APÓS ESCÂNDALO DO #BAFTASOWHITE EM 2020, ACADEMIA BRITÂNICA SURPREENDE EM INÚMERAS CATEGORIAS
Quando não tivemos nenhuma diretora indicada ou nenhum ator ou atriz negros indicados na última edição do BAFTA, a Academia Britânica reuniu membros e comissão (incluindo o Príncipe William) por sete meses e decidiu fazer mudanças urgentes. Dentre elas, houve aumento de 5 para 10 filmes indicados na categoria de Melhor Filme Britânico, a divulgação de uma pré-lista extensa de possíveis indicados que expandiria as opções reconhecidas, e o convite para 1.000 novos membros votantes pertencentes à classes minoritárias ou sub-representadas. Nas categorias de atuação e direção, o número de indicados também cresceu de 5 para 6, possibilitando maior justiça.
Como é possível ver nas indicações deste ano, as mudanças logo surtiram efeito. Ao ler a lista de indicados, parecia que estávamos diante do BAFTA antigo que se perdeu depois dos anos 90, quando tinha personalidade própria e não estava buscando prever os filmes do Oscar. Pelo lado positivo, realmente houve maior inclusão de etnias e nacionalidades, o que possibilitou o reconhecimento de produções menores que não contavam com orçamentos para fazer campanhas publicitárias. Parece que os votantes realmente fizeram uma seleção própria, ao contrários dos anos anteriores em que iam muito no automático das outras premiações, fazendo alterações mínimas.
E pelo lado negativo, como toda mudança, há exclusões que não devem agradar aqueles que dão preferência a nomes mais famosos e figurinhas carimbadas da temporada. A ausência mais sentida entre os atores é de Carey Mulligan, que há dois dias levou o prêmio de Melhor Atriz por Bela Vingança no Critics’ Choice Awards. Na categoria de Direção, foram 4 mulheres entre os 6 indicados, mas com a exceção de Chloé Zhao que vinha marcando presença em todas as listas, nenhuma das outras 3 estavam na expectativa: Shannon Murphy (Dente de Leite), Jasmila Žbanić (Quo Vadis, Aida?) e Sarah Gavron (Rocks). Os ausentes masculinos David Fincher e Aaron Sorkin deram lugar a Lee Isaac-Chung (Minari) e Thomas Vinterberg (Druk – Mais uma Rodada).
Após uma década publicando notícias das temporadas de premiações, vejo essa mudança no BAFTA como muito mais positiva. Muitas vezes, as premiações parecem mais uma casa de apostas e estatísticas do que um reconhecimento dos filmes e dos profissionais da área de Cinema. Há muitos anos, vimos vários filmes de qualidade duvidosa ganhando prêmios importantes porque contaram com campanhas milionárias ou um padrinho influente como o hoje preso Harvey Weinstein. Os prêmios não apenas servem para reconhecer um trabalho bem feito, mas para ajudar aqueles cineastas emergentes a conquistar mais espaço com projetos mais ousados que estúdios conservadores não querem apostar mais por pensarem exclusivamente em lucros. Quais filmes ou profissionais vão ganhar o BAFTA é uma questão subjetiva de cada membro votante, mas ao ver essa diversidade de títulos na lista de indicados já me deixa bastante esperançoso.
NÚMEROS DO BAFTA 2021
Os recordistas desta edição, Nomadland e Rocks, acumularam sete indicações cada. Enquanto o road movie de Chloé Zhao foi indicado para Melhor Filme, Direção, Atriz (Frances McDormand), Roteiro Adaptado, Fotografia, Montagem e Som, o drama familiar de Sarah Gavron disputa Melhor Filme Britânico, Melhor Estreia de Diretor, Produtor ou Roteirista Britânico, Direção, Roteiro Original, Atriz (Bukky Bakray), Atriz Coadjuvante (Kosar Ali) e Casting.
Logo em seguida, com seis indicações cada, temos Meu Pai, Mank, Minari e Bela Vingança. Dentre eles, a queda de Mank é bastante chamativa para um filme que tinha perspectivas de ser o recordista de indicações, alavancado pela Netflix. Havia uma expectativa de 10 ou 11 indicações para o filme de David Fincher, mas teve que se contentar com apenas 6, sendo ausência em categorias-chave como Ator (Gary Oldman), Atriz Coadjuvante (Amanda Seyfried) e Direção para o próprio Fincher.
Já A Escavação e The Mauritanian acumularam 5 indicações cada. Curiosamente, Jodie Foster, que havia ganhado o Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante ficou de fora, enquanto Tahar Rahim foi reconhecido como Melhor Ator.
AUSÊNCIAS
São tantas que poderíamos fazer uma lista só com os nomes que ficaram de fora: Carey Mulligan (Bela Vingança), Gary Oldman e Amanda Seyfried (Mank), Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte e Os 7 de Chicago), Viola Davis (A Voz Suprema do Blues), Delroy Lindo (Destacamento Blood), Olivia Colman (Meu Pai), Glenn Close (Era uma Vez um Sonho), Steven Yeun (Minari), Helena Zengel (Relatos do Mundo) e Jodie Foster (The Mauritanian).
SURPRESAS
Houve várias inclusões já citadas acima que surpreenderam como o próprio recordista Rocks. Citamos também a indicação dos atores Mads Mikkelsen (Druk – Mais uma Rodada), Radha Blank (The Forty-Year-Old Version), Wunmi Mosaku (O Que Ficou Para Trás), Dominique Fishback (Judas e o Messias Negro), Barry Keoghan (Calm With Horses), Clarke Peters (Destacamento Blood) e Alan Kim (Minari).
Existe uma expectativa mínima de que essas indicações do BAFTA influenciem de alguma forma a votação de indicados ao Oscar que começou dia 07 e termina amanhã, dia 10. Para aqueles que deixaram para votar de última hora, o BAFTA ainda pode fazer alguma diferença, mas só o fato de ter recuperado um pouco da identidade original já nos deixa satisfeitos. Lembrando que, devido à pandemia, a cerimônia será dividida em duas partes. A primeira divulgará os vencedores das categorias técnicas, e a segunda os vencedores das categorias principais, nos dias 10 e 11 de Abril, respectivamente.
CONFIRA TODOS OS INDICADOS DA 74ª EDIÇÃO DO BAFTA:
FILME
MEU PAI Philippe Carcassonne, Jean-Louis Livi, David Parfitt THE MAURITANIAN TBC NOMADLAND Mollye Asher, Dan Janvey, Frances McDormand, Peter Spears, Chloé Zhao BELA VINGANÇA Ben Browning, Emerald Fennell, Ashley Fox, Josey McNamara OS 7 DE CHICAGO Stuart Besser, Marc Platt
FILME BRITÂNICO
CALM WITH HORSES Nick Rowland, Daniel Emmerson, Joe Murtagh A ESCAVAÇÃO Simon Stone, Gabrielle Tana, Moira Buffini MEU PAI Florian Zeller, Philippe Carcassone, Jean-Louis Livi, David Parfitt, Christopher Hampton O QUE FICOU PARA TRÁS Remi Weekes, Martin Gentles, Edward Kings, Roy Lee LIMBO Ben Sharrock, Irune Gurtubai, Angus Lamont THE MAURITANIAN Kevin Macdonald, Rory Haines, Sohrab Noshirvani, M.B. Traven MOGUL MOWGLI Bassam Tariq, Riz Ahmed, Thomas Benski, Bennett McGhee BELA VINGANÇA Emerald Fennell, Ben Browning, Ashley Fox, Josey McNamara ROCKS Sarah Gavron, Ameenah Ayub Allen, Faye Ward, Theresa Ikoko, Claire Wilson SAINT MAUD Rose Glass, Andrea Cornwell, Oliver Kassman
ESTREIA DE DIRETOR, ROTEIRISTA OU PRODUTOR BRITÂNICO
O QUE FICOU PARA TRÁS Remi Weekes (Writer/Director) LIMBO Ben Sharrock (Writer/Director), Irune Gurtubai (Producer) [also produced by Angus Lamont] MOFFIE Jack Sidey (Writer/Producer) [also written by Oliver Hermanus and produced by Eric Abraham] ROCKS Theresa Ikoko, Claire Wilson (Writers) SAINT MAUD Rose Glass (Writer/Director), Oliver Kassman (Producer) [also produced by Andrea Cornwell]
FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA
DRUK – MAIS UMA RODADA Thomas Vinterberg, Sisse Graum Jørgensen DEAR COMRADES! Andrei Konchalovsky, Alisher Usmanov LES MISÉRABLES Ladj Ly MINARI Lee Isaac Chung, Christina Oh QUO VADIS, AIDA? Jasmila Žbanić, Damir Ibrahimovich
DOCUMENTÁRIO
COLLECTIVE Alexander Nanau DAVID ATTENBOROUGH: A LIFE ON OUR PLANET Alastair Fothergill, Jonnie Hughes, Keith Scholey THE DISSIDENT Bryan Fogel, Thor Halvorssen MY OCTOPUS TEACHER Pippa Ehrlich, James Reed, Craig Foster THE SOCIAL DILEMMA Jeff Orlowski, Larissa Rhodes
LONGA DE ANIMAÇÃO
DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA Dan Scanlon, Kori Rae SOUL Pete Docter, Dana Murray WOLFWALKERS Tomm Moore, Ross Stewart, Paul Young
DIREÇÃO
DRUK – MAIS UMA RODADA Thomas Vinterberg DENTE DE LEITE Shannon Murphy MINARI Lee Isaac Chung NOMADLAND Chloé Zhao QUO VADIS, AIDA? Jasmila Žbanić ROCKS Sarah Gavron
ROTEIRO ORIGINAL
DRUK – MAIS UMA RODADA Tobias Lindholm, Thomas Vinterberg MANK Jack Fincher BELA VINGANÇA Emerald Fennell ROCKS Theresa Ikoko, Claire Wilson OS 7 DE CHICAGO Aaron Sorkin
ROTEIRO ADAPTADO
A ESCAVAÇÃO Moira Buffini MEU PAI Christopher Hampton, Florian Zeller THE MAURITANIAN Rory Haines, Sohrab Noshirvani, M.B. Traven NOMADLAND Chloé Zhao THE WHITE TIGER Ramin Bahrani
ATRIZ
BUKKY BAKRAY Rocks RADHA BLANK The Forty-Year-Old Version VANESSA KIRBY Pieces of a Woman FRANCES McDORMAND Nomadland WUNMI MOSAKU O Que Ficou Para Trás ALFRE WOODARD Clemency
ATOR
RIZ AHMED O Som do Silêncio CHADWICK BOSEMAN A Voz Suprema do Blues ADARSH GOURAV The White Tiger ANTHONY HOPKINS Meu Pai MADS MIKKELSEN Druk – Mais uma Rodada TAHAR RAHIM The Mauritanian
ATRIZ COADJUVANTE
NIAMH ALGAR Calm With Horses KOSAR ALI Rocks MARIA BAKALOVA Borat: Fita de Cinema Seguinte DOMINIQUE FISHBACK Judas e o Messias Negro ASHLEY MADEKWE County Lines YUH-JUNG YOUN Minari
ATOR COADJUVANTE
DANIEL KALUUYA Judas e o Messias Negro BARRY KEOGHAN Calm With Horses ALAN KIM Minari LESLIE ODOM JR. Uma Noite em Miami… CLARKE PETERS Destacamento Blood PAUL RACI O Som do Silêncio
TRILHA ORIGINAL
MANK Trent Reznor, Atticus Ross MINARI Emile Mosseri RELATOS DO MUNDO James Newton Howard BELA VINGANÇA Anthony Willis SOUL Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross
CASTING
CALM WITH HORSES Shaheen Baig JUDAS E O MESSIAS NEGRO Alexa L. Fogel MINARI Julia Kim BELA VINGANÇA Lindsay Graham Ahanonu, Mary Vernieu ROCKS Lucy Pardee
FOTOGRAFIA
JUDAS E O MESSIAS NEGRO Sean Bobbitt MANK Erik Messerschmidt THE MAURITANIAN Alwin H. Küchler RELATOS DO MUNDO Dariusz Wolski NOMADLAND Joshua James Richards
MONTAGEM
MEU PAI Yorgos Lamprinos NOMADLAND Chloé Zhao BELA VINGANÇA Frédéric Thoraval O SOM DO SILÊNCIO Mikkel E.G. Nielsen OS 7 DE CHICAGO Alan Baumgarten
DESIGN DE PRODUÇÃO
A ESCAVAÇÃO Maria Djurkovic, Tatiana Macdonald MEU PAI Peter Francis, Cathy Featherstone MANK Donald Graham Burt, Jan Pascale RELATOS DO MUNDO David Crank, Elizabeth Keenan REBECCA Sarah Greenwood, Katie Spencer
FIGURINO
AMMONITE Michael O’Connor A ESCAVAÇÃO Alice Babidge EMMA. Alexandra Byrne A VOZ SUPREMA DO BLUES Ann Roth MANK Trish Summerville
MAQUIAGEM E PENTEADO
A ESCAVAÇÃO Jenny Shircore ERA UMA VEZ UM SONHO Patricia Dehaney, Eryn Krueger Mekash, Matthew Mungle A VOZ SUPREMA DO BLUES Matiki Anoff, Larry M. Cherry, Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal MANK Kimberley Spiteri, Gigi Williams PINÓQUIO Mark Coulier
SOM
GREYHOUND: NA MIRA DO INIMIGO TBC RELATOS DO MUNDO Michael Fentum, William Miller, Mike Prestwood Smith, John Pritchett, Oliver Tarney NOMADLAND Sergio Diaz, Zach Seivers, M. Wolf Snyder SOUL Coya Elliott, Ren Klyce, David Parker O SOM DO SILÊNCIO Jaime Baksht, Nicolas Becker, Phillip Bladh, Carlos Cortés, Michelle Couttolenc
EFEITOS VISUAIS ESPECIAIS
GREYHOUND: NA MIRA DO INIMIGO Pete Bebb, Nathan McGuinness, Sebastian von Overheidt O CÉU DA MEIA-NOITE Matt Kasmir, Chris Lawrence, David Watkins MULAN Sean Faden, Steve Ingram, Anders Langlands, Seth Maury O GRANDE IVAN Santiago Colomo Martinez, Nick Davis, Greg Fisher TENET Scott Fisher, Andrew Jackson, Andrew Lockley
CURTA BRITÂNICO DE ANIMAÇÃO
THE FIRE NEXT TIME Renaldho Pelle, Yanling Wang, Kerry Jade Kolbe THE OWL AND THE PUSSYCAT Mole Hill, Laura Duncalf THE SONG OF A LOST BOY Daniel Quirke, Jamie MacDonald, Brid Arnstein
HISTÓRIA DE PARCERIA DE NEGÓCIOS NO OESTE AMERICANO CONQUISTA 4 INDICAÇÕES. ‘BACURAU’ É RECONHECIDO NA CATEGORIA DE FILME INTERNACIONAL
A Independent Filmmaker Project (IFP) anunciou na manhã desta quinta, dia 12, as indicações para sua 30ª cerimônia de premiações do Gotham Awards, marcada para o dia 11 de Janeiro, que seguirá um formato híbrido entre host no estúdio e lives com os artistas, respeitando assim as normas sanitárias da pandemia.
Pra quem não conhece ou se recorda, o Gotham tem se tornado um novo reduto de produções independentes nos últimos anos, chegando a premiar filmes que seriam consagrados com o Oscar meses depois como Spotlight e Moonlight. Apesar de não haver categorias de Melhor Direção e Ator e Atriz Coadjuvantes, existem as categorias de Diretor Revelação e Ator ou Atriz Revelação, que conseguem valorizar e dar uma força maior para quem está começando em filmes menores. E vale lembrar que nas últimas 5 edições, o Gotham premiou atores que seriam indicados ao Oscar: Adam Driver (História de um Casamento), Saoirse Ronan (Lady Bird), Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar) e Isabelle Huppert (Elle).
Direto de Nova York, o diretor Jeffrey Sharp iniciou a live, revelando que houve recorde de filmes inscritos. Percebemos que, assim como houve recentemente com o Independent Spirit Awards, o Gotham não estava interessado em se tornar um mero precursor do Oscar, objetivando apenas o acerto como faz o Critics’ Choice Awards, mas buscou reconhecimento mais expansivo para filmes e artistas que teriam poucas chances e visibilidade na temporada. Dessa forma, é possível verificar algumas “incoerências” como The Assistant ser indicado a Melhor Filme apenas, deixando sua protagonista Julie Garner de fora de Melhor Atriz.
Apesar dessa estratégia de reconhecimento, algumas ausências foram mais sentidas se levarmos em conta o burburinho dos últimos meses. São os casos de Regina King fora de Diretor Revelação por One Night in Miami, Steven Yeun fora de Melhor Ator por Minari, Vanessa Kirby fora de Melhor Atriz por Pieces of a Woman ou Carey Mulligan fora também por Bela Vingança.
Já dentre as surpresas, estão as indicações de Riz Ahmed por Sound of Metal, no qual ele interpreta um baterista com problemas de audição; de Yuh-Jung Youn em Minari, na qual dá vida à vózinha da família sul-coreana imigrante; as indicações de Diretor Revelação e Roteiro para a modesta ficção científica A Vastidão da Noite (disponível na Prime Video); e claro, a indicação para Bacurau, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles na categoria de Filme Internacional. Infelizmente, o filme brasileiro não tem mais chances no Oscar de Filme Internacional por já ter participado da seleção de 2019, mas dependendo do desempenho da campanha nos EUA, pode abocanhar indicações em outras categorias como Roteiro Original.
É importante ressaltar que os 5 filmes indicados a Melhor Filme foram dirigidos por mulheres. Coincidência ou não, trata-se de um avanço numa indústria que está se adaptando aos novos tempos. Kitty Green dirigiu The Assistant, Kelly Reichardt dirigiu First Cow, Eliza Hittman foi responsável por Never Rarely Sometimes Always, Chloé Zhao comandou o road movie Nomadland e Natalie Erika James assumiu o terror Relic.
Confira todas as indicações ao 30º Gotham Awards:
MELHOR FILME – The Assistant (Bleeker Street) – First Cow (A24) – Never Rarely Sometimes Always (Focus Features) – Nomadland (Searchlight Pictures) – Relic (IFC Midnight)
MELHOR DOCUMENTÁRIO – 76 Days – City Hall – Our Time Machine – A Thousand Cuts – Time
MELHOR ATOR – John Magaro (First Cow) – Jesse Plemons (Estou Pensando em Acabar com Tudo) – Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues) – Jude Law (The Nest) – Riz Ahmed (Sound of Metal)
MELHOR ATRIZ – Jessie Buckley (Estou Pensando em Acabar com Tudo) – Yuh-Jung Youn (Minari) – Nicole Beharie (Miss Juneteenth) – Carrie Coon (The Nest) – Frances McDormand (Nomadland)
MELHOR ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO – Orion Lee (First Cow) – Sidney Flanigan (Never Rarely Sometimes Always) – Kingsley Ben-Adir (One Night in Miami) – Kelly O’Sullivan (Saint Frances) – Jasmine Batchelor (The Surrogate)
PRÊMIO BINGHAM RAY de DIRETOR REVELAÇÃO – Radha Blank (The Forty-Year-Old Version) – Channing Godfrey Peoples (Miss Juneteenth) – Alex Thompson (Saint Frances) – Carlo Mirabella-Davis (Swallow) – Andrew Patterson (A Vastidão da Noite)
MELHOR ROTEIRO – Mike Makowsky (Má Educação) – Jon Raymond, Kelly Reichardt (First Cow) – Radha Blank (The Forty-Year-Old-Version) – Dan Sallitt (Fourteen) – James Montague, Craig Sanger (A Vastidão da Noite)
MELHOR FILME INTERNACIONAL – Bacurau. Dir: Kléber Mendonça Filho, Juliano Dornelles (Brasil/França) – Uma Mulher Alta. Dir: Kantemir Balagov (Rússia) – Lindinhas. Dir: Maïmouna Doucouré, Denny Shoopman (França) – Identifying Features. Dir: Fernanda Valadez (México/Espanha) – Martin Eden. Dir: Pietro Marcello (Itália/França/Alemanha) – Wolfwalkers. Dir: Tomm Moore, Ross Stewart (Irlanda/Luxemburgo/França)
SÉRIE REVELAÇÃO COM EPISÓDIOS ABAIXO DE 40 MINUTOS – Betty (HBO) – Dave (FX) – I May Destroy You (HBO) – Taste the Nation (Hulu) – Work in Progress (Showtime)
SÉRIES DE EPISÓDIOS COM EPISÓDIOS ACIMA DE 40 MINUTOS – The Great (Hulu) – Immigration Nation (Netflix) – P-Valley (Stars) – Unorthodox (Netflix) – Watchmen (HBO)
A cerimônia do 30º Gotham Awards acontecerá no dia 11 de Janeiro de 2021.
Do JAPÃO: O Conto da Princesa Kaguya (Kaguyahime no monogatari), de Isao Takahata (photo by outnow.CH)
Ok, as coisas começam a se afunilar no universo cinematográfico para o Oscar 2015. Nesta terça-feira, dia 04, a Academia definiu as 20 animações que concorrerão às cinco disputadas vagas da categoria.
• Operação Big Hero 6 (Big Hero 6), de Dan Hall e Chris Williams
• Festa no Céu (The Book of Life), de Jorge R. Gutierrez
• Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi
• Cheatin’, de Bill Plympton
• Giovanni’s Island (Jobanni no Shima), de Mizuho Nishikubo
• Henry and Me, de Barrett Esposito
• The Hero of Color City, de Frank Gladstone
• Como Treinar Seu Dragão 2 (How to Train Your Dragon 2), de Dean DeBlois
• Jack and the Cuckoo-Clock Heart (Jack et la Mécanique du Coeur), de Stéphane Berlan e Mathias Malzieu
• A Lenda de Oz (Legends of Oz: Dorothy’s Return), de Will Finn e Dan St. Pierre
• Uma Aventura LEGO (The Lego Movie), de Phil Lord e Christopher Miller
• Minuscule – Valley of the Lost Ants (Minuscule – La Vallée des Fourmis Perdues), de Hélène Giraud e Thomas Szabo
• As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr. Peabody & Sherman), de Rob Minkoff
• Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Madagascar), de Eric Darnell e Simon J. Smith
• Tinker Bell: Fadas e Piratas (The Pirate Fairy), de Peggy Holmes
• Aviões 2: Heróis do Fogo ao Resgate (Planes: Fire and Rescue), de Roberts Gannaway
• Rio 2 (Rio 2), de Carlos Saldanha
• Rocks in My Pockets, de Signe Baumane
• Song of the Sea, de Tomm Moore
• O Conto da Princesa Kaguya (Kaguyahime no monogatari), de Isao Takahata
Cheatin’, de Bill Plympton (photo by cine.gr)
De acordo com as regras da categoria, se houver de oito a quinze inscritos, haverão apenas 3 indicados. A partir de 16, serão 5 indicados. Os cinco finalistas serão conhecidos apenas no dia 15 de janeiro, quando as indicações serão divulgadas.
É importante destacar a maior presença de produções estrangeiras na categoria este ano. Entre os países estão a França, Irlanda, Japão, Reino Unido e até da Letônia! Com o aumento significativo de inscrições para a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira (são 83 este ano), a disputa está mais do que acirrada por uma indicação, então nada mais natural que mais animações estrangeiras busquem seu lugar ao sol na categoria de animação.
No Oscar deste ano, as indicações da animação japonesa Vidas ao Vento, de Hayao Miyazaki, e da francesa Ernest & Celestine, de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner, denotam a ascensão das produções estrangeiras nesse gênero atualmente dominado pela técnica 3D no cinema americano. Mesmo a pioneira do 2D, Disney, ganhou o último Oscar de Animação por um trabalho em 3D, Frozen: Uma Aventura Congelante.
Da FRANÇA e BÉLGICA: Jack and the Cuckoo-Clock Heart (Jack et la Mécanique du Coeur), de Stéphane Berlan e Mathias Malzieu (photo by elfilm.com)
Com a Pixar fora do páreo este ano, as cinco vagas aparentemente estão abertas. Sucesso comercial no começo do ano, Uma Aventura LEGO deve conquistar uma vaga por seus números nas bilheterias e também pela criatividade no roteiro envolvendo brinquedos da marca conhecida mundialmente. Praticamente no mesmo patamar comercial, a sequência Como Treinar Seu Dragão 2 agradou o público e a crítica, e como a primeira parte foi indicada e perdeu em 2010 para Toy Story 3, pode haver uma segunda chance de ganhar a estatueta.
Da FRANÇA e BÉLGICA: Minuscule – Valley of the Lost Ants (Minuscule – La Vallée des Fournis Perdues), de Hélène Giraud e Thomas Szabo
Existe uma forte expectativa das animações Operação Big Hero 6 (da Disney) e Os Pinguins de Madagascar (da Dreamworks) se tornarem novas marcas nas bilheterias e assim, ajudar na campanha por uma indicação. Particularmente, acredito que o novo trabalho da Disney já está garantido no Oscar pelo pedigree e pela história de relacionamento entre um rapaz e um robô diferente.
Já Os Pinguins de Madagascar não devem surtir efeito nos membros da Academia. Se nenhum dos três filmes da série Madagascar foi indicado anteriormente, que dirá a aventura solo dos coadjuvantes pinguins? Além disso, o fato dos mesmos personagens já terem estrelado seu próprio desenho animado na TV acaba enfraquecendo a campanha do longa.
Dos EUA e LETÔNIA: Rocks in my Pockets, de Signe Baumane (photo by cine.gr)
Seguindo essa linha de aposta, três vagas já estariam preenchidas pelos grandes estúdios. As outras duas iriam para produções estrangeiras de acordo com a tendência dos últimos anos da categoria. E como o Japão é o país mais presente no Oscar, nada mais natural uma nova indicação vinda do Studio Ghibli de Hayao Miyazaki, mas desta vez, sob direção de outro mestre nipônico: Isao Takahata. Ele foi responsável por uma das animações mais cruéis e cortantes da História do Cinema: Túmulo dos Vagalumes (1988). Ele retorna com um bonito conto sobre uma pequenina princesa que nasce de um broto de bambu e é adotada por uma família de camponeses.
Já a última das 5 vagas, gostaria de acreditar que a Academia dará uma oportunidade de reconhecer um trabalho diferente. A animação em 2D, co-produzido pelos EUA e pela Letônia, Rocks in my Pockets, apresenta um tom surreal digno do clássico Submarino Amarelo (1968) que muitas vezes falta numa festa deste porte. Trata-se de um filme que busca abordar a depressão do ponto de vista de 5 mulheres da mesma família. Claro que ainda devemos analisar a narrativa e a qualidade do roteiro e trilha musical, por exemplo, mas só o fato de criar uma animação mais filosófica já é digno de nota.
Vale lembrar que o brasileiro Carlos Saldanha pode voltar a concorrer ao Oscar por Rio 2. Ele foi previamente indicado pelo curta Gone Nutty em 2004. E o primeiro Rio chegou a ser indicado na categoria Melhor Canção em 2012, mas perdeu para Os Muppets.
As indicações serão divulgadas no dia 15 de janeiro, e a 87ª cerimônia do Oscar será no dia 22 de fevereiro.
Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi (photo by outnow.ch)
Foxcatcher: A História que Chocou o Mundo (Foxcatcher)
Corações de Ferro (Fury)
James Brown (Get on up)
Garota Exemplar (Gone Girl)
O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel)
The Imitation Game
Inherent Vice
Interestelar (Interstellar)
Caminhos da Floresta (Into the Woods)
Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children)
Mr. Turner
A Teoria de Tudo (The Theory of Everything)
Trash – A Esperança Vem do Lixo (Trash)
Invencível (Unbroken)
Whiplash: Em Busca da Perfeição (Whiplash)
Wild
NÃO HÁ FAVORITOS AINDA, MAS FORTES CONCORRENTES
Faltam (apenas) 4 meses para as indicações! Já vale a pena dar uma olhada nos possíveis filmes indicados e fantasiar sobre um ou outro ator ou atriz que nunca ganhou e pode finalmente ter a chance. Particularmente, estou curioso para ver as performances de Michael Fassbender nos filmes MacBeth e Frank, e de Joaquin Phoenix em Inherent Vice, pela evolução constante nas últimas performances, e mesmo sem ter visto o trabalho deles, já torço para que cheguem ao tapete vermelho da Academia. Já pelo que vi, dou meu apoio incondicional para a campanha da primeira indicação para Steve Carell, o comediante de O Virgem de 40 Anos teve seu talento testado pelo diretor Bennett Miller em Foxcatcher.
Claro que ainda há muita especulação que se baseia em nomes consagrados. Na ala dos diretores, Christopher Nolan sempre aparece nas apostas, assim como o britânico Stephen Daldry por seu histórico de 3 indicações sem vitória. Já entre as atrizes, fica impossível desassociar o nome Meryl Streep na hora do burburinho do Oscar. Ela pode ter sido quase uma figurante que ela vai constar nas listas de possíveis indicadas. Este ano, a primeira foto dela como Bruxa/Feiticeira da mega produção Caminhos da Floresta já causou um estardalhaço. E, em menor escala, podemos encaixar Viola Davis também como candidata à atriz coadjuvante sem sequer ver seu trabalho. Sua derrota por Histórias Cruzadas em 2012 ainda deve render uma nova indicação ao Oscar.
Há filmes que certamente serão catapultados na campanha ao Oscar graças ao lobbista Harvey Weinstein. Dentre algumas produções que recebem seu valioso apoio estão: The Imitation Game e MacBeth, além de suas próprias produções como Big Eyes, St. Vincent e O Doador de Memórias. Como sempre comentado aqui, o trabalho de Weinstein impressiona pelas indicações constantes ao Oscar. Só nos últimos anos, ele foi responsável pelos Oscars de Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida), Meryl Streep (A Dama de Ferro) e de Kate Winslet (O Leitor), além de Melhor Filme para O Artista e O Discurso do Rei.
Também vale ressaltar a crescente importância do Festival de Toronto como prévia do Oscar. Nos últimos anos, os filmes que participaram do evento não-competitivo acabaram vencedores da estatueta: 12 Anos de Escravidão, Argo e A Separação. Este ano, o Festival de Toronto (ou TIFF) acolhe prováveis favoritos ao Oscar como Foxcatcher, Nightcrawler, Whiplash: Em Busca da Perfeição, Maps to the Stars, Mr. Turner, Wild, The Theory of Everything e The Imitation Game. Todos sedentos por um pouco de atenção neste início da corrida ao Oscar 2015.
MELHOR FILME
• American Sniper, de Clint Eastwood • Big Eyes, de Tim Burton • Birdman, de Alejandro González Iñárritu • Foxcatcher: A História que Chocou o Mundo (Foxcatcher), de Bennett Miller • Garota Exemplar (Gone Girl), de David Fincher • O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel), de Wes Anderson • Corações de Ferro (Fury), de David Ayer • The Imitation Game, de Morten Tyldum • Inherent Vice, de Paul Thomas Anderson • Interestelar (Interstellar), de Christopher Nolan • Caminhos da Floresta (Into the Woods), de Rob Marshall • Homens, Mulheres e Filhos (Men, Women & Children), de Jason Reitman • A Most Violent Year, de J.C. Chandor • Selma, de Ava DuVernay
• A Teoria de Tudo (The Theory of Everything), de James Marsh • Trash – A Esperança Vem do Lixo (Trash), de Stephen Daldry
• Invencível (Unbroken), de Angelina Jolie • Wild, de Jean-Marc Vallée
Primeiro, vamos aos fatos. Apresentado no Festival de Veneza, Birdman já figura como um forte candidato ao Oscar. Além de seu diretor ser o mexicano Alejandro González Iñárritu, traz o retorno triunfal do ator Michael Keaton, que ficou marcado pelo papel de Batman de Tim Burton. Ainda conta com atores que podem conquistar indicações como coadjuvantes: Emma Stone, Edward Norton e Naomi Watts.
Já Foxcatcher saiu de Cannes com o prêmio de direção para o jovem Bennett Miller (Capote e O Homem que Mudou o Jogo). Considerado um dos melhores diretores de atores da atualidade, Miller já conseguiu a proeza de extrair uma atuação contida e estranhíssima do ator e comediante Steve Carell que, só por um milagre, não estará no Oscar 2015. Além dele, Mark Ruffalo já vem conquistando os críticos que viram o filme na França. Conta também muito a favor a produção ser assinada por Megan Ellison (da produtora Annapurna), que recebeu duas indicações no Oscar deste ano por Trapaça e Ela. Veja trailer abaixo:
Embora a Academia ainda não tenha abraçado o estilo único de Wes Anderson, seu novo filme, O Grande Hotel Budapeste, pode conquistar uma indicação a Melhor Filme. Como se não bastasse a batalha contra o conservadorismo da Academia, o filme terá dificuldades de manter seu frescor na memória dos votantes, pois o filme estreou nos EUA em março. Até agora, venceu o Urso de Prata de Grande Prêmio do Júri no último Festival de Berlim, e figura nas listas dos críticos de melhores de 2014 até o momento. São possíveis indicações nas categorias de Direção de Arte, Figurino e Roteiro Original, mas seria uma grata surpresa a lembrança como Melhor Filme e Diretor.
E vencedor do Festival de Sundance do Urso de Prata de Direção, o independente Boyhood: Da Infância à Juventude teve como grande destaque as filmagens que levaram mais de 12 anos. A proposta arriscada do diretor Richard Linklater se apoiava no comprometimento do jovem protagonista Ellar Coltrane de continuar as filmagens após esse longo período para acompanhar o crescimento de seu personagem. Com indicações anteriores como roteirista apenas, Linklater pode sonhar mais alto se depender das apostas dos críticos.
Garota Exemplar e Inherent Vice são duas produções aguardadíssimas que o presidente do Festival de Veneza tentou trazer, mas foram selecionadas pelo Festival Internacional de Nova York. Enquanto o primeiro trabalho é assinado por David Fincher com base no best-seller homônimo de Gillian Flynn, o segundo é assinado por Paul Thomas Anderson com base no romance de Thomas Pynchon. Ambos podem e devem conquistar indicações como Melhor Diretor pelo ótimo momento de suas carreiras, o que poderia puxar indicações para Melhor Filme dependendo do sucesso com a crítica e o público.
Os demais trabalhos citados na lista ainda não concretizaram seus favoritismos. A maioria tem presença devido ao prestígio de seus diretores perante a Academia como Clint Eastwood, Jason Reitman, Angelina Jolie e Christopher Nolan, enquanto outros apresentam temas que são típicos dos vencedores do Oscar como The Imitation Game, que aborda a história verídica do matemático que quebra um código em plena Segunda Guerra Mundial, ou a história da vida de um dos maiores físicos do mundo, Stephen Hawking, retratada em The Theory of Everything com um Eddie Redmayne bastante inspirado no papel do protagonista. Ainda pouco comentado, vale citar o filme Selma, que retrata a busca pelo direitos civis por Martin Luther King.
Em se tratando de expectativa, um dos trabalhos mais comentados para esta temporada é a adaptação do livro de James Lapine, Caminhos da Floresta (Into the Woods), dirigido por Rob Marshall, que concorreu a Melhor Diretor por Chicago em 2003. Com um elenco estelar que conta com Meryl Streep, Johnny Depp, Emily Blunt, Chris Pine, Anna Kendrick e Tracey Ullman, o musical tem tudo para conquistar no mínimo o Globo de Ouro de Melhor Filme – Musical ou Comédia. Além da qualidade que só poderá ser comprovada com o lançamento do filme, a única coisa que pode atrapalhar seu sucesso é uma possível censura por parte da Disney, que está por trás da produção. Aliás, este é um medo recorrente em relação à Disney, que costuma “suavizar” as histórias a fim de abranger o público infanto-juvenil, podendo remoldar a saga Star Wars, cujos direitos lhe foram vendidos para desespero dos fãs. Se tudo o mais falhar, pelo menos Caminhos da Floresta deve garantir o 4º Oscar da carreira da figurinista Colleen Atwood.
Cena de Caminhos da Floresta (photo by Disney)
MELHOR DIRETOR
Paul Thomas Anderson (Inherent Vice)
Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste)
Tim Burton (Big Eyes) – photo by kinogallery
J.C. Chandor (A Most Violent Year)
Stephen Daldry (Trash – A Esperança Vem do Lixo)
David Fincher (Garota Exemplar) – photo by thefilmstage.com
Alejandro González Iñárritu (Birdman)
Angelina Jolie (Invencível) – photo by outnow.CH
Mike Leigh (Mr. Turner)
Richard Linklater (Boyhood: Da Infância à Juventude)
Rob Marshall (Caminhos da Floresta) – photo by Disney
Bennett Miller (Foxcatcher)
Christopher Nolan (Interestelar) – photo by kinogallery.com
Jason Reitman (Homens, Mulheres e Filhos)
Morten Tyldum (The Imitation Game)
• Paul Thomas Anderson (Inherent Vice) • Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste) • Tim Burton (Big Eyes) • J.C. Chandor (A Most Violent Year) • Stephen Daldry (Trash – A Esperança Vem do Lixo) • Ava DuVernay (Selma) • David Fincher (Garota Exemplar) • Alejandro González Iñárritu (Birdman) • Angelina Jolie (Unbroken) • Tommy Lee Jones (The Homesman) • Mike Leigh (Mr. Turner) • Richard Linklater (Boyhood: Da Infância à Juventude) • Rob Marshall (Caminhos da Floresta) • Christopher Nolan (Interestelar)
• Jason Reitman (Men, Women & Children)
• Jon Stewart (Rosewater) • Morten Tyldum (The Imitation Game) • Jean-Marc Vallée (Wild)
Como já citado, o americano Bennett Miller larga na frente por ter conquistado o prêmio de direção no Festival de Cannes por Foxcatcher. Ele foi indicado anteriormente por Capote em 2006. Logo atrás, o mexicano Alejandro González Iñárritu pode manter a onda latina em alta com Birdman, após seu conterrâneo Alfonso Cuarón ter levado o Oscar de diretor por Gravidade. Iñárritu pode conquistar sua terceira indicação após dupla indicação por Babel como Melhor Filme e Direção em 2007. E pra fechar a trinca de favoritos do momento, Richard Linklater e seu Boyhood: Da Infância à Juventude. Normalmente, a Academia inclui pelo menos um indicado estreante, e este pode ser Linklater, que independente do gênero, sempre busca alguma inovação da linguagem.
Outrora outsider, David Fincher, que já tem produções cultuadas como Seven – Os Sete Crimes Capitais, Clube da Luta e Zodíaco, foi reconhecido pela Academia a partir do poético O Curioso Caso de Benjamin Button. Este ano, ele retorna com outro filme do gênero crime, mas desta vez ele conta com prestígio e o roteiro de uma autora best-seller, podendo conquistar sua terceira indicação como Diretor.
Não dá pra deixar de lado o favoritismo crescente de Angelina Jolie. Após sucesso crítico de seu filme sobre os conflitos na Bósnia, Na Terra de Amor e Ódio, a atriz resolveu investir em outra produção de guerra, Invencível, mas desta vez, a Segunda Guerra Mundial, baseando-se numa história verídica de um atleta olímpico americano capturado como prisioneiro no Japão. E também não dá pra ignorar o novo trabalho do britânico Stephen Daldry, cujos filmes sempre dão um jeito de receber uma indicação ao Oscar. Reconhecido por Billy Elliott, As Horas e O Leitor, ele volta com Trash – A Esperança Vem do Lixo, filmado no Brasil e com os atores Wagner Moura e Selton Mello.
Selton Mello em Trash – A Esperança Vem do Lixo (photo by outnow.ch)
Já entre os diretores que nunca conseguiram uma indicação, Christopher Nolan aparece como forte candidato pela ficção científica Interestelar. Após bater na trave com Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008) e A Origem (2010), o trabalho dele pode finalmente ganhar destaque e satisfazer milhões de fãs e alguns críticos. Particularmente, torço para a inédita indicação de Wes Anderson por O Grande HotelBudapeste e, mesmo sem ter visto o filme, torço também por Tim Burton e seu filme biográfico Big Eyes.
MELHOR ATOR
Ben Affleck (Garota Exemplar)
Chadwick Boseman (James Brown) – photo by elfilm.com
Steve Carell e sua prótese de nariz em Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo (photo by outnow.ch)
Benedict Cumberbatch (The Imitation Game) – photo by outnow.ch
Benicio Del Toro (Escobar: Paradise Lost) – photo by outnow.ch
Michael Fassbender (Frank) – photo by elfilm.com
Ralph Fiennes (O Grande Hotel Budapeste) – photo by elfilm.com
Jake Gyllenhaal (Nightcrawler) – photo by outnow.ch
Oscar Isaac (A Most Violent Year) – photo by elfilm.com
Michael Keaton (Birdman) – photo by cine.gr
Bill Murray (St. Vincent) – photo by cine.gr
Jack O’Connell (Invencível)
Al Pacino (Manglehorn) – photo by outnow.ch
Joaquin Phoenix (Inherent Vice) – photo by xposure
Brad Pitt (Corações de Ferro) – photo by outnow.ch
Eddie Redmayne (Teh Theory of Everything) – photo by outnow.ch
Timothy Spall (Mr. Turner) – photo by outnow.ch
Channing Tatum (Foxcatcher) – photo by outnow.ch
• Ben Affleck (Garota Exemplar)
• Chadwick Boseman (James Brown) • Steve Carell (Foxcatcher) • Benedict Cumberbatch (The Imitation Game)
• Benicio Del Toro (Escobar: Paradise Lost) • Michael Fassbender (Frank) • Michael Fassbender (MacBeth) • Ralph Fiennes (O Grande Hotel Budapeste) • Jake Gyllenhaal (Nightcrawler) • Oscar Isaac (A Most Violent Year) • Michael Keaton (Birdman) • Bill Murray (St. Vincent) • Jack O’Connell (Unbroken)
• David Oyelowo (Selma) • Al Pacino (Manglehorn)
• Joaquin Phoenix (Inherent Vice) • Brad Pitt (Corações de Ferro) • Eddie Redmayne (The Theory of Everything)
• Timothy Spall (Mr. Turner)
• Channing Tatum (Foxcatcher)
Até o momento, o único ator premiado foi o britânico Timothy Spall pelo filme biográfico do pintor J.M.W. Turner no último Festival de Cannes. Contudo, embora seja um excelente diretor de atores, a última performance indicada ao Oscar sob a direção de Mike Leigh foi de Imelda Staunton em 2005 por O Segredo de Vera Drake, o que pode dificultar as chances dele.
Com boas chances de ser premiado em Veneza, Michael Keaton vem recebendo elogios por esse retorno triunfal. Em Birdman, ele interpreta um ator conhecido por viver um super-herói e agora tenta justamente um retorno na Broadway. Essa história remete bastante à trajetória do próprio Michael Keaton, que ficou marcado por viver o herói mascarado Batman e desacelerou sua carreira promissora. Segundos as críticas, sua atuação em Birdman consegue expressar “arrogância, insegurança e desespero num só respiro”. Pode se tornar a sua primeira indicação e a 6ª indicação de um ator sob a direção de Iñárritu.
Outro que deve conquistar sua indicação inédita é Steve Carell, mais conhecido por papéis em comédias como O Virgem de 40 Anos e Agente 86. O diretor Bennett Miller enxergou potencial dramático nele e o ator não decepciona, apresentando uma atuação contida, precisa e assustadora, com direito a uma mudança de visual com cabelos grisalhos e uma prótese no nariz. Tais métodos costumam ser reconhecidos pela Academia como foi o caso do Oscar para Charlize Theron por Monster – Desejo Assassino. Existe uma possibilidade do jovem Channing Tatum receber sua primeira indicação pelo mesmo Foxcatcher, contudo, a disputa na categoria é sempre acirrada e a última vez que houve dois indicados a Melhor Ator pelo mesmo filme foi em 1985, quando Tom Hulce e F. Murray Abraham competiram juntos por Amadeus, tendo o último vencido o Oscar.
Além do aspecto visual, que pode beneficiar os 13 quilos perdidos por Jake Gyllenhall em Nightcrawler, a Academia adora papéis baseados em fatos verídicos, o que deve elevar demais as chances de Eddie Redmayne que interpreta o jovem Stephen Hawking em The Theory of Everything. Claro que a atuação também deve acompanhar a qualidade da transformação, e esse talento o jovem Benedict Cumberbatch tem de sobra. Ele vive outra figura histórica: o matemático Alan Turing, que decifrou um código nazista em plena guerra em The Imitation Game.
Sem o mesmo impacto de um Jamie Foxx como Ray Charles, o jovem e desconhecido Chadwick Boseman pode figurar em listas de melhores ao interpretar o também músico James Brown no filme homônimo. Mas a maior aposta até o momento sem analisar a performance está nas mãos de Joaquin Phoenix, novamente sob direção de Paul Thomas Anderson, com quem trabalhou em O Mestre. Embora com alguns parafusos a menos, o ator está em extrema ascensão em Hollywood e deve confirmar seu favoritismo na casa de apostas por Inherent Vice. Já a minha aposta pessoal vai para um dos trabalhos de Michael Fassbender, seja por Frank, no qual atua usando uma cabeça em formato de desenho, seja pela adaptação de Shakespeare em MacBeth.
MELHOR ATRIZ
Amy Adams (Big Eyes) photo by outnow.ch
Jessica Chastain (Miss Julie) – photo by elfilm.com
Marion Cotillard (Dois Dias, Uma Noite) – photo by outnow.ch
Keira Knightley (Mesmo Se Nada Der Certo) – photo by outnow.ch
Helen Mirren (A 100 Passos de um Sonho) – photo by outnow.ch
Julianne Moore (Maps to the Stars) – photo by outnow.ch
Rosamund Pike (Garota Exemplar) – photo by cine.gr
Meryl Streep (Caminhos da Floresta) – photo by elfilm.com
Hilary Swank (The Homesman) – photo by outnow.ch
Michelle Williams (Suite Française) – photo by elfilm.com
Reese Witherspoon (Wild) – photo by outnow.ch)
Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas) photo by elfilm.com
• Amy Adams (Big Eyes) • Jessica Chastain (The Disappearance of Eleanor Rigby) • Jessica Chastain (Miss Julie) • Jessica Chastain (A Most Violent Year) • Marion Cotillard (Two Days, One Night) • Keira Knightley (Mesmo Se Nada Der Certo) • Jennifer Lawrence (Serena) • Juliane Moore (Maps to the Stars) • Rosamund Pike (Garota Exemplar) • Meryl Streep (Caminhos da Floresta) • Hilary Swank (The Homesman) • Michelle Williams (Suite Française) • Reese Witherspoon (Wild) • Shailene Woodley (A Culpa é das Estrelas)
Apesar de não ser a melhor prévia para o Oscar, o Festival de Cannes premiou este ano a atriz Julianne Moore por Maps to the Stars, o que não pode ser simplesmente ignorado pela Academia, ainda mais por se tratar de uma atriz muito querida que já foi indicada em 4 oportunidades, mas nunca levou a estatueta. Suas chances devem aumentar se for indicada como atriz coadjuvante, categoria que costuma ter concorrência menos acirrada.
Agora, se depender do burburinho, Reese Witherspoon já deve garantir sua segunda indicação por Wild. Baseado na história real de Cheryl Strayed de percorrer mais de 1.700km a fim de superar uma catástrofe recente, o filme vem sendo apontado como uma das maiores surpresas do prestigiado Festival de Toronto. Witherspoon, que vinha atuando apenas em filmes comerciais após ganhar o Oscar por Johnny & June, pode recuperar sua reputação de boa atriz.
Em 2012, Jessica Chastain tinha três filmes que poderiam lhe render uma indicação ao Oscar, o que aconteceu por Histórias Cruzadas. Este ano, por nova coincidência de lançamentos, ela tem nova trinca de performances que podem lhe beneficiar na reta final, sendo que em Miss Julie ela é dirigida pela legendária atriz sueca Liv Ullmann, e em A Most Violent Year pelo inspirado J.C. Chandor de Margin Call – O Dia Antes do Fim e Até o Fim. Chastain quase ganhou por A Hora Mais Escura em 2013.
Se a atuação de Amy Adams como a pintora Margaret Keane chamar a atenção da crítica, ela pode ficar com uma mão na estatueta. Seria a 6ª indicação dela em apenas nove anos e sem nenhuma vitória! A Academia está muito disposta a premiá-la, mas talvez esteja esperando uma atuação realmente digna com aqueles elementos já citados aqui como mudança visual ou mesmo no tom de voz, e não apenas uma peruca loira. Teremos de aguardar pra ver o que Tim Burton conseguiu extrair de Amy Adams…
Também por acúmulo de indicações anteriores, Michelle Williams pode voltar ao tapete vermelho por Suite Française, mas a verdadeira carta na manga aqui é o tema do filme: romance entre uma francesa e um soldado alemão em plena Segunda Guerra Mundial. Os votantes judeus já estão cruzando os dedos… E vale lembrar de um favoritismo prévio da jovem Shailene Woodley como a Hazel do best-seller A Culpa é das Estrelas. Apesar da adaptação meio melosa, o filme possibilita Woodley mostrar seu talento sem ser piegas. A favor dela, tem o sucesso de seu outro filme Divergente.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Dan Aykroyd (James Brown) – photo by elfilm.com
Johnny Depp (Caminhos da Floresta) – photo by cine.gr
Robert Duvall (The Judge)
Neil Patrick Harris (Garota Exemplar) – photo by collider.com
Ethan Hawke (Boyhood: Da Infância à Juventude) – photo by elfilm.com
Philip Seymour Hoffman (O Homem Mais Procurado) – photo by elfilm.com
Logan Lerman (Corações de Ferro) – photo by cine.gr
Edward Norton (Birdman) – photo by outnow.ch
Mark Ruffalo (Foxcatcher) photo by outnow.ch
J.K. Simmons (Whiplash: Em Busca da Perfeição) – photo by elfilm.com
Christoph Waltz (Big Eyes) photo by outnow.ch
• Dan Aykroyd (James Brown)
• Josh Brolin (Inherent Vice) • Albert Brooks (A Most Violent Year) • Johnny Depp (Caminhos da Floresta) • Robert Duvall (The Judge) • Neil Patrick Harris (Garota Exemplar) • Philip Seymour Hoffman (O Homem Mais Procurado) • Logan Lerman (Corações de Ferro) • Edward Norton (Birdman) • Tim Roth (Selma) • Mark Ruffalo (Foxcatcher) • J.K. Simmons (Whiplash) • Benicio Del Toro (Inherent Vice) • Christoph Waltz (Big Eyes) • Tom Wilkinson (Selma)
À princípio, esta pode ser a oportunidade de ouro para a Academia premiar finalmente Johnny Depp naquela que seria sua quarta indicação, porém a primeira como coadjuvante. Infelizmente, ainda não é possível analisar se sua atuação é digna de premiação ou seria apenas especulação por seu histórico como ator. Esperamos que seja uma performance à altura de uma indicação e não simplesmente pelo nome. Além disso, é necessário verificar o quanto seu trabalho será beneficiado por efeitos digitais, já que seu personagem é um lobisomem em Caminhos da Floresta.
Pela repercussão no Festival de Toronto, já incluiria o nome do veterano Robert Duvall, que divide a tela com o astro Robert Downey Jr. em The Judge, no qual interpreta um juiz de uma pequena cidade acusado de assassinato. Esta seria a sétima indicação de Duvall, que ganhou o Oscar pelo tocante A Força do Carinho em 1984. Como a última indicação dele foi lá em 1999 por A Qualquer Preço, esta pode ser o retorno que a Academia vinha aguardando para premiá-lo novamente sem depender de um Oscar Honorário, afinal, Duvall já tem 83 anos.
Mas os grandes favoritos da categoria atendem pelos nomes: Mark Rufallo e J.K. Simmons. O primeiro é um dos atores mais versáteis da atualidade, recebeu sua primeira indicação em 2011 por Minhas Mães e Meu Pai, e está curtindo o auge de sua fama como Bruce Banner/Hulk dos filmes dos Vingadores da Marvel Comics. Em Foxcatcher, ele é o irmão que busca proteger o atleta olímpico da obsessão doentia do treinador de luta livre, tarefa que o fez ganhar peso e aumentar suas chances no Oscar. Já o segundo, ficou mundialmente conhecido por ser o chefe de Peter Parker/Homem-Aranha, J.J. Jameson nos filmes dirigidos por Sam Raimi. Embora J.K. Simmons também tenha feito ótima parceria com o diretor Jason Reitman, ele vem conquistando boas críticas por Whiplash: Em Busca da Perfeição, no qual atua como treinador de um jovem baterista (Miles Teller).
Ainda cedo pra analisar, mas com boas chances temos: Benicio Del Toro e Josh Brolin por Inherent Vice; Christoph Waltz por Big Eyes; e Albert Brooks por A Most Violent Year. Já no campo mais concreto, segundo a resposta no Festival de Veneza, Edward Norton pode voltar a concorrer ao Oscar por Birdman após 16 anos, podendo retomar aquele caminho promissor dos anos 90.
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Patricia Arquette com o pequeno Ellar Coltrane em cena de Boyhood: Da Infância à Juventude
Emily Blunt (Caminhos da Floresta)
Viola Davis (James Brown) – photo by outnow.ch
Jennifer Garner (Men, Women & Children) – photo by cine.gr
Anne Hathaway (Interestelar)
Felicity Jones (The Theory of Everything) – photo by outnow.ch
Anna Kendrick (Caminhos da Floresta)
Keira Knightley (The Imitation Game) – photo by outnow.ch
Julianne Moore (Maps to the Stars) – photo by outnow.ch
Octavia Spencer (James Brown)
Emma Stone (Birdman) – photo by fox searchlight
Marisa Tomei (O Amor é Estranho) – photo by ioncinema.com
Naomi Watts (Birdman)
Kaitlyn Dever (Men, Women & Children) – photo by outnow.ch
• Patricia Arquette (Boyhood: Da Infância à Juventude) • Viola Davis (James Brown) • Laura Dern (Wild)
• Kaitlyn Dever (Men, Women & Children)
• Anne Hathaway (Interestelar) • Jennifer Garner (Men, Women & Children) • Felicity Jones (The Theory of Everything) • Anna Kendrick (Caminhos da Floresta) • Keira Knightley (The Imitation Game)
• Julianne Moore (Maps to the Stars)
• Miranda Otto (The Homesman) • Vanessa Redgrave (Foxcatcher) • Octavia Spencer (James Brown) • Emma Stone (Birdman)
• Marisa Tomei (O Amor é Estranho)
• Naomi Watts (Birdman)
Primeiramente, volto a ressaltar que Julianne Moore pode concorrer como coadjuvante por seu papel vencedor do prêmio de Melhor Atriz em Cannes. Na maioria das vezes, é a própria distribuidora, encarregada do lobby, que decide em qual categoria a atriz deve concorrer a fim de aumentar as chances de vitória.
Até o momento, uma das favoritas é Laura Dern por Wild. Filha do ator Bruce Dern, que concorreu ao Oscar este ano por Nebraska, ela chegou a ser indicada uma vez por As Noites de Rose no início dos anos 90, mas ficou mais famosa pelo blockbuster de Steven Spielberg, Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros (1993). Pela calorosa recepção do Festival de Toronto, ela deve conquistar sua segunda indicação, fortalecendo a campanha do filme no Oscar. A seu favor, também conta sua participação no drama A Culpa é das Estrelas.
Já para os especialistas em Oscar, Patricia Arquette está na frente da disputa por seu papel de mãe em Boyhood: Da Infância à Juventude. Sua personagem é uma observadora atenta do crescimento de seu filho dos 5 aos 18 anos, gerando momentos maternos simples, porém tocantes como o primeiro dia de faculdade. Embora nunca tenha sido indicada para o prêmio da Academia, no mínimo, Arquette deve figurar na lista final.
Em alta por sua parceria com Woody Allen em Magia ao Luar e o sucesso de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, Emma Stone já pode colher os frutos através do trabalho com Alejandro González Iñárritu. Em Birdman, ela interpreta a filha problemática de Michael Keaton, passando por clínicas de reabilitação e constantes recaídas. Mais conhecida por sua veia cômica, a jovem atriz demonstra novas facetas em um trabalho mais dramático, uma característica que a Academia costuma ver com bons olhos.
Apoiada pelo recente histórico de indicações sem vitória, Viola Davis pode retornar ao tapete vermelho com o papel de mãe de James Brown. Além de seu talento habitual que tridimensionaliza personagens menores, ela conta com o triunfo da maquiagem envelhecedora, que tanto favorece as interpretações premiadas. Caso ocorra, esta será sua terceira indicação ao Oscar e com grandes chances de vitória, uma vez que ela repete parceria vencedora com o diretor Tate Taylor de Histórias Cruzadas.
MELHOR ANIMAÇÃO
Operação Big Hero 6 (Big Hero 6)
Festa no Céu (The Book of Life)
Os Boxtrolls (The Boxtrolls)
Como Treinar Seu Dragão 2 (How to Train Your Dragon 2)
Uma Aventura LEGO (The Lego Movie)
As Aventuras de Peabody e Sherman (Mr. Peabody and Sherman)
Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Mdagascar)
Song of the Sea
The Tale of Princess Kaguya
• Operação Big Hero 6 (Big Hero 6), de Don Hall, Chris Williams • Festa no Céu (Book of Life), de Jorge R. Gutierrez • Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi • Como Treinar o seu Dragão 2 (How to Train your Dragon 2), de Dean DeBlois • The Tale of Princess Kaguya (Kaguyahime no Monogatari), de Isao Takahata
• Uma Aventura LEGO (The Lego Movie), de Phil Lord e Christopher Miller • As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr. Peabody & Sherman), de Rob Minkoff • Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Madagascar), de Eric Darnell e Simon J. Smith
• Song of the Sea, de Tomm Moore
Virou praxe: todo ano em que a Pixar está ausente, não há favoritos. O estúdio elevou tanto o nível de qualidade da animação que o cinema fica sem referência sem seus filmes. A briga deve se concentrar entre Operação Big Hero 6, Como Treinar seu Dragão 2 e Uma Aventura LEGO, com uma ligeira vantagem para o último por seu sucesso nas bilheterias nos EUA, que ultrapassa os 250 milhões de dólares.
E como de costume, a Academia gosta de incluir animações oriundas de outras nações, sendo Japão a mais indicada entre os estrangeiros. Na ausência do mestre Hayao Miyazaki, indicado este ano por Vidas ao Vento, outro mestre nipônico pode tomar seu lugar no Oscar: Isao Takahata, responsável por uma das animações mais tocantes de todos os tempos: Túmulo dos Vagalumes (1988). Seu mais novo trabalho, The Tale of Princess Kaguya, também foi produzido pelo Studio Ghibli de Miyazaki, e contém elementos fantásticos como a princesa do título ser do tamanho de um dedo.
Claro que se houver mais uma vaga pra animação estrangeira, a vaga pode ficar com o irlandês Song of the Sea, do mesmo Tomm Moore que foi indicado em 2010 por Uma Viagem ao Mundo das Fábulas (The Secret of Kells).