ACADEMIA DIVULGA SHORTLISTS de NOVE CATEGORIAS. BRASIL FICA DE FORA em FILME INTERNACIONAL

‘BABENCO: ALGUÉM TEM QUE OUVIR O CORAÇÃO E DIZER PAROU’ NÃO CONSEGUE SE QUALIFICAR NEM COMO FILME INTERNACIONAL, NEM COMO DOCUMENTÁRIO

A Academia anunciou as nove pré-listas da próxima edição do Oscar. Foram 15 pré-selecionados nas categorias de Documentário, Filme Internacional, Trilha Musical Original e Canção Original, enquanto foram 10 pré-selecionados nas categorias de Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais, Documentário-Curta, Curta-Metragem e Curta de Animação. Apenas os filmes dessas listas poderão seguir adiante na disputa para conquistar indicações nessas categorias, que serão divulgadas no próximo dia 15 de Março.

Mais uma vez, o Cinema Brasileiro não participa da categoria de Filme Internacional do Oscar desde 1999 com Central do Brasil. A estratégia do Comitê que selecionou o filme representante do Brasil até tinha uma coerência: eleger o documentário sobre o cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, que ganhou um prêmio especial na penúltima edição do Festival de Veneza, para ter chances em duas frentes: Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário. O objetivo ideal seria repetir o feito do filme da Macedônia do Norte, Honeyland, em 2020 mas no final, o filme de Bárbara Paz não conseguiu nem uma, nem outra indicação. Curiosamente, os representantes da Romênia, Collective, e do Chile, Agente Duplo, podem conseguir essa dobradinha de Filme Internacional e Documentário, pois ambos estão na pré-lista.

A última vez que o Brasil esteve presente na pré-lista foi lá no longínquo ano de 2007, quando O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias avançou, mas não conseguiu a indicação. Claro que a Ancine está decadente no governo Bolsonaro, mas é importante ressaltar que a seleção foi mal planejada. Bacurau foi preterido por A Vida Invisível pelo comitê em 2019, contudo com o lançamento do filme nos EUA em Março de 2020 pela Kino Lorber, o filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles vem conquistando prêmios e indicações importantes nesta temporada como o dos críticos de Nova York do NYFCC e Independent Spirit Awards, mas agora não pode participar desta seleção. Está faltando uma profissionalização para fazer uma seleção mais bem sintonizada e com o devido planejamento de campanha publicitária em território americano, senão o Cinema Brasileiro permanecerá fora da festa por mais alguns anos.

Abaixo, seguem as pré-listas das nove categorias e um breve panorama e comentário.

DOCUMENTÁRIO

  • 76 Days (MTV Documentary Films) – Dir: Weixi Chen, Hao Wu, Anonymous
  • Até o Fim: A Luta Pela Democracia (All In: The Fight for Democracy) (Amazon Studios) – Dir: Lisa Cortes, Liz Garbus
  • Boys State (Apple TV Plus) – Dir: Amanda McBaine, Jesse Moss
  • Collective (Magnolia Pictures and Participant) – Dir: Alexander Nanau
  • Crip Camp: Revolução Pela Inclusão (Crip Camp) (Netflix) – Dir: James Lebrecht, Nicole Newnham
  • As Mortes de Dick Johnson (Dick Johnson Is Dead) (Netflix) – Dir: Kirsten Johnson
  • Gunda (Neon) – Dir: Viktor Kosakovskiy
  • MLK/FBI (IFC Films) – Dir: Sam Pollard
  • Agente Duplo (The Mole Agent) (Gravitas Ventures) – Dir: Maite Alberdi
  • Professor Polvo (My Octopus Teacher) (Netflix) – Dir: Pippa Ehrlich, James Reed
  • Notturno (Neon) – Dir: Gianfranco Rosi
  • The Painter and the Thief (Neon) – Dir: Benjamin Ree
  • Time (Amazon Studios) – Dir: Garrett Bradley
  • The Truffle Hunters (Sony Pictures Classics) – Dir: Michael Dweck, Gregory Kershaw
  • Bem-Vindo à Chechênia (Welcome to Chechnya) (HBO) – Dir: David France

Como mencionado em post anterior, houve um recorde histórico de inscritos este ano com 238 documentários, número muito impulsionado pelo crescimento das plataformas digitais e da pandemia. Caso essa crescente permaneça, é possível que a Academia eleve o número de indicados da categoria de 5 para 10 nos próximos anos.

Dos 15 pré-selecionados, vale destacar que oito foram dirigidos por mulheres e de várias etnias e comunidades. Sobre a disputa, podemos dizer que se trata da categoria mais competitiva de todas daqui, e que independentemente dos cinco indicados, todos serão bem representados. Por enquanto, Time é o que vem conquistando mais prêmios e deve figurar entre os finalistas, seguido de perto por Collective. Contudo, tanto Collective quanto Agente Duplo podem ter votos anulados já que competem também como Filme Internacional.

FILME INTERNACIONAL

  • Druk – Mais uma Rodada (Another Round) (Dinamarca) – Dir: Thomas Vinterberg
  • Better Days (Hong Kong) – Dir: Derek Tsang
  • Charlatan (República Tcheca) – Dir: Agnieszka Holland
  • Collective (Romênia) – Dir: Alexander Nanau
  • Dear Comrades! (Rússia) – Dir: Andrey Konchalovskiy
  • I’m No Longer Here (México) – Dir: Fernando Frias
  • Hope (Noruega) – Dir: Maria Sødahl
  • La Llorona (Guatemala) – Dir: Jayro Bustamante
  • The Mole Agent (Chile) – Dir: Maite Alberdi
  • Night of the Kings (Costa do Marfim) – Dir: Philippe Lacôte
  • Quo Vadis, Aida? (Bósnia e Herzegovina) – Dir: Jasmila Žbanić
  • Sun Children (Irã) – Dir: Majid Majidi
  • Two of Us (França) – Dir: Filippo Meneghetti
  • A Sun (Taiwan) – Dir: Chung Mong-hong
  • The Man Who Sold His Skin (Tunísia) – Dir: Kaouther Ben Hania

Filmes de 93 países foram elegíveis este ano, igualando o recorde anterior. O que a Academia ainda não deixou claro é a quantidade mínima de filmes vistos para um membro da Academia estar apto a votar nesta categoria. Seriam 30? 40? 50? Talvez nunca saberemos. Felizmente, mesmo sem o comitê especial que “salva” os filmes mais conceituados da crítica, a pré-seleção mandou bem, com raras exceções, sendo uma delas a exclusão do filme do Lesoto, Isto Não é um Enterro, É uma Ressureição, e o filme espanhol A Trincheira Infinita. É uma pena também que o filme português Vitalina Varela não está na lista. Embora não tenha muito o perfil do Oscar, merecia estar pelo menos na pré-lista.

Em relação às chances, Druk – Mais uma Rodada, da Dinamarca, parece já ter uma vaga garantida, não apenas pela seleção no último Festival de Cannes, mas pelo prestígio que a parceria entre Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen tem. Apostaria também nas indicações de Quo Vadis, Ainda? (Bósnia e Herzegovina) e Night of the Kings (Costa do Marfim). Particularmente, gostaríamos que o filme guatemalteco La Llorona chegasse à cerimônia por apresentar uma mistura inusitada de elementos sobrenaturais com críticas políticas. E pra última vaga, a expectativa é do documentário Collective, da Romênia, mas pode ir para o mexicano I’m No Longer Here.

MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) (Warner Bros)
  • Emma (Focus Features)
  • The Glorias (Roadside Attractions and LD Entertainment)
  • Era uma Vez um Sonho (Hillbilly Elegy) (Netflix)
  • Uma Invenção de Natal (Jingle Jangle: A Christmas Journey (Netflix)
  • Os Pequenos Vestígios (The Little Things) (Warner Bros)
  • A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom) (Netflix)
  • Mank (Netflix)
  • Uma Noite em Miami… (One Night in Miami) (Amazon Studios)
  • Pinóquio (Pinocchio) (Roadside Attractions)

Dos dez filmes, quatro são da Netflix. Com a ausência de Os 7 de Chicago, automaticamente A Voz Suprema do Blues assume o favoritismo. Outros quatro que podem ser indicados são Mank, Emma, Os Pequenos Vestígios e Aves de Rapina, já que Esquadrão Suicida chegou a ganhar o Oscar de Maquiagem. Ainda não descartaríamos Era uma Vez um Sonho, caso a Academia queira fazer uma dupla indicação com Glenn Close como Coadjuvante.

Particularmente, sentimos falta daquela maquiagem transformativa de criaturas fantasiosas que costumavam frequentar a categoria nos anos 80 e 90, que Rick Baker fazia de olhos vendados. Hoje em dia, a maquiagem tem seguido a linha discreta dos efeitos visuais, o que não é de todo ruim. O problema é quando a maquiagem parece básica demais pra estar entre os indicados ou até mesmo ganhar.

TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Ammonite (Neon) – Dustin O’Halloran, Volker Bertelmann
  • Blizzard of Souls (Film Movement) – Lolita Ritmanis
  • Destacamento Blood (Da 5 Bloods) (Netflix) – Terence Blanchard
  • O Homem Invisível (The Invisible Man) (Universal Pictures) – Benjamin Wallfisch
  • Uma Invenção de Natal (Jingle Jangle: A Christmas Journey) (Netflix) – John Debney
  • Rosa e Momo (The Life Ahead (La Vita Davanti a Se) (Netflix) – Gabriel Yared
  • Os Pequenos Vestígios (The Little Things) (Warner Bros) – Thomas Newman
  • Mank (Netflix) – Trent Reznor, Atticus Ross
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix) – Alexandre Desplat
  • Minari (A24) – Emile Mosseri
  • Mulan (Walt Disney Pictures) – Henry Gregson-Williams
  • Relatos do Mundo (News of the World) (Universal Pictures) – James Newton Howard
  • Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross
  • Tenet (Warner Bros) – Ludwig Göransson
  • Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) (Netflix) – Daniel Pemberton

Nesta edição, 136 trilhas foram inscritas e elegíveis, e agora restam 15 composições no pote. Não sei se essa pré-lista abre espaço para muitas surpresas no anúncio das indicações, mas fico feliz com a inclusão de Benjamin Wallfisch por O Homem Invisível. Sua trilha que acentua a paranóia da protagonista faz uma baita diferença no filme de Leigh Whannell. Felizmente não tem John Williams este ano por Star Wars, senão ele teria uma vaga cativa.

Nossos palpites são: Soul, Mank, Tenet, Relatos do Mundo e O Céu da Meia-Noite. Talvez Minari fique com a vaga de James Newton Howard ou Alexandre Desplat, caso os votantes queiram dar uma inovada. E reforçando: Se Thomas Newman for indicado novamente, com certeza será outra derrota em seu vasto histórico sem vitórias, então talvez seja o caso de nem indicá-lo (?).

CANÇÃO ORIGINAL

  • “Turntables” de Até o Fim: A Luta Pela Democracia (Amazon Studios)
  • “See What You’ve Done” de Belly of the Beast (Independent Lens)
  • “Wuhan Flu” de Borat: Fita de Cinema Seguinte (Amazon Studios)
  • “Husavik” de Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars (Netflix)
  • “Never Break” de Vozes que Inspiram (Netflix)
  • “Make It Work” de Uma Invenção de Natal (Netflix)
  • “Fight For You” de Judas e o Messias Negro (Warner Bros)
  • “lo Sì (Seen)” de Rosa e Momo (Netflix)
  • “Rain Song” de Minari (A24)
  • “Show Me Your Soul” de Mr. Soul! (Shoes in the Bed Productions)
  • “Loyal Brave True” de Mulan (Walt Disney Pictures)
  • “Free” de O Grande Ivan (Disney Plus)
  • “Speak Now” de Uma Noite em Miami… (Amazon Studios)
  • “Green” de Som do Silêncio (Amazon Studios)
  • “Hear My Voice” de Os 7 de Chicago (Netflix)

105 canções foram inscritas e agora restam 15 na disputa. Dos mais reconhecidos até o momento, as canções de Os 7 de Chicago, Uma Noite em Miami…, Rosa e Momo e Judas e o Messias Negro são as que têm maiores chances de concretizar indicações. Seria engraçado ver Sacha Baron Cohen fazendo uma performance de “Wuhan Flu”, de Borat: Fita de Cinema Seguinte, mas está com cara de que vai rolar uma indicação para aquela canção de letras inspiradoras porém sem musicalidade de documentários, no caso, Até o Fim: A Luta Pela Democracia, ainda mais que a canção de Andra Day em The United States vs. Billie Holiday já ficou pelo caminho.

EFEITOS VISUAIS

  • Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Birds of Prey and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn) (Warner Bros)
  • Bloodshot (Lionsgate)
  • Problemas Monstruosos (Love and Monsters) (Paramount Pictures)
  • Mank (Netflix)
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix)
  • Mulan (Walt Disney Pictures)
  • O Grande Ivan (The One and Only Ivan) (Disney Plus)
  • Soul (Pixar)
  • Tenet (Warner Bros)
  • Bem-Vindo à Chechênia (Welcome to Chechnya) (HBO)

O comitê executivo de Efeitos Visuais será convidado a conferir um trecho de 10 minutos desses dez filmes pré-selecionados no dia 06 de Março para decidirem os cinco indicados. Nos últimos anos, a Academia tem premiado filmes com efeitos bem mais discretos e que servem a narrativa sem chamar muita atenção. Foram os casos vitoriosos de O Primeiro Homem e 1917. Nesse sentido, Mank se encaixa bem já que usou efeitos para reconstruir a Hollywood dos anos 30, e em uma escala um pouco maior, temos O Céu da Meia-Noite, que usou a tecnologia para criar estações espaciais e o próprio espaço sideral. Já em termos de efeitos exibicionistas que sempre marcam presença na categoria, a indicação de Tenet é dada como 99% certa.

A presença mais curiosa da lista é do documentário Bem-Vindo à Chechênia. Afinal, por que um documentário estaria indicado a Efeitos Visuais? Simples. Por se tratar de um filme sobre pessoas gays perseguidas na Rússia, os efeitos digitais foram utilizados para aplicar o chamado Deep Fake, trocando o verdadeiro rosto das vítimas para não serem identificadas pelo governo russo. Acredito que seria indicado mais pelo uso criativo e efetivo da tecnologia.

Já entre os excluídos, dá pra destacar o filme de submarinos Greyhound: Na Mira do Inimigo e até o Sonic: O Filme, que trocou bem o design do porco-espinho. Mas a grande injustiça aqui foi a ausência de O Homem Invisível. Totalmente injustificável, pois os efeitos caíram como uma luva no thriller de paranóia.

CURTA DE ANIMAÇÃO

  • Burrow
  • Genius Loci
  • If Anything Happens I Love You
  • Kapaemahu
  • Opera
  • Out
  • The Snail and the Whale
  • To Gerard
  • Traces
  • Yes-People

96 curtas animados foram inscritos, incluindo o brasileiro Umbrella, que acabou ficando de fora. O candidato com maior visibilidade aqui certamente é If Anything Happens I Love You, que está na plataforma da Netflix, é conta com a produtora Laura Dern.

DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • Abortion Helpline, This Is Lisa
  • Call Center Blues
  • Colette
  • A Concerto Is a Conversation
  • Do Not Split
  • Hunger Ward
  • Hysterical Girl
  • A Love Song for Latasha
  • The Speed Cubers
  • O Que Sophia Loren Faria? (What Would Sophia Loren Do?)

De 114 documentários-curtas inscritos, restaram dez na disputa. Embora a Academia tenha uma preferência por curtas envolvendo crianças, adolescentes ou pessoas doentes, já arrisco a dizer que O Que Sophia Loren Faria? já apresenta todas as justificativas para estar entre os indicados: história de superação, envolve uma atriz internacional, faz uma ode ao cinema, conta com a publicidade da Netflix, e ainda tem trechos do Oscar.

CURTA-METRAGEM

  • Bittu
  • Da Yie
  • Feeling Through
  • The Human Voice
  • The Kicksled Choir
  • The Letter Room
  • The Present
  • Two Distant Strangers
  • The Van
  • White Eye

Desses dez pré-selecionados, o que tem as maiores chances de longe é o curta The Human Voice, já que é dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar e estrelado por Tilda Swinton. Filmado durante a pandemia, o curta foi exibido no último Festival de Veneza.

______________________________________________________________________________________
O anúncio dos indicados ao Oscar 2021 será no dia 15 de Março.

CHADWICK BOSEMAN FAZ HISTÓRIA no SAG AWARDS com 4 INDICAÇÕES

Da esquerda para a direita: Destacamento Blood, A Voz Suprema do Blues e Minari, os recordistas de indicações ao SAG Awards

FALECIDO EM AGOSTO DE 2020, ATOR ACUMULA 4 INDICAÇÕES PELOS DOIS ÚLTIMOS FILMES DA CARREIRA

Na manhã desta quinta-feira, dia 04, o Screen Actors Guild (sindicato de atores) anunciou seus indicados para a sua 27ª edição com a ajuda dos atores Daveed Digs (que foi indicado por Hamilton) e Lily Collins, que concorria por Mank e pela série Emily in Paris, através de uma live no perfil do SAG Awards: @sagawards

Os cinco filmes reconhecidos na categoria de Melhor Elenco ganham um novo e importante fôlego até Março, quando as indicações ao Oscar serão anunciadas. Vale ressaltar que dentre as últimas 10 edições, o SAG de Melhor Elenco ajudou a definir o vencedor do Oscar de Melhor Filme em 5 oportunidades: O Discurso do Rei, Argo, Birdman, Spotlight e Parasita, todos venceram o SAG e o Oscar.

Apesar de três filmes terem empatado em número maior de indicações (Minari, A Voz Suprema do Blues e Destacamento Blood), foram Minari e A Voz Suprema do Blues que se destacaram mais, pois uma das indicações de Destacamento Blood foi para a categoria de Dublês. Minari ganha uma sobrevida ainda maior, após ter sido praticamente esnobado pelo Globo de Ouro, no qual foi reconhecido apenas na categoria de Filme em Língua Estrangeira.

Ainda sobre destaques, é impossível não ressaltar a histórica quádrupla indicação para Chadwick Boseman, que concorre como Ator Coadjuvante e Elenco por Destacamento Blood, e Ator e Elenco por A Voz Suprema do Blues. Normalmente, diríamos que é aquelas situações recorrentes em que os votos se anulam entre si, mas por toda a comoção envolvendo sua morte precoce em Agosto passado, acreditamos que ele vencerá em uma das categorias, especialmente na de Melhor Ator. Já dá pra praticamente ouvir a platéia aplaudindo de pé, toda comovida e aguardando o discurso emotivo da viúva de Boseman.

Como em toda edição, algumas surpresas preencheram as manchetes. Das ausências mais sentidas, Delroy Lindo por Destacamento Blood (aqui mais sentida do que no Globo de Ouro, que esnobou o filme de Spike Lee por completo), Andra Day por The United States vs. Billie Holiday, Amanda Seyfried por Mank e Ellen Burstyn por Pieces of a Woman na categoria de Atriz Coadjuvante, Paul Raci por O Som do Silêncio e Bill Murray por On the Rocks como coadjuvantes, Tahar Rahim e Jodie Foster por The Mauritanian, e o elenco de Nomadland ter ficado de fora da categoria por muitos acreditarem ser praticamente um filme solo de Frances McDormand.

É curioso lembrarmos que no 1º semestre de 2020, com os cinemas fechando, muitos acreditavam não haveria filmes o suficiente para preencher uma temporada de premiações (alguns deduzindo indicação para Jim Carrey por Sonic: O Filme !), e agora estão faltando vagas para tantas boas performances. Também destacamos a ausência de Tenet na categoria de Dublês… muito estranha essa ausência!

Já sobre as surpresas de indicações, logo vem a dupla indicação para Era uma Vez um Sonho para Amy Adams e Glenn Close. Considerado um Oscar bait deslavado, muitos consideravam o filme de Ron Howard como carta fora do baralho, mas pelo visto a Netflix está se empenhando para conseguir reconhecimento para as maiores recordistas de indicações ao Oscar sem vitória.

Pelas categorias televisivas, The Crown e Schitt’s Creek conquistaram o maior números de indicações: 5 cada. Nas categorias de Cinema, a Netflix acumulou 13 indicações e obviamente foi a recordista novamente.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DO 27º SAG AWARDS:

CINEMA

MELHOR ELENCO
* Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
* A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
* Minari
* Uma Noite em Miami… (One Night in Miami)
* Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

MELHOR ATOR
* Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

MELHOR ATRIZ 
* Amy Adams (Era uma Vez um Sonho)
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
* Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Jared Leto (The Little Things)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Yuh-Jung Youn (Minari)
* Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS
* Destacamento Blood
* Mulan
* Relatos do Mundo
* Os 7 de Chicago
* Mulher Maravilha 1984

TV/STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA
* Better Call Saul
* Bridgerton
* The Crown
* Lovecraft Country
* Ozark

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
* Jason Bateman (Ozark)
* Sterling K. Brown (This is Us)
* Josh O’Connor (The Crown)
* Bob Odenkirk (Better Call Saul)
* Rege-Jean Page (Bridgerton)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
* Gillian Anderson (The Crown)
* Olivia Colman (The Crown)
* Emma Corrin (The Crown)
* Julia Garner (Ozark)
* Laura Linney (Ozark)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Bill Camp (The Queen’s Gambit)
* Daveed Diggs (Hamilton)
* Hugh Grant (The Undoing)
* Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
* Mark Ruffalo (I Know This Much Is True)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Cate Blanchett (Mrs. America)
* Michaela Coel (I May Destroy You)
* Nicole Kidman (The Undoing)
* Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
* Kerry Washington (Little Fires Everywhere)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA
* Dead to Me
* The Flight Attendant
* The Great
* Schitt’s Creek
* Ted Lasso

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
* Nicholas Hoult (The Great)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Eugene Levy (Schitt’s Creek)
* Jason Sudeikis (Ted Lasso)
* Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
* Christina Applegate (Dead to Me) 
* Linda Cardellini (Dead to Me) 
* Kaley Cuoco (The Flight Attendant) 
* Annie Murphy (Schitt’s Creek) 
* Catherine O’Hara (Schitt’s Creek) 

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DRAMÁTICA OU DE COMÉDIA
* The Boys
* Cobra Kai
* Lovecraft Country
* The Mandalorian
* Westworld

________________________________________________________________________
A cerimônia do SAG Awards acontece um pouco mais tarde este ano, no dia 04 de Abril e deve ser transmitida pelo canal pago TNT.

‘MANK’ LIDERA as INDICAÇÕES ao GLOBO DE OURO, que RECONHECE TRÊS DIRETORAS

Da esquerda pra direita: Emerald Fennell (Bela Vingança), Chloé Zhao (Nomadland) e Regina King (One Night in Miami)

PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, TRÊS DIRETORAS SÃO INDICADAS

Na manhã desta quarta, dia 03, os indicados ao Globo de Ouro foram anunciados numa live transmitida ao vivo pelo canal norte-americano Today pelas atrizes Sarah Jessica Parker e Taraji P. Henson. Obviamente, em tempos de pandemia, não há nada de errado fazer a transmissão direto do conforto de seus lares, mas elas tinham que ler cartazes de cartolina dos tempos de escola? Cadê o pessoal que faz uma computação gráfica com fotos dos filmes, séries e atores? Talvez seja exagero dizer isso, mas esse despreparo nos soa como um desleixo da HFPA que acaba desvalorizando a premiação. Pra quem não acompanhou ao vivo, segue link abaixo do YouTube:

OS NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Começando pelos números, o recordista desta 78ª edição foi Mank, parceria entre David Fincher e Netflix, com 6 indicações. É verdade que o filme tem caído na temporada, já que foi pouco lembrado até aqui, mas pela sua excelência técnica, deve repetir a liderança nas indicações ao Oscar. Contudo, essa liderança no Globo de Ouro não significa necessariamente maiores chances de vitória. Em 2º lugar, Os 7 de Chicago vem com 5 indicações, e empatados com 4, vêm Nomadland, Bela Vingança e Meu Pai. Esses cinco filmes formam a categoria de Melhor Filme – Drama. Atualmente, dá pra dizer que Nomadland é o favorito pelos vários prêmios de Direção para Chloé Zhao, mas não dá pra descartar Bela Vingança, que alguns acreditavam que só conseguiria indicação para Melhor Atriz para Carey Mulligan, mas saiu indicado nas principais categorias de Filme, Direção e Roteiro.

Ainda sobre números, a grande vencedora foi a Netflix, que acumulou o total de 22 indicações entre as categorias de Cinema e de TV. Um número bem acima do 2º colocado Amazon Studios com apenas 7 indicações e dos 3ºs Focus Features, Sony Pictures Classics e Disney com 6 cada um. Apesar do número expressivo da Netflix, a companhia ainda tem mais chances nas categorias televisivas com as séries The Crown, The Queen’s Gambit ou Emily in Paris do que nos filmes, onde a melhor chance de vitória talvez seja Melhor Roteiro por Os 7 de Chicago.

TRÊS DIRETORAS INDICADAS

O maior destaque destas indicações foram as inclusões de três diretoras na categoria de Melhor Direção. É a primeira vez em 78 anos de Globo de Ouro que há mais de uma mulher na categoria. Até hoje, apenas 5 diretoras haviam sido reconhecidas pela HFPA: Barbra Streisand (a única vencedora por Yentl, e indicada por O Príncipe das Marés), Jane Campion (O Piano), Sofia Coppola (Encontros e Desencontros), Kathryn Bigelow (por Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura) e Ava DuVernay (Selma). Para aqueles que acreditam que a HFPA cedeu a uma pressão externa, vamos com calma.

Nos últimos meses, o Gotham Awards indicou todos os 5 filmes dirigidos por mulheres, e mais recentemente, o Independent Spirit Awards reservou quatro das 5 vagas de Direção para as diretoras, portanto, trata-se mais de um reflexo dos ótimos trabalhos do que uma mera compensação por erros passados. E felizmente, são as três mulheres indicadas que têm as maiores chances de vitória: Chloé Zhao (Nomadland), Emerald Fennell (Bela Vingança) e Regina King (One Night in Miami). Particularmente, ainda trocaríamos Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago) por Kelly Reichardt por First Cow, que infelizmente não foi lembrado nem para Roteiro.

ESNOBADOS E SURPRESAS

A safra de filmes de 2020 ainda consegue suprir bem uma temporada de premiações (o que nos preocupa é 2021 e 2022), portanto há espaço para injustiças e surpresas. Dentre as ausências mais comentadas estão a da sul-coreana Yuh-jung Youn de Minari e de Paul Raci de O Som do Silêncio. São duas performances que vêm ganhando vários prêmios de Coadjuvante até o momento, então é de se estranhar que eles tenham ficado de fora desta disputa. Um pouco menos comentadas, porém com grandes chances estavam Zendaya por Malcolm and Marie, Jessie Buckley por Estou Pensando em Acabar com Tudo, Kate Winslet por Ammonite, e Meryl Streep, que foi duplamente esnobada por A Festa de Formatura e Let Them All Talk na categoria de Atriz – Comédia ou Musical. Por outro lado, a indicação de Andra Day por The United States vs. Billie Holiday foi vista como uma boa surpresa que pode impulsionar a campanha de sua performance no Oscar.

Por estar bastante acirrada, a disputa de Melhor Ator, acabou tendo mais nomes excluídos como Delroy Lindo por Destacamento Blood, Ben Affleck por O Caminho de Volta, e Steven Yeun por Minari. Aliás, o filme Minari foi o protagonista da maior controvérsia este ano. A produção norte-americana foi qualificada como Filme em Língua Estrangeira, ficando de fora da disputa de Melhor Filme – Drama. Por isso mesmo, havia a expectativa de que a HFPA pudessem compensar o filme pelas indicações dos atores, mas com a ausência de todos, damos a entender que a controvérsia não pesou para os 89 jornalistas da organização. A grande surpresa da categoria foi Tahar Rahim, que vive um prisioneiro torturado em The Mauritanian (ainda sem previsão de estreia no Brasil). O filme político de Kevin MacDonald, que apresenta semelhanças com A Hora Mais Escura (2012), também emplacou uma indicação de Coadjuvante para Jodie Foster.

Vale destacarmos as duplas indicações para os compositores Trent Raznor e Atticus Ross por Soul e Mank (que pode se repetir no Oscar, já que ambas as trilhas foram consideradas elegíveis), para a atriz argentina Anya Taylor-Joy, que foi indicada pela comédia Emma e pela série da Netflix, The Queen’s Gambit, e claro, pela tripla indicação do ator, comediante e produtor britânico Sacha Baron Cohen por Os 7 de Chicago, e por atuar e produzir Borat: Fita de Cinema Seguinte. E também a indicação para Hamilton, para Filme – Comédia ou Musical e Ator – Comédia ou Musical para Lin-Manuel Miranda, mostrando a força ($$$) da Disney ao conseguir incluir um filme que é uma peça de teatro filmada: com luz, direção de arte, texto e atores do próprio espetáculo.

Na categoria de Filme em Língua Estrangeira, o dinamarquês Another Round era o favorito, mas a inclusão de Minari o torna o novo favorito. Já na categoria de Longa de Animação, com tudo muito previsível, Soul deve levar fácil mais um prêmio para a Pixar.

INDICADOS AO 78º GLOBO DE OURO:

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
Meu Pai (The Father) – Sony Pictures Classics
Mank (Mank) – Netflix
Nomadland – Searchlight Pictures
Bela Vingança (Promising Young Woman) – Focus Features
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) – Netflix

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR – DRAMA
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Gary Oldman (Mank)
Tahar Rahim (The Mauritanian)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm) – Amazon Studios
Hamilton – Disney
Music – IMAX
Palm Springs – NEON/Hulu
A Festa de Formatura (The Prom) – Netflix

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Kate Hudson (Music)
Michelle Pfeiffer (French Exit)
Rosamund Pike (I Care a Lot)
Anya Taylor-Joy (Emma)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
James Corden (A Festa de Formatura)
Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
Dev Patel (The Personal History of David Copperfield)
Andy Samberg (Palm Springs)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Os Croods 2: Uma Nova Era (The Croods: A New Age)
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)
A Caminho da Lua (Over the Moon)
Soul (Soul)
Wolfwalkers

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Another Round – Dinamarca
La Llorona – Guatemala/França
Rosa e Momo (The Life Ahead) – Itália
Minari – EUA
Two of Us – França/EUA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
Olivia Colman (Meu Pai)
Jodie Foster (The Mauritanian)
Amanda Seyfried (Mank)
Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Jared Leto (The Little Things)
Bill Murray (On the Rocks)
Lesley Odom Jr. (One Night in Miami…)

MELHOR DIREÇÃO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
David Fincher (Mank)
Regina King (One Night in Miami…)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ROTEIRO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Jack Fincher (Mank)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Florian Zeller e Christopher Hampton (Meu Pai)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (O Céu da Meia-Noite)
Ludwig Goransson (Tenet)
James Newton Howard (Relatos do Mundo)
Trent Raznor e Atticus Ross (Mank)
Trent Raznor, Atticus Ross e Jon Batiste (Soul)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Fight for You” – H.E.R., Dernst Emile II e Tiara Thomas (Judas e o Messias Negro)
“Hear my Voice” – Daniel Pemberton, Celeste Waite (Os 7 de Chicago)
“Io Sì (Seen)” – Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi (Rosa e Momo)
“Speak Now” – Leslie Odom Jr., Sam Ashworth (One Night in Miami…)
“Tigress & Tweed” – Andra Day, Rapahel Saadiq (The United States vs. Billie Holiday)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
The Crown
Lovecraft Country
The Mandalorian
Ozark
Ratched

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Olivia Colman (The Crown)
Jodie Comer (Killing Eve)
Emma Corrin (The Crown)
Laua Linney (Ozark)
Sarah Paulson (Ratched)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Jason Bateman (Ozark)
Josh O’Connor (The Crown)
Bob Odenkirk (Better Call Saul)
Al Pacino (Hunters)
Matthew Rhys (Perry Mason)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Emily in Paris
The Flight Attendant
The Great
Schitt’s Creek
Ted Lasso

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Lily Collins (Emily in Paris)
Kaley Cuoco (The Flight Attendant)
Elle Fanning (The Great)
Jane Levy (Zoey’s Extraordinary Playlist)
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Don Cheadle (Black Monday)
Nicholas Hoult (The Great)
Eugene Levy (Schitt’s Creek)
Jason Sudeikis (Ted Lasso)
Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Normal People
O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit)
Small Axe
The Undoing
Unorthodox

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Cate Blanchett (Mrs. America)
Daisy Edgar-Jones (Normal People)
Shira Haas (Unorthodox)
Nicole Kidman (The Undoing)
Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Bryan Cranston (Your Honor)
Jeff Daniels (The Comey Rule)
Hugh Grant (The Undoing)
Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
Mark Ruffalo (I Know This Much is True)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Gillian Anderson (The Crown)
Helena Bonham Carter (The Crown)
Julia Garner (Ozark)
Annie Murphy (Schitt’s Creek)
Cynthia Nixon (Ratched)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
John Boyega (Small Axe)
Brendan Gleeson (The Comey Rule)
Daniel Levy (Schitt’s Creek)
Jim Parsons (Hollywood)
Donald Sutherland (The Undoing)

__________________________________________________
A 78ª cerimônia do Globo de Ouro está marcada para o dia 28 de Fevereiro.

%d blogueiros gostam disto: