Vencedores do CDG Awards: Entre Facas e Segredos, Jojo Rabbit e Malévola: Dona do Mal
COM EXCELENTE APROVEITAMENTO COM O OSCAR, CDG PODE TER SUA PRIMEIRA DIVERGÊNCIA EM ANOS
Na noite desta segunda, dia 28, o sindicato de Figurinistas (Costume Designers Guild) entregou seus prêmios para as produções de cinema e de televisão. Assim como o sindicato de Diretores de Arte (ADG), o prêmio se divide em três categorias: Contemporâneo, De Época e Ficção Científica/Fantasia.
Nos últimos cinco anos, houve um aproveitamento de 100% da CDG, já que pelo menos um dos três vencedores acabou levando o Oscar de Melhor Figurino, sendo a última Ruth E. Carter por Pantera Negra, que venceu o CDG de Melhor Figurino de Ficção Científica/Fantasia. Falando na figurinista, ainda não entendemos a sua exclusão do Oscar este ano por seu belo trabalho em Meu Nome é Dolemite, que recria as roupas extravagantes da onda Blaxploitation dos anos 70, assim como não entendemos as indicações para Mark Bridges (pelo figurino do protagonista Coringa) e Mayes C. Rubeo (por figurinos de nazistas em Jojo Rabbit), que acabou levando o prêmio.
Em seu discurso de agradecimento, Rubeo disse: “Nós estamos colocando o México num patamar diferente.” Rubeo se tornou a primeira latina indicada ao Oscar de Figurino, que tem Jacqueline Durran como franco-favorita por Adoráveis Mulheres, que sequer foi indicada ao CDG. Existe uma forte possibilidade dos vencedores do CDG deste ano não levarem o Oscar, o que não acontece desde 2012, quando O Artista levou o Oscar.
Não costumamos fazer isso, mas gostaríamos de ilustrar através de nossas preferências de figurinos elegíveis, como a Academia poderia ter diversificado os indicados da categoria mas sem perder a qualidade. Nossas escolhas buscam também fugir do lugar comum dos figurinos como por exemplo o trabalho de Midsommar, que criou todo um visual para a cerimônia festiva da Suécia. Se indicassem, seria uma bela forma de prestigiar trabalhos diferentes e atrair a atenção do público.
Trabalho esnobado de Andrea Flesch em Midsommar (pic by IMDb)
INDICADOS AO OSCAR
NOSSAS PREFERÊNCIAS
O Irlandês
Meu Nome é Dolemite
Jojo Rabbit
Midsommar
Coringa
Retrato de uma Jovem em Chamas
Adoráveis Mulheres
Rocketman
Era Uma Vez em… Hollywood
Shadow
Na cerimônia do CDG, Charlize Theron recebeu um dos prêmios especiais chamado Spotlight. No palco, a atriz agradeceu todos figurinistas com quem já trabalhou e brincou que ela ainda usa os vestidos que Colleen Atwood criou para ela no filme Branca de Neve e o Caçador. “Todo dia eu uso e meus filhos adoram!”, revelou Theron.
SEGUEM OS VENCEDORES DO 22º CDG AWARDS:
FILME CONTEMPORÂNEO Jenny Eagan (Entre Facas e Segredos)
FILME DE ÉPOCA Mayes C. Rubeo (Jojo Rabbit)
FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA Ellen Mirojnick (Malévola: Dona do Mal)
SÉRIE CONTEMPORÂNEA Debra Hanson (Schitt’s Creek) – Episódio: The Dress
SÉRIE DE ÉPOCA Donna Zakowska (The Marvelous Mrs. Maisel) – Episódio: It’s Comedy or Cabbage
SÉRIE DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA Michele Clapton (Game of Thrones) – Episódio: The Iron Throne
SÉRIE DE REALITY SHOW, VARIEDADES E TV AO VIVO Marina Toybina (The Masked Singer: Season Finale: And the Winner Takes It All and Takes It Off)
SHOWS DE CURTA DURAÇÃO Christopher Lawrence (United Airlines: “Star Wars Wing Walker”, commercial)
Todos os NOVE indicados a MELHOR FILME no Oscar 2020, de cima pra baixo, da esquerda pra direita: Coringa, Era Uma Vez em… Hollywood, O Irlandês, 1917, Parasita, Jojo Rabbit, Adoráveis Mulheres, História de um Casamento e Ford vs Ferrari
PELA PRIMEIRA VEZ, A NETFLIX É A CAMPEÃ DE INDICAÇÕES COM 24
Às 10h18 da manhã em ponto, horário de Brasília, o anúncio das indicações ao Oscar foram transmitidas ao vivo por meio dos canais oficiais da Academia no YouTube e Facebook, direto do Museu da Academia em Los Angeles. As instalações estão quase prontas para inaugurarem ainda este ano.
De lá, os atores John Cho e Issa Rae leram todos os indicados das 24 categorias em meio a umas piadinhas bobas, que muito lembram o anúncio do ano passado com Kumail Nanjiani e Tracee Ellis Ross. As piadas e comentários rasos a gente suporta, mas o que não entendemos é a falta de ilustratividade do evento. Custa colocar fotos dos indicados de cada categoria? Estão economizando no que ao fazer esse powerpoint simples e sem graça? Como se estivessem prevendo as indicações, colocaram o ator sul-coreano John Cho para acertar na pronúncia dos nomes coreanos. Já Issa Rae foi discreta mas direto no alvo ao dizer “Parabéns àqueles homens”, com uma expressão de “já sabia que não indicar mulheres”.
Para quem não conseguiu acompanhar ao vivo, segue link:
NÚMEROS DESTE OSCAR
Assim como no BAFTA, Coringa lidera com 11 indicações, o que ultrapassa, e muito, a estimativa já otimista da Warner de 8 indicações. Havia dúvidas se o filme conseguiria reconhecimento nas categorias de Som, Efeitos Sonoros, Figurino e para seu diretor Todd Phillips, que corria risco de ceder sua vaga para Greta Gerwig. Com uma bilheteria que ultrapassa 1 bilhão de dólares pelo mundo, esta adaptação dos quadrinhos realmente ganhou torcida e certamente deve atrair maior audiência para a cerimônia do Oscar, no dia 09 de Fevereiro, novamente sem um host. Vale ressaltar que Coringa é apenas a segunda adaptação de quadrinhos a ser indicada a Melhor Filme após Pantera Negra (2018), mas bateu o recorde com 11 indicações. Apesar dessas conquistas, permanecemos céticos em relação a uma vitória de Melhor Filme, uma vez que é um filme violento demais para os padrões da Academia e que dividiu a crítica. Joaquin Phoenix e a trilha são apostas mais seguras de vitórias no momento.
Joaquin Phoenix recebe sua 4ª indicação ao Oscar por Coringa (pic by IMDb)
Em segundo lugar, empatados com 10 indicações, estão 3 três filmes: 1917, O Irlandês e Era Uma Vez em… Hollywood. Enquanto o primeiro surpreendeu ao ganhar o Globo de Ouro de Melhor Filme e Diretor para Sam Mendes, o segundo vem perdendo espaço, ganhando apenas o prêmio de Melhor Elenco no Critics’ Choice Awards. Apesar dessa queda notável, o filme de Martin Scorsese conquistou indicações em categorias-chave para vencer o Oscar de Melhor Filme: Roteiro Adaptado e Montagem. Pena que Al Pacino e Joe Pesci vão se anular e dar o Oscar para Brad Pitt, o que nos leva ao terceiro filme, que assim como 1917, pode ser uma alternativa viável para os membros da Academia que não querem prestigiar a Netflix.
Já em terceiro lugar, empatados com seis indicações cada, estão 4 filmes:Jojo Rabbit, História de um Casamento, Adoráveis Mulheres e Parasita, todos indicados a Melhor Filme. Desses quatro impressiona o crescimento de Adoráveis Mulheres, que ficou ausente dos prêmios iniciais da crítica, mas agora conquista indicações para suas duas atrizes Saoirse Ronan e Florence Pugh, Roteiro Adaptado para Gerwig, além das já previsíveis de Trilha Original e Figurino.
Num consenso geral, em nossa humilde opinião, numa safra tão rica e diversa de produções, pareceu-nos uma limitação concentrar tantas indicações em poucos filmes. Tivemos tantos filmes bons que ficaram de fora que é no mínimo injusto esse acúmulo. Só pra citar alguns: Jóias Brutas (podiam indicar para Filme, Direção, Ator, Roteiro Original, Montagem e Trilha), Nós (Atriz, Roteiro Original e Trilha), Fora de Série (Roteiro Original), As Golpistas (Atriz Coadjuvante), Luce (Ator, Atriz Coadjuvante e Roteiro Adaptado), O Relatório (Atriz Coadjuvante) e The Farewell(Roteiro Original).
E na contagem de indicações por estúdios, em ordem decrescente: Netflix (24), Sony (20), Disney (17), Warner (12), Universal (11), Neon (8), Fox Searchlight (6), Lionsgate (4) e Focus Features (2).
SEM MULHERES DISPUTANDO DIREÇÃO, MAS CYNTHIA ERIVO GARANTIU A DIVERSIDADE
Como já era esperado, apesar da onda de protestos, a categoria de Direção não indicou nenhuma mulher. Embora alguns nomes estivessem no caldeirão como Lulu Wang, Alma Har’el, Olivia Wilde e Melina Matsoukas, Greta Gerwig era o nome com maior potencial entre elas, mas seu filme Adoráveis Mulheres não foi uma unanimidade na temporada, e ela acabou ficando apenas com a indicação de Roteiro Adaptado.
Pelo menos, não haverá protestos em relação à diversidade étnica que teve o BAFTA, que indicou apenas atores brancos. A Academia excluiu a latina Jennifer Lopez, mas indicou Cynthia Erivo por sua corajosa performance em Harriet, no qual ela interpreta a escrava Harriet Tubman, que conseguiu fugir de seus patronos e voltou para resgatar vários outros escravos.
Cynthia Erivo indicada para Melhor Atriz por Harriet (pic by IMDb)
Ficamos felizes pelo reconhecimento dela, que também foi indicada pela Canção Original “Stand Up”, que vai cantar na cerimônia. Mas sentimento muito pela ausência de Lupita Nyong’o por aquela brilhante e inovadora atuação em Nós. Claro que muitos já previam que a atriz ficaria de fora da disputa por se tratar de um filme de terror/sci-fi, mas consideramos isso inadmissível. Lupita segue a mesma crucificação que sofreu Toni Collette por Hereditário no ano passado. Se a Academia tivesse indicado Nyong’o, mataria dois coelhos com uma cajadada: diversidade étnica e diversidade de gênero de cinema. Uma pena.
CORÉIA DO SUL DEBUTANDO COM FORÇA NO OSCAR
Nunca na história de 91 anos da Academia, um filme sul-coreano foi indicado em qualquer categoria. Com Parasita, tudo mudou num piscar de olhos. Indicado a 6 Oscars, o filme de Bong Joon Ho tem tudo para levar a primeira estatueta para o país, principalmente na categoria de Filme Internacional.
A família Kim de Parasita, primeiro filme sul-coreano a ganhar a Palma de Ouro e o primeiro a ser indicado ao Oscar (pic by IMDb)
Lançado em outubro nos EUA, Parasita já conquistou mais de 30 milhões de dólares nas bilheterias e mais de 100 milhões ao redor do mundo. Com as indicações, o filme deve ser relançado em circuito comercial e ganhar ainda mais visibilidade. Quem sabe com o apoio popular Parasita também não leva o Oscar de Melhor Filme? Sabemos que não é uma luta fácil para um filme em idioma estrangeiro (Roma que o diga!), mas não é nada impossível para um filme que vem colhendo apenas críticas positivas.
Vale lembrar que a Coréia do Sul também foi indicada a Melhor Documentário-Curta por In the Absence, sobre o naufrágio de um cruzeiro que acarretou em centenas de mortes por falta de prevenção e socorro emergencial.
DESTAQUES ENTRE AUSÊNCIAS E SURPRESAS
Vamos fazer uma breve análise por categoria, mas de longe dá pra destacar alguns fatos baseados no que foi a temporada até o momento. Lupita Nyong’o, Jennifer Lopez, Awkwafina, Adam Sandler, Christian Bale, Eddie Murphy e Taron Egerton são as ausências mais sentidas se levarmos em conta o histórico das performances. Acontece, claro, ainda mais num ano repleto de filmes e interpretações de qualidade (quem nos dera se todo ano fosse rico assim…).
Outras ausências notáveis são Frozen 2 (Longa de Animação, mas foi indicado à Canção), Atlantique (Filme Internacional), Apollo 11 (Documentário), O Rei Leão (pela canção “Spirit” da Beyoncé) e As Loucuras de Rose (Atriz para Jessie Buckley e Canção pela tocante “Glasgow (No Place Like Home)”).
Não sei se é porque estamos mergulhados profundamente nas águas da temporada de premiações, mas nenhuma indicação aqui realmente nos surpreendeu de fato. Não teve nenhuma Marina de Tavira, Lesley Manville, Lenny Abrahamson ou Benh Zeitlin pra virar assunto na capa. Ninguém caiu de pára-quedas. Esperávamos que Jóias Brutas pudesse surpreender na reta final, mas pelo visto a ala conservadora da Academia ainda continua uma maioria maciça. Aliás, com um ano tão rico, a Academia indicou nove filmes a Melhor Filme. Por que não 10?
Confira todas as indicações e uma breve análise de cada:
MELHOR FILME
1917 Pippa Harris, Callum McDougall, Sam Mendes, Jayne-Ann Tenggren
FORD VS FERRARI Peter Chernin, Jenno Topping, James Mangold
O IRLANDÊS Robert De Niro, Jane Rosenthal, Martin Scorsese, Emma Tillinger Koskoff
JOJO RABBIT Carthew Neal, Taika Waititi
CORINGA Bradley Cooper, Todd Phillips, Emma Tillinger Koskoff
ADORÁVEIS MULHERES Amy Pascal
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Noah Baumbach, David Heyman
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD David Heyman, Shannon McIntosh, Quentin Tarantino
PARASITA Bong Joon-ho, Kwak Sin-ae
DIREÇÃO
1917 Sam Mendes
O IRLANDÊS Martin Scorsese
CORINGA Todd Phillips
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
PARASITA Bong Joon Ho
Os protestos feministas podem se espernear, mas a verdade é que a temporada de premiações já havia definido esses diretores há um bom tempo. Dos cinco indicados, apenas Todd Phillips não estava indicado ao DGA, que preferiu Taika Waititi (Jojo Rabbit). No Globo de Ouro, deu Sam Mendes. No Critics’ Choice deu empate entre Sam Mendes e Bong Joon Ho. Mas o que realmente vai definir é o vencedor do DGA, que é muito parelho em relação ao Oscar.
ATRIZ
CYNTHIA ERIVO (Harriet)
SCARLETT JOHANSSON (História de um Casamento)
SAOIRSE RONAN (Adoráveis Mulheres)
CHARLIZE THERON (O Escândalo)
RENÉE ZELLWEGER (Judy: Muito Além do Arco-Íris)
Infelizmente, Lupita Nyong’o foi esnobada, mesmo conseguindo uma indicação ao SAG. É realmente triste ver que os membros da Academia ainda têm tamanho preconceito com o gênero de terror e ficção científica. Na época do lançamento do filme em Março, estávamos tão empolgados com a possibilidade de Lupita ser indicada e ganhar o Oscar de Melhor Atriz, que já víamos as manchetes: “Lupita se torna a segunda negra a ganhar o Oscar depois de Halle Berry”, mas… não contávamos com tanto conservadorismo.
Cynthia Erivo estava nas possibilidades com Awkwafina, Lupita e Alfre Woodard, mas chamou muita atenção quando foi convidada a cantar no BAFTA, mas recusou em nome da falta de diversidade no evento. Ela também foi indicada pela canção “Stand Up”. Caso vença em uma das duas categorias, Erivo se tornará a mais jovem vencedora do EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony).
ATOR
ANTONIO BANDERAS (Dor e Glória)
LEONARDO DICAPRIO (Era uma Vez em… Hollywood)
ADAM DRIVER (História de um Casamento)
JOAQUIN PHOENIX (Coringa)
JONATHAN PRYCE (Dois Papas)
Muito bacana ver uma indicação à atuação em língua estrangeira de Antonio Banderas, ainda mais por se tratar de um reconhecimento muito raro. E apenas três atores conseguiram vencer com outro idioma: Sophia Loren, Roberto Benigni (pois é) e Marion Cotillard. Banderas interpreta ninguém menos do que o alter-ego do diretor espanhol Pedro Almodóvar em Dor e Glória, nesta que é sua oitava colaboração com o diretor.
Antonio Banderas recebe sua primeira indicação e por um papel em espanhol de Dor e Glória (pic by IMDb)
Se existe uma surpresa nesta edição, esta foi de Taron Egerton injustamente esnobado por Rocketman. Não se trata apenas de uma cópia ou cosplay do cantor Elton John, mas uma intepretação de um ícone, cantando com sua própria voz as músicas e oferecendo densidade ao personagem, que facilmente seria uma caricatura nas mãos de outro ator. Embora Jonathan Pryce seja um ator veterano que há muito merecia uma indicação, trocaríamos ele por Taron.
ATRIZ COADJUVANTE
KATHY BATES (O Caso Richard Jewell)
LAURA DERN (História de um Casamento)
SCARLETT JOHANSSON (Jojo Rabbit)
FLORENCE PUGH (Adoráveis Mulheres)
MARGOT ROBBIE (O Escândalo)
Embora tenha ficado de fora do SAG por um erro imperdoável da distribuidora que inscreveu Kathy Bates como Atriz principal, sua indicação foi mais possível pela campanha que Clint Eastwood fez na reta final do ano, especialmente na festa da AFI, e claro, pelo prestígio que Bates tem junto à Academia. Esta é sua quarta indicação.
Jennifer Lopez estava investindo pesado na campanha de As Golpistas, onde ela vive uma stripper que busca vingança contra seus clientes. Sua vaga era dada como certa, pois nunca esteve tão bem num filme, contudo, a partir do momento em que ficou de fora do BAFTA, ela também foi excluída do Oscar. E isso culminou com o crescimento citado de Adoráveis Mulheres e de Florence Pugh na disputa, sem contar a dupla indicação para Scarlett Johansson. Nunca indicam a atriz, e quando indicam, indicam duas vezes no mesmo ano. As chances de Scarlett ganhar são mínimas, principalmente pela divisão de votos consigo mesma.
ATOR COADJUVANTE
TOM HANKS (Um Lindo Dia na Vizinhança)
ANTHONY HOPKINS (Dois Papas)
AL PACINO (O Irlandês)
JOE PESCI (O Irlandês)
BRAD PITT (Era Uma Vez em… Hollywood)
Os indicados desta categoria era a mais estável de todas as quatro. Willem Dafoe corria muito por fora por sua performance em O Farol. Nesse esquema que está, o franco-favorito Brad Pitt está em ampla vantagem, já que seus competidores mais fortes, Al Pacino e Joe Pesci, vão certamente dividir os votos por O Irlandês. Muito bacana ver Anthony Hopkins e Tom Hanks de volta. Eles não concorriam desde 1998 (Amistad) e 2001 (Náufrago), respectivamente.
ROTEIRO ORIGINAL
1917 Sam Mendes, Krysty Wilson-Cairns
ENTRE FACAS E SEGREDOS Rian Johnson
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Noah Baumbach
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
PARASITA Han Jin Won, Bong Joon-ho
Com a inclusão de 1917 nesta categoria, o filme de Sam Mendes ganha ainda mais força para disputar o Oscar de Melhor Filme, pois sem um bom roteiro, dificilmente a produção ganha o prêmio da noite. Contudo, o prêmio deve ficar entre Quentin Tarantino e Noah Baumbach. Muito bacana ver o roteiro mirabolante de Rian Johnson de Entre Facas e Segredos, demonstrando que há sempre espaço para criatividade na categoria. Ficou faltando o roteiro de Fora de Série, mas talvez o aspecto de comédia teenager tenha afastado os votantes mais velhos.
ROTEIRO ADAPTADO
O IRLANDÊS Steven Zaillian
JOJO RABBIT Taika Waititi
CORINGA Todd Phillips, Scott Silver
ADORÁVEIS MULHERES Greta Gerwig
DOIS PAPAS Anthony McCarten
O prêmio estava praticamente entregue a Steven Zaillian pelo épico de Martin Scorsese, até a indicação de Greta Gerwig, que deve angariar muitos votos femininos, pois elogios não faltaram para esta nova e moderna adaptação do livro de Louisa May Alcott. A inclusão do roteiro de Coringa surpreende um pouco, mas totalmente justificável pela campanha.
FOTOGRAFIA
1917 Roger Deakins
O IRLANDÊS Rodrigo Prieto
CORINGA Lawrence Sher
O FAROL Jarin Blaschke
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Robert Richardson
Dos diretores de fotografia indicados ao ASC, sindicato respectivo, apenas Phedon Papamichael (Ford vs Ferrari) ficou de fora, dando lugar para o belo PB texturizado de O Farol. O filme de Robert Eggers merecia esse reconhecimento pela aposta ousada e arriscada de filmar em locação, em película e com um formato mais antigo que remete ao século XIX. Roger Deakins, indicado por 1917, tem as melhores chances de levar seu segundo Oscar pela complexidade das filmagens para simular uma única tomada.
MONTAGEM
O IRLANDÊS Thelma Schoonmaker
JOJO RABBIT Tom Eagles
CORINGA Jeff Groth
FORD VS FERRARI Andrew Buckland, Michael McCusker
PARASITA Jinmo Yang
Não se trata de uma regra oficial, mas pelas estatísticas, se você quer ganhar o Oscar de Melhor Filme, no mínimo tem que estar indicado a Melhor Montagem. Claro que isso já foi uma verdade incontestável, principalmente na época de Rocky (1976), mas ainda hoje ela tem extrema importância na disputa. Apesar do trabalho de Thelma Schoonmaker ser o mais elogiado até aqui por dar ritmo às 3 horas e meia de filme, ainda são 3 horas e meia, e tem muita gente falando: “se tivesse cortado uns 20 minutos finais seria ainda melhor”. Além disso, a montadora já ganhou 3 estatuetas com filmes do próprio Scorsese antes: Touro Indomável, O Aviador e Os Infiltrados. Nosso favorito, e que pode surpreender, é a montagem precisa de Parasita. Embora desconhecido do grande público Jinmo Yang já editou os sucessos sul-coreanos Okja (2017) e Invasão Zumbi (2016).
DESIGN DE PRODUÇÃO
1917 Dennis Gassner, Lee Sandales
O IRLANDÊS Bob Shaw, Regina Graves
JOJO RABBIT Ra Vincent, Nora Sopková
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Barbara Ling, Nancy Haigh
PARASITA Ha-jun Lee, Won-Woo Cho
Pela viagem à era de ouro de Hollywood nos anos 60, o filme de Tarantino leva boa vantagem. São casas, trailers, carros e sets de filmagens reconstruídos para contar a história de Rick Dalton e Cliff Booth. Mas vale destacar a mansão da família Park em Parasita, cuja importância é tão grande que se assemelha a um personagem à parte.
FIGURINO
O IRLANDÊS Christopher Peterson, Sandy Powell
JOJO RABBIT Mayes C. Rubeo
CORINGA Mark Bridges
ADORÁVEIS MULHERES Jacqueline Durran
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Arianne Phillips
A Academia adora premiar filmes de época nesta categoria, então naturalmente os figurinos de Adoráveis Mulheres larga na frente. Jacqueline Durran já foi premiada por Anna Karenina. Embora gostemos do figurino de Scarlett Johansson (inclusive o chapéu) em Jojo Rabbit, indicaríamos os figurinos da pequena vila sueca de Midsommar.
MAQUIAGEM E CABELO
1917 Naomi Donne
O ESCÂNDALO Vivian Baker, Kazu Hiro, Anne Morgan
CORINGA Kay Georgiou, Nicki Ledermann
JUDY: MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS Jeremy Woodhead
MALÉVOLA: DONA DO MAL Paul Gooch, Arjen Tuiten, David White
Toda vez dizemos a mesma coisa sobre maquiagem: “Aaaa… como sentimos falta de Rick Baker!”. Bom, é a primeira vez que a categoria tem cinco indicados (que se tornará comum a partir desta edição), o que sempre ajuda a reconhecer mais filmes, porém pode ter ano que vão sofrer pra achar boa maquiagem pra reconhecer. Desta leva, destacamos o trabalho excepcional de O Escândalo, que transformou Charlize Theron na repórter Megyn Kelly, e John Lithgow em Roger Ailes, com próteses. Também indicaríamos aquela criaturazinha estranha de Midsommar, mesmo que para alguns seja uma visão indigesta.
TRILHA ORIGINAL
1917 Thomas Newman
CORINGA Hildur Guđnadóttir
ADORÁVEIS MULHERES Alexandre Desplat
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Randy Newman
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER John Williams
Esnobado injustamente, Michael Abels provavelmente criou a melhor trilha do ano, mas ficou de fora também por preconceito em relação ao gênero. A curiosidade aqui é a disputa familiar entre os primos Randy e Thomas Newman. Mas enquanto Randy já ganhou dois Oscars, Thomas está em sua 15ª indicação sem vitória. Será que é desta vez? Se a islandesa Hildur Guđnadóttir (Coringa) permitir…E esta é a 52ª indicação para John Williams. Aos 87 anos, ele já tem 5 Oscars, mas não ganha desde A Lista de Schindler, láaa em 1994, e foi indicado ao Oscar pelos três filmes desta nova trilogia de Star Wars.
CANÇÃO ORIGINAL
“I Can’t Let You Throw Yourself Again”, de TOY STORY 4
“I’m Gonna Love Me Again”, de ROCKETMAN
“I’m Standing With You”, de SUPERAÇÃO: O MILAGRE DA FÉ
“Into the Unknown”, de FROZEN 2
“Stand Up”, de HARRIET
Apesar da canção de Elton John ser uma unanimidade, as canções de Harriet e Frozen 2 podem ultrapassar Rocketman, ainda mais pelo filme ter perdido força nas outras categorias como Ator e Figurino. Gostaríamos de ter visto a canção “Glasgow (No Place Like Home)” indicada para coroar a performance de Jessie Buckley em As Loucuras de Rose, que foi indicada ao BAFTA de Melhor Atriz. A canção de Toy Story 4 não vinha sendo reconhecida, porém levou a vaga das outras produções da Disney: O Rei Leão e Aladdin.
SOM
AD ASTRA Gary Rydstrom, Tom Johnson, Mark Ulano
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Michael Minkler, Christian P. Minkler, Mark Ulano
1917 Scott Millan, Oliver Tarney, Rachael Tate, Mark Taylor, Stuart Wilson
CORINGA Tod Maitland, Alan Robert Murray, Tom Ozanich, Dean Zupancic
FORD VS FERRARI David Giammarco, Paul Massey, Steven A. Morrow, Donald Sylvester
A grande surpresa aqui é a inclusão de Ad Astra, que inicialmente foi promovido como grande candidato, mas caiu drasticamente na temporada. Essa indicação muito lembra a de Um Lugar Silencioso do ano passado, a única do filme. Embora o som de Ford vs Ferrari ser incrível, 1917 deve levar o prêmio pelas inúmeras explosões e tiros da Primeira Guerra Mundial. Chama a atenção a exclusão de Rocketman, já que musicais costumam se dar bem na categoria, que ano passado premiou Bohemian Rhapsody.
EFEITOS SONOROS
FORD VS FERRARI Donald Sylvester
CORINGA Alan Robert Murray
1917Oliver Tarney, Rachael Tate
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Wylie Stateman
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKERMatthew Wood, David Acord
Assim na categoria de Som, a briga deve ficar entre 1917 e Ford vs Ferrari. São filmes que são extremamente bem explorados no aspecto sonoro e são melhor apreciados em salas de alta qualidade de som com a IMAX e XD. Os outros três indicados estão praticamente fazendo figuração na categoria, que poderia dar espaço para John Wick 3: Parabellum, por exemplo.
O IRLANDÊS Leandro Estebecorena, Stephane Grabli, Pablo Helman
O REI LEÃO Andrew R. Jones, Robert Legato, Elliot Newman, Adam Valdez
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER Roger Guyett, Paul Kavanagh, Neal Scanlan, Dominic Tuohy
Apesar de todos merecerem as indicações, os efeitos de Alita: Anjo de Combate poderia ter entrada na disputa. Talvez o aspecto visual estilo animé da protagonista tenha espantado os votantes, que buscam realismo nos efeitos.
FILME INTERNACIONAL
CORPUS CHRISTI Jan Komasa – POLÔNIA
HONEYLAND Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov – MACEDÔNIA DO NORTE
OS MISERÁVEIS Ladj Ly – FRANÇA
DOR E GLÓRIA Pedro Almodóvar, Agustín Almodóvar – ESPANHA
PARASITA Bong Joon-ho – CORÉIA DO SUL
Dos 10 filmes pré-selecionados, havia algumas certezas como as indicações de Parasita, Dor e Glória, e Os Miseráveis. As outras duas vagas eram uma incógnita. O documentário sobre a apicultora de Honeyland surpreendeu por conquistar dupla indicação por Filme Internacional pela Macedônia do Norte (eu sei, você nem sabia que tinha uma, ainda mais do norte) e por Melhor Documentário. Assim como Scarlett Johansson, duplamente indicada, Honeyland deve ficar sentado a cerimônia inteira. A ausência mais notada aqui foi de Atlantique, do Senegal, produzido pela Netflix. A surpresa da categoria reside no representante polonês Corpus Christi, que aborda uma transformação espiritual que resulta numa paróquia. Apesar de não ter entendido a indicação do filme, é curioso que não há nenhum filme indicado que trate de Holocausto desta vez. uma raridade. Porém Jojo Rabbit já satisfez a sede pelo tema nas demais categorias.
DOCUMENTÁRIO
THE CAVE Feras Fayyad, Kirstine Barfod, Sigrid Dyekjaer
DEMOCRACIA EM VERTIGEM Petra Costa, Joanna Natasegara, Shane Boris, Tiago Pavan
HONEYLAND Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov
AMERICAN FACTORY Steven Bognar, Julia Reichert
FOR SAMA Waad al-Kateab, Edward Watts
É sempre muito bacana ver um filme brasileiro entre os indicados. Mesmo não apreciando muito o documentário que apela para o emocional, Petra Costa teve uma visão instigante sobre o que aconteceu na política brasileira, especialmente no trecho em que analisa a postura de um Michel Temer ainda vice-presidente. Pra quem ainda não conferiu, vale a pena ver na Netflix.
Houve duas ausências aqui: Apollo 11, um documentário que impressiona pelo material rico do lançamento do foguete à Lua, e One Child Nation, sobre a política de natalidade da China. Com isso, o franco-favorito se torna For Sama, uma experiência feminina em tempos de guerra.
LONGA DE ANIMAÇÃO
KLAUS Sergio Pablos, Jinko Gotoh, Marisa Roman
TOY STORY 4 Josh Cooley, Mark Nielsen, Jonas Rivera
COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3Dean DeBlois, Bradford Lewis, Bonnie Arnold
PERDI MEU CORPOJérémy Clapin, Marc Du Pontavice
LINK PERDIDOChris Butler, Arianne Sutner, Travis Knight
Pois é, cadê Frozen 2? Apesar do sucesso comercial e popular, esta sequência não foi tão bem assim de crítica. Se o primeiro filme se baseou no sucesso da canção “Let it Go”, não podemos dizer o mesmo de Frozen 2 e a canção “Into the Unknown” que ainda não emplacou. Destaque para a presença da Netflix através de Klaus e Perdi Meu Corpo.
CURTA DE ANIMAÇÃO
DCERA (DAUGHTER) Daria Kashcheeva
HAIR LOVEMatthew A. Cherry, Karen Rupert Toliver
KITBULLRosana Sullivan, Kathryn Hendrickson
MEMORABLEBruno Collet, Jean-François Le Corre
SISTER Siqi Song
DOCUMENTÁRIO-CURTA
IN THE ABSENCESeung-jun Yi, Gary Byung-Seok Kam
LEARNING TO SKATEBOARD IN A WARZONE (IF YOU’RE A GIRL)Carol Dysinger, Elena Andreicheva
LIFE OVERTAKES MEKristine Samuelson, John Haptas
ST. LOUIS SUPERMANSami Khan, Smriti Mundhra
WALK RUN CHA-CHALaura Nix, Colette Sandstedt
CURTA-METRAGEM
BROTHERHOODMeryam Joobeur, Maria Gracia Turgeon
NEFTA FOOTBALL CLUBYves Piat, Damien Megherbi
THE NEIGHBOR’S WINDOW Marshall Curry
SARIABryan Buckley, Matt Lefebvre
A SISTER Delphine Girard
Os trabalhos de curta das três categorias ainda precisam ser vistos, e mais pra frente podemos oferecer uma análise melhor da qualidade dos filmes e das chances de cada um para você votar no seu bolão.
RECONSTITUIÇÕES DE ÉPOCA AINDA SÃO OS MAIS FORTES, MAS CONTEMPORÂNEOS PODEM SURPREENDER
Logo de cara, é possível perceber que o sindicato de Diretores de Arte (ADG) resolveu fazer uma mudança pontual. Para acolher melhor a boa safra de 2019, elevou seu número de indicados por categoria de cinco para seis, o que possibilitou o reconhecimento de trabalhos louváveis como Ford vs Ferrari, que já valeria pelos seus carros de época.
O curioso que, mesmo com essa abrangência maior, o design de produção da nova versão de Adoráveis Mulheres ficou de fora. Normalmente, quando vemos filmes de época como Orgulho e Preconceito, A Favorita ou A Garota Dinamarquesa automaticamente os incluímos na disputa como fortes candidatos, já que a Academia tem uma devoção por reconstruções de séculos passados.
E para o azar do filme de Greta Gerwig, o histórico recente do sindicato em relação ao Oscar é 100%. Pelo menos um dos vencedores das três categorias acabou levando o Oscar de Direção de Arte. Claro que pode haver uma reviravolta, ainda mais porque Adoráveis Mulheres teve um lançamento meio tardio na temporada, o que pode explicar sua ausência, e vale ressaltar que Jess Gonchor, responsável pelo design de produção, já foi indicado ao Oscar duas vezes por Ave, César! e Bravura Indômita.
Apesar da força das reconstituições de época na categoria do Oscar, trabalhos contemporâneos vistos em Entre Segredos e Facas, Nós e John Wick 3 são dignos de nota. Contudo, o candidato com mais chances é o sul-coreano Parasita. Aquela mansão da família Park não apenas serve para abrigar os personagens, mas é também uma personagem importante na trama. Também vale parabenizar o trabalho na casa da família Kim, localizada na área mais pobre da cidade. É possível notar que não são apenas sujeiras colocadas cuidadosamente, mas parece que realmente vive uma família com baixo poder aquisitivo naquele local.
ANO
ÉPOCA
FANTASIA/SCI-FI
CONTEMP
OSCAR
2018
A Favorita
Pantera Negra
Podres de Ricos
Pantera Negra
2017
A Forma da Água
Blade Runner 2049
Logan
A Forma da Água
2016
Estrelas Além do Tempo
Passageiros
La La Land
La La Land
2015
O Regresso
Mad Max: Estrada da Fúria
Perdido em Marte
Mad Max: Estrada da Fúria
2014
O Grande Hotel Budapeste
Guardiões da Galáxia
Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Pelas categorias televisivas, destaque para a série novíssima da Disney Plus, The Mandalorian, que seria um spin-off do universo Star Wars, e que está causando um bafafá enorme nas redes sociais por causa da versão baby de Yoda.
E, como era de se esperar, a última temporada de Game of Thrones foi reconhecida pelos altos custos de produção. Outras séries que obtiveram êxito foram The Handmaid’s Tale, Chernobyl, The Crown e The Marvelous Mrs. Maisel.
Confira todos os indicados nas seções de cinema e TV. Assinalamos em vermelho nossas apostas para indicação ao Oscar de Direção de Arte:
CINEMA
FILME DE ÉPOCA
François Audouy (Ford vs Ferrari)
Bob Shaw (O Irlandês)
Ra Vincent (Jojo Rabbit)
Mark Friedberg (Coringa)
Dennis Gassner (1917)
Barbara Ling (Era uma Vez em… Hollywood)
FILME DE FANTASIA
Kevin Thompson (Ad Astra)
Gemma Jackson (Aladdin)
Charles Wood (Vingadores: Ultimato)
Rick Heinrichs (Dumbo)
Patrick Tatopoulos (Malévola: Dona do Mal)
Rick Carter, Kevin Jenkins (Star Wars: A Ascensão Skywalker)
FILME CONTEMPORÂNEO
Jade Healy (Um Lindo Dia na Vizinhança)
Kevin Kavanaugh (John Wick 3 – Parabellum)
David Crank (Entre Facas e Segredos)
Lee Ha-Jun (Parasita)
Ruth De Jong (Nós)
FILME DE ANIMAÇÃO
Max Boas (Abominável)
Michael Giaimo (Frozen 2)
Pierre-Olivier Vincent (Como Treinar o seu Dragão 3)
James Chinlund (O Rei Leão)
Bob Pauley (Toy Story 4)
TV/STREAMING
SÉRIE DE ÉPOCA OU FANTASIA – UMA HORA COM CÂMERA ÚNICA
“A Series of Unfortunate Events: ‘Penultimate Peril: Part 1,’” Bo Welch
“The Crown: ‘Aberfan,’” Martin Childs
“Game of Thrones: ‘The Bells,’” Deborah Riley
“The Mandalorian: ‘Chapter One,’” Andrew L. Jones
“The Marvelous Mrs. Maisel: ‘Ep. 305, Ep. 308,’” Bill Groom
SÉRIE CONTEMPORÂNEA – UMA HORA COM CÂMERA ÚNICA
“Big Little Lies: ‘What Have They Done?’ ‘The Bad Mother,’ ‘I Want to Know,’” John Paino
“The Boys: ‘The Female of the Species,’” Dave Blass
“Euphoria: ‘The Trials and Tribulations of Trying to Pee While Depressed,’ ‘And Salt the Earth Behind You,’” Kay Lee
“The Handmaid’s Tale: ‘Mayday,’” Elizabeth Williams
“The Umbrella Academy: ‘We Only See Each Other at Weddings and Funerals,’” Mark Worthington
MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
“Black Mirror: ‘Striking Vipers,’” Anne Beauchamp
“Catch-22,” David Gropman
“Chernobyl,” Luke Hull
“Deadwood,” Maria Caso
“Fosse/Verdon,” Alex DiGerlando
SÉRIE DE MEIA HORA COM CÂMERA ÚNICA
“Barry: ‘ronny/lily,’” Tyler B. Robinson
“Fleabag: ‘Ep. 5,’” Jonathan Paul Green
“GLOW: ‘Up, Up, Up,’” Todd Fjelsted
“The Good Place: ‘Employee of the Bearimy,’ ‘Help Is Other People,’” Ian Phillips
“Russian Doll: ‘Nothing in This World is Easy,’” Michael Bricker
SÉRIE DE MULTI-CÂMERAS
“The Big Bang Theory: ‘The Stockholm Syndrome,’ ‘The Conference Valuation,’ ‘The Propagation Proposition,’” John Shaffner
“The Cool Kids: ‘Vegas, Baby!’” Stephan Olson
“Family Reunion: ‘Remember Black Elvis?’” Aiyanna Trotter
“No Good Nick: ‘The Italian Job,’” Kristan Andrews
“Will & Grace: ‘Family, Trip,’ ‘The Things We Do for Love,’ ‘Conscious Coupling,’” Glenda Rovello
FORMATO CURTO: WEB SÉRIES, VÍDEO MUSICAL OU COMERCIAL
Apple: “It’s Tough Out There,” Quito Cooksey
Ariana Grande, Miley Cyrus, Lana Del Rey: “Don’t Call Me Angel,” Emma Fairley
MedMen: “The New Normal,” James Chinlund
Portal for Facebook: “A Very Muppet Portal Launch,” Alex DiGerlando
Taylor Swift: “Lover,” Kurt Gefke
VARIEDADES, REALITY OU EVENTO ESPECIAL
“Drunk History: “Are You Afraid of the Drunk?” Monica Sotto
“91st Oscars,” David Korins
“Rent: Live,” Jason Sherwood
“Saturday Night Live: ‘1764 Emma Stone,’ ‘1762 Sandra Oh,’ ‘1760 John Mulaney,’” Keith Raywood, Akira Yoshimura, Joe DeTullio, Eugene Lee
“Taylor Swift Reputation Stadium Tour,” Tamlyn Wright, Baz Halpin
A cerimônia do 24º ADG está marcada para o dia 1º de Fevereiro.
FIGURINOS DE ÉPOCA: Rocketman, Meu Nome é Dolemite, Era uma Vez em… Hollywood, Jojo Rabbit e Downton Abbey
PRIMEIRA FIGURINISTA NEGRA A GANHAR O OSCAR, RUTH CARTER, PODE VENCER NOVAMENTE
Se no sindicato de Diretores de Arte, a sintonia com a Academia está alta, não podemos dizer o mesmo do sindicato de Figurinistas (CDG: Costume Designers Guild). Nos últimos cinco anos, três acertos. Parece razoável, certo? Porém, o prêmio possui três categorias distintas que poderiam reconhecer os mesmos trabalhos do Oscar.
E nos dois casos em que houve divergência, particularmente apreciamos mais os figurinos premiados pelo Oscar: Trama Fantasma e Animais Fantásticos do que os premiados do CDG. Veja tabela abaixo com histórico recente combinado:
Dentre os indicados, o nome mais forte parece ser de Ruth E. Carter, colaboradora assídua de Spike Lee, e que se tornou a primeira negra a vencer o Oscar de Figurino com Pantera Negra. Com a disputa ainda em aberto, o trabalho dela em Meu Nome é Dolemite pode angariar votos mesmo se tratando de uma produção da Netflix (muitos votantes são conservadores em relação à streaming). Se Eddie Murphy conseguir uma indicação como ator, sua campanha melhora ainda mais, e ela pode ganhar dois Oscars consecutivos.
ANO
ÉPOCA
FANTASIA/SCI-FI
CONTEMP
OSCAR
2018
A Favorita
Pantera Negra
Podres de Ricos
Pantera Negra
2017
A Forma da Água
Mulher-Maravilha
Eu, Tonya
Trama Fantasma
2016
Estrelas Além do Tempo
Doutor Estranho
La La Land
Animais Fantásticos e Onde Habitam
2015
A Garota Dinamarquesa
Mad Max: Estrada da Fúria
Beasts of No Nation
Mad Max: Estrada da Fúria
2014
O Grande Hotel Budapeste
Caminhos da Floresta
Birdman
O Grande Hotel Budapeste
Contando com os figurinos extravagantes e característicos de Elton John, o trabalho de Julian Day pode ser reconhecido por Rocketman, que vem logo atrás na disputa. Como no filme da Netflix, se Taron Egerton for indicado a Melhor Ator, a campanha do filme melhora e suas chances aumentam.
O trabalho de figurino de Era uma Vez em… Hollywood não chega a impressionar, mas Arianne Phillips é um nome previamente indicado ao Oscar e deve elevar o número de indicações do filme de Tarantino.
Embora não gostamos da idéia de reconhecer designs recicladas das animações, o live-action da Disney de Aladdin ganhou um sopro de criatividade nos figurinos estonteantes da princesa Jasmine, interpretada por Naomi Scott.
FIGURINO FANTASIA/SCI-FI: Capitã Marvel, Aladdin, Malévola: Dona do Mal, Star Wars: A Ascensão Skywalker e Vingadores: Ultimato
Assinalamos em vermelhonossas apostas para conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Figurino. Ficamos na dúvida entre Jojo Rabbit e Downton Abbey, mas apesar do último ser uma espécie de episódio alongado da série britânica, os votantes da Academia sempre apreciaram figurinos de época com glamour (vide O Grande Gatsby, por exemplo).
CINEMA
FILME CONTEMPORÂNEO
Arjun Bhasin (Um Lindo Dia na Vizinhança)
Mitchell Travers (As Golpistas)
Jenny Eagan (Entre Facas e Segredos)
Ellen Mirojnick (A Lavanderia)
Shiona Turini (Queen & Slim)
FILME DE ÉPOCA
Ruth E. Carter (Meu Nome é Dolemite)
Anna Mary Scott Robbins (Downton Abbey)
Mayes C. Rubeo (Jojo Rabbit)
Arianne Phillips (Era uma Vez em… Hollywood)
Julian Day (Rocketman)
FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/FANTASIA
Michael Wilkinson (Aladdin)
Judianna Makovsky (Vingadores: Ultimato)
Sanja M. Hays (Capitã Marvel)
Ellen Mirojnick (Malévola: Dona do Mal)
Michael Kaplan (Star Wars: A Ascensão Skywalker)
TV/STREAMING
SÉRIE CONTEMPORÂNEA
Big Little Lies: “She Knows” – Alix Friedberg
Fleabag: “2.1” – Ray Holman
Killing Eve: “Desperate Times” – Charlotte Mitchell
Russian Doll: “Superiority Complex” – Jennifer Rogien