MTV MOVIE e TV AWARDS 2020: Edição Melhores de Todos os Tempos

EDIÇÃO RESGATA ALGUNS ÍCONES DO CINEMA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS

A edição 2020 do prêmio da MTV, que normalmente ocorreria entre Abril e Maio, acabou sendo adiado indefinidamente por causa da pandemia da COVID. Meses foram se passando e não havia uma previsão concreta de quando o evento poderia acontecer, então acabaram optando por uma versão Melhores de Todos os Tempos (Greatest Of All Time – GOAT: alguns até brincam por “goat” também ser “cabra”) numa espécie de edição extraordinária.

Por se tratar de um prêmio jovem, Melhores de Todos os Tempos significa desde 1981, quando a MTV foi fundada, portanto temos vencedores de todas as décadas desde então, com uma única exceção na categoria de Scream Queen (Rainha dos Gritos), já que Jamie Lee Curtis foi eleita por Halloween, lançado em 1978, e que acabou agraciando também o último filme com a atriz na franquia lançado em 2018.

A cerimônia seguiu os protocolos de segurança da última edição do Emmy Awards, com um host e apresentadores numa sede mantendo contato com indicados e vencedores através de lives ou vídeos. No caso do MTV Awards, a hostess deste ano foi a atriz e cantora Vanessa Hudgens, que trocou de figurino ao longo da premiação, homenageando Marylin Monroe, Carrie (de Carrie, a Estranha) e Karatê Kid. Ela contou também com a ajuda de outros apresentadores como Lily Collins e David Spade.

Particularmente, consideramos uma premiação desnecessária, mas diante de uma grade de programação ainda com muitas reprises e coisas do túnel do tempo, vale a pena dar uma olhada em como estão algumas celebridades de Hollywood como Robert Downey Jr. e Don Cheadle (que fizeram uma homenagem ao colega de Vingadores, Chadwick Boseman), Gal Gadot (nitidamente promovendo Mulher-Maravilha 1984) e Jamie Lee Curtis, que traz o próprio Michael Myers para seu discurso de agradecimento. Além disso, eles reforçam o lado pop e cult do cinema norte-americano desde os anos 80, que já marcou gerações de cinéfilos.

A cerimônia será transmitida hoje, dia 07/12, às 21h30 (horário de Brasília) no canal da MTV Brasil, provavelmente todo legendado, pois o show foi transmitido nos EUA no dia anterior. Caso não consiga assistir, confira vídeo dos melhores momentos com os discursos de agradecimento no link abaixo:

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DESTA EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA:

LEGENDARY LIP LOCK

  • Sarah Michelle Gellar e Selma Blair (Segundas Intenções)

HERO FOR THE AGES

  • Chadwick Boseman

SHE-RO

  • Gal Gadot

DYNAMIC DUO

  • Drew Barrymore & Adam Sandler

HEARTBREAKING BREAKUP

  • Jason Segel & Kristen Bell (Ressaca de Amor)

SCREAM QUEEN

  • Jamie Lee Curtis (franquia Halloween)

COMEDY GIANT

  • Kevin Hart

DANCE YOUR ASS OFF

  • Kevin Bacon (Footlose: Ritmo Louco)

ZERO TO HERO

  • William Zabka (Karatê Kid & série Cobra Kai)

RETROSPECTIVA 2019: O Ano das Diretoras e da A24

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Mais um ano se foi. Tradicionalmente, nessa época faço uma espécie de balanço sobre tudo relacionado a Cinema. Filmes vistos, amados e odiados, como foi o Oscar, o que mudou no cenário e as perdas que tivemos ao longo do ano. É um exercício bacana de ser feito, lido e relido para acompanhar as mudanças e adaptações que o Cinema sofre de tempos em tempos.

Sintam-se à vontade para postar nos comentários seus Tops 5 ou 10 dos melhores e piores. Se tem uma coisa bacana de listas é que eles sempre acrescentam novas opiniões e novas descobertas. Espero poder compartilhar um pouco disso tudo com vocês seguidores do blog, da página do Facebook e agora do nosso perfil no Instagram.

OSCAR 2019: ANO DOS BLOCKBUSTERS MAS SEM UM HOST!

Primeiramente, gosto da idéia de abrir a cerimônia com uma performance musical. Por mim, podia se tornar uma tradição, afinal, temos que ouvir as 5 canções indicadas de qualquer jeito, então por que não adiantar? Em 2017, Justin Timberlake logo cantou a canção de Trolls e logo animou o público.

Este ano, apesar de ter gostado de ver os integrantes do Queen ali no palco, não apreciei a performance vocal de Adam Lambert. E foi logo aí que senti falta de um host. Pra quem não se lembra do episódio, a Academia chamou Kevin Hart para ser o host, mas descobriram que ele não é uma figura politicamente correta, aí lançaram aquele ultimato ridículo do “Ou pede desculpas ou você cai fora!”. Felizmente Hart peitou a instituição e pediu demissão. Aí, vimos um cenário em Hollywood que ninguém estava disposto a ter a vida pessoal vasculhada para ocupar a vaga de Hart. Então, alguém da produção do evento teve a brilhante idéia: “Por que não fazer o show sem host? Vamos economizar uma hora!”. A verdade é que conseguiram eliminar alguns minutos do programa, mas o Oscar ficou sem graça. Se fosse só pra revelar os resultados, preferia um powerpoint.

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A cerimônia só melhorou depois de mais de uma hora com a apresentação de “Shallow” de Lady Gaga e Bradley Cooper. E teve o momento mais surpreendente e caloroso com a vitória de Olivia Colman para Melhor Atriz por A Favorita. A gente que é cinéfilo sente muito por mais uma derrota de Glenn Close, mas no fundo sabe que Colman entregou uma performance melhor e mais original.

Dentre as vitórias, também fiquei feliz por Ruth E. Carter, que venceu o Oscar de Figurino por Pantera Negra. Claro que a mídia a saudou como a primeira negra a ganhar o Oscar dessa categoria, o que é bastante válido para a história da premiação, mas o que me chama bastante a atenção é o capricho dela para que os figurinos revelem mais sobre a personalidade dos personagens. Embora seja baseado em material pré-existente dos quadrinhos da Marvel, toda a cultura afro ficou muito bem impressa e representada nos figurinos. E foi uma vitória diferenciada na categoria, que costuma premiar filmes de época praticamente todos os anos.

E pra fechar, a vitória de Homem-Aranha no Aranha-Verso pra mim foi um respiro pra fora da água dominada por Disney e Pixar. Não que eu morra de paixão pelo filme (considero a história relativamente fraca comparada à própria qualidade da animação e design), mas certamente foi uma grata surpresa da Sony, que explora bem a questão da diversidade na identidade do personagem. Aproveitando o assunto do Oscar de Longa de Animação, ficaria mais feliz se filmes mais alternativos ganhassem de vez em quando. Neste ano, por exemplo, Mirai e Ilha dos Cachorros eram trabalhos criativos que poderiam ter vencido também.

BALANÇO FEMININO

Depois dos movimentos feministas do Me Too e Time’s Up, Hollywood se sentiu acuada para se adaptar aos novos tempos. Felizmente, houve um crescimento considerável cerca de 33% de mulheres atrás das câmeras, tanto nas produções cinematográficas como nas televisivas. Claro que ainda há um longo caminho a percorrer, já que essas atividades eram exclusivamente predominadas por homens por mais de um século, mas os grandes estúdios estão enxergando essa mudança como benéfica, e não se limitar apenas a cumprir uma cota.

Uma das grandes mudanças foi que, antes, qualquer projeto poderia ser dirigido por homens. Hoje, existem alguns projetos, principalmente de temática feminina, que são praticamente impossíveis de contar com uma visão masculina. Por exemplo: a comédia Fora de Série (Booksmart), sobre duas meninas colegiais que buscam farrear antes da formatura, ou As Golpistas (Hustlers), que acompanham a volta por cima das strippers que perderam muito dinheiro por causa de Wall Street. Como em qualquer forma de arte, quanto maior o número de visões e perspectivas, melhor e mais completa fica a arte em si. Não deve se tratar apenas de porcentagens de mulheres empregadas, mas que suas vozes sejam trabalhadas em projetos que as façam ser ouvidas.

Dentre as diretoras de 2019, destacamos algumas mais relevantes:

  • Olivia Wilde (Fora de Série)
  • Mati Diop (Atlantique)
  • Céline Sciamma (Retrato de uma Jovem em Chamas)
  • Marielle Heller (Um Lindo Dia na Vizinhança)
  • Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)
  • Lulu Wang (The Farewell)
  • Melina Matsoukas (Queen & Slim)
  • Lorene Scafaria (As Golpistas)
  • Alma Har’el (Honey Boy)
  • Kasi Lemmons (Harriet)
  • Elizabeth Banks (As Panteras)

Houve muita reclamação de cineastas sobre a exclusão de mulheres na categoria de Direção no Globo de Ouro 2020. Eles não indicam uma mulher desde 2015, quando Ava DuVernay foi reconhecida por Selma. Embora tenhamos maior número de mulheres nas cadeiras de direção, não significa necessariamente que as premiações precisam ou são obrigadas a indicar ou premiá-las. Calma! O reconhecimento vai vir, e muito em breve, mas ele tem de vir com o devido mérito para que entre na história. Esta é uma luta que precisa ser contínua para que possa colher os frutos, que certamente virão.

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Greta Gerwig dá orientações a Meryl Streep nas filmagens de Adoráveis Mulheres (pic by IMDb)

Honestamente, acredito que a Academia pode indicar uma diretora este ano, pois são milhares de membros votantes contra 90 jornalistas da HFPA. Contudo, mesmo que haja um esforço coletivo, não existe um consenso entre Greta Gerwig, Lulu Wang e Olivia Wilde. Se houvesse um foco como a própria Gerwig com Lady Bird há dois anos, seria mais fácil. Esse cenário pode e deve mudar com o anúncio do DGA, sindicato dos diretores, em 07 de Janeiro.

Falando em futuro, em 2020 estão previstos grandes projetos comandados por diretoras que prometem melhorar ainda mais o quadro feminino em Hollywood. Só para citar algumas: Niki Caro (Mulan), Chloé Zhao (Os Eternos), Cate Shortland (Viúva Negra), Patty Jenkins (Mulher-Maravilha 1984) e Lana Wachowski (Matrix 4).

MARTIN SCORSESE vs MARVEL STUDIOS

Já abordamos este assunto aqui antes, mas na área de cinema, foi um dos que mais repercutiu. E mal para Martin Scorsese. Apesar de entendermos o desabafo do cineasta ítalo-americano, a frase “Os filmes da Marvel não são cinema. São um parque temático” soou como  uma estratégia barata de desvalorizar o concorrente das bilheterias porque está morrendo de inveja, mas não pode demonstrar.

Como um diretor renomado dos anos 70, Scorsese poderia ter se aposentado como o colega Francis Ford Coppola, porque depois de Taxi Driver, O Rei da Comédia e Touro Indomável, ele não precisava provar mais nada pra ninguém, mas admiro muito a vontade criativa dele. Foi um dos poucos de sua geração que ainda busca fazer filmes bons e inventivos como O Lobo de Wall Street, A Invenção de Hugo Cabret e o recente O Irlandês. Então pra que expôr uma opinião fútil como essa?

A Marvel Studios e o produtor Kevin Feige estão colhendo os merecidos frutos de um planejamento muito bem feito que se iniciou lá em 2008. Vingadores: Ultimato se tornou a maior bilheteria de todos os tempos, conseguindo superar os dois filmes de James Cameron: Titanic e Avatar. Você pode não gostar dos filmes, mas eles têm uma boa carga de entretenimento que muitos apreciam (taí os números pra confirmar essa paixão). E as adaptações de histórias em quadrinhos começou há pouco tempo. São décadas e mais décadas de HQs repletas de material para o cinema, então essa onda não vai acabar tão cedo, a menos que o público decida que termine antes.

Irishman Scorsese

Scorsese entre Al Pacino e Robert De Niro na premiere de O Irlandês da Netflix (pic by IMDb)

Quanto a Scorsese, felizmente ele se encaixou bem no sistema da Netflix, que se tornou um oásis para diretores autores como ele. Cada cinema tem seu próprio espaço. Não precisa desmerecer os outros trabalhos para valorizar o seu próprio.

O ANO DA A24

Fundado em 2012, o estúdio nova-iorquino (que era apenas uma distribuidora no início) já vinha se destacando pelos seus títulos e suas passagens vitoriosas em premiações nos últimos anos. Ex-Machina, O Quarto de Jack, Moonlight, A Bruxa, Lady Bird e Projeto Flórida, só para citar alguns.

Este ano, foi um dos grandes destaques ao lado da Netflix (aliás, falando na plataforma de streaming, a partir de 2020, os filmes da A24 serão exibidos apenas na plataforma da concorrente Apple Plus TV devido a um acordo firmado). Embora ainda não tenha produções muito bem-sucedidas nas bilheterias, estão chamando atenção pelas apostas mais arriscadas em originalidade como Midsommar, um filme de terror psicológico que se passa na Suécia e dispensa a escuridão para assustar.

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Muita luz do sol e cores: Florence Pugh em Midsommar (pic by IMDb)

Essa filosofia do estúdio tem atraído vários cineastas que também estão cansados das mesmices dos lançamentos de cinema e estão buscando novas temas e novas vozes. Enquanto a Netflix tem abrigado os diretores renomados que perderam espaço nos cinemas como Martin Scorsese, Noah Baumbach, Fernando Meirelles e até o falecido Orson Welles, a A24 tem apostado em novos talentos ou diretores em início de carreira. Entre os novatos estão Robert Eggers, Ari Aster, Lulu Wang, David Robert Mitchell, Trey Edward Shults e os irmãos Benny e Josh Safdie. Todos são nomes que você pode apostar em originalidade e personalidade.

Eis alguns destaques do estúdio lançados em 2019:

  • Jóias Brutas (Uncut Gems)
  • O Farol (The Lighthouse)
  • Midsommar
  • The Farewell
  • The Last Black Man in San Francisco
  • Waves
  • The Souvenir
  • Gloria Bell
  • Under the Silver Lake

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Adam Sandler como o dono de joalheria Howard Ratner em Uncut Gems (pic by IMDb)

CRÍTICAS

Bom, apesar de não ter conseguido conferir trabalhos badalados como Jojo Rabbit, O EscândaloDois Papas, procurei assistir ao maior número possível de potenciais da temporada de premiações e futuros indicados ao Oscar como O Irlandês, História de um Casamento, The Farewell, Dor e Glória, Coringa, Atlantique e Bacurau. A lista provavelmente seria um pouco diferente se eu apenas privilegiasse a qualidade artística, mas procurei valorizar a questão da originalidade e perspectiva.

Dentre alguns trabalhos que não estão na lista, destaco Atlantique e Bacurau. Ambos trabalham com elementos do cinema de gênero com a finalidade de reforçar uma mensagem sócio-econômica, embora suas metáforas ainda estejam aquém do nível de um John Carpenter, por exemplo. Fora de Série da diretora estreante Olivia Wilde também vale a citação. Não que seja um primor como filme, mas por ela conseguir fazer uma versão feminina daqueles típicos filmes de adolescente americano que pipocaram nos anos 80 e 90 imprimindo sua personalidade logo em seu primeiro filme.

Já o novo filme de Tarantino, Era uma Vez em… Hollywood, tem seus méritos principalmente no quesito da paixão que o diretor nutre pelo cinema como um escape da realidade cruel dos anos 70. Ele faz do filme uma espécie de carta de amor à poesia da arte. Como roteiro, deixou um pouco a desejar, principalmente por personagens secundários e por repetir a fórmula de mudar o curso da História como fez em Bastardos Inglórios com os nazistas, e Django Livre com os escravistas.

META 2019

Não tive exatamente uma meta estipulada em números, mas acho vergonhoso da minha parte assistir a menos de 100 filmes em um ano. Em 2019, consegui fazer as pazes com o tempo e consegui me dedicar mais aos filmes, resultando em 234 longas e 26 curtas até a presente data. Talvez ainda consiga ver mais um ou outro antes da virada do ano.

Além dos lançamentos, procurei assistir a alguns filmes que estavam na minha watchlist há um bom tempo como os clássicos A Montanha dos Sete Abutres (1951), Anatomia de um Crime (1959), Cléo das 5 às 7 (1962) e voltar a ter contato com os mestres Akira Kurosawa em Trono Manchado de Sangue (1957), Vittorio De Sica em Vítimas da Tormenta (1946), Jean Renoir em A Regra do Jogo (1939) e John Cassavettes em Amantes (1984), enquanto descobria filmes excepcionais como A Longa Caminhada (1971), O Espírito da Colméia (1973), Alambrista! (1977), El Norte (1983) e Tudo por Dinheiro (1982).

PIORES DO ANO

Não sei quanto a vocês, mas apesar de gostar de assistir de tudo, se possível prefiro economizar meu tempo e dinheiro com filmes que estão destinados a serem ruins, de gosto duvidoso ou com complicações na produção. Então, dificilmente assistirei a Playmobil: O Filme, por exemplo. Já há casos que até me interessei pelos diretores envolvidos, mas após conferir os trailers e ler as críticas, acabei desanimando como aconteceu com Projeto Gemini (Ang Lee), Hellboy (Neil Marshall) e Cadê Você, Bernadette? (Richard Linklater). Provavelmente vou conferir esses últimos filmes, mas quem sabe depois do Oscar?

TOP 5 PIORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. DORA E A CIDADE PERDIDA (Dora and the Lost City of Gold)
Dir: James Bobin
Apesar de ser destinado a um público infantil, trata-se de uma adaptação com zero de imaginação, péssimos diálogos e personagens. E que ainda não dá pra ser sustentado por um carisma ainda meio verde de Isabela Moner. Se fosse lançado direto para home video, ainda estaria sendo privilegiado.

4. X:MEN: FÊNIX NEGRA (Dark Phoenix)
Dir: Simon Kinberg
Tudo bem que a Fox estava praticamente vendida para a Disney, mas quem teve a brilhante idéia de contratar um diretor estreante que ficou conhecido por ser produtor de algumas pérolas como X-Men: O Confronto Final, Jumper e Quarteto Fantástico (2015)? Desgastou uma das maiores sagas dos quadrinhos dos X-Men… mais uma vez.

3. A LAVANDERIA (The Laundromat)
Dir: Steven Soderbergh
É difícil acreditar que um cineasta criativo como Soderbergh, que já realizou Sexo, Mentiras e Videotape (1989) e Irresistível Paixão (1998) se tornou um Adam McKay genérico. Ele quis imitar o filme da crise econômica A Grande Aposta (2015), e acabou fazendo um vídeo institucional de 1 hora e meia.

2. O PINTASSILGO (The Goldfinch)
Dir: John Crowley
Esse filme é uma verdadeira aula de como NÃO adaptar um livro, ainda mais vencedor do Pulitzer, para o cinema. As cenas não têm carga emocional, e o péssimo trabalho de montagem só piora o material. O que mais dói é que Crowley tinha Roger Deakins como diretor de fotografia (não sabia que era possível fazer filme ruim com ele na câmera) e Nicole Kidman e Sarah Paulson no elenco. Um erro em todos os departamentos.

1. O REI LEÃO (The Lion King)
Dir: Jon Favreau
Pra quem acompanha o blog, sabe que sou contra essa onda de Live-Actions da Disney. Claro que eles estão na deles de querer lucrar com um material conhecido, mas essa falta de criatividade e falta de propósito nos remakes me assombra como cinema. E acredito (e espero) que este filme seja o ápice do vazio desses live-actions. Não se trata apenas de animais sem expressão humanizada, mas de uma história clássica recontada de forma praticamente idêntica, porém sem alma. Alguém lembra da versão colorida de Psicose de Gus Van Sant? Os atores que dublaram, com exceção óbvia de James Earl Jones, são infinitamente piores do que aqueles de 1994, o que elimina qualquer rastro de humanidade num filme que mais precisava dele. Os efeitos visuais são ótimos e merecem o Oscar da categoria, mas se quer reviver o Hamlet da Disney, reveja a animação.

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Cena do live action O Rei Leão (pic by IMDb)

MELHORES DO ANO

TOP 5 MELHORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. O FAROL (The Lighthouse/ 2019)
Dir: Robert Eggers
Talvez a decisão mais difícil neste top 5. Havia colocado O Irlandês aqui, mas algumas coisas pesaram a favor de O Farol, começando pela incrível estética. Robert Eggers foi extremamente ousado ao decidir filmar em 35mm, em preto-e-branco e numa real locação, onde ficaram expostos a inúmeros contratempos. A fotografia de Jarin Blaschkin é primorosa, pois além do aspecto expressionista repleto de sombras, sua granulação permite uma vibe tátil e é quase possível sentir o cheiro do mar. Ótimas atuações, especialmente de Willem Dafoe, um ator versátil como poucos. Diria que é um filme perturbador pelo aspecto de isolamento.

4. LUCE (Luce/2019)
Dir: Julius Onah
Fui atrás desse filme depois das indicações ao Independent Spirit e me surpreendi pela evolução na temática racista. É como se o cinema já estivesse saturado da superficialidade da questão racial e decidisse se aprofundar com uma trama diferente com personagens mais densos e com backgrounds alternativos. O protagonista Luce é um aluno prodígio no colégio, mas com idéias um tanto radicais que podem ter explicação em seu passado. Grandes atuações, especialmente de Kelvin Harrison Jr. e Octavia Spencer.

3. NÓS (Us/ 2019)
Dir: Jordan Peele
No papel, é um filme inferior a Corra!, mas Jordan Peele fez o que se esperava dele: foi mais ambicioso, tanto na questão racial quanto na questão filosófica.  A primeira vez que se assiste a Nós, a ação e a tensão crescente nos entretém como um bom filme de terror psicológico. A partir da segunda vez, é possível analisar melhor os detalhes que perdemos para nos proporcionar uma reflexão maior sobre as metáforas e simbolismos. Lupita Nyong’o extraordinária em dois papéis.

2. JÓIAS BRUTAS (Uncut Gems/ 2019)
Dir: Benny Sadie e Josh Safdie
Depois de se encantar com o filme anterior dos irmãos Safdie, Bom Comportamento, havia altas expectativas em relação a este novo trabalho. Mesmo assim, Jóias Brutas consegue nos surpreender, principalmente pela fluidez de sua narrativa. Como uma marca dos diretores, a imprevisibilidade faz parte dos acontecimentos, o que reforça ainda mais as atuações de Julia Fox, e principalmente de Adam Sandler. Ótima combinação de montagem com a trilha de Daniel Lopatin. É aquele típico filme que não tem cara de Oscar, mas que depois a Academia vai se arrepender de não ter premiado ou sequer indicado.

1. PARASITA (Gisaengchung/ 2019)
Dir: Bong Joon-Ho
Parasita é aquele fruto perfeito que o diretor Bong Joon-Ho plantou lá atrás com os intrigantes Memórias de um Assassino (2003), O Hospedeiro (2006), Mother (2009), O Expresso do Amanhã (2013) e Okja (2017). Aqui ele volta a dialogar com vários temas que já tratou como a família, a luta de classes e até a questão da superpopulação, mas de uma forma completamente diferente. A mistura de gêneros é tamanha que dá a impressão de que o filme vai se perder a qualquer momento, mas a direção de Joon-Ho é tão segura do primeiro ao último minuto que é impossível não ficar impressionado pelo seu controle. Um filme pra se ver várias vezes, descobrir coisas novas e com chances mínimas de ficar datado. Um dos melhores filmes deste século XXI.

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Cena de Parasita (pic by OutNow.CH)

TOP 5 MELHORES em ACERVO MÍDIA DIGITAL ou STREAMING

5. OASIS (Oasiseu/ 2002)
Dir: Chang-dong Lee
Depois de me apaixonar por seus outros trabalhos posteriores: Poesia, Sol Secreto e Em Chamas, finalmente consegui conferir Oasis. Lee escolhe a dedo seu protagonista atrapalhado que consegue enxergar muito mais além da superfície de preconceitos e ir fundo na alma da debilitada Gong-ju (aliás, impressionante atuação de So-ri Moon, que deixa Eddie Redmayne no chão). Um filme extremamente poético que merece ser descoberto.

Oasis

4. WANDA (Wanda/ 1970)
Dir: Barbara Loden
Muito se fala hoje de mulheres no cinema, então ninguém melhor do que Barbara Loden para abrir a discussão. Ela teve a audácia de dirigir um filme escrito e atuado por ela no final dos anos 60, tornando-se a primeira mulher a fazê-lo com este belo e tocante Wanda. A protagonista de mesmo nome é uma ex-dona de casa, recém-divorciada em uma pequena cidade de mineração nos EUA que tem uma segunda chance na vida ao ser acolhida por um ladrão. A atriz pioneira morreu muito jovem, aos 48 anos, vítima de câncer de mama. 

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3. A MONTANHA DOS SETE ABUTRES (Ace in the Hole/ 1952)
Dir: Billy Wilder
Este filme é um TAPA enorme no sensacionalismo da mídia. Jornalista de NY explora o circo midiático de um acidente na montanha que deixa um homem soterrado por dias. Somente Billy Wilder, grande diretor dos clássicos Se Meu Apartamento Falasse, Testemunha de Acusação e Pacto de Sangue, poderia destrinchar a podridão do jornalismo nos anos 50. Confirmando que o mestre estava à frente de seu tempo, o filme foi um fracasso de crítica e de público, mas ainda permanece muito relevante nos dias de hoje, e sua qualidade inquestionável. Talvez o melhor papel de Kirk Douglas na carreira, e estupenda atuação de Jan Sterling.

Ace in the Hole

2. MARGARET (Margaret/ 2011)
Dir: Kenneth Lonergan
Fiquei com esse filme na cabeça por alguns dias por vários motivos. Margaret é um filme sobre uma moça (Anna Paquin) que testemunha um acidente de ônibus na cidade. Com enorme peso na consciência, ela busca respostas se realmente foi acidental ou um erro grave. Só a cena do acidente em si já te deixa baqueado por um bom tempo, depois essa questão ética te drena de uma forma contundente. Paquin entrega sua melhor performance, Jeannie Berlin rouba suas cenas e temos uma vibe mega ôrganica nesse filme que é difícil não ficar perdido. Originalmente, o filme estava previsto para lançamento em 2007, mas devido às brigas de corte final com a Fox Searchlight, Lonergan teve de aguardar QUATRO anos para seu filme ser descoberto.

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1. O REI DA COMÉDIA (The King of Comedy/ 1982)
Dir: Martin Scorsese
Dentre alguns filmes de Scorsese que deixei escapar, estava O Rei da Comédia. Yes, my bad!  O filme é focado na vida de Rupert Pupkin (Robert De Niro), um comediante amador que sonha em fazer sucesso no programa de TV de Jerry Langford (Jerry Lewis). Aproveitei a oportunidade do lançamento de Coringa para conferir este filme, para então descobrir que o diretor Todd Phillips praticamente copiou este filme e Taxi Driver para criar sua Gotham City dos anos 70. Não que copiar seja algo necessariamente inválido, mas o impacto que Coringa causou em muitos cinéfilos não se aplicava naqueles que já haviam visto os filmes de Scorsese. Honestamente, considero o Rupert Pupkin de De Niro e a Masha de Sandra Bernhard mais assustadores do que Joaquin Phoenix como Arthur Fleck. Pupkin tem uma imprevisibilidade deixariam muitos stalkers no chão. Filme perfeito de Scorsese, cujas cenas são inestimáveis, e ele pratica o humor negro que nunca imaginei que ele teria.

King of Comedy

Jerry Lewis e Robert De Niro em cena de O Rei da Comédia (pic by IMDb)

IN MEMORIAN

Foi triste acompanharmos a partida de atores muito jovens partindo como o nosso Caio Junqueira, que morreu num acidente de carro aos 42 anos, o ator americano Luke Perry aos 52 anos, e o diretor John Singleton aos 51, vítimas de AVC. Singleton foi o primeiro diretor negro a ser indicado ao Oscar de Direção e também o mais jovem aos 24 anos por Os Donos da Rua (1991).

Perdemos grandes mestres do cinema como a emblemática Agnès Varda, Franco Zeffirelli, Stanley Donen, e os diretores brasileiros Domingos de Oliveira e Fábio Barreto.

Dentre os atores, o britânico Albert Finney (indicado a 5 Oscars sem vitória), Doris Day (uma indicação por Confidências à Meia-Noite), Peter Fonda (2 indicações: uma por Roteiro Original e outra como Ator por O Ouro de Ulisses), Seymour Cassel (uma indicação por Faces), Robert Forster (uma indicação por Jackie Brown), Danny Aiello (uma indicação por Faça a Coisa Certa).

Outros atores que marcaram sua época estão Bibi Andersson (uma das favoritas de Ingmar Bergman), Rutger Hauer (Blade Runner), Bruno Ganz (que foi anjo em Asas do Desejo e Hitler em A Queda), Anna Karina (O Demônio das Onze Horas), Julie Adams (a moça que encantou o Monstro da Lagoa Negra) e Peter Mayhew, que foi o Chewbacca de Star Wars.

Também gostaríamos de destacar o grande compositor francês Michel Legrand, que venceu 2 Oscars de Trilha Musical (Houve uma Vez um Verão e Yentl) e 1 Oscar de Canção Original (Crown, o Magnífico).

Mais fora do âmbito do cinema, sentimos pela perda da cantora sueca Marie Fredriksson da banda Roxette (ela tinha câncer no cérebro), e dos brasileiros Gugu Liberato (que foi vítima de um acidente doméstico, e que participou de uns filmes brasileiros com a Xuxa e os Trapalhões) e o jornalista Ricardo Boechat (vítima de um acidente de helicóptero). Boechat era um dos raros âncoras de telejornal que expressava a nossa indignação com as notícias da política brasileira.

Ainda abro espaço para o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, que nos deixou em junho. Apesar de ter trabalhos como ator e escritor, ficou conhecido por ser o “homem do Oscar”, que fez a conexão de incontáveis cinéfilos à Sétima Arte por seu vasto conhecimento sobre filmes e artistas. Trabalhou como apresentador de TV nas transmissões das cerimônias do Oscar pelo SBT, Globo e TNT, e foi autor de inúmeros guias de filmes. Em 1998, assisti à cerimônia em que Titanic venceu 11 Oscars e fiquei abismado com a memória cinematográfica dele, especialmente naquela bela homenagem intitulada “Álbum de Família do Oscar”, na qual vários atores que venceram a estatueta eram saudados no palco. Rubens sabia todos os atores e os filmes pelos quais eles ganharam seus prêmios. Eu tinha gravado o evento no meu velho aparelho de videocassete e assisti inúmeras vezes a este Oscar, decorando os nomes através da voz dele. Em 2009, fui a um evento na extinta videolocadora 2001 em São Paulo, onde tive o prazer de conhecê-lo. Tive o privilégio de declarar meu enorme respeito e carinho para aquele que me introduziu a este universo de premiações de cinema. Era um homem muito querido e de uma bondade tremenda com seus fãs. Que descanse em paz, Rubens!

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Encontro com Rubens Ewald Filho em evento do lançamento de mais um guia de filmes de sua autoria

VOTOS PARA 2020

Não sei como foi o ano para vocês, mas o meu foi uma montanha-russa de altos e baixos. E foram nos momentos baixos que o Cinema mais me serviu como alento e fuga. Porém, além dessa característica quase medicinal, os filmes vêm com um propósito pouco comentado mas essencial que é sua capacidade de promover a compreensão entre as pessoas, os povos, as raças e as religiões. Tudo o que as diferenças separam, o cinema tem a incrível capacidade de unir… talvez com raras exceções entre os fãs de Marvel e DC, ou de Star Wars.

Então, proponho um exercício para 2020. Você, que tem aquele preconceito sobre determinado assunto, determinado perfil de pessoas, determinado tipo de crença, assista a um filme sobre esses temas (claro, não sendo um filme supérfluo). Seja uma ficção, ou seja um documentário, o Cinema vai oferecer luz de conhecimento e empatia para aqueles cantos escuros da sua mente. Sinta na pele como é ser outra pessoa, entender seus problemas e refletir sobre seus dilemas. Na maioria das vezes, o cinema é somente associado a entretenimento porque é o grande chamariz que atrai o público, mas sempre foi e nunca deixará de ser uma forma de arte que busca entender o mundo e as pessoas que vivem nele. Dá pra aprender muito, principalmente se escolher aqueles filmes dos diretores que também têm essa missão.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos que acompanham o blog, Facebook e Instagram. Sigam as páginas, opinem, compartilhem. Obrigado a todos e que tenham um ano de muita paz, saúde, alegria e, claro, muitos bons filmes!

Macaulay Culkin Home Alone

Macaulay Culkin no eterno filme natalino Esqueceram de Mim (pic by eye-contact.tumblr.com)

E AÍ? VAI TER HOST no OSCAR 2020?

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COM CALENDÁRIO BASTANTE APERTADO, AS CHANCES DE UM ÚNICO HOST CAEM A CADA DIA

Vamos direto aos fatos. A audiência da cerimônia do Oscar vinha caindo por quatro anos consecutivos até alcançar a pior marca da história de 18.9, o que representa aproximadamente 26 milhões de telespectadores. No Oscar deste ano, houve um aumento de 14% conquistando a marca de 21.6, cerca de 30 milhões de telespectadores.

Seguindo a lógica, parece muito óbvio que o caminho seja manter o evento sem um host ou hostess, certo? Não necessariamente. Na última cerimônia do Emmy, prêmio da televisão, não houve host também e a audiência caiu drasticamente 32% em relação ao ano anterior. Portanto, os representantes da Academia e da rede de TV ABC estão se reunindo para avaliar as melhores opções num curto espaço de tempo.

Segundo matéria da Variety, eles praticamente descartaram a possibilidade de um host. Ano passado, Kevin Hart foi anunciado em 04 de Dezembro e já era considerado uma data apertada para a cerimônia no final de Fevereiro, imagina agora que estamos em 19 de Dezembro, e a cerimônia foi adiantada para 09 de Fevereiro? Não haveria tempo hábil para recrutar uma equipe para preparar as atrações e piadas.

Certamente, muitos defendem a sequência de um Oscar sem host, porque estão mais preocupados com a duração do evento ao vivo, mas nessas reuniões estariam discutindo a possibilidade de duplas ou até time de hosts formados por celebridades. Para quem acompanha há pouco tempo a cerimônia da Academia, as duplas são casos recentes e desastrosos: em 2010, Steve Martin fez dupla com Alec Baldwin, e em 2011, James Franco e Anne Hathaway foram aquela tragédia, que foi ainda mais reforçada com a vitória inacreditável de O Discurso do Rei sobre A Rede Social.

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James Franco e Anne Hathaway no Oscar 2011: fundo do poço? (pic by VanityFair.com)

 

Já para quem acompanhou o Oscar há mais tempo, essa estratégia de times não são novas. Em 1975, Sammy Davis Jr., Bob Hope, Shirley MacLaine e Frank Sinatra dividiram as tarefas de host. Em 1983, foram Richard Pryor, Liza Minnelli, Dudley Moore e Walter Matthau, e em 1987, Paul Hogan, Chevy Chase e Goldie Hawn.

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4 Hosts em 1983: Walter Matthau, Liza Minnelli, Dudley Moore e Richard Pryor (pic by IMDb)

Na verdade, se eles forem espertos, poderiam reconvocar o trio que abriu o Oscar 2019 para essa tarefa: Tina Fey, Amy Poehler e Maya Rudolph. Apesar de apenas apresentarem o Oscar de Atriz Coadjuvante, elas fizeram um mini-monólogo (ou seria triólogo?) com ótimas piadas antes de abrir o envelope.

Sempre fui a favor de Jim Carrey (que roubou a cena no último Globo de Ouro com a piada de sentar na distante seção de TV) ou Sacha Baron Cohen como hosts do Oscar, porque têm excelente timing e experiência com tv ao vivo, mas pensando nessa filosofia, eles formariam uma dupla excepcional, não? Ou Steve Carell e Kristen Wiig, que arrebentaram no Globo de Ouro com a piada da primeira animação no cinema? Ou que tal Chris Rock com Jack Black e Will Ferrell? Existem combinações diversas que podem suprir com sobras as necessidades do tamanho do evento, PORÉM sem essa de caça às bruxas. Se começarem a vasculhar contas de Twitter, um comentário no Facebook, uma piada anotada num guardanapo ou um sussuro no carro, não haverá mais hosts, pois ninguém tem ficha 100% limpa. Claro que Kevin Hart pisou na bola com aqueles tweets homofóbicos (onde estava o agente dele pra pedir pra ele apagar?), mas aquele ultimato da Academia do tipo “ou você pede desculpas publicamente ou não queremos que você seja o nosso host” soou ainda mais ridículo. Bastava uma reunião simples com desligamento.

Enfim, o Globo de Ouro parece ser a única premiação televisionada sem esse tipo de perrengue, já que Ricky Gervais está de volta pela quinta vez! Particularmente, votaria para Gervais no Oscar também, mas a instituição é muito careta pras piadas politicamente incorretas dele.

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Ricky Gervais já está comprometido ao Globo de Ouro 2020 (pic by Variety)

E você? Gostou do Oscar 2019 sem um host? Preferiu aquele show genérico do Queen com Adam Lambert de abertura? E se tivesse que escolher o host, a hostess ou os hosts? Quem ganharia seu voto?


A cerimônia do 92º Oscar será no dia 09 de Fevereiro, e as indicações anunciadas em 13 de Janeiro.

RETROSPECTIVA 2018: O ANO da NETFLIX?

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Normalmente, eu posto um vídeo promocional da próxima edição do Oscar que o futuro host publica na internet, mas depois da confusão e demissão de Kevin Hart…

Olá, pessoal! Mais um ano se foi! Foi um ano bom ou ruim pra você?
Queria agradecer a todos que acompanharam o blog e a página do Facebook. Se comentaram, se leram, ou se apenas deram aquela passadinha, obrigado por seu apoio! Estou realizando este trabalho por puro prazer há 7 anos e sendo recompensado pelos seus views e participações. Agradeço bastante ao meu colaborador assíduo Hugo Cancela, aos amigos Bruna Martins, Flávia Fernandes, Antonio Lopes, Karoline Alves e Alice Ayres, e frequentadores assíduos como a rainha do Oscar Frame, Elisieli Rodrigues, Cristiano Filiciano, Miriam Moldes, Henrique Cereja, Fummanation Bonsucesso, Berto Leno, Tiago Bistaffa, Elza Vieira, Amélia Cassis, Yuri Dias, Lília Ricardo, Kátia Nunes e Verinha Dau, enfim, são tantos nomes que daria uma lista extensa! Peço desculpas por não poder incluir todos aqui!

Queria aproveitar para agradecer ao crítico Chico Fireman por me possibilitar trabalhar com as cabines de lançamentos de filmes, e pela sua generosidade e atenção!

META DE 2018

Continuando minha meta de 2017, procurei assistir mais àqueles filmes clássicos ou cults pra reduzir um pouco minha watchlist. Um que tenho orgulho de finalmente ter conferido é o clássico italiano , de Federico Fellini. Sério, eu não estava aguentando mais ver esse filme no topo da minha lista me olhando e perguntando: “E aí? Quando você vai me ver?” Eu lembro a última vez que viajei pra fora do país em 2014, eu jurava: “Antes de pegar esse avião, eu vou ver o filme do Fellini. Vai que eu morro…” Enfim, tomei coragem e assisti. Eu achava que o filme me daria uma dor de cabeça enorme, mas vi uma belíssima homenagem do diretor às mulheres que amou na vida. Ainda tenho vários do Fellini pra ver como Julieta dos Espíritos e A Doce Vida, mas quem sabe em 2019?

Falando em mestres do cinema, estou satisfeito por ter acrescido mais três obras do sueco Ingmar Bergman. Finalmente assisti a Através de um EspelhoSonata de Outono e Gritos e Sussurros. Depois de assistir aos filmes dele, é inevitável não parar pra refletir sobre a vida e a família, que são temas bem fortes na filmografia dele. O quanto realmente nos importamos com familiares diante de situações difíceis. Além do diretor levantar esses questionamentos, ainda cria obras visuais extremamente poderosas com a ajuda inestimável de atrizes do calibre de Ingrid Bergman, Liv Ullmann e Harriet Andersson.

Também consegui assistir pela primeira vez a A Mulher Faz o Homem (1939). Nunca fui muito fã do Frank Capra porque ele entrega uma visão demasiada otimista. Não que isso seja um defeito, mas sempre tive preferência por um cinema que expõe defeitos e falhas humanas, seja para o bem ou para o mal. É louvável acompanhar a luta de um jovem senador idealista contra um sistema corrupto, ainda mais hoje num Brasil que revela um novo caso de corrupção a cada dia, mas alguns personagens se tornam bidimensionais nessa visão, mesmo James Stewart.

8 Autumn Mr Smith

8½, Sonata de Outono e A Mulher Faz o Homem

Revisitei alguns diretores renomados como François Truffaut com Jules e Jim – Uma Mulher Para Dois (1962), Wim Wenders com Asas do Desejo (1987), Billy Wilder com Testemunha de Acusação (1957), e Dario Argento com Suspiria (1977), que fiz questão de conferir antes de assistir à refilmagem, que nunca estréia aqui no Brasil! E vi uma obra-prima pouco conhecida aqui intitulada O Segundo Rosto (1966), de John Frankenheimer, que apresenta uma trama de ficção científica na qual uma organização secreta oferece uma segunda chance aos ricos, alterando suas aparências e encenando a morte das pessoas que foram. Rock Hudson, que sempre teve imagem de cowboy machão mas era homossexual, caiu como uma luva no papel principal e entrega a performance de sua vida.

PIORES DO ANO

Eu tinha o costume de comentar uns dois ou três filmes que foram decepcionantes, mas a partir deste ano, já dá pra formar uma lista dos 5 piores. Reparem que todos os filmes da lista são parte de uma franquia (considerando que Venom faz parte do universo do Homem-Aranha) ou é uma refilmagem. Quando Hollywood só pensa nos números lucrativos, o Cinema perde.

Por pouco Jogador Nº 1 não entra na lista. Depois de me desapontar muito com The Post: A Guerra Secreta, vejo que Steven Spielberg deveria dar um break na carreira, sei lá, tirar um ano sabático, pra refletir sobre o que cinema representa pra ele, porque parece que ele tem feito mais filmes com cabeça de produtor ultimamente… E pior é que dos três projetos futuros dele, um é a sequência de Indiana Jones com Harrison Ford (taí outro que precisa de uma pausa longa) e o outro é a refilmagem (totalmente desnecessária) do clássico musical Amor Sublime Amor (1961). Claro que posso queimar minha língua, mas Spielberg, cadê sua criatividade?

E apesar de querer assistir de tudo, sempre dou mais prioridade aos filmes que acho que podem ser bons, afinal, se tenho pouco tempo pra ver filmes, por que gastar as horinhas preciosas com filmes que tenho quase certeza de que serão meia-boca? Nesse quesito, deixei de assistir aos possíveis candidatos desta lista: Han Solo: Uma História Star Wars (que pelo histórico de produção conturbado, só pode ser um resultado desastroso) e o Fenda no Tempo, a mega produção politicamente correta da Disney.

TOP 5 PIORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. Venom (Venom)
Dir: Ruben Fleischer

4. Halloween (Halloween)
Dir: David Gordon Green

3. Tomb Raider: A Origem (Tomb Raider)
Dir: Roar Uthaug

2. A Freira (The Nun)
Dir: Corin Hardy

1. Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom)
Dir: J.A. Bayona

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Chris Pratt em cena da desastrosa sequência Jurassic World: O Reino Ameaçado (pic by OutNow.CH)

OSCAR 2018: POLITICAMENTE CORRETO NUMA CERIMÔNIA MORNA

Os produtores da cerimônia resolveram dar uma colher de chá para Jimmy Kimmel e o convidaram novamente para ser host após aquela lambança do envelope errado no ano passado. Apesar de ter acertado naquela premiação do jet ski para o discurso mais curto, ainda cometeu equívocos como aquela chocha invasão à sala de cinema do outro lado da rua, na vã tentativa de aproximar o público comum das estrelas de Hollywood.

Contudo, não dá pra culpá-lo. Os próprios organizadores resolveram baixar o tom da festa e correr risco zero para evitar erros e polêmicas. Desde o monólogo politicamente correto de Kimmel, até os números musicais bastante contidos no palco comprovaram a postura que a Academia impôs ao evento.

Quanto aos resultados, chegamos ao limite do previsível, principalmente em relação aos atores. Com Gary Oldman, Frances McDormand, Sam Rockwell e Allison Janney ganhando todos os prêmios importantes anteriores, ficou difícil surpreender o público com algum resultado inesperado. Por isso mesmo, a partir da próxima cerimônia, a data será adiantada para o mês de fevereiro com o intuito de reduzir o impacto dos prêmios que o antecedem.

Sobre os resultados, torci bastante para Corra! levar Melhor Filme, Diretor e Roteiro Original, que felizmente Jordan Peele acabou levando. Gostei das premiações de James Ivory pelo Roteiro Adaptado de Me Chame Pelo Seu Nome, de Roger Deakins finalmente levando seu Oscar por Blade Runner 2049, e de Sebastián Lelio levando o primeiro Oscar de Filme em Língua Estrangeira para o Chile por Uma Mulher Fantástica.

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Da esquerda para a direita: Jordan Peele leva o Oscar de Roteiro Original por Corra!, Roger Deakins de Fotografia por Blade Runner 2049, e Sebastián Lelio de Filme em Língua Estrangeira por Uma Mulher Fantástica.

Em relação às categorias de atuação, os votantes da Academia deveriam repensar melhor seu modo de avaliar as interpretações. Este ano, tivemos duas performances clichês e rotuladas levando o Oscar mais por causa dos efeitos de maquiagem transformativa: Gary Oldman com próteses esbravejando como um cachorro, e Allison Janney como a mãe amarga e envelhecida pela maquiagem. Timothée Chalamet e Lesley Manville trabalharam muito mais as nuances de seus personagens, e com pouco esforço, superaram os vencedores.

NETFLIX NOS FESTIVAIS E NO OSCAR

Claro que ainda não é oficial, mas Roma pode se tornar o primeiro filme da NETFLIX indicado ao Oscar de Melhor Filme, e por que não o primeiro a ganhar a estatueta? É inevitável o espaço e a importância que a Netflix e outras plataformas de streaming como a Amazon e a Hulu estão conquistando no mercado. Já é uma realidade de trabalho para inúmeros profissionais, assim como de alto consumo.

Diante desse cenário, eu faço a seguinte indagação: “Até quando vão ficar de birra, distribuidores franceses e organizadores do Festival de Cannes?”. Enquanto essa turma ficar discutindo a permanência de um sistema ultrapassado e a linguagem cinematográfica da Netflix, a empresa está dando risada, lucrando e ainda ganhando prêmios em outros festivais! Roma ganhou o Leão de Ouro em Veneza.

Obviamente, preferi assistir ao filme de Alfonso Cuarón numa sala de cinema com projeção em tela grande e som de qualidade, mas se não pudesse, assistiria na TV de casa mesmo (com um volume que meus vizinhos reclamariam), mas assistiria! A Netflix veio para suprir um tipo de cinema que os produtores de Hollywood já não querem mais fazer, pois estão visando apenas os lucros sem margem para erros ou riscos, por isso só temos blockbusters e adaptações de best-sellers nas salas de cinema.

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Foto que tirei na sessão especial de Roma no Kinoplex Itaim

Eu gostaria apenas que a Netflix e outras plataformas fizessem um esforço para colocar filmes selecionados para salas de cinema. Tipo, não faço questão de ver Para Todos os Garotos que Já Amei no cinema, mas Roma é outro nível de cinema que merece uma boa projeção. Isso certamente valorizaria ainda mais os profissionais e acabaria atraindo outros a trabalhar para a empresa.

TWITTER DESTRUINDO CARREIRAS

Sabe aquele ditado “O passado não perdoa”? Graças ao Twitter, o passado voltou para atormentar e destruir as carreiras profissionais de algumas personalidades. A mais comentada foi do diretor e roteirista James Gunn, que foi demitido pela Disney de Guardiões da Galáxia Vol. 3. Quando seus tuítes de vários anos atrás voltaram à tona, viram que ele não batia muito bem. Quer dizer, as piadas de humor negro eram chocantes demais para qualquer executivo da Disney que quer preservar a imagem família feliz da empresa global. Eu entendo o lado da Disney, que seria atacada pela imprensa se não demitisse Gunn e correria sério risco de ter suas ações em queda, mas demitir por piada estúpida de Twitter de 10 anos atrás? Não poderiam dar uma chance do diretor se retratar publicamente? O cara ganhou bilhões de dólares com os dois Guardiões da Galáxia!

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Tweets antigos de James Gunn e Kevin Hart que ocasionaram em suas demissões

E no início de dezembro, o Twitter fez uma nova vítima: o ator e comediante Kevin Hart, que foi convidado pela Academia para ser host do Oscar 2019. No dia seguinte, porém, tuítes antigos dele, que denotavam uma figura pública homofóbica, foram descobertos. Certos de que ele seria crucificado, principalmente pela comunidade LGBT, os organizadores da Academia lançaram um ultimato para ele se desculpar, o que acabou não acontecendo. E dois dias depois do anúncio, Hart desistiu do cargo.

Sou totalmente contra qualquer tipo de censura. Mas os tempos são outros. Hoje, as empresas demitem por qualquer comportamento impróprio. Qualquer um. Não existe perdão de declarações do passado também, por isso, no caso do Twitter, onde os tuítes são “deletáveis”, melhor apagá-los. Evitaria desgastes como esse que a Academia passou agora.

Esses acontecimentos reabrem a velha discussão da separação entre pessoa e artista. Por exemplo, com o escândalo de Woody Allen que foi acusado de abusar da filha, inúmeras pessoas passaram a avaliar seus filmes de forma negativa por causa da acusação. Inclusive, achei patético a declaração da atriz Mira Sorvino, que alegou arrependimento de ter trabalhado com Allen no filme Poderosa Afrodite (1995), que lhe rendeu o Oscar de Atriz Coadjuvante e lançou seu nome em Hollywood. Cuspir no prato que comeu é fácil. Não aprova o comportamento dele? Basta não trabalhar mais com ele.

CRÍTICAS

Apesar da lista coroar os meus 5 favoritos do ano, obviamente é preciso mencionar outras produções que se destacaram de alguma forma. Dos blockbusters, vale citar Vingadores: Guerra Infinita, que foi a maior bilheteria do ano. Deixando meu lado de fã de quadrinhos, é preciso reconhecer esse trabalho estratégico e paciente de dez anos da Marvel Studios que culmina nesta produção, que soube contar com vários personagens sem ser maçante, e ainda apresenta com propriedade um vilão de alto nível como Thanos.

Ainda destacaria Missão: Impossível – Efeito Fallout, que pode não apresentar nada inovador, mas sem sombra de dúvida foi o melhor filme de ação do ano. É notável a entrega de Tom Cruise à franquia e como ele luta para se superar a cada filme. Falando em notabilidade, preciso mencionar o trabalho minucioso de stop motion da animação nova de Wes Anderson, Ilha dos Cachorros. Além da técnica impecável, trata-se de um design de personagens sublime. Só acho que carece um pouco mais de alma, mas talvez a Academia recompense Anderson pelas derrotas anteriores com este Oscar de Animação…

Também gostei do singelo Poderia Me Perdoar?. A história verídica me pegou pelo identificação com a protagonista: uma escritora em decadência que falsifica cartas de autores para pagar suas contas básicas. A dupla formada por Melissa McCarthy e Richard E. Grant é a melhor do ano. Espero que ambos estejam indicados no próximo Oscar. E ainda no campo do singelo, destaco também o drama Mais Uma Chance, que é da Netflix. É basicamente sobre um casal na casa dos 40 que luta para ter filho, chegando a recorrer aos ovários da sobrinha. Todos os três atores estão bem: Paul Giamatti, Kathryn Hahn e Kayli Carter.

Uma boa surpresa foi a ficção científica Upgrade. Jamais imaginei que o roteirista Leigh Whannel, de Sobrenatural e Jogos Mortais, criaria esse universo futurista onde a tecnologia seria debatida de forma divertida mas também incisiva. Infelizmente, não há previsão de estréia no Brasil, mas de qualquer forma, tem tudo para se tornar um cult movie.

E, por último, gostei de ver a nova loucura de Lars von Trier no cinema. A Casa que Jack Construiu tem um tema interessantíssimo que questiona a inteligência humana através da filosofia de um serial killer inescrupuloso. Só faço dois adendos: deveria ter abusado mais do humor negro da primeira metade, e apesar de entender os motivos do diretor, cortaria a sequência em que ele insere imagens dos filmes anteriores dele, pois não colabora com a trama e ainda abre brecha para críticas de auto-indulgência depois daquele episódio de Persona Non Grata no Festival de Cannes.

TOP 5 MELHORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. Hereditário (Hereditary/ 2018)
Dir: Ari Aster

4. Oitava Série (Eighth Grade/ 2018)
Dir: Bo Burnham

3. Roma (Roma/ 2018)
Dir: Alfonso Cuarón

2. Asako I & II (Netemo Sametemo/ 2018)
Dir: Ryûsuke Hamaguchi

1. Em Chamas (Beoning/ 2018)
Dir: Chang-dong Lee

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1º LUGAR: EM CHAMAS (Beoning), de Lee Chang-dong

TOP 5 MELHORES EM MÍDIA DIGITAL

5. O Silêncio do Lago (Spoorloos/ 1988)
Dir: George Sluizer

4. Através de um Espelho (Såsom i en spegel/ 1961)
Dir: Ingmar Bergman

3. 8½ (8½/ 1963)
Dir: Federico Fellini

2. O Parque Macabro (Carnival of Souls/ 1962)
Dir: Herk Harvey

1. O Segundo Rosto (Seconds/ 1966)
Dir: John Frankenheimer

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1º LUGAR: O SEGUNDO ROSTO (Seconds), de John Frankenheimer

IN MEMORIAN

Este ano, perdemos diretores icônicos e vencedores do Oscar. Milos Forman (venceu por Um Estranho no Ninho e Amadeus) e Bernardo Bertolucci (venceu por O Último Imperador), mas no caso dele, ficou mais famoso por filmes polêmicos como O Conformista, O Último Tango em Paris e Os Sonhadores. Outro diretor que entregou importantes filmes foi Nicolas Roeg, que destaco Inverno de Sangue em Veneza, O Homem que Caiu na Terra e Bad Timing. E agora no dia 17, a diretora Penny Marshall, mais conhecida pelas comédias Quero Ser Grande e Uma Equipe Muito Especial nos deixou.

Entre os atores, indicados ao Oscar nos deixaram: Burt Reynolds (que mais chama a atenção por uma vida repleta de arrependimentos por recusa de papéis importantes), Sondra Locke (ex-mulher de Clint Eastwood), Barbara Harris e a vencedora do Oscar de Coadjuvante em 1957 por Palavras ao Vento, Dorothy Malone. Também vale citar Margot Kidder, a eterna Lois Lane do Superman do saudoso Christopher Reeve.

Dos profissionais brasileiros, demos adeus às lendas Nelson Pereira dos Santos (diretor de Vidas Secas e Rio 40 Graus), Roberto Farias (diretor de Assalto ao Trem Pagador e dos filmes do cantor Roberto Carlos como Roberto Carlos em Ritmo de Aventura), e as atrizes Beatriz Segall (a eterna Odete Roitman da novela Vale Tudo) e Tônia Carrero, que brilhou nos filmes do extinto estúdio da Vera Cruz como Tico-Tico no Fubá.

Vale lembrar a perda das cantoras Aretha Franklin, cujas músicas sempre estarão em trilhas sonoras de vários filmes, e pra mim, em especial, Dolores O’Riordan, vocalista do grupo The Cranberries. A morte dela aos 46 anos (!) por afogamento após uma intoxicação alcóolica me deixou abatido por uns dias.

Demos adeus aos escritores Neil Simon, que apesar de ter sido indicado ao Oscar quatro vezes sem nenhuma vitória, tinha carreira consolidada e venerada no teatro como dramaturgo; e o roteirista William Goldman, vencedor de duas estatuetas do Oscar por Butch Cassidy e Todos os Homens do Presidente.

E não poderia falar de escritores sem mencionar Stan Lee. Embora os filmes da Marvel Studios sejam um sucesso pela estratégia de mesclar universos do produtor Kevin Feige, nada seria possível sem a inestimável contribuição criativa de Lee. Ele foi o pioneiro nos quadrinhos que enxergou a humanidade nos personagens de super-heróis, que eles poderiam ser falhos também e assim, facilitar a identificação com os leitores. Foi essa chave que até hoje gera essa conexão dos filmes com o grande público.

Stan Lee

VOTOS PARA 2019

Acho que o grande assunto no Brasil este ano foram as eleições para presidente. E o que mais fiquei chocado foi a defesa ferrenha que muitos faziam para candidatos que sequer mereciam o mínimo de confiança. Acho que depois de acompanhar tanto tempo a política brasileira, só defendo uma coisa: Nenhum político merece nossa confiança. Talvez o político em si seja até uma pessoa honesta, mas o sistema é muito corrupto e parece enraizado. Não vou nem entrar na questão das propostas, porque tem cada absurdo… Acho que o Brasil só vai pra frente com uma Reforma na Educação contando com um alto investimento.

Enfim, torço para que algo dê certo neste próximo governo. Que, de alguma forma, consigam afastar o país dessa crise, gerando mais emprego, renda e segurança, que é um problema crônico, mas sem esquecer da educação e da nossa cultura!

Apoio a diversidade de autores brasileiros, especialmente no cinema. Este ano, contamos com filmes bem distintos e alternativos como Café com Canela, As Boas Maneiras, O Animal Cordial, Arábia e Benzinho. O Cinema Brasileiro deixou de ser aquele recluso de favelas e seca no Nordeste. Se vamos ganhar o Oscar? Se dependesse apenas dos filmes, não teria dúvidas de que vai chegar a hora do Brasil, mas se a política continuar interferindo… vamos ver o cinema do Camboja, Cazaquistão e Paraguai ganhar antes da gente.

Desejo Feliz Ano Novo para todos que acompanham o blog e a página do Facebook! Que seja um ano repleto de alegrias, conquistas, saúde e paz!

Compartilhe seus melhores e/ou piores filmes que viu em 2018 nos comentários!

COMO ESPERADO, ‘PANTERA NEGRA’ REINA NO MTV MOVIE & TV AWARDS

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Os atores de Pantera Negra aceitam o prêmio de Melhor Filme: Winston Duke, Chadwick Boseman e Michael B. Jordan (pic by standard.co.uk)

PREMIAÇÃO POP ELEGE FILME AFRO COMO MELHOR DO ANO

A edição 2018 do MTV Movie & TV Awards não reservou nenhuma surpresa. Aliás, surpresa nunca foi muito a praia desse prêmio, já que não é transmitido ao vivo e ainda correm boatos que os vencedores são previamente avisados para que confirmem presença. Este ano, a organização acertou na programação, já que realizou o evento no sábado e transmitiu na segunda-feira seguinte, dia que possibilitou maior audiência televisiva.

Falando em audiência, o fato de Tiffany Haddish ter sido a hostess parece ter colaborado com os números positivos. Em alta desde seu prêmio de Atriz Coadjuvante no New York Film Critics Circle no final de 2017 por Viagem das Garotas, ela tem aproveitado bem suas chances para elevar seu status de personalidade debochada e politicamente incorreta. Foi assim naquele (desastroso) anúncio de indicados do Oscar ao lado de Andy Serkis, e ao apresentar um prêmio na cerimônia do Oscar ao lado de Maya Rudolph. Particularmente, acho o humor dela bem forçado, mas se o público gosta, ela tem que aproveitar mesmo a chance.

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A bola da vez: Tiffany Haddish como hostess do MTV Movie & TV Awards (pic by standard.co.uk)

Bom, pra quem não é muito familiarizado com o MTV, o prêmio tem o objetivo explícito de agradar às massas, uma vez que seus votos são populares via internet. E não, o público estrangeiro (fora dos EUA) não pode votar; eu já tentei. Acredite! Eu ainda sou saudosista da época em que o prêmio reconhecia produções mais ousadas e de ótima qualidade como O Exterminador do Futuro 2, Pulp Fiction e Seven. Na verdade, são filmes que mereciam até o Oscar de Filme, mas por não terem a veia conservadora que a Academia requer, não foram premiados nas principais categorias.

Nesta edição, Pantera Negra levou 4 baldinhos de pipoca: Filme, Atuação em Filme, Herói e Vilão, com destaque para Chadwick Boseman, que subiu ao palco três vezes. Quando aceitou o prêmio de Herói, ele chamou James Shaw Jr., seu convidado, para agradecê-lo por proteger civis contra um atirador que abriu fogo num restaurante Waffle House em Tennesse no mês passado.

Em relação ao prêmio de Melhor Beijo, esta é a terceira vez que temos um casal masculino levando a categoria depois de O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016). Pena que o filme Com Amor, Simon seja bobinho e politicamente correto demais.

Falando em bobo demais, tudo bem que o MTV Movie é um prêmio cômico e despretensioso, mas poderiam extinguir essa categoria ridícula de Melhor Atuação Assustada? Por que não substituir por um Melhor Filme de Terror ou Ficção Científica? Ou indo na onda, Melhor Morte? Pelo menos premiaria-se um modo criativo de matar um personagem!

MTV GENERATION AWARD

Seria uma espécie de Oscar Honorário. Na teoria. Nos últimos anos, premiaram Robert Downey Jr., Mark Wahlberg, Will Smith, Johnny Depp, Sandra Bullock, Tom Cruise e Reese Witherspoon. Ok, pra geração de hoje, eles já são veteranos, que começaram suas carreiras nos anos 80 e 90. Mas este ano elegeram Chris Pratt. Chris Pratt? O cara acabou de ficar famoso com Guardiões da Galáxia e Jurassic World! Duvido que não encontraram algum ator ou atriz que merecesse esse reconhecimento! Ano que vem vão entregar o prêmio para o menino Jacob Tremblay!

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Chris Pratt discursa como homenageado do MTV Generation Award (pic by standard.co.uk)

RESUMO DA ÓPERA

O MTV Movie & TV Awards premia Pantera Negra como o primeiro filme com elenco todo negro. Claro que é uma conquista muito importante, especialmente para o público que jamais imaginou que este dia chegaria. Mas claramente o cinema está sob o regime politicamente correto, e o problema reside no esquecimento das características do cinema como Arte: roteiro, fotografia, montagem ou mesmo construção de personagens sólidos.

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Elenco de Stranger Things sobe ao palco para receber o prêmio de Melhor Show (pic standard.co.uk)

VENCEDORES DO MTV MOVIE & TV AWARDS 2018:

MELHOR FILME
– Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War)
* Pantera Negra (Black Panther)
– Viagem das Garotas (Girls Trip)
– It: A Coisa (It)
– Mulher-Maravilha (Wonder Woman)

MELHOR SHOW
– 13 Reasons Why
– Game of Thrones
– Grown-ish
– Riverdale
* Stranger Things

MELHOR ATUAÇÃO EM FILME
* Chadwick Boseman (Pantera Negra)
– Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
– Ansel Elgort (Em Ritmo de Fuga)
– Daisy Ridley (Star Wars: Os Últimos Jedi)
– Saoirse Ronan (Lady Bird)

MELHOR ATUAÇÃO EM SHOW
* Millie Bobby Brown (Stranger Things)
– Darren Criss (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)
– Katherine Langford (13 Reasons Why)
– Issa Rae (Insecure)
– Maisie Williams (Game of Thrones)

MELHOR HERÓI
* Chadwick Boseman (Pantera Negra)
– Emilia Clarke (Game of Thrones)
– Gal Gadot (Mulher-Maravilha)
– Grant Gustin (The Flash)
– Daisy Ridley (Star Wars: Os Últimos Jedi)

MELHOR VILÃO
– Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita)
– Adam Driver (Star Wars: Os Últimos Jedi)
* Michael B. Jordan (Pantera Negra)
– Aubrey Plaza (Legion)
– Bill Skarsgard (It: A Coisa)

MELHOR BEIJO
– Gina Rodriguez e Justin Baldoni (Jane the Virgin)
* Nick Robinson e Keiynan Lonsdale (Com Amor, Simon)
– Olivia Cooke e Tye Sheridan (Jogador Nº 1)
– KJ Apa e Camila Mendes (Riverdale)
– Finn Wolfhard e Millie Bobby Brown (Stranger Things)

MELHOR ATUAÇÃO ASSUSTADA
– Talitha Bateman (Annabelle 2: A Criação do Mal)
– Emily Blunt (Um Lugar Silencioso)
– Sophia Lillis (It: A Coisa)
– Cristin Milioti (Black Mirror)
* Noah Schnapp (Stranger Things)

MELHOR EQUIPE

– Chadwick Boseman, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Letitia Wright (Pantera Negra)
* Finn Wolfhard, Sophia Lillis, Jaeden Lieberher, Jack Dylan Grazer, Wyatt Oleff, Jeremy Ray Taylor, Chosen Jacobs (It: A Coisa)
– Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black, Karen Gillan, Nick Jonas (Jumanji: Bem-Vindo à Selva)
– Tye Sheridan, Olivia Cooke, Philip Zhao, Win Morisaki, Lena Waithe (Jogador Nº 1)
– Gaten Matarazzo, Finn Wolfhard, Caleb McLaughlin, Noah Schnapp, Sadie Sink (Stranger Things)

MELHOR ATUAÇÃO CÔMICA
– Jack Black (Jumanji: Bem-Vindo à Selva)
* Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Dan Levy (Schitt’s Creek)
– Kate McKinnon (Saturday Night Live)
– Amy Schumer (Sexy por Acidente)

LADRA/ÃO DE CENAS
– Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Dacre Montgomery (Stranger Things)
* Madelaine Petsch (Riverdale)
– Taika Waititi (Thor: Ragnarok)
– Letitia Wright (Pantera Negra)

MELHOR LUTA
– Charlize Theron vs. Daniel Hargrave, Greg Rementer (Atômica)
– Scarlett Johansson, Danai Gurira, Elizabeth Olsen vs. Carrie Coon (Vingadores: Guerra Infinita)
– Chadwick Boseman vs. Winston Duke (Pantera Negra)
– Mark Ruffalo vs. Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok)
* Gal Gadot vs. soldados alemães (Mulher-Maravilha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO MUSICAL
Can’t Stop, Won’t Stop: A Bad Boy Story
Demi Lovato: Simply Complicated
Gaga: Five Foot Two
Jay-Z’s “Footnotes for 4:44
The Defiant Ones

MELHOR REALITY SHOW/FRANQUIA
* The Kardashians
Love & Hip Hop
Real Housewives
RuPaul’s Drag Race
Vanderpump Rules

‘PANTERA NEGRA’ LIDERA INDICAÇÕES AO MTV MOVIE & TV AWARDS

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Chadwick Boseman luta contra Michael B. Jordan em cena de Pantera Negra. Ambos concorrem em categorias distintas no MTV Movie & TV Awards. Pic by outnow.ch

PRODUÇÕES POLITICAMENTE CORRETAS E SUCESSOS DE BILHETERIA PREDOMINAM

Ok, provavelmente você, cinéfilo que tem mais de 30 anos, deve estar se perguntando: “Pra que vou querer saber de MTV Movie Awards em 2018?”. Bem, não se sinta sozinho nessa qutão. Todo ano, quando vejo os filmes indicados, e me lembro dos primeiros anos do prêmio lá no início dos anos 90, quando havia Pulp Fiction, O Exterminador do Futuro 2, Seven e Instinto Selvagem, bate uma depressão instantânea e me pergunto: “O que houve?”. Mesmo premiando filmes mais “pops”, o MTV sempre buscava algo mais ousado ou com conteúdo.

Alguns anos atrás, os filmes premiados passaram a ser Crepúsculo, Transformers e Jogos Vorazes. A premiação deixou de ser o perfil jovem adulto ou adulto para se tornar apenas jovem, justamente o público que passou a consumir mais cinema. E hoje? Hoje o MTV Movie and TV Awards mira o mesmo público, mas passou a englobar os seguidores de séries de TV e streaming, e também passou a seguir a onda do politicamente correto, que está engordando as bilheterias mundiais.

Claro que os sucessos comerciais como Vingadores: Guerra Infinita e It: A Coisa não podiam ficar de fora, afinal trata-se de um prêmio para o público jovem, mas agora estão reconhecendo trabalhos que seguem a nova ordem étnica e sexual com Pantera Negra, Mulher-Maravilha e Viagem das Garotas, ou seja, filmes protagonizados por negros e mulheres com histórias bastante pertinentes aos seus universos.

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Gal Gadot e Connie Nielsen em cena de Mulher-Maravilha. Pic by cine.gr

Portanto, se você se questiona por que deve acompanhar o MTV Movie & TV Awards hoje é justamente para entender essas mudanças do mercado cinematográfico, essa evolução das questões raciais e de gênero que tendem a crescer muito na próxima década, e testemunhar as próprias mudanças do cinema como Arte. Uma arte que tem se tornado um veículo inestimável para dar voz às então minorias.

DAS INDICAÇÕES

No total, Pantera Negra foi o recordista de indicações com sete: Filme, Atuação, Herói (ambos por Chadwick Boseman), Ladrão de Cena (Letitia Wright), Vilão (Michael B. Jordan), Time e Luta. Além dos números impressionantes de bilheteria, o filme da Marvel foi abraçado pelo público justamente por apresentar um protagonista negro, contra um vilão negro, e num país fictício chamado Wakanda, onde os negros não sofreram com escravidão e se tornou a nação mais evoluída tecnologicamente.

Claro que, em menor escala, vale citar a inclusão da comédia Viagem das Garotas, com um elenco de quatro atrizes negras: Regina Hall, Queen Latifah, Jada Pinkett Smith e Tiffany Haddish, que causou no Oscar deste ano, e será a hostess desta edição do MTV Movie Awards. Aliás, será um bom teste para vermos se ela se sairá bem caso seja cotada para o Oscar.

Girls Trip MTV

Regina Hall, Jada Pinket Smith, Queen Latifah e Tiffany Haddish em Viagem das Garotas. Pic by outnow.ch

Como muitos já sabem, a categoria de atuação é sem gêneros desde o ano passado, misturando atores e atrizes, e os trabalhos de cinema e TV se misturam em várias categorias como Beijo, Time e Vilão. Só não entendi o porquê voltaram a reduzir para 5 o número de indicados por categoria, já que resolveram expandir os horizontes. Será possível faltar um indicado extra com tantos concorrentes?

Dentre as categorias novas desta edição estão Ladrão de Cenas (uma forma mais informal de reconhecer coadjuvantes), Documentário de Música (com temas do universo musical, que aliás é bem apropriado por se tratar de MTV) e a volta do Performance Mais Assustada (atuações em produções de terror ou suspense, que considero desnecessária. Por que não Melhor Produção de Terror?).

Pelo lado da TV, a série Stranger Things é a recordista com seis indicações. A jovem Millie Bobby Brown continua se destacando e foi novamente indicada por sua performance como Eleven. As séries Riverdale, Game of Thrones e 13 Reasons Why estão entre os indicados.

Millie Bobby Brown Stranger Things

Novamente indicada por Stranger Things, Millie Bobby Brown em cena> Pic by outnow.ch

Apesar de constarem na lista refugos do Oscar como Timothée Chalamet e Saoirse Ronan, não acredito que eles tenham chances reais de vitória aqui.

Segue a lista de indicados deste ano (em laranja, os votos do blog):

MELHOR FILME
* Vingadores: Guerra Infinita (Walt Disney Studios Motion Pictures)
* Pantera Negra (Walt Disney Studios Motion Pictures)
* Viagem das Garotas (Universal Pictures)
* IT: A Coisa (New Line Cinema)
* Mulher-Maravilha (Warner Bros. Pictures)

MELHOR SÉRIE
13 Reasons Why (Netflix)
* Game of Thrones (HBO)
* grown-ish (Freeform)
* Riverdale (The CW)
* Stranger Things (Netflix)

MELHOR PERFORMANCE DE CINEMA
Chadwick Boseman (Pantera Negra)
* Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
* Ansel Elgort (Em Ritmo de Fuga)
* Daisy Ridley (Star Wars: Os Últimos Jedi)
* Saoirse Ronan (Lady Bird: A Hora de Voar)

MELHOR PERFORMANCE DE SÉRIE
Millie Bobby Brown (Stranger Things)
* Darren Criss (The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story)
* Katherine Langford (13 Reasons Why)
* Issa Rae (Insecure)
* Maisie Williams (Game of Thrones)

MELHOR HERÓI/HEROÍNA
* Chadwick Boseman (Pantera Negra)
Emilia Clarke (Game of Thrones)
* Gal Gadot (Mulher-Maravilha)
* Grant Gustin (The Flash)
* Daisy Ridley (Star Wars: Os Últimos Jedi)

MELHOR VILÃO
* Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita)
Adam Driver (Star Wars: Os Últimos Jedi)
* Michael B. Jordan (Pantera Negra)
* Aubrey Plaza (Legion)
* Bill Skarsgard (IT: A Coisa)

MELHOR BEIJO
* Gina Rodriguez e Justin Baldoni (Jane the Virgin)
Nick Robinson e Keiynan Lonsdale (Com Amor, Simon)
* Olivia Cooke e Tye Sheridan (Jogador Nº 1)
* KJ Apa e Camila Mendes (Riverdale)
* Finn Wolfhard e Millie Bobby Brown (Stranger Things)

PERFORMANCE MAIS ASSUSTADA
* Talitha Bateman (Annabelle 2: A Criação do Mal)
Emily Blunt (Um Lugar Silencioso)
* Sophia Lillis (IT: A Coisa)
* Cristin Milioti (Black Mirror)
* Noah Schnapp (Stranger Things)

MELHOR TIME
* Chadwick Boseman, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Letitia Wright (Pantera Negra)
Finn Wolfhard, Sophia Lillis, Jaeden Lieberher, Jack Dylan Grazer, Wyatt Oleff, Jeremy Ray Taylor, Chosen Jacobs (IT: A Coisa)
* Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black, Karen Gillan, Nick Jonas (Jumanji: Bem-Vindo à Selva)
* Tye Sheridan, Olivia Cooke, Philip Zhao, Win Morisaki, Lena Waithe (Jogador Nº 1)
* Gaten Matarazzo, Finn Wolfhard, Caleb McLaughlin, Noah Schnapp, Sadie Sink (Stranger Things)

MELHOR PERFORMANCE DE COMÉDIA
* Jack Black (Jumanji: Bem-Vindo à Selva)
Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Kate McKinnon (Saturday Night Live)
* Amy Schumer (Sexy por Acidente)

LADRÃO DE CENA
* Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
* Dacre Montgomery (Stranger Things)
* Madelaine Petsch (Riverdale)
* Taika Waititi (Thor: Ragnarok)
* Letitia Wright (Pantera Negra)

MELHOR LUTA
* Charlize Theron vs. Daniel Hargrave, Greg Rementer (Atômica)
Scarlett Johansson, Danai Gurira, Elizabeth Olsen vs. Carrie Coon (Vingadores: Guerra Infinita)
* Chadwick Boseman vs. Winston Duke (Pantera Negra)
* Mark Ruffalo vs. Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok)
* Gal Gadot vs. German Soldiers (Mulher-Maravilha)

MELHOR DOCUMENTÁRIO DE MÚSICA
* Can’t Stop, Won’t Stop: A Bad Boy Story
* Demi Lovato: Simply Complicated
* Gaga: Five Foot Two
* Jay-Z’s “Footnotes for 4:44”
* The Defiant Ones

MELHOR REALITY SHOW/FRANQUIA
* The Kardashians
* Love & Hip Hop
* Real Housewives
* RuPaul’s Drag Race
* Vanderpump Rules

***

A cerimônia ocorrerá no dia 18 de junho. Em 2017, a MTV brasileira transmitiu a cerimônia ao vivo, portanto deve seguir a tendência.

‘Star Wars’ conquista o MTV Movie Awards 2016 e uma nova geração de fãs

BURBANK, CALIFORNIA - APRIL 09: Writer/director J.J. Abrams and actress Daisy Ridley (both C) accept the Movie of the Year award for 'Star Wars: The Force Awakens' with co-hosts Kevin Hart (L) and Dwayne Johnson (R) onstage during the 2016 MTV Movie Awards at Warner Bros. Studios on April 9, 2016 in Burbank, California. MTV Movie Awards airs April 10, 2016 at 8pm ET/PT. (Photo by Kevork Djansezian/Getty Images)

No centro, o diretor J.J. Abrams e a atriz Daisy Ridley recebem o prêmio de Melhor Filme do Ano por Star Wars: O Despertar da Força ao lado dos hosts da premiação Kevin Hart e Dwayne Johnson no MTV Movie Awards 2016 (Photo by Kevork Djansezian/Getty Images)

PRIMEIRO FILME DA NOVA TRILOGIA STAR WARS DOMINA PREMIAÇÃO DE VOTO PÚBLICO

Vocês se lembram daquela atração da Rede Globo chamada Intercine? Eles davam duas opções de filmes para passar na noite seguinte, aí o público ligava e eles anunciavam o vencedor com maior número de votos. Não sei se é porque sempre sou desconfiado, mas sempre achei uma farsa! Pra mim, as ligações eram pra medir a audiência e, no fim, eles passavam o filme que eles bem queriam!

Quando eu falo sobre MTV Movie Awards, imagino algo do tipo ou senão uma cena bizarra: Um monte daqueles nerds gordinhos sentados à frente do computador, votando incessantemente para seus filmes favoritos: O Senhor dos Anéis, Batman e Star Wars. Só deram um break naqueles anos em que a Saga Crepúsculo ganhou…

Nesta edição, Star Wars: O Despertar da Força levou 3 baldinhos de pipoca dourada, incluindo Melhor Filme do Ano. Em seguida, Deadpool e A Escolha Perfeita 2 levaram dois prêmios cada. No geral, os prêmios foram bem distribuídos, como se não quisessem desagradar nenhum concorrente. E falando em desagradar, ficaram com tanto receio de que Will Smith boicotasse o MTV Movie Awards que resolveram lhe dar o Generation Award, uma espécie de prêmio pelo conjunto da obra. A que ponto chegamos com essa coisa do #OscarSoWhite… lamentável.

Will Smith e seu consolo pelo Oscar racista... (photo by youtube.com)

Will Smith e seu consolo pelo Oscar racista… (photo by youtube.com)

No post anterior, eu havia colocado minhas preferências na cor laranja. A maioria dos meus votos foram para Deadpool. Não que o filme tenha sido brilhante, mas de todas as adaptações de quadrinhos, esta é a única que tira sarro de si mesma, explorando suas próprias deficiências como o baixo orçamento que teria impedido a participação de mais personagens dos X-Men. E é um filme Rated R, ou seja, tem sangue (quando foi a última vez que você viu sangue nessas adaptações?), tem violência gratuita, tem muitos palavrões e tem sexo. E com Morena Baccarin fica ainda melhor!

Ryan Reynolds vence como Comedic Performance por Deadpool (photo by estrelando.com.br)

Ryan Reynolds vence como Comedic Performance por Deadpool (photo by estrelando.com.br)

A vitória de Star Wars: O Despertar da Força indica que a saga estelar criada por George Lucas continua firme e forte em seu reinado no universo geek, mesmo após quase 40 anos do primeiro filme de 1977. Mesmo tendo um potencial avassalador, vale lembrar que este filme só saiu depois que a Disney comprou os direitos da Lucasfilm. Para os fãs mais xiitas, podem reclamar e espernear contra essa pasteurização da Disney, mas temos que dar o braço a torcer. Eles conseguiram uma das maiores bilheterias de todos os tempos, conquistaram uma nova horda de fãs dessas gerações atuais e ainda vão lucrar muito com novos filmes, produtos e atrações temáticas nos inúmeros parques de diversão.

Achei muita sacanagem o Mad Max: Estrada da Fúria ficar de fora da competição de Melhor Filme do Ano. Tenho certeza de que se tivesse colocado o filme de George Miller na votação, ele teria grandes chances de vitória. Mas enfim, o longa levou um merecidíssimo prêmio de Female Performance para Charlize Theron e sua Furiosa.

Charlize Theron aceita seu baldinho de pipoca por Mad Max: Estrada da Fúria (photo by Getty Images)

Charlize Theron aceita seu baldinho de pipoca por Mad Max: Estrada da Fúria (photo by Getty Images)

Apesar do tom bem mais light do MTV Movie Awards e até de sua decadência nas últimas duas décadas, dá pra notar que ainda é um reconhecimento importante do público, que lota as salas de cinema, por isso acho bacana a presença dos artistas indicados. Os fãs querem ver seus ídolos no tapete vermelho ou pela televisão, então para quem não compareceu, acho um pouco falta de consideração. Se fosse um Oscar, aí teria tempo na agenda…

Seguem todos os vencedores do MTV Movie Awards 2016:

MOVIE OF THE YEAR (Filme do Ano)
· Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron)
· Creed: Nascido Para Lutar (Creed)
· Deadpool (Deadpool)
· Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World)
· Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens)
· Straight Outta Compton: A História do N.W.A. (Straight Outta Compton)

TRUE STORY (História Verídica)
· Um Homem Entre Gigantes (Concussion)
· Joy: O Nome do Sucesso (Joy)
· Steve Jobs (Steve Jobs)
· Straight Outta Compton: A História do N.W.A. (Straight Outta Compton)
· A Grande Aposta (The Big Short)
· O Regresso (The Revenant)

DOCUMENTÁRIO
·
Amy
· Cartel Land
· He Named Me Malala
· The Hunting Ground
· The Wolfpack
· What Happened, Miss Simone?

BEST FEMALE PERFORMANCE (Performance Feminina)
· Alicia Vikander (Ex-Machina: Instinto Artificial)
· Anna Kendrick (A Escolha Perfeita 2)
· Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Jennifer Lawrence (Joy: O Nome do Sucesso)
· Morena Baccarin (Deadpool)

BEST MALE PERFORMANCE (Performance Masculina)
· Chris Pratt (Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros)
· Leonardo DiCaprio (O Regresso)
· Matt Damon (Perdido em Marte)
· Michael B. Jordan (Creed: Nascido Pra Lutar)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Will Smith (Um Homem Entre Gigantes)

BREAKTHROUGH PERFORMANCE (Revelação)
· Amy Schumer (Descompensada)
· Brie Larson (O Quarto de Jack)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza)
· John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força)
· O’Shea Jackson Jr. (Straight Outta Compton: A História do N.W.A.)

Daisy Ridley aceita o prêmio de Melhor Revelação pelo papel de Rey em Star Wars (photo by Getty Images)

Daisy Ridley aceita o prêmio de Melhor Revelação pelo papel de Rey em Star Wars (photo by Getty Images)

BEST COMEDIC PERFORMANCE (Performance cômica)
· Amy Schumer (Descompensada)
· Kevin Hart (Policial em Apuros 2)
· Melissa McCarthy (A Espiã que Sabia de Menos)
· Rebel Wilson (A Escolha Perfeita 2)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Will Ferrell (O Durão)

BEST ACTION PERFORMANCE (Performance de Ação)
· Chris Pratt (Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros)

· Dwayne Johnson (Terremoto: A Falha de San Andreas)
· Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – O Final)
· John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Vin Diesel (Velozes & Furiosos 7)

BEST HERO (Herói)
· Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria)
· Chris Evans (Vingadores: Era de Ultron)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Dwayne Johnson (Terremoto: A Falha de San Andreas)
· Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – O Final)
· Paul Rudd (Homem-Formiga)

BEST VILLAIN (Vilão)
· Adam Driver (Star Wars: O Despertar da Força)

· Ed Skrein (Deadpool)
· Hugh Keays-Byrne (Mad Max: Estrada da Fúria)
· James Spader (Vingadores: Era de Ultron)
· Samuel L. Jackson (Kingsman: Serviço Secreto)
· Tom Hardy (O Regresso)

BEST VIRTUAL PERFORMANCE (Performance Virtual)
· Amy Poehler (Divertida Mente)

· Andy Serkis (Star Wars: O Despertar da Força)
· Jack Black (Kung Fu Panda 3)
· James Spader (Vingadores: Era de Ultron)
· Lupita Nyong’o (Star Wars: O Despertar da Força)
· Seth MacFarlane (Ted 2)

ENSEMBLE CAST (Elenco)
· Vingadores: Era de Ultron
· Velozes & Furiosos 7
· A Escolha Perfeita 2
· Star Wars: O Despertar da Força
· Jogos Vorazes: A Esperança – O Final
· Descompensada

BEST KISS (Beijo)
· Amy Schumer & Bill Hader (Descompensada)
· Dakota Johnson & Jamie Dornan (Cinquenta Tons de Cinza)
· Leslie Mann & Chris Hemsworth (Férias Frustradas)
· Margot Robbie & Will Smith (Golpe Duplo)
· Morena Baccarin & Ryan Reynolds (Deadpool)
· Rebel Wilson & Adam DeVine (A Escolha Perfeita 2)

BEST FIGHT (Luta)
· Deadpool (Ryan Reynolds) vs. Ajax (Ed Skrein) – Deadpool

· Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) vs. A Ursa – O Regresso
· Imperator Furiosa (Charlize Theron) vs. Max Rockatansky (Tom Hardy) – Mad Max: Estrada da Fúria
· Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) vs. Hulk (Mark Ruffalo) – Vingadores: Era de Ultron
· Rey (Daisy Ridley) vs. Kylo Ren (Adam Driver) – Star Wars: O Despertar da Força
· Susan Cooper (Melissa McCarthy) vs. Lia (Nargis Fakhri) – A Espiã que Sabia de Menos)

‘Star Wars’ domina as indicações ao MTV Movie Awards 2016

MTV Movie Awards 2016

MTV Movie Awards 2016 (photo by hfmagazineonline.com)

PREMIAÇÃO DE VOTO PÚBLICO SE RENDE AOS BLOCKBUSTERS

Depois do Oscar, nada melhor do que o MTV Movie Awards pra dar aquela relaxada! Nada de filmes sérios ou que exijam neurônios demais predominam pelas 14 categorias. Se bem que neste ano, eles resolveram acrescentar três categorias com cara de prêmio dos críticos: True Story (Baseado em fatos verídicos), Documentário e Ensemble Cast (Elenco). E felizmente, excluíram outras categorias bem inúteis como o Shirtless Performance e o WTF Moment.

E imitando a “bolha assassina” do Critics’ Choice Awards, agora todas as categorias têm 6 indicados cada, e com isso, mais filmes são reconhecidos e com maior número de indicações. Campeão de bilheteria, Star Wars: O Despertar da Força foi o recordista desta edição com 11 indicações, puxando a tendência na qual os filmes mais vistos pelo público conseguem maior visibilidade na premiação, vide a presença de Vingadores: Era de Ultron, Jurassic World e o recente Deadpool, que se tornou o filme com censura Rated R mais visto das últimas décadas.

Cena do recordista de indicações Star Wars: O Despertar da Força (photo by cinemagia.ro)

Cena do recordista de indicações Star Wars: O Despertar da Força (photo by cinemagia.ro)

Eu gosto da indicação de Deadpool, não apenas por se de uma boa adaptação de quadrinhos, mas que também prova para os produtores caretas de Hollywood, que é possível fazer um filme de super-herói para um público adulto, com qualidades e ainda sair lucrando! Só pela ousadia de sair do arquétipo, já deveria ganhar todos os prêmios. Mas deve sair pelo menos com o de Melhor Beijo pela ótima química de Ryan Reynolds e a belíssima Morena Baccarin.

Altas químicas rolam entre Ryan Reynolds e Morena Baccarin em Deadpool (photo by cinemagia.ro)

Altas químicas rolam entre Ryan Reynolds e Morena Baccarin em Deadpool (photo by cinemagia.ro)

Igualmente pela ousadia, outro filme que merece todos os prêmios é Mad Max: Estrada da Fúria. Infelizmente e curiosamente, o filme de George Miller, que acaba de conquistar 6 Oscars, sequer foi indicado a Melhor Filme. Acho muito estranha essa ausência, já que foi um filme bem idolatrado pelo público jovem e internauta. Acredito que deve levar o prêmio de Female Performance para Charlize Theron.

Trocaria facilmente a vaga de Vingadores: Era de Ultron por Mad Max. Apesar dos números expressivos de bilheteria, é uma sequência muito fraca, com um roteiro ralo (cadê as belas tiradas do nível do primeiro filme, Joss Whedon?) e sequências de ação pouco empolgantes. Parecia que o filme todo estava ligado no piloto automático! Como fã da Marvel Comics, achei uma grande pena que o filme, que tinha tudo para ser um dos melhores, não correspondeu às expectativas.

E não poderia deixar de destacar que todos aqueles “excluídos” do #OscarSoWhite ganharam abrigo e compaixão do MTV Movie Awards como Straight Outta Compton, que foi indicado a Melhor Filme, e o chorão do boicotador Will Smith. Não sei quanto a vocês, mas peguei um bode do Will Smith! Na categoria de Melhor Ator, temos também o merecido reconhecimento de Michael B. Jordan por Creed: Nascido Para Lutar. Curiosamente, teve apenas duas indicações: Melhor Filme e Ator.

Isso merece uma comemoração: Will Smith conseguiu um indicação! E pode levar seu baldinho de pipoca dourada! (photo by cinemagia.ro)

Isso merece uma comemoração: Will Smith conseguiu um indicação! E pode levar seu baldinho de pipoca dourada! (photo by cinemagia.ro)

A ausência mais sentida na minha opinião foi do pequeno talento Jacob Tremblay, que no mínimo, merecia uma indicação de Melhor Revelação por O Quarto de Jack, e não sua companheira de tela, Brie Larson, que já é conhecida há alguns anos. Outra importante mancada do MTV Movie Awards foi deixar de lado Spotlight – Segredos Revelados na categoria séria do True Story.

Ao contrário do ano passado, não consegui votar para os meus favoritos nesta edição. O site da MTV acusa que não está disponível para a minha localização. Cinéfilos do Terceiro Mundo não têm vez! De qualquer forma, para quem estiver interessado na cerimônia, ela acontece no dia 10 de abril, com a apresentação dos hosts Dwayne Johnson (o The Rock) e Kevin Hart (não sei de onde acham tanta graça nele), e deve ser transmitido ao vivo pelo canal da MTV Brasil.

Assinalei meus “votos” na cor laranja na lista de indicados, que segue abaixo:

MOVIE OF THE YEAR (Filme do Ano)
· Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron)
· Creed: Nascido Para Lutar (Creed)
· Deadpool (Deadpool)
· Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (Jurassic World)
· Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens)
· Straight Outta Compton: A História do N.W.A. (Straight Outta Compton)

TRUE STORY (História Verídica)
· Um Homem Entre Gigantes (Concussion)
· Joy: O Nome do Sucesso (Joy)
· Steve Jobs (Steve Jobs)
· Straight Outta Compton: A História do N.W.A. (Straight Outta Compton)
· A Grande Aposta (The Big Short)
· O Regresso (The Revenant)

DOCUMENTÁRIO
· Amy
· Cartel Land
· He Named Me Malala
· The Hunting Ground
· The Wolfpack
· What Happened, Miss Simone?

BEST FEMALE PERFORMANCE (Performance Feminina)
· Alicia Vikander (Ex-Machina: Instinto Artificial)
· Anna Kendrick (A Escolha Perfeita 2)
· Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Jennifer Lawrence (Joy: O Nome do Sucesso)
· Morena Baccarin (Deadpool)

BEST MALE PERFORMANCE (Performance Masculina)
· Chris Pratt (Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros)
· Leonardo DiCaprio (O Regresso)
· Matt Damon (Perdido em Marte)
· Michael B. Jordan (Creed: Nascido Pra Lutar)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Will Smith (Um Homem Entre Gigantes)

BREAKTHROUGH PERFORMANCE (Revelação)
· Amy Schumer (Descompensada)
· Brie Larson (O Quarto de Jack)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza)
· John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força)
· O’Shea Jackson Jr. (Straight Outta Compton: A História do N.W.A.)

BEST COMEDIC PERFORMANCE (Performance cômica)
· Amy Schumer (Descompensada)
· Kevin Hart (Policial em Apuros 2)
· Melissa McCarthy (A Espiã que Sabia de Menos)
· Rebel Wilson (A Escolha Perfeita 2)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Will Ferrell (O Durão)

BEST ACTION PERFORMANCE (Performance de Ação)
· Chris Pratt (Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros)
· Dwayne Johnson (Terremoto: A Falha de San Andreas)
· Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – O Final)
· John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força)
· Ryan Reynolds (Deadpool)
· Vin Diesel (Velozes & Furiosos 7)

BEST HERO (Herói)
· Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria)
· Chris Evans (Vingadores: Era de Ultron)
· Daisy Ridley (Star Wars: O Despertar da Força)
· Dwayne Johnson (Terremoto: A Falha de San Andreas)
· Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – O Final)
· Paul Rudd (Homem-Formiga)

BEST VILLAIN (Vilão)
· Adam Driver (Star Wars: O Despertar da Força)
· Ed Skrein (Deadpool)
· Hugh Keays-Byrne (Mad Max: Estrada da Fúria)
· James Spader (Vingadores: Era de Ultron)
· Samuel L. Jackson (Kingsman: Serviço Secreto)
· Tom Hardy (O Regresso)

BEST VIRTUAL PERFORMANCE (Performance Virtual)
· Amy Poehler (Divertida Mente)
· Andy Serkis (Star Wars: O Despertar da Força)
· Jack Black (Kung Fu Panda 3)
· James Spader (Vingadores: Era de Ultron)
· Lupita Nyong’o (Star Wars: O Despertar da Força)
· Seth MacFarlane (Ted 2)

ENSEMBLE CAST (Elenco)
· Vingadores: Era de Ultron
· Velozes & Furiosos 7
· A Escolha Perfeita 2
· Star Wars: O Despertar da Força
· Jogos Vorazes: A Esperança – O Final
· Descompensada

BEST KISS (Beijo)
· Amy Schumer & Bill Hader (Descompensada)
· Dakota Johnson & Jamie Dornan (Cinquenta Tons de Cinza)
· Leslie Mann & Chris Hemsworth (Férias Frustradas)
· Margot Robbie & Will Smith (Golpe Duplo)
· Morena Baccarin & Ryan Reynolds (Deadpool)
· Rebel Wilson & Adam DeVine (A Escolha Perfeita 2)

BEST FIGHT (Luta)
· Deadpool (Ryan Reynolds) vs. Ajax (Ed Skrein) – Deadpool
· Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) vs. A Ursa – O Regresso
· Imperator Furiosa (Charlize Theron) vs. Max Rockatansky (Tom Hardy) – Mad Max: Estrada da Fúria
· Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) vs. Hulk (Mark Ruffalo) – Vingadores: Era de Ultron
· Rey (Daisy Ridley) vs. Kylo Ren (Adam Driver) – Star Wars: O Despertar da Força
· Susan Cooper (Melissa McCarthy) vs. Lia (Nargis Fakhri) – A Espiã que Sabia de Menos)

Mesmo abaixo da média, Vingadores: Era de Ultron conseguiu conquistar X indicações (photo by outnow.ch)

Mesmo abaixo da média, Vingadores: Era de Ultron conseguiu conquistar 6 indicações (photo by outnow.ch)

‘A Culpa é das Estrelas’ leva o MTV Movie Awards 2015

John Green, Isaac Klausner, Josh Boone, Marty Bowen, Shailene Woodley, Nat Wolff e Wyck Godfrey recebem o MTV Movie Award de Filme do Ano por A Culpa é das Estrelas (photo by Getty Images through nypost.com)

John Green, Isaac Klausner, Josh Boone, Marty Bowen, Shailene Woodley, Nat Wolff e Wyck Godfrey recebem o MTV Movie Award de Filme do Ano por A Culpa é das Estrelas (photo by Getty Images through nypost.com)

PREMIAÇÃO DA MTV SE RENDE AO SENTIMENTALISMO
DA ADAPTAÇÃO DO BEST-SELLER DE JOHN GREEN

Ok, o MTV Movie Awards não foi para Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 como eu havia previsto, mas também não foi para Whiplash, como eu gostaria que fosse. Sim, eu votei no site da MTV, mas a democracia da internet falou mais alto e o sucesso do livro e do filme de A Culpa é das Estrelas levou a melhor na edição deste ano, que aconteceu no último dia 12.

Se o vencedor eu errei, acertei na previsão das piadas da hostess Amy Schumer. Desde que vi as chamadas da premiação no canal da MTV, logo pensei: “Aonde que viram graça nessa moça?”. Ok, foi uma tentativa de trazer novos ares e certamente foi melhor do que a dupla Anne Hathaway e James Franco no Oscar 2011, mas acredito que a MTV, por sua vertente mais liberal, poderia ter se arriscado mais. Por que não trazer Sacha Baron Cohen, por exemplo? Ele conseguiu se destacar daquela vez que desceu como um anjo da Victoria Secret no colo do Eminem só para promover seu filme Brüno.

A premiação praticamente se dividiu entre três filmes: A Culpa é das Estrelas (Filme, Atriz e Beijo), Vizinhos (WTF Moment, Shirtless e Duo) e Maze Runner: Correr ou Morrer (Luta, Herói e Revelação). Dos filmes indicados ao Oscar em fevereiro, apenas Sniper Americano (Ator para Bradley Cooper) e Caminhos da Floresta (Vilã para Meryl Streep) levaram seus baldes de pipoca. Whiplash, que é um grande filme sobre música (hello, Music Television?!), acabou não levando nenhum. Ok, em nome da democracia cinéfila, é bacana.

Jessica Alba e Rita Ora posam com o vencedor do Shirtless Performance, Zac Efron, por Vizinhos (photo by nydailynews.com)

Jessica Alba e Rita Ora posam com o vencedor do Shirtless Performance, Zac Efron, por Vizinhos (photo by nydailynews.com)

A verdade é que a indústria norte-americana tem tantos filmes que eles podem se dar ao luxo de premiar filmes alternativos aos grandes prêmios como aconteceu aqui, ou até mesmo os piores, como no Framboesa de Ouro. E isso qualquer cinéfilo deve tirar o chapéu. Eles sabem rir da própria “ruindade” de suas produções, e isso requer humildade.

Como acontece no Oscar e alguns prêmios da crítica, todo ano selecionam uma ou mais figuras para lhe entregar um prêmio pelo conjunto da obra. Obviamente, os selecionados costumam ser artistas bem experientes e idosos, mas não é o caso do MTV Movie Awards, que este ano reconheceu o carisma de Robert Downey Jr. Depois de seu ressurgimento após um período difícil com drogas e detenção nos anos 90, ele deu a volta por cima e se tornou uma das figuras mais bem pagas de Hollywood e com méritos. O que seria o personagem Tony Stark sem ele? Alguns até poderiam argumentar que existem outros atores melhores do que ele, mas certamente não com o mesmo carisma magnético dele. Prêmio merecidíssimo, que ainda aproveita para fazer uma propaganda do lançamento do novo filme dos Vingadores, Os Vingadores: Era de Ultron, que estréia aqui no Brasil no dia 30 de abril.

Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Jeremy Renner e

Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Jeremy Renner e Chris Evans entregam o MTV Generation Award para Robert Downey Jr. (photo by theblaze.com)

Já os demais prêmios, MTV Trailblazer e Comedic Genius, acho desnecessários, uma vez que os vencedores não tem história o suficiente no cinema para justificar tal honraria. Shailene Woodley e Kevin Hart? Por que não Sharon Stone e Jim Carrey? Seria uma forma bacana de resgatar aos holofotes artistas importantes que já ganharam seus baldes de pipoca duas décadas atrás.

Bom, quanto aos resultados em si, gostei da premiação de Bradley Cooper. Ele tem se mostrado um ator cada vez mais versátil e que realmente se dedica aos papéis. Para viver o oficial da Marinha, Chris Kyle, ele fez intenso treinamento e conseguiu massa muscular para ficar igual à figura real de seu personagem. Particularmente, é um ator que me surpreendo a cada filme que vejo, ainda mais por conhecê-lo pela comédia Se Beber, Não Case. O prêmio aqui é merecido, mas vale lembrar que o filme de Clint Eastwood teve uma arrecadação espantosa nos EUA, ultrapassando a marca dos 350 milhões de dólares, atingindo certamente muitos dos internautas que votaram.

Bradley Cooper ganha seu balde de pipoca por Sniper Americano (photo by timeslives.co.za)

Bradley Cooper ganha seu balde de pipoca por Sniper Americano (photo by timeslives.co.za)

Gosto também da premiação de Shailene Woodley pelo trabalho em A Culpa é das Estrelas. Ela chegou a ser cogitada em várias listas de previews para a temporada de premiações de 2015. Descoberta por Alexander Payne em Os Descendentes (2011), felizmente a atriz não caiu na besteira de escolher papéis insignificantes e procura novos desafios em produções independentes como O Maravilhoso Agora (2013) e claro, pagar suas contas com o sucesso dos filmes da série Divergente.

Shailene Woodley recebe seu balde de pipoca por A Culpa é das Estrelas (photo by hollywoodlife.com)

Shailene Woodley recebe seu balde de pipoca por A Culpa é das Estrelas (photo by hollywoodlife.com)

VENCEDORES DO MTV MOVIE AWARDS 2015:

MOVIE OF THE YEAR
A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars)

BEST MALE PERFORMANCE
Bradley Cooper (Sniper Americano)

BEST FEMALE PERFORMANCE
Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas)

BEST SCARED-AS-S**T PERFORMANCE
Jennifer Lopez (O Garoto da Casa ao Lado)

BEST DUO
Zac Efron e Dave Franco (Vizinhos)

BEST FIGHT
Dylan O’Brien vs. Will Poulter (Maze Runner: Correr ou Morrer)

BEST WTF MOMENT
Seth Rogen e Rose Byrne (Vizinhos)

BEST MUSICAL MOMENT
Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)

BEST ON-SCREEN TRANSFORMATION
Elizabeth Banks (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)

BEST HERO
Dylan O’Brien (Maze Runner: Correr ou Morrer)

BREAKTHROUGH PERFORMANCE
Dylan O’Brien (Maze Runner: Correr ou Morrer)

BEST SHIRTLESS PERFORMANCE
Zac Efron (Vizinhos)

BEST KISS
Shailene Woodley e Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas)

BEST VILLAIN
Meryl Streep (Caminhos da Floresta)

BEST COMEDIC PERFORMANCE
Channing Tatum (Anjos da Lei 2)

MTV TRAILBLAZER AWARD
Shailene Woodley

MTV GENERATION AWARD
Robert Downey Jr.

COMEDIC GENIUS
Kevin Hart

Indicados ao Oscar marcam presença no MTV Movie Awards 2015

Novo logo do MTV Movie Awards (photo by mtv.com)

Novo logo do MTV Movie Awards (art by Dabs Myla – photo by mtv.com)

‘SNIPER AMERICANO’, ‘BOYHOOD’, ‘WHIPLASH’ E ATÉ ‘SELMA’ CONCORREM AO PRÊMIO DA MTV QUE SOA COMO UM PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO

Depois de vários anos em decadência, o MTV Movie Awards tem tudo para decolar novamente este ano. É possível ver inúmeros artistas em destaque pelos trabalhos de 2014 nas listas de indicação que poderiam até figurar no Oscar. É o caso dos atores Miles Teller, Channing Tatum e pra alegria dos racistas de plantão, David Oyelowo, que foi preterido pela Academia. Expandiram até o número de indicados a Melhor Filme para oito produções! Contudo, de nada adianta ter ótimas opções de escolha se o público não ajudar na hora de votar pela internet.

Para Melhor Filme, por exemplo, eu votaria para Whiplash: Em Busca da Perfeição. Se no Oscar o filme de Damien Chazelle era considerado “pequeno ou independente demais” para ganhar como Melhor Filme, aqui no MTV Movie Awards ele se encaixaria como uma luva, ainda mais por se tratar de um filme sobre música. Mas a minha bola de cristal pessimista (pra não dizer realista) me diz que o público acéfalo vai eleger o novo filme da saga Jogos Vorazes como o melhor do ano. Será uma pena se isso acontecer, porque o prêmio tem uma grande oportunidade de resgatar sua credibilidade, já que no passado chegou a eleger ótimos filmes como O Exterminador do Futuro 2 e Pulp Fiction – Tempo de Violência.

Cena com Milles Teller e J.K. Simmons de Whiplash: Em Busca da Perfeição, de Damien Chazelle. (photo by outnow.ch)

Cena com Milles Teller e J.K. Simmons de Whiplash: Em Busca da Perfeição, de Damien Chazelle. (photo by outnow.ch)

Aí você pode retrucar dizendo que não se pode discutir o gosto do público, afinal gosto é subjetivo. Sim, é verdade. Mas como cinéfilo, vejo com tristeza essa decadência de um prêmio que já foi o mais cool da indústria ficar vítima de um péssimo paladar do público que já elegeu A Saga Crepúsculo quase toda e Transformers como Melhor Filme. Espero que se não votarem em Whiplash, que pelo menos votem em Guardiões da Galáxia, um filme pipoca bem escrito.

Outros podem argumentar dizendo que se o MTV Movie Awards elegesse apenas filmes preteridos pelo Oscar, poderia perder sua identidade. Concordo. O Movie Awards não precisa ser um estepe do Oscar, mas também não precisa eleger apenas filmes da modinha. Há incontáveis bons filmes que sequer figuraram em listas de críticos, mas que poderiam ser reconhecidos aqui. Só para exemplificar, cito Capitão América 2: O Soldado Invernal (indicado a Melhor Luta e Melhor Beijo) e a comédia Top Five (indicado a Melhor Comediante e WTF Moment). Seriam prêmios merecidos, mas resta saber se o público concorda.

Chris Rock em Top Five (photo by outnow.ch)

Chris Rock em Top Five (photo by outnow.ch)

Lembro que uns anos atrás, a votação era limitada a norte-americanos, mas felizmente este ano a votação está aberta internacionalmente. Wohooo! Então, meninos e meninas, caso queira colaborar com uma melhora efetiva nos resultados do MTV Movie Awards, e não for votar em Jogos Vorazes (brincadeira!), vote agora. Basta fazer um login por Facebook, Twitter ou e-mail:

http://www.mtv.com/ontv/movieawards/2015/movie-of-the-year/

Também fiz crítica ao prêmio de Shirtless Performance (performance sem camisa) por ser uma futilidade, mas felizmente, este ano temos uma concorrente feminina! E que concorrente! Kate Upton foi indicada pelo medíocre Mulheres ao Ataque (adivinhem em que votei). Então, cuecas de plantão, por favor vamos votar! De qualquer forma, eu trocaria essa categoria pelo retorno de Most Desirable Female e Male, pois premiaria a sensualidade toda de um personagem, e não apenas o fato de ele ou ela tirar a roupa.

A belíssima Kate Upton em Mulheres ao Ataque (photo by elfilm.com)

A belíssima Kate Upton em Mulheres ao Ataque (photo by elfilm.com)

Nesta edição, Guardiões da Galáxia, A Culpa é das Estrelas e Vizinhos lideram as indicações com sete cada. Coincidentemente, todos os três competem nas categorias Shirtless Performance e Melhor Beijo. Imagina Cinquenta Tons de Cinza no MTV Movie Awards de 2016…

Este ano, a hostess será a escritora, comediante e atriz Amy Schumer, que ficou conhecida por sua série Inside Amy Schumer, na qual faz comédia stand up e entrevista pessoas nas ruas. Vi uns vídeos de stand up comedy dela no Youtube e achei bem sem graça. Veja um vídeo promocional do evento abaixo e confirme:


Amy Schumer com Anna Kendrick. A noite vai ser looonga…

Seguem os indicados ao MTV Movie Awards:

Movie of the Year
– Sniper Americano (American Sniper)
– Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (The Hunger Games: Mockingjay – Part 1)
– Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy)
– Garota Exemplar (Gone Girl)
– A Culpa é das Estrelas (The Fault In Our Stars)
– Boyhood: Da Infância à Juventude (Boyhood)
– Whiplash: Em Busca da Perfeição (Whiplash)
– Selma: Uma Luta Pela Igualdade (Selma)

Best Female Performance
– Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)
– Emma Stone (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância))
– Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas)
– Reese Witherspoon (Livre)
– Scarlett Johansson (Lucy)

Best Male Performance
– Bradley Cooper (Sniper Americano)
– Chris Pratt (Guardiões da Galáxia)
– Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas)
– Miles Teller (Whiplash: Em Busca da Perfeição)
– Channing Tatum (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo)

Best Scared-As-S**t Performance
– Rosamund Pike (Garota Exemplar)
– Annabelle Wallis (Annabelle)
– Jennifer Lopez (O Garoto da Casa ao Lado)
– Dylan O’Brien (Maze Runner: Correr ou Morrer)
– Zach Gilford (Uma Noite de Crime: Anarquia)

Breakthrough Performance
– Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas)
– Rosamund Pike (Garota Exemplar)
– David Oyelowo (Selma: Uma Luta Pela Igualdade)
– Dylan O’Brien (Maze Runner: Correr ou Morrer)
– Ellar Coltrane (Boyhood: Da Infância à Juventude)

Best Shirtless Performance
– Zac Efron (Vizinhos)
– Chris Pratt (Guardiões da Galáxia)
– Channing Tatum (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo)
– Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas)
– Kate Upton (Mulheres ao Ataque)

Best Duo
– Channing Tatum & Jonah Hill (Anjos da Lei 2)
– Zac Efron & Dave Franco (Vizinhos)
– Shailene Woodley & Ansel Elgort (A Culpa é das Estrelas)
– Bradley Cooper & Vin Diesel (Guardiões da Galáxia)
– James Franco & Seth Rogen (A Entrevista)

Best Fight
– Jonah Hill vs. Jillian Bell (Anjos da Lei 2)
– Chris Evans vs. Sebastian Stan (Capitão América 2: O Soldado Invernal)
– Dylan O’Brien vs. Will Poulter (Maze Runner: Correr ou Morrer)
– Seth Rogen vs. Zac Efron (Vizinhos)
– Edward Norton vs. Michael Keaton (Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância))

Best Kiss
– Ansel Elgort & Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas)
– James Franco & Seth Rogen (A Entrevista)
– Andrew Garfield & Emma Stone (O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro)
– Scarlett Johansson & Chris Evans (Capitão América 2: O Soldado Invernal)
– Rose Byrne & Halston Sage (Vizinhos)

Best WTF Moment
– Seth Rogen & Rose Byrne (Vizinhos)
– Jonah Hill (Anjos da Leis 2)
– Jason Sudeikis & Charlie Day (Quero Matar Meu Chefe 2)
– Miles Teller (Whiplash: Em Busca da Perfeição)
– Rosario Dawson & Anders Holm (Top Five)

 Best Villain
– Rosamund Pike (Garota Exemplar)
– J.K. Simmons (Whiplash: Em Busca da Perfeição)
– Jillian Bell (Anjos da Lei 2)
– Meryl Streep (Caminhos da Floresta)
– Peter Dinklage (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido)
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Best Musical Moment
– Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)
– Chris Pratt (Guardiões da Galáxia)
– Seth Rogen & Zac Efron (Vizinhos)
– Bill Hader & Kristen Wiig (Irmãos Desastre)
– Miles Teller (Whiplash: Em Busca da Perfeição)
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Best Comedic Performance
– Channing Tatum (Anjos da Lei 2)
– Chris Pratt (Guardiões da Gláxia)
– Rose Byrne (Vizinhos)
– Chris Rock (Top Five)
– Kevin Hart (Padrinhos LTDA)
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Best On-Screen Transformation
– Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo)
– Elizabeth Banks (Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1)
– Zoe Saldana (Guardiões da Galáxia)
– Steve Carell (Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo)
– Ellar Coltrane (Boyhood: Da Infância à Juventude)
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O MTV Movie Awards acontece no dia 12 de abril, e a MTV Brasil vai transmitir ao vivo. Sim, eu confirmei através da propaganda exibida no próprio canal.
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