Castigo)
Just Look Up (Não Olhe Para Cima)
No Time to Die (Sem Tempo Para Morrer)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Nicholas Britell (Não Olhe Para Cima)
Jonny Greenwood (Ataque dos Cães)
Jonny Greenwood (Spencer)
Nathan Johnson (O Beco do Pesadelo)
Hans Zimmer (Duna)

_______________________________________________________
A cerimônia do Critics’ Choice Awards será transmitida peloa TNT no dia 9 de Janeiro.

‘ATAQUE DOS CÃES’ e ‘BELFAST’ LIDERAM INDICAÇÕES ao GLOBO DE OURO

EMBORA CERIMÔNIA AINDA NÃO ESTEJA GARANTIDA, HFPA ANUNCIA INDICADOS

Recapitulando para quem perdeu o bonde: Em 2021, a HFPA (Hollywood Foreign Press Association), grupo formado por jornalistas estrangeiros e responsável pela premiação do Globo de Ouro, foi alvo de acusações de jornais tais como a ausência total de jornalistas negros, e a forte suspeita de compra de votos por estúdios através de diárias caríssimas de hotéis na França para reconhecer a série Emily in Paris. Com a perda da credibilidade, a rede NBC cancelou a transmissão da cerimônia de 2022 e inúmeros estúdios anunciaram que não investiriam na campanha junto ao Globo de Ouro, pelo menos até arrumarem a casa. Inicialmente, os responsáveis pela HFPA acreditavam que essa reformulação seria rápida e eficiente, mas passados 8 meses, o Globo de Ouro ainda está repercutindo a crise. Recentemente, decidiram anunciar os indicados (afinal, são 78 anos de história de cinema e TV), mas a cerimônia, bem como a transmissão, ainda estão pendentes.

Na Live ocorrida no canal Golden Globes no YouTube, a presidente da HFPA, Helen Hoehne, começou com um discurso esperançoso, pontuando as mudanças já realizadas nos últimos meses como a inclusão de 21 novos membros jornalistas de mais de 50 países, e uma nova conduta da organização ao não aceitar mais presentes dos estúdios como forma de mimos, mas nenhuma palavra sobre a transmissão, o que se mostrou um erro. Deveriam ter firmado já alguma parceria com outra emissora ou pelo menos transmitir no próprio YouTube, já que a cerimônia já ocorre no próximo dia 09 de Janeiro. Pra quem não conferiu o anúncio dos indicados, segue link abaixo:

Já vimos vários anúncios de indicados ao longo dos anos, mas esta certamente foi uma das piores já vistas. Não dá pra entender. A nova presidente da HFPA se apresenta repleta de espírito de inovação, mas quando ela introduz Snoop Dogg pra ler os indicados, tudo vira motivo pra piada! Longe de nós querer debochar do músico, que até tem um histórico no cinema como sua participação em Dia de Treinamento e na animação da Dreamworks, Turbo, mas todos sabem que seu nome está atribuído às drogas. Snoop Dogg claramente não é a pessoa mais indicada para ler nomes às 6 horas da manhã (sem falar na possiblidade de ele estar chapado), então foi um festival de erros bizarros como ler o nome do diretor Denis Villeneuve como “Denis Villenueva” (de francês virou espanhol) e a atriz francesa Marion Cotillard virou “Marian Cottier”. Dogg fez Tiffany Haddish uma professora de Inglês! Tudo bem que nenhuma celebridade hollywoodiana queimaria sua reputação aceitando o convite da HFPA, mas se Dogg fosse a única opção, teria sido melhor outro membro da organização ler os indicados. Ficaria minimamente mais respeitoso!

E uma última coisa que gostaríamos de pontuar é que a mundo das premiações de cinema também é cruel. Enquanto o Globo de Ouro está em frangalhos (mas pelo menos está se esforçando para retomar seu prestígio), a nossa querida “bolha assassina”, ou como muitos conhecem Critics’ Choice Awards, resolveu roubar na cara dura o lugar do Globo de Ouro, agendando as datas de anúncio e premiação nos mesmos dias: 13 de Dezembro as indicações, e 09 de Janeiro a premiação. Particularmente não gostamos muito do Critics’ Choice porque sempre foi algo muito genérico, que faz de tudo para agradar os estúdios e celebridades (como estender para 8 indicados uma categoria), o que fez com que associemos esse prêmio a uma falta de personalidade. Só vamos dizer uma coisa ao Critics’: O mundo dá voltas.

NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Os recordistas desta 79ª edição foram Belfast, de Kenneth Branagh, e Ataque dos Cães, de Jane Campion, ambos com 7 indicações cada. Por enquanto, caminhamos para uma premiação dividida entre eles: Melhor Filme para o drama autobiográfico de Branagh, e Direção para Campion para reconhecer um trabalho ousado e delicado. Em 2º lugar, empatados com 4 indicações para cada: o drama King Richard: Criando Campeãs, que pode alavancar a campanha de Melhor Ator para Will Smith, as comédias Não Olhe Para Cima e Licorice Pizza, e o musical de Spielberg, Amor, Sublime Amor.

SURPRESAS

Pra quem estava antenado com este início de temporada, as escolhas da HFPA não chegaram a surpreender. Claro que houve alguns momentos estranhos como a inesperada indicação de Mahershala Ali a Melhor Ator – Drama por Swan Song. Embora o nome de Ali esteja longe de ser desconhecido, o filme havia passado desapercebido até então. Nele, seu personagem decide fazer um clone de si mesmo quando descobre ter uma doença terminal.

E embora The Lost Daughter tenha vencido os principais prêmios na última edição do Gotham Awards, havia a expectativa de que Maggie Gyllenhaal fosse indicada apenas a Melhor Roteiro, mas ela ficou entre os finalistas a Melhor Direção. Ela integra uma enxuta lista de diretoras indicadas ao Globo de Ouro ao lado de Jane Campion, que já havia sido indicada em 1994 por O Piano. Pelo filme, Olivia Colman também recebeu uma nova indicação a Melhor Atriz.

Dentre as ausências, talvez a mais sentida tenha sido a de O Beco do Pesadelo, novo filme do mexicano Guillermo del Toro, estrelado por Bradley Cooper, Cate Blanchett, Rooney Mara, Toni Collette e Willem Dafoe. Alguns especulam que a data tardia de lançamento, dia 17 de Dezembro, tenha sido o motivo da esnobada. Embora tenha grandes nomes no elenco e o próprio prestígio do diretor, algo nos diz que o filme deve coletar indicações apenas nas categorias artísticas como Design de Produção, Figurino e Fotografia.

A Variety mencionou as ausências de Rita Moreno como Coadjuvante e Ansel Elgort como Ator de Comédia ou Musical, ambos por Amor, Sublime Amor, mas não víamos boas possibilidades no Globo de Ouro. É possível que Moreno seja reconhecida pela Academia, ainda mais por ter vencido o Oscar de Coadjuvante pelo musical original de 1961.

Poderíamos incluir Jennifer Hudson ausente da lista, mas a cinebiografia de Aretha Franklin, Respect, não foi bem recebida pela crítica e pelo público. Por outro lado, vale ressaltar a dupla indicação para Jessica Chastain, que concorre pelo filme The Eyes of Tammy Faye e pela série Scenes from a Marriage.

Sobre as categorias de TV, o maior destaque fica por conta de Squid Game (ou Round 6, como ficou conhecida no Brasil), da Netflix. Além de ter se tornado a série mais vista em 90 países, tornou-se a primeira série em língua estrangeira a receber indicação para Melhor Série, já que o regulamento da HFPA não aceitava produções de fora dos EUA e por isso, sofria duras críticas. Além dessa indicação, a série sul-coreana foi reconhecida nas categorias de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante.

INDICADOS AO 79º GLOBO DE OURO:

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
Belfast (Focus Features)
No Ritmo do Coração (CODA) (Apple)
Duna (Dune) (Warner Bros.)
King Richard: Criando Campeãs (King Richard) (Warner Bros.)
Ataque dos Cães (The Power of the Dog) (Netflix)

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Jessica Chastain (The Eyes of Tammy Faye)
Olivia Colman (The Lost Daughter)
Nicole Kidman (Being the Ricardos)
Lady Gaga (Casa Gucci)
Kristen Stewart (Spencer)

MELHOR ATOR – DRAMA
Mahershala Ali (Swan Song)
Javier Bardem (Being the Ricardos)
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
Will Smith (King Richard: Criando Campeãs)
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Cyrano (MGM)
Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
Licorice Pizza (MGM/United Artists Releasing)
tick, tick… BOOM! (Netflix)
Amor, Sublime Amor (West Side Story) (20th Century Studios)

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Marion Cotillard (Annette)
Alana Haim (Licorice Pizza)
Jennifer Lawrence (Não Olhe Para Cima)
Emma Stone (Cruella)
Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Leonardo DiCaprio (Não Olhe Para Cima)
Peter Dinklage (Cyrano)
Andrew Garfield (Tick, tick… Boom!)
Cooper Hoffman (Licorice Pizza)
Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto (Walt Disney Pictures)
Flee (Neon)
Luca (Pixar)
My Sunny Maad
Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon) (Walt Disney Pictures)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Compartment No.6 – FINLÂNDIA
Drive My Car – JAPÃO
The Hand of God – ITÁLIA
A Hero – IRÃ
Parallel Mothers – ESPANHA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Caitriona Balfe (Belfast)
Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
Aunjanue Ellis (King Richard: Criando Campeãs)
Ruth Negga (Passing)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ben Affleck (The Tender Bar)
Jamie Dornan (Belfast)
Ciarán Hinds (Belfast)
Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR DIREÇÃO
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter)
Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)
Denis Villeneuve (Duna)

MELHOR ROTEIRO
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
Kenneth Branagh (Belfast)
Jane Campion (Ataque dos Cães)
Adam McKay (Não Olhe Para Cima)
Aaron Sorkin (Being the Ricardos)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (A Crônica Francesa)
Germaine Franco (Encanto)
Jonny Greenwood (Ataque dos Cães)
Alberto Iglesias (Parallel Mothers)
Hans Zimmer (Duna)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Be Alive” – Beyoncé Knowles-Carter, Dixson (King Richard: Criando Campeãs)
“Dos Orugitas” – Lin-Manuel Miranda (Encanto)
“Down to Joy” – Van Morrison (Belfast)
“Here I Am (Singing My Way Home)” – Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson, Carole King (Respect)
“No Time to Die” – Billie Eilish, Finneas O’Connell (007 – Sem Tempo Para Morrer)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
Lupin
The Morning Show
Post
Squid Game
Succession

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Uzo Aduba (In Treatment)
Jennifer Aniston (The Morning Show)
Christine Baranski (The Good Fight)
Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
Michaela Jaé (MJ) Rodriguez (Pose)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Brian Cox (Succession)
Lee Jung-jae (Squid Game)
Billy Porter (Pose)
Jeremy Strong (Succession)
Omar Sy (Lupin)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
The Great (Hulu)
Hacks (HBO Max)
Only Murders in the Building (Hulu)
Reservation Dogs (FX on Hulu)
Ted Lasso (Apple TV Plus)

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Hannah Einbinder (Hacks)
Elle Fanning (The Great)
Issa Rae (Insecure)
Tracee Ellis Ross (Black-ish)
Jean Smart (Hacks)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Anthony Anderson (Black-ish)
Nicholas Hoult (The Great)
Steve Martin (Only Murders in the Building)
Martin Short (Only Murders in the Building)
Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Dopesick (Hulu)
Impeachment: American Crime Story (FX)
Maid (Netflix)
Mare of Easttown (HBO)
The Underground Railroad (Amazon Prime Video)

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Jessica Chastain (Scenes From a Marriage)
Cynthia Erivo (Genius: Aretha)
Elizabeth Olsen (WandaVision)
Margaret Qualley (Maid)
Kate Winslet (Mare of Easttown)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Paul Bettany (WandaVision)
Oscar Isaac (Scenes From a Marriage)
Michael Keaton (Dopesick)
Ewan McGregor (Halston)
Tahar Rahim (The Serpent)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Jennifer Coolidge (White Lotus)
Kaitlyn Dever (Dopesick)
Andie MacDowell (Maid)
Sarah Snook (Succession)
Hannah Waddingham (Ted Lasso)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Billy Crudup (The Morning Show)
Kieran Culkin (Succession)
Mark Duplass (The Morning Show)
Brett Goldstein (Ted Lasso)
Oh Yeong-su (Squid Game)

__________________________________________________
A 79ª cerimônia do Globo de Ouro está marcada para o dia 09 de Janeiro.

FILME JAPONÊS DRIVE MY CAR é o MELHOR FILME segundo NYFCC

FILME DE JANE CAMPION ACUMULA TRÊS PRÊMIOS DOS CRÍTICOS DE NOVA YORK

O Círculo de Críticos de Nova York (NYFCC), composto por um grupo de aproximadamente 50 críticos e jornalistas, anunciou sua seleção nesta sexta-feira (03) com uma surpresa na categoria de Melhor Filme, já que concedeu o prêmio ao filme japonês Drive My Car, que é o representante oficial do Japão na disputa pelo Oscar de Filme Internacional. A adaptação do conto de Haruki Murakami, que foi lançada no último Festival de Cannes, de onde saiu com o prêmio de Melhor Roteiro, ganha mais impulso rumo ao Oscar, cuja pré-lista com 15 filmes em língua estrangeira será divulgada no próximo dia 21. Nos últimos 10 anos, o NYFCC premiou apenas um vencedor do Oscar de Melhor Filme: O Artista em 2012. Em 2018, premiou Roma, falado em espanhol, mas o Oscar preferiu Green Book. No ano passado, o grupo elegeu First Cow, mas a Academia ignorou por completo o drama de época de Kelly Reichardt. Resumindo: o NYFCC não tem servido como parâmetro (aliás, nem deve!).

Ignorado pelo National Board of Review há dois dias, Ataque dos Cães, já no catálogo da Netflix, acumulou três prêmios importantes que oficializa a entrada do western de Jane Campion na temporada de premiações: Direção, Ator (Benedict Cumberbatch) e Ator Coadjuvante (Kodi Smit-McPhee). Ainda sobre a Netflix, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas conquistou o prêmio de Melhor Longa de Animação, enquanto The Lost Daughter, de Maggie Gyllenhaal, foi eleito o melhor filme de estreia na direção.

Nas categorias de atuação feminina, Kathryn Hunter foi eleita a Melhor Atriz Coadjuvante por interpretar as bruxas em The Tragedy of Macbeth, enquanto Lady Gaga foi reconhecida Melhor Atriz por viver Patrizia Reggiani em Casa Gucci. Embora muitos fãs da artista musical já se empolgarem com esta importante vitória, vale lembrar que as últimas três vencedoras deste prêmio sequer conseguiram uma indicação ao Oscar: Regina Hall (Support the Girls), Lupita Nyong’o (Nós) e Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre), sendo a última vencedora do Oscar Cate Blanchett por Blue Jasmine em 2014.

O único vencedor do NYFCC que também foi premiado no NBR foi Paul Thomas Anderson. Após coletar Filme, Diretor e Atores Revelação no National Board of Review, o cineasta ganhou o prêmio de Roteiro por Licorice Pizza. Ele já havia ganhado o mesmo prêmio em 2017 por Trama Fantasma. Já o prêmio de fotografia foi para o colaborador polonês de Spielberg pelo remake do musical Amor, Sublime Amor.

Por ter levado o prêmio de Melhor Filme, Drive My Car “cedeu” o prêmio de Filme em Língua Estrangeira para o norueguês The Worst Person in the World, que venceu o prêmio de Atriz em Cannes e disputa uma das 5 vagas de Melhor Filme Internacional representando a Noruega.

SEGUEM OS VENCEDORES DO NYFCC 2021:

FILME
Drive My Car
Dir:
Ryusuke Hamagushi

DIREÇÃO
Jane Campion (Ataque dos Cães)

ATOR
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)

ATRIZ
Lady Gaga (Casa Gucci)

ATOR COADJUVANTE
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

ATRIZ COADJUVANTE
Kathryn Hunter (The Tragedy of Macbeth)

ROTEIRO
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)

FOTOGRAFIA
Janusz Kaminski (Amor, Sublime Amor)

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRO
The Worst Person in the World
Dir: Joachim Trier

FILME DE NÃO-FICÇÃO
Flee

LONGA DE ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Dir: Michael Rianda, Jeff Rowe

FILME DE ESTREIA
The Lost Daughter
Dir: Maggie Gyllenhaal

Special Award: Maya Cade pela criação da Black Film Archive

Special Award: Diane Weyermann, um prêmio póstumo pelo apoio a cineastas ousados e impactantes em Sundance e Participant

Special Award: Marshall Fine por seus anos de serviço como gerente geral da NYFCC e décadas do cinema de Nova York

CAMPION, ALMODÓVAR e SORRENTINO na DISPUTA pelo LEÃO DE OURO. ‘DUNA’ e ‘O ÚLTIMO DUELO’ COMPETEM por FORA

Benedict Cumberbatch em The Power of the Dog

FESTIVAL ITALIANO PROCURA REPETIR PRÉVIA DO OSCAR DAS ÚLTIMAS EDIÇÕES

Logo após o término de um prorrogado Festival de Cannes, o festival de cinema mais tradicional de todos acaba de divulgar seus filmes selecionados da sua 78ª edição. Para quem não se recorda, nos últimos quatro anos, Veneza premiou dois vencedores do Oscar de Melhor Filme: Nomadland e A Forma da Água, e dois fortes indicados: Coringa e Roma. Pelo calendário, Veneza divide as atenções com o Festival de Toronto, mas não há dúvidas que tem se tornado um ótimo chamariz para estúdios lançarem seus filmes e iniciarem a temporada de premiações.

Contudo, apesar de um boa seleção oficial, filmes altamente aguardados como Duna, de Denis Villeneuve, O Último Duelo, de Ridley Scott, e Last Night in Soho, de Edgar Wright, serão exibidos fora de competição. Teria sido alguma ordem dos estúdios, dos realizadores ou simplesmente não qualificaram para a disputa principal pelo Leão de Ouro?

Já dentre os filmes na competição oficial, Pedro Almodóvar abre o festival com Parallel Mothers, teremos também a neozelandesa Jane Campion com The Power of the Dog, Paul Schrader com uma história de vingança The Card Counter, Paolo Sorrentino com The Hand of God, Michael Franco (que venceu o Grande Prêmio do Júri no ano passado por New Order) com Sundown, o retorno do único venezuelano vencedor do Leão de Ouro Lorenzo Vigas com La Caja, a estreia na direção da atriz Maggie Gyllenhaal com The Lost Daughter, adaptação do romance de Elena Ferrante, e a iraniana-americana Ana Lily Amirpour, conhecida por Garota Sombria Caminha Pela Noite, com Mona Lisa and the Blood Moon.

Obviamente, há nomes de atores conhecidos nessas produções que podem levar o Volpi Cup de interpretação. Pelo filme de Gyllenhaal, temos “só” Olivia Colman, Ed Harris, Jessie Buckley e Peter Sarsgaard, enquanto pelo filme de Campion, Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst e Jesse Plemons. A disputa entre as atrizes também ganha os nomes de Penélope Cruz (que compete por Parallel Mothers, de Almodóvar, e Official Competition, da dupla Mariano Cohn e Gastón Duprat), e Kristen Stewart que viveu a Princesa Diana em Spencer, de Pablo Larraín.

Assim como em Cannes, haverá uma mostra paralela intitulada Horizontes Extra, que tem o intuito de acolher mais produções que sofreram com a pandemia e perderam espaço em festivais. Aliás, é nessa mostra que está o único representante do Brasil: 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, filme sobre tráfico humano com Rodrigo Santoro e Christian Malheiros, que disputou o Independent Spirit Award de Melhor Ator por Sócrates em 2019.

Vale lembrar que este ano, Veneza concederá um Leão de Ouro Honorário pela carreira dos atores Jamie Lee Curtis, que estrela o novo Halloween Kills, que será exibido fora de competição, e Roberto Benigni, que recentemente foi Gepeto na nova adaptação de Pinóquio.

A 78ª edição do Festival de Veneza começa no dia 1º de Setembro e termina no dia 11. O júri será presidido pelo diretor de Parasita, Bong Joon Ho, que contará também com Chloé Zhao (atual vencedora do Oscar e Leão de Ouro por Nomadland), a atriz Virginie Efira (Benedetta), Cynthia Erivo (Harriet), atriz e produtora canadense Sarah Gadon (O Homem Duplicado), o diretor italiano Saverio Costanzo (Hungry Hearts) e documentarista romeno Alexander Nanau, recém-indicado ao Oscar por Collective.

Confira a seleção completa de Veneza:

COMPETIÇÃO

Parallel Mothers, Pedro Almodovar (Espanha) – FILME DE ABERTURA
Mona Lisa and the Blood Moon, Ana Lily Amirpour (EUA)
Un Autre Monde, Stephane Brizé (França)
The Power of the Dog, Jane Campion (Nova Zelândia, Austrália)
America Latina, Damiano D’Innocenzo, Fabio D’Innocenzo (Itália, França)
L’Evenement, Audrey Diwan (França)
Official Competition, Gaston Depart, Mariano Cohn (Espanha, Argentina)
Il Buco, Michelangelo Frammartino (Itália, France, Alemanha)
Sundown, Michel Franco (México, França, Suécia)
Lost Illusions, Xavier Giannoli (França)
The Lost Daughter, Maggie Gyllenhaal (Grécia, EUA, Reino Unido, Israel)
Spencer, Pablo Larrain (Alemanha, Reino Unido)
Freaks Out, Gabriele Mainetti (Itália, Bélgica)
Qui Rido Io, Mario Martone (Itália, Espanha)
On The Job: The Missing 8, Eric Matti (Filipinas)
Leave No Traces, Jan P. Matuszyski (Polônia, França, República Tcheca)
Captain Volkonogov Escaped, Yuriy Borisov (Rússia, Estônia, França)
The Card Counter, Paul Schrader (EUA, Reino Unido, China)
The Hand of God, Paolo Sorrentino (Itália)
Reflection, Valentin Vasyanovych (Ucrânia)
La Caja, Lorenzo Vigas (México, EUA)

FORA DE COMPETIÇÃO – Ficção

Il Bambino Nascosto, Roberto Andò (Itália) – FILME DE ENCERRAMENTO
Les Choses Humaines, Yvan Attal (França)
Ariaferma, Leonardo Di Costanzo (Itália, Suíça)
Halloween Kills, David Gordon Green (EUA)
La Scuola Cattolica, Stefano Mordini (Itália)
Old Henry, Potsy Ponciroli (EUA)
The Last Duel, Ridley Scott (EUA, Reino Unido)
Dune, Denis Villeneuve (EUA, Hungria, Jordânia, Emirados Árabes, Noruega, Canadá)
Last Night in Soho, Edgar Wright (Reino Unido)

FORA DE COMPETIÇÃO – Não-Ficção

Life of Crime 1984-2020, Jon Albert (EUA)
Tranchées, Loup Bureau (França)
Viaggio Nel Crepuscolo, Augusto Contento (França, Itália)
Republic of Silence, Diana El Jeiroudi (Alemanha, França, Síria, Catar)
Hallelujah: Leonard Cohen, A Journey, A Song, Daniel Geller, Dayna Goldfine (EUA)
DeAndré#Deandré Storia di un Impiegato, Roberta Lena (Itália)
Django & Django, Luca Rea (Itália)
Ezio Bosso. Le Cose Che Restano, Giorgio Verdelli (Itália)

FORA DE COMPETIÇÃO – Série de TV

“Scenes From a Marriage” (episodes 1-5), Hagai Levi (EUA)

HORIZONTES

Les Promesses, Thomas Kruithof (França) – FILME DE ABERTURA
Atlantide, Yuri Ancarani (Itália, França, EUA, Catar)
Miracle Bogdan George Apetri (Romênia, República Tcheca, Letônia)
Pilgrims, Laurynas Bareisa (Lituânia)
The Peackock’s Paradise, Laura Bispuri (Itália, Alemanha)
The Falls, Chung Mong-Hong (Taiwan)
El Hoyo En La Cerca, Joachin Del Paso (México, Polônia)
Amira, Mohamed Diab (Egito, Jordânia, Emirados Árabes, Arábia Saudita)
A Plein Temps, Eric Gravel (França)
107 Mothers, Peter Kerkekes (Eslovênia, República Tcheca, Ucrânia)
Vera Dreams of the Sea, Kaltrina Krasniqi (Albânia, Macedônia do Norte)
White Building, Kavich Neang (Camboja, França, China, Catar)
Anatomy of Time, Jakrawal Nilthamrong (Tailândia, França, Holanda, Singapura, Alemanha)
El Otro Tom, Rodrigo Pla, Laura Santullo (México, EUA)
El Gran Movimiento, Kiro Russo (Bolívia, França, Catar, Suíça)
Once Upon a Time in Calcutta, Adita Vikram Sengupta (Índia, França, Noruega)
Rhino, Oleg Sentsov (Ucrânia, Polônia, Alemanha)
True Things, Harry Wootliff (Reino Unido)
Inu-Oh, Yuasa Masaaki (Japão, China)

HORIZONTES EXTRA

Land of Dreams, Shirin Neshat, Shoja Azari (EUA, Alemanha, Catar) — FILME DE ABERTURA
Costa Brava, Mounia Akl (Líbano, França, Espanha, Suécia, Dinamarca, Noruega, Catar)
Mama, I’m Home, Vladimir Bitokov (Rússia)
Ma Nuit, Antoinette Boulot (França, Bélgica)
La Ragazza Ha Volato, Wilma Labate (Itália, Eslovênia)
7 Prisoners, Alexandre Moratto (Brasil)
The Blind Man Who Did Not Want to See Titanic, Teemu Nikki (Finlândia)
La Macchina Delle Immagini di Alfredo C, Roland Sejko (Itália)

COM 12 FILMES DIRIGIDOS POR MULHERES, FESTIVAL DE CANNES SE TORNA MAIS INCLUSIVO

Cartaz oficial da 72a edição de Cannes com Agnès Varda na filmagem de seu primeiro longa

THIERRY FREMAUX, PRESIDENTE DO FESTIVAL, OUVIU OS PROTESTOS DE 2018

No ano passado, 82 mulheres, entre elas as atrizes Marion Cotillard, Salma Hayek, Kristen Stewart e Cate Blanchett, caminharam juntas pelo tapete vermelho para protestar contra a baixa representação feminina no evento. “As mulheres não são uma minoria neste mundo, apesar da nossa indústria dizer o contrário. Como mulheres, todas nós encaramos nossos próprios desafios, mas nós nos juntamos aqui nestes degraus como um símbolo de nossa determinação e comprometimento com o progresso”, leram Blanchett e Agnès Varda.

Embora não seja adepto de qualquer cota, os números femininos em Cannes realmente são irrisórios. Em 71 anos de história, foram apenas 82 filmes selecionados para a competição oficial, enquanto masculinos ultrapassam os 1.600. Vale lembrar também que apenas UMA mulher levou a Palma de Ouro, quando Jane Campion conquistou em 1993 com O Piano. Apesar da cadeira de direção ter sido altamente predominada por homens ao longo das décadas, o número de mulheres aumentou consideravelmente desde os anos 90 para cá.

Enfim, o presidente do Festival de Cannes acompanhou o descontentamento feminino e elegeu 4 diretoras para competir pela Palma de Ouro (os filmes estão assinalados com emojis na lista abaixo). Esse número, que representa 21% das 19 produções que estão concorrendo, é o melhor desde 2011. E do total do evento, são 13 diretoras convidadas que representam 12 filmes (um deles é co-dirigido por duas diretoras).

O número feminino pode aumentar caso haja mais mulheres numa pós-seleção que sempre ocorre antes da abertura do festival. Contudo, o filme mais aguardado desta segunda leva talvez seja o novo filme de Quentin Tarantino, Era uma vez em Hollywood, que está em fase final de montagem. Considerando que a carreira de Tarantino deslanchou por causa da Palma de Ouro por Pulp Fiction, ele deve fazer de tudo para conseguir entregar seu novo filme a tempo.

BRASIL DE VOLTA À COMPETIÇÃO OFICIAL

A última vez que o cinema nacional esteve entre os indicados à Palma de Ouro foi há 3 anos, justamente pelo filme anterior de Kléber Mendonça Filho, Aquarius, estrelado por Sônia Braga. Seu novo trabalho , co-dirigido por Juliano Dornelles, Bacurau, ou Nighthawk (título internacional), se passaria no Nordeste onde uma comunidade rural teria desaparecido com a morte de uma nonagenária.

Cena de Bacurau, de Kléber Mendonça Filho (pic by Gazeta Online)

Se antes a equipe do filme protestou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef no tapete vermelho (o que acarretou na desclassificação injusta do filme na seleção para o Oscar), imagino que neste ano deva sobrar para Jair Bolsonaro.

Já pela mostra Un Certain Regard, o cineasta Karim Aïnouz volta com A Vida Invisível de Eurídice Gusmão (Invisible Life). O diretor cearense escalou a dama do teatro, Fernanda Montenegro, para viver Eurídice, que lutou contra o machismo dos anos 50 no Rio de Janeiro.

Cena de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão

E A NETFLIX, CANNES?

Este ano é o segundo consecutivo que a plataforma de streaming foi banida da competição oficial por causa dos interesses das redes de cinema na França. Apesar do sucesso de Roma, de Alfonso Cuarón, que deveria ter passado em Cannes, o presidente Fremaux ainda resiste às mudanças.

Essa postura conservadora terá consequências desastrosas nos próximos anos, que muitos lançamentos de streaming migrarão automaticamente para outros festivais como Veneza. The Irishman, próximo filme de Martin Scorsese, que reunirá Robert De Niro e Al Pacino, lançamento de peso da Netflix em 2019, deverá estrear em Veneza, pegando carona para a temporada de premiações em setembro.

DA SELEÇÃO OFICIAL

Cannes continua sendo aquela panelinha de sempre, seja do ponto de vista positivo ou negativo. A seleção deles se apóia na credibilidade dos cineastas, tanto que temos os irmãos Dardenne, Ken Loach, Terrence Malick e até o novo de Pedro Almodóvar, que estreou comercialmente na Espanha. Curiosamente, foi o mesmo Almodóvar que expurgou a Netflix 3 anos, defendendo Cannes quando fora presidente do júri. Coincidência ou troca de amenidades?

Claro que a maioria dos filmes deve ser de boa qualidade, mas chega uma hora que não pra depender apenas dos renomados.

Nos bastidores de Dolor y Gloria, Antonio Banderas claramente interpreta o alter ego de Almodóvar (pic by fotogramas.es)

Lembrando que o presidente do júri deste ano é o mexicano vencedor de 2 Oscars, Alejandro González Iñárritu, fato que pode beneficiar produções de língua latina.

INDICADOS À PALMA DE OURO 2019:

THE DEAD DON’T DIE. Dir: Jim Jarmusch (Filme de Abertura)

ATLANTIQUE. Dir: Mati Diop 🙋🏻‍♀️

BACURAU. Dir: Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles

FRANKIE. Dir: Ira Sachs

A HIDDEN LIFE. Dir: Terrence Malick

IT MUST BE HEAVEN. Dir: Elia Suleiman

LES MISÉRABLES. Dir: Ladj Ly

LITTLE JOE. Dir: Jessica Hausner 🙋🏻‍♀️

MATTHIAS AND MAXIME. Dir: Xavier Dolan

OH MERCY! Dir: Arnaud Desplechin

PAIN & GLORY. Dir: Pedro Almodóvar

PARASITE. Dir: Bong Joon Ho

PORTRAIT OF A LADY ON FIRE. Dir: Céline Sciamma 🙋🏻‍♀️

SIBYL. Dir: Justine Triet 🙋🏻‍♀️

SORRY WE MISSED YOU. Dir: Ken Loach

THE TRAITOR. Dir: Marco Bellocchio

THE WHISTLERS. Dir: Corneliu Porumboiu

THE WILD GOOSE LAKE. Dir: Diao Yi’nan

THE YOUNG AHMED. Dir: Jean-Pierre Dardenne & Luc Dardenne

COMPETIÇÃO UN CERTAIN REGARD

Adam. Dir: Maryam Touzani

Beanpole. Dir: Kantemir Balagov

A Brother’s Love. Dir: Monia Chokri

Bull. Dir: Annie Silverstein

The Climb. Dir: Michael Covino

Evge. Dir: Nariman Aliev

Freedom. Dir: Albert Serra

Vida Invisível. Dir: Karim Aïnouz

Joan of Arc. Dir: Bruno Dumont

Chambre 212. Dir: Christophe Honoré

Papicha. Dir: Mounia Meddour

Port Authority. Dir: Danielle Lessovitz

Summer of Changsha. Dir: Zu Feng

The Swallows of Kabul. Dir: Zabou Breitman & Eléa Gobé Mévellec

A Sun That Never Sets. Dir: Olivier Laxe

Zhuo Ren Mi Mi. Dir: Midi Z

FORA DE COMPETIÇÃO

The Best Years of a Life. Dir: Claude Lelouch

Diego Maradona. Dir: Asif Kapadia

La Belle Époque. Dir: Nicolas Bedos

Rocketman. Dir: Dexter Fletcher

Too Old to Die Young – North of Hollywood, West of Hell. Dir: Nicolas Winding Refn

MIDNIGHT SCREENINGS

The Gangster, the Cop, the Devil. Dir: Lee Won-Tae

SPECIAL SCREENINGS

Family Romance, LLC. Dir: Werner Herzog

For Sama. Dir: Waad Al Kateab, Edward Watts

Que Sea Ley. Dir: Juan Solanas

Share. Dir: Pippa Bianco

To Be Alive and Know It. Dir: Alain Cavalier

Tommaso. Dir: Abel Ferrara

***

O 72o Festival de Cannes começa no dia 14 de Maio e termina no dia 25.

FESTIVAL DE CANNES: GODARD e SPIKE LEE estão de VOLTA pela DISPUTA da PALMA DE OURO

Todos lo Saben.jpg

Penélope Cruz e Javier Bardem em cena de Todos lo Saben, de Asghar Farhadi, que abrirá o Festival de Cannes

SELEÇÃO CONTÉM A PRESENÇA ILUSTRE DE JEAN-LUC GODARD E TRÊS CINEASTAS MULHERES

Olá, pessoal que segue o blog! Após um período de hibernação pós-Oscar, eis que retorno com a divulgação dos filmes selecionados para o Festival de Cannes, que entra em sua 71ª edição, lembrando que a presidente do júri deste ano é a atriz australiana Cate Blanchett.

AINDA SOBRE A NETFLIX

Antes de divagar sobre a seleção em si, gostaria de abrir um breve adendo ainda relacionado à desavença entre Cannes e Netflix, que começou ano passado, quando o então presidente do júri, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar, lançou a declaração polêmica de que não premiaria (sem sequer conferir) nenhuma das duas produções da Netflix porque não seriam exibidas na tela grande. Para tentar apaziguar os ânimos, o coordenador de Cannes Thierry Frémaux decidiu que a partir de 2018, os filmes selecionados precisariam necessariamente ser exibidos em salas de cinema.

Após esse destrato, o diretor de conteúdo da Netflix anunciou que ficará de fora do Festival de Cannes este ano. Desse modo, candidatos em potencial como Roma, o novo filme de Alfonso Cuarón, e Norway, de Paul Greengrass, estão descartados. Porém, o problema reside na provável ausência de um dos maiores diretores de todos os tempos: Orson Welles. Sim, aquele mesmo de um tal Cidadão Kane, que é bem cotado pela crítica.

A filha dele, Beatrice Welles, finalizou o último trabalho do pai intitulado The Other Side of the Wind (O Outro Lado do Vento, em tradução livre), que foi filmado na década de 70, mas devido a problemas financeiros teve enormes dificuldades de ser lançado. Até que em 2017, a Netflix comprou os direitos e se comprometeu a fazer um grande lançamento, que seria em Cannes. E agora? Através de um e-mail, Beatrice fez um apelo ao coordenador de Cannes para reconsiderar a respeito da inclusão de produções da plataforma de streaming:

the-other-side-of-the-wind-cop

Da esquerda para a direita: John Huston, Orson Welles e Peter Bogdanovich em set de The Other Side of the Wind.

 

“Fiquei bem chateada e preocupada em ler nos jornais a respeito do conflito com o Festival de Cannes. Tenho que falar pelo meu pai. Eu vi como as grandes companhias de produção destruíram sua vida, seu trabalho, e ao fazê-lo, um pouco do homem que amei tanto. Eu odiaria muito ver a Netflix ser mais uma dessas companhias.”

DISSECANDO A SELEÇÃO

Deixando um pouco a polêmica Arte vs. Distribuição de lado, a seleção de Cannes deste ano apresenta algumas peculiaridades. Dos 18 filmes que competem pela Palma de Ouro, temos apenas dois filmes norte-americanos: BlacKKKlansman, de Spike Lee, e Under the Silver Lake, de David Robert Mitchell, diretor do ótimo Corrente do Mal. Spike Lee não disputava a Palma de Ouro desde 1991 por Febre da Selva, formando um hiato de 27 anos. Com a baixa aderência de americanos, o tapete vermelho não será tão glamoroso com as ausências das celebridades hollywoodianas, mas acredito que este era o objetivo do festival: atrair mais qualidade e menos glamour.

Este ano, temos três filmes dirigidos por mulheres: Eva Husson, Nadine Labacki e Alice Rohrwacher. Embora não tenha alcançado o recorde de 2011, quando houve quatro mulheres, essa porcentagem feminina tem se elevado desde 2000. Sobre o assunto, o Frémaux deu a seguinte declaração: “Em Cannes, nunca teremos uma seleção baseada em uma discriminação positiva em relação às mulheres. Há uma diferença entre as mulheres cineastas e o movimento Me Too.”  Claro que Cannes, assim como o Oscar, pode dar uma força ao olhar com mais carinho os filmes dirigidos por mulheres, mas não são obrigados a selecioná-los pensando meramente no politicamente correto. Além disso, novamente eles elegeram uma presidente mulher com o intuito de lançar um olhar feminino na competição e quem sabe possibilitar uma segunda Palma de Ouro para uma cineasta (a primeira foi para Jane Campion e seu belo O Piano em 1993).

Dois dos diretores em competição estão presos em seus respectivos países: o iraniano Jafar Panahi, e o ucraniano Kirill Serebrennikov. Frémaux tentará apelar aos governos desses países para liberá-los e apresentar seus trabalhos na França, mas acredito que não conseguirá, pois os artistas podem pedir exílio político em território estrangeiro.

Ao contrário dos anos anteriores, a seleção deste ano não está recheada de nomes conhecidos dos festivais internacionais. Temos aqui o mestre francês Jean-Luc Godard com Le Livre d’Image, mas a maioria é composta por nomes internacionais emergentes como o polonês Pawel Pawlikowski (que venceu o Oscar por Ida em 2015), o italiano Matteo Garrone (conhecido pelo polêmico Gomorra) e o chinês Jia Zhang-Ke (conhecido por O Mundo e As Montanhas se Separam).

Por motivos desconhecidos, muitos nomes frequentes de Cannes estão ausentes (pelo menos até o momento, já que deve haver a inclusão de mais dois ou três filmes ainda) como Naomi Kawase, Jacques Audiard, Xavier Dolan, Nuri Bilge Ceylan e Olivier Assayas. Existe a possibilidade de seus trabalhos não terem conseguido finalizar a tempo do prazo do festival, mas também uma decisão de apostar em novos talentos.

Entre os nomes por hora excluídos, mas que podem surgir ainda, está o dinamarquês Lars von Trier, aquele mesmo que foi banido do festival em 2011 por ter feito comentários de teor nazista e defendido Hitler. Ele tem um filme bastante polêmico a ser lançado este ano: The House that Jack Built, no qual Matt Dillon interpreta um serial killer que mata mais de 12 pessoas e consegue ocultar os corpos. Alguns comentários de pessoas que já teriam visto alegam que existem fortes cenas de brutalidade e violência. Outros excluídos bastante citados são os britânicos Mike Leigh, que tem o drama histórico Peterloo, e Terry Gilliam com seu eterno The Man Who Killed Don Quixote, que não teria sido selecionado por legais.

SESSÕES ESPECIAIS

Vale lembrar que haverá pelo menos uma sessão de 2001: Uma Odisséia no Espaço em homenagem aos 50 anos de seu lançamento em 1968. O diretor britânico Christopher Nolan, bastante fã do filme, será host desta sessão. Esperamos que essa empolgação chegue a alguma sala aqui no Brasil, já que a ficção científica de Kubrick merece ser visto na tela grande e com som de ótima qualidade.

Ainda sobre homenagens, o diretor brasileiro Cacá Diegues terá seu novo filme exibido fora de competição. O Grande Circo Místico, sobre uma família austríaca que mantém um circo, estrelado por Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer e Antônio Fagundes, terá sessão especial no festival. Cacá Diegues já competiu pela Palma de Ouro em três oportunidades com Bye Bye Brasil (1980), Quilombo (1984) e Um Trem Para as Estrelas (1987), mas nunca levou.

O-Grande-Circo-Mistico

Jesuíta Barbosa e Bruna Linzmeyer em cena de O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues

E importante citar que outro cineasta brasileiro estará presente em Cannes. Joe Penna, nascido em São Paulo, residente nos EUA, que ficou conhecido por seu canal no YouTube, realizou seu primeiro longa-metragem intitulado Arctic, sobre um homem aguardando resgate no Ártico. Logo em seu projeto de estréia, conseguiu a presença marcante do ótimo Mads Mikkelsen, conhecido por viver Hannibal Lecter na série de TV, e que venceu o prêmio de Ator em Cannes pelo ótimo A Caça.

arctic.jpg

Cena de Arctic, de Joe Penna, estrelado por Madds Mikkelsen

INDICADOS À PALMA DE OURO:

  • Everybody Knows – FILME DE ABERTURA
    Dir: Asghar Farhadi
  • En Guerre (At War)
    Dir: Stephane Brize
  • Dogman
    Dir: Matteo Garrone
  • Le Livre d’Image
    Dir: Jean-Luc Godard
  • Netemo Sametemo (Asako I & II)
    Dir: Ryusuke Hamaguchi
  • Plaire Aimer et Courir Vite (Sorry Angel)
    Dir: Christophe Honore
  • Les Filles du Soleil (Girls of the Sun)
    Dir: Eva Husson
  • Ash Is Purest White
    Dir: Jia Zhang-Ke
  • Shoplifters
    Dir: Kore-Eda Hirokazu
  • Capharnaum
    Dir: Nadine Labaki
  • Buh-Ning (Burning)
    Dir: Lee Chang-Dong
  • BlacKKKlansman
    Dir: Spike Lee
  • Under the Silver Lake
    Dir: David Robert Mitchell
  • Three Faces
    Dir: Jafar Panahi
  • Zimna Wojna (Cold War)
    Dir: Pawel Pawlikowski
  • Lazzaro Felice
    Dir: Alice Rohrwacher
  • Yomeddine
    Dir: A.B. Shawky
  • Leto
    Dir: Kirill Serebrennikov

FORA DE COMPETIÇÃO

  • Solo: A Star Wars Story
    Dir: Ron Howard
  • Le Grand Bain
    Dir: Gilles Lelouche

SESSÕES ESPECIAIS

  • 10 Years in Thailand
    Dir: Aditya Assarat, Wisit Sasanatieng, Chulayarnon Sriphol e Apichatpong Weerasthakul
  • The State Against Mandela and the Others
    Dir: Nicolas Champeaux e Gilles Porte
  • O Grande Circo Místico (The Great Mystical Circus)
    Dir: Carlos Diegues
  • La Traversee
    Dir: Romain Goupil
  • A Touts Vents (To the Four Winds)
    Dir: Michel Toesca
  • Les Ames Mortes (Dead Souls)
    Dir: Wang Bing
  • Pope Francis – A Man of His Word
    Dir: Wim Wenders

MIDNIGHT SCREENINGS

  • Arctic
    Dir: Joe Penna
  • Gongjak (The Spy Gone North)
    Dir: Yoon Jong-Bing

UN CERTAIN REGARD

  • Grans (Border)
    Dir: Ali Abbasi
  • Sofia
    Dir: Meyem Benm’Barek
  • Les Chatouilles (Little Tickles)
    Dir: Andrea Bescond & Eric Metayer
  • Long Day’s Journey Into Night
    Dir: Bi Gan
  • Manto
    Dir: Nandita Das
  • A Genoux les Gars (Sextape)
    Dir: Antoine Desrosieres
  • Girl
    Dir: Lukas Dhont
  • Guele d’Ange (Angel Face)
    Dir: Vanessa Filho
  • Euphoria
    Dir: Valeria Golino
  • Mon Tissu Prefere (My Favorite Fabric)
    Dir: Gaya Jiji
  • Rafiki (Friend)
    Dir: Wanuri Kahiu
  • Die Stropers (The Harvesters)
    Dir: Etienne Kallos
  • In My Room
    Dir: Ulrich Kohler
  • El Angel
    Dir: Luis Ortega
  • The Gentle Indifference of the World
    Dir: Adilkhan Yerzhanov

***

O Festival de Cannes se inicia no dia 8 de Maio e termina no dia 19, quando devem ser anunciados os vencedores eleitos pelo júri.

JORDAN PEELE e GRETA GERWIG entre os INDICADOS ao DGA!

greta-gerwig-jordan-peele-1024x683.jpg

INDICADOS AO DGA: GRETA GERWIG e JORDAN PEELE. Pic by Vanity Fair

ESNOBADOS POR ALGUNS PRÊMIOS IMPORTANTES, PEELE E GERWIG RETOMAM BOAS CHANCES DE INDICAÇÃO AO OSCAR

O sindicato de diretores (DGA) anunciou seus indicados da categoria e tivemos boas surpresas. Além dos habituais Guillermo del Toro, que levou o Globo de Ouro no último domingo por A Forma da Água, Martin McDonagh, que levou o Globo de Ouro de roteiro por Três Anúncios Para um Crime, e Christopher Nolan por Dunkirk, dois nomes que costumavam ficar limitados às categorias de roteiro ressurgiram para serem reconhecidos pela trabalho na direção: Jordan Peele pelo fenomenal Corra! e Greta Gerwig por Lady Bird.

Jordan Peele também foi reconhecido na categoria de Diretor Estreante, ao lado dos colegas Geremy Jasper (Patti Cake$), William Oldroyd (Lady Macbeth), Taylor Sheridan (Terra Selvagem) e Aaron Sorkin (A Grande Jogada). Sheridan e Sorkin, muito conhecidos por seus roteiros, resolveram arriscar na carreira de diretor e agora estão colhendo frutos. Sou bastante fã dos roteiros de Sheridan, mas ao ver Terra Selvagem, achei que ele desperdiçou um bom material (seu próprio roteiro) e caiu em alguns clichês do gênero policial.

Wind River.jpg

TERRA SELVAGEM: Elizabeth Olsen e Jeremy Renner em estréia de Taylor Sheridan na direção. Pic by imdb.com

Para aqueles que gostam de curiosidades e estatísticas, vale lembrar que o DGA é um dos raros parâmetros para o Oscar. Em sua 70ª edição, não coincidiu seus vencedores com o do Oscar em apenas 13 oportunidades, sendo a última em 2013, naquele caso bem atípico quando Ben Affleck sequer fora indicado por Argo. Portanto, aquele que vencer o DGA já estará praticamente com as mãos no Oscar.

Continuando, Greta Gerwig se tornou a OITAVA mulher a ser indicada ao DGA. Suas antecessoras foram:
– Lina Wertmüller (Pasqualino Sete Belezas)
– Randa Haines (Filhos do Silêncio)
– Barbra Streisand (O Príncipe das Marés)
– Jane Campion (O Piano)
– Sofia Coppola (Encontros e Desencontros)
– Valerie Faris (Pequena Miss Sunshine)
– Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)*
– Kathryn Bigelow (A Hora Mais Escura)

Kathryn Bigelow foi a única a vencer e a ser indicada mais de uma vez ao prêmio. E Valerie Faris foi indicada ao lado de seu parceiro Jonathan Dayton.

Jordan Peele se tornou o QUARTO diretor negro a ser indicado ao DGA. Antes dele vieram:
– Lee Daniels (Preciosa)
– Steve McQueen (12 Anos de Escravidão)
– Barry Jenkins (Moonlight)

Neste caso, nenhum deles venceu até o momento. Mas na minha opinião, Jordan Peele poderia ser o primeiro. Pra quem acompanha o blog há um tempo, sabe que minha opinião passa longe do politicamente correto. Prefiro sempre observar o talento e a qualidade do trabalho, e sob esse aspecto, Peele entregou um filme sensacional que entrou para a história do cinema. Ele falou de um tema “espinhudo” que é o preconceito racial sem ir para aquele lado mais careta e politizado que 99% dos diretores preferem trilhar nesse assunto. Provavelmente, o DGA lhe dará o prêmio de diretor estreante, o que certamente é um honra, mas esse reconhecimento em si já pode lhe render uma merecidíssima indicação ao Oscar.

PERDERAM O LUGAR

São cinco vagas para muitos diretores nessa dança, então alguns nomes não escapariam de ficar de fora. Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome), Steven Spielberg (The Post: A Guerra Secreta) e Ridley Scott (Todo o Dinheiro do Mundo) são nomes que já tiveram participação na temporada de premiações, mas não consolidaram uma boa campanha.

Christopher Nolan recebeu sua quarta indicação ao DGA e não deve ter chances reais de ganhar. Ele foi previamente indicado por Amnésia, Batman – O Cavaleiro das Trevas e A Origem. Em nenhum dos casos, a indicação do DGA se tornou indicação ao Oscar. Se dependesse do meu voto, ele cederia sua vaga para Sean Baker pelo ótimo Projeto Flórida ou para Denis Villeneuve por Blade Runner 2049.

Algumas matérias citam ainda as diretoras Sofia Coppola (O Estranho que Nós Amamos), Angelina Jolie (First They Killed my Father), Dee Rees (Mudbound), e Patty Jenkins (Mulher-Maravilha). Não conferi as outras diretoras, mas querer Jenkins no DGA e Oscar seria forçar a barra. Os que defendem essa idéia estão visando apenas a vibe feminista que Mulher-Maravilha proporcionou na mídia. Particularmente, as poucas cenas que gostei da sua direção (primeira metade do filme) muito se deve a Richard Donner, diretor de Superman: O Filme (1978), que serviu de inspiração/plágio para Patty Jenkins.

INDICADOS AO 70º DGA:

  • GUILLERMO DEL TORO (A Forma da Água)
  • GRETA GERWIG (Lady Bird)
  • MARTIN MCDONAGH (Três Anúncios Para um Crime)
  • CHRISTOPHER NOLAN (Dunkirk)
  • JORDAN PEELE (Corra!)

 

INDICADOS A DIRETOR ESTREANTE:

  • GEREMY JASPER (Patti Cake$)
  • WILLIAM OLDROYD (Lady Macbeth)
  • JORDAN PEELE (Corra!)
  • TAYLOR SHERIDAN (Terra Selvagem) 
  • AARON SORKIN (A Grande Jogada)

Os vencedores do DGA serão conhecidos no dia 03 de fevereiro. E as indicações ao Oscar saem no dia 23 de janeiro.

%d blogueiros gostam disto: