‘A FORMA DA ÁGUA’ lidera o CRITICS’ CHOICE AWARDS com 14 INDICAÇÕES

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Indicada para Melhor Atriz, Sally Hawkins, em cena de A Forma da Água

EM SUA 23ª EDIÇÃO, O CRITICS’ CHOICE DESTACA NOVO FILME DO MEXICANO GUILLERMO DEL TORO

OK, acabou a brincadeira: a Bolha Assassina do Critics’ Choice Awards liberou seus quinhentos indicados em suas duzentas categorias. E como se não bastassem seis indicados por categoria, agora eles fizeram uma licença poética e ampliaram para sete indicados nas categorias de Diretor, Ator e Atriz Coadjuvante. Daqui a pouco, vai ter atores do Framboesa de Ouro entre os indicados!

Podem me considerar um crítico chato, mas a cada ano que passa, estou pegando mais “bode” do Critics’ Choice Awards. Além de ser um prêmio sem personalidade nenhuma (só se preocupam em acertar os vencedores do Oscar), eles se expandem todo ano, mas se esquecem de valorizar seus próprios convidados. Ano passado, entregaram vários prêmios no tapete vermelho (pra não dizer no porão da casa), inclusive o de Roteiro (!!!), porque obviamente não havia tempo pra tanta categoria ao vivo. Acho um descaso total; se for assim “nas coxas”, melhor excluir!

E outra coisa: eles se gabam tanto de serem a melhor prévia do Oscar (posto anteriormente ocupado pelo Globo de Ouro), mas será mesmo que a bola de cristal deles está funcionado? Dos últimos 4 vencedores do prêmio de Melhor Filme, eles acertaram dois: 12 Anos de Escravidão e Spotlight, e erraram com Boyhood e La La Land. Pra mim, prévia certeira é aquela próxima de 100%… Honestamente, não entendo o crescimento de popularidade desse prêmio, tirando o fato de que daqui a pouco vai ter mais gente indicada do que não-indicada no mundo.

CRITICS’ CHOICE E SEUS NÚMEROS

Bom, vamos aos fatos desta 23ª edição. Primeiramente, A Forma da Água conseguiu 14 indicações, um número muito alto, mas explicável por se tratar de um filme tecnicamente bem feito, possibilitando reconhecimento em Direção de Arte, Fotografia e Trilha Musical, por exemplo. Dessas 14 indicações, apenas uma pertence a uma categoria inexistente no Oscar: Melhor Filme de Ficção Científica ou Terror, portanto o filme de Guillermo del Toro pode também ser o recordista de indicações do próximo Oscar.

Curiosamente, A Forma da Água abriu uma ampla vantagem de 6 indicações em relação aos filmes que ficaram em segundo lugar. Me Chame Pelo Seu Nome, Dunkirk, Lady Bird e The Post: A Guerra Secreta obtiveram oito indicações cada. Vale ressaltar que desses quatro títulos, três ganharam prêmios de Melhor Filme recentemente: O LAFCA premiou Me Chame Pelo Seu Nome, o NYFCC premiou Lady Bird e o NBR premiou The Post, ou seja, existe uma diversidade muito boa de títulos com possibilidades de vitória no Oscar.

Ainda sobre números, importante destacar a tripla indicação para o ator e roteirista paquistanês Kumail Nanjiani. Além de ter sido indicado a Melhor Ator em Comédia e Roteiro Adaptado com o filme Doentes de Amor (The Big Sick), ele foi reconhecido por sua performance cômica na série The Sillicon Valley. Embora seja o recordista individual desta edição, existe boa possibilidade de ele ser triplo perdedor.

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Zoe Kazan e Kumail Nanjiani em cena de Doentes de Amor (pic by moviepilot.de)

Outros artistas acumularam duas indicações individuais. São os casos da diretora e roteirista de Lady Bird, Greta Gerwig; do diretor e ator de Artista do Desastre, James Franco; da atriz Tiffany Hadish que compete como Atriz Coadjuvante e Atriz em Comédia por Viagem das Garotas; do diretor e roteirista de Três Anúncios Para um Crime, Martin McDonagh; e obviamente, do diretor e roteirista Guillermo del Toro.

SURPRESAS E AUSÊNCIAS

Eu sei, você deve ter pensado: “É possível ter ausências com sete indicados?”. Pois é, na reunião de condomínio da categoria de Melhor Diretor, faltou uma vaguinha para Sean Baker, que na semana passada foi reconhecido pelo NYFCC por Projeto Flórida. A verdade é que ele pode se ausentar de qualquer lista, EXCETO na seleção do Directors Guild of America (DGA), onde se separa o joio do trigo.

Com menos chances, poderia citar aqui também o nome de Dee Rees, a jovem diretora negra (ou como dizem hoje “afrodescendente”) do drama Mudbound. Não sei dizer se o fato do filme ser produção da Netflix e não ser exibido em telas de cinema enfraqueceu sua campanha, mas até então eu acreditava que este ano poderia ser o ano das mulheres na direção no Oscar. Além dela, existem chances para Greta Gerwig, Kathryn Bigelow, Angelina Jolie e Sofia Coppola. Não, não me venham com Patty Jenkins por Mulher-Maravilha

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Mary J. Blige recebe orientações da diretora Dee Rees em set de Mudbound

Nas categorias de atuação, por mais que haja seis (ou sete) vagas e as categorias de atuação de comédia e de ação, sempre vai haver algum nome faltando. Este ano, este ator excluído é Robert Pattison. Sempre passei longe desses filmes de Crepúsculo que ele estrelou, mas depois de ver sua atuação em Bom Comportamento, passei a enxergá-lo como um ator promissor. Acho que boa parte do crédito de sua evolução se deve ao diretor canadense David Cronenberg com quem trabalhou em Cosmópolis e Mapa Para as Estrelas. Estou torcendo para que ele saia na lista do Globo de Ouro. E ainda falando de Bom Comportamento, ficou faltando uma indicação para Daniel Lopatin por suas belas composições musicais que reverberam a tensão do filme todo.

Na ala feminina, dois nomes mais comentados são de Kate Winslet por Roda Gigante, e Judi Dench por Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha. Ambas têm chances de aparecer na lista do Globo de Ouro de Atriz – Drama e Atriz – Comédia, respectivamente. Além delas, o nome mais polêmico também ficou de fora: Daniela Vega, uma atriz transsexual que atuou no filme chileno Uma Mulher Fantástica. Se o Critics’ Choice quisesse demonstrar personalidade, perdeu uma ótima oportunidade de indicá-la. Na categoria de Coadjuvante, um dos nomes mais citados até o momento, mas ausente é o de Lois Smith, pelo filme futurista Marjorie Prime, onde ela conversa e interage com o holograma de seu marido morto há quinze anos.

Já no campo das surpresas, eu destacaria a indicação de Jake Gyllenhaal por O Que te Faz Mais Forte, onde ele interpreta uma vítima dos atentados terroristas da maratona de Boston. Embora seja daqueles papéis que costumam render prêmios, seu nome mal havia sido mencionado até o momento.

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Jake Gyllenhaal em cena de O Que Te Faz Mais Forte (pic by moviepilot.de)

E Patrick Stewart concorrendo como Ator Coadjuvante por Logan. Particularmente, gosto da atuação de Stewart como um homem idoso e debilitado, mas se formos analisar sob outro ângulo, o ator já interpretou o mesmo personagem de Professor Charles Xavier mais de quatro vezes. Acho bem difícil ele seguir adiante nessa campanha…

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Patrick Stewart como Professor Charles Xavier em Logan (pic by moviepilot.de)

Já na categoria de Filme em Língua Estrangeira, temos uma surpresa e uma ausência. A primeira atende pelo nome de Thelma, um filme norueguês que envolve eventos sobrenaturais e lesbianismo. E a segunda é a ausência do russo Loveless, do diretor Andrey Zvyagintsev, que é considerado um dos favoritos para seguir no Oscar.

Thelma

À direita, Eili Harboe interpreta a perturbada Thelma no filme homônimo. Pic by outnow.ch

ENQUANTO ISSO, NO UNIVERSO DAS SÉRIES…

A série Feud: Bette and Joan da FX, sobre a treta entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, foi a recordista desta edição com seis indicações. Logo em seguida, com cinco indicações, aparece Big Little Lies da HBO, que conquistou vários prêmios no último Emmy. Alguém pode, por favor, me explicar por que Jessica Lange foi indicada para Melhor Atriz e Susan Sarandon não? Até onde sei, o grande chamariz dessa série foi o embate dessas duas atrizes veteranas que interpretaram duas lendas de Hollywood, não?

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Susan Sarandon como Bette Davis e Jessica Lange como Joan Crawford em Feud: Bette and Joan (pic by time.com)

Apesar disso, foi a plataforma de streaming Netflix que conquistou maior número de indicações: 20, graças à ampla variedade de conteúdo como The Crown, Stranger Things, GLOW e até a animação BoJack Horseman. Se no universo da séries a Netflix já reina, será questão de tempo até que um filme da Netflix ganhe o Oscar. Pra isso, basta eles pararem de investir apenas em filmes com Adam Sandler…

Uma curiosidade pra quem curte: Kevin Spacey não está entre os indicados de Ator em Série Dramática por House of Cards. Pelo visto, ninguém quer se comprometer e inclui-lo depois de todas as polêmicas de abuso sexual envolvendo o nome dele. Por um lado eu entendo que ele seja excluído das festinhas, mas é preciso lembrar que outros nomes envolvidos em polêmicas já foram indicados e ganharam prêmios como Roman Polanski e Woody Allen, portanto, fica essa questão no ar de saber separar artista da pessoa, e vice-versa. É possível?

INDICADOS AO CRITICS’ CHOICE AWARDS 2018:

CINEMA

MELHOR FILME
– Doentes de Amor (The Big Sick)
– Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me by Your Name)
– O Destino de uma Nação (Darkest Hour)
– Dunkirk (Dunkirk)
– Projeto Flórida (The Florida Project)
– Corra! (Get Out)
– Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)
– The Post: A Guerra Secreta (The Post)
– A Forma da Água (The Shape of Water)
– Três Anúncios Para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri)

MELHOR DIREÇÃO
– Guillermo del Toro (A Forma da Água)
– Greta Gerwig (Lady Bird)
– Martin McDonagh (Três Anúncios Para um Crime)
– Christopher Nolan (Dunkirk)
– Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome)
– Jordan Peele (Corra!)
– Steven Spielberg (The Post: A Guerra Secreta)

MELHOR ATOR
– Timothée Chalamet (Me Chame Pelo seu Nome)
– James Franco (Artista do Desastre)
– Jake Gyllenhaal (O Que Te Faz Mais Forte)
– Tom Hanks (The Post: A Guerra Secreta)
– Daniel Kaluuya (Corra!)
– Daniel Day-Lewis (Trama Fantasma)
– Gary Oldman (O Destino de uma Nação)

MELHOR ATRIZ
– Jessica Chastain (A Grande Jogada)
– Sally Hawkins (A Forma da Água)
– Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime)
– Margot Robbie (I, Tonya)
– Saoirse Ronan (Lady Bird)
– Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Willem Dafoe (Projeto Flórida)
– Armie Hammer (Me Chame Pelo seu Nome)
– Richard Jenkins (A Forma da Água)
– Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime)
– Patrick Stewart (Logan)
– Michael Stuhlbarg (Me Chame Pelo seu Nome)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mary J. Blige (Mudbound)
– Hong Chau (Pequena Grande Vida)
– Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Holly Hunter (Doentes de Amor)
– Allison Janney (I, Tonya)
– Laurie Metcalf (Lady Bird)
– Octavia Spencer (A Forma da Água)

MELHOR JOVEM ATOR OU ATRIZ
– Mckenna Grace (Um Laço de Amor)
– Dafne Keen (Logan)
– Brooklynn Prince (Projeto Flórida)
– Millicent Simmonds (Sem Fôlego)
– Jacob Tremblay (Extraordinário)

MELHOR ELENCO
– Dunkirk
– Lady Bird
– Mudbound
– The Post: A Guerra Secreta
– Três Anúncios Para um Crime

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– James Ivory (Me Chame Pelo seu Nome)
– Scott Neustadter, Michael H. Weber (Artista do Desastre)
– Virgil Williams, Dee Rees (Mudbound)
– Aaron Sorkin (A Grande Jogada)
– Jack Thorne, Steve Conrad, Stephen Chbosky (Extraordinário)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Emily V. Gordon, Kumail Nanjiani (Doentes de Amor)
– Jordan Peele Corra!)
– Greta Gerwig (Lady Bird)
– Liz Hannah, Josh Singer (The Post: A Guerra Secreta)
– Guillermo del Toro, Vanessa Taylor (A Forma da Água)
– Martin McDonagh (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR FOTOGRAFIA
– Roger Deakins (Blade Runner 2049)
– Sayombhu Mukdeeprom (Me Chame Pelo seu Nome)
– Hoyte van Hoytema (Dunkirk)
– Rachel Morrison (Mudbound)
– Dan Lausten (A Forma da Água)

MELHOR FIGURINO
– Jacqueline Durran (A Bela e a Fera)
– Renée April (Blade Runner 2049)
– Mark Bridges (Trama Fantasma)
– Luis Sequeira (A Forma da Água)
– Lindy Hemming (Mulher-Maravilha)

MELHOR MONTAGEM
– Paul Machliss, Jonathan Amos (Em Ritmo de Fuga)
– Joe Walker (Blade Runner 2049)
– Lee Smith (Dunkirk)
– Michael Kahn, Sarah Broshar (The Post: A Guerra Secreta)
– Sidney Wolinsky (A Forma da Água)

MELHOR CABELO E MAQUIAGEM
– A Bela e a Fera
– O Destino de uma Nação
– I, Tonya
– A Forma da Água
– Extraordinário

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
– Sarah Greenwood; Katie Spencer (A Bela e a Fera)
– Dennis Gassner; Alessandra Querzola (Blade Runner 2049)
– Nathan Crowley; Gary Fettis (Dunkirk)
– Jim Clay; Rebecca Alleway (Assassinato no Expresso Oriente)
– Mark Tildesley; Véronique Melery (Trama Fantasma)
– Paul Denham Austerberry; Shane Vieau, Jeff Melvin (A Forma da Água)

MELHOR TRILHA MUSICAL
– Benjamin Wallfisch, Hans Zimmer (Blade Runner 2049)
– Dario Marianelli (O Destino de uma Nação)
– Jonny Greenwood (Trama Fantasma)
– John Williams (The Post: A Guerra Secreta)
– Alexandre Desplat (A Forma da Água)

MELHOR CANÇÃO
– “Evermore” (A Bela e a Fera)
– “Mystery of Love” (Me Chame Pelo Seu Nome)
– “Remember Me” (Viva – A Vida é uma Festa)
– “Stand Up for Something” (Marshall)
– “This Is Me” (O Rei do Show)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
– Blade Runner 2049
– Dunkirk
– A Forma da Água
– Thor: Ragnarok
– Planeta dos Macacos: A Guerra
– Mulher-Maravilha

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
– The Breadwinner
– Viva – A Vida é uma Festa (Coco)
– Meu Malvado Favorito 3 (Despicable Me 3)
– LEGO Batman: O Filme (The Lego Batman Movie)
– Com Amor, Van Gogh (Loving Vincent)

MELHOR FILME DE AÇÃO
– Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)
– Logan (Logan)
– Thor: Ragnarok (Thor: Ragnarok)
– Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes)
– Mulher-Maravilha (Wonder Woman)

MELHOR COMÉDIA
– Doentes de Amor (The Big Sick)
– Artista do Desastre (The Disaster Artist)
– Viagem das Garotas (Girls Trip)
– I, Tonya
– Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)

MELHOR ATOR EM COMÉDIA
– Steve Carell (A Guerra dos Sexos)
– James Franco (Artista do Desastre)
– Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok)
– Kumail Nanjiani (Doentes de Amor)
– Adam Sandler (Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe)

MELHOR ATRIZ EM COMÉDIA
– Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Zoe Kazan (Doentes de Amor)
– Margot Robbie (I, Tonya)
– Saoirse Ronan (Lady Bird)
– Emma Stone (A Guerra dos Sexos)

MELHOR FICÇÃO CIENTÍFICA OU TERROR
– Blade Runner 2049 (Blade Runner 2049)
– Corra! (Get Out)
– It: A Coisa (It)
– A Forma da Água (The Shape of Water)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– 120 Batimentos Por Minuto (BPM (Beats Per Minute))
– Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantástica)
– First They Killed My Father
– Em Pedaços (In the Fade)
– The Square
– Thelma

TELEVISÃO E STREAMING

 

Best Drama Series
– American Gods (Starz)
– The Crown (Netflix)
– Game of Thrones (HBO)
– The Handmaid’s Tale (Hulu)
– Stranger Things (Netflix)
– This Is Us (NBC)

Best Actor in a Drama Series
– Sterling K. Brown (This Is Us)
– Paul Giamatti (Billions)
– Freddie Highmore (Bates Motel)
– Ian McShane (American Gods)
– Bob Odenkirk (Better Call Saul)
– Liev Schreiber (Ray Donovan)

Best Actress in a Drama Series
– Caitriona Balfe (Outlander)
– Christine Baranski (The Good Fight)
– Claire Foy (The Crown)
– Tatiana Maslany (Orphan Black)
– Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
– Robin Wright (House of Cards)

Best Supporting Actor in a Drama Series
– Bobby Cannavale (Mr. Robot)
– Asia Kate Dillon (Billions)
– Peter Dinklage (Game of Thrones)
– David Harbour (Stranger Things)
– Delroy Lindo (The Good Fight)
– Michael McKean (Better Call Saul)

Best Supporting Actress in a Drama Series
– Gillian Anderson (American Gods)
– Emilia Clarke (Game of Thrones)
– Ann Dowd (The Handmaid’s Tale)
– Cush Jumbo (The Good Fight)
– Margo Martindale (Sneaky Pete)
– Chrissy Metz (This Is Us)

Best Comedy Series
– The Big Bang Theory (CBS)
– Black-ish (ABC)
– GLOW (Netflix)
– The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
– Modern Family (ABC)
– Patriot (Amazon)

Best Actor in a Comedy Series
– Anthony Anderson (Black-ish)
– Aziz Ansari (Master of None)
– Hank Azaria (Brockmire)
– Ted Danson (The Good Place)
– Thomas Middleditch (Silicon Valley)
– Randall Park (Fresh Off the Boat)

Best Actress in a Comedy Series
– Kristen Bell (The Good Place)
– Alison Brie (GLOW)
– Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)
– Sutton Foster (Younger)
– Ellie Kemper (Unbreakable Kimmy Schmidt)
– Constance Wu (Fresh Off the Boat)

Best Supporting Actor in a Comedy Series
– Tituss Burgess (Unbreakable Kimmy Schmidt)
– Walton Goggins (Vice Principals)
– Sean Hayes (Will & Grace)
– Marc Maron (GLOW)
– Kumail Nanjiani (Silicon Valley)
– Ed O’Neill (Modern Family)

Best Supporting Actress in a Comedy Series
– Mayim Bialik (The Big Bang Theory)
– Alex Borstein (The Marvelous Mrs. Maisel)
– Betty Gilpin (GLOW)
– Jenifer Lewis (Black-ish)
– Alessandra Mastronardi (Master of None)
– Rita Moreno (One Day at a Time)

Best Limited Series
– American Vandal (Netflix)
– Big Little Lies (HBO)
– Fargo (FX)
– Feud: Bette and Joan (FX)
– Godless (Netflix)
– The Long Road Home (National Geographic)

Best Movie Made for TV
– Flint (Lifetime)
– I Am Elizabeth Smart (Lifetime)
– The Immortal Life of Henrietta Lacks (HBO)
– Sherlock: The Lying Detective (PBS)
– The Wizard of Lies (HBO)

Best Actor in a Movie Made for TV or Limited Series
– Jeff Daniels (Godless)
– Robert De Niro (The Wizard of Lies)
– Ewan McGregory (Fargo)
– Jack O’Connell (Godless)
– Evan Peters (American Horror Story: Cult)
– Bill Pullman (The Sinner)
– Jimmy Tatro (American Vandal)

Best Actress in a Movie Made for TV or Limited Series
– Jessica Biel (The Sinner)
– Alana Boden (I Am Elizabeth Smart)
– Carrie Coon (Fargo)
– Nicole Kidman (Big Little Lies)
– Jessica Lange (Feud: Bette and Joan)
– Reese Witherspoon (Big Little Lies)

Best Supporting Actor in a Movie Made for TV or Limited Series
– Johnny Flynn (Genius)
– Benito Martinez (American Crime)
– Alfred Molina (Feud: Bette and Joan)
– Alexander Skarsgård (Big Little Lies)
– David Thewlis (Fargo)
– Stanley Tucci (Feud: Bette and Joan)

Best Supporting Actress in a Movie Made for TV or Limited Series
– Judy Davis (Feud: Bette and Joan)
– Laura Dern (Big Little Lies)
– Jackie Hoffman (Feud: Bette and Joan)
– Regina King (American Crime)
– Michelle Pfeiffer (The Wizard of Lies)
– Mary Elizabeth Winstead (Fargo)

Best Talk Show
– Ellen (NBC)
– Harry (Syndicated)
– Jimmy Kimmel Live! (ABC)
– The Late Late Show with James Corden (CBS)
– The Tonight Show Starring Jimmy Fallon (NBC)
– Watch What Happens Live with Andy Cohen (Bravo)

Best Animated Series
– Archer (FX)
– Bob’s Burgers (Fox)
– BoJack Horseman (Netflix)
– Danger & Eggs (Amazon)
– Rick and Morty (Adult Swim)
– The Simpsons (Fox)

Best Unstructured Reality Series
– Born This Way (A&E)
– Ice Road Truckers (History)
– Intervention (A&E)
– Live PD (A&E)
– Ride with Norman Reedus (AMC)
– Teen Mom (MTV)

Best Structured Reality Series
– The Carbonaro Effect (truTV)
– Fixer Upper (HGTV)
– The Profit (CNBC)
– Shark Tank (ABC)
– Undercover Boss (CBS)
– Who Do You Think You Are? (TLC)

Best Reality Competition Series
– America’s Got Talent (NBC)
– Chopped (Food Network)
– Dancing with the Stars (ABC)
– Project Runway (Lifetime)
– RuPaul’s Drag Race (VH1)
– The Voice (NBC)

Best Reality Show Host
– Ted Allen (Chopped)
– Tyra Banks (America’s Got Talent)
– Tom Bergeron (Dancing With the Stars)
– Cat Deeley (So You Think You Can Dance)
– Joanna and Chip Gaines (Fixer Upper)
– RuPaul (RuPaul’s Drag Race)

***

A 23ª cerimônia do Critics’ Choice Awards acontece no dia 11 de Janeiro, numa quinta-feira. Não me perguntem por que numa quinta.

63º Festival de Berlim (2013)

Pôster da 63ª edição do Festival de Berlim nas ruas da cidade (photo by http://www.cp24.com)

Pôster da 63ª edição do Festival de Berlim nas ruas da cidade (photo by http://www.cp24.com)

O Festival de Berlim tem um histórico de seleções oficiais que prioriza filmes com teor mais político. Claro que não se tratam de roteiros envolvendo politicagens, mas tudo que esteja relacionado mesmo que indiretamente. Um claro exemplo dessa preferência foi a vitória do iraniano A Separação, de Asghar Farhadi, em 2011. O filme trata de uma briga familiar causado por filosofias políticas distintas que podem explicar a situação atual da sociedade iraniana.

Entre os grandes vencedores do Urso de Ouro, temos clássicos como O Salário do Medo, de Henri-Georges Clouzot, 12 Homens e uma Sentença, de Sidney Lumet, e A Noite, de Michelangelo Antonioni. E clássicos modernos como Além da Linha Vermelha, de Terrence Malick, e Domingo Sangrento, de Paul Greengrass.

Entre os grandes festivais internacionais, Berlim talvez seja o mais democrático de todos, pois reconhece a qualidade sem ficar preso a nomes consagrados como costuma fazer o Festival de Cannes. E o Brasil já se beneficiou dessa democracia em duas oportunidades: Central do Brasil, de Walter Salles, e Tropa de Elite, de José Padilha, duas produções que oferecem perspectivas diferentes do mesmo país, levaram o Urso de Ouro em 1998 e 2008, respectivamente.

Este ano, a tarefa de garimpar entre os 19 selecionados foi concedida ao cineasta chinês Wong Kar-Wai. Em seu currículo invejável constam títulos notáveis como Felizes Juntos, Amores Expressos e um dos melhores filmes das últimas décadas, Amor à Flor da Pele. Seu mais novo filme, The Grandmaster, que conta a história do mestre de artes marciais Ip Man que treinou Bruce Lee, abrirá o festival, contudo, por razões óbvias, fora de competição.

Ele preside o júri composto por grandes nomes: a diretora dinamarquesa Susanne Bier, o ator norte-americano Tim Robbins, o diretor alemão Andreas Dresen, a diretora de fotografia Ellen Kuras, a diretora e vídeo-artista iraniana Shirin Neshat, e a produtora grega Athina Rachel Tsangari.

The Grandmaster, de Wong Kar-Wai (photo by www.berlinale.de)

The Grandmaster, de Wong Kar-Wai (photo by http://www.berlinale.de)

Confira lista dos indicados ao Urso de Ouro 2013:

A Long and Happy Life, de Boris Khlebnikov
An Episode in the Life of an Iron Picker, de Danis Tanovic
Camille Claudel 1915, de Bruno Dumont
Child’s Pose, de Calin Peter Netzer
Closed Curtain, de Jafar Panahi, Camboziya Partovi
Gloria, de Sebastián Lelio
Gold, de Thomas Arslan
Harmony Lessons, de Emir Baigazin
In the Name Of, de Malgorzata Szumowska
Layla Fourie, de Pia Marais
Nobody’s Daughter Haewon, de Sang-soo Hong
On My Way, de Emmanuelle Bercot
Paradise: Hope, de Ulrich Seidl
Prince Avalanche, de David Gordon Green
Promised Land, de Gus Van Sant
Side Effects, de Steven Soderbergh
The Necessary Death of Charlie Countryman, de Frederick Bond
The Nun, de Guillaume Nicloux
Vic + Flo Saw a Bear, de Denis Côté

Alguns filmes foram selecionados, mas não competirão pelo Urso de Ouro:

 Before Midnight, de Richard Linklater
√ Dark Blood, de George Sluizer
Night Train to Lisbon, de Bille August
The Croods, de Chris Sanders, Kirk De Micco
The Grandmaster, de Wong Kar-Wai

Um dos fatos mais curiosos desta 63ª edição de Berlim é a presença do filme Dark Blood, de George Sluizer. No elenco, temos Jonathan Pryce, Judy Davis e River Phoenix. River Phoenix?! Sim, o falecido ator. Ele morreu onze dias antes do término das filmagens em 1993. O diretor resolveu comprar o material bruto e finalizar a pós-produção. Independente do resultado final, já vale a pena conferir pelo talento que River Phoenix era. Foi considerado o novo James Dean dos anos 80.

River Phoenix em Dark Blood (photo by www.berlinale.de)

River Phoenix em Dark Blood (photo by http://www.berlinale.de)

Quanto à seleção oficial, algumas mídias publicaram algo como “Steven Soderbergh e Gus Van Sant salvam Berlim”. Ok, ambos possuem currículos invejáveis e foram reconhecidos pela Academia com um Oscar e indicação, respectivamente, mas discordo do tom que desvaloriza os demais selecionados. Na verdade, existe uma teoria de que o filme de Soderbergh, Side Effects, e de Van Sant, Promised Land, só foram selecionados para que os astros de Hollywood marquem presença no tapete vermelho alemão: Jude Law, Rooney Mara, Channing Tatum, Catherine Zeta-Jones e Matt Damon.

Na seleção oficial, também temos ótimos cineastas como Danis Tanovic, Bruno Dumont e Sang-soo Hong. O primeiro, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por Terra de Ninguém em 2002, veio para São Paulo em 2005 para promover seu filme O Inferno e sua extrema simpatia na Mostra Internacional de Cinema. Além disso, o Festival de Berlim tem uma tradição de selecionar trabalhos de cineastas estreantes na tentativa de buscar novas visões do cinema mundial.

An Episode of an Iron Picker, de Danis Tanovic (photo by http://www.berlinale.de/)

An Episode in the Life of an Iron Picker, de Danis Tanovic (photo by http://www.berlinale.de/)

Apesar da presença dos hollywoodianos, a expectativa de premiação gira em torno de atrizes européias veteranas como Juliette Binoche, Catherine Deneuve e Isabelle Huppert, que estrelam produções separadamente.

Outra surpresa agradável é o retorno de Jafar Panahi aos festivais. Em março de 2010, o diretor foi preso por autoridades iranianas depois que descobriram que seu documentário levantava suspeitas de  fraudes na reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em 2009. Foi sentenciado a prisão domiciliar e teoricamente, não poderia filmar por dez anos.

Muito conhecido por suas críticas sociais, Panahi se firmou como um dos grandes representantes do cinema iraniano com filmes como O Balão Branco e O Círculo, que além de revelarem a situação de seu país, influenciaram outros diretores como Walter Salles. Por esses motivos, seu novo trabalho, Closed Curtain, tem alta expectativa por parte da crítica e do público presente em Berlim.

Novo trabalho do diretor Jafar Panahi, Closed Curtain (photo by http://www.berlinale.de/)

Novo trabalho do diretor Jafar Panahi, Closed Curtain (photo by http://www.berlinale.de/)

O Urso de Ouro Honorário homenageará o documentarista francês Claude Lanzmann. Seu filme mais conhecido, Shoah (1985), entrou para a história do Cinema ao destrinchar o genocídio de judeus através de entrevistas (de sobreviventes a agressores), visitas aos locais do extermínio, e sem a utilização de imagens de arquivo (muito comuns em documentários sobre o Holocausto). Shoah ocupa a 29ª posição da lista dos melhores filmes de todos os tempos da revista britânica Sight & Sound, e tem nove horas e meia de duração. Confira lista completa dos 50 filmes aqui: https://cinemaoscareafins.wordpress.com/2012/08/03/vertigo-quebra-hegemonia-de-cidadao-kane/

Claude Lanzmann receberá homenagem pela carreira (photo by digitalproductionme.com)

Claude Lanzmann receberá homenagem pela carreira (photo by digitalproductionme.com)

O Festival de Berlim começou no dia 07 de fevereiro e termina no dia 17, quando serão anunciados os vencedores.

Prévia do Oscar 2013: Melhor Atriz

Meryl Streep, vencedora do último Oscar de Melhor Atriz por A Dama de Ferro

Nos últimos dez anos, apenas três atrizes com idade acima de 40 anos foram premiadas nessa categoria: Helen Mirren, Sandra Bullock e Meryl Streep. Esse fato denota a queda na oferta de bons papéis no cinema para mulheres maduras. Por isso, muitas delas migraram para as séries e mini-séries de TV como fizeram Kathy Bates (Harry’s Law), Glenn Close (Damages), Jessica Lange (American Horror Story), Julianne Moore (Virada no Jogo), Emma Thompson (The Song of Lunch), Judy Davis (Page Eight) e Maggie Smith (Downton Abbey), só pra citar nomes mais recentes. É claro que isso não significa que mudaram de time permanentemente, mas aproveitando a demanda da TV por material de qualidade, coisa que o cinema tem deixado de fazer há um bom tempo.

Na corrida do Oscar, a maioria das atrizes normalmente está na casa dos 20 e 30, até mesmo porque o cinema se tornou um entretenimento mais para o público juvenil. E sob essa perspectiva, Jennifer Lawrence deve figurar entre as favoritas. Além de sua performance elogiada no Festival de Toronto por Silver Linings Playbook, ainda conta com o sucesso de seu blockbuster Jogos Vorazes. Este é o equilíbrio perfeito entre sucesso de crítica e público que a Academia costuma buscar em seus vencedores de atuação, pois agrada aos críticos enquanto seu sucesso comercial atrai o público de TV e, obviamente, mais patrocinadores do show.

Ainda em se tratando de jovens, o Oscar 2013 pode ter dois novos recordes. A atriz-mirim Quvenzhané Wallis, protagonista do drama fantástico Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), de apenas 8 anos pode se tornar a atriz mais jovem indicada na categoria. A marca atual pertence à australiana Keisha Castle-Hughes de A Encantadora de Baleias (2003), que na época tinha apenas 13 anos.

Contudo, em 2013, as jovens estão em baixa, abrindo espaço para atrizes mais experientes e consagradas. A francesa Emmanuelle Riva, de 85 anos, estrela do clássico Hiroshima mon Amour, pode ser uma surpresa na lista de indicadas, batendo o recorde de Jessica Tandy (que ganhou aos 81). Logo em seguida, as setentonas Judi Dench e Maggie Smith são fortes candidatas por O Exótico Hotel Marigold e Quartet, respectivamente.

Amigas e colegas de profissão, Nicole Kidman (44) e Naomi Watts (43) também fazem parte do grupo de atrizes experientes com boas chances de concorrer ao prêmio. Kidman encara um papel mais ousado em The Paperboy, enquanto Watts busca esperança em meio à tragédia de O Impossível.

Particularmente, (e já declarei isso várias vezes aqui) prefiro o reconhecimento de atrizes experientes no Oscar. Mas o Oscar é um prêmio que reconhece os melhores do ano, e não pelo conjunto da obra. Se uma atriz de oito anos deu a melhor performance do ano, por que não lhe premiar com o Oscar? Que vença a melhor!

Marion Cotillard em Ferrugem e Osso

MARION COTILLARD (Ferrugem e Osso)

Marion Cottilard foi a primeira atriz francesa a ganhar o Oscar de Melhor Atriz falando a sua língua natal, e a segunda estrangeira depois de Sophia Loren, que ganhou em 1962 por Duas Mulheres (La Ciociara). Seu Oscar foi um dos mais comemorados pela comunidade hollywoodiana.

Tanto que acabou abraçada pelo diretor Christopher Nolan, que a incluiu nos blockbusters A Origem (2010) e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). Mesmo carregando um sotaque no inglês, Marion Cotillard se saiu bem e deu maior credibilidade aos papéis que viveu. Além de Nolan, outros diretores fizeram questão de contar com a atriz. Michael Mann (Inimigos Públicos), Rob Marshall (Nine), Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e Steven Soderbergh (Contágio) foram beneficiados pelo talento da francesa.

Agora, voltando a fazer filmes franceses, Cotillard atua sob direção do diretor em extrema ascensão Jacques Audiard (de O Profeta, que concorreu a Melhor Filme Estrangeiro em 2010) no drama Ferrugem e Osso (Rust and Bone), que concorreu à Palma de Ouro em Cannes desse ano. Havia até uma forte expectativa de que o prêmio de atuação feminina seria dela.

No filme, Marion Cotillard vive Stéphanie, uma treinadora de baleias orcas que sofre um acidente que lhe tira parte das pernas. O tipo de papel, somado à credibilidade do Oscar que ganhou, facilmente lhe garantiria uma nova indicação, mas por se tratar de um filme em língua francesa, as chances dela podem reduzir consideravelmente numa briga mais acirrada com outras atrizes.

Judi Dench em O Exótico Hotel Marigold

JUDI DENCH (O Exótico Hotel Marigold)

Ainda não consegui engolir a derrota de Dame Judi Dench para Helen Hunt naquele Oscar 98. Ela competia por um papel imponente e interpretação impecável em Sua Majestade Mrs. Brown. No ano seguinte, a Academia resolveu compensá-la ao lhe entregar o Oscar de coadjuvante por Shakespeare Apaixonado, no qual ela atua por apenas oito minutos.

Para o grande público, Dench ficou conhecida como M, a chefe do agente secreto britânico James Bond, que voltará no novo filme 007 – Operação Skyfall, mas deve ser sua última participação na série. Porém, a atriz tem muito mais história no teatro, tendo atuado nas companhias de prestígio Royal Shakespeare Company, o National Theatre e Old Vic Theatre, além de ter vencido muitos prêmios do palco como o Laurence Olivier Theater Award na década de 80 e 90.

Em O Exótico Hotel Marigold, já disponível em DVD e Blu-ray, muitos atores consagrados são reunidos para contar histórias da terceira idade em meio ao caos da Índia e o hotel do título. Judi Dench encabeça essa lista que conta ainda com Maggie Smith, Tom Wilkinson e Bill Nighy. Como em todo filme, a atriz empresta sensibilidade e carisma a seu personagem Evelyn, que fica bastante desamparada na vida depois que seu marido morre.

Apesar do filme ser independente, o peso do nome da atriz pode lhe conferir sua sétima indicação ao Oscar. Ela já foi indicada por Sua Majestade Mrs. Brown (1997), Shakespeare Apaixonado (1998), Chocolate (2000), Iris (2001), Sra. Henderson Apresenta (2005) e Notas Sobre um Escândalo (2006).

Nicole Kidman em The Paperboy

NICOLE KIDMAN (The Paperboy)

Toda vez que eu vejo Nicole Kidman na TV, seja no tapete vermelho ou na premiação, vejo uma mulher recatada e reprimida sexualmente. Então, não foi uma surpresa vê-la num papel de mulher da vida nesse novo drama de Lee Daniels, diretor de Preciosa. Nicole cresceu demais depois que se separou do mala da Cientologia Tom Cruise; passou a buscar novos desafios sem medo de parecer ridícula.

A história comprova essa teoria. Foi só se divorciar dele que estrelou dois grandes sucessos de público e crítica em seguida: Os Outros, de Alejandro Amenábar, e Moulin Rouge – Amor em Vermelho, de Baz Luhrmann, que lhe conferiu sua primeira indicação ao Oscar.

Nos anos seguintes, Nicole trabalhou com diretores competentes como Lars von Trier, Anthony Minghella e ganhou seu Oscar pelo papel marcante da escritora Virginia Woolf em As Horas, de Stephen Daldry. Muita gente poderia achar que ela venceu somente pelo peso da personagem e maquiagem (uma prótese de nariz fora aplicada), mas a atriz continua na jornada em busca de novos desafios. Essa atitude nada fácil de seguir deveria ser comum na profissão, mas não é.

Em The Paperboy, ela aceita um tipo de papel que nunca encarou antes. Charlotte Bless é uma vagabunda que tem fetiche por homens encarcerados. Contudo, Nicole não faz isso de forma condescendente, mas de um jeito que sua personagem pareça mais aceitável e ganhe a torcida do público. Suas chances são médias, mas se o filme não for bem aceito pela crítica americana, Nicole pode comparecer ao Oscar apenas para apresentar um prêmio.

Keira Knightley em Anna Karenina

KEIRA KNIGHTLEY (Anna Karenina)

Esta jovem atriz britânica começou a chamar a atenção na comédia sobre futebol feminino Driblando o Destino (Bend it Like Beckham), que pelo sucesso chegou a ser indicado a Melhor Filme – Comédia/Musical no Globo de Ouro 2003. Naquele ano, Keira Knightley deu um salto para a fama internacional com o blockbuster Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra, mas muitos duvidavam do talento da moça, que tinha tudo para se tornar mais uma daquelas Bond girls que só serviam para enfeitar a tela e gritar.

Felizmente, firmou uma forte aliança com o diretor Joe Wright ao interpretar o cobiçado papel de Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito, adaptação do clássico literário homônimo de Jane Austen, que acabou resultando numa indicação para o Oscar para Knightley. Entretanto, mais importante do que o início bem-sucedido da parceria com o diretor (Anna Karenina é a terceira colaboração da dupla), seria a descoberta dessa obsessão de Keira com os filmes de época.

Depois de Orgulho e Preconceito, ela vestiu figurinos de décadas e séculos passados em mais sete oportunidades. Acho que as figurinistas já sabem as medidas dela de cor e salteado! Existem atores que gostam de interpretar vilões, mocinhos, e existem atrizes que se apegam tanto a filmes de História que ficam marcadas e até rotuladas no mercado, como se não tivessem capacidade de viver personagens atuais.

Porém não deve ser o caso de Keira Knightley. Ela mesma deve estar ciente desse excesso de filmes de época e vem buscando projetos diferenciados como a comédia Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) e a refilmagem de ação Jack Ryan, prevista para estrear em 2013. Até lá, ela aproveitou para voltar a trabalhar com seu diretor favorito nesse Anna Karenina, adaptação da obra de Leo Tolstoy.

Com a constante evolução da parceria Knightley-Wright, a atriz tem chances de obter sua segunda indicação, mas uma vitória seria considerada uma zebra. Por outro lado, Anna Karenina tem ótimas chances nas categorias de direção de arte e figurino, como nos trabalhos anteriores de Joe Wright, que prima nesses departamentos.

Jennifer Lawrence em Silver Linings Playbook

JENNIFER LAWRENCE (Silver Linings Playbook)

Seria burrice da Academia se ignorasse o trabalho da jovem atriz Jennifer Lawrence em 2013, afinal ela estrelou dois filmes em destaque na mídia: o blockbuster Jogos Vorazes (Hunger Games) e esta “dramédia” Silver Linings Playbook, dirigido pelo diretor em ascensão David O. Russell, de O Vencedor.

Desde que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo independente Inverno da Alma (Winter’s Bone) em 2011, Jennifer Lawrence recebeu incontáveis propostas em Hollywood. Todos os diretores queriam trabalhar com ela. Felizmente, ela tem dado preferência ao equilíbrio nas escolhas de projetos, participando de filmes de terror, aventura, comédias e dramas. Já tem retorno acertado para as sequências X-Men: Days of Future Past (2014) e Jogos Vorazes: Em Chamas (2013).

Em Silver Linings Playbook, Lawrence encarna Tiffany, uma recém-viúva, que tenta lidar com a dor enquanto se envolve com o recém-saído do hospital psiquiátrico Bradley Cooper. Trata-se de um filme de direção de atores e isso David O.Russell já comprovou para todos com os dois Oscars de coadjuvantes de O Vencedor. O longa foi muito bem recebido no Festival de Toronto, vencendo o cobiçado prêmio People’s Choice Award e, pelo Hamptons International Film Festival, o Audience Award (prêmio concedido pelo público). O reconhecimento de Toronto vem sendo cada vez mais importante para o crescimento na reta final do Oscar. A vitória anterior de O Discurso do Rei foi um belo exemplo, batendo o franco-favorito A Rede Social em 2011.

Apesar de muito jovem (22 anos), Jennifer Lawrence tem grandes chances no Oscar. Ela foi indicada apenas uma vez em 2011 como Melhor Atriz por Inverno da Alma.

Laura Linney em Hyde Park on Hudson

LAURA LINNEY (Hyde Park on Hudson)

Laura Linney foi conquistando seu espaço de forma bem gradativa nos anos 90. Papéis menores e de coadjuvante permearam o início de sua carreira, participando de filmes em destaque como Dave – Presidente por um Dia (1993), Congo (1995), As Duas Faces de um Crime (1996) e O Show de Truman – O Show da Vida (1998). Cansada de personagens secundários, partiu para o cinema independente americano. Foi uma decisão de extrema importantância, pois pôde finalmente ser protagonista e dona de uma personagem rica de emoções no drama Conte Comigo, do talentoso Kenneth Lonnergan. Ali a atriz se sentiu mais à vontade e esbanjou seu talento que muitos diretores não conheciam. A interpretação da mãe solteira Sammy lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar, um feito único que lhe traria muitos frutos.

Laura Linney passou a atuar sob direção de renomados profissionais como Alan Parker em A Vida de David Gale, Clint Eastwood em Sobre Meninos e Lobos, mas foi graças a duas produções independentes que ela voltou ao tapete vermelho do Oscar. Com Kinsey – Vamos Falar de Sexo (2004) e A Família Savage (2007), Linney foi indicada para coadjuvante e atriz, respectivamente. A vitória pode não ter vindo ainda, mas acredito que é questão de tempo, pois a atriz sabe escolher bem projetos para se destacar. Só precisaria de um projeto mais grandioso ou uma personagem mais destacada na história.

Dependendo da recepção a Hyde Park on Hudson, Laura Linney pode conseguir sua quarta indicação, ainda mais que se trata de uma personagem verídica: Margaret Suckley, a prima do presidente Franklin D. Roosevelt, responsável pela narração do filme. No entanto, suas chances são menores do que nas oportunidades anteriores.

Helen Mirren (à esq) em Hitchcock

HELEN MIRREN (Hitchcock)

Embora Helen Mirren tenha iniciado sua carreira no cinema na década de 60, foi  apenas com o cult Excalibur (1981), de John Boorman, que ela passou a se destacar. Dali em diante, trabalhou com diretores mais renomados e alternativos como Paul Schrader, Terry George e Peter Greenaway, levando-a para Cannes, onde levou o prêmio de intérprete feminina duas vezes: em 1984 por Cal – Memórias de um Terrorista, e em 1995 por As Loucuras do Rei George. Este último também lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar como coadjuvante.

A partir do Oscar, sua carreira começou uma nova fase. Aquela Helen que só fazia filmes independentes passou a trabalhar em produções de estúdio, chegando a protagonizar uma comédia de humor negro com Katie Holmes: Tentação Fatal (1999), e dublando a animação da Dreamworks, O Príncipe do Egito (1998). Em 2002, voltou a ser indicada ao Oscar de coadjuvante pelo ótimo Assassinato em Gosford Park, de Robert Altman, mas perdeu novamente.

O reconhecimento da Academia finalmente veio em 2007, quando um projeto pensado para Helen Mirren foi lançado. Dirigido por Stephen Frears, A Rainha tinha mais cara de telefilme, mas foi abraçado pelo Oscar como uma oportunidade única de premiar uma atriz de enorme prestígio como Helen Mirren. Claro que ela colheu os frutos desse prêmio, ganhando bem em grandes produções como A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos (2007), no blockbuster da New Line Cinema, Coração de Tinta (2008) e na recente refilmagem Arthur – O Milionário Irresistível (2011), mas, como dito no início do post, o cinema de Hollywood muitas vezes é cruel com atrizes mais velhas. Aos 67 anos, Helen Mirren tem boas chances de uma nova indicação pelo filme Hitchcock, que conta os bastidores das filmagens do clássico Psicose, mas a atriz tem mais tratamento de coadjuvante de luxo. No filme, ela interpreta a esposa e colaboradora de Alfred Hitchcock, Alma Reville.

Helen Mirren já foi indicada quatro vezes: Em 1995 por As Loucuras do Rei George e em 2002 por Assassinato em Gosford Park, como coadjuvante. Em 2010, por A Última Estação, e em 2007 por A Rainha, vencendo por este último.

Emmanuelle Riva em Amour

EMMANUELLE RIVA (Amour)

Atriz francesa veteraníssima, Emmanuelle Riva pode se tornar a atriz mais velha a ser indicada ao Oscar aos 85 anos. Seu primeiro trabalho como atriz em Hiroshima mon Amour, de Alain Resnais, já a colocou no topo do cinema francês da década de 60, tornando-se uma das musas da Nouvelle Vague.

Apesar de se tratar de uma produção francesa, dirigida pelo austríaco Michael Haneke, muitos especialistas estão dando como certa sua indicação. Se for considerar o valor dessa oportunidade de incluir um ícone do cinema na história da Academia, já soaria tentador demais para ignorar sua performance. Mas para quem conferiu o filme, que arrancou aplausos calorosos e a Palma de Ouro em Cannes, Emmanuelle Riva merece ser uma das finalistas, e não somente por sua longeva carreira.

No drama Amour, Georges (Jean-Louis Trintignant, outro ator octogenário com chances no Oscar) e Anne (Riva) são professores de música aposentados. A filha deles, que também é música, vive no estrangeiro com a família dela. Um dia, Anne tem um ataque cardíaco e o relacionamento afetivo é severamente testado.

Em diferentes escalas, daria pra comparar o casal com Henry Fonda e Katharine Hepburn, que ganharam o Oscar em 1982 pelo drama Num Lago Dourado. Como Amour se trata de um filme de atores, existe essa possibilidade de haver outra atriz maior de 40 anos vencendo o Oscar de atriz. Esta seria sua primeira indicação ao Oscar.

Maggie Smith (à esq) em Quartet

MAGGIE SMITH (Quartet)

Maggie Smith tem uma trajetória semelhante a de Helen Mirren. Coincidentemente, ambas foram indicadas ao Oscar de coadjuvante pelo mesmo filme em 2002 por Assassinato em Gosford Park. Contudo, Maggie teve maior êxito comercial devido ao sucesso dos oito filmes da série Harry Potter, no qual deu vida à feiticeira Minerva. Ela começou no cinema nos anos 50, em papéis secundários até brilhar como Desdemona ao lado do mestre Laurence Olivier na adaptação de Othello (1965), de William Shakespeare.

A década de 70 foi bastante generosa com Maggie Smith. Em 1970, levou seu primeiro Oscar como Melhor Atriz por A Primavera de uma Solteirona, e em 1979, outro como coadjuvante pela comédia estrelada por Jane Fonda, California Suite. Em sua vasta filmografia prevaleceram personagens coadjuvantes, mas em sua maioria produções de grandes estúdios. Chegou a trabalhar com Steven Spielberg em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991), ensinou Whoopi Goldberg a ser uma freira em Mudança de Hábito (1992) e foi a Duquesa de York na adaptação de Ricardo III (1995), ao lado de Ian McKellen e Annette Bening.

Já no começo deste século, com o bolso cheio graças aos Harry Potter, ela pôde escolher projetos de seu gosto pessoal, e acabou se envolvendo em dois filmes elogiados: O Exótico Hotel Marigold, no qual faz a personagem mais humorada (como foi em Assassinato em Gosford Park), e neste Quartet, dirigido pelo amigo e colega Dustin Hoffman. Nele, Maggie Smith interpreta uma diva da ópera que volta à sua cidade para a comemoração do aniversário do compositor clássico Giuseppe Verdi.

Com aquele típico humor britânico que corre em sua veias, ela tem boas chances no Oscar. Ao lado de Judi Dench, Emmanuelle Riva e Helen Mirren, Maggie Smith comprova que as veteranas ainda têm muito a ensinar às mais novas atrizes e por que não para o público jovem de hoje que só vê porcaria e atores de plástico? Viva a terceira idade!

Quvenzhané Wallis em Indomável Sonhadora

QUVENZHANÉ WALLIS (Indomável Sonhadora)

Eu sei… parece um daqueles golpes de marketing, mas quem viu o filme Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), que venceu o grande prêmio em Sundance, garante que a pequena merece um lugar de destaque nessa temporada de premiação. Se a indicação ao Oscar vier, ela marcará um novo recorde na história do prêmio, sendo a atriz mais jovem indicada com 8 anos.

O drama independente Indomável Sonhadora vem conquistando o público e a crítica por sua mistura perfeita de fantasia infantil com uma dura realidade de pobreza em Louisianna, nos EUA. Para contar essa história, o jovem diretor estreante Benh Zeitlin testou mais de quatro mil meninas para o papel para encontrar Wallis. Felizmente, essa árdua procura teve um final feliz. E Zeitlin deu muita sorte também no papel de coadjuvante. Ele contratou Dwight Henry, que era dono da padaria do outro lado da rua do set de filmagens! Curiosamente, ambos estão no novo filme de Steve McQueen, diretor dos premiados Hunger (2008) e Shame (2011).

Normalmente, quando uma atriz-mirim está na lista de indicadas ao Oscar, as chances são praticamente nulas. Ganhar como coadjuvante pode acontecer como aconteceu com Tatum O’Neal (aos 10 em 1974 por Lua de Papel) e Anna Paquin (aos 11 em 1994 por O Piano), mas ganhar como Melhor Atriz?? O recorde de mais jovem nessa categoria ainda pertence a Marlee Matlin, que tinha 21 aninhos quando venceu em 1987 por Filhos do Silêncio. Estaria a Academia diposta a quebrar essa marca por um jovem prodígio como Quvenzhané Wallis?

Naomi Watts em O Impossível

NAOMI WATTS (O Impossível)

Se depender do sofrimento que o personagem passa para ganhar um Oscar, pode-se dizer que Naomi Watts já teria a estatueta na mão. No drama-catástrofe, O Impossível, de Juan Antonio Bayona, ela está no lugar errado e na hora errada, mais precisamente na Tailândia em 2004, palco das tsunamis que levaram muitas vidas.

A atriz britânica fazia filmes B de terror como O Elevador da Morte (2001) até que David Lynch mudou sua vida ao chamá-la para estrelar Cidade dos Sonhos (2001). Seu nome passou a ser conhecido por vários diretores que queriam trabalhar com ela como Gore Verbinski em O Chamado (2002), David O. Russell em Huckabees – A Vida é uma Comédia (2004) e Peter Jackson em King Kong (2005), onde abraçou o papel que consagrou Fay Wray e Jessica Lange.

Sua primeira e única indicação saiu pelo dramático 21 Gramas, de Alejandro González Iñárritu, no qual sua personagem vive maus bocados quando encontra o homem que recebeu o coração de seu ex-marido. Como Watts parece uma boneca de porcelana, o fato de viver personagens em situações que deterioram a imagem das mesmas parece colaborar para a qualidade da interpretação. Como deu certo com 21 Gramas, por que não daria com O Impossível?

Neste novo trabalho, ela busca sua sobrevivência e sua família em meio à catástrofe do tsunami. Naomi Watts fica toda coberta de lama e sua chapinha é arruinada pela água salgada. Claro que isso merece uma indicação! Brincadeiras à parte, o drama O Impossível conta uma história de superação e solidariedade, elementos que, combinados, costumam ganhar muitos votos.

Mary Elizabeth Winstead em Smashed

MARY ELIZABETH WINSTEAD (Smashed)

Pelo nome, a atriz Mary Elizabeth Winstead talvez passe desapercebida pelo grande público. Mais conhecida por papéis de coadjuvante em grandes produções como Duro de Matar 4.0, no qual viveu a filha de Bruce Willis, e o filme-video-game Scott Pilgrim Contra o Mundo, onde é a desejada Ramona Flowers. Conseguiu papéis de protagonista em filmes de terror como Premonição 3 (2006) e a recente refilmagem da refilmagem de O Enigma do Outro Mundo (2011).

Ao se sair bem no papel de uma alcóolatra em Smashed, de James Ponsoldt, Winstead parece querer provar ao mundo que seu talento não pára na beleza. No filme, ela vive Kate Hannah, que conhece seu marido por causa do forte vício ao álcool. Quando se cansa da bebida e tenta se livrar dela, acaba afetando o relacionamento.

Personagens que sofrem com alcoolismo costumam se sair bem na corrida ao Oscar. O grande Ray Milland venceu com méritos seu Oscar de Melhor Ator em 1946 em Farrapo Humano, de Billy Wilder. Nicolas Cage afundou no vício em Despedida em Las Vegas, de Mike Figgis, e saiu reconhecido pela Academia em 1996. E mais recentemente, em 2010, Jeff Bridges ganhou o seu Oscar em Coração Louco, ao interpretar o músico Bad Blake,que tem uma queda fácil pelo álcool.

Smashed saiu com o prêmio especial do júri no último Festival de Sundance e agora, a distribuidora Sony Pictures Classics está investindo na campanha para uma indicação a Mary Elizabeth Winstead. Pelo histórico dela, seria uma zebra.

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