COM CALENDÁRIO BASTANTE APERTADO, AS CHANCES DE UM ÚNICO HOST CAEM A CADA DIA
Vamos direto aos fatos. A audiência da cerimônia do Oscar vinha caindo por quatro anos consecutivos até alcançar a pior marca da história de 18.9, o que representa aproximadamente 26 milhões de telespectadores. No Oscar deste ano, houve um aumento de 14% conquistando a marca de 21.6, cerca de 30 milhões de telespectadores.
Seguindo a lógica, parece muito óbvio que o caminho seja manter o evento sem um host ou hostess, certo? Não necessariamente. Na última cerimônia do Emmy, prêmio da televisão, não houve host também e a audiência caiu drasticamente 32% em relação ao ano anterior. Portanto, os representantes da Academia e da rede de TV ABC estão se reunindo para avaliar as melhores opções num curto espaço de tempo.
Segundo matéria da Variety, eles praticamente descartaram a possibilidade de um host. Ano passado, Kevin Hart foi anunciado em 04 de Dezembro e já era considerado uma data apertada para a cerimônia no final de Fevereiro, imagina agora que estamos em 19 de Dezembro, e a cerimônia foi adiantada para 09 de Fevereiro? Não haveria tempo hábil para recrutar uma equipe para preparar as atrações e piadas.
Certamente, muitos defendem a sequência de um Oscar sem host, porque estão mais preocupados com a duração do evento ao vivo, mas nessas reuniões estariam discutindo a possibilidade de duplas ou até time de hosts formados por celebridades. Para quem acompanha há pouco tempo a cerimônia da Academia, as duplas são casos recentes e desastrosos: em 2010, Steve Martin fez dupla com Alec Baldwin, e em 2011, James Franco e Anne Hathaway foram aquela tragédia, que foi ainda mais reforçada com a vitória inacreditável de O Discurso do Rei sobre A Rede Social.
James Franco e Anne Hathaway no Oscar 2011: fundo do poço? (pic by VanityFair.com)
Já para quem acompanhou o Oscar há mais tempo, essa estratégia de times não são novas. Em 1975, Sammy Davis Jr., Bob Hope, Shirley MacLaine e Frank Sinatra dividiram as tarefas de host. Em 1983, foram Richard Pryor, Liza Minnelli, Dudley Moore e Walter Matthau, e em 1987, Paul Hogan, Chevy Chase e Goldie Hawn.
4 Hosts em 1983: Walter Matthau, Liza Minnelli, Dudley Moore e Richard Pryor (pic by IMDb)
Na verdade, se eles forem espertos, poderiam reconvocar o trio que abriu o Oscar 2019 para essa tarefa: Tina Fey, Amy Poehler e Maya Rudolph. Apesar de apenas apresentarem o Oscar de Atriz Coadjuvante, elas fizeram um mini-monólogo (ou seria triólogo?) com ótimas piadas antes de abrir o envelope.
Sempre fui a favor de Jim Carrey (que roubou a cena no último Globo de Ouro com a piada de sentar na distante seção de TV) ou Sacha Baron Cohen como hosts do Oscar, porque têm excelente timing e experiência com tv ao vivo, mas pensando nessa filosofia, eles formariam uma dupla excepcional, não? Ou Steve Carell e Kristen Wiig, que arrebentaram no Globo de Ouro com a piada da primeira animação no cinema? Ou que tal Chris Rock com Jack Black e Will Ferrell? Existem combinações diversas que podem suprir com sobras as necessidades do tamanho do evento, PORÉM sem essa de caça às bruxas. Se começarem a vasculhar contas de Twitter, um comentário no Facebook, uma piada anotada num guardanapo ou um sussuro no carro, não haverá mais hosts, pois ninguém tem ficha 100% limpa. Claro que Kevin Hart pisou na bola com aqueles tweets homofóbicos (onde estava o agente dele pra pedir pra ele apagar?), mas aquele ultimato da Academia do tipo “ou você pede desculpas publicamente ou não queremos que você seja o nosso host” soou ainda mais ridículo. Bastava uma reunião simples com desligamento.
Enfim, o Globo de Ouro parece ser a única premiação televisionada sem esse tipo de perrengue, já que Ricky Gervais está de volta pela quinta vez! Particularmente, votaria para Gervais no Oscar também, mas a instituição é muito careta pras piadas politicamente incorretas dele.
Ricky Gervais já está comprometido ao Globo de Ouro 2020 (pic by Variety)
E você? Gostou do Oscar 2019 sem um host? Preferiu aquele show genérico do Queen com Adam Lambert de abertura? E se tivesse que escolher o host, a hostess ou os hosts? Quem ganharia seu voto?
A cerimônia do 92º Oscar será no dia 09 de Fevereiro, e as indicações anunciadas em 13 de Janeiro.
O produtor de La La Land, Jordan Horowitz, revela o real conteúdo do envelope: “Moonlight”. Warren Beatty e Jimmy Kimmel com sorrisos amarelos e já com dor de cabeça…
GAFE HISTÓRICA TERIA SE ORIGINADO EM TROCA DE ENVELOPES
Em 89 anos de história e há 20 anos que acompanho o Oscar, nunca vi uma lambança que nem essa que aconteceu na entrega de Melhor Filme. No final da cerimônia, o casal Faye Dunaway e Warren Beatty, que estava celebrando 50 anos do clássico Bonnie & Clyde (1967), revelou La La Land como o grande vencedor da noite, mas alguém do evento avisou que o resultado era outro, e o próprio produtor de La La Land corrigiu o erro ao vivo, repassando o Oscar para Moonlight. Logo em seguida, Warren Beatty contou que seu envelope estava escrito “Emma Stone (La La Land)”, que Dunaway leu sem restrição alguma. Jamais esperei esse erro por parte da Academia… Foi Momento Miss Universo no Oscar! Tanto que Jimmy Kimmel até brinca: “Eu particularmente culpo Steve Harvey por isso!”
Os produtores Jeremy Kleiner, Adele Romanski e Barry Jenkins posam com as estatuetas por Moonlight (pic by theguardian.com.uk)
Enfim, parabéns pela humildade do produtor Jordan Horowitz e para a equipe de Moonlight. Ainda estou chocado com a gafe e acredito que ela ainda vai render por vários anos até teorias conspiratórias… Não concordo com esse prêmio, mas entendo as pessoas que gostaram e se emocionaram com o filme de Barry Jenkins, assim como entendo o recado que a Academia quis dar em relação às críticas racistas e ao próprio presidente Donald Trump e sua política extremista. Moonlight também levou os Oscars de Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante para Mahershala Ali.
De uma forma geral, felizmente, os vencedores foram mais imprevisíveis. Além da já citada categoria de Melhor Filme, dá pra citar Montagem e Som para Até o Último Homem, Maquiagem para Esquadrão Suicida, Figurino para Animais Fantásticos e Filme em Língua Estrangeira para o iraniano O Apartamento. O campeão de indicações desta edição, La La Land, ficou com seis estatuetas. Por mais que eu tenha gostado de um filme, acho mais bacana quando a Academia pulveriza seus prêmios com mais filmes do que acumular um monte para apenas um filme, pois além de reconhecer mais trabalhos, dá a chance de eles serem mais vistos pelo simples fato de terem ganhado um Oscar.
Desse modo, a premiação de Efeitos Sonoros para A Chegada foi excepcional. Por se tratar de uma ficção científica moderna, precisava ser reconhecida pela Academia de alguma forma. Embora tenha sido premiado apenas numa categoria menor, o filme de Denis Villeneuve pode render mais projeção.
A CERIMÔNIA
Host pela primeira vez, Jimmy Kimmel procurou ser autêntico, mas acredito que ele buscou referências bem-sucedidas como Ellen DeGeneres. Os organizadores trouxeram um grupo de excursão para dentro do Dolby Theater durante a cerimônia do Oscar para gerar uma surpresa. Foi uma idéia diferente, mas ficou bem borocoxô. Quem sabe se fossem crianças ou estudantes de cinema… cinéfilos, sei lá. Kimmel não parecia ter roteiro algum pra situação e por isso, a atração não teve o impacto desejado. E ficou mais com cara de que pareciam atores encenando surpresa, então perdeu a autenticidade do negócio. Tentaram reproduzir aquele momento do entregador de pizzas de 2014 com a Ellen DeGeneres, mas sem o mesmo brilho da apresentadora.
Excursão para o Oscar: não funcionou na prática
Engraçado que eles gastaram um baita tempão para esse quadro, cerca de uns 4 minutos?, mas não podiam gastar 30 segundos para trazer os homenageados do Oscar Honorário para o palco e receber uma salva de palmas. Eles tiveram que se contentar com o camarote na lateral.
Jimmy Kimmel também pecou no excesso de piadas com o ator Matt Damon, com quem tem uma relação de humor há onze anos, iniciada em seu próprio programa televisivo. Nesse dia, após um programa com uma série de erros, o host teria pedido desculpas ao final para Matt Damon. “Ele foi o primeiro nome que me veio à cabeça. Procurei pensar numa estrela de primeira grandeza, daquelas que nunca recusaríamos num programa…”, revelou Kimmel. Contudo, acertou ao postar ao vivo tweets para o presidente Donald Trump como: “Hey, Trump. U up? (Ei, Trump. Está acordado?) e, claro, suas tiradas no monólogo como “Não sei se é algo popular a se dizer, mas eu quero agradecer o presidente Trump. Quero dizer, vocês se lembram do ano passado em que o Oscar parecia ser racista?” e “Foi um ano excepcional para os filmes. Os negros salvaram a NASA e os brancos salvaram o jazz”.
Já a melhor coisa da noite foram as homenagens antes das apresentações. Começou com um videoclipe da atriz Charlize Theron reassistindo Se Meu Apartamento Falasse num cinema e falando bem do filme de Billy Wilder e principalmente de Shirley MacLaine, para logo em seguida, as duas surgirem no palco para apresentar uma categoria. Como Hollywood é feito por gerações de artistas, nada mais apropriado do que unir essas gerações no próprio Oscar.
As outras duas homenagens foram: de Seth Rogen para Michael J. Fox em De Volta Para o Futuro, e de Javier Bardem para Meryl Streep em As Pontes de Madison. Sou super a favor de fazerem isso mais vezes nos próximos anos, porque assim é possível saber o que um ator ou atriz tem a dizer sobre um filme ou performance cultuada e vê-lo(la) interagir com o artista em si.
Seth Rogen chega de DeLorean com Michael J. Fox no palco do Oscar
Também vale ressaltar outro videoclipe intitulado “Movies Around the World” (Filmes ao redor do mundo), no qual vemos vários estrangeiros falando sobre o papel dos filmes e o que eles significam para cada um, para depois citar favoritos. Acho bastante válido a Academia buscar essa interação com o resto do mundo, porque cinema sempre foi e sempre será uma linguagem universal. Só acho que deveriam também espalhar esse amor pelo resto do mundo ao expandir para 10 indicados o Oscar de Filme em Língua Estrangeira!! Nesse clipe, houve as participações do ator Lázaro Ramos (ue falou bem de O Poderoso Chefão e Faça a Coisa Certa) e de Seu Jorge, mas houve uma falha técnica e o TNT ficou fora do ar por quase 2 minutos.
IMPRESSÕES PESSOAIS
Já que Mahershala Ali praticamente ganhou o Oscar por causa de seu discurso de orgulho por ter raízes muçulmanas no SAG Awards, eu estava esperando um baita discurso nessa linha e que ele lançasse o primeiro ataque a Trump por bloquear a entrada de civis de países muçulmanos. Mas não foi isso que vimos…
Felizmente, Viola Davis salvou a noite com um belíssimo discurso. Não apenas pelas palavras, mas a mulher sabe dizê-las com poder! Ela dedica o prêmio ao dramaturgo August Wilson, autor de “Fences”, e agradece por trabalhar numa profissão que exalta a vida de pessoas comuns, com seus sonhos não-concretizados e paixões perdidas.
Pela categoria de Filme em Língua Estrangeira, com o anúncio de que o diretor Asghar Farhadi não compareceria ao Oscar por causa de Trump, muitos especialistas no assunto passaram a acreditar que ele ganharia, batendo o favorito alemão Toni Erdmann. Não sei quanto ao resultado, porque honestamente não vi o filme iraniano, mas independente da qualidade, o discurso do ausente Asghar Farhadi lido no palco foi fenomenal! Nele, Farhadi acredita que quando se divide o mundo entre nós e o inimigo, cria-se o medo. E, realmente, não é assim que se resolve o problema do terrorismo, Trump.
Em relação aos prêmios de música, John Legend cantou as duas canções de La La Land numa espécie de mix no lugar dos astros Ryan Gosling e Emma Stone, que tiveram receio de falhar ao vivo, já que não são cantores profissionais. Pra sorte deles, as canções já estavam praticamente com as mãos no prêmio, então a apresentação em si não iria interferir no resultado. Dentre as canções apresentadas, muito ponto positivo para Justin Timberlake que já entrou com tudo no teatro e colocou todo mundo pra dançar com sua performance de “Can’t Stop the Feeling”. Foi um jeito bem despojado de começar o Oscar! Já pela qualidade de canto, destaque para Auli’i Cravalho por sua linda voz ao cantar “How Far I’ll Go” de Moana.
Dos demais prêmios, embora preferia o roteiro de A Qualquer Custo, gostei da vitória de Kenneth Lonergan por Manchester à Beira-Mar, assim como a vitória de Casey Affleck como Melhor Ator. Pra mim, só faltou Isabelle Huppert ter levado Melhor Atriz, mas enfim era o ano de Emma Stone…
Vencedores nas categorias de atuação: Mahershala Ali, Emma Stone, Viola Davis e Casey Affleck.
DETALHES DE ÚLTIMA HORA
Bom, como virei a noite pra poder finalizar o post sobre o Oscar, algumas coisas ficaram de fora, mas acho importante relatar aqui.
Primeiramente, sobre o incidente do envelope de Melhor Filme, foi uma pena. É nessas horas que a gente vê como um erro bobo pode arruinar toda uma cerimônia meticulosamente bem planejada. Ao pessoal de La La Land ficou uma sensação de ridículo, de humilhação pública, mas que foi muito bem contornada pelo produtor Jordan Horowitz que assumiu as rédeas num momento delicado para fazer justiça. Sim, o negócio poderia ficar bem mais feio. E mesmo com a vitória, o pessoal de Moonlight ficou com um peso estranho nas costas que acaba roubando o brilho do momento. O mesmo pode se dizer sobre a vitória de Emma Stone, porque na sala de imprensa, ela mais respondia perguntas sobre o paradeiro do envelope de Melhor Atriz (que foi indevidamente lido por Warren Beatty e Faye Dunaway) do que sobre sua gloriosa vitória.
Ainda sobre erros, a 89ª cerimônia do Oscar cometeu outra gafe, menos gritante que a da troca de envelope, mas não menos grave. Na costumeira homenagem In Memoriam aos artistas falecidos, quando o nome da figurinista Janet Patterson surge, a foto não é dela, mas de uma amiga e colaboradora chamada Jan Chapman, com quem trabalhou nos figurinos de O Piano (1993). Imaginem a reação da confundida! “Fiquei devastada com o uso de minha imagem no lugar de minha grande amiga e colaboradora de longa data Janet Patterson. Cobrei à agência uma foto dela que pudesse ser usada, mas fui informada de que a Academia já havia conseguido. Janet era muito bonita e foi indicada quatro vezes ao Oscar, então é muito frustrante que o erro não foi consertado a tempo. Estou viva, bem, e sou uma produtora em atividade.”
Trecho de videoclipe In Memoriam, em que a foto da produtora Jan Chapman aparece como sendo a figurinista Janet Patterson. GAFE!
Sobre as coisas que esqueci, faltou mencionar a primeira vitória do sound mixer Kevin O’Connell, que era considerado até ontem o maior perdedor do Oscar com 20 indicações sem nenhuma vitória. Ele venceu por sua 21ª indicação pelo filme Até o Último Homem, de Mel Gibson. Assim, ele finalmente passa a tocha de “loser” para outro artista, provavelmente, seu colega de área Greg P. Russell, que havia conquistado sua 17ª indicação, mas que foi revogada pela presidente da Academia por ter feito lobby. Entre outros recordistas de indicações sem vitória estão o compositor Thomas Newman (14 indicações) e o diretor de fotografia Roger Deakins (13 indicações).
À esquerda, Kevin O’Connell ficou tão feliz com sua primeira vitória após 21 indicações que dominou o microfone, mesmo com três colaboradores ao lado
A vitória de Colleen Atwood por Animais Fantásticos e Onde Habitam na categoria de Figurino foi considerada uma surpresa, já que as apostas indicavam La La Land ou Jackie, portanto, os votos podem ter se dividido e dado espaço para Atwood. Com essa vitória, ela conquistou sua 4ª estatueta do Oscar, igualando-se à Milena Canonero como vice-campeã de vitórias no Oscar. A maior recordista de todos os tempos permanece a eterna Edith Head, que venceu oito vezes.
VENCEDORES DO 89th ACADEMY AWARDS:
MELHOR FILME Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight)
MELHOR DIRETOR Damien Chazelle (La La Land)
MELHOR ATOR Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
MELHOR ATRIZ Emma Stone (La La Land)
MELHOR ATOR COADJUVANTE Mahershala Ali (Moonlight)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Viola Davis (Um Limite Entre Nós)
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Barry Jenkins (Moonlight)
MELHOR FOTOGRAFIA Linus Sandgren (La La Land)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE David Wasco, Sandy Reynolds-Wasco (La La Land)
MELHOR MONTAGEM John Gilbert (Até o Último Homem)
MELHOR FIGURINO Colleen Atwood (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
MELHOR MAQUIAGEM E CABELO Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini, Christopher Allen Nelson (Esquadrão Suicida)
MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL Justin Hurwitz (La La Land)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “City of Stars”, de Justin Hurwitz, Benj Pasek, Justin Paul (La La Land)
MELHOR SOM Kevin O’Connell, Andy Wright, Robert Mackenzie, Peter Grace (Até o Último Homem)
MELHORES EFEITOS SONOROS Sylvain Bellemare (A Chegada)
MELHORES EFEITOS VISUAIS Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones, Dan Lemmon (Mogli: O Menino Lobo)
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA O Apartamento, de Asghar Farhadi (IRÃ)
MELHOR ANIMAÇÃO Zootopia, de Byron Howard e Ron Clements
MELHOR DOCUMENTÁRIO O.J.: Made in America, de Ezra Edelman
Mahershala Ali em cena de Moonlight, de Barry Jenkins (pic by moviepilot.de)
APÓS SER COADJUVANTE NAS PREMIAÇÕES ANTERIORES, MOONLIGHT CONQUISTA MELHOR FILME
É… a Associação de Críticos de Los Angeles resolveu dar uma chacoalhada e mudou a cara de muitas categorias. Por exemplo: Moonlight levava Melhor Diretor, Ator Coadjuvante, Fotografia, mas na hora de ganhar Melhor Filme, ora perdia para La La Land, ora para Manchester à Beira-Mar.
É difícil vermos quais críticos estão ousando mais ou apenas indo na onda sem conferir os filmes em si, mas independente dessa distribuição de prêmios entre essas três produções, o musical La La Land me parece um pouco à frente por se tratar de um musical vistoso e com atores inspirados. Por outro lado, Moonlight tem Barry Jenkins, que tem ganhado os prêmios de diretor, que costuma estar atrelado ao Melhor Filme.
Uma das poucas categorias que se mantiveram fiéis à artista foi Melhor Atriz, que novamente elegeu Isabelle Huppert. Depois de faturar o prêmio pelo círculo de críticos de Nova York, a francesa segue firme em busca de sua primeira indicação ao Oscar. Claro que ainda é cedo pra cravar alguma certeza, principalmente porque é difícil a Academia premiar atores estrangeiros falando seu próprio idioma no papel (as únicas atrizes que conseguiram esse feito foram Sophia Loren em 1962 e Marion Cotillard em 2008), e também porque o filme pelo qual ela deve concorrer, Elle, é uma produção francesa polêmica devido à reação da personagem dela pós-estupro.
Isabelle Huppert em cena de Elle, de Paul Verhoeven (photo by cine.gr)
Particularmente, considero sua interpretação a melhor que vi deste ano até o momento, e só citei essa polêmica porque o povo votante da Academia tem fama de careta e conservador. Enfim, Isabelle Huppert tem uma concorrência ferrenha pela frente, que praticamente está definida: Amy Adams (que levou o National Board of Review), Ruth Negga, Natalie Portman, Emma Stone e Annette Bening. A atriz Rebecca Hall ficou com o prêmio de 2º lugar no LAFCA pelo drama Christine, mas acho que ela morre na praia.
Ainda sobre os atores, os críticos de Los Angeles têm o excelente hábito de premiar interpretações estrangeiras. Além de Huppert como Atriz, elegeram o japonês Issei Ogata como 2º melhor coadjuvante pelo filme Silêncio, de Martin Scorsese. Como a categoria ainda não está bem definida, ele pode conseguir uma vaga indo na onda do #OscarSoWhite.
Issei Ogata (à direita) com Andrew Garfield em cena de Silêncio, de Martin Scorsese (photo by cine.gr)
E pra quem achava que apenas Casey Affleck venceria como Melhor Ator, eis que surge o primeiro grande prêmio para Adam Driver pelo drama Paterson, onde ele interpreta um motorista de ônibus que escreve poesia nas horas vagas. Vale lembrar que o ator também estrela o filme de Scorsese, além, claro, de ser o vilão Kylo Ren da nova franquia de Star Wars.
Adam Driver em Paterson, de Jim Jarmusch (pic by moviepilot.de)
Achei interessante a premiação de dois filmes que estavam sendo esquecidos na temporada. O Lagosta, de grego Yorgos Lanthimos, que faturou o prêmio de roteiro, e a animação japonesa Your Name, que saiu vitoriosa de sua categoria, que vinha sendo dominada por Kubo e as Cordas Mágicas ou Zootopia.
Contudo, minha maior satisfação foi ver as duas vitórias do filme sul-coreano The Handmaiden como Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Design de Produção (Direção de Arte), que reconheceu a belíssima reconstrução dos anos 30 de uma Coréia invadida pelos japoneses. Infelizmente, o longa não foi selecionado por sua comissão para representar a Coréia. Parece que a presidente coreana Park Geun-hye andou dando uma de Michel Temer, e cortou a verba pra artistas que eram contra sua política (como é o cineasta Park Chan-wook) e selecionaram um filme mais convencional de ação, The Age of Shadows, para mandar ao Oscar. Ficaram de picuinha e perderam uma excelente oportunidade de conquistar a primeira indicação ao Oscar do país… uma pena. Pelo que andei lendo, a presidente deve renunciar em breve.
Cena do longa sul-coreano The Handmaiden, de Park Chan-wook (pic by moviepilot.de)
VENCEDORES DO LAFCA 2016:
MELHOR FILME: Moonlight
2º lugar: La La Land: Cantando Estações
MELHOR DIRETOR: Barry Jenkins (Moonlight)
2º lugar: Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
MELHOR ATOR: Adam Driver (Paterson)
2º Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
MELHOR ATRIZ: Isabelle Huppert (Elle) (O Que Está por Vir)
2º lugar: Rebecca Hall (Christine)
MELHOR ATOR COADJUVANTE: Mahershala Ali (Moonlight)
2º lugar: Issei Ogata (Silêncio)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Lily Gladstone (Certain Women)
2º lugar: Michelle Williams (Manchester à Beira-Mar)
MELHOR ROTEIRO: Yorgos Lanthimos, Efthymis Filippou (O Lagosta)
2º lugar: Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
MELHOR FOTOGRAFIA: James Laxton (Moonlight)
2º lugar: Linus Sandgren (La La Land: Cantando Estações)
MELHOR MONTAGEM: Bret Granato, Maya Mumma, Ben Sozanski (O.J.: Made in America)
2º lugar: Tom Cross (La La Land: Cantando Estações)
MELHOR TRILHA MUSICAL: Justin Hurwitz, Benj Pasek, Justin Paul (La La Land: Cantando Estações)
2º lugar: Mica Levi (Jackie)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Ryu Seong-Hee (The Handmaiden)
2º lugar: David Wasco (La La Land: Cantando Estações)
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA:The Handmaiden, de Park Chan-Wook
2º lugar: Toni Erdmann, de Maren Ade
MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO: Your Name (Kimi no na wa), de Makoto Shinkai
2º lugar: The Red Turtle
MELHOR DOCUMENTÁRIO: I Am Not Your Negro
2º lugar: O.J.: Made in America
PRÊMIO DOUGLAS EDWARDS PARA FILME EXPERIMENTAL:The Illinois Parables, de Deborah Stratman
PRÊMIO NEW GENERATION: Trey Edwards Shults e Krisha Fairchild (Krisha)
PRÊMIO PELO CONJUNTO DA OBRA: Shirley MacLaine
Cena da animação Your Name, de Makoto Shinkai (pic by moviepilot.de)
Bob Hope, o host do primeiro Oscar televisionado em 1953. (photo by savedthecat.com)
A DÉCADA PROMISSORA DO PÓS-GUERRA
O período pós-guerra trouxe consigo um momento financeiro excepcional para o Cinema, tanto que os estúdios foram obrigados a pagar salários mais altos e até porcentagens de lucro para suas estrelas. Por outro lado, a televisão passou a crescer também, e como era um entretenimento gratuito, os estúdios não permitiram que seus astros fizessem participações em programas televisivos a fim de enfraquecer a competição, além de não disponibilizar seus acervos de filmes para a programação.
Contudo, tais restrições não resistiram por muito tempo, pois os estúdios precisavam arrecadar fundos para as próximas produções. Então, gradativamente, foram liberando participações, transmissões e até passaram a usar o meio como publicidade para os filmes que estreariam em seguida. As pazes das duas mídias seriam seladas no dia 19 de março de 1953, quando a TV transmitiu pela primeira vez a cerimônia do Oscar, permitindo que muitos espectadores pudessem ver inúmeros artistas de cinema juntos pela televisão como nunca antes.
Esse primeiro Oscar televisionado já teve Bob Hope como mestre de cerimônia e incontáveis estrelas jamais vistas juntas como James Stewart, Joan Crawford, Fredric March, Anne Baxter, John Wayne e Gloria Swanson. O Maior Espetáculo da Terra foi o grande vencedor da noite e poderia ser o título da noite, pois a transmissão da cerimônia foi a maior audiência da televisão em cinco anos de existência comercial.
Charlton Heston e James Stewart em cena de O Maior Espetáculo da Terra, de Cecil B. DeMille, que levou o Oscar de Melhor Filme. (photo by prettycleverfilms.com)
Infelizmente, a década de 50 também abrigou os anos negros de caça às bruxas do senador Joseph McCarthy, que rastreava artistas com perfil comunista. Em 1952, dez membros da indústria cinematográfica formaram a lista “Unfriendly Ten”, que além de perderem o emprego, receberam sentenças de um ano de prisão. Assim, nesse período, muitos filmes tiveram crédito de roteiro preenchidos por pseudônimos ou simplesmente não tinham crédito a fim de evitar problemas com a política do país. Porém, a Academia era obrigada a reconhecer esses filmes pois eram elegíveis e assim, alguns vencedores, como os roteiristas de A Ponte do Rio Kwai, receberam suas estatuetas décadas depois ou muitos sequer recebiam pois já estavam mortos.
O mais célebre artista caçado nessa época foi o diretor, ator e roteirista Charles Chaplin. Suas críticas ao capitalismo em Tempos Modernos, e sua ótima sátira a Adolf Hitler em O Grande Ditador chamaram a atenção do chefe do FBI, J. Edgar Hoover, que acionou o Conselho de Atividades Não-Americanas (HUAC), obrigando Chaplin a abandonar os EUA e permanecer décadas foragido na Europa. Só em 1972, ele foi “perdoado”. A Academia concedeu-lhe o Oscar Honorário por “efeito incalculável na produção de filmes na arte do século.” Hoje, o clipe de Chaplin recebendo esse Oscar permanece como um dos pontos altos da História do Oscar.
RESULTADOS POLÊMICOS
Às vezes, acontece algo raro chamado divisão de votos. Quando a competição está extremamente acirrada entre dois indicados, os votos se dividem e surge um terceiro indicado que acaba passando uma rasteira. Um dos primeiros casos foi em 1951: enquanto as veteranas Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses) e Bette Davis (A Malvada) disputavam à tapa cada voto, a jovem Judy Holliday foi anunciada vencedora de Melhor Atriz pela comédia Nascida Ontem. Talvez nem ela acreditou na vitória, pois sequer estava presente na cerimônia!
Judy Holliday em Nascida Ontem, pelo qual ganhou o Oscar ao bater as favoritas Bette Davis e Gloria Swanson (photo by newyorknatives.com)
Em Nascida Ontem, ela interpreta a loira burra de um magnata corrupto. Holliday quase não conseguiu o papel, pois o chefe da Columbia queria muito Rita Hayworth. Mas acabou prevalecendo seu talento para o papel, uma vez que interpretou a personagem na peça da Broadway por três anos.
Em 1955, a Academia poderia ter feito História. Teve a oportunidade de premiar uma das atrizes mais intensas e queridas do cinema: Judy Garland. Ela, que já havia recebido o Juvenile Award aos 17 anos, e estrelado o clássico O Mágico de Oz, recebeu sua primeira indicação pelo musical Nasce uma Estrela. Com tamanha expectativa de sua iminente vitória, várias equipes da imprensa se deslocaram para o quarto de hospital em que a atriz indicada estava prestes a dar à luz a seu terceiro filho. Contudo, o envelope revelou Grace Kelly como vencedora, e Garland teve de se contentar e declarar que “Joey era o melhor Oscar que poderia receber aquela noite”. Como um raio, as equipes de TV e câmeras foram embora logo em seguida. Derrota amarga para Garland.
Ao lado de James Mason, Judy Garland em Nasce uma Estrela, que lhe rendeu sua primeira de duas indicações (photo by telegraph.co.uk)
Já Grace Kelly voltaria no ano seguinte para apresentar o Oscar de Melhor Ator para Ernest Borgnine (Marty). Esta foi sua última aparição no Oscar, já que três meses antes havia noivado com o príncipe de Mônaco. Em 1982, já princesa de Mônaco, aos 52 anos, morreria num acidente automobilístico.
…E APENAS RESULTADOS E FATOS CURIOSOS
Quando Sinfonia de Paris foi revelado como Melhor Filme em 1952, trata-se apenas do terceiro musical a ganhar o Oscar de Melhor Filme. Anteriormente, apenas Melodia da Broadway (1928-1929) e Ziegfeld – O Criador de Estrelas (1936) tinham vencido. Embora eu reconheça a beleza das sequências dirigidas por Vincente Minnelli e as coreografias exuberantes de Gene Kelly, o melhor filme daquele ano para mim (e para muitos especialistas) era o drama trágico Um Lugar ao Sol, de George Stevens.
Elizabeth Taylor e Montgomery Clift como o casal perfeito de Um Lugar ao Sol (photo by filmkijker.files.wordpress.com)
Falando em Um Lugar ao Sol, há uma história curiosa de que Shelley Winters estava tão convicta de que ganharia como Melhor Atriz que quando o nome de Vivien Leigh foi anunciado, ela teria levantado para receber o prêmio, mas teria sido impedida pelo marido no corredor do teatro.
No mesmo ano, Uma Rua Chamada Pecado foi o primeiro filme a ganhar 3 Oscars de atuação. Melhor Atriz (Vivien Leigh), Ator Coadjuvante (Karl Malden) e Atriz Coadjuvante (Kim Hunter). Já em 1954, Walt Disney se tornou o recordista em Oscars numa só noite. Ele ganhou 4 estatuetas: Melhor Documentário-Curta por The Alaskan Eskimo, Melhor Curta de Animação por Toot Whistle Plunk and Boom, Melhor Curta-Metragem de Dois Rolos por Bear Country, e Melhor Documentário por O Drama do Deserto.
Walt Disney segura seus 4 Oscars vencidos na mesmo noite, um recorde jamais batido até hoje (photo by moviepilot.com)
Foi nessa década que alguns recordes foram quebrados. Em 1954, Sindicato de Ladrões havia igualado o número de Oscars vencidos de …E o Vento Levou (1939) e A Um Passo da Eternidade (1953) com oito estatuetas. Contudo, em 1959, o musical Gigi venceu nove prêmios, mas que logo no ano seguinte, foram batidos pelos 11 Oscars do épico Ben-Hur, de William Wyler. Recorde este que permanece até hoje, dividido com Titanic (1997) e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003).
CRIAÇÃO DA CATEGORIA FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
A partir de 1957, filmes em língua estrangeira (que não seja o Inglês) passaram a ser agraciados com sua própria categoria competitiva. Antes disso, desde 1947, as produções estrangeiras recebiam um prêmio honorário sem indicados. E nada melhor do que começar uma categoria com o pé direito: o belíssimo e tocante A Estrada da Vida (La Strada), de Federico Fellini, levou o primeiro de muitos Oscars para a Itália.
Da esquerda para a direita: Federico Fellini, sua esposa e atriz Giulietta Masina e o produtor Dino De Laurentiis com seus Oscars por A Estrada da Vida (photo by businessinsider.com)
Embora tenha sido uma conquista para o cinema internacional, o regulamento barra produções de nações de língua inglesa como Inglaterra e Austrália. Ao contrário da maioria, a categoria de Filme em Língua Estrangeira pouco evoluiu desde sua criação. Continua com inúmeras restrições que limitam a seleção justa dos melhores filmes como a eleição de apenas uma produção por país, além do polêmico sistema de votação formada por membros idosos judeus que concede Oscars para filmes com temática judaica, Holocausto e Segunda Guerra Mundial.
THE 32nd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1960
04 de Abril de 1960
Ben-Hur (Ben-Hur), de William Wyler: 11 Oscars (photo by wikipedia.org)
MELHOR FILME – Anatomia de um Crime (Anatomy of a Crime) Produtor: Otto Preminger • Ben-Hur (Ben-Hur) Produtor: Sam Zimbalist – O Diário de Anne Frank (The Diary of Anne Frank)
Produtor: George Stevens
– Uma Cruz à Beira do Abismo (The Nun’s Story)
Produtor: Henry Blanke
– Almas em Leilão (Room at the Top)
Produtores: John Woolf, James Woolf
John Wayne apresenta Melhor Diretor, enquanto Gary Cooper apresenta Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Jack Clayton (Almas em Leilão)
– George Stevens (O Diário de Anne Frank)
– Billy Wilder (Quanto Mais Quente Melhor) • William Wyler (Ben-Hur) – Fred Zinnemann (Uma Cruz à Beira do Abismo)
MELHOR ATOR • Charlton Heston (Ben-Hur) – Laurence Harvey (Almas em Leilão) – Jack Lemmon (Quanto Mais Quente Melhor)
– Paul Muni (Rebeldia de um Bravo)
– James Stewart (Anatomia de um Crime)
Susan Hayward concede o único Oscar para Charlton Heston
MELHOR ATRIZ – Doris Day (Confidências à Meia-Noite)
– Audrey Hepburn (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Katharine Hepburn (De Repente, No Último Verão) • Simone Signoret (Almas em Leilão)
– Susan Hayward (De Repente, No Último Verão)
Rock Hudson apresenta o Oscar para a francesa Simone Signoret
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Hugh Griffith (Ben-Hur)– Hugh Griffith não estava presente na cerimônia. O diretor William Wyler aceitou o prêmio em seu nome.
– Arthur O’Connell (Anatomia de um Crime)
– George C. Scott (Anatomia de um Crime)
– Robert Vaughn (O Moço de Filadélfia)
– Ed Wynn (O Diário de Anne Frank)
A graciosa Olivia De Havilland apresenta o Oscar de coadjuvante, recebido pelo diretor William Wyler.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Hermione Baddeley (Almas em Leilão)
– Susan Kohner (Imitação da Vida)
– Juanita Moore (Imitação da Vida)
– Thelma Ritter (Confidências à Meia-Noite) • Shelley Winters (O Diário de Anne Frank)
Edmond O’Brien concede o Oscar para Shelley Winters
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– François Truffaut, Marcel Moussy (Os Incompreendidos) •Russell Rouse, Clarence Greene, Stanley Shapiro, Maurice Richlin (Confidências à Meia-Noite)
– Ernest Lehman (Intriga Internacional)
– Paul King, Joseph Stone, Stanley Shapiro, Maurice Richlin (Anáguas a Bordo)
– Ingmar Bergman (Morangos Silvestres)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Wendell Mayes (Anatomia de um Crime)
– Karl Tunberg (Ben-Hur)
– Robert Anderson (Uma Cruz à Beira do Abismo) • Neil Paterson (Almas em Leilão)
– Billy Wilder, I.A.L. Diamond (Quanto Mais Quente Melhor)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Robert Surtees (Ben-Hur)
– Lee Garmes (O Pescador da Galiléia)
– Daniel L. Fapp (A Lágrima que Faltou)
– Franz Planer (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Leon Shamroy (Porgy & Bess)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Sam Leavitt (Anatomia de um Crime)
– Joseph LaShelle (Calvário da Glória) • William C. Mellor (O Diário de Anne Frank)
– Charles Lang (Quanto Mais Quente Melhor)
– Harry Stradling Sr. (O Moço de Filadélfia)
MELHOR MONTAGEM
– Louis R. Loeffler (Anatomia de um Crime) • Ralph E. Winters, John D. Dunning (Ben-Hur)
– George Tomasini (Intriga Internacional)
– Walter Thompson (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Frederic Knudtson (A Hora Final)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA • William A. Horning, Edward C. Carfagno, Hugh Hunt (Ben-Hur)– O Oscar de Horning foi póstumo.
– John DeCuir, Julia Heron (O Pescador da Galiléia)
– Lyle R. Wheeler, Franz Bachelin, Herman A. Blumenthal, Walter M. Scott, Joseph Kish (Viagem ao Centro da Terra)
– William A. Horning, Robert F. Boyle, Merrill Pye, Henry Grace, Frank R. McKelvy (Intriga Internacional)
– Richard H. Riedel, Russell A. Gausman, Ruby Levitt (Confidências à Meia-Noite)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Arthur Krams (Calvário da Glória) • Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (O Diário de Anne Frank)
– Carl Anderson, William Kiernan (Rebeldia de um Bravo)
– Ted Haworth, Edward G. Boyle (Quanto Mais Quente Melhor)
– Oliver Messel, William Kellner, Scott Slimon (De Repente, No Último Verão)
MELHOR FIGURINO COLORIDO • Elizabeth Haffenden (Ben-Hur)
– Adele Palmer (Sob o Signo do Sexo)
– Renié (O Pescador da Galiléia)
– Edith Head (A Lágrima que Faltou)
– Irene Sharaff (Porgy & Bess)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Edith Head (Calvário da Glória)
– Charles Le Maire, Mary Wills (O Diário de Anne Frank)
– Helen Rose (Sem Talento Para Matar)
– Howard Shoup (O Moço de Filadélfia) • Orry-Kelly (Quanto Mais Quente Melhor)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA • Miklós Rózsa (Ben-Hur)
– Alfred Newman (O Diário de Anne Frank)
– Franz Waxman (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Ernest Gold (A Hora Final)
– Frank De Vol (Confidências à Meia-Noite)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Leith Stevens (A Lágrima que Faltou)
– Nelson Riddle, Joseph J. Lilley (Aventuras de Ferdinando) • André Previn, Ken Darby (Porgy & Bess)
– Lionel Newman (Prece Para um Pecador)
– George Burns (A Bela Adormecida)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Best of Everything”, de Alfred Newman, Sammy Cahn (Sob o Signo do Sexo)
– “The Five Pennies”, de Sylvia Fine (A Lágrima que Faltou)
– “The Hanging Tree”, de Jerry Livingston, Mack David (A Árvore dos Enforcados) • “High Hopes”, de Jimmy Van Heunsen, Sammy Cahn (Os Viúvos Também Sonham)
– “Strange are the Ways of Love”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Ódio Destruidor)
MELHOR SOM • Franklin Milton (Ben-Hur)
– Carlton W. Faulkner (Viagem ao Centro da Terra)
– A.W. Watkins (A Noite é Minha Inimiga)
– George Grives (Uma Cruz à Beira do Abismo)
– Gordon Sawyer (Porgy & Bess)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • A. Arnold Gillespie, Robert MacDonald, Milo B. Lory (Ben-Hur)
– L.B. Abbott, James B. Gordon, Carlton W. Faulkner (Viagem ao Centro da Terra)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– Between the Tides, de Ian Ferguson • Histoire d’un Poisson Rouge, de Jacques-Yves Cousteau
– Mysteries of the Deep, de Walt Disney
– The Running Jumping & Standing Still Film, de Peter Sellers
– Skycraper, de Shirley Clarke, Willard Van Dyke, Irving Jacoby
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Mexicali Shmoes, de John Burton • Moonbird, de John Hubley
– Noah’s Ark, de Walt Disney
– The Violinist, de Ernest Pintoff
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Donald no País da Matemágica, de Walt Disney
– From Generation to Generation, de Edward F. Cullen • Glas, de Bert Haanstra
MELHOR DOCUMENTÁRIO •Ao Leste do Congo, de Bernhard Grzimek
– The Race for Space, de David L. Wolper
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– A Ponte da Desilusão (Die Brücke), de Bernhard Wicki (ALEMANHA)
– A Grande Guerra (La Grande Guerra), de Mario Monicelli (ITÁLIA) • Orfeu do Carnaval (Orfeu Negro), de Marcel Camus (FRANÇA)
– Boy from Two Worlds (Paw), de Astrid Henning-Jensen (DINAMARCA)
– Village by the River (Dorp aan de Rivier), de Fons Rademakers (HOLANDA)
OSCAR HONORÁRIO • Buster Keaton • Lee De Forest
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Bob Hope
THE 31st ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1959
06 de Abril de 1959
Gigi (Gigi), de Vincente Minnelli: 9 Oscars (photo by doctormacro.com)
MELHOR FILME
– A Mulher do Século (Auntie Mame)
Produtor: Jack L. Warner
– Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof)
Produtor: Lawrence Weingarten
– Acorrentados (The Defiant Ones)
Produtor: Stanley Kramer • Gigi (Gigi) Produtor: Arthur Freed
– Vidas Separadas (Separate Tables)
Produtor: Harold Hecht
MELHOR DIRETOR
– Richard Brooks (Gata em Teto de Zinco Quente)
– Stanley Kramer (Acorrentados) •Vincente Minnelli (Gigi)
– Mark Robson (A Morada da Sexta Felicidade)
– Robert Wise (Quero Viver!)
Vincente Minnelli recebe o Oscar de Gary Cooper e Millie Perkins
MELHOR ATOR
– Tony Curtis (Acorrentados)
– Paul Newman (Gata em Teto de Zinco Quente) • David Niven (Vidas Separadas)
– Sidney Poitier (Acorrentados)
– Spencer Tracy (O Velho e o Mar)
Irene Dunne e John Wayne apresentam o Oscar de Ator para David Niven
MELHOR ATRIZ • Susan Hayward (Quero Viver!)
– Deborah Kerr (Vidas Separadas)
– Shirley MacLaine (Deus Sabe Quanto Amei)
– Rosalind Russell (A Muher do Século)
– Elizabeth Taylor (Gata em Teto de Zinco Quente)
James Cagney e Kim Novak apresentam o Oscar de Atriz para Susan Hayward
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Theodore Bikel (Acorrentados)
– Lee J. Cobb (Os Irmãos Karamazov) • Burl Ives (Da Terra Nascem os Homens)
– Arthur Kennedy (Deus Sabe Quanto Amei)
– Gig Young (Um Amor de Professora)
Bette Davis e Anthony Quinn fazem as honras para Burl Ives
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Peggy Cass (A Mulher do Século) • Wendy Hiller (Vidas Separadas)– Wendy Hiller não estava presente na cerimônia. O produtor Harold Hecht aceitou o prêmio em seu nome.
– Martha Hyer (Deus Sabe Quanto Amei)
– Maureen Stapleton (Por um Pouco de Amor)
– Cara Williams (Acorrentados)
Shelley Winters e Red Buttons apresentam o prêmio para Harold Hecht, na ausência de Wendy Hiller
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Paddy Chayefsky (A Deusa)
– Melville Shavelson, Jack Rose (Tentação Morena) • Nedrick Young, Harold Jacob Smith (Acorrentados)– Como Nedrick Young estava na lista negrea de Hollywood, o Oscar foi para seu pseudônimo ‘Nathan E. Douglas’. Em 1993, a Academia restaurou seu crédito a pedido de sua viúva e pelo departamento dos roteiristas.
– William Bowers, James Edward Grant (O Irresistível Forasteiro)
– Fay Kanin, Michael Kanin (Um Amor de Professora)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– Richard Brooks, James Poe (Gata em Teto de Zinco Quente)
– Alec Guinness (Maluco Genial)
– Nelson Gidding, Don Mankiewicz (Quero Viver!) • Alan Jay Lerner (Gigi)
– Terence Rattigan, John Gray (Vidas Separadas)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (A Mulher do Século)
– William H. Daniels (Gata em Teto de Zinco Quente) • Joseph Ruttenberg (Gigi)
– James Wong Howe (O Velho e o Mar)
– Leon Shamroy (No Sul do Pacífico)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO • Sam Leavitt (Acorrentados)
– Daniel L. Fapp (Desejo)
– Lionel Lindon (Quero Viver!)
– Charles Lang (Vidas Separadas)
– Joseph MacDonald (Os Deuses Vencidos)
MELHOR MONTAGEM
– William H. Ziegler (A Mulher do Século)
– William A. Lyon, Al Clark (Como Nasce um Bravo)
– Frederick Knudtson (Acorrentados) • Adrienne Fazan (Gigi)
– William Hornbeck (Quero Viver!)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA OU PRETO E BRANCO
– Malcolm C. Bert, George James Hopkins (A Mulher do Século) • William A. Horning, E. Preston Ames, Henry Grace, F. Keogh Gleason (Gigi) – A indicação e vitória de William A. Horning foi póstuma. Ele morreu enquanto trabalhava em Ben-Hur e Intriga Internacional, que lhe renderam indicações no ano seguinte e uma vitória por Ben-Hur.
– Cary Odell, Louis Diage (Sortilégio do Amor)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Um Certo Sorriso)
– Hal Pereira, Henry Bumstead, Sam Comer, Frank R. McKelvy (Um Corpo que Cai)
MELHOR FIGURINO COLORIDO OU PRETO E BRANCO
– Jean Louis (Sortilégio no Amor)
– Ralph Jester, Edith Head, John Jensen (Corsário Sem Pátria)
– Charles Le Maire, Mary Wills (Um Certo Sorriso) • Cecil Beaton (Gigi)
– Walter Plunkett (Deus Sabe Quanto Amei)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA • Dimitri Tiomkin (O Velho e o Mar)
– Jerome Moross (Da Terra Nascem os Homens)
– David Raksin (Vidas Separadas)
– Oliver Wallace (White Wilderness)
– Hugo Friedhofer (Os Deuses Vencidos)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Yuri Faier, Gennadi Rozhdestvensky (O Ballet Bolshoi) •André Previn (Gigi)
– Ray Heindorf (O Parceiro de Satanás)
– Lionel Newman (As Noites de Mardi Gras)
– Alfred Newman, Ken Darby (No Sul do Pacífico)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Almost in Your Arms (Love Song from Houseboat)”, de Jay Livingston, Ray Evans (Tentação Morena)
– “A Certain Smile”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Um Certo Sorriso) • “Gigi”, de Frederick Loewe, Alan Jay Lerner (Gigi)
– “To Love and Be Loved”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Deus Sabe Quanto Amei)
– “A Very Precious Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Até o Último Alento)
MELHOR SOM
– Gordon Sawyer (Quero Viver!)
– Leslie I. Carey (Amar e Sofrer) • Fred Hynes (No Sul do Pacífico)
– George Dutton (Um Corpo que Cai)
– Carlton W. Faulkner (Os Deuses Vencidos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • Tom Howard (O Pequeno Polegar)
– A. Arnold Gillespie, Harold Humbrock (Torpedo!)
MELHOR CURTA-METRAGEM • Grand Canyon, de Walt Disney
– Journey Into Spring, de Ian Ferguson
– The Kiss, de John Hayes
– Snows of Aorangi
– T is for Tumbleweed, de James A. Lebenthal
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • Knighty Knight Bugs, de John W. Burton
– Paul Bunyan, de Walt Disney
– Sidney’s Family Tree, de William M. Weiss
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Ama Girls, de Ben Sharpsteen– James Algar aceitou o prêmio em seu nome.
– Employees Only, de Kenneth G. Brown
– Journey Into Spring, de Ian Ferguson
– The Living Stone, de Tom Daly
– Oeuverture, de Thorold Dickinson
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Antarctic Crossing, de James Carr
– The Hidden World, de Robert Snyder
– Psychiatric Nursing, de Nathan Zucker • White Wilderness, de Ben Sharpsteen– James Algar aceitou o prêmio em seu nome.
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– Arms and the Man (Helden), de Franz Peter Wirth (ALEMANHA)
– Os Eternos Desconhecidos (I Soliti Ignoti), de Mario Monicelli (ITÁLIA)
– The Year Long Road (Cesta Duga Godinu Dana), de Giuseppe De Santis (IUGOSLÁVIA) • Meu Tio (Mon Oncle), de Jacques Tati (FRANÇA)
– A Vingança (La Venganza), de Juan Antonio Bardem (ESPANHA)
OSCAR HONORÁRIO • Maurice Chevalier
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Jack L. Warner
THE 30th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1958
26 de Março de 1958
A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai), de David Lean: 7 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME • A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai) Produtor: Sam Spiegel
– A Caldeira do Diabo (Peyton Place)
Produtor: Jerry Wald
– Sayonara (Sayonara)
Produtor: William Goetz
– 12 Homens e uma Sentença (12 Angry Men)
Produtor: Henry Fonda, Reginald Rose
– Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution)
Produtor: Arthur Hornblow Jr.
Já uma lenda em Hollywood, Gary Cooper apresenta Melhor Filme
MELHOR DIRETOR • David Lean (A Ponte do Rio Kwai)
– Joshua Logan (Sayonara)
– Sidney Lumet (12 Homens e uma Sentença)
– Mark Robson (A Caldeira do Diabo)
– Billy Wilder (Testemunha de Acusação)
O espetáculo Sophia Loren entrega o Oscar para David Lean, o diretor de espetáculos
MELHOR ATOR
– Marlon Brando (Sayonara)
– Anthony Franciosa (Cárcere Sem Grades) • Alec Guinness (A Ponte do Rio Kwai)– Alec Guinness não estava presente na cerimônia. Jean Simmons aceitou o prêmio em seu nome.
– Charles Laughton (Testemunha de Acusação)
– Anthony Quinn (A Fúria da Carne)
Cary Grant lamenta a ausência de Guinness
MELHOR ATRIZ
– Deborah Kerr (O Céu é Testemunha)
– Anna Magnani (A Fúria da Carne)
– Elizabeth Taylor (A Árvore da Vida)
– Lana Turner (A Caldeira do Diabo) • Joanne Woodward (As Três Máscaras de Eva)
Duas honras para Woodward: o Oscar e John Wayne apresentando
MELHOR ATOR COADJUVANTE • Red Buttons (Sayonara)
– Vittorio De Sica (Adeus às Armas)
– Sessue Hayakawa (A Ponte do Rio Kwai)
– Arthur Kennedy (A Caldeira do Diabo)
– Russ Tamblyn (A Caldeira do Diabo)
E duas alegrias para Buttons: o Oscar e Lana Turner apresentando
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Carolyn Jones (Despedida de Solteiro)
– Elsa Lanchester (Testemunha de Acusação)
– Hope Lange (A Caldeira do Diabo) • Miyoshi Umeki (Sayonara)
– Diane Varsi (A Caldeira do Diabo)
Anthony Quinn apresenta a primeira japonesa a ganhar o Oscar
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Leonard Gershe (Cinderela em Paris) • George Wells (Teu Nome é Mulher)
– Ralph Wheelwright, R. Wright Campbell, Ivan Goff, Ben Roberts (O Homem das Mil Caras)
– Barney Slater, Joel Kane, Dudley Nichols (O Homem dos Olhos Frios)
– Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli (Os Boas Vidas)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO • Pierre Boulle, Carl Foreman, Michael Wilson (A Ponte do Rio Kwai)– Carl Foreman e Michael Wilson não foram creditados pelo filme por estarem na lista negra de Hollywood. Eles foram premiados em 1984. Pierre Boulle não estava presente na cerimônia. Kim Novak aceitou o prêmio em seu nome.
– John Lee Mahin, John Huston (O Céu é Testemunha)
– John Michael Hayes (A Caldeira do Diabo)
– Paul Osborn (Sayonara)
– Reginald Rose (12 Homens e uma Sentença)
MELHOR FOTOGRAFIA
– Milton R. Krasner (Tarde Demais Para Esquecer) • Jack Hildyard (A Ponte do Rio Kwai)
– Ray June (Cinderela em Paris)
– William C. Mellor (A Caldeira do Diabo)
– Ellsworth Fredericks (Sayonara)
MELHOR MONTAGEM
– Warren Low (Sem Lei e Sem Alma) • Peter Taylor (A Ponte do Rio Kwai)
– Viola Lawrence, Jerome Thoms (Meus Dois Carinhos)
– Arthur P. Schmidt, Philip W. Anderson (Sayonara)
– Daniel Mandell (Testemunha de Acusação)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
– Hal Pereira, George W. Davis, Sam Comer, Ray Moyer (Cinderela em Paris)
– William A. Horning, Gene Allen, Edwin B. Willis, Richard Pefferle (Les Girls)
– Walter Holscher, William Kiernan, Louis Diage (Meus Dois Carinhos) • Ted Haworth, Robert Priestley (Sayonara)
– William A. Horning, Urie McCleary, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (A Árvore da Vida)
MELHOR FIGURINO
– Charles Le Maire (Tarde Demais Para Esquecer)
– Edith Head, Hubert de Givenchy (Cinderela em Paris) • Orry-Kelly (Les Girls)
– Jean Louis (Meus Dois Carinhos)
– Walter Plunkett (A Árvore da Vida)
MELHOR TRILHA MUSICAL
– Hugo Friedhofer (Tarde Demais Para Esquecer) • Malcolm Arnold (A Ponte do Rio Kwai)
– Hugo Friedhofer (A Lenda da Estátua Nua)
– Paul J. Smith (No Coração da Floresta)
– Johnny Green (A Árvore da Vida)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL •“All the Way”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Chorei por Você)
– “An Affair to Remember”, de Harry Warren, Harold Adamson, Leo McCarey (Tarde Demais Para Esquecer)
– “April Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Primavera do Amor)
– “Tammy”, de Ray Evans, Jay Livingston (A Flor do Pântano)
– “Wild is the Wind”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (A Fúria da Carne)
MELHOR SOM
– George Dutton (Sem Lei e Sem Alma)
– Wesley C. Miller (Les Girls)
– John P. Livadary (Meus Dois Carinhos) • George Groves (Sayonara)
– Gordon Sawyer (Testemunha de Acusação)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Louis Lichtenfield (Águia Solitária) • Walter Rossi (A Raposa do Mar)
MELHOR CURTA-METRAGEM
– A Chairy Tale, de Norman McLaren
– City of Gold, de Tom Daly
– Foothold on Antarctica, de James Carr
– Portugal, de Ben Sharpsteen • The Wetback Hound, de Larry Lansburgh
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO •Birds Anonymous, de Edward Selzer
– One Droopy Knight, de William Hanna, Joseph Barbera
– Tabasco Road, de Edward Selzer
– Trees and Jamaica Daddy, de Stephen Bosustow
– The Truth About Mother Goose, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO • Albert Schweitzer, de Jerome Hill
– On the Bowery, de Lionel Rogosin
– Toureiro, de Manuel Barbachano Ponce
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– O Diabo Ataca à Noite (Nachts, wenn der Teufel kam), de Robert Siodmak (ALEMANHA)
– Por Ternura Também se Mata (Porte des Lilas), de René Clair (FRANÇA)
– Honrarás Tua Mãe (Mother India), de Mehboob Khan (ÍNDIA) • Noites de Cabíria (Le Notti di Cabiria), de Federico Fellini (ITÁLIA)
– Nove Vidas (Ni liv), de Arne Skouen (NORUEGA)
OSCAR HONORÁRIO • Charles Brackett • B.B. Kahane • Gilbert M. ‘Bronco Billy’ Anderson
THE 29th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1957
23 de Março de 1950
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Around the World in Eighty Days), de Michael Anderson: 5 Oscars (photo by moviepostershop.com)
MELHOR FILME • A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in 80 Days) Produtor: Michael Todd
– Sublime Tentação (Friendly Persuasion)
Produtor: William Wyler
– Assim Caminha a Humanidade (Giant)
Produtor: George Stevens, Henry Ginsberg
– O Rei e Eu (The King and I)
Produtor: Charles Brackett
– Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments)
Produtor: Cecil B. DeMille
Jerry Lewis introduz a vencedora do primeiro Oscar de Atriz, Janet Gaynor, que apresenta o Oscar de Melhor Filmepara o produtor Michael Todd
MELHOR DIRETOR
– Michael Anderson (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Walter Lang (O Rei e Eu) • George Stevens (Assim Caminha a Humanidade)
– King Vidor (Guerra e Paz)
– William Wyler (Sublime Tentação)
Jerry Lewis e Celest Holm introduzem Ingrid Bergman direto de Paris para anunciar os indicados
MELHOR ATOR • Yul Brynner (O Rei e Eu)
– James Dean (Assim Caminha a Humanidade) – Esta é a segunda indicação póstuma de James Dean
– Kirk Douglas (Sede de Viver)
– Rock Hudson (Assim Caminha a Humanidade)
– Laurence Olivier (Richard III)
Anna Magnani apresenta o Oscar para o russo Yul Brynner
MELHOR ATRIZ
– Carroll Baker (Boneca de Carne) •Ingrid Bergman (Anastácia, a Princesa Esquecida) – Ingrid Bergman não estava presente na cerimônia. Cary Grant aceitou o prêmio em seu nome.
– Katharine Hepburn (Lágrimas do Céu)
– Nancy Kelly (A Semente Maldita)
– Deborah Kerr (O Rei e Eu)
Ernest Borgnine concede o prêmio a Cary Grant, que aceitou em nome de Bergman
MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Don Murray (Nunca Fui Santa)
– Anthony Perkins (Sublime Tentação) • Anthony Quinn (Sede de Viver)
– Mickey Rooney (O Preço da Audácia)
– Robert Stack (Palavras ao Vento)
Nancy Kelly apresenta o Oscar de coadjuvante para Anthony Quinn, visivelmente emocionado
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mildred Dunnock (Boneca de Carne)
– Eileen Heckart (A Semente Maldita) • Dorothy Malone (Palavras ao Vento)
– Mercedes McCambridge (Assim Caminha a Humanidade)
– Patty McCormack (A Semente Maldita)
Jack Lemmon faz Dorothy Malone transbordar felicidade
MELHOR ROTEIRO • Albert Lamorisse (O Balão Vermelho)
– Robert Lewin (O Preço da Audácia)
– Andrew L. Stone (Julie)
– Federico Fellini, Tullio Pinelli (A Estrada da Vida)
– William Rose (Quinteto da Morte)
MELHOR HISTÓRIA • Dalton Trumbo (Arenas Sangrentas)– Incluído na lista negra de Hollywood, Trumbo recebeu a indicação sob o pseudônimo Robert Rich. Só em 2 de maio de 1975, ele finalmente recebeu seu Oscar, pouco antes de sua morte.
– Leo Katcher (Melodia Imortal)
– Edward Bernds, Elwood Ullman (High Society) – A Academia revogou a indicação por ter confundido com filme homônimo musical de Cole Porter.Os roteiristas graciosamente e voluntariamente recusaram a indicação.
– Jean-Paul Sartre (Les Orgueilleux)
– Cesare Zavattini (Humberto D.)
MELHOR ROTEIRO – ADAPTADO • James Poe, John Farrow, S.J. Perelman (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Tennessee Williams (Boneca de Carne)
– Fred Guiol, Ivan Moffat (Assim Caminha a Humanidade)
– Norman Corwin (Sede de Viver)
– Michael Wilson (Sublime Tentação) – Incluído na lista negra de Hollywood, Wilson sequer recebeu crédito pelo filme, tornando-se inelegível pela Academia. Só em dezembro de 2002, a Academia reintegrou sua indicação.
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Lionel Lindon (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Harry Stradling Sr. (Melodia Imortal)
– Leon Shamroy (O Rei e Eu)
– Loyal Griggs (Os Dez Mandamentos)
– Jack Cardiff (Guerra e Paz)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Boris Kaufman (Boneca de Carne)
– Harold Rosson (A Semente Maldita)
– Burnett Guffey (A Trágica Farsa)
– Walter Strenge (Prisioneiro do Ouro) • Joseph Ruttenberg (Marcado Pela Sarjeta)
MELHOR MONTAGEM • Gene Ruggiero, Paul Weatherwax (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Merrill G. White (Arenas Sangrentas)
– William Hornbeck, Philip W. Anderson, Fred Bohanan (Assim Caminha a Humanidade)
– Albert Akst (Marcado Pela Sarjeta)
– Anne Bauchens (Os Dez Mandamentos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– James W. Sullivan, Ken Adam, Ross Dowd (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Boris Leven, Ralph S. Hurst (Assim Caminha a Humanidade) • Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (O Rei e Eu)
– Cedric Gibbons, Hans Peters, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Sede de Viver)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Albert Nozaki, Sam Comer, Ray Moyer (Os Dez Mandamentos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, A. Earl Hedrick, Sam Comer, Frank R. McKelvy (O Fruto do Pecado)
– Takashi Matsuyama (Os Sete Samurais)
– Ross Bellah, William Kiernan, Louis Diage (O Cadillac de Ouro)
– Lyle R. Wheeler, Jack Martin Smith, Walter M. Scott, Stuart A. Reiss (Alma Rebelde) • Cedric Gibbons, Malcolm Brown, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Marcado Pela Sarjeta)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Miles White (A Volta ao Mundo em 80 Dias)
– Moss Mabry, Marjorie Best (Assim Caminha a Humanidade) • Irene Sharaff (O Rei e Eu)
– Edith Head, Ralph Jester, John Jensen, Dorothy Jeakins, Arnold Friberg (Os Dez Mandamentos)
– Maria De Matteis (Guerra e Paz)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Helen Rose (Os Grandes Deste Mundo)
– Edith Head (O Fruto do Pecado) •Jean Louis (O Cadillac de Ouro)
– Kôhei Ezaki (Os Sete Samurais)
– Charles Le Maire, Mary Wills (Alma Rebelde)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (Anastácia, a Princesa Esquecida) • Victor Young (A Volta ao Mundo em 80 Dias)– Postumamente
– Hugo Friedhofer (Entre o Céu e o Inferno)
– Dimitri Tiomkin (Assim Caminha a Humanidade)
– Alex North (Lágrimas do Céu)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Lionel Newman (O Encanto de Viver) • Alfred Newman, Ken Darby (O Rei e Eu)
– Morris Stoloff, George Duning (Melodia Imortal)
– Johnny Green, Saul Chaplin (Alta Sociedade)
– George Stoll, Johnny Green (Viva Las Vegas)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Friendly Persuasion (Thee I Love)”, de Dimitri Tiomkin, Paul Francis Webster (Sublime Tentação)
– “Julie”, de Leith Stevens, Tom Adair (Julie)
– “True Love”, de Cole Porter (Alta Sociedade) • “Whatever Will Be, Will Be (Que Sera, Sera)”, de Jay Livingston, Ray Evans
– “Written on the Wind”, de Victor Young, Sammy Cahn (Palavras ao Vento)
MELHOR SOM
– Buddy Myers (Arenas Sangrentas)
– John P. Livadary (Melodia Imortal) • Carlton W. Faulkner (O Rei e Eu)
– Gordon R. Glennan, Gordon Sawyer (Sublime Tentação)
– Loren L. Ryder (Os Dez Mandamentos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– A. Arnold Gillespie, Irving G. Ries, Wesley C. Miller (Planeta Proibido) • John P. Fulton (Os Dez Mandamentos)
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS • The Bespoke Overcoat, de George K. Arthur
– Cow Dog, de Larry Lansburgh
– The Dark Wave, de John Healy
– Samoa, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO • Crashing the Water Barrier, de Konstantin Kalser
– I Never Forget a Face, de Robert Youngson
– Time Stood Still, de Cedric Francis
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Gerald McBoing! Boing! on Planet Moo, de Stephen Bosustow
– The Jaywalker, de Stephen Bosustow • Magoo’s Puddle Jumper, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– A City Decides
– The Dark Wave, de John Healy
– The House Without a Name, de Valentine Davies
– Abertura Disneylândia, de Ward Kimball • The True Story of the Civil War, de Louis Clyde Stoumen
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Naked Eye, de Louis Clyde Stoumen • O Mundo Silencioso, de Jacques-Yves Cousteau
– Hvor Bjergene Sejler
MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– O Cabo de Koepenick, de Gyula Trebitsch, Walter Koppel (ALEMANHA)
– Gervaise – A Flor do Lodo, de Agnès Delahaie (FRANÇA)
– Não Deixarei os Mortos (A Harpa Birmana), de Masayuki Takagi (JAPÃO)
– Qivitoq, de O. Dalsgaard-Olsen (DINAMARCA) • A Estrada da Vida, de Federico Fellini (ITÁLIA)
O presidente da Academia, George Seaton, apresenta o primeiro Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira para o produtor de A Estrada da Vida, Dino De Laurentiis
OSCAR HONORÁRIO • Eddie Cantor
JEAN HERSHOLT HUMANITARIAN AWARD • Y. Frank Freeman
THE 28th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1956
21 de Março de 1956
Marty (Marty), de Delbert Mann: 4 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME – Suplício de uma Saudade (Love is a Many-Splendored Thing) • Marty (Marty) Produtor: Harold Hecht
– Mister Roberts (Mister Roberts)
Produtor: Leland Hayward
– Férias de Amor (Picnic)
Produtor: Fred Kohlmar
– A Rosa Tatuada (The Rose Tattoo)
Produtor: Hal B. Wallis
Audrey Hepburn já era encarregada da responsabilidade de apresentar Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Elia Kazan (Vidas Amargas)
– David Lean (Quando o Coração Floresce)
– Joshua Logan (Férias de Amor) • Delbert Mann (Marty)
– John Sturges (Conspiração do Silêncio)
A dupla formada pela atriz Jennifer Jones e pelo diretor Joseph L. Mankiewicz apresenta o Oscar de diretor para Delbert Mann
MELHOR ATOR • Ernest Borgnine (Marty) – James Cagney (Ama-me ou Esquece-me)
– James Dean (Vidas Amargas) – Esta foi a primeira indicação póstuma de atuação na História da Academia
– Frank Sinatra (O Homem do Braço de Ouro)
– Spencer Tracy (Conspiração do Silêncio)
A encantadora Grace Kelly entrega o Oscar nas mãos de Ernest Borgnine, que bateu nomes fortes como James Dean e Spencer Tracy
MELHOR ATRIZ – Susan Hayward (Eu Chorarei Amanhã) – Katharine Hepburn (Quando o Coração Floresce) – Jennifer Jones (Suplício de uma Saudade) • Anna Magnani (A Rosa Tatuada)– Anna Magnani não estava presente na cerimônia. Marisa Pavan aceitou o prêmio em seu nome. – Eleanor Parker (Melodia Interrompida)
Marlon Brando apresenta o prêmio de Melhor Atriz para a ausente Magnani.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Arthur Kennedy (A Fúria dos Justos) • Jack Lemmon (Mister Roberts)
– Joe Mantell (Marty)
– Sal Mineo (Juventude Transviada)
– Arthur O’Connell (Férias de Amor)
Eva Marie Saint volta para entregar o Oscar de coadjuvante para Jack Lemmon
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Betsy Blair (Marty) • Jo Van Fleet (Vidas Amargas)
– Peggy Lee (Taverna Maldita)
– Marisa Pavan (A Rosa Tatuada)
– Natalie Wood (Juventude Transviada)
Edmond O’Brien apresenta Oscar de coadjuvante para Jo Van Fleet, que começa o discurso com “I’m so happy”.
MELHOR ROTEIRO
– Millard Kaufman (Conspiração do Silêncio)
– Richard Brooks (Sementes de Violência)
– Paul Osborn (Vidas Amargas) • Paddy Chayesfsky (Marty)
– Daniel Fuchs, Isobel Lennart (Ama-me ou Esquece-me)
MELHOR HISTÓRIA
– Joe Connelly, Bob Mosher (A Guerra Íntima do Major Benson)
– Nicholas Ray (Juventude Transviada)
– Jean Marsan, Henry Troyat, Jacques Perret, Henri Verneuil, Raoul Ploquin (O Carneiro de Cinco Patas)
– Beirne Lay Jr. (Comandos do Ar) • Daniel Fuchs (Ama-me ou Esquece-me)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Milton Sperling, Emmet Lavery (Seu Último Comando)
– Betty Comden, Adolph Green (Dançando nas Nuvens) • Milton Ludwig, Sonya Levien (Melodia Interrompida)
– Jacques Tati, Henri Marquet (As Férias do Sr. Hulot)
– Melville Shavelson, Jack Rose (Um Coringa e Sete Ases)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (Eles e Elas)
– Leon Shamroy (Suplício de uma Saudade)
– Harold Lipstein (Para Todo o Sempre)
– Robert Surtees (Oklahoma!) • Robert Burks (Ladrão de Casaca)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Russell Harlan (Sementes de Violência)
– Arthur E. Arling (Eu Chorarei Amanhã)
– Joseph LaShelle (Marty) • James Womg Howe (A Rosa Tatuada)
– Charles Lang (Os Amores Secretos de Eva)
MELHOR MONTAGEM
– Ferris Webster (Sementes de Violência)
– Alma Macrorie (As Pontes de Toko-Ri)
– Gene Ruggiero, George Boemler (Oklahoma!) • Charles Nelson, William A. Lyon (Férias de Amor)
– Warren Low (A Rosa Tatuada)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Papai Pernilongo)
– Oliver Smith, Joseph C. Wright, Howard Bristol (Eles e Elas) • William Flannery, Jo Mielziner, Robert Priestley (Férias de Amor)
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Jack Stubbs (Suplício de uma Saudade)
– Hal Pereira, J. McMillan Johnson, Sam Comer, Arthur Krams (Ladrão de Casaca)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Cedric Gibbons, Randall Duell, Edwin B. Willis, Henry Grace (Sementes de Violência)
– Cedric Gibbons, Malcolm Brown, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Eu Chorarei Amanhã)
– Joseph C. Wright, Darrell Silvera (O Homem do Braço de Ouro)
– Ted Haworth, Walter M. Simonds, Robert Priestley (Marty) • Hal Pereira, Tambi Larsen, Sam Comer, Arthur Krams (A Rosa Tatuada)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Irene Sharaff (Eles e Elas)
– Helen Rose (Melodia Interrompida) • Charles Le Maire (Suplício de uma Saudade)
– Edith Head (Ladrão de Casaca)
– Charles Le Maire, Mary Wills (A Rainha Tirana)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO • Helen Rose (Eu Chorarei Amanhã)
– Beatrice Dawson (The Pickwick Papers)
– Jean Louis (Os Amores Secretos de Eva)
– Edith Head (A Rosa Tatuada)
– Tadaoto Kainosho (Contos da Lua Vaga)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Max Steiner (Qual Será Nosso Amanhã) • Alfred Newman (Suplício de uma Saudade)
– Elmer Bernstein (O Homem do Braço de Ouro)
– George Duning (Férias de Amor)
– Alex North (A Rosa Tatuada)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Alfred Newman (Papai Pernilongo)
– Jay Blackton, Cyril J. Mockridge (Eles e Elas)
– André Previn (Dançando nas Nuvens)
– Percy Faith, George Stoll (Ama-me ou Esquece-me) • Robert Russell Bennett, Jay Blackton, Adolph Deutsch (Oklahoma!)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “I’ll Never Stop Loving You”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Ama-me ou Esquece-me)
– “Something’s Gotta Give”, de Johnny Mercer (Papai Pernilongo) • “Love is a Many-Splendored Thing”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Suplício de uma Saudade)
– “(Love is) The Tender Trap”, de Jimmy Van Heusen, Sammy Cahn (Armadilha Amorosa)
– “Unchained Melody”, de Alex North, Hy Zaret (Fuga Desesperada)
MELHOR SOM
– Carlton W. Faulkner (Suplício de uma Saudade)
– Wesley C. Miller (Ama-me ou Esquece-me)
– William A. Mueller (Mister Roberts)
– Watson Jones (Não Serás um Estranho) • Fred Hynes (Oklahoma!)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Labaredas do Inferno • As Pontes de Toko-Ri
– As Chuvas de Ranchipur
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– The Battle of Gettysburg, de Dore Schary • The Face of Lincoln, de Wilbur T. Blume
– On the Twelfth Day…, de George K. Arthur
– Switzerland, de Walt Disney
– 24 Hour Alert, de Cedric Francis
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Gadgets Galore, de Robert Youngson
– 3rd Ave. El, de Carson Davidson • Survival City, de Edmund Reek
– Three Kisses, de Justin Herman
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Good Will to Men, de Fred Quimby, William Hanna, Joseph Barbera
– A Lenda do Pico da Canção de Ninar, de Walter Lantz
– No Hunting, de Walt Disney • Speedy Gonzalez, de Edward Selzer
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– The Battle of Gettusburg, de Dore Schary
– The Face of Lincoln, de Wilbur T. Blume • Men Against the Arctic, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Crèvecoeur, de René Risacher • The Unconquered, de Nancy Hamilton
OSCAR HONORÁRIO • Miyamoto Musashi (Miyamoto Musashi), de Hiroshi Inagaki (Japão)
THE 27th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1955
30 de Março de 1955
Sindicato de Ladrões (On the Waterfront), de Elia Kazan: 8 Oscars (photo by impawards.com)
MELHOR FILME – A Nave da Revolta (The Caine Mutiny)
Produtor: Stanley Kramer – Amar é Sofrer (The Country Girl)
Produtor: William Perlberg • Sindicato de Ladrões (On the Waterfront) Produtor: Sam Spiegel – Sete Noivas Para Sete Irmãos (Seven Brides for Seven Brothers)
Produtor: Jack Cummings
– A Fonte dos Desejos (Three Coins on the Fountain)
Produtor: Sol C. Siegel
Bob Hope introduz o produtor Buddy Adler para apresentar o Oscar de Melhor Filme
MELHOR DIRETOR
– Alfred Hitchcock (Janela Indiscreta) • Elia Kazan (Sindicato de Ladrões) – George Seaton (Amar é Sofrer)
– William A. Wellman (Um Fio de Esperança)
– Billy Wilder (Sabrina)
Marlon Brando e Thelma Ritter entregam o Oscar de Direção para Kazan
MELHOR ATOR – Humphrey Bogart (A Nave da Revolta) • Marlon Brando (Sindicato de Ladrões)
– Bing Crosby (Amar é Sofrer)
– James Mason (Nasce uma Estrela)
– Dan O’Herlihy (Aventuras de Robinson Crusoé)
Bette Davis, com seu chapéu chocolate Kiss, apresenta o Oscar de Ator para Marlon Brando
MELHOR ATRIZ – Dorothy Dandridge (Carmen Jones) – Tornou-se a primeira negra a ser indicada para Melhor Atriz
– Judy Garland (Nasce uma Estrela) – Não esteve presente na cerimônia, pois estava dando luz a seu terceiro filho
– Audrey Hepburn (Sabrina) • Grace Kelly (Amar é Sofrer) – Jane Wyman (Sublime Obsessão)
William Holden apresenta o Oscar para Grace Kelly. Logo após o anúncio, a equipe de filmagem abandonou Judy Garland no hospital. Uma lástima.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Lee J. Cobb (Sindicato de Ladrões)
– Karl Malden (Sindicato de Ladrões) • Edmond O’Brien (A Condessa Descalça) – Rod Steiger (Sindicato de Ladrões)
– Tom Tully (A Nave da Revolta)
Vencedora no ano anterior, Donna Reed, apresenta o Oscar de coadjuvante para Edmond O’Brien
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Nina Foch (Um Homem e Dez Destinos)
– Katy Jurado (Lança Partida) • Eva Marie Saint (Sindicato de Ladrões)
– Jan Sterling (Um Fio de Esperança)
– Claire Trevor (Um Fio de Esperança)
Frank Sinatra concede a honra para a grávidíssima Eva Marie Saint: “I may have the baby right here!”
MELHOR ROTEIRO – Stanley Roberts (A Nave da Revolta) • George Seaton (Amar é Sofrer) – John Michael Hayes (Janela Indiscreta)
– Billy Wilder, Samuel A. Taylor, Ernest Lehman (Sabrina)
– Albert Hackett, Frances Goodrich, Dorothy Kingsley (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
MELHOR HISTÓRIA • Phillip Yordan (Lança Partida)
– Ettore Maria Margadonna (Pão, Amor e Fantasia)
– François Boyer (Brinquedo Proibido)
– Jed Harris, Tom Reed (A Sombra da Noite)
– Lamar Trotti (O Mundo da Fantasia)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Joseph L. Mankiewicz (A Condessa Descalça)
– William Rose (Genevieve)
– Valentine Davies, Oscar Brodney (Música e Lágrimas) • Budd Schulberg (Sindicato de Ladrões)
– Norman Panama, Melvin Frank (Cabeça de Pau)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Leon Shamroy (O Egípcio)
– Robert Burks (Janela Indiscreta)
– George J. Folsey (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
– William V. Skall (O Cálice Sagrado) • Milton R. Krasner (A Fonte dos Desejos)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– John F. Warren (Amar é Sofrer)
– George J. Folsey (Um Homem e Dez Destinos)
– John F. Seitz (Pecado e Redenção) • Boris Kaufman (Sindicato de Ladrões)
– Charles Lang (Sabrina)
MELHOR MONTAGEM
– William A. Lyon, Henry Batista (A Nave da Revolta)
– Ralph Dawson (Um Fio de Esperança) • Gene Milford (Sindicato de Ladrões)
– Ralph E. Winters (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
– Elmo Williams (20.000 Léguas Submarinas)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (A Lenda dos Beijos Proibidos)
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Walter M. Scott, Paul S. Fox (Désirée)
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Ray Moyer (Ligas Encarnadas)
– Malcolm C. Bert, Gene Allen, Irene Sharaff, George James Hopkins (Nasce uma Estrela) • John Meehan, Emile Kuri (20.000 Léguas Submarinas)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Hal Pereira, Roland Anderson, Sam Comer, Grace Gregory (Amar é Sofrer)
– Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, Emile Kuri (Um Homem e Dez Destinos) • Richard Day (Sindicato de Ladrões)
– Max Ophuls (O Prazer)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler, Sam Comer, Ray Moyer (Sabrina)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Irene Sharaff (A Lenda dos Beijos Perdidos)
– Charles Le Maire, René Hubert (Désirée)
– Jean Louis, Mary Ann Nyberg, Irene Sharaff (Nasce uma Estrela)
– Charles Le Maire, Travilla, Miles White (O Mundo da Fantasia) • Mitsuzô Wada (Portal do Inferno)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Georges Annenkov, Rosine Delamare (Desejos Proibidos)
– Helen Rose (Um Homem e Dez Destinos)
– Christian Dior (Quando a Mulher Erra)
– Jean Louis (Demônio de Mulher) • Edith Head (Sabrina)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Max Steiner (A Nave da Revolta)
– Larry Adler (Genevieve) • Dimitri Tiomkin (Um Fio de Esperança) – Leonard Bernstein (Sindicato de Ladrões)
– Franz Waxman (O Cálice Sagrado)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Herschel Burke Gilbert (Carmen Jones)
– Joseph Gershenson, Henry Mancini (Música e Lágrimas)
– Ray Heindorf (Nasce uma Estrela)
– Alfred Newman, Lionel Newman (O Munda da Fantasia) • Adolph Deutsch, Saul Chaplin (Sete Noivas Para Sete Irmãos)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Count Your Blessings Instead of Sheep”, de Irving Berlin (Natal Branco)
– “The High and the Mighty”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Um Fio de Esperança)
– “Hold My Hand”, de Jack Lawrence, Richard Myers (Romance de Minha Vida)
– “The Man that Got Away”, de Harold Arlen, Ira Gershwin (Nasce uma Estrela) • “Three Coins in the Fountain”, de Jule Styne, Sammy Cahn (A Fonte dos Desejos)
MELHOR SOM
– Wesley C. Miller (A Lenda dos Beijos Perdidos)
– John P. Livadary (A Nave da Revolta) • Leslie I. Carey (Música e Lágrimas)
– Loren L. Ryder (Janela Indiscreta)
– John Aalberg (Romance de Minha Vida)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
– Tormenta Sob os Mares
– O Mundo em Perigo • 20.000 Léguas Submarinas
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Beauty and the Bull, de Cedric Francis
– Jet Carrier, de Otto Lang
– Siam, de Walt Disney • A Time Out of War, de Denis Sanders, Terry Sanders
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– The First Piano Quartette, de Otto Lang • This Mechanical Age, de Robert Youngson – Strauss Fantasy, de Johnny Green
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Misturada Louca, de Walter Lantz
– Pigs is Pigs, de Walt Disney
– Sandy Claws, de Edward Selzer
– Touché, Pussy Cat!, dee Fred Quimby • When Magoo Flew, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Jet Carrier, de Otto Lang
– Rembrandt: A Self-Portrait, de Morrie Roizman • Thurday’s Children
MELHOR DOCUMENTÁRIO • A Planície Imensa, de Walt Disney
– The Stratford Adventure, de Guy Glover
HONORARY OSCAR • Greta Garbo • Dannye Kaye • Jon Whiteley (Os Raptores) • Vincent Whiteley (Os Raptores) • Portal do Inferno (Jigokumon), de Teinosuke Kinugasa (Japão)
THE 26th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1954
25 de Março de 1954
A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity), de Fred Zinnemann: 8 Oscars
MELHOR FILME • A Um Passo da Eternidade (From Here to Eternity) Produtor: Buddy Adler – Júlio César (Julius Caesar)
Produtor: John Houseman
– O Manto Sagrado (The Robe)
Produtor: Frank Ross
– A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday)
Produtor: William Wyler
– Os Brutos Também Amam (Shane)
Produtor: George Stevens
MELHOR DIRETOR
– George Stevens (Os Brutos Também Amam)
– Charles Walters (Lili)
– Billy Wilder (O Inferno Nº 17)
– William Wyler (A Princesa e o Plebeu) • Fred Zinnemann (A Um Passo da Eternidade)
MELHOR ATOR – Marlon Brando (Júlio César)
– Richard Burton (O Manto Sagrado)
– Montgomery Clift (A Um Passo da Eternidade) • William Holden (O Inferno Nº 17)
– Burt Lancaster (A Um Passo da Eternidade)
Shirley Booth apresenta o Oscar para William Holden com uma encenação num camarim com Donald O’Connor
MELHOR ATRIZ – Leslie Caron (Lili)
– Ava Gardner (Mogambo) • Audrey Hepburn (A Princesa e o Plebeu)
– Deborah Kerr (A Um Passo da Eternidade)
– Maggie McNamara (Ingênua Até Certo Ponto)
Direto do México, Gary Cooper apresenta o Oscar para Audrey Hepburn, que estava em Nova York
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Eddie Albert (A Princesa e o Plebeu)
– Brandon De Wilde (Os Brutos Também Amam)
– Jack Palance (Os Brutos Também Amam) • Frank Sinatra (A Um Passo da Eternidade)
– Robert Strauss (O Inferno Nº 17)
Mercedes McCambridge concede o Oscar para Sinatra, que tem sua carreira ressuscitada logo depois
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Grace Kelly (Mogambo)
– Geraldine Page (Caminhos Ásperos)
– Marjorie Rambeau (Se Eu Soubesse Amar) • Donna Reed (A Um Passo da Eternidade)
– Thelma Ritter (Anjo do Mal)
Vencedor de 3 Oscars de Coadjuvante, Walter Brennan apresenta o Oscar para Donna Reed
MELHOR ROTEIRO
– Eric Ambler (Mar Cruel) • Daniel Taradash (A Um Passo da Eternidade)
– Helen Deutsch (Lili)
– Ian McLellan, John Dighton (A Princesa e o Plebeu)
– A.B. Guthrie Jr. (Os Brutos Também Amam)
MELHOR HISTÓRIA
– Beirne Lay Jr. (Seu Nome e Sua Honra)
– Alec Coppel (As Chaves do Paraíso)
– Louis L’Amour (Caminhos Ásperos) – A indicação foi cancelada quando descobriram que o filme era baseado numa história existente.
– Ray Ashley, Morris Engel, Ruth Orkin (O Pequeno Fugitivo) • Dalton Trumbo (A Princesa e o Plebeu)– Originalmente, o crédito pertenceu a Ian McLellan Hunter, que recebeu por Dalton Trumbo numa época conturbada pela caça às bruxas. A Academia o premiou postumamente em 1993 através de sua esposa.
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Betty Comden, Adolph Green (A Roda da Fortuna)
– Richard Murphy (Ratos do Deserto)
– Sam Rolfe, Harold Jack Bloom (O Preço de um Homem)
– Millard Kaufman (Dá-me Tua Mão) • Charles Brackett, Walter Reisch, Richard L. Breen (Náufragos do Titanic)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– George J. Folsey (Todos os Irmãos Eram Valentes)
– Edward Cronjager (Rochedos da Morte)
– Robert H. Planck (Lili)
– Leon Shamroy (O Manto Sagrado) •Loyal Griggs (Os Brutos Também Amam)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Hal Mohr (The Four Poster) • Burnett Guffey (A Um Passo da Eternidade)
– Joseph Ruttenberg (Júlio César)
– Joseph C. Brun (Martim Lutero)
– Franz Planer, Herni Alekan (A Princesa e o Plebeu)
MELHOR MONTAGEM
– Cotton Warburton (Crazylegs)
– Otto Ludwig (Ingênua Até Certo Ponto) • William A. Lyon (A Um Passo da Eternidade) – Robert Swink (A Princesa e o Plebeu)
– Everett Douglas (A Guerra dos Mundos)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Alfred Junge, Hans Peters, John Jarvis (Os Cavaleiros da Távola Redonda)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Arthur Krams (Lili) • Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Walter M. Scott, Paul S. Fox (O Manto Sagrado) – Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edward C. Carfagno, Gabriel Scognamillo, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason, Arthur Krams, Jack D. Moore (A História de Três Amores)
– Cedric Gibbons, Urie McCleary, Edwin B. Willis, Jack D. Moore (A Rainha Virgem)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Paul S. Fox (O Destino Me Persegue) • Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Júlio César) – Fritz Maurischat, Paul Markwitz (Martim Lutero)
– Lyle R. Wheeler, Maurice Ransford, Stuart A. Reiss (Náufragos do Titanic)
– Hal Pereira, Walter H. Tyler (A Princesa e o Plebeu)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Charles Le Maire, Travilla (Como Agarrar um Milionário)
– Mary Ann Nyberg (A Roda da Fortuna)
– Irene Sharaff (Sua Excelência, a Embaixatriz) • Charles Le Maire, Emile Santiago (O Manto Sagrado)
– Walter Plunkett (A Rainha Virgem)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Jean Louis (A Um Passo da Eternidade)
– Charles Le Maire, Renié (O Destino Me Persegue)
– Walter Plunkett (Papai Não Quer) • Edith Head (A Princesa e o Plebeu)
– Helen Rose, Herschel McCoy (Quem é Meu Amor?)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Hugo Friedhofer (Seu Nome e Sua Honra)
– Morris Stoloff, George Duning (A Um Passo da Eternidade)
– Miklós Rózsa (Júlio César) • Bronislau Kaper (Lili)
– Louis Forbes (This is Cinerama)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Adolph Deutsch (A Roda da Fortuna)
– Ray Heindorf (Ardida Como Pimenta)
– Friedrich Hollaender, Morris Stoloff (Os 5.000 Dedos do Dr. T)
– André Previn, Saul Chaplin (Dá-me um Beijo) • Alfred Newman (Sua Excelência, a Embaixatriz)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “The Moon is Blue”, de Herschel Burke Gilbert , Sylvia Fine (Ingênua Até Certo Ponto)
– “My Flaming Heart”, de Nicholas Brodszky, Leo Robin (Senhorita Inocência)
– “Sadie Thompson’s Song (Blue Pacific Blues)”, de Lester Lee, Ned Washington (A Mulher de Satã)
– “That’s Amore”, de Harry Warren, Jack Brooks (Sofrendo da Bola) • “Secret Love”, de Sammy Fain, Paul Francis Webster (Ardida Como Pimenta)
MELHOR SOM • John P. Livadary (A Um Passo da Eternidade)
– William A. Mueller (Ardida Como Pimenta)
– Leslie I. Carey (O Aventureiro do Mississippi)
– A.W. Watkins (Os Cavaleiros da Távola Redonda)
– Loren L. Ryder (A Guerra dos Mundos)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS •A Guerra dos Mundos
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Ben e Eu, de Walt Disney • Bear Country, de Walt Disney
– Return to Glennascaul
– Vesuvius Express, de Otto Lang
– Wnter Paradise, de Cedric Francis
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Christ Among the Primitives, de Vincenzo Lucci-Chiarissi
– Herring Hunt
– Joy of Living, de Boris Vermont • Overture to the Merry Wives of Windsor, de Johnny Green
– Wee Water Wonders, de Jack Eaton
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Christopher Crumpet, de Stephen Bosustow
– From A to Z-Z-Z-Z, de Edward Selzer
– Rugged Bear, de Walt Disney
– O Coração Delator, de Stephen Bosustow • Toot Whistle Plunk and Boom, de Walt Disney
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • The Alaskan Eskimo, de Walt Disney
– The Living City, de John Barnes
– Operation Blue Jay
– They Planted a Stone, de James Carr
– The Word, de John Healy, John Adams
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– A Conquista do Everest, de John Taylor, Leon Clore, Grahame Tharp • O Drama do Deserto, de Walt Disney
– A Queen is Crowned, de Castleton Knight
OSCAR HONORÁRIO • Pete Smith • Joseph I. Breen
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • George Stevens
THE 25th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1953
19 de Março de 1953
O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth), de Cecil B. DeMille: 2 OSCARS
MELHOR FILME – Ivanhoé, o Vingador do Rei (Ivanhoe)
Produtor: Pandro S. Berman
– Matar ou Morrer (High Noon)
Produtor: Stanley Kramer • O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth) Produtor: Cecil B. DeMille – Moulin Rouge (Moulin Rouge)
Produtor: John Huston
– Depois do Vendaval (The Quiet Man)
Produtores: John Ford, Merian C. Cooper
Uma lenda de Hollywood, Mary Pickford, apresenta o Oscar para Cecil B. DeMille
MELHOR DIRETOR
– Cecil B. DeMille (O Maior Espetáculo da Terra) • John Ford (Depois do Vendaval)
– John Huston (Moulin Rouge)
– Joseph L. Mankiewicz (Cinco Dedos)
– Fred Zinnemann (Matar ou Morrer)
John Wayne aceita o Oscar por John Ford, concedido por Olivia de Havilland
MELHOR ATOR – Marlon Brando (Viva Zapata!) • Gary Cooper (Matar ou Morrer) – Gary Cooper não estava presente na cerimônia. John Wayne aceitou o prêmio em seu nome – Kirk Douglas (Assim Estava Escrito)
– José Ferrer (Moulin Rouge)
– Alec Guinness (O Mistério da Torre)
John Wayne aceita outro Oscar, mas desta vez por Gary Cooper
MELHOR ATRIZ • Shirley Booth (A Cruz da Minha Vida)
– Joan Crawford (Precipícios d’Alma)
– Bette Davis (Lágrimas Amargas)
– Julie Harris (The Member of the Wedding)
– Susan Hayward (Meu Coração Canta)
Ronald Colman apresenta Melhor Atriz para Shirley Booth, provavelmente a única indicada presente
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Richard Burton (Eu te Matarei, Querida!)
– Arthur Hunnicutt (O Rio da Aventura)
– Victor McLaglen (Depois do Vendaval)
– Jack Palance (Precipícios d’Alma) • Anthony Quinn (Viva Zapata!)– Anthony Quinn não estava presente na cerimônia. Sua esposa Katherine DeMille aceitou o prêmio em seu nome
Greer Garson entrega o prêmio para Katherine DeMille, esposa de Quinn
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE • Gloria Grahame (Assim Estava Escrito)
– Jean Hagen (Cantando na Chuva)
– Colette Marchand (Moulin Rouge)
– Terry Moore (A Cruz da Minha Vida)
– Thelma Ritter (Meu Coração Canta)
O eterno Papai Noel, Edmund Gwenn, entrega o Oscar para Gloria Grahame
MELHOR ROTEIRO • Charles Schnee (Assim Estava Escrito)
– Michael Wilson (Cinco Dedos)
– Carl Foreman (Matar ou Morrer)
– Roger MacDougall, John Dighton, Alexander Mackendrick (O Homem do Terno Branco)
– Frank S. Nugent (Depois do Vendaval)
MELHOR HISTÓRIA
– Leo McCarey (Não Desonres o teu Sangue)
– Martin Goldsmith, Jack Leonard (Rumo ao Inferno) • Fredric M. Frank, Theodore St. John, Frank Cavett (O Maior Espetáculo da Terra)
– Guy Trosper (The Pride of St. Louis)
– Edna Anhalt, Edward Anhalt (Volúpia de Matar)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Sydney Boehm (A Cidade Atômica)
– Terence Rattigan (Sem Barreira no Céu) •T.E.B. Clarke (O Mistério da Torre)
– Ruth Gordon, Garson Kanin (A Mulher Absoluta)
– John Steinbeck (Viva Zapata!)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA
– Harry Stradling Sr. (Hans Christian Andersen)
– Freddie Young (Ivanhoé, o Vingador do Rei)
– George J. Folsey (A Rainha do Mar) • Winton C. Hoch, Archie Stout (Depois do Vendaval)
– Leon Shamroy (As Neves do Kilimanjaro)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO • Robert Surtees (Assim Estava Escrito)
– Russell Harlan (O Rio da Aventura)
– Joseph LaShelle (Eu te Matarei, Querida!)
– Virgil Miller (Navajo)
– Charles Lang (Precipícios d’Alma)
MELHOR MONTAGEM
– Warren Low (A Cruz da Minha Vida)
– William Austin (Flat Top)
– Anne Bauchens (O Maior Espetáculo da Terra) •Elmo Williams, Harry W. Gerstad (Matar ou Morrer)
– Ralph Kemplen (Moulin Rouge)
O diretor Frank Capra apresenta o Oscar de montagem para Matar ou Morrer
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Richard Day, Antoni Clave, Howard Bristol (Hans Christian Andersen)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Arthur Krams (A Viúva Alegre) • Paul Sheriff, Marcel Vertès (Moulin Rouge)
– Frank Hotaling, John McCarthy Jr., Charles S. Thompson (Depois do Vendaval)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Thomas Little, Paul S. Fox (As Neves do Kilimanjaro)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO • Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Assim Estava Escrito) – Hal Pereira, Roland Anderson, Emile Kuri (Perdição de Amor) – Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Walter M. Scott (Eu te Matarei, Querida!) – Takashi Matsuyama, H. Motsumoto (Rashomon) – Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Thomas Little, Claude E. Carpenter (Viva Zapata!)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Edith Head, Dorothy Jeakins, Miles White (O Maior Espetáculo da Terra)
– Antoni Clave, Mary Wills, Barbara Karinska (Hans Christian Andersen)
– Helen Rose, Gile Steele (A Viúva Alegre) • Marcel Vertès (Moulin Rouge)
– Charles Le Maire (Meu Coração Canta)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Jean Louis (Uma Viúva em Trinidad) • Helen Rose (Assim Estava Escrito)
– Edith Head (Perdição por Amor)
– Charles Le Maire, Dorothy Jeakins (Eu te Matarei, Querida!)
– Shiela O’Brien (Precipícios d’Alma)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Miklós Rózsa (Ivanhoé, o Vingador do Rei)
– Max Steiner (A Virgem de Fátima) • Dimitri Tiomkin (Matar ou Morrer)
– Herschel Burke Gilbert (O Ladrão Silencioso)
– Alex North (Viva Zapata!)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Walter Scharf (Hans Christian Andersen)
– Ray Heindorf, Max Steiner (O Cantor de Jazz)
– Gian Carlo Menotti (The Medium) • Alfred Newman (Meu Coração Canta)
– Lennie Hayton (Cantando na Chuva)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Am I in Love”, de Jack Brooks (O Filho do Treme-Treme)
– “Because You’re Mine”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Tu és Minha Paixão) •“High Noon (Do Not Forsake me, Oh My Darlin’)”, de Dimitri Tiomkin, Ned Washington (Matar ou Morrer)
– “Thumbelina”, de Frank Loesser (Hans Christian Andersen)
– “Zing a Little Zong”, de Harry Warren, Leo Robin (Filhos Esquecidos)
MELHOR SOM
– Gordon Sawyer (Hans Christian Andersen)
– Às Voltas com Três Mulheres
– Daniel J. Bloomberg (Depois do Vendaval)
– Thomas T. Moulton (Meu Coração Canta) • Sem Barreira no Céu
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • O Veleiro da Aventura
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Bridge of Time
– Devil Take Us, de Herbert Morgan
– Thar She Blows!, de Gordon Hollingshead •Water Birds, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Athletes of the Saddle, de Jack Eaton
– Desert Killer, de Gordon Hollingshead •Light in the Window, de Boris Vermont
– Neighbours, de Norman McLaren
– Royal Scotland
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO •Johann Mouse, de Fred Quimby
– Little Johnny Jet, de Fred Quimby
– Madeline, de Stephen Bosustow
– Pink and Blue Blues, de Stephen Bosustow
– The Romance of Transportation in Canada, de Tom Daly
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– Devil Take Us, de Herbert Morgan
– Epeira Diadema, de Alberto Ancilotto
– Man Alive!, de Stephen Bosustow •Neighbours, de Norman McLaren
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– The Hoaxters, de Dore Schary •O Mar que nos Cerca, de Irwin Allen
– Navajo, de Hall Bartlett
OSCAR HONORÁRIO • Harold Lloyd • Bob Hope • Merian C. Cooper • George Alfred Mitchell • Joseph M. Schenck • Brinquedo Proibido (Jeux Interdits), de René Clément (França)
O presidente da Academia, Charles Brackett, rasga elogios a Harold Lloyd antes de lhe entregar o prêmio honorário
O presidente da Academia, Charles Brackett, introduz Luise Rainer que apresenta o Oscar especial para Jacques Bergerac
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Cecil B. DeMille
THE 24th ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1952
20 de Março de 1952
Sinfonia de Paris (An American in Paris), de Vincente Minnelli: 6 OSCARS
MELHOR FILME • Sinfonia de Paris (An American in Paris) Produtor: Arthur Freed – Decisão Antes do Amanhecer (Decision Before Dawn)
Produtores: Anatole Litvak, Frank McCarthy
– Um Lugar ao Sol (A Place in the Sun)
Produtores: George Stevens
– Quo Vadis (Quo Vadis)
Produtor: Sam Zimbalist
– Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire)
Produtor: Charles K. Feldman
Jesse L. Lasky apresenta o Melhor Filme do ano
MELHOR DIRETOR
– John Huston (Uma Aventura na África)
– Elia Kazan (Uma Rua Chamada Pecado)
– Vincente Minnelli (Sinfonia de Paris) • George Stevens (Um Lugar ao Sol)
– William Wyler (Chaga de Fogo)
Joseph L. Mankiewicz premia o grande trabalho de George Stevens
MELHOR ATOR • Humphrey Bogart (Uma Aventura na África) – Marlon Brando (Uma Rua Chamada Pecado) – Montgomery Clift (Um Lugar ao Sol) – Arthur Kennedy (Só Resta a Lembrança)
– Fredric March (A Morte do Caixeiro Viajante)
Greer Garson entrega a estatueta a Humphrey Bogart
MELHOR ATRIZ – Katharine Hepburn (Uma Aventura na África) • Vivien Leigh (Uma Rua Chamada Pecado)– Vivien Leigh não estava presente na cerimônia. Greer Garson aceitou o prêmio em seu nome
– Eleanor Parker (Chaga de Fogo)
– Shelley Winters (Um Lugar ao Sol)
– Jane Wyman (Ainda Há Sol em Minha Vida)
Ronald Colman interage com o host Danny Kaye antes de entregar a estatueta a Greer Garson, que aceitou por Vivien Leigh. Felizmente, desta vez, ela só levou 10 segundos.
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Leo Genn (Quo Vadis) • Karl Malden (Uma Rua Chamada Pecado)
– Kevin McCarthy (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Peter Ustinov (Quo Vadis)
– Gig Young (Degradação Humana)
Claire Trevor apresenta o Oscar para Karl Malden, que dá um discurso sucinto
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Joan Blondell (Ainda Há Sol em Minha Vida)
– Mildred Dunnock (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Lee Grant (Chaga de Fogo) • Kim Hunter (Uma Rua Chamada Pecado)– Kim Hunter não estava presente na cerimônia. Bette Davis aceitou o prêmio em seu nome.
– Thelma Ritter (O Quarto Mandamento)
Vencedor no ano anterior, George Sanders anuncia Kim Hunter. Bette Davis agradece com humor.
MELHOR ROTEIRO
– James Agee, John Huston (Uma Aventura na África)
– Philip Yordan, Robert Wyler (Chaga de Fogo)
– Jacques Natanson, Max Ophüls (Conflitos de Amor) • Michael Wilson, Harry Brown (Um Lugar ao Sol)
– Tennessee Williams (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR HISTÓRIA
– Budd Boetticher, Ray Nazarro (Paixão de Toureiro)
– Oscar Millard (Homens Rãs)
– Robert Riskin, Liam O’Brien (Órfãos da Tempestade)
– Alfred Hayes, Stewart Stern (Teresa) • Paul Dehn, James Bernard (Ultimatum)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Billy Wilder, Lesser Samuels, Walter Newman (A Montanha dos Sete Abutres) • Alan Jay Lerner (Sinfonia de Paris)
– Philip Dunne (David e Betsabá)
– Robert Pirosh (Todos São Valentes)
– Clarence Greene, Russell Rouse (O Poço da Angústia)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA • Alfred Gilks, John Alton (Sinfonia de Paris)
– Leon Shamroy (David e Betsabá)
– Robert Surtees, William V. Skall (Quo Vadis)
– Charles Rosher (O Barco das Ilusões)
– John F. Seitz, W. Howard Greene (O Fim do Mundo)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Franz Planer (A Morte do Caixeiro Viajante)
– Norbert Brodine (Homens Rãs) • William C. Mellor (Um Lugar ao Sol) – Robert Burks (Pacto Sinistro)
– Harry Stradling Sr. (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR MONTAGEM
– Adrienne Fazan (Sinfonia de Paris)
– Dorothy Spencer (Decisão Antes do Amanhecer) • William Hornbeck (Um Lugar ao Sol)
– Ralph E. Winters (Quo Vadis)
– Chester W. Schaeffer (O Poço da Angústia)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA • Cedric Gibbons, E. Preston Ames, Edwin B. Willis, F. Keogh Gleason (Sinfonia de Paris)
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Thomas Little, Paul S. Fox (David e Betsabá)
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Joseph C. Wright, Thomas Little, Walter M. Scott (Escândalos na Riviera)
– William A. Horning, Cedric Gibbons, Edward C. Carfagno, Hugh Hunt (Quo Vadis)
– Hein Heckroth (Contos de Hoffmann)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, Leland Fuller, Thomas Little, Fred J. Rode (Horas Intermináveis)
– Lyle R. Wheeler, John DeCuir, Thomas Little, Paul S. Fox (Terível Suspeita)
– Jean d’Eaubonne (Conflitos de Amor)
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. Willis, Jack D. Moore (Cedo Para Beijar) • Richard Day, George James Hopkins (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR FIGURINO COLORIDO • Orry-Kelly, Walter Plunkett, Irene Sharaff (Sinfonia de Paris)
– Charles Le Maire, Edward Stevenson (David e Betsabá)
– Helen Rose, Gile Steele (O Grande Caruso)
– Herschel McCoy (Quo Vadis)
– Hein Heckroth (Contos de Hoffmann)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO
– Walter Plunkett, Gile Steele (Bondade Fatal)
– Charles Le Maire, Renié (The Model and the Marriage Broker)
– Edward Stevenson, Margaret Furse (O Garoto e a Rainha) • Edith Head (Um Lugar ao Sol)
– Lucinda Ballard (Uma Rua Chamada Pecado)
Zsa Zsa Gabor apresenta os dois prêmios de figurino
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (David e Betsabá)
– Alex North (A Morte do Caixeiro Viajante) • Franz Waxman (Um Lugar ao Sol)
– Miklós Rózsa (Quo Vadis)
– Alex North (Uma Rua Chamada Pecado)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL
– Oliver Wallace (Alice no País das Maravilhas) • Johnny Green, Saul Chaplin (Sinfonia de Paris)
– Peter Herman Adler, Johnny Green (O Grande Caruso)
– Alfred Newman (Escândalos na Riviera)
– Adolph Deutsch, Conrad Salinger (O Barco das Ilusões)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “A Kiss to Build a Dream on”, de Bert Kalmar, Harry Ruby, Oscar Hammerstein II (Amei e Errei) •“In the Cool, Cool, Cool of the Evening”, de Hoagy Carmichael, Johnny Mercer (Órfãos da Tempestade)
– “Never”, de Lionel Newman, Eliot Daniel (A Vênus de Ouro)
– “Too Late Now”, de Burton Lane, Alan Jay Lerner (Núpcias Reais)
– “Wonder Why”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Rica, Bonita e Solteira)
MELHOR SOM
– Leslie I. Carey (Só Resta a Lembrança) • Douglas Shearer (O Grande Caruso) – Gordon Sawyer (Não Quero Dizer-te Adeus)
– Nathan Levinson (Uma Rua Chamada Pecado)
– John Aalberg (Vinho, Mulheres e Música)
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS • O Fim do Mundo
Sally Forrest apresenta prêmio especial para os efeitos de O Fim do Mundo, uma vez que não houve competição este ano.
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS
– Balzac
– Danger Under the Sea, de Tom Mead • Nature’s Half Acre, de Walt Disney
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Ridin’ the Rails, de Jack Eaton
– The Story of Time, de Robert G. Leffingwell • World of Kids, de Robert Youngson
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
– Cordeiro, o Leão Medroso, de Walt Disney
– Rooty Toot Toot, de Stephen Bosustow • The Two Mouseketeers, de Fred Quimby
Danny Kaye introduz a estrela de TV Lucille Ball, que apresenta três Oscars numa tacada só.
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA • Benjy, de Fred Zinnemann
– One Who Came Back, de Owen Crump
– The Seeing Eye, de Gordon Hollingshead
MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Fui Comunista para o F.B.I., de Bryan Foy • Kon-Tiki, de Thor Heyerdahl
OSCAR HONORÁRIO • Gene Kelly • Rashomon (Rashomon), de Akira Kurosawa (Japão)
A bela Leslie Caron entrega o prêmio especial para o membro oficial do governo japonês Ken Yoshida
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Arthur Freed
Stanley Donen aceita por Gene Kelly, enquanto Arthur Freed recebe seu prêmio especial
THE 23rd ANNUAL ACADEMY AWARDS – OSCAR 1951
29 de Março de 1951
A Malvada (All About Eve), de Joseph L. Mankiewicz: 6 OSCARS
MELHOR FILME • A Malvada (All About Eve) – Nascida Ontem (Born Yesterday)
– O Papai da Noiva (Father of the Bride) – As Minas do Rei Salomão (King Solomon’s Mines)
– Crepúsculo dos Deuses (Sunset Blvd.)
MELHOR DIRETOR
– George Cukor (Nascida Ontem)
– John Huston (O Segredo das Jóias) • Joseph L. Mankiewicz (A Malvada)
– Carol Reed (O Terceiro Homem)
– Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses)
Vencedor como Melhor Diretor em 1938 e 1945, Leo McCarey apresenta o Oscar para Joseph L. Mankiewicz
MELHOR ATOR – Louis Calhern (Nobre Rebelde) • José Ferrer (Cyrano de Bergerac) – William Holden (Crepúsculo dos Deuses)
– James Stewart (Meu Amigo Harvey)
– Spencer Tracy (O Papai da Noiva)
Helen Hayes apresenta o prêmio para José Ferrer, que aceitou de Nova York.
Como Cyrano de Bergerac, José Ferrer faturou seu único Oscar (photo by acertaincinema.com)
MELHOR ATRIZ – Anne Baxter (A Malvada)
– Bette Davis (A Malvada) • Judy Holliday (Nascida Ontem)– Judy Holliday não estava presente na cerimônia. Ethel Barrymore aceitou o prêmio em seu nome.
– Eleanor Parker (À Margem da Vida)
– Gloria Swanson (Crepúsculo dos Deuses)
Broderick Crawford apresenta as indicadas e entrega para Ethel Barrymore
MELHOR ATOR COADJUVANTE – Jeff Chandler (Flechas de Fogo)
– Edmund Gwenn (Senhor 880)
– Sam Jaffe (O Segredo das Jóias) • George Sanders (A Malvada)
– Erich von Stroheim (Crepúsculo dos Deuses)
Vencedora no ano anterior, Mercedes McCambridge concede o Oscar para George Sanders
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Hope Emerson (À Margem da Vida)
– Celeste Holm (A Malvada) • Josephine Hull (Meu Amigo Harvey)
– Nancy Olson (Crepúsculo dos Deuses)
– Thelma Ritter (A Malvada)
Dean Jagger anuncia Josephine Hull, que faz um discurso acalorado
MELHOR ROTEIRO • Joseph L. Mankiewicz (A Malvada) – Ben Maddow, John Huston (O Segredo das Jóias)
– Albert Mannheimer (Nascida Ontem)
– Albert Maltz (Flechas de Fogo)
– Frances Goodrich, Albert Hackett (O Papai da Noiva)
MELHOR HISTÓRIA – Giuseppe De Santis, Carlo Lizzani (Arroz Amargo)
– William Bowers, André De Toth (O Matador)
– Leonard Spigelgass (A Noite de 23 de Maio) • Edna Anhalt, Edward Anhalt (Pânico nas Ruas)
– Sy Gomberg (When Willie Comes Marching Home)
MELHOR HISTÓRIA E ROTEIRO
– Ruth Gordon, Garson Kanin (A Costela de Adão)
– Virginia Kellogg, Bernard C. Schoenfeld (À Margem da Vida)
– Carl Foreman (Espíritos Indômitos)
– Joseph L. Mankiewicz, Lesser Samuels (O Ódio é Cego) • Charles Brackett, Billy Wilder, D.M. Marshman Jr. (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR FOTOGRAFIA COLORIDA – Charles Rosher (Bonita e Valente)
– Ernest Palmer (Flechas de Fogo)
– Ernest Haller (O Gavião e a Flecha) • Robert Surtees (As Minas do Rei Salomão)
– George Barnes (Sansão e Dalila)
MELHOR FOTOGRAFIA PRETO E BRANCO
– Milton R. Krasner (A Malvada)
– Harold Rosson (O Segredo das Jóias)
– Victor Milner (Almas em Fúria) • Robert Krasker (O Terceiro Homem)
– John F. Seitz (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR MONTAGEM
– Barbara McLean (A Malvada)
– James E. Newcom (Bonita e Valente) • Ralph E. Winters, Conrad A. Nervig (As Minas do Rei Salomão)
– Arthur P. Schmidt, Doane Harrison (Crepúsculo dos Deuses)
– Oswald Hafenrichter (O Terceiro Homem)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE COLORIDA
– Cedric Gibbons, Paul Groesse, Edwin B. WIllis, Richard Pefferle (Bonita e Valente)
– Ernst Fegté, George Sawley (Destino à Lua) •Hans Dreier, Walter H. Tyler, Sam Comer, Ray Moyer (Sansão e Dalila)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE PRETO E BRANCO
– Lyle R. Wheeler, George W. Davis, Thomas Little, Walter M. Scott (A Malvada)
– Cedric Gibbons, Hans Peters, Edwin B. Willis, Hugh Hunt (Danúbio Vermelho) •Hans Dreier, John Meehan, Sam Comer, Ray Moyer (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR FIGURINO COLORIDO
– Michael Whittaker (A Rosa Negra)
– Walter Plunkett, Valles (A Glória de Amar) •Edith Head, Dorothy Jeakins, Elois Jenssen, Gile Steele, Gwen Wakeling (Sansão e Dalila)
MELHOR FIGURINO PRETO E BRANCO •Edith Head, Charles Le Maire (A Malvada)
– Jean Louis (Nascida Ontem)
– Walter Plunkett (Nobre Rebelde)
MELHOR TRILHA MUSICAL – DRAMA OU COMÉDIA
– Alfred Newman (A Malvada)
– Max Steiner (O Gavião e a Flecha)
– George Duning (Destino Amargo)
– Victor Young (Sansão e Dalila) •Franz Waxman (Crepúsculo dos Deuses)
MELHOR TRILHA MUSICAL – MUSICAL •Adolph Deutsch, Roger Edens (Bonita e Valente)
– Oliver Wallace, Paul J. Smith (Cinderela)
– Lionel Newman (De Corpo e Alma)
– André Previn (Três Palavrinhas)
– Ray Heindorf (Conquistando West Point)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
– “Be My Love”, de Nicholas Brodszky, Sammy Cahn (Quando Eu Te Amei)
– “Bibbdi-Bobbdi-Boo”, de Mack David, Al Hoffman, Jerry Livingston (Cinderela) •“Mona Lisa”, de Ray Evans, Jay Livingston (Missão de Vingança)
– “Mule Train”, de Fred Glickman, Hy Heath, Johnny Lange (Audácia dos Fortes)
– “Wilhelmina”, de Josef Myrow, Mack Gordon (Noiva que Não Beija)
O host Fred Astaire introduz o colega de dança Gene Kelly, que apresenta os três Oscars musicais
MELHOR SOM •Thomas T. Moulton (A Malvada)
– C.O. Slyfield (Cinderela)
– Leslie I. Carey (Os Noivos de Mamãe)
– Gordon Sawyer (Vida de Minha Vida)
– Cyril Crowhurst (Três Destinos)
A graciosa Marylin Monroe apresenta o prêmio para o filme em que atuou, A Malvada
MELHORES EFEITOS ESPECIAIS •Destino à Lua
– Sansão e Dalila
MELHOR CURTA-METRAGEM, DOIS ROLOS •Beaver Valley, de Walt Disney
– Grandma Moses
– My Country ‘Tis of Thee, de Gordon Hollingshead
MELHOR CURTA-METRAGEM, UM ROLO
– Blaze Busters, de Robert Youngson • Grandad of Races, de Gordon Hollingshead
– Wrong Way Butch, de Pete Smith
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO • Gerald McBoing-Boing, de Stephen Bosustow
– Jerry’s Cousin, de Fred Quimby
– Trouble Indemnity, de Stephen Bosustow
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
– The Fight : Science Against Cancer
– The Stairs •Why Korea?, de Edmund Reek
MELHOR DOCUMENTÁRIO •Kon-Tiki, de Olle Nordemar
– The Titan: Story of Michelangelo
– With These Hands, de Jack Arnold, Lee Goodman
OSCAR HONORÁRIO • George Murphy • Louis B. Mayer • Três Dias de Amor (Le Mura di Malapaga), de René Clément (França/ Itália)
IRVING G. THALBERG MEMORIAL AWARD • Darryl F. Zanuck
BIBLIOGRAFIA:
* Osborne, Robert A. 80 Years of Oscar: the official history of the Academy Awards. Abbeville Press, 2008.
* Ewald Filho, Rubens. Rubens Ewald Filho: O Oscar e eu. São Paulo. Companhia Editora Nacional, 2003.
Barkhad Abdi e Lupita Nyong’o foram indicados por Capitão Phillips e 12 Anos de Escravidão, respctivamente (photo by http://www.hollywoodreporter.com)
INDICAÇÃO AO OSCAR NO 1º TRABALHO AJUDA OU ATRAPALHA?
Quais são as chances de um ator ou atriz estreante já ser indicado ao Oscar em seu primeiro trabalho no cinema? 0,0001? Além de já ter de contar com um talento natural, o estreante precisa ter em mãos “o” projeto que lhe apresente um personagem com profundidade minimamente razoável, um diretor que saiba explorar esse dom e muita, muita, mas muita sorte!
Este ano, os sortudos são a mexicana Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão) e o somaliano Barkhad Abdi (Capitão Phillips). Enquanto ela foi criada no Quênia e educada pela Yale School of Drama, ele mudou-se para o Iêmen e depois para os EUA aos 14 anos, onde trabalhou como motorista de limosine. Como não tinha planos de ser ator, Abdi pode ficar extremamente rotulado em Hollywood, principalmente por papéis de vilão. Já Lupita, por já ter se dedicado aos estudos da área, pode ter um futuro promissor pela frente. Em Sem Escalas, seu próximo filme, ela atuará ao lado de Liam Neeson e Julianne Moore. Nada mal para um segundo filme, não?
Na história da premiação da Academia, alguns estreantes tiveram sorte e não caíram no ostracismo como Anna Paquin. Ela ganhou o Oscar aos 9 anos de idade e por mais que não tenha sido indicada novamente, estrelou a trilogia dos X-Men (2000 a 2006) e a série de TV True Blood. Já outros praticamente sumiram do mapa logo depois como a australiana Keisha Castle-Hughes, que é a atriz mais jovem a ser indicada como Melhor Atriz aos 13 anos por A Encantadora de Baleias.
Normalmente, quando um ator ou atriz mirim é indicado ao Oscar, a ordem dos votantes é não premiá-lo com intuito nobre de protegê-lo, afinal, as chances de decadência prematura é altíssima. Quando Abigail Breslin concorria como Atriz Coadjuvante por Pequena Miss Sunshine aos 10 anos, o veterano ator Alan Arkin não queria que ela vencesse pois a pressão por crescimento poderia arruinar sua carreira. Até agora, ele estava certo. Breslin vem atuando com boa freqüência e sabendo alternar produções grandes como Ender’s Game – O Jogo Exterminador com independentes como Álbum de Família, em que contracena com bons atores como Meryl Streep e Chris Cooper.
Já quando se trata de um estreante adulto, a indicação pode significar o início de uma ascensão de prestígio e fama como foram os casos de Oprah Winfrey e Glenn Close, mas pode ser apenas uma aposta promissora que não se concretiza. Particularmente, não gosto muito do Oscar concedido a um estreante porque não conhecemos ainda sua versatilidade, o que gera sério risco do ator ou atriz ser rotulado para o resto da vida. A Academia tem ótimas intenções ao indicar um estreante, mas nem sempre ela funciona.
Com a ajuda da matéria da Hollywood Reporter, confira os estreantes sortudos (ou azarados):
Quvenzhané Wallis em A Indomável Sonhadora (photo by beyondhollywood.com)
QUVENZHANÉ WALLIS • Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Indomável Sonhadora (2012)
Com uma performance que transborda energia, a pequena Quvenzhané conquistou o público com sua Hushpuppy, que mantém a esperança no meio do caos da pobreza e na doença do pai. Tornou-se a mais jovem indicada na categoria aos 9 anos. Perdeu para outra jovem candidata, Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida) aos 23 anos. Em 2014, atuará no musical Annie e dublará uma personagem na animação The Prophet.
Hailee Steinfeld em Bravura Indômita (photo by outnow.ch)
HAILEE STEINFELD • Indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por Bravura Indômita (2010)
Só o fato de ter sido escolhida entre inúmeras candidatas pelos irmãos Coen já seria uma honra tremenda, mas Steinfeld correspondeu à confiança e entregou uma atuação iluminada como a tagarela Mattie Ross. Quase bateu Melissa Leo (O Vencedor) no Oscar. Estrelou recentemente uma nova versão de Romeu & Julieta.
Jennifer Hudson em Dreamgirls: Em Busca de um Sonho (photo by outnow.ch)
JENNIFER HUDSON • Vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante por Dreamgirls – Em Busca de um Sonho (2006)
Perdeu no programa de TV American Idol, mas ganhou o Oscar em seu primeira atuação cantando. Jennifer Hudson conquistou quase todos os críticos naquele ano e conseguiu a proeza de bater Cate Blanchett (Notas Sobre um Escândalo). Infelizmente, passou por um episódio trágico em que seu cunhado matou sua mãe, irmão e sobrinho. No cinema, teve apenas mais um trabalho em destaque: o drama A Vida Secreta das Abelhas.
Keisha Castle-Hughes em A Encantadora de Baleias (photo by http://www.outnow.ch)
KEISHA CASTLE-HUGHES •Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por A Encantadora de Baleias (2002)
Até 2013, era a mais jovem indicada nesta categoria aos 13 anos. Keisha perdeu para a franco-favorita do ano: Charlize Theron (Monster – Desejo Assassino). Pra dizer que não fez mais nada de relevante, fez uma breve ponta em Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith como a rainha Naboo.
GABOUREY SIDIBE •Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Preciosa (2009)
Num papel pra lá de sofrido, Gabourey faz uma adolescente abusada e grávida que vive apanhando e sofrendo pressão psicológica da mãe em Preciosa. Perdeu para Sandra Bullock (Um Sonho Possível). Atuou como coadjuvante em algumas produções como Sete Psicopatas e um Shih Tzu e tem atuado em séries de TV como American Horror Story.
Catalina Sandino Moreno em Maria Cheia de Graça (photo by outnow.ch)
CATALINA SANDINO MORENO • Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Maria Cheia de Graça (2004)
Num papel corajoso, a colombiana Catalina faz uma moça desespera que precisa atuar como “mula” para transportar drogas. Em sua única indicação, perdeu para Hilary Swank (Menina de Ouro). Infelizmente, ainda vive sob a margem de Hollywood. Atuou em Paris, Eu Te Amo (2006) e nos dois filmes Che, estrelado por Benicio Del Toro.
Edward Norton ao lado de Richard Gere em As Duas Faces de um Crime (photo by everett collection)
EDWARD NORTON • Indicado ao Oscar de Ator Coadjuvante por As Duas Faces de um Crime (1996)
Em um dos raros casos em que o estreante voltou a ser indicado (como Ator por A Outra História Americana dois anos depois), Edward Norton tinha tudo pra dar certo, principalmente nessa época em que também atuou em Clube da Luta, mas algumas escolhas erradas e seu temperamento podem ter colaborado para uma decadência. Neste filme, ele interpreta um coroinha que é acusado de matar o arcebispo da igreja. Perdeu para Cuba Gooding Jr. (Jerry Maguire – A Grande Virada). Nos últimos anos, tem feito alguns filmes esquecíveis como O Ilusionista e Uma Saída de Mestre, e também falhou em engrenar como o novo Hulk, cujo papel foi parar nas mãos de um Mark Ruffalo bem mais inspirado.
Anna Paquin em O Piano (photo by cinemagia.ro)
ANNA PAQUIN •Vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante por O Piano (1993)
Quando seu nome foi anunciado no Oscar, a pequena Anna Paquin paralisou e não conseguiu dizer uma palavra. Qual seria o futuro desta menina? Atuar em filmes infantis? Atuou no drama familiar bonitinho Voando Para Casa e trabalhou com o diretor Franco Zeffirelli em Jane Eyre – Encontro com o Amor em 1996. Quando participou de X-Men (2000), Paquin já estava mais madura com 18 anos, mas só comprovou que veio pra ficar ao estrelar a série True Blood, onde vampiros são vampiros e não usam glitter.
Marlee Matlin em Filhos do Silêncio (photo by virtual-history.com)
MARLEE MATLIN •Vencedora do Oscar de Melhor Atriz por Filhos do Silêncio (1986)
Vítima da surdez desde seus 18 meses de idade, Marlee Matlin não se intimidou e buscou seu sonho de atuar nos palcos. Interpretou Dorothy numa peça de O Mágico de Oz, e quando atuou em Children of a Lesser God chamou a atenção dos produtores da adaptação para cinema. Tornou-se a mais jovem a ganhar o Oscar de Melhor Atriz aos 22 anos em 1987. Nunca mais foi indicada ao Oscar, mas foi para o Globo de Ouro como atriz de série dramática por Reasonable Doubt no início dos anos 90.
Oprah Winfrey em A Cor Púrpura (photo by everett collection)
OPRAH WINFREY •Indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por A Cor Púrpura (1985)
Na época, a indignação era alta pela derrota de Oprah Winfrey para Anjelica Huston (A Honra do Poderoso Prizzi), havendo acusações de racismo contra a Academia. Aliás, nem Oprah, nem Whoopi Goldberg ganharam o Oscar naquele ano. Só em 1991, Whoopi ganhou o seu merecidamente por Ghost – Do Outro Lado da Vida. Este ano, algumas pessoas acreditavam que ela finalmente seria compensada por O Mordomo da Casa Branca, mas felizmente esse Oscar de pena não acontecerá. Como todos sabem, ela se aposentou recentemente, mas era considerada a rainha da TV americana.
John Malkovich em Um Lugar no Coração (photo by everett collection)
JOHN MALKOVICH •Indicado ao Oscar de Ator Coadjuvante por Um Lugar no Coração (1984)
Atuando como um soldado cego ao lado de Sally Field e Danny Glover neste drama passado nos duros tempos de racismo no Mississipi, Malkovich conseguiu chamar a atenção e soube escolher projetos que o alavancaram como Império do Sol (1987), Ligações Perigosas (1988) e Neblina e Sombras (1991), chegando a ser indicado mais uma vez como coadjuvante por Na Linha de Fogo (1993). Perdeu para Haing S. Ngor (Os Gritos do Silêncio) e Tommy Lee Jones (O Fugitivo), respectivamente. Em 1999, conseguiu a honra de ter um filme dedicado a ele mesmo em Quero Ser John Malkovich, que se tornou um sucesso de crítica internacional, mas depois passou a optar sempre pelos mesmos tipos de papéis meio desmiolados que, de tão acostumado, ele deitava e rolava.
Haing S. Ngor em Os Gritos do Silêncio (photo by everett collection)
HAING S. NGOR • Vencedor do Oscar de Ator Coadjuvante por Os Gritos do Silêncio (1984)
Talvez a maior maldição do Oscar: a morte. Doze anos após sua vitória, seu corpo foi encontrado na frente de sua casa em Los Angeles. Apesar de acreditarem que se tratou de uma tentativa de assalto, há fortes indícios de que o crime foi motivado por razões políticas, pois o ator defendia organizações de direitos civis e a sentença criminal para os responsáveis pelo massacre no Camboja feito pelo Khmer Vermelho. Sua atuação em Gritos do Silêncio foi fortemente baseada em sua própria experiência de vida, pois sua família foi vítima dos massacres.
Glenn Close (ao lado de Robin Williams) em O Mundo Segundo Garp (photo by myhungergames.com)
GLENN CLOSE •Indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por O Mundo Segundo Garp (1982)
Com ampla experiência nos palcos e um pouco de telefilmes, Glenn Close escolheu bem o projeto de sua estréia no cinema: a adaptação do romance de John Irving. Atuou ao lado dos ascendentes Robin Williams e John Lithgow sob a direção do experiente George Roy Hill. Acabou perdendo para Jessica Lange (Tootsie), e infelizmente perderia em mais 5 ocasiões: O Reencontro (1983), Um Homem Fora de Série (1984), Atração Fatal (1987), Ligações Perigosas (1988) e mais recentemente por Albert Nobbs (2012). Ficou mundialmente conhecida por viver a vilã Cruela nas adaptações do desenho animado dos 101 Dálmatas. Espero que haja mais oportunidades de premiá-la.
Mikhail Baryshnikov em Momento de Decisão (photo by allposters.com.br)
MIKHAIL BARYSHNIKOV •Indicado ao Oscar de Ator Coadjuvante por Momento de Decisão (1977)
O renomado bailarino russo teve uma estréia excepcional atuando ao lado das experientes Anne Bancroft e Shirley MacLaine , mas acabou fazendo poucos filmes depois como O Sol da Meia-Noite (1985). Em sua única indicação, foi derrotado por Jason Robards (Júlia). Já nos anos 2000, participou da série de TV Sex and the City.
Lily Tomlin em Nashville (photo by andthenomineesare.blogspot.com)
LILY TOMLIN •Indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por Nashville (1975)
Com boa experiência em humor televisivo, Lily Tomlin surpreendeu neste drama dirigido por Robert Altman, com quem trabalhou em outras oportunidades como em Short Cuts – Cenas da Vida (1993). Perdeu para Lee Grant (Shampoo). Em 2004, trabalhou com David O. Russell em Huckabees: A Vida é uma Comédia e mais recentemente, tem feito participações em comédias bobas como A Pantera Cor de Rosa 2 e A Seleção.
Tatum ao lado do pai Ryan O’Neal em Lua de Papel (photo by http://www.outnow.ch)
TATUM O’NEAL •Vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante por Lua de Papel (1973)
Atuando ao lado de seu pai, Ryan O’Neal, nesta ótima comédia dirigida por Peter Bogdanovich, a atriz-mirim tinha apenas 10 anos quando bateu outra jovem indicada, Linda Blair (O Exorcista). Participou de algumas séries de TV, mas nunca decolou. Nos últimos anos, participou de The Runaways – Garotas do Rock e Bem-Vindo aos 40.
Diana Ross em O Ocaso de uma Estrela (photo by Everett Collection)
DIANA ROSS • Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por O Ocaso de uma Estrela (1972)
Pra quem achava que Diana Ross era apenas cantora do The Supremes, em sua única indicação, ela interpretou a cantora Billie Holiday. Perdeu para a performance elétrica de Liza Minnelli (Cabaret). Continua um ícone da música, mas atualmente somente suas canções servem o cinema.
Com Omar Sharif, Barbra Streisand em Funny Girl – A Garota Genial (photo by oscarfilmeafilme.blogspot.com.br)
BARBRA STREISAND •Vencedora do Oscar de Melhor Atriz por Funny Girl – A Garota Genial (1968)
Por uma diferença irrisória de votos, o presidente da Academia na época havia declarado empate técnico entre Katharine Hepburn e Barbra Streisand. Numa das mais bem-sucedidas vitórias do Oscar, ela se tornou uma estrela nas décadas de 70 e 80 com sucessos românticos como Nosso Amor de Ontem (1973) e Nasce uma Estrela (1976), pelo qual também ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. Na década de 90, recebeu boas críticas por sua direção em O Príncipe das Marés e O Espelho Tem Duas Faces, pelos quais foi indicada como produtora (Melhor Filme) e compositora (Melhor Canção), respectivamente. Para a geração atual, além de cantora, Streisand é conhecida como uma Focker, da trilogia Entrando Numa Fria…
Julie Andrews em Mary Poppins (photo by derekwinnert.com)
JULIE ANDREWS •Vencedora do Oscar de Melhor Atriz por Mary Poppins (1964)
Após estrelar algumas peças musicais como Minha Bela Dama e Cinderella, Julie Andrews chamou a atenção de Walt Disney, que a convidou para estrelar Mary Poppins. Aliás, esse convite e a produção do musical foi tema do filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins. No ano seguinte, ela estrelou um dos maiores sucessos da história do cinema: A Noviça Rebelde, que além de marcá-la definitivamente como uma atriz que canta, rendeu sua segunda indicação. Foi mais uma vez indicada em 1983 por Victor ou Victoria. Tem atuado em produções infanto-juvenis como O Diário da Princesa e Shrek 2.
Karl Malden (ao fundo) com Eva Marie Saint em Sindicato de Ladrões (photo by gonemovies.com)
EVA MARIE SAINT •Vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante por Sindicato de Ladrões (1954)
Após atuar em inúmeras produções para TV, Eva finalmente foi descoberta pelo mestre Elia Kazan, que enxergou nela a dramaticidade que ele precisava para o papel de Edie Doyle, uma jovem que clama por justiça pela morte de seu irmão. Conseguiu contracenar com Marlon Brando, tarefa para poucos. Embora não tenha sido indicada ao Oscar novamente, estrelou algumas produções de destaque como Intriga Internacional (1959), Grand Prix (1966) e Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando! (1966). Nas décadas seguintes, teve uma carreira irregular e voltou a fazer TV.
MONTGOMERY CLIFT •Indicado ao Oscar de Melhor Ator por Perdidos na Tormenta (1948)
Apesar de ter estreado sob direção de Howard Hawks em Rio Vermelho, foi com o filme Perdidos na Tormenta, lançado antes, que Clift conseguiu sua primeira indicação. Perdeu para o imbatível Laurence Olivier (Hamlet) e teve mais três oportunidades fracassadas de ganhar o Oscar. Foi considerado um dos melhores atores da geração de James Dean e Marlon Brando, mas a Academia perdeu a chance de premiá-lo. Em sua filmografia, constam grandes clássicos como Um Lugar ao Sol (1951), A Um Passo da Eternidade (1953) e Julgamento em Nuremberg (1961). Morreu muito cedo aos 45 anos.
À frente Angela Lansbury com Ingrid Bergman em À Meia Luz (photo by filmsquish.com)
ANGELA LANSBURY •Indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante por À Meia Luz (1944)
Vencedora do Oscar Honorário no final do ano passado, Angela Lansbury teve uma estréia espetacular aos 18 anos sob direção de George Cuckor em À Meia Luz, estrelado por Ingrid Bergman. Perdeu para Ethel Barrymore (Apenas um Coração Solitário) e concorreu mais duas vezes como coadjuvante: Em 1946 por O Retrato de Dorian Gray, e em 1963 por O Sob o Domínio do Mal, mas nunca levou a estatueta. Para gerações mais novas, ficou conhecida pela série de TV Assassinato por Escrito e por sua voz de Mrs. Potts, a bule de chá, na animação A Bela e a Fera (1991).
Orson Welles em Cidadão Kane (photo by smallpicturesblog.com)
ORSON WELLES •Vencedor do Oscar de Roteiro Original, e Indicado para Melhor Diretor e Ator por Cidadão Kane (1941)
O que dizer sobre o responsável por Cidadão Kane, a produção mais revolucionária do Cinema? Aos 26 anos, Welles se uniu ao excepcional diretor de fotografia Gregg Toland e explorou enquadramentos e foco como nunca, além da estrutura narrativa não-linear para contar a história de Charles Foster Kane, inspirado no magnata da imprensa William Random Hearst. O filme vencedor do Oscar naquele ano foi o drama familiar Como Era Verde o Meu Vale, de John Ford. Como Stanley Kubrick, Orson estava à frente de seu tempo e não foi devidamente reconhecido.
Martha Scott por Nossa Cidade (photo by Anthony Camerano)
MARTHA SCOTT •Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Nossa Cidade (1940)
A atriz levou seu papel na peça da Broadway de Emily Webb para o cinema nesta adaptação da peça de Thornton Wilder, pela qual atuou ao lado de William Holden. Perdeu para Ginger Rogers (Kitty Foyle). Suas atuações de destaque viriam nos épicos Os Dez Mandamentos (1956) e Ben-Hur (1959). Morreu aos 90 anos em 2003.
Greer Garson com Robert Donat em Adeus, Mr. Chips (photo by forums.tcm.com)
GREER GARSON •Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Adeus, Mr. Chips (1939)
Com praticamente 50% de experiência em TV e a outra de cinema, Greer Garson atuou em incontáveis filmes. Trabalhou com diretores renomados como Victor Fleming, Mervyn LeRoy e William Wyler, que lhe rendeu o Oscar de Atriz por Rosa de Esperança (1942). Em sua primeira indicação, perdeu para Vivien Leigh (…E o Vento Levou), tendo concorrido em mais 5 oportunidades. Morreu aos 91 anos em 1996.
Lawrence Tibbett por Amor de Zíngaro (photo by AP photo)
LAWRENCE TIBBETT •Indicado ao Oscar de Ator por Amor de Zíngaro (1930)
Conhecido por ser cantor de ópera, ele estreou no cinema com a história de um bandido russo que se apaixona por uma princesa. O filme ainda conta com a participação de Stan Laurel e Oliver Hardy, conhecidos como O Gordo e o Magro. Perdeu para George Arliss (Disraeli). Atuou em apenas mais cinco produções na década de 30, e morreu em 1960, aos 63 anos.
Moonrise Kingdom e O Lado Bom da Vida lideram as indicações desta 27ª edição
Apesar de ter pouco a ver com o Oscar por se tratar de uma premiação dedicada a filmes independentes, o Independent Spirit Awards costuma premiar trabalhos de muita qualidade e que a cada ano, coincide mais com os indicados e vencedores da Academia. Este ano, O Artista, produção francesa que levou 5 Oscars, foi também o grande vencedor do Independent, com os prêmios para Melhor Filme, Diretor, Ator e Fotografia.
Moonrise Kingdom, de Wes Anderson: 5 indicações
Seguindo essa crescente, para 2013, o romance Moonrise Kingdom e a dramédia O Lado Bom da Vida, líderes das indicações com cinco para cada, podem garantir vaga na categoria de Melhor Filme no Oscar. Enquanto o belo filme de Wes Anderson concorre para Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (Bruce Willis), Roteiro e Fotografia, o novo filme de David O. Russell briga nas categorias de Filme, Diretor, Ator (Bradley Cooper), Atriz (Jennifer Lawrence) e Roteiro, ignorando o favoritismo de Robert De Niro na categoria de Ator Coadjuvante.
Jennifer Lawrence e Bradley Cooper em cena de O Lado Bom da Vida, de David O. Russell
Entre os atores, o norte-americano Matthew McConaughey se destaca pela dupla indicação: Melhor Ator por Killer Joe, e Coadjuvante por Magic Mike. Embora tenha mais chances de ganhar, nem sempre a sorte está do lado e pode acabar saindo da cerimônia sem nenhum dos prêmios. Entretanto, vale ressaltar que as duas indicações acabam reforçando a possível primeira indicação ao Oscar de McConaughey como coadjuvante.
Outro artista que pode tirar proveito do Independent Spirit é o diretor estreante Benh Zeitlin de Indomável Sonhadora. Está concorrendo como Melhor Filme, Diretor, Atriz (Quvenzhané Wallis) e Fotografia.
Vale comentar a inclusão de Keep the Lights on, de Ira Sachs, drama sobre relacionamento homossexual na Nova York dos anos 90, que teve passagem pelo Festival de Sundance e venceu o prêmio Teddy (que reconhece perspectivas sexuais) no Festival de Berlim.
Cena mais caliente de Keep the Lights On, de Ira Sachs
A comédia de humor negro de Richard Linklater, Bernie, conta a história de Bernie Tiede (Jack Black), um tenor de música gospel, que se relaciona uma senhora viúva (Shirley MacLaine). Quando ela passa a ficar possessiva, o clima esquenta e planos criminosos surgem na cabeça de Bernie.
Com as indicações, Jennifer Lawrence, Quvenzhané Wallis, John Hawkes, Helen Hunt e Mary Elizabeth Winstead saem mais fortalecidos para a corrida do Oscar 2013. Talvez seja a crise econômica, mas os filmes independentes (leia-se produções com orçamento reduzido) vêm ganhando mais espaço entre os melhores filmes do ano. Como cinéfilo, torço para que os produtores de Hollywood enxerguem nisso uma nova oportunidade de investimento em artistas que busquem inovações, deixando de lado projetos que visam apenas o lucro como as incontáveis refilmagens.
MELHOR FILME Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Bernie
Keep the Lights On
Moonrise Kingdom (Moonrise Kingdom)
O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
MELHOR DIRETOR
Wes Anderson, Moonrise Kingdom
Julia Loktev, The Loneliest Planet
David O. Russell, O Lado Bom da Vida(Silver Linings Playbook)
Ira Sachs, Keep the Lights On
Benh Zeitlin, Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
MELHOR ROTEIRO
Wes Anderson & Roman Coppola, Moonrise Kingdom
Zoe Kazan, Ruby Sparks – A Namorada Perfeita (Ruby Sparks)
Martin McDonagh, Seven Psychopaths
David O. Russell, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
Ira Sachs, Keep the Lights On
MELHOR FILME DE ESTREANTE Fill the Void Gimme the Loot Safety Not Guaranteed Sound of My Voice As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower)
MELHOR ROTEIRO DE ESTREANTE
Rama Burshtein, Fill the Void
Derek Connolly, Safety Not Guaranteed
Christopher Ford, Robot & Frank
Rashida Jones & Will McCormack, Celeste and Jesse Forever
Jonathan Lisecki, Gayby
JOHN CASSAVETES AWARD – (para produções abaixo de 500 mil dólares) Breakfast with Curtis Middle of Nowhere Mosquita y Mari Starlet The Color Wheel
MELHOR ATRIZ
Linda Cardellini, Return
Emayatzy Corinealdi, Middle of Nowhere
Jennifer Lawrence, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
Quvenzhané Wallis, Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Mary Elizabeth Winstead, Smashed
MELHOR ATOR
Jack Black, Bernie
Bradley Cooper, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
John Hawkes, The Sessions
Thure Lindhardt, Keep the Lights On
Matthew McConaughey, Killer Joe
Wendell Pierce, Four
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Rosemarie DeWitt, Your Sister’s Sister
Ann Dowd, Compliance
Helen Hunt, The Sessions
Brit Marling, Sound of My Voice
Lorraine Toussaint, Middle of Nowhere
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Matthew McConaughey, Magic Mike
David Oyelowo, Middle of Nowhere
Michael Péna, Marcados Para Morrer (End of Watch)
Sam Rockwell, Seven Psychopaths
Bruce Willis, Moonrise Kingdom
MELHOR FOTOGRAFIA
Yoni Brook, Valley of Saints
Lol Crawley, Here
Ben Richardson, Indomável Sonhadora(Beasts of the Southern Wild)
Roman Vasyanov, Marcados Para Morrer (End of Watch)
Robert Yeoman, Moonrise Kingdom
MELHOR DOCUMENTÁRIO How to Survive a Plague Marina Abramović: The Artist is Present The Central Park Five The Invisible War The Waiting Room
MELHOR FILME INTERNACIONAL Amour (França), de Michael Haneke Once Upon A Time in Anatolia (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan Ferrugem e Osso (Rust And Bone) (França/Bélgica), de Jacques Audiard Sister (Suíça), de Ursula Meier War Witch (República Democrática do Congo), de Kim Nguyen
PIAGET PRODUCERS AWARD Nobody Walks, Alicia Van Couvering Prince Avalanche, Derrick Tseng Stones in the Sun, Mynette Louie
SOMEONE TO WATCH AWARD Pincus, diretor David Fenster Gimme the Loot, diretor Adam Leon Electrick Children, diretora Rebecca Thomas
TRUER THAN FICTION AWARD (dado para documentaristas emergentes) Leviathan, diretores Lucien Castaing-Taylor and Véréna Paravel The Waiting Room, diretor Peter Nicks Only the Young, diretores Jason Tippet & Elizabeth Mims ROBERT ALTMAN AWARD (pelo elenco) Starlet
Diretor: Sean Baker
Diretor de Casting: Julia Kim
Elenco: Dree Hemingway, Besedka Johnson, Karren Karagulian, Stella Maeve, James Ransone.
Colin Farrel e Sam Rockwell em cena do novo filme de Martin McDonagh, Seven Psycopaths.
Como de costume, a cerimônia de entrega dos prêmios do Independent Spirit Awards acontece um dia antes do Oscar. Nesse caso, no dia 23 de fevereiro de 2013.