‘PARA TODOS OS GAROTOS: AGORA E PARA SEMPRE’ e SÉRIE ‘WANDAVISION’ SÃO PREMIADOS no MTV MOVIE e TV AWARDS

FILME DA NETFLIX E SÉRIE DA DISNEY PLUS SÃO OS GRANDES VENCEDORES DESTA EDIÇÃO

Se você pertence a uma geração que viu grandes filmes como O Exterminador do Futuro 2, Pulp Fiction e Seven serem premiados no MTV Movie Awards nos anos 90, é provável que haja um certo estranhamento ao ver produções mais padronizadas serem reconhecidas. Já para a geração que viu os filmes da saga Crepúsculo saírem premiadas na MTV, pouca coisa mudou.

Desde 2017, o prêmio passou a reconhecer as várias produções televisivas e de streaming entre os filmes, o que foi um acerto grande, pois o público jovem não mais consumia filmes como antes e passou a preferir maratonar séries. Num ano de pandemia e quarentena, seria natural que as séries predominassem a edição 2021. Tanto Para Todos os Garotos quanto WandaVision são frutos das plataformas de streaming da Netflix e da Disney Plus, respectivamente.

As séries da Marvel Studios foram as maiores vencedoras. Enquanto WandaVision acumulou 4 baldinhos de pipoca dourada, Falcão e o Soldado Invernal ficou com 2 prêmios, confirmando um acerto também do estúdio, que estendeu seu universo cinematográfico às séries na hora certa (da pandemia). Particularmente, não acompanho séries, mas vi essas duas por serem da Marvel. Valeu a pena só pra matar saudade dos personagens, mas ainda estão aquém dos filmes. Achei um absurdo premiarem a luta entre Wanda e Agatha como a Melhor Luta, pois são duas pessoas voando e jogando feitiços de computação gráfica uma contra a outra durante 40 minutos. Por que não premiaram a série Cobra Kai, que teve lutas coreografadas? Somos a favor da democracia do voto, mas muitas vezes é difícil entender esse público.

Sobre os indicados ao Oscar no MTV Movie Awards, acho bacana a vitória de Chadwick Boseman, que perdeu o Oscar (de forma justa) para Sir Anthony Hopkins, mas você consegue acreditar que o mesmo público que votou em Para Todos os Garotos e Barraca do Beijo 2 também votou para Boseman? E mesmo se votaram, é quase certeza de que nem viram o filme A Voz Suprema do Blues, votando simplesmente pelo nome, fama e morte precoce. E como explicar o voto para Leslie Jones como melhor atuação em comédia por Um Príncipe em Nova York 2? Essa sequência do filme de 1988 é no mínimo medíocre.

Claro que não dá pra cobrar do voto popular, ainda mais num prêmio jovem. De um lado, fico decepcionado por perderem a oportunidade de elevarem o patamar do MTV Movie Awards, pois era um prêmio que acolhia e reconhecia filmes bons e ousados que a Academia não tinha coragem de premiar, mas por outro lado, é preciso entender que o prêmio é mais um instrumento para medir a repercussão das produções em seu público-alvo. E se for pra se basear nisso, o império da Marvel Studios deve reinar facilmente a indústria por pelo menos mais uma década.

Confira vídeo da compilação dos discursos de agradecimentos do canal da MTV abaixo:

Veja lista dos vencedores do MTV Movie & TV Awards:

MELHOR SÉRIE
* WandaVision
– Bridgerton
– Cobra Kai
– Emily in Paris
– The Boys

MELHOR FILME
* Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre (To All the Boys: Always and Forever)

– Borat: Fita de Cinema Seguinte
– Judas e o Messias Negro
– Bela Vingança
– Soul

MELHOR ATUAÇÃO EM FILME
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)

– Carey Mulligan (Bela Vingança)
– Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
– Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
– Zendaya (Malcolm & Marie)

MELHOR MOMENTO MUSICAL
* “Edge of Great” (Julie and the Phantoms)

– “Brown Skin Girl” (Black is King)
– “Wildest Dreams” (Bridgerton)
– “I Wanna Rock” (Cobra Kai)
– “Stand by Me” (Amor e Monstros)
– “Lost in the Wild” (A Barraca do Beijo 2)
– “Beginning, Middle, End” (Para Todos os Garotos: Agora e Para Sempre)
– “Agatha All Along” (WandaVision)

MELHOR ATUAÇÃO ASSUSTADORA
* Victoria Pedretti (The Haunting of Bly Manor)
– Jurnee Smollett (Lovecraft Country)
– Elisabeth Moss (O Homem Invisível)
– Simona Brown (Behind Her Eyes)
– Vince Vaughn (Freaky – No Corpo de um Assassino)

MELHOR VILÃO
* Kathryn Hahn (WandaVision)
– Aya Cash (The Boys)
– Ewan McGregor (Aves de Rapina)
– Giancarlo Esposito (The Mandalorian)
– Nicholas Hoult (The Great)

MELHOR DUPLA
* Anthony Mackie & Sebastian Stan (Falcão e o Soldado Invernal)

– Kristen Wiig e Annie Mumolo (Barb & Star Go To Vista Del Mar)
– Pedro Pascal e “Grogu” (The Mandalorian)
– Lily Collins e Mindy Chen (Emily in Paris)
– Sacha Baron Cohen e Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)

MELHOR LUTA
* Wanda vs. Agatha (WandaVision)

– Final Funhouse Fight (Aves de Rapina)
– Finale House Fight (Cobra Kai)
– Starlight, Queen Maeve, Kimiko vs. Stormfront (The Boys)
– Final Fight vs. Steppenwolf (Liga da Justiça – Snyder Cut)

MELHOR ATUAÇÃO DE COMÉDIA
*
Leslie Jones (Um Príncipe em Nova York 2)
– Annie Murphy (Schitt’s Creek)
– Eric Andre (Bad Trip)
– Issa Rae (Insecure)
– Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR BEIJO
* Chase Stokes & Madelyn Cline (Outer Banks
)
– Jodie Comer & Sandra Oh (Killing Eve)
– Lily Collins & Lucas Bravo (Emily in Paris)
– Maitreyi Ramakrishnan & Jaren Lewison (Never Have I Ever)
– Regé-Jean Page & Phoebe Dynevor (Bridgerton)

MELHOR ATUAÇÃO REVELAÇÃO
* Regé-Jean Page (Bridgerton)

– Antonia Gentry (Ginny & Georgia)
– Ashley Park (Emily in Paris)
– Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
– Paul Mescal (Normal People)

MELHOR ATUAÇÃO EM SÉRIE
* Elizabeth Olsen (WandaVision)

– Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
– Elliot Page (The Umbrella Academy)
– Emma Corrin (The Crown)
– Michaela Coel (I May Destroy You)

MELHOR HERÓI
*
Anthony Mackie (Falcão e o Soldado Invernal)
– Gal Gadot (Mulher-Maravilha 1984)
– Jack Quaid (The Boys)
– Pedro Pascal (The Mandalorian)
– Teyonah Parris (WandaVision)

COMEDIC GENIUS AWARD
Sacha Baron Cohen

MTV GENERATION AWARD
Scarlett Johansson

APOSTAS PARA o OSCAR 2020: 2º ROUND de CINEMA vs NETFLIX

Oscars-pic

Pôster da 92ª edição do Oscar

PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO, UM FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA PODE LEVAR O OSCAR DE MELHOR FILME

Além da briga entre Cinema e Netflix continuar este ano, a busca pelo Oscar de Melhor Filme por um filme de língua estrangeira permanece. Em 2019, apesar de toda uma alta expectativa, Roma falhou e o prêmio foi para o mais tradicional Green Book, que sofreu críticas ainda maiores após a consagração.

Nesta edição, o cenário ficou mais interessante. Desta vez, não temos um filme estrangeiro e em preto-e-branco concorrendo pela Netflix (Roma), agora tem a alta cúpula de Hollywood, bitch! A Netflix resolveu apelar e trouxe O Irlandês, História de um Casamento e Dois Papas, pensando: “Agora vai!” Bem… lá no início da temporada de premiações, o filme de Martin Scorsese chegou a figurar como favorito, ganhando o National Board of Review e o New York Film Critics Circle (NYFCC), e o drama conjugal de Noah Baumbach levou o prêmio do Gotham Awards. Estava tudo caminhando nos conformes para o presidente da Netflix, Ted Sarandos, mas… a temporada de premiações é longa (vai de setembro a fevereiro), e muita coisa pode mudar nesses meses.

Nesse período, já vimos O Segredo de Brokeback Mountain ceder o topo para Crash, e A Rede Social ceder o topo para O Discurso do Rei. Aí que entra o poder uma boa campanha publicitária (Harvey Weinstein era o expert no assunto) e questões pessoais como preconceito e má informação. No primeiro caso, é nítido o prevalecimento do preconceito contra o homossexualismo do filme de Ang Lee, e no segundo, uma campanha que certamente elevou o lado mais conservador da Academia de que seria imaturo premiar um filme sobre o Facebook.

E houve alguma mudança nesse cenário? A verdade é que a Academia está passando por transformações hoje. Nos últimos anos, a ex-presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, abriu as portas da Academia para cerca de 2.500 novos membros de várias etnias, várias nações e mulheres de todo o mundo, fazendo parte das consequências do protesto #OscarsSoWhite, mas a grande maioria permanece sendo o perfil homem branco e mais velho, o que poderia explicar o conservadorismo predominante. Mas é preciso ter um pouco mais de paciência com o Oscar. Se um filme mais conservador ganhar, não significa que toda a instituição é conservadora. Eleger o vencedor do Oscar é uma eleição democrática; vence aquele que obteve maior número de votos.

Se o filme estrangeiro Parasita não ganhar este ano, vamos bater palmas do mesmo jeito, porque o filme de Bong Joon Ho já é um filme extremamente vitorioso. Até ano passado, NENHUM filme coreano conseguiu chegar ao Oscar! Nem sequer na categoria de Filme Internacional! O mais próximo disso foi a inclusão na shortlist de Em Chamas, mas foi só. Parasita recebeu 6 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme. Nem o diretor imaginava que seu filme conseguiria tanto prestígio assim. Se não ganhar o prêmio principal da noite, não tem problema. Ele já terá amadurecido mais essa idéia para os próximos filmes de língua estrangeira.

Se a Netflix não ganhar Melhor Filme, provavelmente significa que a maioria ainda tem receio do crescimento da empresa ligado a uma possível queda do sistema de grandes estúdios, e o medo de perder o emprego. E tem toda aquela questão da preferência do filme ser exibido em salas de cinema do que na TV de casa. Obviamente que também preferimos que todos os filmes pudessem ser exibidos nos cinemas, mas não há espaço para todos. Então, entre não passar nos cinemas e passar na TV e alcançar um bom público, preferimos que chegue ao espectador! Sobre as chances de O Irlandês, temos absoluta certeza de que se ele tivesse sido exibido nos cinemas comerciais de todo o mundo, ele seria o franco-favorito do Oscar.

PODCAST

Pela primeira vez, lançamos um episódio de podcast. Mas calma! Não se animem tanto, pois foi um trabalho extremamente amador. Se você nunca ouviu um podcast, pode ser que sua experiência seja menos dolorosa kk Agora, se já conhece, você aguenta uns 5 minutos no máximo!

Estamos buscando novas alternativas para o blog, a página do Facebook e o Instagram @cinemaoscareafins . Vamos ver até onde isso vai dar! Desde já, agradecemos o seu apoio! É muito importante pra nós!

SEGUNDO ANO DE OSCAR SEM HOST

A audiência da edição passada teria crescido um pouco em relação ao ano anterior, ou pelo menos se estabilizada, mas a justificativa teria sido a curiosidade do público em saber como seria uma cerimônia do Oscar sem um host, algo que não acontecia desde a década de 80. Mas e agora neste segundo ano sem host? A curiosidade já passou, mas aparentemente o público se dividiu sobre a ausência de um apresentador.

Nossa opinião sempre foi clara desde o início: preferimos um host, uma hostess ou até mais de um host, contanto que haja um. Não que seja algo essencial para o Oscar, mas havendo um bom host (tem que saber escolher bem), ele ou ela vai saber brincar com os filmes indicados de uma forma leve ou até meio ácida, fazer aquela ponte entre os filmes e os acontecimentos da atualidade, dar unidade à cerimônia de três horas, evitar dar mais espaço para os apresentadores dos prêmios que costumam vir com aquela piadinha rala e sem graça antes de abrir o envelope, e, se o host (ess) se sair bem, será mais um assunto pra conversa do dia seguinte entre colegas e amigos.

Em nossa humilde opinião, a última edição do Oscar só começou a ficar interessante a partir da apresentação de “Shallow” de Bradley Cooper e Lady Gaga. Antes estava tudo muito mecânico: entram apresentadores, piadinha, “e o Oscar vai para…”. Isso um Powerpoint já resolvia bem.

No ano passado, na ausência de um host, a Academia trouxe a banda Queen pra abrir o evento ao vivo, com Adam Lambert fazendo cover. Este ano, os organizadores da cerimônia, decidiram apostar na nova sensação da música Billie Eilish, que recentemente venceu os 4 principais Grammys. Ainda não se sabe qual música ela vai cantar, mas entendemos que a Academia está buscando atrair um público mais jovem para a transmissão.

Billie Eilish

Billie Eilish no Oscar 2020

92ª EDIÇÃO: O QUE PODE ACONTECER

1º filme em língua estrangeira a ganhar Melhor Filme
Sim, Parasita pode se tornar o primeiro filme todo legendado a levar o prêmio principal da noite. Claro que as chances ficaram pequenas após as vitórias de 1917 no PGA e no DGA, mas as vitórias expressivas do filme sul-coreano no sindicato de montadores e de atores (SAG) podem causar uma reviravolta de última hora.

1º filme da Netflix a ganhar Melhor Filme
Ainda na mesma luta de Roma, os filmes O Irlandês e História de um Casamento representam duas chances do estúdio de streaming a conquistar o prêmio pela primeira vez. Apesar de agora contar com o apoio importante de nomes como Martin Scorsese, Robert De Niro e Al Pacino, ainda existe uma parte conservadora muito grande na Academia que considera a Netflix o fim dos cinemas como os conhecemos hoje.

1ª vitória da Coréia do Sul
Parasita pode ser o responsável por seis conquistas inéditas na história do Oscar, já que é o primeiro filme coreano que participa da premiação em 92 anos. Então o filme pode fincar a bandeira do país asiático em seis categorias: Filme, Diretor, Roteiro Original, Montagem, Design de Produção e Filme Internacional. Além disso, o documentário-curta coreano In the Absence pode se tornar o primeiro a vencer na categoria.

MELHOR FILME

  • FORD VS FERRARI (Ford V Ferrari)
  • O IRLANDÊS (The Irishman)
  • JOJO RABBIT (Jojo Rabbit)
  • CORINGA (Joker)
  • ADORÁVEIS MULHERES (Little Women)
  • HISTÓRIA DE UM CASAMENTO (Marriage Story)
  • 1917 (1917)
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD (Once Upon a Time… in Hollywood)
  • PARASITA (Gisaengchung)

DEVE GANHAR: Parasita
DEVERIA GANHAR: Parasita
SE ROLAR, É ZEBRA: Ford vs Ferrari

NÃO RECEBEU O CONVITE: Jóias Brutas (Uncut Gems)

Parasite sag

A família Kim de Parasita (pic by IMDb)

Sim, vamos apostar alto, e com todas as nossas fichas para a quebra de tabu. Parasita vai vencer o Oscar de Melhor Filme e se tornar o primeiro filme em língua estrangeira na história da Academia… na segunda-feira, a gente volta aqui com o rabinho entre as pernas e diz: “A gente se empolgou demais” kkk

MELHOR DIREÇÃO

  • Martin Scorsese (O Irlandês)
  • Todd Phillips (Coringa)
  • Sam Mendes (1917)
  • Quentin Tarantino (Era Uma Vez em… Hollywood)
  • Bong Joon Ho (Parasita)

DEVE GANHAR: Sam Mendes (1917)
DEVERIA GANHAR: Bong Joon Ho (Parasita)
SE ROLAR, É ZEBRA: Todd Phillips (Coringa)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Benny e Josh Safdie (Jóias Brutas)

Sam Mendes 1917 2

Sam Mendes passa instruções para seus atores Dean-Charles Chapman e George McKay em set de 1917 (pic by OutNow,CH)

Depois da vitória de Mendes no DGA, ficou bem difícil pra qualquer outro indicado. São apenas sete divergências entre o DGA e a Academia. E Sam Mendes se encaixa no perfil “experiência cinematográfica” dos vencedores recentes Alejandro G. Iñárritu e Alfonso Cuarón.

MELHOR ATRIZ

  • Cynthia Erivo (Harriet)
  • Scarlett Johansson (História de um Casamento)
  • Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres)
  • Charlize Theron (O Escândalo)
  • Renée Zellweger (Judy: Muito Além do Arco-Íris)

DEVE GANHAR: Renée Zellweger (Judy: Muito Além do Arco-Íris)
DEVERIA GANHAR: Renée Zellweger (Judy: Muito Além do Arco-Íris)
SE ROLAR, É ZEBRA: Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Lupita Nyong’o (Nós), Jessie Buckley (As Loucuras de Rose)

Renée Zellwegger Judy 4

Renée Zellweger como Judy Garland em seu camarim (pic by OutNow.CH)

Infelizmente, a melhor performance do ano sequer foi indicada. Com Lupita Nyong’o fora do páreo, ficou mais fácil para Renée Zellweger conquistar sua segunda estatueta do Oscar, e a primeira como Atriz principal. Embora não apresente nada de muito novo, Zellweger incorpora a estrela da era de ouro de Hollywood, Judy Garland, com todos os trejeitos, e acaba se parecendo bastante com a figura real graças ao trabalho de maquiagem e de cabelo, além do figurino.

Depois de tantos anos na pele da Viúva Negra da Marvel, foi uma grata surpresa ver Scarlett Johansson mostrando seu talento num papel dramático mais profundo. Que venham mais projetos desse naipe para que ela continue sua ascensão menos comercial.

MELHOR ATOR

  • Antonio Banderas (Dor e Glória)
  • Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez em… Hollywood)
  • Adam Driver (História de um Casamento)
  • Joaquin Phoenix (Coringa)
  • Jonathan Pryce (Dois Papas)

DEVE GANHAR: Joaquin Phoenix (Coringa)
DEVERIA GANHAR: Joaquin Phoenix (Coringa)
SE ROLAR, É ZEBRA: Jonathan Pryce (Dois Papas)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Adam Sandler (Jóias Brutas), Christian Bale (Ford Vs Ferrari)

Joaquin Phoenix Joker 2

Joaquin Phoenix fazendo sua pintura de guerra em Coringa (pic by OutNow.CH)

Claro que cada um tem direito a opinar, mas em nossa visão, teríamos Adam Sandler e Christian Bale nos lugares de Leonardo DiCaprio e Jonathan Pryce. De qualquer forma, independente de quais atores estivessem indicados, este é o ano de Joaquin Phoenix. Em seu histórico, temos três indicações sem vitória (sendo que já merecia ter levado por O Mestre em 2013), com o ator atingindo seu ápice como Coringa. A adaptação dos quadrinhos foi um sucesso nas bilheterias, o que proveu apoio popular na campanha do Oscar.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Kathy Bates (O Caso Richard Jewell)
  • Laura Dern (História de um Casamento)
  • Scarlett Johansson (Jojo Rabbit)
  • Florence Pugh (Adoráveis Mulheres)
  • Margot Robbie (O Escândalo)

DEVE GANHAR: Laura Dern (História de um Casamento)
DEVERIA GANHAR: Scarlett Johansson (Jojo Rabbit)
SE ROLAR, É ZEBRA: Kathy Bates (O Caso Richard Jewell)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Jennifer Lopez (As Golpistas), Taylor Russell (Waves)

Laura Dern Marriage Story 3

Laura Dern tirando seu casaco na corte em História de um Casamento (pic by IMDb)

Laura Dern está muito bem como a advogada Nora Fanshaw. Rouba todas as cenas em que está, porém são poucas as cenas. Assim, a personagem dela não tem tanta profundidade, mas certamente chama a atenção nos poucos minutos em que aparece.

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)
  • Anthony Hopkins (Dois Papas)
  • Al Pacino (O Irlandês)
  • Joe Pesci (O Irlandês)
  • Brad Pitt (Era Uma Vez em… Hollywood)

DEVE GANHAR: Brad Pitt (Era Uma Vez em… Hollywood)
DEVERIA GANHAR: Joe Pesci (O Irlandês)
SE ROLAR, É ZEBRA: Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Willem Dafoe (O Farol), Song Kang Ho (Parasita), Shia LaBeouf (Honey Boy), Noah Jupe (Honey Boy)

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Brad Pitt como Cliff Booth em Era Uma Vez em… Hollywood (pic by OutNow.CH)

Uma categoria bastante disputada este ano, que facilmente poderia incluir Willem Dafoe ou Song Kang Ho. Embora Brad Pitt mal tenha suado a camisa (apenas a tirou em cima do telhado!), ele é o franco-favorito numa campanha que contou muito com seu carisma pessoal e o prestígio que ele tem perante seus companheiros de profissão, que certamente se perguntaram: “Como assim Brad Pitt não tem um Oscar de atuação ainda?”. E assim como nós, estamos ansiosos por mais um discurso bem humorado do ator.

Já em termos de atuação, ninguém melhor do que Joe Pesci, que rouba todas as suas cenas com um único olhar. Ao contrário de papéis anteriores, o ator está extremamente contido, trabalhando apenas com detalhes e nuances. Martin Scorsese merecia um prêmio só por ter resgatado este homem da aposentadoria.

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • Entre Facas e Segredos, Rian Johnson
  • História de um Casamento, Noah Baumbach
  • 1917, Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Quentin Tarantino
  • Parasita, Bong Joon Ho e Han Jin Won

DEVE GANHAR: Bong Joon Ho e Han Jin Won (Parasita)
DEVERIA GANHAR: Bong Joon Ho e Han Jin Won (Parasita)
SE ROLAR, É ZEBRA: Rian Johnson (Entre Facas e Segredos)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Emily Halpern, Sarah Haskins, Susanna Fogel e Katie Silberman (Fora de Série)

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Roteiro Original para Parasita, que venceu o BAFTA e o WGA (pic by OutNow.CH)

Até pouco tempo atrás, Tarantino era o grande favorito nesta categoria, já que não levaria o prêmio como diretor. Contudo, com a ascensão de Sam Mendes, que venceu o DGA, o prêmio de Roteiro Original foi a forma encontrada para que Bong Joon Ho não saísse da noite sem nenhum prêmio individual (o Oscar de Filme Internacional seria para a Coréia do Sul). Essa tendência começou no sindicato de Roteiristas (WGA) e perdurou até o BAFTA.

Retiraríamos o roteiro previsível e repleto de artifícios de 1917 e colocaríamos o roteiro da comédia juvenil Fora de Série (Booksmart). Temos certeza de que, assim como os filmes de terror, os filmes teenagers sofrem enorme preconceito da Academia, que enxerga o filme de estréia de Olivia Wilde como uma comédia bobinha.

Se houvesse uma surpresa na categoria, seria bacana ver Rian Johnson subir ao palco pelo roteiro de Entre Facas e Segredos. Ele ressuscita o subgênero do “Quem Matou?” com muita elegância e humor. E seria bacana pra mostrar à Disney que Johnson é bom demais pra Star Wars.

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

  • O Irlandês, Steven Zaillian
  • Jojo Rabbit, Taika Waititi
  • Coringa, Todd Phillips, Scott Silvers
  • Adoráveis Mulheres, Greta Gerwig
  • Dois Papas, Anthony McCarten

DEVE GANHAR: Taika Waititi (Jojo Rabbit)
DEVERIA GANHAR: Steven Zaillian (O Irlandês)
SE ROLAR, É ZEBRA: Anthony McCarten (Dois Papas)

NÃO RECEBEU O CONVITE: J.C. Lee e Julius Onah (Luce)

jojo rabbit 2

Roteiro Adaptado para Jojo Rabbit, que venceu o BAFTA e o WGA (pic by OutNow.CH)

Até pouco tempo atrás, nossa aposta segura para Roteiro Adaptado era Greta Gerwig, mas depois do WGA e BAFTA concederem o prêmio para Taika Waititi, temos nossas dúvidas. Além dos prêmios, se Taika perder, existe um sério risco de Jojo Rabbit não levar nada na noite, enquanto Adoráveis Mulheres, já tem um Oscar praticamente garantido de Figurino. Claro que não é a mesma coisa, mas deixaria de ser um filme indicado ao Oscar para ser um filme vencedor do Oscar.

Por outro lado, existe toda uma política para que Greta vença como Roteiro Adaptado. Primeiramente, depois dos protestos sobre a ausência de mulheres na categoria de Direção, muitos votantes se sentiram obrigados a “compensar” isso ao elegê-la como a melhor roteirista. Mas claro que essa estratégia não tem nada combinado oficialmente, ainda mais numa instituição com cerca de 8 mil membros. Será que a maioria das mulheres vai realmente votar em Greta Gerwig? Até o momento, seu filme passa longe de ser uma unanimidade no quesito roteiro…

MELHOR FOTOGRAFIA

  • O Irlandês, Rodrigo Prieto
  • Coringa, Lawrence Sher
  • O Farol, Jarin Blaschke
  • 1917, Roger Deakins
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Robert Richardson

DEVE GANHAR: Roger Deakins (1917)
DEVERIA GANHAR: Roger Deakins (1917) ou Jarin Blaschke (O Farol)
SE ROLAR, É ZEBRA: Rodrigo Prieto (O Irlandês)

NÃO RECEBEU O CONVITE: Phedon Papamichael (Ford Vs Ferrari), Jasper Wolf (Monos)

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Roger Deakins em set de 1917 com uma equipe de filmagem maior que muito elenco (pic by OutNow.CH)

Se fotografia fosse apenas iluminação e enquadramento, este Oscar seria de Jarin Blaschke. Num preto-e-branco soberbo, com formato praticamente quadrado, sua fotografia ajuda a situar e narrar a história dos dois marinheiros em O Farol. Mas quando entra o quesito movimento de câmera também, Roger Deakins mostra porque é o melhor diretor de fotografia vivo.

Em seu trabalho, temos beleza plástica, com cores e enquadramentos, movimentação de todos os tipos, e com gruas especiais. É uma fotografia extremamente pensada, planejada e executada à perfeição. Deakins prova para todos os outros diretores de fotografia que ele ainda consegue se superar. Segundo Oscar merecidíssimo.

MELHOR MONTAGEM

  • Ford Vs Ferrari, Andrew Buckland e Michael McCusker
  • O Irlandês, Thelma Schoonmaker
  • Jojo Rabbit, Tom Eagles
  • Coringa, Jeff Groth
  • Parasita, Jinmo Yang

DEVE GANHAR: Parasita
DEVERIA GANHAR: Parasita
SE ROLAR, É ZEBRA: Coringa

NÃO RECEBEU O CONVITE: Benny Safdie e Ronald Bronstein (Joias Brutas)

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O plano do pêssego exemplifica o melhor da montagem de Parasita (pic by IMDb)

Com um roteiro bastante preciso como o de Parasita, fica um pouco mais fácil observar o trabalho de montagem de Jinmo Yang, que entrelaça linhas temporais com cortes sutis. Na sequência do plano do pêssego, vemos como a montagem funciona à perfeição.

O trabalho de montagem de Thelma Schoonmaker em O Irlandês deve ter sido o mais trabalhoso. Pra chegar num corte final de três horas e meia, imaginamos o quanto de material bruto ela não teve que lapidar. Com a edição dela, a duração do filme parece cair uma hora. Mas pra muitos, aquela meia hora final ficou um pouco arrastada.

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE

  • O Irlandês, Bob Shaw e Regina Graves
  • Jojo Rabbit, Ra Vincent e Nora Sopková
  • 1917, Dennis Gassner e Lee Sandales
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Barbara Ling e Nancy Haigh
  • Parasita, Lee Ha Jun e Cho Won Woo

DEVE GANHAR: Era Uma Vez em… Hollywood
DEVERIA GANHAR: Parasita
SE ROLAR, É ZEBRA: O Irlandês

NÃO RECEBEU O CONVITE: Dor e Glória, Midsommar

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Cena entre Brad Pitt e Leo DiCaprio em Era Uma Vez em… Hollywood com a direção de arte de Barbara Ling (pic by OutNow.CH)

Claro que é muito nítido o trabalho de recriação de direção de arte de Era Uma Vez em… Hollywood, pois a Los Angeles volta para o final dos anos 60, e temos o estúdio de cinema em que o protagonista, vivido por Leonardo DiCaprio, atua num western.

Apesar da mansão da família Park ser um personagem à parte, o trabalho de direção de arte de Parasita é muito sutil no bairro mais humilde da família Kim. Fazer com que tudo pareça locação é uma tarefa mais complicada, ainda mais quando há uma enchente.

MELHOR FIGURINO

  • O Irlandês, Christopher Peterson e Sandy Powell
  • Jojo Rabbit, Mayes C. Rubeo
  • Coringa, Mark Bridges
  • Adoráveis Mulheres, Jacqueline Durran
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Arianne Phillips

DEVE GANHAR: Adoráveis Mulheres
DEVERIA GANHAR: Adoráveis Mulheres
SE ROLAR, É ZEBRA: O Irlandês

NÃO RECEBEU O CONVITE: Midsommar, Meu Nome é Dolemite, Rocketman

Little W

A típica cena pra garantir uma indicação ao Oscar de figurino em Adoráveis Mulheres (pic by OutNow.CH)

Não sei o que houve nessa categoria. Tudo bem, entendemos que os uniformes dos nazistas em Jojo Rabbit passaram por modificações para se adequarem ao ponto de vista infantil do protagonista, mas nos parece um exagero toda essa atenção.

O próprio trabalho de figurino de Jacqueline Durran em Adoráveis Mulheres não é dos melhores. Ele se destaca por ser de época, mas de longe, parece meio genérico. Citamos aí acima três trabalhos melhores de figurino que esqueceram de indicar nesta categoria. O comitê de Figurinistas da Academia, que seleciona os indicados, pisaram feio na bola este ano.

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO

  • O Escândalo, Kazu Hiro, Anne Morgan e Vivian Baker
  • Coringa, Nicki Ledermann e Kay Georgiou
  • Judy: Muito Além do Arco-Íris, Jeremy Woodhead
  • Malévola: Dona do Mal, Paul Gooch, Arjen Tuiten e David White
  • 1917, Naomi Donne, Tristan Versluis e Rebecca Cole

DEVE GANHAR: O Escândalo
DEVERIA GANHAR: O Escândalo
SE ROLAR, É ZEBRA: Malévola: Dona do Mal

NÃO RECEBEU O CONVITE: Rocketman

Bombshell

Charlize Theron e John Lithgow em cena de O Escândalo (pic by OutNow.CH)

Esta é a primeira vez na história que a categoria possui 5 indicados, mas mesmo assim está difícil selecionar um que realmente mereça o prêmio. A maquiagem de Kazu Hiro em O Escândalo é a que mais chamou a atenção até o momento pela transformação de Charlize Theron na âncora da Fox News Megyn Kelly. O rosto da atriz passou por algumas técnicas para abaixar a linha dos olhos dela e uso de prótese. Se for pra premiar com o Oscar quem deixou a Charlize Theron estranha à perfeição, deveriam ter dado o Oscar para o maquiador de Monster (2003).

No campo da sutileza, preferimos o trabalho de maquiagem em Renée Zellweger para se tornar Judy Garland. São alguns detalhes que fizeram toda a diferença.

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Coringa, Hildur Guðnadóttir
  • Adoráveis Mulheres, Alexandre Desplat
  • História de um Casamento, Randy Newman
  • 1917, Thomas Newman
  • Star Wars: A Ascensão Skywalker, John Williams

DEVE GANHAR: Coringa
DEVERIA GANHAR: Coringa
SE ROLAR, É ZEBRA: Star Wars: A Ascensão Skywalker

NÃO RECEBEU O CONVITE: Michael Abels (Nós), Daniel Lopatin (Jóias Brutas), Dan Levy (Perdi Meu Corpo), Mica Levi (Monos)

Joker

A cena de transformação no banheiro elevada pela trilha musical (pic by OutNow.CH)

É triste vermos um bom compositor como Thomas Newman indicado 15 vezes sem nunca ter levado o Oscar. Será mesmo que nas 15 vezes ele não merecia? Em nossa opinião, o melhor trabalho dele foi em Beleza Americana, sua 4ª indicação. O que prejudicou um pouco sua campanha foi o destaque que Sam Mendes deu à música em determinadas cenas, fazendo soar como um mero artifício emocional.

Por outro lado, a trilha de Hildur Guðnadóttir consegue crescer com o filme Coringa, e colabora demais com a atuação de seu protagonista Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), exemplificada na cena do banheiro (ouça um pouco em nosso podcast!).

E apesar de gostarmos das trilhas de John Williams e Randy Newman, consideramos outras opções como Michael Abels em Nós e Daniel Lopatin em Joias Brutas.

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

  • “I Can’t Let You Throw Yourself Away”, Toy Story 4 (escrita por Randy Newman)
  • “I’m Gonna Love Again”, Rocketman (escrita por Elton John e Bernie Taupin)
  • “I’m Standing With You”, Superação: O Milagre da Fé (escrita por Diane Warren)
  • “Into the Unknown”, Frozen 2 (escrita por Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez)
  • “Stand Up”, Harriet (escrita por Cynthia Erivo e Joshuah Brian Campbell)

DEVE GANHAR: “I’m Gonna Love Me Again”(Rocketman)
DEVERIA GANHAR: “I’m Gonna Love Me Again”(Rocketman)
SE ROLAR, É ZEBRA: “I Can’t Let You Throw Yourself Away”(Toy Story 4)

NÃO RECEBEU O CONVITE: “Glasgow (No Place Like Home)” de As Loucuras de Rose

rocketman

Taron Egerton em cena de Rocketman, indicado a Melhor Canção Original (pic by OutNow.CH)

O Oscar de Melhor Canção para Toy Story 3 já havia sido um pouco exagerado, pois se parecia com a canção do primeiro filme, mas naquele ano, a concorrência estava abaixo da média. Portanto, não entendemos a indicação da canção desse Toy Story 4… que poderia ter cedido espaço para a canção de As Loucuras de Rose, e de quebra dar aquela força para a atriz Jessie Buckley, que canta a canção na última sequência do filme.

Apesar da força da canção “Stand Up” de Harriet, e toda a polêmica envolvendo a recusa de Cynthia Erivo cantar no BAFTA em protesto, acreditamos que a Academia prefere Elton John levando seu segundo Oscar da carreira por seu filme autobiográfico Rocketman.

MELHOR MIXAGEM DE SOM

  • Ad Astra, Gary Rydstrom, Tom Johnson e Mark Ulano
  • Ford Vs Ferrari, Paul Massey, David Giammarco, Steven Morrow
  • Coringa, Tom Ozanich, Dean A. Zupancic e Tod A. Maitland
  • 1917, Mark Taylor e Stuart Wilson
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Michael Minkler, Christian P. Minkler e Mark Ulano

DEVE GANHAR: Ford vs Ferrari
DEVERIA GANHAR: 1917
SE ROLAR, É ZEBRA: Coringa

NÃO RECEBEU O CONVITE: Vingadores: Ultimato

Ford v Ferrari

Christian Bale e Matt Damon em Ford vs Ferrari (pic by OutNow.CH)

Pra quem conferiu Ford vs Ferrari numa boa sala de cinema, sabe que o som te transporta diretamente para os autódromos das corridas. Embora o filme tenha boas chances de levar o Oscar de Montagem, acreditamos que se o filme da Disney/Fox levar um Oscar, este será de Melhor Som.

MELHORES EFEITOS SONOROS

  • Ford Vs Ferrari, Donald Sylvester
  • Coringa, Alan Robert Murray
  • 1917, Oliver Tarney, Rachael Tate
  • Era Uma Vez em… Hollywood, Wylie Stateman
  • Star Wars: A Ascensão Skywalker, Matthew Wood, David Acord

DEVE GANHAR: 1917
DEVERIA GANHAR: 1917
SE ROLAR, É ZEBRA: Star Wars: A Ascensão Skywalker

NÃO RECEBEU O CONVITE: John Wick 3: Parabellum

1917

Sequência da trincheira em 1917 (pic by OutNow.CH)

Dunkirk, Mad Max: Estrada da Fúria e Sniper Americano são alguns dos últimos vencedores desta categoria. Se você ouvir muitos tiros ou explosões no filme, aposte suas fichas neste filme.  No caso, os melhores efeitos foram de 1917. Pra quem conseguiu conferir o filme numa sala de cinema com sistema de som profissional como o THX, com certeza pulou da poltrona a cada tiro (como eu e o senhor do meu lado fizemos).

MELHORES EFEITOS VISUAIS

  • Vingadores: Ultimato, Dan DeLeeuw, Russell Earl, Matt Aitken e Daniel Sudick
  • O Irlandês, Pablo Helman, Leandro Estebecorena, Nelson Sepulveda, Stephen Grabli
  • O Rei Leão, Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones, Elliot Newman
  • 1917, Guillaume Rocheron, Greg Butler, Dominic Tuohy
  • Star Wars: A Ascensão Skywalker, Neal Scanlan, Patrick Tubach, Dominic Tuohy e Roger Guyett

DEVE GANHAR: 1917
DEVERIA GANHAR: O Rei Leão
SE ROLAR, É ZEBRA: Star Wars: A Ascensão Skywalker

NÃO RECEBEU O CONVITE: Alita: Anjo de Combate

1917 VFX

Os bonecos de corpos em decomposição fazem parte dos efeitos visuais, além das transições sutis de cortes de 1917 (pic by OutNow.CH)

Acho que a Academia mudou um pouco o perfil dos vencedores desta categoria. Antes, tudo que saltava aos olhos ganhava o Oscar de Efeitos Especiais. Hoje eles buscam um perfil mais discreto e mais eficiente para a narrativa, como os últimos vencedores Ex-Machina e O Primeiro Homem. Então, nesse aspecto, 1917 tem as maiores chances de vitória, embora os efeitos de O Rei Leão serem impressionantes pelo realismo dos animais.

MELHOR DOCUMENTÁRIO

  • Indústria Americana, Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert
  • The Cave, Feras Fayyad, Kirstine Barfod e Sigrid Dyekjær
  • Democracia em Vertigem, Petra Costa, Joanna Natasegara, Shane Boris e Tiago Pavan
  • For Sama, Waad Al-Kateab e Edward Watts
  • Honeyland, Ljubomir Stefanov, Tamara Kotevska e Atanas Georgiev

DEVE GANHAR: Honeyland
DEVERIA GANHAR: Honeyland
SE ROLAR, É ZEBRA: The Cave

NÃO RECEBEU O CONVITE: Apollo 11, One Child Nation, Virando a Mesa do Poder

Honeyland

Cenas belíssimas de Honeyland e sua narrativa ficcional (pic by OutNow.CH)

Todos retratam e analisam muito bem suas temáticas aqui, sem sombra de dúvidas. Porém, Honeyland faz isso com beleza plástica (a fotografia, que levou três anos, ganhou o prêmio Spotlight do sindicato de diretores de fotografia) e ainda aplica uma narrativa que beira a ficção para analisarmos como o Capitalismo é destrutivo no ecossistema.

Mas se o Oscar considerar que um voto para Indústria Americana for um voto para os Obamas, que produziram este documentário, então teremos a produção da Netflix vencendo aqui.

MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • In the Absence, Seung-jun Yi e Gary Byung-Seok Kam
  • Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl), Carol Dysinger e Elena Andreicheva
  • A Vida em Mim, Kristine Samuelson, John Haptas
  • St. Louis Superman, Sami Khan, Smriti Mundhra
  • Walk Run Cha-Cha, Laura Nix, Colette Sandstedt

DEVE GANHAR: Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl)
DEVERIA GANHAR: In the Absence
SE ROLAR, É ZEBRA: A Vida em Mim

Learning to Skateboard

Cena de Learning to Skateboard in a War Zone (If You’re a Girl). Pic by IMDb

Crianças oprimidas por uma dura realidade é um prato cheio nesta categoria, e um voto da Academia é considerado um apoio às causas humanitárias. Além disso, o BAFTA e o Festival de Tribeca já premiaram este curta há pouco tempo.

O retrato de uma tragédia nos mares da Coréia do Sul expõe uma grande insatisfação com o governo e sua burocracia estúpida no ótimo documentário In the Absence, que pode surpreender aqui.

MELHOR CURTA-METRAGEM

  • Brotherhood, Meryam Joobeur e Maria Gracia Turgeon
  • Nefta Football Club, Yves Piat e Damien Megherbi
  • The Neighbors’ Window, Marshall Curry
  • Saria, Bryan Buckley e Matt Lefebvre
  • A Sister, Delphine Girard

DEVE GANHAR: The Neighbors’Window
DEVERIA GANHAR: Brotherhood
SE ROLAR, É ZEBRA: Saria

My Neighbors window

My Neighbors’ Window (pic by IMDb)

Brotherhood tem a história mais intensa dos cinco indicados e também é o mais bem filmado. Porém, em se tratando de curtas, o pessoal da Academia curte bastante uma virada com tom de moral no final. Basta lembrarmos do último vencedor da categoria Skin, para votarmos em My Neighbors’ Window.

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Dcera (Daughter), Daria Kashcheeva
  • Hair Love, Matthew A. Cherry, Karen Rupert Toliver
  • Kitbull, Rosana Sullivan e Kathryn Hendrickson
  • Mémorable, Bruno Collet e Jean-François Le Corre
  • Sister, Siqi Song

DEVE GANHAR: Hair Love
DEVERIA GANHAR: Mémorable
SE ROLAR, É ZEBRA: aqui qualquer um pode ganhar

Hair Love

Curta de animação Hair Love com a dublagem de Issa Rae (pic by IMDb)

Alguns preconceitos nesta categoria ainda perduram. Muitos consideram que a melhor animação é aquela mais colorida e fofinha, de preferência com personagens infantis ou animais. Por isso mesmo, consideramos Hair Love e KitBull como os favoritos. Não que sejam necessariamente inferiores, mas pra quem viu Mémorable, sabe que ali tem qualidade técnica impressionante e emoções mais sutis.

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

  • Como Treinar o seu Dragão 3 (How to Train Your Dragon: The Hidden World), Dean DeBlois, Bradford Lewis e Bonnie Arnold
  • Perdi Meu Corpo (J’ai Perdu Mon Corps), Jérémy Clapin e Marc Du Pontavice
  • Klaus (Klaus), Sergio Pablos, Jinko Gotoh e Marisa Roman
  • Link Perdido (Missing Link), Chris Butler, Arianne Sutner e Travis Knight
  • Toy Story 4 (Toy Story 4), Josh Cooley, Mark Nielsen e Jonas Rivera

DEVE GANHAR: Klaus
DEVERIA GANHAR: Klaus
SE ROLAR, É ZEBRA: Como Treinar o seu Dragão 3

NÃO RECEBEU O CONVITE: O Tempo com Você, de Makoto Shinkai

Klaus

Cena de Klaus, da Netflix (pic by OutNow.CH)

Você sabia que um 2/3 dos 19 Oscars de Animação foi pra Disney ou Pixar? Claro que a maioria desses prêmios foi super merecida como Os Incríveis, Ratatouille e Wall-E, mas nem sempre eles entregam o melhor trabalho de animação. Neste ano, a Disney veio de Frozen 2, e a Pixar de Toy Story 4, duas sequências de franquias.  E a má recepção da sequência de Frozen a tirou da disputa.

Klaus pode não ser um trabalho formidável, principalmente em termos de criatividade no roteiro, mas ele emociona tão bem quanto os melhores trabalhos da Pixar. E o BAFTA e o Annie Awards concordam com isso, tanto que deram o prêmio de animação para Klaus. Um Oscar para Klaus definitivamente colocaria a Netflix no mapa da animação.

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

  • Corpus Christi – POLÔNIA
  • Honeyland – MACEDÔNIA DO NORTE
  • Os Miseráveis (Les Miserábles) – FRANÇA
  • Dor e Glória (Dolor y GLoria) – ESPANHA
  • Parasita (Gisaengchung) – CORÉIA DO SUL

DEVE GANHAR: Parasita
DEVERIA GANHAR: Parasita
SE ROLAR, É ZEBRA: Corpus Chisti

NÃO RECEBEU O CONVITE: Monos (Colômbia)

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Cena do WiFi de Parasita (Pic by CineImage.ch)

Ao lado do prêmio para Joaquin Phoenix como Melhor Ator, este prêmio de Melhor Filme Internacional é daqueles com 99,99% de certeza para o filme sul-coreano. Claro que o filme de Almodóvar, Dor e Glória, é belo e poético, mas é inegável a unanimidade de Parasita nesta categoria desde sua vitória da Palma de Ouro em Cannes. Esta é a primeira indicação para a Coréia do Sul e tudo leva a crer que será de cara a primeira vitória também.

Mais do que uma simples vitória de Oscar, Parasita conseguiu o feito de puxar o olhar do mundo para o cinema de seu país, que vinha de uma ascensão desde o início dos anos 2000 com filmes como OldBoy (2003), Casa Vazia (2004), O Hospedeiro (2006), A Criada (2016) e Em Chamas (2018).

É uma pena que não houve espaço para um filme da América da Latina, especialmente da Colômbia, que também está em franca ascensão com os filmes de Ciro Guerra, e agora Alejandro Landes e seu sufocante Monos.


A 92ª cerimônia do Oscar acontece a partir das 22h na TNT e… no GloboPlay, e sei lá quando depois do BBB na Globo.

‘A DESPEDIDA’ CONQUISTA o INDEPENDENT SPIRIT AWARD. A24 ACUMULA SETE PRÊMIOS

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Vencedores do Independent Spirit: Melhor Filme para A Despedida (Lulu Wang), Ator para Adam Sandler, Atriz para Renée Zellweger e Roteiro para Noah Baumbach. Pic montage by The Hollywood Reporter.

CONSIDERADO UM DOS FILMES MAIS QUERIDOS DA TEMPORADA, FILME DE LULU WANG GANHA SEU PRÊMIO MAIS RELEVANTE

A 35ª edição do Independent Spirit Awards foi transmitida ao vivo pelo Twitter, no perfil da @FilmIndependent – Aprendam isso, Oscar e Globo de Ouro! Pô, em pleno ano de 2020, ainda precisarmos depender de TV à cabo pra ver premiação?? É uma pena que a campanha publicitária do evento foi péssima, ninguém sabia que o a premiação seria transmitida ao vivo online. Nós só soubemos de última hora da transmissão porque fuçamos a internet! E aí, os resultados disso em números: cerca de 2.500 a 3.000 espectadores via streaming… Um número extremamente ridículo!!!!! Não pagou nem a comida de uma das 200 mesas dos artistas! Ou eles investem pesado em publicidade ano que vem, ou vão ter que voltar à TV tradicional…

A premiação contou com Aubrey Plaza como hostess – aprendam isso, Oscar!! E pela segunda vez consecutiva, ela deixou tudo mais leve e descontraído. Uma de suas melhores idéias foi trazer o personagem “Mark, o chefe cuzão comendo sanduíche” de As Golpistas para ser o ajudante de palco. E o bacana é que ele permanece no papel durante todo o show, comendo um sanduíche com uma mão e a outra direcionando os vencedores aos bastidores.

Aubrey Plaza

“Mark, o chefe cuzão que come sanduíche” em As Golpistas como assistente de palco e a hostess Aubrey Plaza (pics by The Hollywood Reporter)

Bom, com a redução de orçamento de várias produções em Hollywood nas últimas décadas, muitos filmes que foram premiados no Independent acabavam premiados também no Oscar,  como Corra!, Moonlight e Spotlight, fazendo com que o Independent se tornasse uma prévia do Oscar. Porém, os organizadores não queriam essa relação muito próxima, pois as produções realmente pequenas e singelas estavam ficando de fora, então eles decidiram dar mais atenção a produções pouco conhecidas e prestigiá-las.

Dentre alguns desses filmes menores estão Driveways, Colewell, Give me Liberty, Waves, Burning Cane e o ótimo Luce, títulos que a grande maioria sequer ouviu falar. E a gente aplaude essa postura do Independent Spirit, que se mantém firme no seu objetivo de reconhecer novos talentos e produções pequenas, e fortalece sua personalidade como um prêmio único. Exatamente o oposto que o BAFTA fez. Antigamente, o prêmio da Academia britânica poderia não ter muita audiência e nem contar com tantas celebridades, mas ele premiava outros filmes igualmente interessantes como Ou Tudo ou Nada, Razão e Sensibilidade e Sociedade dos Poetas Mortos. Lembram? Bons tempos…

Bom, A Despedida foi o grande vencedor da noite, ganhando Melhor Atriz Coadjuvante para Zhao Shuzhen, que não compareceu à festa porque a China fechou todas as fronteiras por causa do coronavírus, e Melhor Filme, que se tornou a maior surpresa da cerimônia. (Esperamos que haja uma boa surpresa amanhã também no Oscar nesta categoria…). Tem gente que gosta mais, e tem gente que gosta menos do filme de Lulu Wang, ou seja, ninguém realmente odeia o filme. E esta prêmio de Melhor Filme cai bem pra coroar uma boa temporada, que tinha seu único auge na premiação de Awkwafina no Globo de Ouro. Vemos problemas no roteiro, principalmente no que diz respeito à passividade de alguns personagens, mas trata-se de um filme que carrega muito humanismo; e dialoga bem com a questão das diferenças culturais numa época xenofóbica.

Apesar de não ter saído com o maior prêmio da noite, Joias Brutas conquistou o maior número de prêmios, três no total: Direção (aliás, os irmãos Benny e Josh Safdie são profundos conhecedores de cinema e a química deles é hilária), Montagem e Ator para Adam Sandler, que em seu discurso acalorado falou: “Que premiem os belos amanhã (no Oscar)! Um dia essa beleza acaba, e o que fica é a personalidade do Independent Spirit!”. Disponível na Netflix, Joias Brutas foi um dos melhores filmes de 2019, contando com um ritmo frenético em todos os departamentos, especialmente nesses premiados. Pena que não teremos a chance de ver nos cinemas…

2020 Film Independent Spirit Awards  - Show

Ao receberem o prêmio de direção, os irmãos Safdie começaram dois discursos em paralelo (pic by The Hollywood Reporter)

E a grande vencedora da noite na verdade foi a A24! Essa produtora independente que começou há oito anos, e tem buscado originalidade e inovação, duas coisas que estão extremamente em falta no mercado Hollywoodiano. Premiar A Despedida e Joias Brutas nas principais categorias significa que a ala independente tem essa mesma visão da A24 de apostar e se arriscar mais com filmes de temáticas e técnicas diferentes. Também da produtora, O Farol recebeu os prêmios de Ator Coadjuvante para Willem Dafoe (que merecia ter sido indicado ao Oscar) e Melhor Fotografia (a única indicação do filme ao Oscar).

Willem Dafoe

Willem Dafoe recebendo seu segundo Independent Spirit por O Farol. O primeiro ele ganhou em 2001 por A Sombra do Vampiro. Pic by Just Jared

 

Sobre diversidade, duas coisas bacanas no Independent Spirit: a categoria de Direção contou com duas mulheres (Alma Har’el e Lorene Scafaria) e um negro (Julius Onah, que aliás, dirigiu o ótimo filme Luce, que se aprofunda bem na questão do racismo).  E a categoria de Atriz Coadjuvante, pela primeira vez na história, contou apenas com atrizes de cor (que não são brancas). Tivemos Jennifer Lopez, Taylor Russell, Octavia Spencer, Lauren ‘Lolo’ Spencer e a vencedora Zhao Shuzhen.

Enfim, dois recados muito bem dados com esses resultados: somos inclusivos e queremos criatividade! Parabéns ao Independent Spirit Awards!

Agora, no quesito corrida ao Oscar, favoritismos confirmados: Renée Zellweger como Melhor Atriz por Judy (a mulher bateu 5 concorrentes!), e Parasita como Filme Internacional. Destacamos a premiação da comédia Fora de Série como Melhor Filme de Estréia, e o prêmio especial para a diretora Kelly Reichardt, uma cineasta fantástica que merece mais atenção.

VENCEDORES DO 35º INDEPENDENT SPIRIT AWARDS :

MELHOR FILME
* UMA VIDA OCULTA (A HIDDEN LIFE)
* CLEMENCY
* A DESPEDIDA (THE FAREWELL)
* HISTÓRIA DE UM CASAMENTO (MARRIAGE STORY)
* JOIAS BRUTAS (UNCUT GEMS)

MELHOR DIREÇÃO
* Robert Eggers – O FAROL
* Alma Har’el – HONEY BOY
* Julius Onah – LUCE
* Benny Safdie, Josh Safdie – JOIAS BRUTAS
* Lorene Scafaria – HUSTLERS

MELHOR ATOR
* Chris Galust – GIVE ME LIBERTY
* Kelvin Harrison – Jr., LUCE
* Robert Pattinson – O FAROL
* Adam Sandler – JOIAS BRUTAS
* Matthias Schoenaerts – THE MUSTANG

MELHOR ATRIZ
* Karen Allen – COLEWELL
* Hong Chau – DRIVEWAYS
* Elisabeth Moss – HER SMELL
* Mary Kay Place – A VIDA DE DIANE
* Alfre Woodard – CLEMENCY
* Renée Zellweger – JUDY: MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Willem Dafoe – O FAROL
* Noah Jupe – HONEY BOY
* Shia Labeouf – HONEY BOY
* Jonathan Majors – THE LAST BLACK MAN IN SAN FRANCISCO
* Wendell Pierce – BURNING CANE

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Jennifer Lopez – AS GOLPISTAS
* Taylor Russell – WAVES
* Zhao Shuzhen – A DESPEDIDA
* Lauren “Lolo” Spencer – GIVE ME LIBERTY
* Octavia Spencer – LUCE

MELHOR ROTEIRO
* Noah Baumbach – HISTÓRIA DE UM CASAMENTO
* Jason Begue, Shawn Snyder – TO DUST
* Ronald Bronstein, Benny Safdie, Josh Safdie – JOIAS BRUTAS
* Chinonye Chukwu – CLEMENCY
* Tarell Alvin Mccraney – HIGH FLYING BIRD

MELHOR FOTOGRAFIA
* Todd Banhazl – AS GOLPISTAS
* Jarin Blaschke – O FAROL
* Natasha Braier – HONEY BOY
* Chananun Chotrungroj – THE THIRD WIFE
* Pawel Pogorzelski – MIDSOMMAR

MELHOR MONTAGEM
* Julie Béziau – THE THIRD WIFE
* Ronald Bronstein, Benny Safdie – JOIAS BRUTAS
* Tyler L. Cook – SWORD OF TRUST
* Louise Ford – O FAROL
* Kirill Mikhanovsky – GIVE ME LIBERTY

MELHOR FILME INTERNACIONAL
* A VIDA INVISÍVEL, Brasil
* LES MISERÁBLES, França
* PARASITA, Coréia do Sul
* RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS, França
* RETABLO, Peru
* THE SOUVENIR, Reino Unido

MELHOR FILME DE ESTREANTE
* FORA DE SÉRIE (BOOKSMART)
* THE CLIMB
* A VIDA DE DIANE
* THE LAST BLACK MAN IN SAN FRANCISCO
* THE MUSTANG
* SEE YOU YESTERDAY

MELHOR ROTEIRO DE ESTREANTE
* Fredrica Bailey, Stefon Bristol – SEE YOU YESTERDAY
* Hannah Bos, Paul Thureen – DRIVEWAYS
* Bridget Savage Cole, Danielle Krudy – BLOW THE MAN DOWN
* Jocelyn Deboer, Dawn Luebbe – GREENER GRASS
* James Montague, Craig W. Sanger – THE VAST OF NIGHT

MELHOR DOCUMENTÁRIO
* AMERICAN FACTORY
* APOLLO 11
* FOR SAMA
* HONEYLAND
* ISLAND OF THE HUNGRY GHOSTS

PRÊMIO JOHN CASSAVETES (para produções abaixo de 500 mil dólares)
* BURNING CANE
* COLEWELL
* GIVE ME LIBERTY
* PREMATURE
* WILD NIGHTS WITH EMILY

PRÊMIO SOMEONE TO WATCH
* Rashaad Ernesto Green – PREMATURE
* Ash Mayfair – THE THIRD WIFE
* Joe Talbot – THE LAST BLACK MAN IN SAN FRANCISCO

PRÊMIO TRUER THAN FICTION
* Khalik Allah – BLACK MOTHER
* Davy Rothbart – 17 BLOCKS
* Nadia Shihab – JADDOLAND
* Erick Stoll & Chase Whiteside – AMÉRICA

PRÊMIO ROBERT ALTMAN
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO – Noah Baumbach, Douglas Aibel, Francine Maisler, Alan Alda, Laura Dern, Adam Driver, Julie Hagerty, Scarlett Johansson, Ray Liotta, Azhy Robertson, Merritt Wever

BONNIE AWARD
Kelly Reichardt

COM 11 INDICAÇÕES, ‘CORINGA’ LIDERA o OSCAR 2020

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Todos os NOVE indicados a MELHOR FILME no Oscar 2020, de cima pra baixo, da esquerda pra direita: Coringa, Era Uma Vez em… Hollywood, O Irlandês, 1917, Parasita, Jojo Rabbit, Adoráveis Mulheres, História de um Casamento e Ford vs Ferrari

PELA PRIMEIRA VEZ, A NETFLIX É A CAMPEÃ DE INDICAÇÕES COM 24

Às 10h18 da manhã em ponto, horário de Brasília, o anúncio das indicações ao Oscar foram transmitidas ao vivo por meio dos canais oficiais da Academia no YouTube e Facebook, direto do Museu da Academia em Los Angeles. As instalações estão quase prontas para inaugurarem ainda este ano.

De lá, os atores John Cho e Issa Rae leram todos os indicados das 24 categorias em meio a umas piadinhas bobas, que muito lembram o anúncio do ano passado com Kumail Nanjiani e Tracee Ellis Ross. As piadas e comentários rasos a gente suporta, mas o que não entendemos é a falta de ilustratividade do evento. Custa colocar fotos dos indicados de cada categoria? Estão economizando no que ao fazer esse powerpoint simples e sem graça? Como se estivessem prevendo as indicações, colocaram o ator sul-coreano John Cho para acertar na pronúncia dos nomes coreanos. Já Issa Rae foi discreta mas direto no alvo ao dizer “Parabéns àqueles homens”, com uma expressão de “já sabia que não indicar mulheres”.

Para quem não conseguiu acompanhar ao vivo, segue link:

NÚMEROS DESTE OSCAR

Assim como no BAFTA, Coringa lidera com 11 indicações, o que ultrapassa, e muito, a estimativa já otimista da Warner de 8 indicações. Havia dúvidas se o filme conseguiria reconhecimento nas categorias de Som, Efeitos Sonoros, Figurino e para seu diretor Todd Phillips, que corria risco de ceder sua vaga para Greta Gerwig. Com uma bilheteria que ultrapassa 1 bilhão de dólares pelo mundo, esta adaptação dos quadrinhos realmente ganhou torcida e certamente deve atrair maior audiência para a cerimônia do Oscar, no dia 09 de Fevereiro, novamente sem um host. Vale ressaltar que Coringa é apenas a segunda adaptação de quadrinhos a ser indicada a Melhor Filme após Pantera Negra (2018), mas bateu o recorde com 11 indicações. Apesar dessas conquistas, permanecemos céticos em relação a uma vitória de Melhor Filme, uma vez que é um filme violento demais para os padrões da Academia e que dividiu a crítica. Joaquin Phoenix e a trilha são apostas mais seguras de vitórias no momento.

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Joaquin Phoenix recebe sua 4ª indicação ao Oscar por Coringa (pic by IMDb)

Em segundo lugar, empatados com 10 indicações, estão 3 três filmes: 1917, O Irlandês e Era Uma Vez em… Hollywood. Enquanto o primeiro surpreendeu ao ganhar o Globo de Ouro de Melhor Filme e Diretor para Sam Mendes, o segundo vem perdendo espaço, ganhando apenas o prêmio de Melhor Elenco no Critics’ Choice Awards. Apesar dessa queda notável, o filme de Martin Scorsese conquistou indicações em categorias-chave para vencer o Oscar de Melhor Filme: Roteiro Adaptado e Montagem. Pena que Al Pacino e Joe Pesci vão se anular e dar o Oscar para Brad Pitt, o que nos leva ao terceiro filme, que assim como 1917, pode ser uma alternativa viável para os membros da Academia que não querem prestigiar a Netflix.

Já em terceiro lugar, empatados com seis indicações cada, estão 4 filmes: Jojo Rabbit, História de um Casamento, Adoráveis Mulheres e Parasita, todos indicados a Melhor Filme. Desses quatro impressiona o crescimento de Adoráveis Mulheres, que ficou ausente dos prêmios iniciais da crítica, mas agora conquista indicações para suas duas atrizes Saoirse Ronan e Florence Pugh, Roteiro Adaptado para Gerwig, além das já previsíveis de Trilha Original e Figurino.

Num consenso geral, em nossa humilde opinião, numa safra tão rica e diversa de produções, pareceu-nos uma limitação concentrar tantas indicações em poucos filmes. Tivemos tantos filmes bons que ficaram de fora que é no mínimo injusto esse acúmulo. Só pra citar alguns: Jóias Brutas (podiam indicar para Filme, Direção, Ator, Roteiro Original, Montagem e Trilha), Nós (Atriz, Roteiro Original e Trilha), Fora de Série (Roteiro Original), As Golpistas (Atriz Coadjuvante), Luce (Ator, Atriz Coadjuvante e Roteiro Adaptado), O Relatório (Atriz Coadjuvante) e The Farewell (Roteiro Original).

E na contagem de indicações por estúdios, em ordem decrescente: Netflix (24), Sony (20), Disney (17), Warner (12), Universal (11), Neon (8), Fox Searchlight (6), Lionsgate (4) e Focus Features (2).

SEM MULHERES DISPUTANDO DIREÇÃO, MAS CYNTHIA ERIVO GARANTIU A DIVERSIDADE

Como já era esperado, apesar da onda de protestos, a categoria de Direção não indicou nenhuma mulher. Embora alguns nomes estivessem no caldeirão como Lulu Wang, Alma Har’el, Olivia Wilde e Melina Matsoukas, Greta Gerwig era o nome com maior potencial entre elas, mas seu filme Adoráveis Mulheres não foi uma unanimidade na temporada, e ela acabou ficando apenas com a indicação de Roteiro Adaptado.

Pelo menos, não haverá protestos em relação à diversidade étnica que teve o BAFTA, que indicou apenas atores brancos. A Academia excluiu a latina Jennifer Lopez, mas indicou Cynthia Erivo por sua corajosa performance em Harriet, no qual ela interpreta a escrava Harriet Tubman, que conseguiu fugir de seus patronos e voltou para resgatar vários outros escravos.

Cynthia Erivo

Cynthia Erivo indicada para Melhor Atriz por Harriet (pic by IMDb)

Ficamos felizes pelo reconhecimento dela, que também foi indicada pela Canção Original “Stand Up”, que vai cantar na cerimônia. Mas sentimento muito pela ausência de Lupita Nyong’o por aquela brilhante e inovadora atuação em Nós. Claro que muitos já previam que a atriz ficaria de fora da disputa por se tratar de um filme de terror/sci-fi, mas consideramos isso inadmissível. Lupita segue a mesma crucificação que sofreu Toni Collette por Hereditário no ano passado. Se a Academia tivesse indicado Nyong’o, mataria dois coelhos com uma cajadada: diversidade étnica e diversidade de gênero de cinema. Uma pena.

CORÉIA DO SUL DEBUTANDO COM FORÇA NO OSCAR

Nunca na história de 91 anos da Academia, um filme sul-coreano foi indicado em qualquer categoria. Com Parasita, tudo mudou num piscar de olhos. Indicado a 6 Oscars, o filme de Bong Joon Ho tem tudo para levar a primeira estatueta para o país, principalmente na categoria de Filme Internacional.

parasite

A família Kim de Parasita, primeiro filme sul-coreano a ganhar a Palma de Ouro e o primeiro a ser indicado ao Oscar (pic by IMDb)

Lançado em outubro nos EUA, Parasita já conquistou mais de 30 milhões de dólares nas bilheterias e mais de 100 milhões ao redor do mundo. Com as indicações, o filme deve ser relançado em circuito comercial e ganhar ainda mais visibilidade. Quem sabe com o apoio popular Parasita também não leva o Oscar de Melhor Filme? Sabemos que não é uma luta fácil para um filme em idioma estrangeiro (Roma que o diga!), mas não é nada impossível para um filme que vem colhendo apenas críticas positivas.

Vale lembrar que a Coréia do Sul também foi indicada a Melhor Documentário-Curta por In the Absence, sobre o naufrágio de um cruzeiro que acarretou em centenas de mortes por falta de prevenção e socorro emergencial.

DESTAQUES ENTRE AUSÊNCIAS E SURPRESAS

Vamos fazer uma breve análise por categoria, mas de longe dá pra destacar alguns fatos baseados no que foi a temporada até o momento. Lupita Nyong’o, Jennifer Lopez, Awkwafina, Adam Sandler, Christian Bale, Eddie Murphy e Taron Egerton são as ausências mais sentidas se levarmos em conta o histórico das performances. Acontece, claro, ainda mais num ano repleto de filmes e interpretações de qualidade (quem nos dera se todo ano fosse rico assim…).

Outras ausências notáveis são Frozen 2 (Longa de Animação, mas foi indicado à Canção), Atlantique (Filme Internacional), Apollo 11 (Documentário), O Rei Leão (pela canção “Spirit” da Beyoncé) e As Loucuras de Rose (Atriz para Jessie Buckley e Canção pela tocante “Glasgow (No Place Like Home)”).

Não sei se é porque estamos mergulhados profundamente nas águas da temporada de premiações, mas nenhuma indicação aqui realmente nos surpreendeu de fato. Não teve nenhuma Marina de Tavira, Lesley Manville, Lenny Abrahamson ou Benh Zeitlin pra virar assunto na capa. Ninguém caiu de pára-quedas. Esperávamos que Jóias Brutas pudesse surpreender na reta final, mas pelo visto a ala conservadora da Academia ainda continua uma maioria maciça. Aliás, com um ano tão rico, a Academia indicou nove filmes a Melhor Filme. Por que não 10?

Confira todas as indicações e uma breve análise de cada:

MELHOR FILME

  • 1917 Pippa Harris, Callum McDougall, Sam Mendes, Jayne-Ann Tenggren
  • FORD VS FERRARI Peter Chernin, Jenno Topping, James Mangold
  • O IRLANDÊS Robert De Niro, Jane Rosenthal, Martin Scorsese, Emma Tillinger Koskoff
  • JOJO RABBIT Carthew Neal, Taika Waititi
  • CORINGA Bradley Cooper, Todd Phillips, Emma Tillinger Koskoff
  • ADORÁVEIS MULHERES Amy Pascal
  • HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Noah Baumbach, David Heyman
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD David Heyman, Shannon McIntosh, Quentin Tarantino
  • PARASITA Bong Joon-ho, Kwak Sin-ae

DIREÇÃO

  • 1917 Sam Mendes
  • O IRLANDÊS Martin Scorsese
  • CORINGA Todd Phillips
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
  • PARASITA Bong Joon Ho

Os protestos feministas podem se espernear, mas a verdade é que a temporada de premiações já havia definido esses diretores há um bom tempo. Dos cinco indicados, apenas Todd Phillips não estava indicado ao DGA, que preferiu Taika Waititi (Jojo Rabbit). No Globo de Ouro, deu Sam Mendes. No Critics’ Choice deu empate entre Sam Mendes e Bong Joon Ho. Mas o que realmente vai definir é o vencedor do DGA, que é muito parelho em relação ao Oscar.

ATRIZ

  • CYNTHIA ERIVO (Harriet)
  • SCARLETT JOHANSSON (História de um Casamento)
  • SAOIRSE RONAN (Adoráveis Mulheres)
  • CHARLIZE THERON (O Escândalo)
  • RENÉE ZELLWEGER (Judy: Muito Além do Arco-Íris)

Infelizmente, Lupita Nyong’o foi esnobada, mesmo conseguindo uma indicação ao SAG. É realmente triste ver que os membros da Academia ainda têm tamanho preconceito com o gênero de terror e ficção científica. Na época do lançamento do filme em Março, estávamos tão empolgados com a possibilidade de Lupita ser indicada e ganhar o Oscar de Melhor Atriz, que já víamos as manchetes: “Lupita se torna a segunda negra a ganhar o Oscar depois de Halle Berry”, mas… não contávamos com tanto conservadorismo.

Cynthia Erivo estava nas possibilidades com Awkwafina, Lupita e Alfre Woodard, mas chamou muita atenção quando foi convidada a cantar no BAFTA, mas recusou em nome da falta de diversidade no evento. Ela também foi indicada pela canção “Stand Up”. Caso vença em uma das duas categorias, Erivo se tornará a mais jovem vencedora do EGOT (Emmy, Grammy, Oscar e Tony).

ATOR

  • ANTONIO BANDERAS (Dor e Glória)
  • LEONARDO DICAPRIO (Era uma Vez em… Hollywood)
  • ADAM DRIVER (História de um Casamento)
  • JOAQUIN PHOENIX (Coringa)
  • JONATHAN PRYCE (Dois Papas)

Muito bacana ver uma indicação à atuação em língua estrangeira de Antonio Banderas, ainda mais por se tratar de um reconhecimento muito raro. E apenas três atores conseguiram vencer com outro idioma: Sophia Loren, Roberto Benigni (pois é) e Marion Cotillard. Banderas interpreta ninguém menos do que o alter-ego do diretor espanhol Pedro Almodóvar em Dor e Glória, nesta que é sua oitava colaboração com o diretor.

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Antonio Banderas recebe sua primeira indicação e por um papel em espanhol de Dor e Glória (pic by IMDb)

Se existe uma surpresa nesta edição, esta foi de Taron Egerton injustamente esnobado por Rocketman. Não se trata apenas de uma cópia ou cosplay do cantor Elton John, mas uma intepretação de um ícone, cantando com sua própria voz as músicas e oferecendo densidade ao personagem, que facilmente seria uma caricatura nas mãos de outro ator. Embora Jonathan Pryce seja um ator veterano que há muito merecia uma indicação, trocaríamos ele por Taron.

ATRIZ COADJUVANTE

  • KATHY BATES (O Caso Richard Jewell)
  • LAURA DERN (História de um Casamento)
  • SCARLETT JOHANSSON (Jojo Rabbit)
  • FLORENCE PUGH (Adoráveis Mulheres)
  • MARGOT ROBBIE (O Escândalo)

Embora tenha ficado de fora do SAG por um erro imperdoável da distribuidora que inscreveu Kathy Bates como Atriz principal, sua indicação foi mais possível pela campanha que Clint Eastwood fez na reta final do ano, especialmente na festa da AFI, e claro, pelo prestígio que Bates tem junto à Academia. Esta é sua quarta indicação.

Jennifer Lopez estava investindo pesado na campanha de As Golpistas, onde ela vive uma stripper que busca vingança contra seus clientes. Sua vaga era dada como certa, pois nunca esteve tão bem num filme, contudo, a partir do momento em que ficou de fora do BAFTA, ela também foi excluída do Oscar. E isso culminou com o crescimento citado de Adoráveis Mulheres e de Florence Pugh na disputa, sem contar a dupla indicação para Scarlett Johansson. Nunca indicam a atriz, e quando indicam, indicam duas vezes no mesmo ano. As chances de Scarlett ganhar são mínimas, principalmente pela divisão de votos consigo mesma.

ATOR COADJUVANTE

  • TOM HANKS (Um Lindo Dia na Vizinhança)
  • ANTHONY HOPKINS (Dois Papas)
  • AL PACINO (O Irlandês)
  • JOE PESCI (O Irlandês)
  • BRAD PITT (Era Uma Vez em… Hollywood)

Os indicados desta categoria era a mais estável de todas as quatro. Willem Dafoe corria muito por fora por sua performance em O Farol. Nesse esquema que está, o franco-favorito Brad Pitt está em ampla vantagem, já que seus competidores mais fortes, Al Pacino e Joe Pesci, vão certamente dividir os votos por O Irlandês. Muito bacana ver Anthony Hopkins e Tom Hanks de volta. Eles não concorriam desde 1998 (Amistad) e 2001 (Náufrago), respectivamente.

ROTEIRO ORIGINAL

  • 1917 Sam Mendes, Krysty Wilson-Cairns
  • ENTRE FACAS E SEGREDOS Rian Johnson
  • HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Noah Baumbach
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
  • PARASITA Han Jin Won, Bong Joon-ho

Com a inclusão de 1917 nesta categoria, o filme de Sam Mendes ganha ainda mais força para disputar o Oscar de Melhor Filme, pois sem um bom roteiro, dificilmente a produção ganha o prêmio da noite. Contudo, o prêmio deve ficar entre Quentin Tarantino e Noah Baumbach. Muito bacana ver o roteiro mirabolante de Rian Johnson de Entre Facas e Segredos, demonstrando que há sempre espaço para criatividade na categoria. Ficou faltando o roteiro de Fora de Série, mas talvez o aspecto de comédia teenager tenha afastado os votantes mais velhos.

ROTEIRO ADAPTADO

  • O IRLANDÊS Steven Zaillian
  • JOJO RABBIT Taika Waititi
  • CORINGA Todd Phillips, Scott Silver
  • ADORÁVEIS MULHERES Greta Gerwig
  • DOIS PAPAS Anthony McCarten

O prêmio estava praticamente entregue a Steven Zaillian pelo épico de Martin Scorsese, até a indicação de Greta Gerwig, que deve angariar muitos votos femininos, pois elogios não faltaram para esta nova e moderna adaptação do livro de Louisa May Alcott. A inclusão do roteiro de Coringa surpreende um pouco, mas totalmente justificável pela campanha.

FOTOGRAFIA

  • 1917 Roger Deakins
  • O IRLANDÊS Rodrigo Prieto
  • CORINGA Lawrence Sher
  • O FAROL Jarin Blaschke
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Robert Richardson

Dos diretores de fotografia indicados ao ASC, sindicato respectivo, apenas Phedon Papamichael (Ford vs Ferrari) ficou de fora, dando lugar para o belo PB texturizado de O Farol. O filme de Robert Eggers merecia esse reconhecimento pela aposta ousada e arriscada de filmar em locação, em película e com um formato mais antigo que remete ao século XIX. Roger Deakins, indicado por 1917, tem as melhores chances de levar seu segundo Oscar pela complexidade das filmagens para simular uma única tomada.

MONTAGEM

  • O IRLANDÊS Thelma Schoonmaker
  • JOJO RABBIT Tom Eagles
  • CORINGA Jeff Groth
  • FORD VS FERRARI Andrew Buckland, Michael McCusker
  • PARASITA Jinmo Yang

Não se trata de uma regra oficial, mas pelas estatísticas, se você quer ganhar o Oscar de Melhor Filme, no mínimo tem que estar indicado a Melhor Montagem. Claro que isso já foi uma verdade incontestável, principalmente na época de Rocky (1976), mas ainda hoje ela tem extrema importância na disputa. Apesar do trabalho de Thelma Schoonmaker ser o mais elogiado até aqui por dar ritmo às 3 horas e meia de filme, ainda são 3 horas e meia, e tem muita gente falando: “se tivesse cortado uns 20 minutos finais seria ainda melhor”. Além disso, a montadora já ganhou 3 estatuetas com filmes do próprio Scorsese antes: Touro Indomável, O Aviador e Os Infiltrados. Nosso favorito, e que pode surpreender, é a montagem precisa de Parasita. Embora desconhecido do grande público Jinmo Yang já editou os sucessos sul-coreanos Okja (2017) e Invasão Zumbi (2016).

DESIGN DE PRODUÇÃO

  • 1917 Dennis Gassner, Lee Sandales
  • O IRLANDÊS Bob Shaw, Regina Graves
  • JOJO RABBIT Ra Vincent, Nora Sopková
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Barbara Ling, Nancy Haigh
  • PARASITA Ha-jun Lee, Won-Woo Cho

Pela viagem à era de ouro de Hollywood nos anos 60, o filme de Tarantino leva boa vantagem. São casas, trailers, carros e sets de filmagens reconstruídos para contar a história de Rick Dalton e Cliff Booth. Mas vale destacar a mansão da família Park em Parasita, cuja importância é tão grande que se assemelha a um personagem à parte.

FIGURINO

  • O IRLANDÊS Christopher Peterson, Sandy Powell
  • JOJO RABBIT Mayes C. Rubeo
  • CORINGA Mark Bridges
  • ADORÁVEIS MULHERES Jacqueline Durran
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Arianne Phillips

A Academia adora premiar filmes de época nesta categoria, então naturalmente os figurinos de Adoráveis Mulheres larga na frente. Jacqueline Durran já foi premiada por Anna Karenina. Embora gostemos do figurino de Scarlett Johansson (inclusive o chapéu) em Jojo Rabbit, indicaríamos os figurinos da pequena vila sueca de Midsommar.

MAQUIAGEM E CABELO

  • 1917 Naomi Donne
  • O ESCÂNDALO Vivian Baker, Kazu Hiro, Anne Morgan
  • CORINGA Kay Georgiou, Nicki Ledermann
  • JUDY: MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS Jeremy Woodhead
  • MALÉVOLA: DONA DO MAL Paul Gooch, Arjen Tuiten, David White

Toda vez dizemos a mesma coisa sobre maquiagem: “Aaaa… como sentimos falta de Rick Baker!”. Bom, é a primeira vez que a categoria tem cinco indicados (que se tornará comum a partir desta edição), o que sempre ajuda a reconhecer mais filmes, porém pode ter ano que vão sofrer pra achar boa maquiagem pra reconhecer. Desta leva, destacamos o trabalho excepcional de O Escândalo, que transformou Charlize Theron na repórter Megyn Kelly, e John Lithgow em Roger Ailes, com próteses. Também indicaríamos aquela criaturazinha estranha de Midsommar, mesmo que para alguns seja uma visão indigesta.

TRILHA ORIGINAL

  • 1917 Thomas Newman
  • CORINGA Hildur Guđnadóttir
  • ADORÁVEIS MULHERES Alexandre Desplat
  • HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Randy Newman
  • STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER John Williams

Esnobado injustamente, Michael Abels provavelmente criou a melhor trilha do ano, mas ficou de fora também por preconceito em relação ao gênero. A curiosidade aqui é a disputa familiar entre os primos Randy e Thomas Newman. Mas enquanto Randy já ganhou dois Oscars, Thomas está em sua 15ª indicação sem vitória. Será que é desta vez? Se a islandesa Hildur Guđnadóttir (Coringa) permitir… E esta é a 52ª indicação para John Williams. Aos 87 anos, ele já tem 5 Oscars, mas não ganha desde A Lista de Schindler, láaa em 1994, e foi indicado ao Oscar pelos três filmes desta nova trilogia de Star Wars.

CANÇÃO ORIGINAL

  • “I Can’t Let You Throw Yourself Again”, de TOY STORY 4
  • “I’m Gonna Love Me Again”, de ROCKETMAN
  • “I’m Standing With You”, de SUPERAÇÃO: O MILAGRE DA FÉ
  • “Into the Unknown”, de FROZEN 2
  • “Stand Up”, de HARRIET

Apesar da canção de Elton John ser uma unanimidade, as canções de Harriet e Frozen 2 podem ultrapassar Rocketman, ainda mais pelo filme ter perdido força nas outras categorias como Ator e Figurino. Gostaríamos de ter visto a canção “Glasgow (No Place Like Home)” indicada para coroar a performance de Jessie Buckley em As Loucuras de Rose, que foi indicada ao BAFTA de Melhor Atriz. A canção de Toy Story 4 não vinha sendo reconhecida, porém levou a vaga das outras produções da Disney: O Rei Leão e Aladdin.

SOM

  • AD ASTRA Gary Rydstrom, Tom Johnson, Mark Ulano
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Michael Minkler, Christian P. Minkler, Mark Ulano
  • 1917 Scott Millan, Oliver Tarney, Rachael Tate, Mark Taylor, Stuart Wilson
  • CORINGA Tod Maitland, Alan Robert Murray, Tom Ozanich, Dean Zupancic
  • FORD VS FERRARI David Giammarco, Paul Massey, Steven A. Morrow, Donald Sylvester

A grande surpresa aqui é a inclusão de Ad Astra, que inicialmente foi promovido como grande candidato, mas caiu drasticamente na temporada. Essa indicação muito lembra a de Um Lugar Silencioso do ano passado, a única do filme. Embora o som de Ford vs Ferrari ser incrível, 1917 deve levar o prêmio pelas inúmeras explosões e tiros da Primeira Guerra Mundial. Chama a atenção a exclusão de Rocketman, já que musicais costumam se dar bem na categoria, que ano passado premiou Bohemian Rhapsody.

EFEITOS SONOROS

  • FORD VS FERRARI Donald Sylvester
  • CORINGA Alan Robert Murray
  • 1917 Oliver TarneyRachael Tate
  • ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Wylie Stateman
  • STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER Matthew WoodDavid Acord

Assim na categoria de Som, a briga deve ficar entre 1917 e Ford vs Ferrari. São filmes que são extremamente bem explorados no aspecto sonoro e são melhor apreciados em salas de alta qualidade de som com a IMAX e XD. Os outros três indicados estão praticamente fazendo figuração na categoria, que poderia dar espaço para John Wick 3: Parabellum, por exemplo.

EFEITOS VISUAIS

  • 1917 Greg Butler, Guillaume Rocheron, Dominic Tuohy
  • VINGADORES: ULTIMATO Dan Deleeuw, Dan Sudick
  • O IRLANDÊS Leandro Estebecorena, Stephane Grabli, Pablo Helman
  • O REI LEÃO Andrew R. Jones, Robert Legato, Elliot Newman, Adam Valdez
  • STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER Roger Guyett, Paul Kavanagh, Neal Scanlan, Dominic Tuohy

Apesar de todos merecerem as indicações, os efeitos de Alita: Anjo de Combate poderia ter entrada na disputa. Talvez o aspecto visual estilo animé da protagonista tenha espantado os votantes, que buscam realismo nos efeitos.

FILME INTERNACIONAL

  • CORPUS CHRISTI Jan Komasa – POLÔNIA
  • HONEYLAND Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov – MACEDÔNIA DO NORTE
  • OS MISERÁVEIS Ladj Ly – FRANÇA
  • DOR E GLÓRIA Pedro Almodóvar, Agustín Almodóvar – ESPANHA
  • PARASITA Bong Joon-ho – CORÉIA DO SUL

Dos 10 filmes pré-selecionados, havia algumas certezas como as indicações de Parasita, Dor e Glória, e Os Miseráveis. As outras duas vagas eram uma incógnita. O documentário sobre a apicultora de Honeyland surpreendeu por conquistar dupla indicação por Filme Internacional pela Macedônia do Norte (eu sei, você nem sabia que tinha uma, ainda mais do norte) e por Melhor Documentário. Assim como Scarlett Johansson, duplamente indicada, Honeyland deve ficar sentado a cerimônia inteira. A ausência mais notada aqui foi de Atlantique, do Senegal, produzido pela Netflix. A surpresa da categoria reside no representante polonês Corpus Christi, que aborda uma transformação espiritual que resulta numa paróquia. Apesar de não ter entendido a indicação do filme, é curioso que não há nenhum filme indicado que trate de Holocausto desta vez. uma raridade. Porém Jojo Rabbit já satisfez a sede pelo tema nas demais categorias.

DOCUMENTÁRIO

  • THE CAVE Feras Fayyad, Kirstine Barfod, Sigrid Dyekjaer
  • DEMOCRACIA EM VERTIGEM Petra Costa, Joanna Natasegara, Shane Boris, Tiago Pavan
  • HONEYLAND Tamara Kotevska, Ljubomir Stefanov
  • AMERICAN FACTORY Steven Bognar, Julia Reichert
  • FOR SAMA Waad al-Kateab, Edward Watts

É sempre muito bacana ver um filme brasileiro entre os indicados. Mesmo não apreciando muito o documentário que apela para o emocional, Petra Costa teve uma visão instigante sobre o que aconteceu na política brasileira, especialmente no trecho em que analisa a postura de um Michel Temer ainda vice-presidente. Pra quem ainda não conferiu, vale a pena ver na Netflix.

Houve duas ausências aqui: Apollo 11, um documentário que impressiona pelo material rico do lançamento do foguete à Lua, e One Child Nation, sobre a política de natalidade da China. Com isso, o franco-favorito se torna For Sama, uma experiência feminina em tempos de guerra.

LONGA DE ANIMAÇÃO

  • KLAUS Sergio Pablos, Jinko Gotoh, Marisa Roman
  • TOY STORY 4 Josh Cooley, Mark Nielsen, Jonas Rivera
  • COMO TREINAR O SEU DRAGÃO 3 Dean DeBloisBradford LewisBonnie Arnold
  • PERDI MEU CORPO Jérémy ClapinMarc Du Pontavice
  • LINK PERDIDO Chris ButlerArianne SutnerTravis Knight

Pois é, cadê Frozen 2? Apesar do sucesso comercial e popular, esta sequência não foi tão bem assim de crítica. Se o primeiro filme se baseou no sucesso da canção “Let it Go”, não podemos dizer o mesmo de Frozen 2 e a canção “Into the Unknown” que ainda não emplacou. Destaque para a presença da Netflix através de Klaus e Perdi Meu Corpo.

CURTA DE ANIMAÇÃO

  • DCERA (DAUGHTER) Daria Kashcheeva
  • HAIR LOVE Matthew A. CherryKaren Rupert Toliver
  • KITBULL Rosana SullivanKathryn Hendrickson
  • MEMORABLE Bruno ColletJean-François Le Corre
  • SISTER Siqi Song

DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • IN THE ABSENCE Seung-jun YiGary Byung-Seok Kam
  • LEARNING TO SKATEBOARD IN A WARZONE (IF YOU’RE A GIRL) Carol DysingerElena Andreicheva
  • LIFE OVERTAKES ME Kristine SamuelsonJohn Haptas
  • ST. LOUIS SUPERMAN Sami KhanSmriti Mundhra
  • WALK RUN CHA-CHA Laura NixColette Sandstedt

CURTA-METRAGEM 

  • BROTHERHOOD Meryam JoobeurMaria Gracia Turgeon
  • NEFTA FOOTBALL CLUB Yves PiatDamien Megherbi
  • THE NEIGHBOR’S WINDOW Marshall Curry
  • SARIA Bryan BuckleyMatt Lefebvre
  • A SISTER Delphine Girard

Os trabalhos de curta das três categorias ainda precisam ser vistos, e mais pra frente podemos oferecer uma análise melhor da qualidade dos filmes e das chances de cada um para você votar no seu bolão.

‘CORINGA’ LIDERA as INDICAÇÕES ao BAFTA

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Com 11 indicações, Coringa lidera o BAFTA, seguido por Era Uma Vez em… Hollywood e O Irlandês com 10 cada.

ACADEMIA BRITÂNICA TAMBÉM DISTRIBUI INDICAÇÕES PARA O IRLANDÊS E ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD

Na manhã desta terça, dia 07, os atores Asa Butterfield (da série Sex Education, da Netflix) e Ella Balinska (da nova versão de As Panteras) anunciaram os indicados para a 73ª edição do prêmio da Academia Britânica. Para quem quiser acompanhar o anúncio, clique no link do YouTube direto do canal do BAFTA:

Havia uma forte expectativa de que o vencedor do Globo de Ouro, 1917, iria ser o grande recordista de indicações por se tratar de uma produção britânica e por possibilitar uma série de indicações em categorias técnicas, mas não foi o que aconteceu. Para surpresa de muitos, Coringa liderou com 11 indicações: Filme, Ator (Joaquin Phoenix), Roteiro Adaptado, Fotografia, Montagem, Design de Produção, Trilha Original, Maquiagem e Cabelo, Som, Diretor e a nova categoria de Casting.

Logo em seguida, com 10 indicações vêm Era Uma Vez em… Hollywood e O Irlandês. O filme de guerra de Sam Mendes conquistou nove indicações, Jojo Rabbit conquistou seis, enquanto História de um Casamento, Dois Papas e Adoráveis Mulheres obtiveram cinco cada. O filme mais premiado na temporada até o momento, o sul-coreano Parasita conquistou quatro indicações, ao lado de Rocketman e o documentário For Sama.

NOVA CATEGORIA DE CASTING

Conforme anunciado há alguns meses, o BAFTA decidiu implementar a categoria para reconhecer o trabalho dos profissionais que fazem a seleção do elenco de uma produção. Normalmente, essa tarefa é confundida com a decisão final do diretor (talvez por isso a Academia norte-americana nunca tenha dado o devido valor), mas ela fica extremamente evidente em casos de seleção de atores desconhecidos como por exemplo descobrir os dois atores mirins Roman Griffin Davis e Archie Yates de Jojo Rabbit. A equipe faz uma grande e extensa busca, muitas vezes fora do país, para encontrar um rosto desconhecido para encaixar no papel.

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Os primeiros indicados para a categoria nova de Casting

Curiosamente, a sátira de Taika Waititi não foi indicada… talvez por alguns excessos como Rebel Wilson? Mas em seu lugar, o casting de The Personal History of David Copperfield foi reconhecido. Esta adaptação do romance de Charles Dickens tem em seu elenco um equilíbrio entre nomes desconhecidos com consagrados como Tilda Swinton, Ben Wishaw e Dev Patel. Esperamos que esse primeiro passo do BAFTA encoraje a Academia do Oscar para criar a nova categoria.

CONTROVÉRSIA

Com o anúncio dos indicados, já apontaram a falta de diversidade étnica nas quatro categorias de atuação e a falta de mulheres na categoria de Direção. O consenso geral é de que as premiações só vão apresentar reais mudanças nessas questões quando a indústria cinematográfica prover oportunidades iguais para todas as etnias e sexo, incluindo LGBT. Claro que, mesmo sabendo dessa lógica, é difícil entendermos por que Lupita Nyong’o ficou de fora da categoria de Melhor Atriz. Obviamente, depende da votação dos mais de 6 mil membros da Academia Britânica, mas para quem viu o filme de Jordan Peele, a atriz entregou uma das melhores atuações do ano em Nós. E curiosamente, temos dois atores negros e uma asiática disputando o EE Rising Star Award.

Na categoria de Direção, nomes como Greta Gerwig, Lulu Wang, Alma Har’el, Marielle Heller e Melina Matsoukas marcaram pouca presença na temporada, o que justifica de alguma forma suas ausências em listas do Globo de Ouro e BAFTA, e possivelmente do Oscar. Contudo, a insatisfação pode chegar nos membros da Academia e pode haver uma reposta nas votações. Tudo vai depender de como os 9 mil membros vão votar… não é uma instituição com um único pensamento. E sem contar que a concorrência em Direção está muito forte. Temos trabalhos excepcionais como de Bong Joon-Ho em Parasita, Tarantino em seu Era Uma Vez em… Hollywood, Martin Scorsese com seu épico da Netflix, um trabalho fenomenal dos irmãos Safdie em Jóias Brutas. MAS se houver uma reviravolta e uma representante feminina ser incluída na categoria, apostamos em Céline Sciamma do francês Retrato de uma Jovem em Chamas ou Greta Gerwig com sua adaptação de Adoráveis Mulheres.

Outra controvérsia que tem rondado os bastidores é o favorecimento das premiações sobre os filmes exibidos em salas de cinema. O Globo de Ouro premiou 1917, de Sam Mendes, esta semana, e logo em seguida, o BAFTA concede 11 indicações para Coringa. Pode ser uma coincidência, claro, mas para alguns ficou nítida a preferência por produções lançadas em cinemas, ao contrário de produções da Netflix como O Irlandês, História de um Casamento e Dois Papas, que passaram em salas selecionadas para apenas cumprir o regulamento de qualificação. Estamos curiosos pra saber quem vai sair vitorioso no Oscar deste ano, após vermos Green Book bater Roma da Netflix.

SURPRESAS E ESNOBADOS

Num ano extremamente competitivo como foi o de 2019, seria IMPOSSÍVEL  agradar a todos. Nem o Critics’ Choice Awards com 15 indicados por categoria daria conta de tanta demanda! Mas é sempre bom lembrar o público que as premiações não têm (ou não deveriam ter) o objetivo de reconhecer tudo. Cada prêmio precisa e deve ter sua própria personalidade e identidade. Já pensou se todas as premiações que antecedem o Oscar indicassem somente os filmes que vão estar na lista final? Qual seria a graça? Como disse nosso querido Nelson Rodrigues: “A unanimidade é burra”. Além disso, num ano tão rico como de 2019, temos que agradecer que temos variedade de filmes, porque tem ano que nem Cristo aguenta…

Bom, começando com as categorias de atuação feminina, que foram as que mais sofreram alterações, em Melhor Atriz, tivemos a inclusão da irlandesa Jessie Buckley (que também esteve em Judy) por sua performance em As Loucuras de Rose, um drama sobre uma mulher que sonha em ser uma cantora de country. Entre as ausências mais sentidas estão: Lupita Nyong’o (Nós) – ainda acreditamos que ela será indicada ao Oscar, Cynthia Erivo (Harriet) e Awkwafina (The Farewell). No caso de Awkwafina, que acaba de ganhar o Globo de Ouro, sua ausência foi de alguma forma compensada pela indicação na categoria de EE Rising Star Award, que seria um prêmio de revelação do ano votado pelo público de lá.

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Jesie Buckley em As Loucuras de Rose (pic by IMDb)

Na categoria de Atriz Coadjuvante, talvez a grande surpresa deste ano: Margot Robbie duplamente indicada por O Escândalo e Era Uma Vez em… Hollywood. Tudo bem que a categoria estava bem instável na temporada, com Annette Bening, Kathy Bates, Shuzen Zhao indo e vindo, mas foi a primeira vez que vimos Robbie competindo consigo mesma. A atuação dela como Sharon Tate no filme de Tarantino é como o próprio diretor descreveu em seu discurso do Globo de Ouro: “Ela foi a bondade em pessoa. Nunca uma personagem foi tão boa nos meus filmes”. Ela traz aquele ar angelical que o diretor precisava para reforçar sua mensagem final. É uma atuação discreta, mas com sutilezas, e normalmente as premiações não dão muita importância essas coisas.

Por outro lado, ficamos chateados com a exclusão de Jennifer Lopez. A atriz nunca esteve tão bem (ok, nem vamos lembrar de Anaconda aqui) como em As Golpistas. Além do aspecto físico de sua performance como stripper, JLo também trouxe humanidade à sua personagem inescrupulosa.

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Margot Robbie (O Escândalo) X Margot Robbie (Era uma Vez em… Hollywood)

Na ala masculina, tivemos as exclusões de Antonio Banderas (Dor e Glória) e Eddie Murphy (Meu Nome é Dolemite) da categoria de Melhor Ator. Felizmente, Taron Egerton está na lista por Rocketman, mas adoraríamos ver Adam Sandler na disputa no lugar de Jonathan Pryce ou Leonardo DiCaprio. Sandler nunca esteve tão bem (ok, também não vamos lembrar da lista de comédias ralas aqui) como em Jóias Brutas, inclusive contando com sua atuação no filme Embriagados de Amor, de Paul Thomas Anderson. E é uma pena enorme que o filme dos irmãos Josh e Benny Safdie não foi reconhecido em nenhuma categoria, pois poderia influenciar nas indicações da Academia.

Pela categoria de Coadjuvante, os indicados foram exatamente os mesmos do Globo de Ouro. Inclusive, as indicações de Al Pacino e Joe Pesci pelo mesmo O Irlandês deve beneficiar de novo a campanha vitoriosa de Brad Pitt. Apesar de bem concorrida, gostaríamos de ter visto o nome de Willem Dafoe na briga por O Farol. Claro que o filme de Robert Eggers é um pouco intragável para a maioria, mas nem por isso a interpretação dele deveria ser descartada. E sentimos falta de uma indicação para o elenco excepcional de Parasita, que poderia ter vindo aqui pelo nome de Song Kang Ho (o pai da família Kim).

Outra categoria que teve quase tudo bagunçado foi de Longa de Animação. O recém vencedor do Globo de Ouro, Link Perdido, sequer foi indicado aqui, porém as grandes produções da Disney (Frozen 2) e da Pixar (Toy Story 4) continuam na disputa. Também tivemos a ausência da animação francesa da Netflix, Perdi Meu Corpo, que vinha sendo a melhor alternativa às animações bilionárias. Contudo, a mesma Netflix conseguiu deslanchar a animação Klaus (um belo trabalho de 2D com 3D) e o estúdio Aardman emplacou Shaun, o Carneiro: Aliens, uma sequência de Shaun, o Carneiro (2015).

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Klaus e Shaun, o Carneiro: Aliens são indicados ao BAFTA de Longa de Animação

Entre outras ausências relevantes contamos com os figurinos de Rocketman, o design de produção de Parasita (aquela mansão é um personagem), a trilha de Randy Newman em História de um Casamento e o belo e singelo documentário Honeyland, que ficou de fora da categoria de documentário e Filme em Língua Estrangeira.

Seguem todos os indicados ao 73º BAFTA:

MELHOR FILME
1917 Pippa Harris, Callum McDougall, Sam Mendes, Jayne-Ann Tenggren
O IRLANDÊS Robert De Niro, Jane Rosenthal, Martin Scorsese, Emma Tillinger Koskoff
CORINGA Bradley Cooper, Todd Phillips, Emma Tillinger Koskoff
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD David Heyman, Shannon McIntosh, Quentin Tarantino
PARASITA Bong Joon-ho, Kwak Sin-ae

MELHOR FILME BRITÂNICO
1917 Sam Mendes, Pippa Harris, Callum McDougall, Jayne-Ann Tenggren, Krysty Wilson-Cairns
BAIT Mark Jenkin, Kate Byers, Linn Waite
FOR SAMA Waad al-Kateab, Edward Watts
ROCKETMAN Dexter Fletcher, Adam Bohling, David Furnish, David Reid, Matthew Vaughn, Lee Hall
SORRY WE MISSED YOU Ken Loach, Rebecca O’Brien, Paul Laverty
DOIS PAPAS Fernando Meirelles, Jonathan Eirich, Dan Lin, Tracey Seaward, Anthony McCarten

ROTEIRISTA, DIRETOR OU PRODUTOR BRITÂNICO ESTREANTE
BAIT Mark Jenkin (Writer/Director), Kate Byers, Linn Waite (Producers)
FOR SAMA Waad al-Kateab (Director/Producer), Edward Watts (Director)
MAIDEN Alex Holmes (Director)
ONLY YOU Harry Wootliff (Writer/Director)
RETABLO Álvaro Delgado-Aparicio (Writer/Director) (Note: Also written by Héctor Gálvez)

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
THE FAREWELL Lulu Wang, Daniele Melia
FOR SAMA Waad al-Kateab, Edward Watts
DOR E GLÓRIA Pedro Almodóvar, Agustín Almodóvar
PARASITA Bong Joon-ho
RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS Céline Sciamma, Bénédicte Couvreur

DOCUMENTÁRIO
AMERICAN FACTORY Steven Bognar, Julia Reichert
APOLLO 11 Todd Douglas Miller
DIEGO MARADONA Asif Kapadia
FOR SAMA Waad al-Kateab, Edward Watts
THE GREAT HACK Karim Amer, Jehane Noujaim

LONGA DE ANIMAÇÃO
FROZEN 2 Chris Buck, Jennifer Lee, Peter Del Vecho
KLAUS Sergio Pablos, Jinko Gotoh
SHAUN, o CARNEIRO: ALIENS Will Becher, Richard Phelan, Paul Kewley
TOY STORY 4 Josh Cooley, Mark Nielsen

DIREÇÃO
1917 Sam Mendes
O IRLANDÊS Martin Scorsese
CORINGA Todd Phillips
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
PARASITA Bong Joon-ho

ROTEIRO ORIGINAL
FORA DE SÉRIE Susanna Fogel, Emily Halpern, Sarah Haskins, Katie Silberman
ENTRE FACAS E SEGREDOS Rian Johnson
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Noah Baumbach
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Quentin Tarantino
PARASITA Han Jin Won, Bong Joon-ho

ROTEIRO ADAPTADO
O IRLANDÊS Steven Zaillian
JOJO RABBIT Taika Waititi
CORINGA Todd Phillips, Scott Silver
ADORÁVEIS MULHERES Greta Gerwig
DOIS PAPAS Anthony McCarten

ATRIZ
JESSIE BUCKLEY As Locuras de Rose
SCARLETT JOHANSSON História de um Casamento
SAOIRSE RONAN Adoráveis Mulheres
CHARLIZE THERON O Escândalo
RENÉE ZELLWEGER Judy: Muito Além do Arco-Íris

ATOR
LEONARDO DICAPRIO Era uma Vez em… Hollywood
ADAM DRIVER História de um Casamento
TARON EGERTON Rocketman
JOAQUIN PHOENIX Coringa
JONATHAN PRYCE Dois Papas

ATRIZ COADJUVANTE
LAURA DERN História de um Casamento
SCARLETT JOHANSSON Jojo Rabbit
FLORENCE PUGH Adoráveis Mulheres
MARGOT ROBBIE O Escândalo
MARGOT ROBBIE Era uma Vez em… Hollywood

ATOR COADJUVANTE
TOM HANKS Um Lindo Dia na Vizinhança
ANTHONY HOPKINS Dois Papas
AL PACINO O Irlandês
JOE PESCI O Irlandês
BRAD PITT Era uma Vez em… Hollywood

TRILHA ORIGINAL
1917 Thomas Newman
JOJO RABBIT Michael Giacchino
CORINGA Hildur Guđnadóttir
ADORÁVEIS MULHERES Alexandre Desplat
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER John Williams

CASTING
CORINGA Shayna Markowitz
HISTÓRIA DE UM CASAMENTO Douglas Aibel, Francine Maisler
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Victoria Thomas
THE PERSONAL HISTORY OF DAVID COPPERFIELD Sarah Crowe
DOIS PAPAS Nina Gold

FOTOGRAFIA
1917 Roger Deakins
O IRLANDÊS Rodrigo Prieto
CORINGA Lawrence Sher
FORD VS FERRARI Phedon Papamichael
O FAROL Jarin Blaschke

MONTAGEM
O IRLANDÊS Thelma Schoonmaker
JOJO RABBIT Tom Eagles
CORINGA Jeff Groth
FORD VS FERRARI Andrew Buckland, Michael McCusker
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Fred Raskin

DESIGN DE PRODUÇÃO
1917 Dennis Gassner, Lee Sandales
O IRLANDÊS Bob Shaw, Regina Graves
JOJO RABBIT Ra Vincent, Nora Sopková
CORINGA Mark Friedberg, Kris Moran
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Barbara Ling, Nancy Haigh

FIGURINO
O IRLANDÊS Christopher Peterson, Sandy Powell
JOJO RABBIT Mayes C. Rubeo
JUDY: MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS Jany Temime
ADORÁVEIS MULHERES Jacqueline Durran
ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD Arianne Phillips

MAQUIAGEM E CABELO
1917 Naomi Donne
O ESCÂNDALO Vivian Baker, Kazu Hiro, Anne Morgan
CORINGA Kay Georgiou, Nicki Ledermann
JUDY: MUITO ALÉM DO ARCO-ÍRIS Jeremy Woodhead
ROCKETMAN Lizzie Yianni Georgiou

SOM
1917 Scott Millan, Oliver Tarney, Rachael Tate, Mark Taylor, Stuart Wilson
CORINGA Tod Maitland, Alan Robert Murray, Tom Ozanich, Dean Zupancic
FORD VS FERRARI David Giammarco, Paul Massey, Steven A. Morrow, Donald Sylvester
ROCKETMAN Matthew Collinge, John Hayes, Mike Prestwood Smith, Danny Sheehan
STAR WARS: THE RISE OF SKYWALKER David Acord, Andy Nelson, Christopher Scarabosio, Stuart Wilson, Matthew Wood

EFEITOS VISUAIS
1917 Greg Butler, Guillaume Rocheron, Dominic Tuohy
VINGADORES: ULTIMATO Dan Deleeuw, Dan Sudick
O IRLANDÊS Leandro Estebecorena, Stephane Grabli, Pablo Helman
O REI LEÃO Andrew R. Jones, Robert Legato, Elliot Newman, Adam Valdez
STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER Roger Guyett, Paul Kavanagh, Neal Scanlan, Dominic Tuohy

CURTA DE ANIMAÇÃO BRITÂNICO
GRANDAD WAS A ROMANTIC. Maryam Mohajer
IN HER BOOTS Kathrin Steinbacher
THE MAGIC BOAT Naaman Azhari, Lilia Laurel

CURTA-METRAGEM BRITÂNICO
AZAAR Myriam Raja, Nathanael Baring
GOLDFISH Hector Dockrill, Harri Kamalanathan, Benedict Turnbull, Laura Dockrill
KAMALI Sasha Rainbow, Rosalind Croad
LEARNING TO SKATEBOARD IN A WARZONE (IF YOU’RE A GIRL) Carol Dysinger, Elena Andreicheva
THE TRAP Lena Headey, Anthony Fitzgerald

EE RISING STAR AWARD
AWKWAFINA
KAITLYN DEVER
KELVIN HARRISON JR.
JACK LOWDEN
MICHEAL WARD

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Indicados ao prêmio revelação do EE Rising Star Award

NOSSAS APOSTAS para o GLOBO DE OURO 2020!

COM RICKY GERVAIS COMO HOST, E TOM HANKS E ELLEN DEGENERES HOMENAGEADOS, A 77ª CERIMÔNIA DO GLOBO DE OURO ACONTECE HOJE, A PARTIR DAS 22H, HORÁRIO DE BRASÍLIA, COM TRANSMISSÃO PELO CANAL PAGO TNT.

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‘O Irlandês’ parece ser a melhor aposta nesta categoria, mesmo que leve apenas este prêmio na noite. Já “Era uma Vez em… Hollywood” se mostra uma unanimidade como Comédia.

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Como a maioria sabe, “Parasita” é inelegível como Filme – Drama, então as chances do diretor sul-coreano são bem maiores na categoria de Direção. Além disso, os votos para Tarantino e Scorsese podem se anular. Sem indicação como Diretor, Noah Baumbach tem tudo para ser recompensado pelo seu roteiro por “História de um Casamento”.

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Embora não se trate de uma comédia, Awkwafina apresenta uma mistura de dramaticidade com humor, além disso, sua concorrência não é das mais fortes. Pela ala de drama, Renée Zellweger está bastante sólida como Judy Garland, e os votos entre Charlize Theron e Scarlett Johansson devem se dividir.

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Se formos pegar Comédia de verdade, Eddie Murphy leva o prêmio por “Meu Nome é Dolemite”. Leonardo DiCaprio já tem 3 Globos de Ouro na carreira, e sua indicação ao Oscar já parece certa. Já Joaquin Phoenix é o grande destaque de “Coringa” por sua transformação física e psicológica. Adam Driver Antonio Banderas viriam logo atrás.

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Laura Dern parece ser a aposta mais segura, contudo a atriz já tem 4 Globos de Ouro (!) e sua indicação ao Oscar já é considerada garantida. Jennifer Lopez está todos os anos na festa, pois a HFPA a adora. Sua performance em “As Golpistas” vai além de coadjuvante também. Bastante disputada, a categoria masculina deve decidir à base de popularidade. Brad Pitt esbanja charme no papel do dublê Cliff Booth, o herói que todo cinéfilo queria.

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Num ano repleto de sequências e remakes, “Toy Story 4” parece ter sido a que foi feita com mais amor e carinho, contudo seria um bom ano pra premiar uma animação estrangeira, ausente entre os indicados. Na categoria de Filme Estrangeiro, “Parasita” é unanimidade, mesmo com “Retrato de uma Jovem em Chamas”.

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Se a HFPA quiser impulsionar o primeiro Oscar para Thomas Newman, o Globo de Ouro será dele, ou pelo menos para o primo Randy Newman. Mas a trilha de “Coringa” está entre as melhores do ano. Em Canção, muitas estrelas como Taylor Swift (será que ela vai na festa??), Beyoncé, Idina Menzel… mas a HFPA adora Elton John.

‘O IRLANDÊS’ e ‘ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD’ DOMINAM as INDICAÇÕES ao CRITICS’ CHOICE AWARDS

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O Irlandês e Era uma Vez em… Hollywood lideram o Critics’ Choice Awards

SCORSESE E TARANTINO PROTAGONIZAM A 25ª EDIÇÃO DO CRITICS’ CHOICE

No último domingo, houve o anúncio dos indicados ao Critics’ Choice Awards. Por causa do tumulto desses dias, acabamos priorizando o Globo de Ouro e o LAFCA (Associação dos Críticos de Los Angeles) por motivos óbvios de importância.

Claro que o Critics’ ganhou sua relevância no cenário hollywoodiano nos últimos anos, mas ainda assim possui uma vertente genérica caracterizada por sua seleção excessiva de indicados. No início, nos anos 90, eram apenas um vencedor e um segundo lugar, depois eram três indicados. Há poucos anos, já eram seis por categoria. Hoje são sete em várias delas (oito em alguns casos como Ator em Série Dramática), enquanto nos demais prêmios televisionados são apenas cinco reconhecidos.

Além dessa expansão de indicados, houve a criação de inúmeras novas categorias num curto espaço de tempo, copiando descaradamente categorias até então exclusivas de outros prêmios como o Saturn Award que tem uma categoria de Filmes de Terror e outra de Ficção Científica, ou do SAG Awards com sua categoria de Elenco. Obviamente as premiações precisam passar por um processo de modernização e atualização, mas o Critics’ Choice segue a linha do “atirar para todos os lados”, o que nos fez apelidá-lo carinhosamente de “A Bolha Assassina”. Lembram daquele filme em que uma gosma rosa alienígena passa a engolir uma cidade inteira e vai ficando cada vez maior? É o Blob Awards.

Contudo, apesar dessa abrangência toda, em anos como este de 2019 quando houve inúmeras  produções e performances de qualidade acima da média, esse alto número de indicados acolheu quase todos dos mais elogiados e praticamente impossibilitou aquelas reclamações costumeiras de esnobados. O caso mais nítido foi de Robert De Niro, que ficou de fora do Globo de Ouro e do SAG, mas achou seu cantinho no Critics’ Choice por sua interpretação em O Irlandês. Aliás, a categoria de Melhor Ator este ano foi alvo de vários pedidos não atendidos. Tinha gente que pedia “Cadê Eddie Murphy?” e outros “Cadê Antonio Banderas?”, “E o Adam Sandler?” Bom, no Critics’ tem todos esses aí, Robert De Niro, Adam Driver, Leonardo DiCaprio e Joaquin Phoenix! Se bem que ainda deve ter gente que reclamou das ausências de Christian Bale, Taron Egerton e Jonathan Pryce. Isso significa que a safra 2019 foi boa, e que mesmo com 10 indicados, ainda teriam nomes excluídos.

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Sete atores disputam o prêmio de Melhor Ator: Antonio Banderas, Leonardo DiCaprio, Eddie Murphy, Adam Sandler, Adam Driver, Robert De Niro e Joaquin Phoenix.

Inclusive, concederam espaço até para Greta Gerwig na categoria de Direção por Adoráveis Mulheres, e indicações para Awkwafina, Cynthia Erivo e Lupita Nyong’o na categoria de Melhor Atriz, evitando críticas de movimentos feministas e anti-racistas.

Embora ainda não tenhamos conferido Uncut Gems, ficamos felizes pela inclusão do filme nas categorias de Melhor Filme, Direção, Ator e Montagem, pois confiamos numa breve ascensão dos irmãos Josh e Benny Safdie com sua criatividade e ousadia vistas em Bom Comportamento (2017).

Também vamos dar o braço a torcer porque o Critics’ reconheceu a série Watchmen, que tem colhido inúmeros elogios, mas não tem figurado nas demais premiações, além de algumas performances que eram esperadas nas listas mas ficaram de fora como Zendaya na série da Netflix, Euphoria. O que não entendemos é: Se estão dando indicações à baciadas, por que não expandir os filmes em língua estrangeira também? Foram apenas cinco produções reconhecidas num ano repleto de bons filmes internacionais como o colombiano Monos, o francês Les Miserábles e o nosso brasileiro A Vida Invisível. Cadê a flexibilidade nesta categoria?

Fechando a crítica ao prêmio, o Critics’ Choice atualmente conta com 42 categorias (!), mas os organizadores alegam que não há tempo para televisionar todas ao vivo, senão seriam sete horas de transmissão! Então, eles escolhem várias categorias técnicas e de suma importância como Roteiro e Longa de Animação, e anunciam num PowerPoint mixuruca antes do intervalo comercial. Achamos esse tipo de postura extremamente desrespeitosa com os profissionais. Se não for premiar todos no palco, por que não reduzir as categorias?

O canal KTLA disponibilizou o vídeo com os indicados ao Critics’ Choice. É meio tosquinho, mas vale para conhecer um poucos mais dos indicados através de mini-clipes das performances:

NÚMEROS DO CRITICS’ CHOICE

O filme de Martin Scorsese foi o grande recordista de indicações desta edição com o total de 14. Logo atrás, com 12 indicações, aparece o novo filme de Quentin Tarantino. Também figurando na lista de indicados a Melhor Filme, surgem Adoráveis Mulheres com nove indicações, História de um Casamento com oito, e Jojo Rabbit e Parasita com sete cada.

No centro do palco mais uma vez, a Netflix acumulou um total de 30 indicações apenas na ala do cinema, fazendo com que Hollywood repense melhor sua indústria de cinema e distribuição de filmes.

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Scarlett Johansson em Jojo Rabbit e História de um Casamento. Vem dupla indicação ao Oscar também?

Com duas indicações cada, temos Scarlett Johansson, que concorre por História de um Casamento e por Jojo Rabbit, assim como os diretores-autores: Greta Gerwig, Quentin Tarantino e Bong Joon-Ho, todos indicados por Direção e Roteiro. É aquela velha história: podem ganhar dois prêmios numa noite, mas também podem perder dois prêmios.

QUERO SER O MELHOR PARÂMETRO DO OSCAR

Além de convidar Hollywood inteira pra festa, o Critics’ Choice quer tomar o posto que uma vez já pertenceu ao Globo de Ouro, que previa os futuros vencedores do Oscar. Pra quem está curioso sobre o cumprimento da meta deles, fizemos uma tabela dos últimos dez anos na categoria de Melhor Filme:

ANO CRITICS’ CHOICE AWARDS ACADEMY AWARDS (OSCAR)
2018 Roma Green Book: O Guia
2017 A Forma da Água A Forma da Água
2016 La La Land Moonlight
2015 Spotlight Spotlight
2014 Boyhood Birdman
2013 12 Anos de Escravidão 12 Anos de Escravidão
2012 Argo Argo
2011 O Artista O Artista
2010 A Rede Social O Discurso do Rei
2009 Guerra  ao Terror Guerra ao Terror

Foram SEIS acertos nos últimos DEZ anos. 60% não seria nada mal em qualquer outro contexto, mas estamos falando de um prêmio que quer ser a maior bola de cristal do Oscar, então essa porcentagem anda baixa. Contudo, nessa última década, confessamos que nossa preferência é a seleção do Critics’ Choice, que premiou A Rede Social, La La Land e Roma.

Esperamos que eles saibam escolher os melhores, e não apenas quem ou qual filme vai ganhar o Oscar. As premiações, assim como os críticos em geral, têm esse propósito de valorizar produções que podem não encontrar espaço num Oscar ou num Globo de Ouro, fazer com que elas tenham maior visibilidade, e conquistem maior número de público, que é o maior objetivo pra quem faz cinema.


CINEMA

MELHOR FILME
1917
Ford vs Ferrari (Ford v Ferrari)
O Irlandês (The Irishman)
Jojo Rabbit
Coringa (Joker)
Adoráveis Mulheres (Little Women)
História de um Casamento (Marriage Story)
Era uma Vez em… Hollywood (Once Upon a Time… in Hollywood)
Parasita (Parasite)
Uncut Gems

MELHOR ATOR
Antonio Banderas (Dor e Glória)
Robert De Niro (O Irlandês)
Leonardo DiCaprio (Era uma Vez em… Hollywood)
Adam Driver (História de um Casamento)
Eddie Murphy (Meu Nome é Dolemite)
Joaquin Phoenix (Coringa)
Adam Sandler (Uncut Gems)

MELHOR ATRIZ
Awkwafina (The Farewell)
Cynthia Erivo (Harriet)
Scarlett Johansson (História de um Casamento)
Lupita Nyong’o (Nós)
Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres)
Charlize Theron (O Escândalo)
Renée Zellweger (Judy: Muito Além do Arco-Íris)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Willem Dafoe (O Farol)
Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)
Anthony Hopkins (Dois Papas)
Al Pacino (O Irlandês)
Joe Pesci (O Irlandês)
Brad Pitt (Era uma Vez em… Hollywood)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Laura Dern (História de um Casamento)
Scarlett Johansson (Jojo Rabbit)
Jennifer Lopez (As Golpistas)
Florence Pugh (Adoráveis Mulheres)
Margot Robbie (O Escândalo)
Zhao Shuzhen  (The Farewell)

MELHOR ATOR OU ATRIZ JOVEM
Julia Butters (Era uma Vez em… Hollywood)
Roman Griffin Davis (Jojo Rabbit)
Noah Jupe (Honey Boy)
Thomasin McKenzie (Jojo Rabbit)
Shahadi Wright Joseph (Nós)
Archie Yates (Jojo Rabbit)

MELHOR ELENCO
O Escândalo
O Irlandês
Entre Facas e Segredos
Adoráveis Mulheres
História de um Casamento
Era uma Vez em… Hollywood
Parasita

MELHOR DIREÇÃO
Noah Baumbach (História de um Casamento)
Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)
Bong Joon Ho (Parasita)
Sam Mendes(1917)
Josh Safdie e Benny Safdie (Uncut Gems)
Martin Scorsese (O Irlandês)
Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Noah Baumbach (História de um Casamento)
Rian Johnson (Entre Facas e Segredos)
Bong Joon Ho and Han Jin Won (Parasita)
Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood)
Lulu Wang (The Farewell)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)
Noah Harpster and Micah Fitzerman-Blue (Um Lindo Dia na Vizinhança)
Anthony McCarten (Dois Papas)
Todd Phillips & Scott Silver (Coringa)
Taika Waititi (Jojo Rabbit)
Steven Zaillian  (O Irlandês)

MELHOR FOTOGRAFIA
Jarin Blaschke (O Farol)
Roger Deakins (1917)
Phedon Papamichael (Ford vs Ferrari)
Rodrigo Prieto (O Irlandês)
Robert Richardson (Era uma Vez em… Hollywood)
Lawrence Sher (Coringa)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mark Friedberg, Kris Moran (Coringa)
Dennis Gassner, Lee Sandales  (1917)
Jess Gonchor, Claire Kaufman (Adoráveis Mulheres)
Lee Ha Jun (Parasita)
Barbara Ling, Nancy Haigh (Era uma Vez em… Hollywood)
Bob Shaw, Regina Graves (O Irlandês)
Donal Woods, Gina Cromwell (Downton Abbey)

MELHOR MONTAGEM
Ronald Bronstein, Benny Safdie (Uncut Gems)
Andrew Buckland, Michael McCusker (Ford vs Ferrari)
Yang Jinmo  (Parasita)
Fred Raskin (Era uma Vez em… Hollywood)
Thelma Schoonmaker (O Irlandês)
Lee Smith (1917)

MELHOR FIGURINO
Ruth E. Carter (Meu Nome é Dolemite)
Julian Day (Rocketman)
Jacqueline Durran (Adoráveis Mulheres)
Arianne Phillips (Era uma Vez em… Hollywood)
Sandy Powell, Christopher Peterson (O Irlandês)
Anna Robbins (Downton Abbey)

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
O Escândalo
Meu Nome é Dolemite
O Irlandês
Coringa
Judy: Muito Além do Arco-Íris
Era uma Vez em… Hollywood
Rocketman

MELHORES EFEITOS VISUAIS
1917
Ad Astra
The Aeronauts
Vingadores: Ultimato
Ford vs Ferrari
O Irlandês
O Rei Leão

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Abominável (Abominable)
Frozen 2 (Frozen II)
Como Treinar o Seu Dragão 3 (How to Train Your Dragon: The Hidden World)
Perdi Meu Corpo (I Lost My Body)
Link Perdido (Missing Link)
Toy Story 4 (Toy Story 4)

MELHOR FILME DE AÇÃO
1917
Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame)
Ford vs Ferrari (Ford v Ferrari)
John Wick 3: Parabellum (John Wick: Chapter 3 – Parabellum)
Homem-Aranha: Longe de Casa (Spider-Man: Far From Home)

MELHOR COMÉDIA
Fora de Série (Booksmart)
Meu Nome é Dolemite (Dolemite Is My Name)
The Farewell
Jojo Rabbit
Entre Facas e Segredos (Knives Out)

MELHOR FICÇÃO CIENTÍFICA E TERROR
Ad Astra: Rumo às Estrelas (Ad Astra)
Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame)
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite (Midsommar)
Nós (Us)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Atlantique (Atlantics)
Les Misérables
Dor e Glória (Pain and Glory)
Parasita (Parasite)
Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait of a Lady on Fire)

MELHOR CANÇÃO
“Glasgow (No Place Like Home)” (As Loucuras de Rose)
“(I’m Gonna) Love Me Again” (Rocketman)
“I’m Standing With You” (Superação: O Milagre da Fé)
“Into the Unknown” (Frozen 2)
“Speechless” (Aladdin)
“Spirit” (O Rei Leão)
“Stand Up” (Harriet)

MELHOR TRILHA
Michael Abels (Nós)
Alexandre Desplat   (Adoráveis Mulheres)
Hildur Guðnadóttir (Coringa)
Randy Newman (História de um Casamento)
Thomas Newman  (1917)
Robbie Robertson (O Irlandês)

TELEVISÃO/STREAMING

SÉRIE DRAMÁTICA
The Crown (Netflix)
David Makes Man (OWN)
Game of Thrones (HBO)
The Good Fight (CBS All Access)
Pose (FX)
Succession (HBO)
This Is Us (NBC)
Watchmen (HBO)

ATOR EM SÉRIE DRAMÁTICA
Sterling K. Brown – This Is Us (NBC)
Mike Colter – Evil (CBS)
Paul Giamatti – Billions (Showtime)
Kit Harington – Game of Thrones (HBO)
Freddie Highmore – The Good Doctor (ABC)
Tobias Menzies – The Crown (Netflix)
Billy Porter – Pose (FX)
Jeremy Strong – Succession (HBO)

ATRIZ EM SÉRIE DRAMÁTICA
Christine Baranski – The Good Fight (CBS All Access)
Olivia Colman – The Crown (Netflix)
Jodie Comer – Killing Eve (BBC America)
Nicole Kidman – Big Little Lies (HBO)
Regina King – Watchmen (HBO)
Mj Rodriguez – Pose (FX)
Sarah Snook – Succession (HBO)
Zendaya – Euphoria (HBO)

ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DRAMÁTICA
Asante Blackk – This Is Us (NBC)
Billy Crudup – The Morning Show (Apple)
Asia Kate Dillon – Billions (Showtime)
Peter Dinklage – Game of Thrones (HBO)
Justin Hartley – This Is Us (NBC)
Delroy Lindo – The Good Fight (CBS All Access)
Tim Blake Nelson – Watchmen (HBO)

ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DRAMÁTICA
Helena Bonham Carter – The Crown (Netflix)
Gwendoline Christie – Game of Thrones (HBO)
Laura Dern – Big Little Lies (HBO)
Audra McDonald – The Good Fight (CBS All Access)
Jean Smart – Watchmen (HBO)
Meryl Streep – Big Little Lies (HBO)
Susan Kelechi Watson – This Is Us (NBC)

SÉRIE DE COMÉDIA
Barry (HBO)
Fleabag (Amazon)
The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
Mom (CBS)
One Day at a Time (Netflix)
Pen15 (Hulu)
Schitt’s Creek (Pop)

ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA
Ted Danson – The Good Place (NBC)
Walton Goggins – The Unicorn (CBS)
Bill Hader – Barry (HBO)
Eugene Levy – Schitt’s Creek (Pop)
Paul Rudd – Living with Yourself (Netflix)
Bashir Salahuddin – Sherman’s Showcase (IFC)
Ramy Youssef – Ramy (Hulu)

ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA
Christina Applegate – Dead to Me (Netflix)
Alison Brie – GLOW (Netflix)
Rachel Brosnahan – The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
Kirsten Dunst – On Becoming a God in Central Florida (Showtime)
Julia Louis-Dreyfus – Veep (HBO)
Catherine O’Hara – Schitt’s Creek (Pop)
Phoebe Waller-Bridge – Fleabag (Amazon)

ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Andre Braugher – Brooklyn Nine-Nine (NBC)
Anthony Carrigan – Barry (HBO)
William Jackson Harper – The Good Place (NBC)
Daniel Levy – Schitt’s Creek (Pop)
Nico Santos – Superstore (NBC)
Andrew Scott – Fleabag (Amazon)
Henry Winkler – Barry (HBO)

ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA
Alex Borstein – The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
D’Arcy Carden – The Good Place (NBC)
Sian Clifford – Fleabag (Amazon)
Betty Gilpin – GLOW (Netflix)
Rita Moreno – One Day at a Time (Netflix)
Annie Murphy – Schitt’s Creek (Pop)
Molly Shannon – The Other Two (Comedy Central)

MINISSÉRIE
Catch-22 (Hulu)
Chernobyl (HBO)
Fosse/Verdon (FX)
The Loudest Voice (Showtime)
Unbelievable (Netflix)
When They See Us (Netflix)
Years and Years (HBO)

FILME PARA TV
Brexit (HBO)
Deadwood: The Movie (HBO)
El Camino: Um Filme de Breaking Bad (El Camino: A Breaking Bad Movie) (Netflix)
Guava Island (Amazon)
Native Son (HBO)
Patsy & Loretta (Lifetime)

ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Christopher Abbott – Catch-22 (Hulu)
Mahershala Ali – True Detective (HBO)
Russell Crowe – The Loudest Voice (Showtime)
Jared Harris – Chernobyl (HBO)
Jharrel Jerome – When They See Us (Netflix)
Sam Rockwell – Fosse/Verdon (FX)
Noah Wyle – The Red Line (CBS)

ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Kaitlyn Dever – Unbelievable (Netflix)
Anne Hathaway – Modern Love (Amazon)
Megan Hilty – Patsy & Loretta (Lifetime)
Joey King – The Act (Hulu)
Jessie Mueller – Patsy & Loretta (Lifetime)
Merritt Wever – Unbelievable (Netflix)
Michelle Williams – Fosse/Verdon (FX)

ATOR COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Asante Blackk – When They See Us (Netflix)
George Clooney – Catch-22 (Hulu)
John Leguizamo – When They See Us (Netflix)
Dev Patel – Modern Love (Amazon)
Jesse Plemons – El Camino: Um Filme Breaking Bad (Netflix)
Stellan Skarsgård – Chernobyl (HBO)
Russell Tovey – Years and Years (HBO)

ATRIZ COADJUVANTE EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Patricia Arquette – The Act (Hulu)
Marsha Stephanie Blake – When They See Us (Netflix)
Toni Collette – Unbelievable (Netflix)
Niecy Nash – When They See Us (Netflix)
Margaret Qualley – “Fosse/Verdon” (FX)
Emma Thompson – Years and Years (HBO)
Emily Watson – Chernobyl (HBO)

SÉRIE ANIMADA
“Big Mouth” (Netflix)
“BoJack Horseman” (Netflix)
“The Dark Crystal: Age of Resistance” (Netflix)
“She-Ra and the Princesses of Power” (Netflix)
“The Simpsons” (Fox)
“Undone” (Amazon)

TALK SHOW
“Desus & Mero” (Showtime)
“Full Frontal with Samantha Bee” (TBS)
“The Kelly Clarkson Show” (NBC)
“Last Week Tonight with John Oliver” (HBO)
“The Late Late Show with James Corden” (CBS)
“Late Night with Seth Meyers” (NBC)

ESPECIAL DE COIMÉDIA
“Amy Schumer: Growing” (Netflix)
“Jenny Slate: Stage Fright” (Netflix)
“Live in Front of a Studio Audience: Norman Lear’s ‘All in the Family’ and ‘The Jeffersons’” (ABC)
“Ramy Youssef: Feelings” (HBO)
“Seth Meyers: Lobby Baby” (Netflix)
“Trevor Noah: Son of Patricia” (Netflix)
“Wanda Sykes: Not Normal” (Netflix)


 

A cerimônia do Critics’ Choice Awards acontece no dia 12 de Janeiro e deve ser transmitida pela TNT.

‘HISTÓRIA DE UM CASAMENTO’ LIDERA as INDICAÇÕES ao GLOBO DE OURO

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MELHOR FILME – DRAMA

FILME DA NETFLIX CONQUISTAM 6 INDICAÇÕES

Antes de listar os maiores indicados por filme, é importante ressaltar a escalada da Netflix. Foram ao todo 34 indicações (!) entre filmes, séries, minisséries e filmes para TV. A plataforma de streaming definitivamente está colhendo os frutos de seu alto investimento em conteúdo. Há poucos anos, a Netflix era vista apenas como uma plataforma para assistir aos filmes de outros estúdios. Hoje, ela produz muito material de qualidade, principalmente por investir nas vozes de autores esnobados na rede comercial de cinema como Martin Scorsese e Noah Baumbach.

Na ala de cinema, o drama conjugal História de um Casamento foi muito beneficiado por seu elenco: Adam Driver, Scarlett Johansson e Laura Dern receberam indicações individuais, contudo, Noah Baumbach não foi indicado na categoria de Direção. Ele foi lembrado apenas como roteirista, o que pode elevar suas chances de vitória. O filme também foi reconhecido pela trilha musical singela de Randy Newman.

Também da Netflix, O Irlandês acumulou 5 indicações, e deve ter as maiores chances de vencer o Globo de Ouro de Filme – Drama, justamente pela ausência de Noah Baumbach como diretor. Aliás, a categoria de Direção já foi alvo da primeira controvérsia, que cobra mulheres diretoras, especialmente Greta Gerwig por Adoráveis Mulheres. A crítica vem mais pesada na premiação, já que em 2017, esnobaram Gerwig por Lady Bird pra indicar o ranzinza Ridley Scott por Todo o Dinheiro do Mundo.

Numa resposta rápida, o presidente da HFPA, Lorenzo Soria, retrucou: “O que aconteceu é que nós não votamos por gênero. Votamos por filme e merecimento”. Além de Greta Gerwig, havia outras opções femininas como Lulu Wang (The Farewell), Lorene Scafaria (As Golpistas), Olivia Wilde (Fora de Série), Marielle Heller (Um Lindo Dia na Vizinhança) e Alma Har’el (Honey Boy), contudo, nenhuma delas teve um alto reconhecimento crítico que acarretasse numa forte cobrança.

Em 77 anos de Globo de Ouro, foram apenas cinco mulheres indicadas na categoria de Direção: Ava DuVernay (Selma), Barbra Streisand (Yentl e O Príncipe das Marés), Jane Campion (O Piano), Sofia Coppola (Encontros e Desencontros) e Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura), e apenas Barbra Streisand ganhou o Globo de Ouro de direção por Yentl em 1984.

Voltando ao filme de Gerwig, Adoráveis Mulheres foi praticamente esnobado. Recebeu ao todo duas indicações: Trilha Musical para Alexandre Desplat, e Atriz para Saoirse Ronan. Nem mesmo Florence Pugh conseguiu espaço como Coadjuvante, nem Gerwig como roteirista (mas ela deve conseguir indicação ao Oscar por Roteiro ter duas categorias: original e adaptado).

Também com 5 indicações como O Irlandês, o novo filme de Quentin Tarantino, Era uma Vez em… Hollywood obteve maior ocupação nas principais categorias por estar disputando como filme de Comédia ou Musical. Assim, foi reconhecido como Filme, Diretor, Ator (Leonardo DiCaprio), Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Roteiro.

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MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL

DECEPÇÕES E SURPRESAS

É sempre bom lembrarmos que 2019 foi um ano excepcional para o cinema. E isso é consenso em inúmeros sites especializados de cinema e de crítica. Portanto, nada mais natural do que observarmos vários filmes e atuações sem lugar nas premiações mais importantes, assim como lermos várias críticas por qualquer ausência. Sabem aquele velho ditado de agradar gregos e troianos, né?

Contudo, com base nas últimas semanas em que prêmios da crítica foram divulgados, é importante ressaltar algumas ausências e outras surpresas que incrementam ainda mais a temporada.

MELHOR ATRIZ- DRAMA (1)

Entre as ausências mais sentidas: Robert De Niro (O Irlandês) e Adam Sandler (Uncut Gems) na categoria de Ator -Drama. Em seus lugares, as performances menos celebradas de Jonathan Pryce (Dois Papas) e Christian Bale (Ford vs Ferrari) foram reconhecidas. Ainda nesta categoria, poderia haver espaço para nomes menos famosos como Paul Walter Hauser (O Caso Richard Jewell) e George McKay (1917). Aliás, essa falta de reconhecimento do elenco pode limitar o filme de guerra de Sam Mendes apenas às categorias mais técnicas de Montagem, Fotografia e Som no Oscar.

Na categoria de Atriz, Cynthia Erivo conquistou um importante espaço com sua atuação em Harriet, contudo num ano em que o quarteiro loiro formado por Renée Zellwegger, Charlize Theron, Saoirse Ronan e Scarlett Johansson, outros nomes ficaram de fora como Alfre Woodard (Clemency), Mary Kay Place (A Vida de Diane) e Lupita Nyong’o (Nós). Com bom hype, Awkwafina conseguiu espaço na categoria de Atriz – Comédia ou Musical, na qual se torna a favorita por The Farewell. Aliás, a indicação de Cate Blanchett nessa categoria por Cadê Você, Bernadette? foi vista como total surpresa, pois o filme de Richard Linklater foi mal nas bilheterias e de crítica.

MELHOR ATRIZ- DRAMA

Nas categorias de Coadjuvante, Shia Labeouf foi esquecido por seu filme autobiográfico Honey Boy, assim como por The Peanut Butter Falcon, enquanto Shuzhen Zhao foi esnobada por The Farewell. Willem Dafoe, recentemente indicado por Projeto Flórida e No Portal da Eternidade, foi ignorado por O Farol. Por outro lado, as indicações de Kathy Bates (O Caso de Richard Jewell) e Annette Bening (O Relatório) podem ser interpretadas como ótimo início de campanha.

Na categoria de Longa de Animação, uma decepção e uma crítica ao mesmo tempo. O Globo de Ouro incluiu o bilionário live-action de O Rei Leão, sendo que nem consideramos um trabalho de animação, não possui criatividade alguma, e ainda rouba lugares de trabalhos criativos e alternativos como Perdi Meu Corpo, que recentemente foi eleito Melhor Animação e Trilha Musical pelo LAFCA.

Talvez este seja o principal defeito do Globo de Ouro: puxa muito o saco de grandes estúdios e de celebridades. Quem aí não se lembra das indicações de Angelina Jolie e Joaquin Phoenix por aquele horrendo O Turista?

PELAS CATEGORIAS TELEVISIVAS

Chernobyl, The Crown e Unbelievable dominaram as categorias com 4 indicações cada. Enquanto, Barry, Succession, Big Little Lies, Fleabag, Fosse/ Verdon, The Kominsky Method e The Morning Show acumularam três cada.

Para quem quiser acompanhar o anúncio das indicações, segue link para o vídeo no YouTube:

Tim Allen, Dakota Fanning e Susan Kelechi Watson se incumbiram da tarefa de anunciar os indicados na manhã desta segunda-feira.

Lembrando que a cerimônia do 77º Globo de Ouro está marcada para o dia 05 de janeiro, e será apresentada pelo hilário Ricky Gervais.


INDICADOS AO 77º GLOBO DE OURO:

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
O Irlandês (The Irishman) (Netflix)
História de um Casamento (Marriage Story) (Netflix)
1917 (Universal)
Coringa (Joker) (Warner Bros.)
Dois Papas (The Two Popes) (Netflix)

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Cynthia Erivo (Harriet)
Scarlett Johansson (História de um Casamento)
Saoirse Ronan (Adoráveis Mulheres)
Charlize Theron (O Escândalo)
Renée Zellweger (Judy)

MELHOR ATOR – DRAMA
Christian Bale (Ford vs Ferrari)
Antonio Banderas (Dor e Glória)
Adam Driver (História de um Casamento)
Joaquin Phoenix (Coringa)
Jonathan Pryce (Dois Papas)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Meu Nome é Dolemite (Dolemite Is My Name) (Netflix)
Jojo Rabbit (Fox Searchlight)
Entre Facas e Segredos (Knives Out) (Lionsgate)
Era uma Vez em… Hollywood (Once Upon a Time in Hollywood) (Sony)
Rocketman (Paramount)

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Ana de Armas (Entre Facas e Segredos)
Awkwafina (The Farewell)
Cate Blanchett (Cadê Você, Bernadette?)
Beanie Feldstein (Fora de Série)
Emma Thompson (Late Night)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Daniel Craig (Entre Facas e Segredos)
Roman Griffin Davis (Jojo Rabbit)
Leonardo DiCaprio (Era uma Vez em… Hollywood)
Taron Egerton (Rocketman)
Eddie Murphy (Meu Nome é Dolemite)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Frozen 2 (Disney)
Como Treinar o Seu Dragão 3 (How to Train Your Dragon: The Hidden World) (Universal)
O Rei Leão (The Lion King) (Disney)
Link Perdido (Missing Link) (United Artists Releasing)
Toy Story 4 (Disney)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
The Farewell (A24)
Les Misérables (Amazon)
Dor e Glória (Pain and Glory) (Sony Pictures Classics)
Parasita (Parasite) (Neon)
Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait of a Lady on Fire) (Neon)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Kathy Bates (O Caso Richard Jewell)
Annette Bening (O Relatório)
Laura Dern (História de um Casamento)
Jennifer Lopez (As Golpistas)
Margot Robbie (O Escândalo)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)
Anthony Hopkins (Dois Papas)
Al Pacino (O Irlandês)
Joe Pesci (O Irlandês)
Brad Pitt (Era uma Vez em… Hollywood)

MELHOR DIRETOR
Bong Joon-ho (“Parasite”)
Sam Mendes (“1917”)
Todd Phillips (“Joker”)
Martin Scorsese (O Irlandês)
Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood)

MELHOR ROTEIRO
Noah Baumbach (História de um Casamento)
Bong Joon-ho and Han Jin-won (Parasita)
Anthony McCarten (Dois Papas)
Quentin Tarantino (Era uma Vez em… Hollywood)
Steven Zaillian (O Irlandês)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (Adoráveis Mulheres)
Hildur Guðnadóttir (Coringa)
Randy Newman (História de um Casamento)
Thomas Newman (1917)
Daniel Pemberton (Brooklyn: Sem Pai Nem Mãe)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Beautiful Ghosts” (Cats)
“I’m Gonna Love Me Again” (Rocketman)
“Into the Unknown” (Frozen 2)
“Spirit” (O Rei Leão)
“Stand Up” (Harriet)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
“Big Little Lies” (HBO)
“The Crown” (Netflix)
“Killing Eve” (BBC America)
“The Morning Show” (Apple TV Plus)
“Succession” (HBO)

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Jennifer Aniston (“The Morning Show”)
Olivia Colman (“The Crown”)
Jodie Comer (“Killing Eve”)
Nicole Kidman (“Big Little Lies”)
Reese Witherspoon (“The Morning Show”)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Brian Cox (“Succession”)
Kit Harington (“Game of Thrones”)
Rami Malek (“Mr. Robot”)
Tobias Menzies (“The Crown”)
Billy Porter (“Pose”)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
“Barry” (HBO)
“Fleabag” (Amazon)
“The Kominsky Method” (Netflix)
“The Marvelous Mrs. Maisel” (Amazon)
“The Politician” (Netflix)

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Christina Applegate (“Dead to Me”)
Rachel Brosnahan (“The Marvelous Mrs. Maisel”)
Kirsten Dunst (“On Becoming a God in Central Florida”)
Natasha Lyonne (“Russian Doll”)
Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Michael Douglas (“The Kominsky Method”)
Bill Hader (“Barry”)
Ben Platt (“The Politician”)
Paul Rudd (“Living with Yourself”)
Ramy Youssef (“Ramy”)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
“Catch-22″ (Hulu)
“Chernobyl” (HBO)
“Fosse/Verdon” (FX)
The Loudest Voice (Showtime)
“Unbelievable” (Netflix)

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Kaitlyn Dever (“Unbelievable”)
Joey King (“The Act”)
Helen Mirren (“Catherine the Great”)
Merritt Wever (“Unbelievable”)
Michelle Williams (“Fosse/Verdon”)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Christopher Abbott (“Catch-22”)
Sacha Baron Cohen (“The Spy”)
Russell Crowe (“The Loudest Voice”)
Jared Harris (“Chernobyl”)
Sam Rockwell (“Fosse/Verdon”)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Patricia Arquette (“The Act”)
Helena Bonham Carter (“The Crown”)
Toni Collette (“Unbelievable”)
Meryl Streep (“Big Little Lies”)
Emily Watson (“Chernobyl”)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Alan Arkin (“The Kominsky Method”)
Kieran Culkin (“Succession”)
Andrew Scott (“Fleabag”)
Stellan Skarsgård (“Chernobyl”)
Henry Winkler (“Barry”)

A BARREIRA DO BILHÃO: O Cinema das Bilheterias Massivas

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Filas que dobram o quarteirão de Tubarão, considerado o primeiro blockbuster da história do Cinema (pic by johnrieber.com)

O SITE IMDb FEZ UM LEVANTAMENTO DAS 44 PRODUÇÕES QUE SUPERARAM A BARREIRA DE UM BILHÃO DE DÓLARES NAS BILHETERIAS

O sucesso comercial de um filme nem sempre justifica a qualidade dele, ou vice-versa. Muitas vezes um excelente filme passa quase em branco nos cinemas para depois conquistar seu público em fitas VHS e DVD como aconteceu com Blade Runner (1982) e Um Sonho de Liberdade (1994). Esta matéria procura entender o mercado cinematográfico e confirma que os grandes estúdios não querem mais dar nenhuma chance ao fracasso e ao prejuízo.

“O QUE A MARVEL FAZ NÃO É CINEMA”

As palavras do diretor Martin Scorsese ecoaram relevantemente no último mês. Houve debates, discussões e reinterpretações por parte de cineastas, atores, crítica e público, mas a verdade é que os filmes da Marvel estão incomodando muitos profissionais da área, que perderam consideravelmente seu espaço no circuito comercial .

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No centro, Martin Scorsese promove seu novo filme O Irlandês pela Netflix, ao lado de Al Pacino e Robert De Niro (pic by Empire)

Partindo do princípio básico que Cinema é uma história bem contada (até mesmo os filmes experimentais têm sua narrativa), a Marvel consegue cativar seu público através de suas histórias. Claro que o elenco tem seu carisma, os efeitos visuais e sonoros são excelentes, mas é a narrativa que atrai o público para as salas, mantendo vivo o hábito das salas de projeção.

Responsável pelo planejamento da Marvel Studios, o produtor Kevin Feige soube extrair o melhor da linguagem e material dos quadrinhos e transformá-lo em uma longa série de filmes que beiram o espetáculo. Foi alguém que teve visão e soube explorá-la de forma estupenda. E, como se tratam de produções de alto custo, o estúdio, produtores e investidores, buscam retorno financeiro elevado, não apenas nas bilheterias, mas todo um marketing inteligente que vai de parques temáticos da Disney, video-games, brinquedos e até produtos escolares como cadernos e canetas.

O sucesso comercial é tão colossal, que seria impossível não ficar admirado e invejado (que o diga a DC Comics que falhou por vários anos até acertar com Aquaman). E é nessa categoria que se encaixa o comentário de Scorsese. Assim como outros diretores atuantes, ele busca seu espaço para exibir seus novos trabalhos, mas diante do cenário dominado por filmes de super-heróis, ele se viu obrigado a bater a porta da Netflix e pedir dinheiro e espaço na plataforma de streaming para seu novo O Irlandês.

Não é vergonha alguma se render à Netflix e ao streaming. Muito pelo contrário! São formas alternativas de produção de filmes (que muitas vezes não encontram meios de venda nos cinemas) e de exibição, afinal quantas casas a Netflix não alcança mundialmente? Quando estudei Cinema e lia muitos livros a respeito, todos diziam que o mais importante era seu filme alcançar o público. De que adianta ter feito um filmaço se ninguém o assiste? E o que importa se o filme não está na tela grande com caixas de som THX e DTS? Melhor ser visto num computador ou tablet do que nunca visto! Claro que o ideal seria que TODOS os filmes tivessem seu espaço no circuito comercial, mas seria algo economicamente inviável, infelizmente.

ESTRATÉGIAS PARA CONQUISTAR MAIS PÚBLICO

Mesmo a Disney ou Marvel, que são extremamente bem-sucedidos, buscam estratégias para chamar mais público. Recentemente, os grandes estúdios estão mirando cada vez mais o mercado chinês, já que se trata do maior público mundial. Para conquistá-lo, os produtores chegam a fazer versões específicas dos filmes para esse público, como aconteceu com Homem de Ferro 3, no qual a personagem chinesa interpretada por BingBing Fan sequer aparece na versão original. A franquia Transformers, que aparece duas vezes aqui, contratou a atriz Bingbing Li para viver uma das personagens em Transformers: A Era da Extinção.

Para filmar Vingadores: Era de Ultron e Pantera Negra, a Marvel optou por selecionar a Coréia do Sul como locação pelo custo mais baixo e para tentar conquistar mais espaço nas bilheterias do país, já que a nação asiática é uma das raras em que as produções nacionais arrecadam mais do que as norte-americanas. Vale lembrar que escalaram a atriz sul-coreana Claudia Kim para viver a personagem cientista Dra. Helen Cho.

E, claro, as campanhas publicitárias contam com a presença dos astros dos filmes. Robert Downey Jr. foi à China para divulgar Homem de Ferro 3. Todos os Vingadores foram à Coréia do Sul prestigiar o público. Tom Holland e Jake Gyllenhaal vieram ao evento da CCXP aqui no Brasil para divulgar Homem-Aranha: Longe de Casa em 2018, e este ano, o elenco de Star Wars: A Ascensão Skywalker marcará presença no mesmo evento, confirmando que o Brasil também é um mercado enorme para as grandes produções.

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Premiere de Vingadores: Ultimato na Coréia do Sul, com as presenças dos diretores Anthony e Joe Russo, o produtor Kevin Feige, e os atores Robert Downey Jr., Brie Larson e Jeremy Renner (pic by vitalthrills.com)

Não deixa de ser uma estratégia também a aquisição da Twentieth Century Fox pela Disney, que já tinha outras grandes corporações em seu bolso: a Marvel Studios, a LucasFilm e a Pixar Animations. Completando, na semana passada, a empresa lançou a sua própria plataforma de streaming intitulada Disney Plus, que disponibiliza filmes e séries de todos esses selos. Apesar de ainda estar em seu início, em breve deve competir com a Netflix e até ultrapassá-la em números de usuários.

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Plataforma de streaming da Disney Plus contendo produções da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e até National Geographic (pic by Polygon)

Tais fatores ajudam a explicar melhor os números de bilheteria desses 44 filmes que ultrapassaram a barreira de 1 bilhão de dólares, e explicam o medo que muitos profissionais da área têm do monopólio desenfreado da Disney.

GALINHA DE OVOS DE OURO

Todo grande estúdio tem sua própria galinha de ovos de ouro. No caso da Universal, eles têm nesta lista o sétimo e o oitavo filme da franquia Velozes & Furiosos. Vocês acham que eles vão parar por aí? Com um elenco relativamente mais barato e sequências de ação com automóveis, os filmes mostraram sobrevida mesmo com a saída de Paul Walker (falecido em 2013). A cada nova produção, a fórmula é a mesma: prover novas sequências de ação com carros e contratar algum nome de destaque como Charlize Theron. E no caso da nova trilogia de Jurrasic World, bastam novos tipos de dinossauros, inclusive os mutados geneticamente, e novos personagens para servirem de refeição aos animais pré-históricos.

Outra franquia que, honestamente, não vejo como conseguem atrair tanto público para assistir aos filmes é a dos Transformers! Bom, a Paramount sabe muito bem como, e pretende manter assim. O diretor Michael Bay pode não ser uma unanimidade entre cinéfilos, mas se derem uns 200 milhões de orçamento, espera-se que ele arrecade cinco vezes mais. São casos que exemplificam o famoso “em time que está ganhando não se mexe”. Por um lado temos outros artistas e cinéfilos que reclamam da mesmice, como Scorsese, por outro temos um público fiel às franquias que querem ainda mais.

Pelo lado da Pixar, as animações são sempre garantia de sucesso comercial. Apesar de ter primado pela criatividade e originalidade na década anterior com Os Incríveis, Ratatouille e Wall-E, nos últimos anos deram uma relaxada para se apoiarem nas sequências lucrativas: Carros 2, Carros 3, Os Incríveis 2, Toy Story 4, Procurando Dory e Universidade Monstros. Mesmo assim, duas dessas sequências ultrapassaram um bilhão nas bilheterias.

Aliás, as animações são um segmento naturalmente lucrativo, independente se é original ou sequência, porque são filmes destinados ao público infantil, que obriga os pais ou tios a levarem as crianças aos cinemas. Se o filme não se limitar ao universo infantil, pode conquistar os adultos também como aconteceu com Up – Altas AventurasZootopia e Homem-Aranha no Aranha-Verso, que conquistaram o Oscar de Melhor Animação também.

E para aqueles que defendem que a Academia só premia os sucessos de bilheteria, vale lembrar que apenas dois filmes nesta lista do bilhão venceram o Oscar de Melhor Filme: O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) e Titanic (1997), curiosamente ambos os filmes conquistaram onze estatuetas, mantendo um recorde histórico ao lado de Ben-Hur (1959).

ACORDO COM DIRETORES

Os grandes estúdios estão cada vez mais rígidos a fechados para novos projetos. Eles não trocam o certo pelo duvidoso, pois isto representaria um alto risco que eles não estão dispostos a correr. Por outro lado, se você lhes trouxe um bom lucro através de seu filme anterior, é muito mais fácil eles abrirem os bolsos para seu próximo projeto como uma forma de retribuição.

Olhando a lista dos 44 filmes, vemos alguns diretores que marcaram presença mais de uma vez. Christopher Nolan é um deles. O diretor britânico rendeu mais de dois bilhões com suas duas sequências do Batman de Christian Bale. Como forma de agradecimento e até investimento mais arriscado, a Warner Bros. deu carta branca (e montanhas de dinheiro) para que ele realizasse seus projetos mais pessoais como O Grande Truque (2006), A Origem (2010), Interestelar (2014) e Dunkirk (2017). Hoje, Nolan é visto como sinônimo de sucesso garantido, independente do projeto que ele toque, um privilégio cada vez mais raro no sistema industrial.

O diretor malaio James Wan também aparece duas vezes nessa lista em duas franquias diferentes, Velozes & Furiosos e Aquaman, o que certamente lhe rendeu sinal verde com bom orçamento para que ele continue filmando seus ótimos filmes de terror como Invocação do Mal, Sobrenatural e atualmente está filmando Malignant, que tem estréia marcada para 2020.

São as regras do jogo no Cinema que fazem as engrenagens rodarem e produzirem grandes sucessos. Vamos à lista dos 44 filmes mais bem-sucedidos em ordem crescente:

44. The Dark Knight43. Joker42.The Hobbit

41. Zootopia40. Alice in Wonderland39. Star Wars Episode I38. Finding Dory37. Kurassic Park36. Despicable Me 335. Pirates of the Caribbean On Stranger Tides34. Aladdin33. Rogue One32. Pirates of the Caribbean Dead Mans Chest31. Toy Story 330. Toy Story 429. The Dark Knight Rises28. Transformers Age of Extinction27. Skyfall26. The Lord of the Rings25. Transformers Dark of the Moon24. Captain Marvel23. SpiderMan Far from Home22. Aquaman21. Captain America Civil War20. Minions19. Iron Man 318. Fate of the Furious17. The Incredibles 216. Beauty and the Beast15. Frozen14. Jurassic World Fallen Kingdom13. Star Wars The Last Jedi12. Harry Potter and the Deathly Hallows part 211. Black Panther10. Avengers Age of Ultron9. Furious Seven8. The Avengers7. The Lion King6. Jurassic World5. Avengers Infinity War4. Star Wars The Force Awakens3. Titanic2. Avatar1. Avengers Endgame

25 ANIMAÇÕES INSCRITAS DISPUTAM as INDICAÇÕES ao OSCAR 2019

Isle of Dogs

Atari e seus novos amigos caninos em Ilha de Cachorros (pic by IMDb)

WES ANDERSON PODE CONQUISTAR SUA 2ª INDICAÇÃO NA CATEGORIA E SUA 7ª NO TOTAL

Nesta quarta, dia 24, a Academia anunciou 25 produções inscritas oficialmente que concorrerão às 5 indicações na categoria de Melhor Longa de Animação. Embora as animações ainda precisem preencher todos os pré-requisitos para avançar, a tendência é que pelo menos 16 sejam aprovadas para que haja 5 indicados.

Na lista, chama a atenção a quantidade de animações vindas do oriente, principalmente as japonesas que totalizam sete, além de uma co-produção com a França. Contudo, ao contrário dos anos anteriores, não há nenhum forte candidato nipônico. Mesmo contando com os demais estrangeiros vindos do México, Hungria e Brasil, podemos ver um ano apenas com animações no idioma Inglês, algo que não acontece há vários anos.

Sim, temos novamente uma animação brasileira no páreo e isso é ótimo para o nosso cinema! Tito e os Pássaros, dirigida pelo trio Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg, acompanha um menino e seu pai que buscam a cura de uma doença que é contraída depois que a pessoa leva um susto. Embora tenha boa técnica de animação, ainda é um azarão nas apostas pela carreira internacional ainda no início. Pode se tornar a segunda animação brasileira indicada após O Menino e o Mundo, de Alê Abreu.

Tito e os Pássaros cena

Cena da animação brasileira Tito e os Pássaros (pic by IMDb)

O favoritismo deste ano, por incrível que pareça, não é da Pixar/Disney, que aposta em Os Incríveis 2. O franco-favorito é Ilha dos Cachorros, de Wes Anderson. Com um visual arrebatador e uma técnica de stop motion afiadíssima, o longa conta a história de Atari, filho do prefeito de uma cidade japonesa, que busca seu cachorro numa ilha do lixo habitada apenas por cães banidos. A maioria dos personagens são cachorros dublados por um elenco estelar: Bryan Cranston, Scarlett Johansson, Edward Norton, Jeff Goldblum, Bill Murray, Tilda Swinton, F. Murray Abraham, além de participações de Frances McDormand e Greta Gerwig, que dubla uma ativista.

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O Criador e suas crias: Wes Anderson posa com sua galeria de personagens de Ilha de Cachorros (pic by Comunidade Cultura e Arte)

Além da própria qualidade do material, Ilha dos Cachorros carrega um histórico recente de Wes Anderson no Oscar. Indicado 6 vezes sem nenhuma vitória, inclusive pela animação O Fantástico Sr. Raposo (2009), esta pode e deve ser a oportunidade de ouro para a Academia premiar um dos diretores mais prolixos da atualidade, que perdeu injustamente o Oscar de Roteiro Original por O Grande Hotel Budapeste em 2015.

As apostas mais certeiras para serem indicadas ao Oscar são: Ilha dos Cachorros, Os Incríveis 2 e Wifi Ralph: Quebrando a Internet. Fica difícil fazer uma previsão sem ter assistido a todos os concorrentes, mas vamos lá.

Pela lógica de premiações, O Homem das Cavernas pode dar as caras por se tratar do novo filme de Nick Park, diretor consagrado de stop motion, que já conquistou 4 Oscars, incluindo Longa de Animação por Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais. E outra possibilidade seria  a indicação de Homem-Aranha no Aranhaverso. Já que a Academia não dá estatuetas para os longas live-action da Marvel Studios, por que não reconhecer a animação? A adaptação dos quadrinhos possui uma identidade visual muito própria que não faria feio na premiação. Quem assistiu aquela draga chamada Venom, já conferiu um trecho da animação no pós-créditos finais. Pra quem não viu, veja pelo link que vale a pena:

Seguem os 25 inscritos (as apostas estão assinaladas em laranja):

  • Ana y Bruno
    Dir: Carlos Carrera
  • O Grinch (The Grinch)
    Dir: Yarrow Cheney e Scott Mosier
  • O Homem das Cavernas (Early Man)
    Dir: Nick Park
  • Fireworks (Uchiage hanabi, shita kara miru ka? Yoko kara miru ka?)
    Dir: Akiyuki Shinbo e Nobuyuki Takeuchi
  • Have a Nice Day (Hao jile)
    Dir: Jian Liu
  • Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas (Hotel Transylvania 3: Summer Vacation)
    Dir: Genndy Tartakovsky
  • Os Incríveis 2 (The Incredibles 2)
    Dir: Brad Bird
  • Ilha de Cachorros (Isle of Dogs)
    Dir: Wes Anderson
  • The Laws of the Universe – Part I
    Dir: Isamu Imakake
  • Liz and the Blue Bird (Rizu to Aoi tori)
    Dir: Naoko Yamada
  • Lu Está Livre (Yoake Tsugeru Rû no uta)
    Dir: Masaaki Yuasa
  • MFKZ (Mutafukaz)
    Dir: Shôjirô Nishimi e Guillaume Renard
  • Maquia: When the Promised Flower Blooms (Sayonara no asa ni yakusoku no hana o kazarô)
    Dir: Mari Okada
  • Mirai (Mirai no Mirai)
    Dir: Mamoru Hosoda
  • The Night Is Short, Walk on Girl (Yoru wa mijikashi aruke yo otome)
    Dir: Masaaki Yuasa
  • On Happiness Road (Hsing fu lu shang)
    Dir: Hsin Yin Sung
  • Wifi Ralph: Quebrando a Internet (Ralph Breaks the Internet)
    Dir: Phil Johnston, Rich Moore
  • Ruben Brandt, Collector
    Dir: Milorad Krstic
  • Sgt. Stubby: An American Hero
    Dir: Richard Lanni
  • Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim (Sherlock Gnomes)
    Dir: John Stevenson
  • PéPequeno (Smallfoot)
    Dir: Karey Kirkpatrick e Jason Reisig
  • Homem-Aranha no Aranhaverso (Spider-Man: Into the Spider-Verse)
    Dir: Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman
  • Tall Tales (Drôles de petites bêtes)
    Dir: Arnaud Bouron e Antoon Krings
  • Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas (Teen Titans Go! To the Movies)
    Dir: Aaron Horvath e Peter Rida Michail
  • Tito e os Pássaros (Tito and the Birds)
    Dir: Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg

***

As indicações ao Oscar 2019 serão anunciadas no dia 22 de janeiro. E a cerimônia ocorrerá no dia 24 de fevereiro.

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