O diretor e produtor Peter Farrelly aceita o prêmio do PGA por Green Book: O Guia (pic by Observatório do Cinema)
DEPOIS DE GANHAR GLOBO DE OURO, FILME CONQUISTA PGA E O FAVORITISMO
No último sábado, dia 19, a “dramédia” Green Book: O Guia conquistou o prestigiado PGA Award na 30ª cerimônia anual. Normalmente, o filme que se consagra aqui acaba levando a estatueta de Melhor Filme no Oscar. Foi assim em 20 ocasiões de 29, consolidando-se como um parâmetro confiável.
Além das estatísticas positivas a seu lado, o filme de Peter Farrelly está em ascensão num momento bastante crucial da temporada, ganhando 3 Globos de Ouro (incluindo Melhor Filme – Comédia ou Musical) e agora o PGA, pois estamos a poucos dias do fechamento da votação das indicações ao Oscar, cujo anúncio acontece na próxima terça-feira, dia 22. Vale recordar que a carreira do filme começou lá no Festival de Toronto, onde levou o People’s Choice Award.
Com a queda de Nasce uma Estrela na corrida rumo ao Oscar, Green Book tem se mostrado um filme de fórmulas que tem agradado gregos e troianos, e isso conta bastante na hora da votação, principalmente de Melhor Filme. E falando em agradar, poucos já acreditavam numa vitória maior de Roma no Oscar. Além de ser uma produção Netflix, que é mal vista por muitos profissionais mais conservadores de Hollywood, Roma continua sendo um filme com idioma estrangeiro, legendas, e em preto-e-branco, e essas características afastam boa parte dos votantes americanos.
Ou seja, na ausência de um concorrente mais ideal, Green Book está sendo eleito o queridinho do ano, pois se encaixa no momento sócio-político e evita polêmicas maiores em seu tratamento ao tema do racismo. Já os cinéfilos que apreciam maior profundidade ao tema, preferem Infiltrado na Klan, de Spike Lee, ou até mesmo Pantera Negra, de Ryan Coogler, que se tornou um marco na cultura afro.
Viggo Mortensen e Mahershala Ali em cena de Green Book: O Guia (pic by Diamond Filmes)
Na verdade, a polêmica de Green Book existe, mas do lado de fora. Primeiramente, ainda em novembro, o ator Viggo Mortensen estava numa sessão de perguntas e respostas sobre o filme em Los Angeles quando afirmou: “Por exemplo, ninguém mais usa o termo ‘crioulo’ hoje”. Só o fato de ter citado a palavra “nigger” já causou um alvoroço exagerado, independente do contexto. Muita gente já declarava na época que as chances de Oscar de Mortensen já tinham sido enterradas.
Mais recentemente, depois da vitória no Globo de Ouro, levantaram um tweet (sempre o Twitter) antigo do roteirista Nick Vallelonga (que é filho do personagem protagonista) teria apoiado o comentário de Trump dizendo que havia muçulmanos comemorando a queda das torres gêmeas em 2001. Logo em seguida, Nick excluiu sua conta no Twitter e lançou uma declaração: “Gostaria de pedir desculpas. Passei a vida tentando encontrar um meio de levar para as telas essa história de superação de diferenças e peço desculpas a todos que estão associados à produção de Green Book. Gostaria especialmente de me desculpar com o incrível e gentil Mahershala Ali e a todos os membros da fé muçulmana pela dor que causei. Também sinto muito pelo meu falecido pai que mudou muito com a amizade do Dr. Shirley e prometo que esta lição não está perdida para mim. Green Book é uma história sobre amor, aceitação e superação de barreiras, e eu farei melhor”. Mahershala Ali, que ganhou o Globo de Ouro de Coadjuvante, e deve ser novamente indicado ao Oscar, é de religião muçulmana.
Imagem retirada da conta do Twitter do produtor Jordan Horowitz, que achou a atitude nojenta.
Ainda não sabemos se estas polêmicas vão interferir diretamente na campanha do filme no Oscar, mas certamente o filme deve perder votos pela lambança do roteirista. Como já disse em posts anteriores, chequem seus Twitters pois hoje em dia não há perdão para qualquer tipo de deslize. Uma palavra mal colocada e todo o trabalho pode sofrer consequências desastrosas.
Sobre as demais categorias, a vitória de Homem-Aranha no Aranhaverso reforça a vitória da animação no Globo de Ouro e a coloca como franco-favorito no Oscar, ainda mais que seus principais concorrentes da indústria são sequências: Os Incríveis 2 e WiFi Ralph: Quebrando a Internet. Já o documentário Won’t You Be My Neighbor? começou a temporada como favorito e deve permanecer no topo da lista. Gosto do documentário, mas acredito que estão premiando mais o personagem Fred Rogers do que o documentário em si.
MELHOR PRODUÇÃO DE CINEMA
GREEN BOOK: O GUIA (Green Book) Produtores: Jim Burke, Charles B. Wessler, Brian Currie, Peter Farrelly, Nick Vallelonga
MELHOR PRODUÇÃO DE ANIMAÇÃO
HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO (Spider-Man: Into the Spider-Verse) Produtores: Avi Arad, Phil Lord, Christopher Miller, Amy Pascal, Christina Steinberg
MELHOR PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO
WON’T YOU BE MY NEIGHBOR? Produtores: Morgan Neville, Nicholas Ma, Caryn Capotosto
***
As indicações ao Oscar 2019 serão anunciadas no dia 22 de janeiro às 11h20, horário de Brasília.
Michelle Yeoh, Henry Golding e Constance Wu em cena de Podres de Ricos (pic by Warner Bros)
Olá! Feliz Ano Novo! Primeiras saudações de 2019!
O blog começa com a divulgação dos indicados ao 30º Producers Guild of America (PGA), prêmio do sindicato de produtores. Pelo histórico, três quartos dos indicados costumam ser lembrados pela Academia na categoria de Melhor Filme. O outro quarto costuma ser aquele sucesso comercial que o Oscar tende a trocar por filmes mais conceituados.
MELHOR PRODUÇÃO DE CINEMA:
BOHEMIAN RHAPSODY (Bohemian Rhapsody)
Produtor: Graham King
A FAVORITA (The Favourite)
Produtores: Ceci Dempsey, Ed Guiney, Lee Magiday, Yorgos Lanthimos
GREEN BOOK: O GUIA (Green Book)
Produtores: Jim Burke, Charles B. Wessler, Brian Currie, Peter Farrelly, Nick Vallelonga
INFILTRADO NA KLAN (BlacKkKlansman)
Produtores: Sean McKittrick, Jason Blum, Raymond Mansfield, Jordan Peele, Spike Lee
UM LUGAR SILENCIOSO (A Quiet Place)
Produtores: Michael Bay, Andrew Form, Brad Fuller
NASCE UMA ESTRELA (A Star is Born)
Produtores: Bill Gerber, Bradley Cooper, Lynette Howell Taylor
PANTERA NEGRA (Black Panther)
Produtor: Kevin Feige
PODRES DE RICOS (Crazy Rich Asians)
Produtores: Nina Jacobson, Brad Simpson, John Penotti
ROMA (Roma)
Produtores: Gabriela Rodríguez, Alfonso Cuarón
VICE
Produtores: Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Kevin Messick, Adam McKay
E no caso, acho que a exceção para o Oscar será Um Lugar Silencioso, que deve ser substituído por um Se a Rua Beale Falasse ou mesmo O Retorno de Mary Poppins, por exemplo, que foram esnobados aqui.
Dessa lista de 10, assisti a sete filmes. E honestamente, não sei se estou muito chato, mas não acho que esta lista representa uma boa seleção de filmes de 2018. Jamais colocaria Um Lugar Silencioso. Tem gente que adorou esse filme, mas achei tão bobo e genérico. Pegue até o Fim dos Tempos, do M. Night Shyamalan, e teremos um exemplo melhor de filme pós-apocalíptico do que este dirigido por John Krasinski, que foi elevado ao patamar de novo mestre do terror da noite para o dia. Shyamalan pode ter seus defeitos, mas é inegável que sabe filmar e aproveitar melhor o material que tem nas mãos. Apesar de nitidamente a sua seleção ter sido embasada nos números das bilheterias, pelo menos se trata de um filme de terror, que sempre foi um gênero excluído da cerimônia.
Emily Blunt em cena de Um Lugar Silencioso (pic by Columbia Pictures)
Contudo, a grande discussão que podemos abordar aqui é: O que realmente está em análise para a escolha de um filme? Se for apenas por qualidade fílmica, as escolhas estão bem medianas. Se for considerar o sucesso comercial, indo na onda do suspenso Oscar de Filme Popular, está melhor balanceado com Pantera Negra (o recordista entre os indicados com 1.3 bilhão de dólares arrecadados), Bohemian Rhapsody (cerca de 700 milhões), Nasce uma Estrela (cerca de 380 milhões) e Podres de Ricos (cerca de 240 milhões), faltando Vingadores: Guerra Infinita (mais de 2 bilhões).
Porém o que parece realmente importar para a comissão votante é a importância do filme no cenário politicamente correto. E nesse quesito, os maiores beneficiados foram Pantera Negra, que definitivamente foi um fenômeno cultural e foi motivo de orgulho de toda a raça negra), e Podres de Ricos, com seu elenco formado exclusivamente por asiáticos, que sempre foram coadjuvantes em produções americanas.
Lupita Nyong’o, Chadwick Boseman e Danai Gurira em cena de Pantera Negra (pic by Marvel Studios)
Como estamos vivendo novos tempos de caça às bruxas na internet, preciso ressaltar que não crucifico esses filmes por serem direcionados de forma política, pois são um reflexo dos novos tempos, mas a pergunta que faço é: Se os analisarmos apenas como cinema, são realmente bons filmes? É como se tirássemos os óculos 3D de Avatar, o filme continua ótimo e memorável?
Deixando de lado a polêmica, a indicação de Pantera Negra recompensa os esforços descomunais do produtor Kevin Feige, o homem por trás de todo o incrível planejamento dos filmes da Marvel Studios, que completou 10 anos em 2018 com o lançamento do fenomenal Vingadores: Guerra Infinita.
Entre os excluídos, além de Se a Rua Beale Falasse, temos O Primeiro Homem (filme que despencou na temporada de premiações), Oitava Série, No Coração da Escuridão e Poderia Me Perdoar?.
Pra quem fica antenado em estatísticas, o PGA acertou 20 dos últimos 29. E a última vez que houve divergência foi quando o PGA premiou La La Land, e o Oscar preferiu Moonlight.
MELHOR PRODUÇÃO DE ANIMAÇÃO
O GRINCH (Dr. Seuss’ The Grinch) Produtores: Chris Meledandri, Janet Healy
OS INCRÍVEIS 2 (Incredibles 2) Produtores: John Walker, Nicole Grindle
ILHA DOS CACHORROS (Isle of Dogs) Produtores: Ainda não determinados*
WIFI RALPH: QUEBRANDO A INTERNET (Ralph Breaks the Internet) Produtor: Clark Spencer
HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO (Spider-Man: Into the Spider-Verse) Produtores: Avi Arad, Phil Lord, Christopher Miller, Amy Pascal, Christina Steinberg
Pela categoria de animações, quatro dos cinco indicados estão presentes em praticamente todas as listas até o momento. A única variável é O Grinch, que já foi substituído pelo japonês Mirai em ocasiões anteriores.
Homem-Aranha no Aranhaverso (pic by Sony Pictures)
Já entre os cinco, o que mais tem crescido nas últimas semanas é Homem-Aranha no Aranhaverso. Além de super bem recebido pela crítica especializada, apresenta inovações nas técnicas de animação, misturando vários estilos de traços, com o grand finale do bilheteria engordando a cada semana pelo mundo.
MELHOR PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO
THE DAWN WALL Produtores: Josh Lowell, Peter Mortimer, Philipp Manderla
FREE SOLO Produtores: Elizabeth Chai Vasarhelyi, Jimmy Chin, Evan Hayes, Shannon Dill
HAL Produtores: Christine Beebe, Jonathan Lynch, Brian Morrow
WON’T YOU BE MY NEIGHBOR?
Produtores: Morgan Neville, Nicholas Ma, Caryn Capotosto
Este ano, o PGA resolveu ser mais generoso na categoria de documentário, indicando sete filmes. Quatro deles: Free Solo, RBG, Três Estranhos Idênticos e Won’t You Be My Neighbor estão entre os mais citados nos prêmios anteriores. Talvez a ausência mais sentida aqui seja Minding the Gap.
Imagens de arquivo do diretor Hal Ashby do documentário Hal (pic by Oscilloscope)
Curiosamente, Hal, que achei que era sobre a criação do personagem HAL 9000 de 2001: Uma Odisséia no Espaço, é um documentário sobre o cineasta americano Hal Ashby, responsável por pérolas do cinema alternativo como Ensina-me a Viver (1971), Shampoo (1975), Amargo Regresso (1978) e Muito Além do Jardim (1979).
***
Os vencedores do PGA serão anunciados já no dia 19 de janeiro no Hotel Beverly Hilton.
Viggo Mortensen contracena com Mahershala Ali em cena de Green Book: O Guia
FILME-FÓRMULA SOBRE RELAÇÃO INTER-RACIAL CONQUISTA O NBR
O National Board of Review divulgou sua seleção de 2018 hoje, dia 27 de novembro. De todos os prêmios da crítica, o NBR é o que mais perdeu credibilidade nos últimos anos. Não somente por não prever os filmes do Oscar, mas por reconhecer produções de qualidade meio duvidosa.
Em 2017, a organização composta por cineastas, profissionais e acadêmicos concedeu o prêmio de Melhor Filme para The Post: A Guerra Secreta. Fala sério! Até o Spielberg sabe que este foi um de seus piores trabalhos! Em 2015, deram os prêmios de Ator para Matt Damon e Diretor para Ridley Scott por Perdido em Marte. E em 2014, premiaram O Ano Mais Violento como Melhor Filme e seus atores Oscar Isaac e Jessica Chastain.
Este ano, o NBR premiou Green Book: O Guia como Melhor Filme, e reconheceram Viggo Mortensen como Melhor Ator. Até então, o filme dirigido por Peter Farrelly tinha como maior reconhecimento em seu currículo o prêmio do People’s Choice Award no Festival de Toronto. Pode ser um ótimo filme? Sim, claro. Mas pelas críticas até o momento, o filme seria uma versão masculina da fórmula batida de Estrelas Além do Tempo e Histórias Cruzadas, ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme. A questão racial continua em alta em Hollywood e Green Book certamente fará a alegria da ideologia do politicamente correto.
Vencedores do NBR, Lady Gaga e Bradley Cooper em cena de Nasce uma Estrela (pic by OutNow.CH)
Pelas categorias de atuação, o histórico dos últimos cinco anos não é nada bom. Três acertos em 20 possíveis em relação ao Oscar, ou seja, Viggo Mortensen, Lady Gaga, Sam Elliott e Regina King não se animem muito! Com exceção de Elliott, acredito que os outros três vencedores estarão entre os futuros indicados pela Academia, mas mesmo assim, as chances de vitória ainda são relativamente baixas.
Pelas categorias de Roteiro, tanto Paul Schrader, que acabou de levar o Gotham Awards por First Reformed, como Barry Jenkins por Se a Rua Beale Falasse, devem ser figuras presentes durante toda esta temporada. Por se tratar de um filme meio pesado pela temática e até filosófico demais para o Oscar, acreditava que Schrader morreria na praia, mas com esses prêmios recentes, sua campanha pode deslanchar de vez. Já Jenkins, já premiado por Moonlight, não deve encontrar dificuldades de ser indicado novamente.
Honestamente, fiquei um pouco surpreso com a vitória de Bradley Cooper como Diretor por Nasce uma Estrela. Não que não mereça tal honraria, mas por se tratar de uma estréia na direção, poderiam tê-lo premiado como Diretor Estreante, que foi para Bo Burnham, merecidamente, por Oitava Série.
Dentre os filmes totalmente ignorados pelo NBR estão A Favorita, do Yorgos Lanthimos (nenhuma das três atrizes deu as caras por aqui), O Primeiro Homem, de Damien Chazelle, o Vice, de Adam McKay, e o Infiltrado na Klan, de Spike Lee.
Por preferência pessoal, votaria em Ilha dos Cachorros no lugar de Os Incríveis 2 como Melhor Longa de Animação, e votaria no sul-coreano Em Chamas no lugar do polonês Guerra Fria como Filme em Língua Estrangeira. Aliás, foi uma surpresa Roma, de Alfonso Cuarón, não ter sido o premiado aqui, mas ficou entre os cinco melhores.
Joanna Kulig e Tomasz Kot em cena de Guerra Fria (pic by OutNow.CH)
Apesar da lista de vencedores já ter sido divulgada, a cerimônia de entrega dos prêmios só acontecerá no dia 08 de janeiro em Nova York.
Vencedores do National Board of Review 2018:
FILME Green Book: O Guia (Green Book)
DIREÇÃO Bradley Cooper (Nasce uma Estrela)
ATOR Viggo Mortensen (Green Book: O Guia)
ATRIZ Lady Gaga (Nasce uma Estrela)
ATOR COADJUVANTE Sam Elliott (Nasce uma Estrela)
ATRIZ COADJUVANTE Regina King (Se a Rua Beale Falasse)
ROTEIRO ORIGINAL Paul Schrader (First Reformed)
ROTEIRO ADAPTADO Barry Jenkins (Se a Rua Beale Falasse)
LONGA DE ANIMAÇÃO Os Incríveis 2 (Incredibles 2)
REVELAÇÃO Thomasin McKenzie (Não Deixe Rastros)
DIRETOR ESTREANTE Bo Burnham (Oitava Série)
FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA Guerra Fria (Zimna wojna), de Pawel Pawlikowski
DOCUMENTÁRIO RBG, de Julie Cohen e Betsy West
ELENCO Podres de Ricos (Crazy Rich Asians)
WILLIAM K. EVERSON FILM HISTORY AWARD O Outro Lado do Vento (The Other Side of the Wind), de Orson Welles Serei Amado Quando Morrer (They’ll Love Me When I’m Dead), de Morgan Neville
NBR FREEDOM OF EXPRESSION AWARD 22 de Julho (22 July), de Paul Greengrass On Her Shoulders, de Alexandria Bombach
TOP 10 FILMES (em ordem alfabética) The Ballad of Buster Scruggs Pantera Negra (Black Panther) Poderia me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?) Oitava Série (Eighth Grade) First Reformed Se a Rua Beale Falasse (If Beale Street Could Talk) O Retorno de Mary Poppins (Mary Poppins Returns) Um Lugar Silencioso (A Quiet Place) Roma Nasce uma Estrela (A Star Is Born)
TOP 5 FILMES EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (in alphabetical order) Em Chamas (Beoning) Custódia (Jusqu’à la garde) A Culpa (Den skyldige) Happy as Lazzaro (Lazzaro Felice) Assunto de Família (Manbiki kazoku)
TOP 5 DOCUMENTÁRIOS (in alphabetical order) Crime + Punishment Free Solo Minding the Gap Three Identical Strangers Won’t You Be My Neighbor?
TOP 10 FILMES INDEPENDENTES (in alphabetical order) A Morte de Stalin (The Death of Stalin) A Rota Selvagem (Lean on Pete) Não Deixe Rastros (Leave No Trace) Mid90s The Old Man & the Gun Domando o Destino (The Rider) Buscando… (Searching) Sorry to Bother You We the Animals Você Nunca Esteve Realmente Aqui (You Were Never Really Here)
BAFTA: British Academy of Film and Television Arts
FILME DE WES ANDERSON DOMINA AS CATEGORIAS, MAS VÊ CONCORRENTES BEM PRÓXIMOS
A Academia Britânica divulgou a lista dos indicados à 68ª edição do prêmio, e o novo filme de Wes Anderson, O Grande Hotel Budapeste, surpreendeu a todos com sua liderança de 11 indicações, enquanto Birdman segue logo atrás com 10 indicações, e O Jogo da Imitação e A Teoria de Tudo com 9 cada. Por se tratar de um filme mais contemporâneo, Boyhood ficou apenas com 5 indicações, mas curiosamente ficou de fora da competição por Montagem, pela qual vinha colecionando alguns prêmios.
Wes Anderson já havia sido indicado ao BAFTA em outras três oportunidades: Em 2002 pelo roteiro de Os Excêntricos Tennenbaums, em 2010 pela animação O Fantástico Sr. Raposo, e em 2013 pelo roteiro de Moonrise Kingdom, mas nunca levou o prêmio. Este ano, pela primeira vez, recebeu dupla indicação pelo roteiro e direção, o mesmo feito que conseguiu no Globo de Ouro e pode vir a conseguir no Oscar. Este reconhecimento vem em boa hora para Anderson, pois seus filmes possuem um rigor visual e estético único e em evolução. Nesse sentido, muitas vezes é comparado ao diretor Tim Burton, pois é impossível desassociar seus filmes de seu apelo visual baseado na direção de arte, figurino, maquiagem e fotografia, contudo, na minha humilde opinião, Wes Anderson trabalha melhor os roteiros e a montagem, que acentuam o humor muitas vezes incidental.
Confira o anúncio das indicações pelo vídeo abaixo:
Stephen Fry e Sam Clflin anunciam os indicados
Como de costume, o BAFTA tem o prêmio de Melhor Filme Britânico com intenção de impulsionar a campanha do filme rumo ao Oscar e também valorizar a indústria cinematográfica do país. O Jogo da Imitação e A Teoria de Tudo, que competem como Melhor Filme, também disputam mais este prêmio, que ainda conta com Pride, que recebeu sua única indicação como Melhor Filme – Comédia ou Musical no Globo de Ouro, e ficção científica alternativa Sob a Pele, que ainda compete por Melhor Trilha Musical merecidamente.
A bela e misteriosa Scarlett Johansson em Sob a Pele (photo by outnow.ch)
Além disso, a Academia Britânica costuma puxar uma sardinha pro lado dos atores britânicos. Na categoria de ator, por exemplo, são três britânicos (Benedict Cumberbatch, Eddie Redmayne e Ralph Fiennes) contra dois americanos (Jake Gyllenhaal e Michael Keaton). Embora a atuação de Fiennes tenha sido bem elogiada pela crítica, não tem conquistado tanto espaço na temporada, tanto que sua presença na categoria pode ser explicada pela alteração de Steve Carell para a categoria de coadjuvante por Foxcatcher, e a exclusão de Selma, que certamente prejudicou a possível indicação de David Oyelowo. Aparentemente, o filme sobre Martin Luther King sofreu com a estréia tardia em 2014 e pelo deslize no envio dos “screeners” (cópias) para os sindicatos. Talvez o Oscar queira compensar sua ausência na reta final.
Agora, confesso que fiquei bastante surpreso com as duas indicações para o filme-família As Aventuras de Paddington. OK, eu estou ciente da importância cultural do personagem em terras londrinas, mas imagino que haja produções mais instigantes para se reconhecer como Melhor Filme Britânico do ano…
Sally Hawkins com o urso Paddington em As Aventuras de Paddington (photo by outnow.ch)
Entre os atores que ficaram de fora, Timothy Spall (Sr. Turner), que ganhou o prêmio de Ator no último Festival de Cannes, e Meryl Streep (Caminhos da Floresta), que estava em quase todas as listas de coadjuvante, são os nomes mais chamativos. Entre os coadjuvantes, as ausências de Robert Duval (O Juiz) e Jessica Chastain (O Ano Mais Violento) também foram lembradas.
Enquanto algumas produções foram beneficiadas pelo BAFTA como O Grande Hotel Budapeste e os menores Whiplash: Em Busca da Perfeição (5 indicações, incluindo Melhor Diretor) e O Abutre (4 indicações, incluindo atriz coadjuvante para Rene Russo), houve prejudicados como Selma e o novo filme de Angelina Jolie, Invencível, uma vez que ambos não receberam uma indicação sequer. E se Sniper Americano vinha de uma ascendente depois das indicações ao ADG, Eddie, PGA e WGA, perdeu alguns pontos com sua quase ausência total do BAFTA. O novo filme de Clint Eastwood conquistou apenas duas indicações nas categorias de Roteiro Adaptado e Melhor Som.
Se o representante brasileiro, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, morreu na praia, o novo filme de Stephen Daldry, Trash: A Esperança Vem do Lixo, foi lembrada pelo BAFTA. Falado em português e inglês, o longa se passa no Rio de Janeiro, contando com as atuações dos brasileiros no auge Wagner Moura e Selton Mello, juntamente com as estrelas hollywoodianas Martin Sheen e Rooney Mara.
Stephen Daldry conversa com Martin Sheen e Rooney Mara em set (Trash – A Esperança Vem do Lixo)
Seguem os indicados ao 68th Annual BAFTA Awards:
MELHOR FILME BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Alejandro G. Inarritu, John Lesher, James W. Skotchdopole
BOYHOOD: DA INFÂNCIA À JUVENTUDE, Richard Linklater, Cathleen Sutherland
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Wes Anderson, Scott Rudin, Steven Rales, Jeremy Dawson
O JOGO DA IMITAÇÃO, Nora Grossman, Ido Ostrowsky, Teddy Schwarzman
A TEORIA DE TUDO, Tim Bevan, Eric Fellner, Lisa Bruce, Anthony Mccarten
MELHOR FILME BRITÂNICO
’71, Yann Demange, Angus Lamont, Robin Gutch, Gregory Burke
O JOGO DA IMITAÇÃO, Morten Tyldum, Nora Grossman, Ido Ostrowsky, Teddy Schwarzman, Graham Moore
AS AVENTURAS DE PADDINGTON, Paul King, David Heyman
PRIDE, Matthew Warchus, David Livingstone, Stephen Beresford
A TEORIA DE TUDO, James Marsh, Tim Bevan, Eric Fellner, Lisa Bruce, Anthony Mccarten
SOB A PELE, Jonathan Glazer, James Wilson, Nick Wechsler, Walter Campbell
ESTRÉIA DE UM ESCRITOR, DIRETOR OU PRODUTOR BRITÂNICO
Elaine Constantine (Writer/Director), NORTHERN SOUL
Gregory Burke (Writer), Yann Demange (Director), ’71
Hong Khaou (Writer/Director), LILTING
Paul Katis (Director/Producer), Andrew De Lotbiniere (Producer), KAJAKI
Stephen Beresford (Writer), David Livingstone (Producer), PRIDE
FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
IDA, Pawel Pawlikowski, Eric Abraham, Piotr Dzieciol, Ewa Puszczynska
LEVIATÃ, Andrey Zvyagintsev, Alexander Rodnyansky, Sergey Melkumov
THE LUNCHBOX, Ritesh Batra, Arun Rangachari, Anurag Kashyap, Guneet Monga
TRASH: A ESPERANÇA VEM DO LIXO, Stephen Daldry, Tim Bevan, Eric Fellner, Kris Thykier
DOIS DIAS, UMA NOITE, Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, Denis Freyd
DOCUMENTÁRIO
A UM PASSO DO ESTRELATO, Morgan Neville, Caitrin Rogers, Gil Friesen
20.000 DIAS NA TERRA, Iain Forsyth, Jane Pollard
CITIZENFOUR, Laura Poitras
A FOTOGRAFIA OCULTA DE VIVIAN MAIER, John Maloof, Charlie Siskel
VIRUNGA, Orlando Von Einsiedel, Joanna Natasegara
ANIMAÇÃO
OPERAÇÃO BIG HERO, Don Hall, Chris Williams
OS BOXTROLLS, Anthony Stacchi, Graham Annable
UMA AVENTURA LEGO, Phil Lord, Christopher Miller
DIRETOR
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Alejandro G. Inarritu
BOYHOOD: DA INFÂNCIA À JUVENTUDE, Richard Linklater
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Wes Anderson
A TEORIA DE TUDO, James Marsh
WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO, Damien Chazelle
ROTEIRO ORIGINAL
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Alejandro G. Inarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris Jr, Armando Bo
BOYHOOD: DA INFÂNCIA À JUVENTUDE, Richard Linklater
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Wes Anderson
O ABUTRE, Dan Gilroy
WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO, Damien Chazelle
ROTEIRO ADAPTADO
SNIPER AMERICANO, Jason Hall
GAROTA EXEMPLAR, Gillian Flynn
O JOGO DA IMITAÇÃO, Graham Moore
AS AVENTURAS DE PADDINGTON, Paul King
A TEORIA DE TUDO, Anthony Mccarten
ATOR
Benedict Cumberbatch, O JOGO DA IMITAÇÃO
Eddie Redmayne, A TEORIA DE TUDO
Jake Gyllenhaal, O ABUTRE
Michael Keaton, BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA)
Ralph Fiennes, O GRANDE HOTEL BUDAPESTE
ATRIZ
Amy Adams, GRANDES OLHOS
Felicity Jones, A TEORIA DE TUDO
Julianne Moore, PARA SEMPRE ALICE
Reese Witherspoon, LIVRE
Rosamund Pike, GAROTA EXEMPLAR
ATOR COADJUVANTE
Edward Norton, BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA)
Ethan Hawke, BOYHOOD: DA INFÂNCIA À JUVENTUDE
J.K. Simmons, WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO
Mark Ruffalo, FOXCATCHER: UMA HISTÓRIA QUE CHOCOU O MUNDO
Steve Carell, FOXCATCHER: UMA HISTÓRIA QUE CHOCOU O MUNDO
ATRIZ COADJUVANTE
Emma Stone, BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA)
Imelda Staunton, PRIDE
Keira Knightley, O JOGO DA IMITAÇÃO
Patricia Arquette, BOYHOOD: DA INFÂNCIA À JUVENTUDE
Rene Russo, O ABUTRE
TRILHA MUSICAL ORIGINAL
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Antonio Sanchez
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Alexandre Desplat
INTERESTELAR, Hans Zimmer
A TEORIA DE TUDO, Johann Johannsson
SOB A PELE, Mica Levi
FOTOGRAFIA
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Emmanuel Lubezki
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Robert Yeoman
IDA, Lukasz Zal, Ryzsard Lenczewski
INTERESTELAR, Hoyte Van Hoytema
SR. TURNER, Dick Pope
MONTAGEM
(Due to a tie in voting in this category, there are six nominations)
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Douglas Crise, Stephen Mirrione
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Barney Pilling
O JOGO DA IMITAÇÃO, William Goldenberg
O ABUTRE, John Gilroy
A TEORIA DE TUDO, Jinx Godfrey
WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO, Tom Cross
DIREÇÃO DE ARTE
GRANDES OLHOS, Rick Heinrichs, Shane Vieau
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Adam Stockhausen, Anna Pinnock
O JOGO DA IMITAÇÃO, Maria Djurkovic, Tatiana Macdonald
INTERESTELAR, Nathan Crowley, Gary Fettis
SR. TURNER, Suzie Davies, Charlotte Watts
FIGURINO
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Milena Canonero
O JOGO DA IMITAÇÃO, Sammy Sheldon Differ
CAMINHOS DA FLORESTA, Colleen Atwood
SR. TURNER, Jacqueline Durran
A TEORIA DE TUDO, Steven Noble
MAQUIAGEM E CABELO
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Frances Hannon
GUARDIÕES DA GALÁXIA, Elizabeth Yianni-Georgiou, David White
CAMINHOS DA FLORESTA, Peter Swords King, J. Roy Helland
SR. TURNER, Christine Blundell, Lesa Warrener
A TEORIA DE TUDO, Jan Sewell
SOM
SNIPER AMERICANO, Walt Martin, John Reitz, Gregg Rudloff, Alan Robert Murray, Bub Asman
BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA), Thomas Varga, Martin Hernandez, Aaron Glascock, Jon Taylor, Frank A. Montaño
O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, Wayne Lemmer, Christopher Scarabosio, Pawel Wdowczak
O JOGO DA IMITAÇÃO, John Midgley, Lee Walpole, Stuart Hilliker, Martin Jensen
WHIPLASH: EM BUSCA DA PERFEIÇÃO, Thomas Curley, Ben Wilkins, Craig Mann
EFEITOS VISUAIS
PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO, Joe Letteri, Dan Lemmon, Erik Winquist, Daniel Barrett
GUARDIÕES DA GALÁXIA, Stephane Ceretti, Paul Corbould, Jonathan Fawkner, Nicolas Aithadi
O HOBBIT: A BATALHA DOS CINCO EXÉRCITOS, Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton, R. Christopher White
INTERESTELAR, Paul Franklin, Scott Fisher, Andrew Lockley
X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO, Richard Stammers, Anders Langlands, Tim Crosbie, Cameron Waldbauer
CURTA-METRAGEM BRITÂNICO DE ANIMAÇÃO
THE BIGGER PICTURE, Chris Hees, Daisy Jacobs, Jennifer Majka
MONKEY LOVE EXPERIMENTS, Ainslie Henderson, Cam Fraser, Will Anderson
MY DAD, Marcus Armitage
CURTA-METRAGEM BRITÂNICO
BOOGALOO AND GRAHAM, Brian J. Falconer, Michael Lennox, Ronan Blaney
EMOTIONAL FUSEBOX, Michael Berliner, Rachel Tunnard
THE KARMAN LINE, Campbell Beaton, Dawn King, Tiernan Hanby, Oscar Sharp
SLAP, Islay Bell-Webb, Michelangelo Fano, Nick Rowland
THREE BROTHERS, Aleem Khan, Matthieu De Braconier, Stephanie Paeplow
THE EE RISING STAR AWARD (VOTO DO PÚBLICO)
Gugu Mbatha-Raw
Jack O’Connell
Margot Robbie
Miles Teller
Shailene Woodley
O 68º BAFTA acontece no dia 08 de fevereiro no Royal Opera House em Londres.
COM TODAS AS CATEGORIAS BEM PREENCHIDAS, HOUVE POUCO ESPAÇO PARA SURPRESAS, SEJAM AGRADÁVEIS OU INDESEJÁVEIS
OK. Depois de vários anos convidando atrizes para anunciar as indicações ao Oscar, as indicadas finalmente tiveram o prazer de terem seus nomes pronunciados pelo sotaque australiano de Chris Hemsworth. E pelo visto, o tom mais cômico e informal do ano passado criado pela dupla Seth MacFarlane e Emma Stone não deve ter agradado a todos. A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, retoma a presença da comissão oficial ao palanque. E a ordem alfabética dos indicados foi reestabelecida.
NÚMEROS DO OSCAR 2014
Os grandes recordistas de indicações este ano são Gravidade e Trapaça com 10 indicações. Logo atrás, 12 Anos de Escravidão vem com 9 indicações. Os três estão competindo nas principais categorias, entre elas: Melhor Filme e Diretor.
Nos últimos anos, o recorde de indicações no ano não tem significado garantia de Oscar de Melhor Filme. No ano passado, por exemplo, Lincoln teve 12 indicações e acabou chupando os dedos com apenas dois Oscars, enquanto Argo se tornou Melhor Filme com 7 indicações.
Com 6 indicações, temos Nebraska e Capitão Phillips. Com 5: O Lobo de Wall Street, Ela e Clube de Compras Dallas, seguidos por Philomena com 4.
SURPRESAS OU PEQUENAS ALTERAÇÕES NOS INDICADOS?
Apesar deste ano haver pouca chance para surpresas pelo elevada quantidade de competidores de alto nível, algumas trocas chegaram a surpreender. Contrariando o mais parelho de todos os prêmios, o DGA, Alexander Payne (Nebraska) substituiu Paul Greengrass (Capitão Phillips), denotando um prestígio colossal de Payne em Hollywood. Esta é sua 3ª indicação como diretor (foi indicado por Sideways e Os Descendentes), e já ganhou 2 vezes como roteirista (Sideways e Os Descendentes). Nebraska totaliza seis indicações e pode render o Oscar para o veterano Bruce Dern.
À direita, Alexander Payne dirige o veterano Bruce Dern em set de Nebraska. Ele conseguiu sua 3ª indicação como diretor (photo by http://www.collider.com)
Aliás, em sua categoria de Mehor Ator, Tom Hanks (Capitão Phillips) foi cortado de última hora. Embora não tenha vencido nenhum prêmio expressivo por essa atuação, ele vinha figurando em quase todas as listas dos melhores de 2013. Hanks também fica de fora da categoria de coadjuvante pelo filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins. Recém-vitorioso no Globo de Ouro, Leonardo DiCaprio conseguiu sua 4ª indicação após ser ignorado pela Academia no ano passado por Django Livre.
Havia um certo hype para indicarem o galã veterano Robert Redford por Até o Fim, mas não se concretizou. Apesar de ser conhecido como ator, ele ganhou seu único Oscar como diretor em 1981 pelo drama Gente Como a Gente. Até o Fim (All is Lost) venceu o Globo de Ouro de Melhor Triha Musical, mas teve que se contentar com a única indicação para Melhores Efeitos Sonoros.
Já na ala feminina, a vencedora do Globo de Ouro, Amy Adams (Trapaça) finalmente obteve sua primeira indicação como Melhor Atriz. Suas quatro indicações anteriores foram sempre como Atriz Coadjuvante. Num ano em que teve três trabalhos em destaque (além de Trapaça, houve Ela e O Homem de Aço), sua indicação comprova essa extrema ascensão em Hollywood. Ela não é bem do tipo que se transforma fisicamente e sequer usa maquiagem para ficar mais feia (sim, ela sempre tem esse rostinho lindo de patricinha), mas ela sabe encarnar bem personagens bem distintos. Já foi garçonete, princesa, cozinheira e freira. Podia talvez ter modificado um pouco sua aparência para O Mestre, mas ela consegue entregar uma performance diferente num papel ameaçador que merecia mais tempo no filme de Paul Thomas Anderson.
Amy Adams em personagem no filme Trapaça. 1ª indicação como atriz principal (photo by http://www.collider.com)
E temos mais um novo recorde para Meryl Streep. 18ª indicação ao Oscar! Apesar de ter vencido há 2 anos por A Dama de Ferro, Meryl é sempre uma forte candidata mesmo quando sua personagem em Álbum de Família é grossa e amarga. Ela perdeu o Globo de Ouro para Amy Adams, mas consegue a vaga que poderia ter sido da britânica Emma Thompson (por Walt nos Bastidores de Mary Poppins). Aliás, o filme sobre a autora e criadora de Mary Poppins só não ficou totalmente de fora do Oscar 2014, porque a trilha musical de Thomas Newman salvou o filme do esquecimento.
Continuando nos atores, vale destacar a segunda indicação para o jovem Jonah Hill por O Lobo de Wall Street. Ele havia sido indicado anteriormente por O Homem que Mudou o Jogo na mesma categoria. Seu reconhecimento comprova o prestígio que Scorsese tem na direção de atores, pois se dependesse do currículo de comédias, dificilmente Hill teria chances no Oscar. Particularmente, adoro Jonah Hill em Superbad – É Hoje (2007), e me surpreendi com o amadurecimento do ator em tão pouco tempo. Sem 2012 ele tirou Albert Brooks da categoria, este ano ele tirou a boa atuação de Daniel Brühl (Rush: No Limite da Emoção), que vinha aparecendo em todas as listas de coadjuvante.
Jonah Hill conquista sua segunda indicação com apenas 30 anos (photo by movies.yahoo.com)
Entre as mulheres, havia uma forte pressão para que a Academia indicasse a estrela maior da TV americana, Oprah Winfrey por O Mordomo da Casa Branca, pois ela traria peso ao tapete vermelho do Oscar. Felizmente, os membros votantes não se intimidaram com a figura de Oprah e indicaram a britânica Sally Hawkins, por uma performance e personagens mais consistentes em Blue Jasmine.
Minha maior alegria foi ver duas produções estrangeiras concorrendo no Oscar de Melhor Animação: o japonês Vidas ao Vento, de Hayao Miyazaki, e o francês Ernest & Celestine, de Benjamin Renner e Didier Brunner, comprovando a força da escola francesa de animação. Apesar de admirar os filmes da Pixar, acho que ultimamente eles não têm acertado na escolha dos projetos. Fazer sequências nem sempre é o melhor negócio. Universidade Monstros não concorre ao Oscar. Não sei se a vitória será de um dos estrangeiros, mas se tiver de ser americana, torço por Os Croods.
Ernest & Celestine (França) e Vidas ao Vento (Japão) fazem uma mini briga de filme estrangeiro na categoria de Animação pela primeira vez (www.cartoonbrew.com)
O musical dos irmãos Coen, Inside Llewyn Davis, teve de se contentar com as indicações para Melhor Fotografia para Bruno Delbonnel e Melhor Som. Esperava-se que haveria pelo menos uma indicação para Melhor Canção Original, mas também ficou de fora. O filme teve boa aceitação da crítica, mas o público não abraçou o novo filme dos Coen. Em 2011, Bravura Indômita concorreu em 10 categorias, mas não ganhou nada.
Já a inclusão da comédia Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha na categoria Maquiagem foi uma surpresa. Tudo bem que já haviam indicado Norbit na mesma categoria alguns anos atrás, mas o tipo de humor pornográfico e escatológico dificilmente adentra as categorias do Oscar. Com certeza, a hostess Ellen DeGeneres fará alguma piada em cima disso…
À direita, Johnny Knoxville transformado no vovô politicamente incorreto de Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha (photo by http://www.geeksofdoom.com)
Se o Oscar pode indicar um filme desses, por que não perdoar e acolher o fracasso comercial O Cavaleiro Solitário? Repleto de altas expectativas, o filme estreou no verão americano, mas não obteve boa resposta nas bilhererias. A Academia deu uma nova chance ao filme de Gore Verbinski arrecadar dinheiro, reconhecendo-o nas categorias de Maquiagem e Efeitos Visuais. Aliás, ele roubou a vaga dos efeitos digitais dos ótimos monstros de Círculo de Fogo.
Gostei também da indicação para William Butler e Owen Pallett para Trilha Musical Original por Ela. Trata-se de um importante reconhecimento para a música e a canção “The Moon Song” do mesmo filme. Essa aliança, que se repete depois de Onde Vivem os Monstros, reforça o prestígio que o diretor Spike Jonze tem com os artistas musicais Karen O e a banda Arcade Fire.
Na categoria de Filme Estrangeiro, na ausência do francês Azul é a Cor Mais Quente (desqualificado pelas regras da Academia), a briga deve ficar acirrada entre o dinamarquês A Caça e o italiano A Grande Beleza, que venceu o Globo de Ouro no último domingo. Contudo, o representante belga The Broken Circle Breakdown pode surpreender em caso de empate de votos. A indicação de The Missing Picture entra para a História como a primeira do Camboja. O filme ganhou o prêmio Un Certain Regard em Cannes em 2013.
A grande surpresa aqui é a exclusão de O Grande Mestre, de Wong Kar-Wai (Hong Kong), mesmo tendo conquistado indicações nas categorias técnicas de Fotografia e Figurino. É uma pena que Kar-Wai não tenha sido indicado, pois seria uma oportunidade rara de reconhecer um dos cineastas mais ousados das últimas duas décadas. Em sua filmografia, constam títulos como Amores Expressos, Feliz Juntos, Amor à Flor da Pele e 2046 – Os Segredos do Amor.
Tudo bem que a fotografia e o figurino são os campos em destaque de O Grande Mestre, mas e a indicação para Filme Estrangeiro? (photo by themovieblog.com)
Na categoria de Documentário, a ausência de Histórias que Contamos (Stories We Tell), de Sarah Polley, foi a mais surpreendente, afinal venceu três grandes prêmios da crítica americana: National Board of Review, Los Angeles Film Critics Association e New York Film Critics Circle. Se alguém souber de um motivo oficial, por favor comente abaixo! O prêmio deve ficar entre O Ato de Matar e A Um Passo do Estrelato.
Pra quem perdeu ao vivo, confira o vídeo do anúncio dos indicados:
MELHOR FILME Trapaça (American Hustle) Capitão Phillips (Captain Phillips) Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club) Gravidade (Gravity) Ela (Her) Nebraska Philomena 12 Anos de Escravidão (12 Years a Slave) O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)
MELHOR DIRETOR
Alfonso Cuarón (Gravidade)
Steve McQueen (12 Anos de Escravidão)
Alexander Payne (Nebraska)
David O. Russell (Trapaça)
Martin Scorsese (O Lobo de Wall Street)
MELHOR ATOR
Christian Bale (Trapaça)
Bruce Dern (Nebraska)
Leonardo DiCaprio (O Lobo de Wall Street)
Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão)
Matthew McConaughey (Clube de Compras Dallas)
MELHOR ATRIZ
Amy Adams (Trapaça)
Cate Blanchett (Blue Jasmine)
Sandra Bullock (Gravidade)
Judi Dench (Philomena)
Meryl Streep (Álbum de Família)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Barkhad Abdi (Capitão Phillips)
Bradley Cooper (Trapaça)
Michael Fassbender (12 Anos de Escravidão)
Jonah Hill (O Lobo de Wall Street)
Jared Leto (Clube de Compras Dallas)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Sally Hawkins (Bue Jasmine)
Jennifer Lawrence (Trapaça)
Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão)
Julia Roberts (Álbum de Família)
June Squibb (Nebraska)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Eric Warren Singer, David O. Russell (Trapaça)
Woody Allen (Blue Jasmine)
Craig Borten, Melisa Wallack (Clube de Compras Dallas)
Spike Jonze (Ela)
Bob Nelson (Nebraska)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Richard Linklater, Julie Delpy, Ethan Hawke (Antes da Meia-Noite)
Billy Ray (Capitão Phillips)
Steve Coogan, Jeff Pope (Philomena)
John Ridley (12 Anos de Escravidão)
Terence Winter (O Lobo de Wall Street)
MELHOR FOTOGRAFIA
Philippe Le Sourd (O Grande Mestre)
Emmanuel Lubezki (Gravidade)
Bruno Delbonnel (Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum)
Phedon Papamichael (Nebraska)
Roger Deakins (Os Suspeitos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Judy Becker, Heather Loeffler (Trapaça)
Andy Nicholson, Rosie Goodwin (Gravidade)
Catherine Martin, Beverley Dunn (O Grande Gatsby)
K.K. Barrett, Gene Serdena (Ela)
Adam Stockhausen, Alice Baker (12 Anos de Escravidão)
MELHOR MONTAGEM
Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Crispin Struthers (Trapaça)
Christopher Rouse (Capitão Phillips)
John Mac McMurphy, Martin Pensa (Clube de Compras Dallas)
Alfonso Cuarón, Mark Sanger (Gravidade)
Joe Walker (12 Anos de Escravidão)
MELHOR FIGURINO
Michael Wilkinson (Trapaça)
William Chang Suk Ping (O Grande Mestre)
Catherine Martin (O Grande Gatsby)
Michael O’Connor (The Invisible Woman)
Patricia Norris (12 Anos de Escravidão)
MELHOR MAQUIAGEM
Adruitha Lee, Robin Mathews (Clube de Compras Dallas)
Steve Prouty (Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha)
Joel Harlow, Gloria Pasqua Casny (O Cavaleiro Solitário)
MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL John Williams (A Menina que Roubava Livros) Steven Price (Gravidade)
William Butler e Owen Pallett (Ela)
Thomas Newman (Walt nos Bastidores de Mary Poppins)
Alexandre Desplat (Philomena)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Happy” – Pharrell Williams (Meu Malvado Favorito 2)
“Let It Go” – Robert Lopez, Kristen Anderson-Lopez (Frozen: Uma Aventura Congelante)
“Ordinary Love” – Bono, Adam Clayton, The Edge, Larry Mullen Jr. (Mandela: Long Walk to Freedom)
“The Moon Song” – Karen O, Spike Jonze (Ela)
“Alone Yet Not Alone” – Bruce Broughton, Dennis Spiegel (Alone Yet Not Alone)
MELHOR SOM
– Chris Burdon, Mark Taylor, Mike Prestwood Smith, Chris Munro (Capitão Phillips)
– Skip Lievsay, Niv Adiri, Christopher Benstead, Chris Munro (Gravidade)
– Christopher Boyes, Michael Hedges, Michael Semanick, Tony Johnson (O Hobbit: A Desolação de Smaug)
– Skip Lievsay, Greg Orloff, Peter F. Kurland (Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum)
– Andy Koyama, Beau Borders, David Bronlow (O Grande Herói)
MELHORES EFEITOS SONOROS
– Steve Boeddeker, Richard Hymns (Até o Fim)
– Oliver Tarney (Capitão Phillips)
– Glenn Freemantle (Gravidade)
– Brent Burge (O Hobbit: A Desolação de Smaug)
– Wylie Stateman (O Grande Herói)
MELHORES EFEITOS VISUAIS
– Timothy Webber, Chris Lawrence, David Shirk, Neil Corbould (Gravidade)
– Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton, Eric Reynolds (O Hobbit: A Desolação de Smaug)
– Christopher Townsend, Guy Williams, Erik Nash, Daniel Sudick (Homem de Ferro 3)
– Tim Alexander, Gary Brozenich, Edson Williams, John Frazier (O Cavaleiro Solitário)
– Roger Guyett, Pat Tubach, Ben Grossmann, Burt Dalton (Além da Escuridão – Star Trek)
MELHOR ANIMAÇÃO
– Os Croods (The Croods)
– Meu Malvado Favorito (Despicable Me 2)
– Ernest & Celestine (idem)
– Frozen: Uma Aventura Congelante (Frozen)
– Vidas ao Vento (The Wind Rises)
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
– The Broken Circle Breakdown (Bélgica)
– A Grande Beleza (Itália)
– A Caça (Dinamarca)
– The Missing Picture (Camboja)
– Omar (Palestina)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– O Ato de Matar (The Act of Killing), de Joshua Oppenheimer, Signe Byrge Sørensen
– Cutie and the Boxer, de Zachary Heinzerling, Lydia Dean Pilcher
– Guerras Sujas (Dirty Wars), de Rick Rowley, Jeremy Scahill
– The Square (Al Midan), de Jehane Noujaim, Karim Amer
– A Um Passo do Estrelato (20 Feet from Stardom), de Morgan Neville
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– CaveDigger, de Jeffrey Karoff
– Facing Fear, de Jason Cohen
– Karama Has No Walls, de Sara Ishaq
– The Lady in Number 6: Music Saved My Life, de Malcolm Clarke, Carl Freed
– Prison Terminal: The Last Days of Private Jack Hall, de Edgar Barens
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Feral, de Daniel Sousa, Dan Golden
– É Hora de Viajar, de Lauren MacMullan, Dorothy McKim
– Mr. Hublot, de Laurent Witz, Alexandre Espigares
– Possessions, de Shuhei Morita
– Room on the Broom, de Max Lang, Jan Lachauer
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Aquel No Era Yo (That Wasn’t Me), de Esteban Crespo
– Avant Que De Tout Perdre (Just Before Losing Everything), de Xavier Legrand
– Helium, de Anders Walter
– Do I Have to Take Care of Everything?, de Selma Vilhunen
– The Voorman Problem, de Mark Gill
Vencedora do prêmio de coadjuvante, Jennifer Lawrence (à esquerda) divide cena com Amy Adams em Trapaça (photo by ww.elfilm.com)
A New York Film Critics Circle, formada por críticos nova-iorquinos, divulgou sua lista anual de premiados:
FILME: Trapaça (American Hustle) DIRETOR: Steve McQueen (12 Years a Slave) ATOR: Robert Redford (All is Lost) ATRIZ: Cate Blanchett (Blue Jasmine) ATOR COADJUVANTE: Jared Leto (Dallas Buyers Club) ATRIZ COADJUVANTE: Jennifer Lawrence (Trapaça) ROTEIRO: Eric Singer, David O. Russell (Trapaça) FOTOGRAFIA: Bruno Delbonnel (Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum) FILME ESTRANGEIRO: Azul é a Cor Mais Quente (La Vie d’Adèle), de Abdellatif Kechiche (França) DOCUMENTÁRIO: Stories We Tell, de Sarah Polley ANIMAÇÃO: O Vento Está Soprando, de Hayao Miyazaki PRIMEIRO FILME: Fruitvale Station: A Última Parada, de Ryan Coogler
Os três prêmios para Trapaça surpreendeu aqueles que acompanhavam a corrida do Oscar 2014, que tinha como favoritos 12 Years a Slave, de Steve McQueen, e Gravidade, de Alfonso Cuarón. Como o editor da Variety, Tim Gray, comentou: “…the critics prizes take the pressure off each of the films as the One To Beat (os prêmios dos críticos tiram a pressão dos filmes considerados favoritos)”.
No set de 12 Years a Slave, o diretor britânico Steve McQueen faturou o prêmio de Diretor (photo by http://www.collider.com)
Além dessa virtude, os críticos têm como objetivo lembrar a variedade de bons filmes que têm chances reais de chegar ao Oscar de Melhor Filme, principalmente com 10 indicados, evitando aqueles casos de franco-favoritismo que papa mais de 10 estatuetas como fizeram os recordistas Ben-Hur e Titanic. Além dos filmes já citados, temos Nebraska, de Alexander Payne, O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, Álbum de Família, de John Wells, Capitão Phillips, de Paul Greengrass, O Mordomo da Casa Branca, de Lee Daniels, e Inside Llewyn Davis, de Joel e Ethan Coen, só para citar alguns.
Apesar da vitória no NYFCC significar pontuação na corrida para o Oscar, vale ressaltar que os críticos nova-iorquinos não estão tão em sintonia com a Academia. Nos últimos 10 anos, apenas em quatro vezes os Melhores Filmes coincidiram: em 2011 com O Artista, 2009: Guerra ao Terror, 2007: Onde os Fracos Não Têm Vez, e 2003: O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei. Sem contar os atores que nem chegam a ser indicados no Oscar como os vencedores do ano passado de Melhor Atriz e Ator Coadjuvante, respectivamente: Rachel Weisz (Amor Profundo) e Matthew McConaughey (Magic Mike).
Como Trapaça teve sua premiere agora nos EUA, (sim, o Brasil não tem pressa nenhuma. Estréia marcada para fevereiro de 2014!), alguns talvez façam a leitura de que o NYFCC estaria tentando compensar a ausência total de O Lado Bom da Vida, do mesmo diretor David O. Russell, da última edição. Em 2012, eles premiaram o polêmico A Hora Mais Escura, de Kathryn Bigelow. Como o filme foi acusado erroneamente de fazer apologia à tortura e gerou uma série de discussões, talvez eles quiseram deixar polêmicas de lado e apostaram em David O. Russell, que sempre fez filmes mais light. Apesar de ter ter sido premiado como diretor, recebeu a honraria de Melhor Roteiro juntamente com o colaborador Eric Singer.
Embora a vitória de Jennifer Lawrence tenha possibilidade de também se encaixar na leitura de compensação por 2012, comprova que a jovem continua no topo de Hollywood aos 23 anos. Ela sabe aliar com maestria o sonho de todo ator: sucesso de crítica e público. Seu outro trabalho de 2013, a seqüência Jogos Vorazes: Em Chamas já conquistou 300 milhões de dólares apenas em sua segunda semana nos EUA. Como a corrida da categoria de coadjuvante está relativamente mais fraca, Lawrence deve figurar entre as indicadas do Oscar 2014, mas como já ganhou este ano, não deve ter muitas chances.
No geral, a premiação do NYFCC foi bastante democrática. Lembrou bons trabalhos de 2013 como a direção de Steve McQueen em 12 Years a Slave. Apesar deste ser apenas seu terceiro longa, o diretor britânico vem conquistando muito prestígio da ala artística americana depois dos aclamados Fome (2008) e Shame (2011). O NYFCC consagra o talento e a versatilidade de Cate Blanchett, que vive uma socialite falida no novo filme de Woody Allen, Blue Jasmine, eresgata o veterano da atuação e charme em pessoa Robert Redford, por sua interpretação em All is Lost, um drama de ação em que um marinheiro encara sua mortalidade após a colisão de seu barco em alto mar.
Aos 77 anos, Robert Redford é o único ator do segundo longa do jovem J.C. Chandor, All is Lost (photo by http://www.elfilm.com)
Assim como eles, o ator Jared Leto, que ficou conhecido por Réquiem Para um Sonho (2001) e retornou de um afastamento de quatro anos dos cinemas, deve conquistar uma indicação pela ousadia de seu papel em Dallas Buyers Club. Na produção independente, Leto dá vida a Rayon, um gay travesti que ajuda o protagonista Ron Woodroof (Matthew McConaughey) a encontrar uma cura para o HIV em meados da década de 80. Além do homossexualismo e do travestismo já chamarem atenção para o papel, o ator também perdeu cerca de 13 quilos para viver Rayon, o que deve lhe garantir auto-publicidade até março.
Já na categoria de Filme Estrangeiro, é uma pena que Azul é a Cor Mais Quente não possa disputar o Oscar. Infelizmente, as regras arcaicas da Academia desqualificaram o filme vencedor da Palma de Ouro por estrear na França após o prazo permitido. Assim, um dos filmes mais aclamados da temporada fica de fora da categoria, mas dependendo do lobby, talvez conquista uma indicação para Direção (Abdellatif Kechiche) e Atriz (Adèle Exarchopoulos).
Vencedor da Palma de Ouro e do prêmio do NYFCC, Azul é a Cor Mais Quente está fora da corrida pelo Oscar de Filme Estrangeiro. Porém a bela Adèle Exarchopoulos pode ser uma surpresa (photo by http://www.elfilm.com)
O prêmio de Melhor Fotografia para Bruno Delbonnel deve reforçar a campanha para sua 4ª indicação ao Oscar. Após ter sido indicado por O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001), Eterno Amor (2004) e Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009), o diretor de fotografia francês pode vencer, caso o franco-favorito mexicano Emmanuel Lubezki não figurar na lista por Gravidade. E, espero que a vitória da animação japonesa O Vento Está Soprando também se transforme em indicação e segundo Oscar para o mestre Hayao Miyazaki. Considerado um ano fraco para animações dos grandes estúdios, Miyazaki e seu Studio Ghibli podem se consagrar mais uma vez na Academia.
O diretor de fotografia francês Bruno Delbonnel dá o toque artístico ao visual de Inside Llewyn Davis, dos irmãos Coen (photo by http://www.elfilm.com)
O prêmio de Primeiro Filme acabou indo para Fruitvale Station: A Última Parada, que visa não apenas o merecimento do diretor Ryan Coogler, mas de todo o elenco formado por Michael B. Jordan, Melonie Diaz, Octavia Spencer e Chad Michael Murray. A produção independente foi bastante aplaudida no último Festival de Cannes, e mais recentemente, recebeu 3 indicações ao Independent Spirit Awards. Com a benção do lobby de Harvey Weinstein, o filme pode surpreender ainda mais espaço nessa corrida ao Oscar.
E como Melhor Documentário, um trabalho singelo da diretora e atriz canadense Sarah Polley intitulado Stories We Tell. Ao contrário da maioria dos documentários que visa temas polêmicos, ela opta por um trabalho mais intimista ao atuar como entrevistadora num experimento que busca identificar mitos e verdades sobre sua família. Aliás, o documentário foi pré-selecionado para competir no Oscar de Melhor Documentário.
A diretor e atriz canadense Sarah Polley foi premiada por seu documentário intimista (photo by http://www.elfilm.com)
Veja lista dos 15 semi-finalistas:
– O Ato de Matar (The Act of Killing), de Joshua Oppenheimer
– The Armstrong Lie, de Alex Gibney
– Blackfish, de Gabriela Cowperthwaite
– The Crash Reel, de Lucy Walker
– Cutie and the Boxer, de Zachary Heinzerling
– Dirty Wars, de Rick Rowley
– First Cousin Once Removed, de Alan Berliner
– God Loves Uganda, de Roger Ross Williams
– Life According to Sam, de Sean Fine, Andrea Nix
– Pussy Riot: A Punk Prayer, de Mike Lerner, Maxim Pozdorovkin
– The Square, de Jehane Noujaim
– Stories We Tell, de Sarah Polley
– Tim’s Vermeer, de Teller
– 20 Feet from Stardom, de Morgan Neville
– Which Way Is the Front Line from Here? The Life and Time of Tim Hetherington, de Sebastian Junger
The Armstrong Lie, de Alex Gibney, destrincha os altos e baixos do campeão Lance Armstrong que venceu 7 Tour de France, mas perdeu após exame anti-dopping (photo by http://www.outnow.ch)
12 Years a Slave, de Steve McQueen, conquista sete indicações. Na foto, da esquerda pra direita: Michael Fassbender, Lupita Nyong’o e Chiwetel Ejiofor (www.outnow.ch)
O ano está chegando ao fim e as premiações já começam a divulgar as listas de indicações. A 29ª edição do Independent Spirit Awards confirma o fortalecimento das produções independentes no cenário hollywoodiano e internacional. Alguns anos atrás, apenas um ou outro indicado chegava ao tapete vermelho do Oscar, tanto que na época diziam que quem vencesse o Independent não teria chances no prêmio da Academia. Este ano, Jennifer Lawrence ganhou como Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida em ambas as premiações.
Se analisarmos os últimos quatro vencedores de Melhor Filme no Independent Spirit Award, podemos notar que todas as produções foram indicadas para o Oscar de Melhor Filme também, com O Artista também vencendo o Oscar. Vale ressaltar que o Independent Spirit só premia filmes com orçamento de até 20 milhões de dólares.
Ano: Independent Spirit/ Oscar
2013: O Lado Bom da Vida/Argo
2012: O Artista/ O Artista
2011: Cisne Negro/ O Discurso do Rei (que levou o Independent de Filme Estrangeiro)
2010: Preciosa – Uma História de Esperança/ Guerra ao Terror
Consequência da crise econômica? Talvez. Mas o fato é que os produtores de cinema deixaram de ser aqueles apaixonados por cinema, deixando seus cargos para engravatados que só acreditam em números de bilheterias e marketing. Eles se esqueceram que o Cinema é uma Arte centenária que necessita de uma boa história contada por profissionais apaixonados pelos projetos, resultando nessa Hollywood mecânica e de baixa qualidade de hoje. Por outro lado, as produções de baixo orçamento podem não contar com equipamentos tecnológicos de filmagem e edição, nem astros carismáticos, mas sempre respeitam a essência do Cinema e buscam formas para inovar essa Arte.
Octavia Spencer e Paula Patton anunciam as indicações ao Independent Spirit Award
Nesta edição do Independent, duas produções que já vinham figurando em listas de previsões para o Oscar se tornaram as recordistas de indicações. 12 Years a Slave, de Steve McQueen, conquistou sete indicações, enquanto Nebraska, de Alexander Payne, vem logo em seguida com seis. McQueen e Payne são dois diretores que nasceram do cinema independente (Fome e Ruth em Questão foram seus primeiros longas, respectivamente) e hoje são nomes consagrados.
Vale lembrar que Nebraska já foi indicado à Palma de Ouro e Bruce Dern foi premiado Melhor Ator em Cannes. Já 12 Years a Slave ganhou o passaporte para o Oscar de Melhor Filme ao levar o People’s Choice Award do Festival de Toronto.
Alexander Payne dirige o veterano Bruce Dern em Nebraska (photo by http://www.outnow.ch)
Os demais indicados a Melhor Filme também foram bem avaliados pela crítica e são fortes candidatos ao Oscar. All is Lost é apenas o segundo filme do jovem J.C. Chandor, que conquistou a indicação ao Oscar de Roteiro Original por Margin Call – O Dia Antes do Fim, e tem tudo para se tornar um dos grandes nomes dessa geração. Frances Ha é uma comédia leve que há muito não se via nos cinemas, devido à graça da atriz Greta Gerwig, que escreveu o roteiro junto com o diretor Noah Baumbach. Já o musical Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum, de Joel e Ethan Coen, levou o Grande Prêmio do Júri em Cannes e deve figurar entre os 10 indicados a Melhor Filme no Oscar, com boas chances do protagonista vivido por Oscar Isaacs ser reconhecido também.
O último filme de Woody Allen também foi lembrado em três categorias: Atriz (Cate Blanchett), Atriz Coadjuvante (Sally Hawkins) e Roteiro. Se Blanchett levar o Globo de Ouro em janeiro, ela já estará com uma mão na estatueta do Academia.
Indicado pelo prêmio Un Certain Regard em Cannes este ano, Fruitvale Station: A Última Parada foi comparado a Indomável Sonhadora por ter fortes chances de conquistar espaço no Oscar, principalmente depois que Harvey Wenstein comprou os direitos de distribuição e conseqüente lobby. Deve vencer o prêmio Melhor Primeiro Filme e, se houver empates nas votações, o jovem ator Michael B. Jordan pode também sair vitorioso.
Cena de Fruitvale Station: A Última Parada, produção baseada em fatos reais com Michael B. Jordan (photo by http://www.elfilm.com)
Aliás, a briga entre atores está bastante acirrada. A categoria Melhor Ator conta com seis candidatos fortíssimos, sendo Matthew McConaughey um dos favoritos a levar. Para viver seu personagem aidético em Dallas Buyers Club, o ator emagreceu 18 quilos (!) e vive seu melhor momento na carreira. Ele poderia ter sido duplamente indicado, mas resolveram deixar de lado sua performance em Amor Bandido. Seu companheiro de tela em Dallas Buyers Club, Jared Leto, também não fica muito atrás, pois perdeu 13 quilos nesse seu retorno ao cinema após quatro anos.
Atores sob dieta: Jared Leto e Matthew McConaughey podem colher frutos de suas greves de fome (photo by http://www.elfilm.com)
Indicações ao Independent Spirit Award 2014:
MELHOR FILME
– 12 Years a Slave
Produtores: Dede Gardner, Anthony Katagas, Jeremy Kleiner, Steve McQueen, Arnon Milchan, Brad Pitt, Bill Pohlad
– All Is Lost
Produtores: Neal Dodson, Anna Gerb
– Frances Ha
Produtores: Noah Baumbach, Scott Rudin, Rodrigo Teixeira, Lila Yacoub
– Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum (Inside Llewyn Davis)
Produtores: Ethan Coen, Joel Coen, Scott Rudin
– Nebraska
Produtores: Albert Berger, Ron Yerxa
MELHOR DIRETOR
– Shane Carruth (Upstream Color)
– J.C. Chandor (All Is Lost)
– Steve McQueen (12 Years a Slave)
– Jeff Nichols (Amor Bandido)
– Alexander Payne (Nebraska)
MELHOR ROTEIRO
– Woody Allen (Blue Jasmine)
– Julie Delpy, Ethan Hawke & Richard Linklater (Antes da Meia-Noite)
– Nicole Holofcener (À Procura do Amor)
– Scott Neustadter & Michael H. Weber (The Spectacular Now)
– John Ridley (12 Years a Slave)
MELHOR PRIMEIRO FILME
– Chevrolet Azul (Blue Caprice)
Diretor/Produtor: Alexandre Moors
Produtores: Kim Jackson, Brian O’Carroll, Isen Robbins, Will Rowbotham, Ron Simons, Aimee Schoof, Stephen Tedeschi
– Concussion
Diretor: Stacie Passon
Produtor: Rose Troche
– Fruitvale Station: A Última Parada (Fruitvale Station)
DIRECTOR: Ryan Coogler
PRODUCERS: Nina Yang Bongiovi, Forest Whitaker
– Uma Noite (Una Noche)
Diretor/Produtor: Lucy Mulloy
Produtores: Sandy Pérez Aguila, Maite Artieda, Daniel Mulloy, Yunior Santiago
– O Sonho de Wadjda (Wadjda)
Diretor: Haifaa Al Mansour
Produtores: Gerhard Meixner, Roman Paul
MELHOR PRIMEIRO ROTEIRO
– Lake Bell (In A World…)
– Joseph Gordon-Levitt (Como Não Perder Essa Mulher)
– Bob Nelson (Nebraska)
– Jill Soloway (Afternoon Delight)
– Michael Starrbury (The Inevitable Defeat of Mister & Pete)
PRÊMIO JOHN CASSAVETES (Concedido à produção com orçamento abaixo de 500 mil dólares)
– Computer Chess
Diretor/Roteirista: Andrew Bujalski
Produtores: Houston King & Alex Lipschultz
– Crystal Fairy & the Magical Cactus
Diretor/Roteirista: Sebastiàn Silva
Produtores: Juan de Dios Larraín & Pablo Larraín
– Museum Hours
Diretor/Roteirista: Jem Cohen
Produtores: Paolo Calamita & Gabriele Kranzelbinder
– Pit Stop
Diretor/Produtor: Yen Tan
Roteirista: David Lowery
Produtores: Jonathan Duffy, James M. Johnston, Eric Steele, Kelly Williams
– This is Martin Bonner
Diretor/Roteirista: Chad Hartigan
Produtor: Cherie Saulter
MELHOR ATRIZ
– Cate Blanchett (Blue Jasmine)
– Julie Delpy (Antes da Meia-Noite)
– Gaby Hoffmann (Crystal Fairy & the Magical Cactus)
– Brie Larson (Short Term 12)
– Shailene Woodley (The Spectacular Now)
MELHOR ATOR
– Bruce Dern (Nebraska)
– Chiwetel Ejiofor (12 Years a Slave)
– Oscar Isaac (Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum)
– Michael B. Jordan (Fruitvale Station: A Última Parada)
– Matthew McConaughey (Dallas Buyers Club)
– Robert Redford (All Is Lost)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Melonie Diaz (Fruitvale Station: A Última Parada)
– Sally Hawkins (Blue Jasmine)
– Lupita Nyong’o (12 Years a Slave)
– Yolonda Ross (Go For Sisters)
– June Squibb (Nebraska)
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Michael Fassbender (12 Years a Slave)
– Will Forte (Nebraska)
– James Gandolfini (À Procura do Amor)
– Jared Leto (Dallas Buyers Club)
– Keith Stanfield (Short Term 12)
MELHOR FOTOGRAFIA
– Sean Bobbitt (12 Years a Slave)
– Benoit Debie (Spring Breakers: Garotas Perigosas)
– Bruno Delbonnel (Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum)
– Frank G. DeMarco (All Is Lost)
– Matthias Grunsky (Computer Chess)
MELHOR MONTAGEM
– Shane Carruth & David Lowery (Upstream Color)
– Jem Cohen & Marc Vives (Museum Hours)
– Jennifer Lame (Frances Ha)
– Cindy Lee (Uma Noite)
– Nat Sanders (Short Term 12)
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– 20 Feet From Stardom
Diretor/Produtor: Morgan Neville
Produtores: Gil Friesen & Caitrin Rogers
– After Tiller
Diretores/Produtores: Martha Shane & Lana Wilson
– Gideon’s Army
Diretor/Produtor: Dawn Porter
Produtora: Julie Goldman
– O Ato de Matar (The Act of Killing)
Diretor/Produtor: Joshua Oppenheimer
Produtores: Joram Ten Brink, Christine Cynn, Anne Köhncke, Signe Byrge Sørensen, Michael Uwemedimo
– The Square (Al Midan)
Diretor: Jehane Noujaim
Produtor: Karim Amer
MELHOR FILME ESTRANGEIRO
– Um Toque de Pecado (Tian zhu Ding), de Jia Zhang-Ke (China)
– Azul é a Cor Mais Quente (La Vie d’Adèle), de Abdellatif Kechiche (França)
– Gloria, de Sebastián Lelio (Chile)
– The Great Beauty (La Grande Bellezza), de Paolo Sorrentino (Itália)
– A Caça (Jagten), de Thomas Vinterberg (Dinamarca)
PRÊMIO ROBERT ALTMAN AWARD • Amor Bandido (Mud)
Diretor: Jeff Nichols
Diretor de casting: Francine Maisler
Elenco: Joe Don Baker, Jacob Lofland, Matthew McConaughey, Ray McKinnon, Sarah Paulson, Michael Shannon, Sam Shepard, Tye Sheridan, Paul Sparks, Bonnie Sturdivant, Reese Witherspoon
17º PRÊMIO PIAGET PRODUCERS (Concedido aos produtores emergentes pela criatividade, tenacidade e visão apesar do orçamento limitado)
– Toby Halbrooks & James M. Johnston
– Jacob Jaffke
– Andrea Roa
– Frederick Thornton
20º PRÊMIO SOMEONE TO WATCH (Concedido aos cineastas talentosos com visão singular que ainda não recebeu reconhecimento apropriado)
– My Sister’s Quinceañera, de Aaron Douglas Johnston
– Newlyweeds, de Shake King
– The Foxy Merkins, de Madeline Olnek
19º PRÊMIO STELLA ARTOIS TRUER THAN FICTION (Concedido ao diretor de não-ficção emergente que ainda não recebeu reconhecimento significante)
– A River Changes Course, de Kalvanee Mam
– Let the Fire Burn, de Jason Osder
– Manakamana, de Stephanie Spray & Pacho Velez
A 29ª edição do Independent Spirit Awards acontece no dia 1º de Março de 2014, costumeiramente um dia antes do Oscar.
Ao lado de Miles Teller, Shailene Woodley foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz por The Spectacular Now (photo by http://www.elfilm.com)