‘NOMADLAND’ VENCE o PRÊMIO do SINDICATO de PRODUTORES (PGA) e se aproxima do OSCAR

ROAD MOVIE DE CHLOÉ ZHAO DÁ IMPORTANTE PASSO PARA O OSCAR DE MELHOR FILME

A cerimônia virtual do Producers Guild of America (PGA) aconteceu nesta quarta (24), com todos os discursos pré-gravados. A vitória de Nomadland reforça ainda mais seu favoritismo na temporada, batendo concorrentes fortes e diretos no Oscar como Bela Vingança, Minari e Os 7 de Chicago.

É importante destacar que a vitória do PGA não garante o Oscar, principalmente se lembrarmos da temporada passada em que 1917 ganhou o prêmio do sindicato, mas perdeu para Parasita na cerimônia da Academia. O filme de guerra de Sam Mendes conquistou o PGA e o DGA, enquanto o drama coreano de Bong Joon Ho conquistou o SAG. Curiosamente, Nomadland não está sequer indicado ao SAG de Elenco, apenas Frances McDormand como Melhor Atriz, o que deve dar um novo impulso para os filmes indicados por lá: Destacamento Blood, A Voz Suprema do Blues, Minari, Os 7 de Chicago e Uma Noite em Miami.

Se compararmos as estatísticas nesses 31 anos de PGA, continuam bem positivas: foram 21 acertos em relação ao Oscar, sendo o último Green Book. Veja tabela abaixo dos últimos 10 anos:

ANOPGA FILMEOSCAR FILME
2021Nomadland???
20201917Parasita
2019Green BookGreen Book
2018A Forma da ÁguaA Forma da Água
2017La La LandMoonlight
2016A Grande ApostaSpotlight
2015BirdmanBirdman
201412 Anos de Escravidão12 Anos de Escravidão
2013ArgoArgo
2012O ArtistaO Artista
2011O Discurso do ReiO Discurso do Rei

Na categoria de Animação, também deu a aposta mais óbvia de Soul. Como existe uma opinião generalizada de que não se trata de um dos melhores trabalhos da Pixar, ainda há chances para Wolfwalkers no Oscar, mas com este prêmio, são bem menores. Não sei quanto a vocês, mas pela categoria costumar ser diversificada, torcemos por produções menores e igualmente bem feitas como no ano passado o Klaus ou Perdi Meu Corpo, por isso ficamos um pouco decepcionados quando o Oscar vai sempre pra Disney ou Pixar. E todo ano indicam uma produção em língua estrangeira, mas a última e única vez que uma delas foi premiada foi em 2002 com A Viagem de Chihiro.

Já entre os Documentários, surpreendentemente Professor Polvo levou a melhor. A surpresa é que 2020 foi um ano bastante competitivo no gênero, com fortes títulos como Time, As Mortes de Dick Johnson e The Truffle Hunters, e acaba ganhando um documentário bem simples com uma vertente mais “fofinha” de um homem que faz amizade com um polvo, ou melhor, “polva”. Diríamos que a campanha milionária da Netflix tem sido bem eficiente, pois o filme também está entre os indicados ao Oscar de Melhor Documentário. Com essa vitória, não duvidamos de um novo triunfo no Oscar. Se isso acontecer, pode ser alvo de críticas por haver filmes melhores e com temáticas mais sérias e urgentes como o racismo e a política.

A matéria da Variety destacou que houve dois erros crassos de digitação na cerimônia virtual. No primeiro, erraram o nome do ator Steven Yeun ao introduzi-lo como “Steven Yuen”. Já no segundo, na seção do In Memoriam, o nome do ator indiano Irrfan Khan foi escrito como “Irrif Kahn”. Aí o corpo do Irrfan se revirou no túmulo.

CONFIRA OS VENCEDORES DO 32º PGA AWARDS:

PRÊMIO DARRYL F. ZANUCK DE MELHOR PRODUÇÃO DE CINEMA

  • NOMADLAND (Nomadland) (Searchlight Pictures)
    Produtores: Mollye Asher, Dan Janvey, Frances McDormand, Peter Spears, Chloé Zhao

MELHOR PRODUÇÃO DE LONGA DE ANIMAÇÃO

  • SOUL (Soul) (Pixar)
    Produtora: Dana Murray

MELHOR PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO

  • PROFESSOR POLVO (My Octopus Teacher) (Netflix)
    Produtor: Craig Foster

MELHOR PRODUÇÃO DE SÉRIE EPISÓDICA

  • THE CROWN (Netflix)
    Produtores: Peter Morgan, Suzanne Mackie, Stephen Daldry, Andy Harries, Benjamin Caron, Matthew Byam Shaw, Robert Fox, Michael Casey, Andy Stebbing, Martin Harrison, Oona O’Beirn

MELHOR PRODUÇÃO DE SÉRIE DE COMÉDIA

  • SCHITT’S CREEK (Pop TV)
    Produtores: Eugene Levy, Daniel Levy, Andrew Barnsley, Fred Levy, David West Read, Ben Feigin, Michael Short, Kurt Smeaton, Kosta Orfanidis

MELHOR PRODUÇÃO DE MINISSÉRIE

  • O GAMBITO DA RAINHA (The Queen’s Gambit) (Netflix)
    Produtores: William Horberg, Allan Scott, Scott Frank, Marcus Loges, Mick Aniceto

MELHOR PRODUÇÃO DE FILME FEITO PARA TV

  • HAMILTON (Hamilton) (Disney Plus)
    Produtores: Thomas Kail, Lin-Manuel Miranda, Jeffrey Seller

‘NOMADLAND’ CONQUISTA 4 PRÊMIOS do CRITICS’ CHOICE, incluindo MELHOR FILME

FAVORITISMO DE ROAD MOVIE DE CHLOÉ ZHAO TEM CRESCIDO NAS ÚLTIMAS SEMANAS

Pela primeira vez, o Critics’ Choice Awards foi exibido simultaneamente pelo YouTube no canal da TNT Brasil. Os números de audiência por lá não foram dos melhores, tendo uma média de 2 mil pessoas assistindo. O lado ruim de assistir pela internet é não poder contar com a tecla SAP, e aguentar aquela montanha de comentários toscos dos espectadores. Contudo, o que mais nos incomodou foi a falta de opinião dos dois hosts da TNT. Parecia que, por contrato, eles estavam proibidos de falar mal de algum filme, série ou ator. Tudo estava “maravilhoso”. Cadê a personalidade, gente?

Em cerimônias anteriores, já era comum a ausência de indicados na premiação por ter uma relevância menor em relação ao Globo de Ouro, BAFTA, SAG e Oscar. Com o evento sendo virtual este ano, honestamente esperávamos uma presença maior dos indicados, já que poderiam prestigiar ou agradecer do conforto dos lares (inclusive Jason Sudeikis novamente estava com uma blusa moletom), mas muitos sequer se deram o trabalho de ligar o celular ou o notebook, comprovando que o Critics’ Choice ainda está longe de ter uma credibilidade na temporada de premiações.

Falando nisso, mais uma vez houve o descaso com algumas categorias técnicas, cujos indicados e vencedores tiveram que se contentar com uma tela de PowerPoint nos pré-intervalos para anunciar o vencedor. A gente entende que o tempo é curto numa já longa transmissão, mas poderiam ceder pelo menos 30 segundos para cada vencedor, nem que fossem discursos pré-gravados… Afinal, de que adianata a Bolha Assassina aumentar categorias e indicados todos os anos e não ter tempo para apresentá-los devidamente? Acreditamos que essa falta de consideração afasta muitos dos indicados a cada ano.

TEVE SURPRESAS?

É difícil surpreender numa premiação que busca apenas acertar os futuros vencedores do Oscar. O Globo de Ouro, que costumava ser o maior parâmetro do Oscar, houve espaço para três surpresas: Andra Day, Rosamund Pike e Jodie Foster. E o Critics’? Talvez a única tenha sido a premiação de Roteiro Original para Emerald Fennell por Bela Vingança. Não que o filme seja um candidato azarão, mas havia um forte favoritismo para Aaron Sorkin e seu Os 7 de Chicago. Embora não acompanhemos tão bem as séries televisivas, pelo visto as surpresas também não aconteceram, pois houve predomínio esperado de The Crown, The Queen’s Gambit, Schitt’s Creek e Ted Lasso.

A cerimônia durou cerca de 3 horas, ou melhor, 1 hora de cerimônia e 2 horas de intervalos. Acabamos de assistir ao Critics’ Choice odiando Santander, Fiat, Samsung Galaxy e Riachuelo de tanto ver suas propagandas. A respeito dos discursos de agradecimento, pelo menos pareceram mais rápidos e sucintos, mas por outro lado, perderam um pouco da naturalidade e espontaneidade, talvez com exceção do discurso do pequeno Alan Kim, que chorou ao levar o prêmio de Ator Juvenil por Minari. Destaque também para a diretora Chloé Zhao e a produtora Mollye Asher, que dedicaram os prêmios de Nomadland para o técnico de som do filme, M. Wolf Snyder, que cometeu suicídio aos 35 anos, no início de Março.

Embora tenha levado o prêmio de Design de Produção, Mank pode ser considerado um dos maiores perdedores da noite, já que foi indicado a 12 categorias. Desta vez, o diretor David Fincher nem apareceu virtualmente para tomar suas doses de tequila. Essa única vitória pode se repetir no final de Abril no Oscar, já que o filme não tem sido favorito a nenhuma outra categoria, incluindo Atriz Coadjuvante para Amanda Seyfried, que pra piorar, nem foi indicada ao SAG.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 26º CRITICS’ CHOICE AWARDS:

MELHOR FILME
Nomadland (Searchlight Pictures)

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ATOR
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan (Bela Vingança) (Focus Features)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro) (Warner Bros)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte) (Amazon Studios)

MELHOR ATOR OU ATRIZ JUVENIL
Alan Kim (Minari) (A24)

MELHOR ELENCO
Os 7 de Chicago (Netflix)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança (Focus Features) – Emerald Fennell

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank (Netflix) – Donald Graham Burt, Jan Pascale

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland (Searchlight Pictures) – Joshua James Richards

MELHOR FIGURINO
A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ann Roth

MELHOR MONTAGEM (Empate)
O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Mikkel E.G. Nielsen
Os 7 de Chicago (Netflix) – Alan Baumgarten

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Voz Suprema do Blues (Netflix)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Tenet (Warner Bros)

MELHOR TRILHA ORIGINAL
Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross

MELHOR CANÇÃO
Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – “Speak Now”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Minari (A24)

MELHOR COMÉDIA
Palm Springs (Hulu/NEON)

TV/STREAMING

MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA
The Crown

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
Josh O’Connor (The Crown)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
Emma Corrin (The Crown)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – SÉRIE DRAMÁTICA
Michael K. Williams (Lovecraft Country)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – SÉRIE DRAMÁTICA
Gillian Anderson (The Crown)

MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Ted Lasso (Apple TV Plus)

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – SÉRIE DE COMÉDIA
Daniel Levy (Schitt’s Creek)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – SÉRIE DE COMÉDIA
Hannah Waddingham (Ted Lasso)

MELHOR MINISSÉRIE
O Gambito da Rainha (Netflix)

MELHOR FLME FEITO PARA TV
Hamilton (Disney Plus)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
John Boyega (Small Axe)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Anya Taylor-Joy (O Gâmbito da Rainha)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Donald Sutherland (The Undoing)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Uzo Aduba (Mrs. America)

MELHOR SÉRIE – FORMATO CURTO
Better Call Saul: Ethics Training With Kim Wexler (AMC)

MELHOR ESPECIAL DE COMÉDIA (Empate)
Jerry Seinfeld: 23 Hours to Kill (Netflix)
Michelle Buteau: Welcome to Buteaupia (Netflix)

MELHOR TALK SHOW
Late Night with Seth Meyers (NBC)

#SEEHER AWARD: Zendaya

%d blogueiros gostam disto: