‘ATAQUE DOS CÃES’ LIDERA INDICAÇÕES ao OSCAR REPLETO de SURPRESAS

PELA PRIMEIRA VEZ, FILME DA NETFLIX É O RECORDISTA DE INDICAÇÕES DE UMA EDIÇÃO

Há poucos anos atrás, a reclamação mais recorrente em relação ao Oscar era a previsibilidade, principalmente nas categorias principais e de atuação. Em 2020, os quatro atores que ganharam o Oscar: Joaquin Phoenix, Renée Zellweger, Brad Pitt e Laura Dern levaram todos os prêmios de destaque da temporada, impossibilitando qualquer tipo de surpresa para a cerimônia. Este ano, parece que a Academia tomou as devidas providências, reconheceu profissionais que não estavam necessariamente bem cotados, e o resultado foi uma lista de surpresas e ausências.

Dentre as surpresas, as duas maiores foram na categoria de Melhor Atriz: Lady Gaga, que estava praticamente garantida após as indicações ao SAG e BAFTA, foi esnobada por Casa Gucci, para a entrada da quase esquecida Kristen Stewart por Spencer. Ao contrário de Gaga, Stewart passou longe dos prêmios anteriores e perdeu o Globo de Ouro para Nicole Kidman. Existem chances de Stewart levar o Oscar? Improvável, mas não impossível. Basta lembrarmos de casos recentes porém raros semelhantes ao dela como Marcia Gay Harden por Pollock.

Ainda em Melhor Atriz, Penélope Cruz entrou na reta final por Mães Paralelas, comprovando o alto prestígio que Pedro Almodóvar tem junto à Academia. Esta é a quarta indicação dela, e a segunda sob a direção do diretor espanhol. Havia a possibilidade da norueguesa Renate Reinsve conseguir o mesmo feito por A Pior Pessoa do Mundo, mas acho que a cota para estrangeiras parou com Cruz, que aliás foi indicada na mesma edição com seu marido, Javier Bardem, que foi indicado por Apresentando os Ricardos. Honestamente, não considero uma atuação digna de Oscar (seria mais uma questão de carisma), mas é sempre bom ter Bardem lembrado. Na mesma toada, J.K. Simmons é um ótimo ator, mas uma indicação por esta performance parece um pouco exagerada. Na categoria de Coadjuvante, acreditava que não apenas Bradley Cooper seria indicado por Licorice Pizza, mas também ganharia… principalmente sem Alana Haim no páreo.

Falando em casais indicados, outro reconhecido neste ano foi Jesse Plemons e Kirsten Dunst, que inclusive formam um casal em Ataque dos Cães. É a primeira vez que ambos são indicados ao Oscar, mas ambos têm poucas chances de vitória. Ele por dividir votos com Kodi Smit-McPhee, e ela por estar distante do favoritismo de Ariana DeBose como Coadjuvante. Aliás, muito me surpreendeu a ausência de Caitriona Balfe por Belfast, já que ela vinha sendo lembrada em todos os prêmios da temporada. Embora não tenha muitas cenas memoráveis, Balfe está bem no filme de Branagh, mas ela cedeu sua vaga para sua colega de filme, Judi Dench, que tem menos cenas ainda, mas foi lembrada por seu prestígio. É a 8ª indicação da atriz britânica.

Talvez a maior surpresa (mesmo que esperada) tenha sido a indicação de Melhor Filme para um filme japonês de 3 horas de duração: Drive My Car. A adaptação de Haruki Murakami ganhou inúmeros prêmios na temporada, inclusive Melhor Filme nos grupos de críticos de Los Angeles e Nova York, mas mesmo assim, havia dúvidas se os membros da Academia abraçariam um longa estrangeiro tão sutil. Considero a indicação de Direção para Ryûsuke Hamaguchi fenomenal, pois comprova que a categoria de Diretor tem se firmado cada vez mais como uma disputa que preza a ousadia (ao contrário do conservadorismo frequente de Melhor Filme). E nesse quesito, segundo a Academia, faltou ousadia para Denis Villeneuve por sua primeira parte de Duna.

Em termos históricos, vale destacar a tripla indicação inédita de Melhor Filme Internacional, Longa de Animação e Documentário para o dinamarquês Flee (Fuga). É uma pena que esse tipo de situação costuma desfavorecer o filme, que perde votos por se dividirem. Merecia ganhar como Longa de Animação no lugar de algum filme mais batido da Disney ou Pixar, mas por mais que não ganhe nada, merece ser visto e admirado. E claro, vale lembrar aqui a 1ª indicação para o Butão na categoria de Filme Internacional. Lunana: A Yak in the Classroom é aquela típica produção milagrosa que rendeu um filme apesar do baixíssimo orçamento e condições precárias. Deve perder a estatueta para o japonês Drive My Car, mas espero que atraia maiores investimentos para o cinema de lá.

Sobre a categoria de Canção Original, fiquei desapontado por não terem indicado a canção “Beyond the Shore” de No Ritmo do Coração. Além de uma canção bonita, é cantada pela própria atriz Emilia Jones, e tem muito a ver com a história da filha de pais surdos-mudos. Eu amo a compositora Diane Warren, que passa a acumular 13 indicações sem vitória agora, mas essa indicação da canção “Somehow You Do” parece destinada a perder mais uma vez. Apesar da presença icônica de Beyoncé na categoria pela canção de King Richard, acredito em mais uma vitória de uma canção da franquia 007, ainda mais aproveitando a fama global de Billie Eilish.

Tem outras coisas que vale citar aqui referente a Casa Gucci como a exclusão do filme na categoria de Figurino (parecia ser uma indicação mais do que garantida por se tratar de um filme envolvendo moda) e de Jared Leto como Ator Coadjuvante, que aliás foi indicado para o Framboesa de Ouro como Pior Coadjuvante por uma performance carregada pela maquiagem exagerada. Outra ausência bastante comemorada por cinéfilos foi a de Aaron Sorkin (Apresentando os Ricardos) nas categorias de Filme e Roteiro Original. O roteiro de Sorkin consegue ser mais politicamente correto e quadrado do que seu anterior Os 7 de Chicago, e a Academia fez bem em esnobá-lo, senão o homem começa a achar que tudo que ele faz é genial. E o mais legal de Sorkin fora é que ele cedeu lugar para um roteiro filosófico, divertido e despojado: o roteiro do filme norueguês A Pior Pessoa do Mundo, que é lembra as comédias românticas de Truffaut e até Godard.

Ah! Temos a 2ª diretora de fotografia mulher indicada ao Oscar de Melhor Fotografia! Depois de Rachel Morrison ter aberto as portas em 2018 com Mudbound, a australiana Ari Wegner é reconhecida por Ataque dos Cães, muito embora também merecesse pelo independente Zola. Falando em marcas históricas, a diretora Jane Campion se tornou a 1ª diretora a ser indicada duas vezes ao Oscar de Direção. Pra quem não se lembra, ela foi indicada em 1994 por O Piano, e perdeu para Steven Spielberg por A Lista de Schindler. Aliás, Spielberg atinge uma marca impressionante por ter sido o único diretor indicado em todas as últimas décadas desde os anos 70 pra cá. Coincidentemente, parece que Campion deve retribuir a derrota justamente contra Spielberg este ano.

E sobre a liderança de Ataque dos Cães com 12 indicações, é preciso ressaltar o belo trabalho que a Netflix vem fazendo nos últimos anos. Tem investido massivamente em produções de pedigree com diretores-autores, mas sempre tem batido na trave na hora de ganhar o Oscar de Melhor Filme como foi com Roma, O Irlandês e Mank. Será que finalmente chegou a vez da plataforma de streaming se consagrar? Aproveitando, seguem os números dos filmes no Oscar 2022:

12 (Ataque dos Cães); 10 (Duna); 7 (Belfast) (Amor, Sublime Amor); 6 (King Richard); 4 (Drive My Car/ Não Olhe Para Cima/ O Beco do Pesadelo); 3 (Licorice Pizza/ No Ritmo do Coração/ A Tragédia de Macbeth/ Apresentando os Ricardos/ A Filha Perdida/ Encanto/ Flee/ 007 Sem Tempo Para Morrer).

Confira todos os indicados ao Oscar 2022:

MELHOR FILME

  • Belfast (Belfast)
  • No Ritmo do Coração (CODA)
  • Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up)
  • Drive My Car
  • Duna (Dune)
  • King Richard: Criando Campeãs (King Richard)
  • Licorice Pizza (Licorice Pizza)
  • O Beco do Pesadelo (Nightmare Alley)
  • Ataque dos Cães (The Power of the Dog)
  • Amor, Sublime Amor (West Side Story)

MELHOR DIREÇÃO

  • Kenneth Branagh (Belfast)
  • Ryûsuke Hamaguchi (Drive My Car)
  • Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)
  • Jane Campion (Ataque dos Cães)
  • Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor)

MELHOR ATOR

  • Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)
  • Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
  • Andrew Garfield (Tick, Tick… Boom!)
  • Will Smith (King Richard)
  • Denzel Washington (A Tragédia de MacBeth)

MELHOR ATRIZ

  • Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)
  • Olivia Colman (A Filha Perdida)
  • Kristen Stewart (Spencer)
  • Penélope Cruz (Madres Paralelas)
  • Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Ciarán Hinds (Belfast)
  • Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
  • Jesse Plemons (Ataque dos Cães)
  • J.K. Simmons (Apresentando os Ricardos)
  • Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Jessie Buckley (A Filha Perdida)
  • Ariana Debose (Amor, Sublime Amor)
  • Judi Dench (Belfast)
  • Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
  • Aunjanue Ellis (King Richard)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • Belfast
  • Não Olhe para Cima
  • King Richard
  • Licorice Pizza
  • A Pior Pessoa do Mundo

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

  • No Ritmo do Coração
  • Drive My Car
  • Duna
  • A Filha Perdida
  • Ataque dos Cães

MELHOR FOTOGRAFIA

  • Greig Fraser (Duna)
  • Dan Lautsen (O Beco do Pesadelo)
  • Ari Wegner (Ataque dos Cães)
  • Bruno Delbonnel (A Tragédia de Macbeth)
  • Janusz Kominski (Amor, Sublime Amor)

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • Encanto
  • Madres Paralelas
  • Ataque dos Cães

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

  • “Be Alive” (King Richard)
  • “Dos Oruguitas” (Encanto)
  • “Down To Joy” (Belfast)
  • “No Time To Die” (007 – Sem Tempo para Morrer)
  • “Somehow You Do” (Four Good Days)

MELHOR MONTAGEM

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • King Richard
  • Ataque dos Cães
  • Tick, Tick… Boom!

MELHOR FIGURINO

  • Cruella
  • Cyrano
  • Duna
  • O Beco do Pesadelo
  • Amor, Sublime Amor

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Um Príncipe em Nova York 2
  • Cruella
  • Duna
  • Os Olhos de Tammy Faye
  • Casa Gucci

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

  • Duna
  • Ataque dos Cães
  • O Beco do Pesadelo
  • A Tragédia de MacBeth
  • Amor, Sublime Amor

MELHOR SOM

  • Belfast
  • Duna
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor

MELHORES EFEITOS VISUAIS

  • Duna
  • Free Guy: Assumindo o Controle
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
  • Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

MELHOR FILME INTERNACIONAL

  • Drive My Car (Japão)
  • Flee (Dinamarca)
  • A Mão de Deus (Itália)
  • Lunana (Butão)
  • A Pior Pessoa do Mundo (Noruega)

MELHOR DOCUMENTÁRIO

  • Ascension
  • Attica
  • Flee
  • Summer of Soul
  • Writing with Fire

MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • Audible
  • Lead Me Home
  • The Queen of Basketball
  • Three Songs for Ben Azir
  • When We Were Bullies

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

  • Encanto
  • Luca
  • Flee
  • A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
  • Raya e o Último Dragão

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Affairs of the Art
  • Bestia
  • Robin Robin
  • Boxballet
  • The Windshield Wiper

MELHOR CURTA-METRAGEM

  • Ala Kachuu – Take and Run
  • The Dress
  • The Long Goodbye
  • On My Mind
  • Please Hold

JENNIFER HUDSON, CATE BLANCHETT e BRADLEY COOPER SÃO INDICADOS ao SAG AWARDS. SÉRIE ‘ROUND 6’ FAZ HISTÓRIA.

PRÊMIO DO SINDICATO DOS ATORES SUBSTITUI NOMES CERTOS DA TEMPORADA

Ao meio-dia, horário de Brasília, desta quarta-feira (12), as atrizes Rosario Dawson e Vanessa Hudgens se juntaram numa live do Instagram para fazer o anúncio dos indicados ao SAG Awards. Esta mesma live foi gravada e está disponível em forma de post no Instagram.

Pra quem gosta de confirmações que elevem os patamares dos favoritos, o SAG esquentou a cabeça de muitos que seguem a temporada de premiações, pois tirou do páreo nomes que até então eram quase certos para uma indicação ao Oscar. Já para aqueles que preferem a imprevisibilidade e um reconhecimento mais diversificado, o SAG reservou algumas surpresas (não necessariamente) agradáveis.

Primeiramente, vamos às confirmações Benedict Cumberbatch, Andrew Garfield, Will Smith e Denzel Washington na categoria de Ator; Jessica Chastain, Lady Gaga, Olivia Colman, Nicole Kidman na categoria de Atriz; Troy Kotsur, Kodi Smit-McPhee e Jared Leto na de Ator Coadjuvante; Caitríona Balfe, Ariana DeBose e Kirsten Dunst em Atriz Coadjuvante. Em sua grande maioria, são nomes que estiveram mais presentes em listas anteriores de críticos e no Globo de Ouro.

Já as surpresas são Javier Bardem tomando um possível lugar de Peter Dinklage (por Cyrano); Jennifer Hudson tomando o lugar de Kristen Stewart (Spencer) – que até pouco tempo atrás era uma franco-favorita; Bradley Cooper e Ben Affleck tomando os lugares de Jamie Dornan e Ciarán Hinds (ambos de Belfast); e Cate Blanchett e Ruth Negga nos lugares de Anjanue Ellis e Marlee Matlin (ou Ann Dowd). Quem estava contando com Kristen Stewart certamente se decepcionou com a entrada de Hudson (cujo filme sobre Aretha Franklin não foi bem recebido por público ou crítica), mas esse tipo de abertura gera uma temporada de premiações menos fechada e possibilita um reconhecimento mais abrangente de performances e filmes diferentes.

Falando em possibilidades, a categoria principal do SAG, que coroa o Melhor Elenco, costuma ser equiparada ao Oscar de Melhor Filme. Algumas vezes, o filme vencedor desse prêmio realmente acaba levando o Oscar principal da noite como no caso de Parasita, mas as estatísticas não estão muito favoráveis nos últimos cinco anos, pois em quatro deles, o vencedor do SAG não levou o Oscar: Os 7 de Chicago, Pantera Negra, Três Anúncios Para um Crime e Estrelas Além do Tempo. Se levarmos isso em consideração, a não-indicação de Ataque dos Cães e Amor, Sublime Amor (ambos favoritos ao Oscar) não interfere demais numa possível campanha vencedora, assim como não eleva tanto para os indicados Casa Gucci ou King Richard.

Apesar do elenco estelar de Não Olhe Para Cima, composto por Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Jonah Hill, Timothée Chalamet e Meryl Streep, o SAG deve ficar com Belfast ou No Ritmo do Coração, que curiosamente são elencos de famílias, e o SAG adora esse senso de unidade familiar e as atuações em conjunto para selecionar o vencedor de Elenco. O filme de Kenneth Branagh sobre a cidade irlandesa leva uma ligeira vantagem pois a participação dos atores está mais bem distribuída e alinhada. Particularmente, concordo com a não-indicação de Dornan e Hinds como Coadjuvantes, pois são atuações menos significantes. Já pelo drama da família surda, Marlee Matlin está bem, mas é realmente Troy Kotsur que rouba a cena como o pai Frank.

Sem querer dar uma de bola de cristal (até mesmo porque a cerimônia só será no dia 27 de Fevereiro), seguem meus palpites dos vencedores para as categorias de cinema:
ELENCO: Belfast
ATOR: Will Smith (King Richard)
ATRIZ: Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)
ATOR COADJUVANTE: Bradley Cooper (Licorice Pizza)
ATRIZ COADJUVANTE: Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
DUBLÊS: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Nas categorias televisivas, o destaque ficou por conta de Round 6 (ou Squid Game), que se tornou a primeira série em língua-estrangeira indicada ao SAG na história de 28 anos. A série sul-coreana foi líder de views na plataforma da Netflix em mais de 90 países e foi a mais assistida na história da plataforma de streaming, praticamente obrigando os prêmios a quebrarem seus paradigmas de ficarem isolados em séries domésticas. Na semana passada, a série ganhou o Globo de Ouro de Ator Coadjuvante para Oh Yeong-su (o velhinho participante Nº 001), mas ele não foi reconhecido com uma indicação individual no SAG, que preferiu indicar o protagonista Lee Jung-jae como Ator de Série Dramática, e a jovem Jung Heyon como Melhor Atriz de Série Dramática.

Confira todos os indicados do SAG Awards:

CINEMA

MELHOR ELENCO – FILME

Belfast (Focus Features)  
No Ritmo do Coração (Apple Original Films) 
Não Olhe Para Cima (Netflix)  
Casa Gucci (MGM/United Artists Releasing)  
King Richard: Criando Campeãs (Warner Bros) 

MELHOR ATOR

Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)  
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães) 
Andrew Garfield (Tick, Tick … Boom!) 
Will Smith (King Richard: Criando Campeãs)  
Denzel Washington (The Tragedy of Macbeth) 

MELHOR ATRIZ

Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)  
Olivia Colman (A Filha Perdida)  
Lady Gaga (Casa Gucci) 
Jennifer Hudson (Respect: A História de Aretha Franklin)  
Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos) 

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Ben Affleck (Bar Doce Lar)  
Bradley Cooper (Licorice Pizza)  
Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)  
Jared Leto (Casa Gucci)  
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Caitríona Balfe (Belfast)
Cate Blanchett (O Beco do Pesadelo)
Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
Ruth Negga (Identidade)

MELHOR EQUIPE DE DUBLÊS – FILME

Viúva Negra
Duna
Matrix Resurrections
007 Sem Tempo Para Morrer
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

TV OU STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA

The Handmaid’s Tale (Hulu) 
The Morning Show (Apple TV Plus) 
Round 6 (Netflix) 
Succession (HBO) 
Yellowstone (Paramount Network) 

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA

Brian Cox (Succession) 
Billy Crudup (The Morning Show) 
Kieran Culkin (Succession)  
Lee Jung-Jae (Round 6)  
Jeremy Strong (Succession)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA

Jennifer Aniston (The Morning Show) 
Jung Ho-yeon (Round 6)
Elizabeth Moss (The Handmaid’s Tale)  
Sarah Snook (Succession) 
Reese Witherspoon (The Morning Show)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA

The Great (Hulu)  
Hacks (HBO Max)  
The Kominsky Method (Netflix)
Only Murders in the Building (Hulu)  
Ted Lasso (Apple TV Plus)

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA

Michael Douglas (The Kominsky Method)  
Brett Goldstein (Ted Lasso) 
Steve Martin (Only Murders in the Building)  
Martin Short (Only Murders in the Building)  
Jason Sudeikis (Ted Lasso)  

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA

Elle Fanning (The Great)
Sandra Oh (The Chair)
Jean Smart (Hacks)
Juno Temple (Ted Lasso)
Hannah Waddingham (Ted Lasso)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Murray Bartlett (The White Lotus)  
Oscar Isaac (Scenes From a Marriage)  
Michael Keaton (Dopesick) 
Ewan McGregor (Halston)  
Evan Peters (Mare of Easttown) 

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

Jennifer Coolidge (The White Lotus)  
Cynthia Erivo (Genius: Aretha)  
Margaret Qualley (Maid)  
Jean Smart (Mare of Easttown)  
Kate Winslet (Mare of Easttown)  

MELHOR EQUIPE DE DUBLÊS – SÉRIE

Cobra Kai
Falcão Negro e o Soldado Invernal
Loki
Mare of Easttown
Round 6

ACADEMIA DIVULGA PRÉ-LISTAS SEM ‘TITANE’ e ‘DESERTO PARTICULAR’

PELA PRIMEIRA VEZ, PRÉ-LISTA SE ESTENDE À CATEGORIA DE MELHOR SOM

Nest terça-feira (21/12), a Academia divulgou as pré-listas de dez categorias. Foram 15 pré-selecionados para Melhor Documentário, Filme Internacional, Trilha Musical Original e Canção Original, enquanto foram 10 nas categorias de Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais, Som, Documentário-Curta, Curta-Metragem e Curta de Animação. Apenas os filmes dessas listas poderão seguir adiante na disputa pelas 5 indicações nessas categorias, que serão divulgadas apenas no dia 08 de Fevereiro.

Embora torcida não falte, o representante brasileiro, Deserto Particular, de Aly Muritiba, não avançou na disputa por uma das 5 cobiçadas vagas da categoria Filme Internacional. O Brasil permanece estacionado em 1999, quando Central do Brasil foi indicado, e em 2007, quando O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias chegou na pré-lista. Havia uma expectativa razoável do Cinema Brasileiro voltar ao tapete vermelho caso 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, tivesse sido selecionado pelo comitê da Academia Brasileira de Cinema, pois o filme já contava com o aporte da Netflix e dos produtores indicados ao Oscar, Fernando Meirelles e Ramin Bahrani, mas agora jamais saberemos como seria. O jeito é continuar apoiando o cinema nacional em tempos difíceis e torcer para que esse comitê selecione com maior preparo, antecipação e embasamento, e não apenas por gostos pessoais.

Se não houve espaço para o Brasil em Filme Internacional, sobrou uma vaguinha para Curta-Metragem para o filme Seiva Bruta, de Gustavo Milan, ou Under the Heavens como ficou conhecido internacionalmente. A história acompanha uma jovem venezuelana que ajuda um casal em dificuldades amamentando a filha deles após imigrar ao Brasil. Se não me engano, o último curta brasileiro indicado ao Oscar foi em 2001 com Uma História de Futebol, de Paulo Machline.

Abaixo, seguem as pré-listas das dez categorias e um breve panorama e comentário.

DOCUMENTÁRIO

  • “Ascension” (MTV Documentary Films) – dir. Jessica Kingdon
  • “Attica” (Showtime) – dir. Stanley Nelson
  • “Billie Eilish: The World’s a Little Blurry” (Apple Original Films) – dir. RJ Cutler
  • “Faya Dayi” (Janus Films) – dir. Jessica Beshir
  • “The First Wave” (National Geographic) – dir. Matthew Heineman
  • “Flee” (Neon) – dir. Jonas Poher Rasmussen
  • “In the Same Breath” (HBO Documentary Films) – dir. Nanfu Wang
  • “Julia” (Sony Pictures Classics) – dir. Julie Cohen, Betsy West
  • “President” (Greenwich Entertainment) – dir. Camilla Nielsson
  • “Procession” (Netflix) – dir. Robert Greene
  • “The Rescue” (National Geographic) – dir. Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi
  • “Simple as Water” (HBO Documentary Films) – dir. Megan Mylan
  • “Summer of Soul (…Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” (Searchlight Pictures) – dir. Quest Love
  • “The Velvet Underground” (Apple Original Films) – dir. Todd Haynes
  • “Writing with Fire” (Music Box Films) – dir. Rintu Thomas

Houve um redução considerável do número de documentários inscritos este ano se compararmos ao ano de 2020: de 238 para 138, mas ainda assim há bons documentários que merecem estar no Oscar. O primeiro destaque fica por conta do dinamarquês Flee, que se tornou o primeiro exemplar de filme elegível nas categorias de Documentário, Filme Internacional e Longa de Animação, e é bem possível que possa ser triplamente indicado.

Até o momento, um dos documentários mais bem comentados e elogiados foi Summer of Soul, dirigido pelo DJ Questlove, o mesmo que proveu música para a última cerimônia do Oscar. Ele recupera imagens sagradas de um festival de música e cultura afro no Harlem em 1969, e em tempos pós-Black Lives Matter, está com a passagem praticamente garantida para o Dolby Theater.

Procession, que acompanha um grupo de vítimas de abuso sexual de padres católicos, recentemente foi indicado ao Independent Spirit e ficou em 2º lugar na seleção do LAFCA. E existem as possibilidades da diretora chinesa Nanfu Wang, que foi esnobada pelo ótimo One Child Nation, ser indicada por In the Same Breath, que disseca a ligação da pandemia de Wuhan com o Partido Comunista Chinês; e do aclamado Todd Haynes, diretor de Longe do Paraíso e Carol, ser indicado pelo documentário The Velvet Underground, sobre uma das bandas de rock mais influentes de seu tempo.

FILME INTERNACIONAL

  • “Great Freedom” (Áustria) – dir. Sebastian Meise
  • “Playground” (Bélgica) – dir. Laura Wandel
  • “Lunana: A Yak in the Classroom” (Butão) – dir. Pawo Choyning Dorji
  • “Flee” (Dinamarca) – dir. Jonas Poher Rasmussen
  • “Compartment No. 6” (Finlândia) – dir. Juho Kuosmanen
  • “O Homem Ideal” (Alemanha) – dir. Maria Schrader
  • “Lamb” (Islândia) – dir. Valdimar Jóhannsson
  • “A Hero” (Irã) – dir. Asghar Farhadi
  • “A Mão de Deus” (Itália) – dir. Paolo Sorrentino
  • “Drive My Car” (Japão) – dir. Ryusuke Hamaguchi
  • “Hive” (Kosovo) – dir. Blerta Basholli
  • “Prayers for the Stolen” (México) – dir. Tatiana Huezo
  • “The Worst Person in the World” (Noruega) – dir. Joachim Trier
  • “Plaza Catedral” (Panamá) – dir. Abner Benaim
  • “The Good Boss” (Espanha) – dir. Fernando León de Aranoa

Como no ano anterior, foram 93 filmes inscritos. Desde a última temporada, devido à pandemia, o comitê especial que elegia três dos nove filmes pré-listado foi suspenso, mas por outro lado, os pré-selecionados passaram de nove para quinze filmes. Claro que isso é ótimo para esses filmes, pois podem trabalhar com mais tempo em suas campanhas em solo americano, mas existem chances bem maiores de filmes premiados e aclamados serem esnobados como foi o caso do francês Titane, de Julia Ducournau, que se tornou a segunda mulher a vencer a Palma de Ouro em Cannes. Apesar do prêmio, e do suporte da distribuidora NEON, o filme possui uma característica bastante divisiva (como era dos filmes do início da carreira de David Cronenberg como Crash – Estranhos Prazeres) que acaba prejudicando a média na hora da votação.

Dentre os filmes que praticamente estão dentre da lista final estão o japonês Drive My Car, o iraniano A Hero, o norueguês The Worst Person in the World (também da NEON) que, curiosamente, foram todos premiados no Festival de Cannes. Sob essa perspectiva, o finlandês Compartment No. 6 também estaria garantido, ainda mais por poder contar com a boa campanha da Sony Pictures Classics, que não pôde fazer campanha para o espanhol Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar, pois foi preterido pelo comitê espanhol por The Good Boss, que também está nesta pré-lista.

Para a última vaga, poderíamos apostar as fichas no dinamarquês Flee, mas sendo elegível também nas categorias de Longa de Animação e Documentário, os votos podem se dividir e prejudicá-lo. O italiano A Mão de Deus conta com o prestígio do vencedor do Oscar Paolo Sorrentino e do apoio da Netflix, mas a crítica tem sido bem conturbada, inclusive com frases do tipo “ele pensa que é Fellini”. E existem chances da Academia surpreender como tem feito nos últimos anos e indicar fora da lista dos previsíveis e indicar o austríaco Great Freedom ou o mexicano Prayers for the Stolen, mas não acredito que vá nos inéditos da pré-lista como o filme do Butão, Lunana: A Yak in the Classroom, do Panamá, Plaza Catedral, ou de Kosovo, Hive.

Só para citar alguns excluídos da lista além do Brasil, destaco o colombiano Memoria, de Apichatpong Weerashetakul (estrelado por Tilda Swinton) e o russo Unclenching the Fists, de Kira Kovalenko.

MAQUIAGEM E PENTEADO

  • “Um Príncipe em Nova York 2” (Amazon Studios)
  • “Cruella” (Walt Disney Pictures)
  • “Cyrano” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Os Olhos de Tammy Faye” (Searchlight Pictures)
  • “Casa Gucci” (MGM/United Artists Releasing)
  • “O Beco do Pesadelo” (Searchlight Pictures)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “O Esquadrão Suicida” (Warner Bros)
  • “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

Dentre os dez da lista, aquela transformação bisonha de Jared Leto em Casa Gucci chama bastante atenção. Se fosse alguns anos atrás, diríamos sem pestanejar que seria indicado e que ganharia, mas os tempos mudaram e a maquiagem tem sido um pouco como trilha musical, pois quanto mais sutil, melhor para a Academia. De qualquer forma, acreditamos que entra na lista final, porque Leto estampa os pôsteres e fica marcado. O mesmo pode ser dito para Os Olhos de Tammy Faye, já que Jessica Chastain nitidamente se transforma na personagem com o auxílio da maquiagem e penteado.

Duna deve estar entre os indicados e tem as melhores chances de ganhar a estatueta por se tratar da recriação de um universo renomado. Por causa dos penteados de Emma Stone, Cruella tem chances de aparecer na lista final, contando com o aporte da Disney. Já a última vaga poderia ficar entre Cyrano e Amor, Sublime Amor.

Apesar da qualidade da maquiagem transformativa de Um Príncipe em Nova York 2 ser notável, o filme foi muito mal recebido e, se o filme original não ganhou o Oscar em 1989, não é o segundo que vai. Destaque para os três filmes da MGM nessa lista: Casa Gucci, Cyrano e 007 Sem Tempo Para Morrer. Dentre os ausentes mais sentidos estão Apresentando os Ricardos e o mundo colorido de Wes Anderson em A Crônica Francesa.

TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • “Apresentando os Ricardos” (Amazon Studios) – Daniel Pemberton
  • “A Lenda de Candyman” (Universal Pictures) – Robert Aiki Aubrey Lowe
  • “Não Olhe Para Cima” (Netflix) – Nicholas Britell
  • “Duna” (Warner Bros) – Hans Zimmer
  • “Encanto” (Walt Disney Pictures) – Germaine Franco
  • “A Crônica Francesa” (Searchlight Pictures) – Alexandre Desplat
  • “O Cavaleiro Verde” (A24) – Daniel Hart
  • “Vingança e Castigo” (Netflix) – Jeymes Samuel
  • “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros) – Kris Bowers
  • “O Último Duelo” (20th Century Studios) – Harry Gregson-Williams
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing) – Hans Zimmer
  • “Madres Paralelas” (Sony Pictures Classics) – Alberto Iglesias
  • “Ataque dos Cães” (Netflix) – Jonny Greenwood
  • “Spencer” (Neon/Topic Studios) – Jonny Greenwood
  • “The Tragedy of Macbeth” (Apple Original Films/A24) – Carter Burwell

Primeiro, gostaríamos de ressaltar a inclusão da trilha de A Lenda de Candyman, de Robert Aiki Aubrey Lowe. Como é tão raro filmes de terror no Oscar, não poderíamos deixar de valorizar. Claro que não podemos nos iludir, pois a Academia adora dar o doce e depois tirá-lo, como foi o caso do ano passado com a inclusão da trilha de O Homem Invisível, que na hora das indicações, foi totalmente esnobado.

Pelas estatísticas, é importante destacar Germaine Franco como a única mulher na lista por Encanto (ela foi indicada ao Globo de Ouro), e Robert Aiki Aubrey Lowe se junta a Kris Bowers (aquele compositor do documentário-curta indicado este ano A Concerto is a Conversation) por King Richard: Criando Campeãs, e Jeymes Samuel por Vingança & Castigo como os três compositores negros da lista.

Dito isso, dois compositores têm a chance de serem duplamente indicados: Hans Zimmer por Duna e 007 Sem Tempo Para Morrer (provavelmente será indicado pelo primeiro) e Jonny Greenwood por Ataque dos Cães e Spencer (também com maiores chances de ser indicado pelo primeiro). Além deles, por enquanto apostamos em indicações para Alberto Iglesias (Madres Paralelas), Germaine Franco (Encanto) e Nicholas Britell (Não Olhe Para Cima).

CANÇÃO ORIGINAL

  • “So May We Start?” de “Annette” (Amazon Studios) por Ron Mael, Russell Mael (Sparks)
  • “Down To Joy” de “Belfast” (Focus Features) por Van Morrison
  • “Right Where I Belong” de “Brian Wilson: Long Promised Road” (Screen Media Films) por Brian Wilson, Jim James
  • “Automatic Woman” de “Bruised” (Netflix) por H.E.R. (outros compositores a serem determinados)
  • “Dream Girl” de “Cinderela” (Amazon Studios) por Idina Menzel, Laura Veltz
  • “Beyond The Shore” de “No Ritmo do Coração” (Apple Original Films) por Nicholai Baxter, Matt Dahan, Sian Heder, Marius de Vries
  • “The Anonymous Ones” de “Querido Evan Hansen” (Universal Pictures) por Benj Pasek, Justin Paul, Amandla Stenberg
  • “Just Look Up” de “Não Olhe Para Cima” (Netflix) por Nicholas Britell, Ariana Grande, Scott Mescudi, Tara Stinson
  • “Dos Oruguitas” de “Encanto” (Walt Disney Pictures) por Lin-Manuel Miranda
  • “Somehow You Do” de “Four Good Days” (Vertical Entertainment) por Diane Warren
  • “Guns Go Bang” de “Vingança e Castigo” (Netflix) por Jeymes Samuel, Scott Mescudi, Shawn Carter
  • “Be Alive” de “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros) por Beyoncé Knowles-Carter, Dixson
  • “No Time To Die” de “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing) por Billie Eilish, Finneas O’Connell
  • “Here I Am (Singing My Way Home)” de “Respect: A História de Aretha Franklin” (MGM/United Artists Releasing) por Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson, Carole King
  • “Your Song Saved My Life” de “Sing 2” (Illumination/Universal Pictures) por Bono, The Edge, Adam Clayton, Larry Mullen, Jr.

A maior publicidade desta pré-lista é a possibilidade de marido e mulher serem indicados e competirem entre si pela primeira vez na história da Academia. Sim, Jay-Z (por Vingança & Castigo) disputa uma indicação com sua esposa Beyoncé (por King Richard: Criando Campeãs). As celebridades musicais não param por aí. Ariana Grande (Não Olhe Para Cima), Billie Eilish (007 Sem Tempo Para Morrer), e Van Morrison (Belfast) podem chegar ao tapete vermelho.

Nossa querida Diane Warren novamente aparece na lista com a canção “Somehow You Do’ do drama Four Good Days, estrelado por Glenn Close e Mila Kunis. Será que ela consegue sua 13ª indicação? E o Oscar finalmente vai pra ela? Pro azar dela, a vencedora deste ano que ganhou dela, H.E.R., está de volta com o filme da Netflix Ferida, estrelado e dirigido por Halle Berry. Por enquanto, acreditamos que o Oscar fica entre Beyoncé e Billie Eilish.

EFEITOS VISUAIS

  • “Viúva Negra” (Marvel Studios)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Eternos” (Marvel Studios)
  • “Free Guy: Assumindo o Controle” (20th Century Studios)
  • “Ghostbusters: Mais Além” (Sony Pictures)
  • “Godzilla vs. Kong” (Warner Bros)
  • “Matrix Resurrections” (Warner Bros)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (Marvel Studios)
  • “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (Sony Pictures)

Quatro filmes da Marvel Studios estão na lista: Viúva Negra, Eternos, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e o recém-lançado Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Particularmente achamos bem sofríveis os efeitos do dragão na parte final de Shang-Chi, mas pelo visto o lobby fala mais alto. Duna e Eternos são apostas mais seguras, enquanto Free Guy: Assumindo o Controle está quase lá pela sua natureza de efeitos de video-game.

As outras duas vagas devem ser preenchidas por Matrix Ressurections e 007 Sem Tempo Para Morrer, mas pode haver abertura para Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa pelo estrondoso sucesso nas bilheterias.

SOM

  • “Belfast” (Focus Features)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Noite Passada no Soho” (Focus Features)
  • “Matrix Resurrections” (Warner Bros)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Ataque dos Cães” (Netflix)
  • “Um Lugar Silencioso: Parte II” (Paramount Pictures)
  • “Homem-Aranha: Sem Caminho Para Casa” (Sony Pictures)
  • “Tick, Tick … Boom!” (Netflix)
  • “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

Pela primeira vez, a Academia decidiu fazer a pré-lista da categoria de Som, que foi unificada desde 2021 e vencida pelo minucioso O Som do Silêncio. A disputa deve ficar entre o barulhento Duna e o musical Amor, Sublime Amor. Falando em musicais, Tick, Tick… BOOM! deve conquistar uma das vagas. Um Lugar Silencioso: Parte II deve ser lembrado pelo uso criativo e chamativo do som, e um filme mais barulhento deve ficar com a última vaga como Matrix, 007 ou Homem-Aranha. A presença de Noite Passada em Soho é surpreendente aqui, mas bem-vinda.

CURTA DE ANIMAÇÃO

  • “Affairs of the Art”
  • “Angakusajaujuq: The Shaman’s Apprentice”
  • “Bad Seeds”
  • “Bestia”
  • “Boxballet”
  • “Flowing Home”
  • “Mum Is Pouring Rain”
  • “The Musician”
  • “Namoo”
  • “Only a Child”
  • “Robin Robin”
  • “Souvenir Souvenir”
  • “Step into the River”
  • “Us Again”
  • “The Windshield Wiper”

DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • “Águilas”
  • “Audible”
  • “A Broken House”
  • “Camp Confidential: America’s Secret Nazis”
  • “Coded: The Hidden Love of J. C. Leyendecker”
  • “Day of Rage”
  • “The Facility”
  • “Lead Me Home”
  • “Lynching Postcards: “Token of a Great Day”
  • “The Queen of Basketball”
  • “Sophie & the Baron”
  • “Takeover”
  • “Terror Contagion”
  • “Three Songs for Benazir”
  • “When We Were Bullies”

CURTA-METRAGEM

  • “Ala Kachuu – Take and Run”
  • “Censor of Dreams”
  • “The Criminals”
  • “Distances”
  • “The Dress”
  • “Frimas”
  • “Les Grandes Claques”
  • “The Long Goodbye”
  • “On My Mind”
  • “Please Hold”
  • “Stenofonen”
  • “Tala’vision”
  • “Seiva Bruta” (Under the Heavens)
  • “When the Sun Sets”
  • “You’re Dead Helen”

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O anúncio dos indicados ao Oscar 2022 será no dia 08 de Fevereiro.

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