ACADEMIA DIVULGA PRÉ-LISTAS SEM ‘TITANE’ e ‘DESERTO PARTICULAR’

PELA PRIMEIRA VEZ, PRÉ-LISTA SE ESTENDE À CATEGORIA DE MELHOR SOM

Nest terça-feira (21/12), a Academia divulgou as pré-listas de dez categorias. Foram 15 pré-selecionados para Melhor Documentário, Filme Internacional, Trilha Musical Original e Canção Original, enquanto foram 10 nas categorias de Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais, Som, Documentário-Curta, Curta-Metragem e Curta de Animação. Apenas os filmes dessas listas poderão seguir adiante na disputa pelas 5 indicações nessas categorias, que serão divulgadas apenas no dia 08 de Fevereiro.

Embora torcida não falte, o representante brasileiro, Deserto Particular, de Aly Muritiba, não avançou na disputa por uma das 5 cobiçadas vagas da categoria Filme Internacional. O Brasil permanece estacionado em 1999, quando Central do Brasil foi indicado, e em 2007, quando O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias chegou na pré-lista. Havia uma expectativa razoável do Cinema Brasileiro voltar ao tapete vermelho caso 7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto, tivesse sido selecionado pelo comitê da Academia Brasileira de Cinema, pois o filme já contava com o aporte da Netflix e dos produtores indicados ao Oscar, Fernando Meirelles e Ramin Bahrani, mas agora jamais saberemos como seria. O jeito é continuar apoiando o cinema nacional em tempos difíceis e torcer para que esse comitê selecione com maior preparo, antecipação e embasamento, e não apenas por gostos pessoais.

Se não houve espaço para o Brasil em Filme Internacional, sobrou uma vaguinha para Curta-Metragem para o filme Seiva Bruta, de Gustavo Milan, ou Under the Heavens como ficou conhecido internacionalmente. A história acompanha uma jovem venezuelana que ajuda um casal em dificuldades amamentando a filha deles após imigrar ao Brasil. Se não me engano, o último curta brasileiro indicado ao Oscar foi em 2001 com Uma História de Futebol, de Paulo Machline.

Abaixo, seguem as pré-listas das dez categorias e um breve panorama e comentário.

DOCUMENTÁRIO

  • “Ascension” (MTV Documentary Films) – dir. Jessica Kingdon
  • “Attica” (Showtime) – dir. Stanley Nelson
  • “Billie Eilish: The World’s a Little Blurry” (Apple Original Films) – dir. RJ Cutler
  • “Faya Dayi” (Janus Films) – dir. Jessica Beshir
  • “The First Wave” (National Geographic) – dir. Matthew Heineman
  • “Flee” (Neon) – dir. Jonas Poher Rasmussen
  • “In the Same Breath” (HBO Documentary Films) – dir. Nanfu Wang
  • “Julia” (Sony Pictures Classics) – dir. Julie Cohen, Betsy West
  • “President” (Greenwich Entertainment) – dir. Camilla Nielsson
  • “Procession” (Netflix) – dir. Robert Greene
  • “The Rescue” (National Geographic) – dir. Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi
  • “Simple as Water” (HBO Documentary Films) – dir. Megan Mylan
  • “Summer of Soul (…Ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” (Searchlight Pictures) – dir. Quest Love
  • “The Velvet Underground” (Apple Original Films) – dir. Todd Haynes
  • “Writing with Fire” (Music Box Films) – dir. Rintu Thomas

Houve um redução considerável do número de documentários inscritos este ano se compararmos ao ano de 2020: de 238 para 138, mas ainda assim há bons documentários que merecem estar no Oscar. O primeiro destaque fica por conta do dinamarquês Flee, que se tornou o primeiro exemplar de filme elegível nas categorias de Documentário, Filme Internacional e Longa de Animação, e é bem possível que possa ser triplamente indicado.

Até o momento, um dos documentários mais bem comentados e elogiados foi Summer of Soul, dirigido pelo DJ Questlove, o mesmo que proveu música para a última cerimônia do Oscar. Ele recupera imagens sagradas de um festival de música e cultura afro no Harlem em 1969, e em tempos pós-Black Lives Matter, está com a passagem praticamente garantida para o Dolby Theater.

Procession, que acompanha um grupo de vítimas de abuso sexual de padres católicos, recentemente foi indicado ao Independent Spirit e ficou em 2º lugar na seleção do LAFCA. E existem as possibilidades da diretora chinesa Nanfu Wang, que foi esnobada pelo ótimo One Child Nation, ser indicada por In the Same Breath, que disseca a ligação da pandemia de Wuhan com o Partido Comunista Chinês; e do aclamado Todd Haynes, diretor de Longe do Paraíso e Carol, ser indicado pelo documentário The Velvet Underground, sobre uma das bandas de rock mais influentes de seu tempo.

FILME INTERNACIONAL

  • “Great Freedom” (Áustria) – dir. Sebastian Meise
  • “Playground” (Bélgica) – dir. Laura Wandel
  • “Lunana: A Yak in the Classroom” (Butão) – dir. Pawo Choyning Dorji
  • “Flee” (Dinamarca) – dir. Jonas Poher Rasmussen
  • “Compartment No. 6” (Finlândia) – dir. Juho Kuosmanen
  • “O Homem Ideal” (Alemanha) – dir. Maria Schrader
  • “Lamb” (Islândia) – dir. Valdimar Jóhannsson
  • “A Hero” (Irã) – dir. Asghar Farhadi
  • “A Mão de Deus” (Itália) – dir. Paolo Sorrentino
  • “Drive My Car” (Japão) – dir. Ryusuke Hamaguchi
  • “Hive” (Kosovo) – dir. Blerta Basholli
  • “Prayers for the Stolen” (México) – dir. Tatiana Huezo
  • “The Worst Person in the World” (Noruega) – dir. Joachim Trier
  • “Plaza Catedral” (Panamá) – dir. Abner Benaim
  • “The Good Boss” (Espanha) – dir. Fernando León de Aranoa

Como no ano anterior, foram 93 filmes inscritos. Desde a última temporada, devido à pandemia, o comitê especial que elegia três dos nove filmes pré-listado foi suspenso, mas por outro lado, os pré-selecionados passaram de nove para quinze filmes. Claro que isso é ótimo para esses filmes, pois podem trabalhar com mais tempo em suas campanhas em solo americano, mas existem chances bem maiores de filmes premiados e aclamados serem esnobados como foi o caso do francês Titane, de Julia Ducournau, que se tornou a segunda mulher a vencer a Palma de Ouro em Cannes. Apesar do prêmio, e do suporte da distribuidora NEON, o filme possui uma característica bastante divisiva (como era dos filmes do início da carreira de David Cronenberg como Crash – Estranhos Prazeres) que acaba prejudicando a média na hora da votação.

Dentre os filmes que praticamente estão dentre da lista final estão o japonês Drive My Car, o iraniano A Hero, o norueguês The Worst Person in the World (também da NEON) que, curiosamente, foram todos premiados no Festival de Cannes. Sob essa perspectiva, o finlandês Compartment No. 6 também estaria garantido, ainda mais por poder contar com a boa campanha da Sony Pictures Classics, que não pôde fazer campanha para o espanhol Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar, pois foi preterido pelo comitê espanhol por The Good Boss, que também está nesta pré-lista.

Para a última vaga, poderíamos apostar as fichas no dinamarquês Flee, mas sendo elegível também nas categorias de Longa de Animação e Documentário, os votos podem se dividir e prejudicá-lo. O italiano A Mão de Deus conta com o prestígio do vencedor do Oscar Paolo Sorrentino e do apoio da Netflix, mas a crítica tem sido bem conturbada, inclusive com frases do tipo “ele pensa que é Fellini”. E existem chances da Academia surpreender como tem feito nos últimos anos e indicar fora da lista dos previsíveis e indicar o austríaco Great Freedom ou o mexicano Prayers for the Stolen, mas não acredito que vá nos inéditos da pré-lista como o filme do Butão, Lunana: A Yak in the Classroom, do Panamá, Plaza Catedral, ou de Kosovo, Hive.

Só para citar alguns excluídos da lista além do Brasil, destaco o colombiano Memoria, de Apichatpong Weerashetakul (estrelado por Tilda Swinton) e o russo Unclenching the Fists, de Kira Kovalenko.

MAQUIAGEM E PENTEADO

  • “Um Príncipe em Nova York 2” (Amazon Studios)
  • “Cruella” (Walt Disney Pictures)
  • “Cyrano” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Os Olhos de Tammy Faye” (Searchlight Pictures)
  • “Casa Gucci” (MGM/United Artists Releasing)
  • “O Beco do Pesadelo” (Searchlight Pictures)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “O Esquadrão Suicida” (Warner Bros)
  • “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

Dentre os dez da lista, aquela transformação bisonha de Jared Leto em Casa Gucci chama bastante atenção. Se fosse alguns anos atrás, diríamos sem pestanejar que seria indicado e que ganharia, mas os tempos mudaram e a maquiagem tem sido um pouco como trilha musical, pois quanto mais sutil, melhor para a Academia. De qualquer forma, acreditamos que entra na lista final, porque Leto estampa os pôsteres e fica marcado. O mesmo pode ser dito para Os Olhos de Tammy Faye, já que Jessica Chastain nitidamente se transforma na personagem com o auxílio da maquiagem e penteado.

Duna deve estar entre os indicados e tem as melhores chances de ganhar a estatueta por se tratar da recriação de um universo renomado. Por causa dos penteados de Emma Stone, Cruella tem chances de aparecer na lista final, contando com o aporte da Disney. Já a última vaga poderia ficar entre Cyrano e Amor, Sublime Amor.

Apesar da qualidade da maquiagem transformativa de Um Príncipe em Nova York 2 ser notável, o filme foi muito mal recebido e, se o filme original não ganhou o Oscar em 1989, não é o segundo que vai. Destaque para os três filmes da MGM nessa lista: Casa Gucci, Cyrano e 007 Sem Tempo Para Morrer. Dentre os ausentes mais sentidos estão Apresentando os Ricardos e o mundo colorido de Wes Anderson em A Crônica Francesa.

TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • “Apresentando os Ricardos” (Amazon Studios) – Daniel Pemberton
  • “A Lenda de Candyman” (Universal Pictures) – Robert Aiki Aubrey Lowe
  • “Não Olhe Para Cima” (Netflix) – Nicholas Britell
  • “Duna” (Warner Bros) – Hans Zimmer
  • “Encanto” (Walt Disney Pictures) – Germaine Franco
  • “A Crônica Francesa” (Searchlight Pictures) – Alexandre Desplat
  • “O Cavaleiro Verde” (A24) – Daniel Hart
  • “Vingança e Castigo” (Netflix) – Jeymes Samuel
  • “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros) – Kris Bowers
  • “O Último Duelo” (20th Century Studios) – Harry Gregson-Williams
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing) – Hans Zimmer
  • “Madres Paralelas” (Sony Pictures Classics) – Alberto Iglesias
  • “Ataque dos Cães” (Netflix) – Jonny Greenwood
  • “Spencer” (Neon/Topic Studios) – Jonny Greenwood
  • “The Tragedy of Macbeth” (Apple Original Films/A24) – Carter Burwell

Primeiro, gostaríamos de ressaltar a inclusão da trilha de A Lenda de Candyman, de Robert Aiki Aubrey Lowe. Como é tão raro filmes de terror no Oscar, não poderíamos deixar de valorizar. Claro que não podemos nos iludir, pois a Academia adora dar o doce e depois tirá-lo, como foi o caso do ano passado com a inclusão da trilha de O Homem Invisível, que na hora das indicações, foi totalmente esnobado.

Pelas estatísticas, é importante destacar Germaine Franco como a única mulher na lista por Encanto (ela foi indicada ao Globo de Ouro), e Robert Aiki Aubrey Lowe se junta a Kris Bowers (aquele compositor do documentário-curta indicado este ano A Concerto is a Conversation) por King Richard: Criando Campeãs, e Jeymes Samuel por Vingança & Castigo como os três compositores negros da lista.

Dito isso, dois compositores têm a chance de serem duplamente indicados: Hans Zimmer por Duna e 007 Sem Tempo Para Morrer (provavelmente será indicado pelo primeiro) e Jonny Greenwood por Ataque dos Cães e Spencer (também com maiores chances de ser indicado pelo primeiro). Além deles, por enquanto apostamos em indicações para Alberto Iglesias (Madres Paralelas), Germaine Franco (Encanto) e Nicholas Britell (Não Olhe Para Cima).

CANÇÃO ORIGINAL

  • “So May We Start?” de “Annette” (Amazon Studios) por Ron Mael, Russell Mael (Sparks)
  • “Down To Joy” de “Belfast” (Focus Features) por Van Morrison
  • “Right Where I Belong” de “Brian Wilson: Long Promised Road” (Screen Media Films) por Brian Wilson, Jim James
  • “Automatic Woman” de “Bruised” (Netflix) por H.E.R. (outros compositores a serem determinados)
  • “Dream Girl” de “Cinderela” (Amazon Studios) por Idina Menzel, Laura Veltz
  • “Beyond The Shore” de “No Ritmo do Coração” (Apple Original Films) por Nicholai Baxter, Matt Dahan, Sian Heder, Marius de Vries
  • “The Anonymous Ones” de “Querido Evan Hansen” (Universal Pictures) por Benj Pasek, Justin Paul, Amandla Stenberg
  • “Just Look Up” de “Não Olhe Para Cima” (Netflix) por Nicholas Britell, Ariana Grande, Scott Mescudi, Tara Stinson
  • “Dos Oruguitas” de “Encanto” (Walt Disney Pictures) por Lin-Manuel Miranda
  • “Somehow You Do” de “Four Good Days” (Vertical Entertainment) por Diane Warren
  • “Guns Go Bang” de “Vingança e Castigo” (Netflix) por Jeymes Samuel, Scott Mescudi, Shawn Carter
  • “Be Alive” de “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros) por Beyoncé Knowles-Carter, Dixson
  • “No Time To Die” de “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing) por Billie Eilish, Finneas O’Connell
  • “Here I Am (Singing My Way Home)” de “Respect: A História de Aretha Franklin” (MGM/United Artists Releasing) por Jamie Alexander Hartman, Jennifer Hudson, Carole King
  • “Your Song Saved My Life” de “Sing 2” (Illumination/Universal Pictures) por Bono, The Edge, Adam Clayton, Larry Mullen, Jr.

A maior publicidade desta pré-lista é a possibilidade de marido e mulher serem indicados e competirem entre si pela primeira vez na história da Academia. Sim, Jay-Z (por Vingança & Castigo) disputa uma indicação com sua esposa Beyoncé (por King Richard: Criando Campeãs). As celebridades musicais não param por aí. Ariana Grande (Não Olhe Para Cima), Billie Eilish (007 Sem Tempo Para Morrer), e Van Morrison (Belfast) podem chegar ao tapete vermelho.

Nossa querida Diane Warren novamente aparece na lista com a canção “Somehow You Do’ do drama Four Good Days, estrelado por Glenn Close e Mila Kunis. Será que ela consegue sua 13ª indicação? E o Oscar finalmente vai pra ela? Pro azar dela, a vencedora deste ano que ganhou dela, H.E.R., está de volta com o filme da Netflix Ferida, estrelado e dirigido por Halle Berry. Por enquanto, acreditamos que o Oscar fica entre Beyoncé e Billie Eilish.

EFEITOS VISUAIS

  • “Viúva Negra” (Marvel Studios)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Eternos” (Marvel Studios)
  • “Free Guy: Assumindo o Controle” (20th Century Studios)
  • “Ghostbusters: Mais Além” (Sony Pictures)
  • “Godzilla vs. Kong” (Warner Bros)
  • “Matrix Resurrections” (Warner Bros)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (Marvel Studios)
  • “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (Sony Pictures)

Quatro filmes da Marvel Studios estão na lista: Viúva Negra, Eternos, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis e o recém-lançado Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Particularmente achamos bem sofríveis os efeitos do dragão na parte final de Shang-Chi, mas pelo visto o lobby fala mais alto. Duna e Eternos são apostas mais seguras, enquanto Free Guy: Assumindo o Controle está quase lá pela sua natureza de efeitos de video-game.

As outras duas vagas devem ser preenchidas por Matrix Ressurections e 007 Sem Tempo Para Morrer, mas pode haver abertura para Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa pelo estrondoso sucesso nas bilheterias.

SOM

  • “Belfast” (Focus Features)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “Noite Passada no Soho” (Focus Features)
  • “Matrix Resurrections” (Warner Bros)
  • “007 Sem Tempo Para Morrer” (MGM/United Artists Releasing)
  • “Ataque dos Cães” (Netflix)
  • “Um Lugar Silencioso: Parte II” (Paramount Pictures)
  • “Homem-Aranha: Sem Caminho Para Casa” (Sony Pictures)
  • “Tick, Tick … Boom!” (Netflix)
  • “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

Pela primeira vez, a Academia decidiu fazer a pré-lista da categoria de Som, que foi unificada desde 2021 e vencida pelo minucioso O Som do Silêncio. A disputa deve ficar entre o barulhento Duna e o musical Amor, Sublime Amor. Falando em musicais, Tick, Tick… BOOM! deve conquistar uma das vagas. Um Lugar Silencioso: Parte II deve ser lembrado pelo uso criativo e chamativo do som, e um filme mais barulhento deve ficar com a última vaga como Matrix, 007 ou Homem-Aranha. A presença de Noite Passada em Soho é surpreendente aqui, mas bem-vinda.

CURTA DE ANIMAÇÃO

  • “Affairs of the Art”
  • “Angakusajaujuq: The Shaman’s Apprentice”
  • “Bad Seeds”
  • “Bestia”
  • “Boxballet”
  • “Flowing Home”
  • “Mum Is Pouring Rain”
  • “The Musician”
  • “Namoo”
  • “Only a Child”
  • “Robin Robin”
  • “Souvenir Souvenir”
  • “Step into the River”
  • “Us Again”
  • “The Windshield Wiper”

DOCUMENTÁRIO-CURTA

  • “Águilas”
  • “Audible”
  • “A Broken House”
  • “Camp Confidential: America’s Secret Nazis”
  • “Coded: The Hidden Love of J. C. Leyendecker”
  • “Day of Rage”
  • “The Facility”
  • “Lead Me Home”
  • “Lynching Postcards: “Token of a Great Day”
  • “The Queen of Basketball”
  • “Sophie & the Baron”
  • “Takeover”
  • “Terror Contagion”
  • “Three Songs for Benazir”
  • “When We Were Bullies”

CURTA-METRAGEM

  • “Ala Kachuu – Take and Run”
  • “Censor of Dreams”
  • “The Criminals”
  • “Distances”
  • “The Dress”
  • “Frimas”
  • “Les Grandes Claques”
  • “The Long Goodbye”
  • “On My Mind”
  • “Please Hold”
  • “Stenofonen”
  • “Tala’vision”
  • “Seiva Bruta” (Under the Heavens)
  • “When the Sun Sets”
  • “You’re Dead Helen”

______________________________________________________________________________________
O anúncio dos indicados ao Oscar 2022 será no dia 08 de Fevereiro.

‘DRIVE MY CAR’ É ELEITO o MELHOR FILME pela LAFCA

FILME JAPONÊS JÁ HAVIA CONQUISTADO CRÍTICOS DE NOVA YORK

Neste sábado, a Associação de Críticos de Los Angeles divulgou sua seleção dos melhores de 2021 pelo Twitter oficial @LAFilmCritics. Assim como os críticos de Nova York, o filme japonês Drive My Car venceu o prêmio de Melhor Filme, e a neozelandesa Jane Campion venceu como Melhor Diretora por Ataque dos Cães. Tradicionalmente, o LAFCA tem o prêmio de 2º lugar (ou como eles chama “runner up”), e curiosamente, houve uma alternação entre Filme e Direção: Drive My Car ficou com Melhor Filme e 2º lugar na Direção para Ryusuke Hamaguchi, enquanto Ataque dos Cães ficou com Melhor Direção e 2º lugar em Melhor Filme.

Com esta dupla vitória de LA e NY, a adaptação do conto de Haruki Murakami automaticamente se torna o franco favorito na categoria de Filme Internacional, representando o Japão, e alguns especialistas já arriscam outras indicações como Filme, Direção e Roteiro Adaptado, lembrando que já havia vencido Melhor Roteiro no último Festival de Cannes. Embora os críticos de Los Angeles tenham uma tradição de premiar produções estrangeiras, vale lembrar que o sul-coreano Parasita também fez a mesma trajetória em 2019-20.

Nas categorias de atuação, atores estrangeiros também se destacaram. Como previsto, a espanhola Penélope Cruz conquistou o prêmio de Atriz por Madres Paralelas, já em 2º lugar ficou a norueguesa Renate Reinsve em The Worst Person in the World. Na categoria de Ator Coadjuvante, houve um empate entre o francês Vincent Lindon por Titane e o jovem Kodi Smit-McPhee por Ataque dos Cães.

Esse amor às produções estrangeiras também se estendeu à categoria de Melhor Animação com a vitória do dinamarquês Flee, de Jonas Poher Rasmussen, e o 2º lugar para o japonês Belle, de Mamoru Hosoda. E isso comprova que as animações americanas da Disney, Pixar, Dreamworks e Sony deixaram a desejar este ano, pois normalmente elas ganham espaço aqui. Aproveitando a deixa, seria muito bacana se a Academia premiasse uma animação em língua estrangeira após 20 anos, já que A Viagem de Chihiro foi a primeira e única animação estrangeira a conseguir esse feito.

Ariana DeBose venceu como Atriz Coadjuvante, lembrando que Amor, Sublime Amor, de Steven Spielberg continua forte na temporada. A grande surpresa ficou por conta do prêmio de Melhor Ator para Simon Rex por Red Rocket, de Sean Baker. Embora o filme tenha sido indicado à Palma de Ouro em Cannes, a reação da crítica internacional foi mista, mas dependendo da campanha, ele pode conseguir uma indicação ao Oscar.

Mas talvez a maior surpresa desta edição foi a premiação de Duas Tias Loucas de Férias na categoria de Design de Produção, batendo um dos favoritos O Beco do Pesadelo, de Guillermo del Toro. Apesar de existir um trabalho grandioso na construção do resort, geralmente as comédias desse estilo costumam ser completamente ignoradas em temporadas de premiação. Falando em ignorados, a categoria de Filme em Língua Estrangeira se mostrou sem valor ao Oscar, pois Petite Maman não foi o filme selecionado pela França, e o 2º lugar, Quo Vadis, Aida? já foi indicado em 2021 pela Bósnia e Herzegovina.

Embora tenha ficado com o 2º lugar de Roteiro (perdeu para Drive My Car), Paul Thomas Anderson tem as melhores chances de conquistar sua primeira estatueta do Oscar pelo roteiro original de Licorice Pizza. Claro que ele tem boas chances de ser indicado a Diretor no Oscar, mas é mais provável que ele vença pelo roteiro, servindo como uma espécie de prêmio de consolação.

Confira a lista completa de vencedores da LAFCA abaixo:

MELHOR FILME: Drive My Car
2º lugar: Ataque dos Cães

MELHOR DIRETOR: Jane Campion (Ataque dos Cães)
2º lugar: Ryusuke Hamaguchi (Drive My Car)

MELHOR ATOR: Simon Rex (Red Rocket)
2º lugar: Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ: Penélope Cruz (Madres Paralelas)
2º lugar: Renate Reinsve (The Worst Person in the World)

MELHOR ATOR COADJUVANTE (EMPATE): Vincent Lindon (Titane) E Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)
2º lugar: Aunjanue Ellis (King Richard: Criando Campeãs)

MELHOR ANIMAÇÃOFlee
Runner-up: Belle

MELHOR DOCUMENTÁRIO“Summer of Soul”
2º lugar: “Procession”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: Petite Maman, de Céline Sciamma (França)
2º lugar: Quo vadis, Aida?, de Jasmila Zbanic (Bósnia e Herzegovina)

MELHOR ROTEIRO: Ryusuke Hamaguchi and Takamasa Oe (Drive My Car)
2º lugar: Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)

MELHOR FOTOGRAFIAAri Wegner (Ataque dos Cães)
2º lugar: Greig Fraser (Duna)

MELHOR MONTAGEM: Joshua L. Pearson (Summer of Soul)
2º lugar: Andy Jurgensen (Licorice Pizza)

MELHOR TRILHA MUSICAL: Alberto Iglesias (Madres Paralelas)
2º lugar: Jonny Greenwood (Ataque dos Cães) (Spencer)

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO: Steve Saklad (Duas Tias Loucas de Férias)
2º lugar: Tamara Deverell (O Beco do Pesadelo)

PRÊMIO New Generation (EMPATE): Shatara Michelle Ford (Test Pattern) e Tatiana Huezo (Prayers for the Stolen)

Prêmio Douglas Edwards de Filme Experimental: The Works and Days (of Tayoko Shiojiri in the Shiotani Basin)

Prêmio pelo Conjunto da ObraMel Brooks

FILME JAPONÊS DRIVE MY CAR é o MELHOR FILME segundo NYFCC

FILME DE JANE CAMPION ACUMULA TRÊS PRÊMIOS DOS CRÍTICOS DE NOVA YORK

O Círculo de Críticos de Nova York (NYFCC), composto por um grupo de aproximadamente 50 críticos e jornalistas, anunciou sua seleção nesta sexta-feira (03) com uma surpresa na categoria de Melhor Filme, já que concedeu o prêmio ao filme japonês Drive My Car, que é o representante oficial do Japão na disputa pelo Oscar de Filme Internacional. A adaptação do conto de Haruki Murakami, que foi lançada no último Festival de Cannes, de onde saiu com o prêmio de Melhor Roteiro, ganha mais impulso rumo ao Oscar, cuja pré-lista com 15 filmes em língua estrangeira será divulgada no próximo dia 21. Nos últimos 10 anos, o NYFCC premiou apenas um vencedor do Oscar de Melhor Filme: O Artista em 2012. Em 2018, premiou Roma, falado em espanhol, mas o Oscar preferiu Green Book. No ano passado, o grupo elegeu First Cow, mas a Academia ignorou por completo o drama de época de Kelly Reichardt. Resumindo: o NYFCC não tem servido como parâmetro (aliás, nem deve!).

Ignorado pelo National Board of Review há dois dias, Ataque dos Cães, já no catálogo da Netflix, acumulou três prêmios importantes que oficializa a entrada do western de Jane Campion na temporada de premiações: Direção, Ator (Benedict Cumberbatch) e Ator Coadjuvante (Kodi Smit-McPhee). Ainda sobre a Netflix, A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas conquistou o prêmio de Melhor Longa de Animação, enquanto The Lost Daughter, de Maggie Gyllenhaal, foi eleito o melhor filme de estreia na direção.

Nas categorias de atuação feminina, Kathryn Hunter foi eleita a Melhor Atriz Coadjuvante por interpretar as bruxas em The Tragedy of Macbeth, enquanto Lady Gaga foi reconhecida Melhor Atriz por viver Patrizia Reggiani em Casa Gucci. Embora muitos fãs da artista musical já se empolgarem com esta importante vitória, vale lembrar que as últimas três vencedoras deste prêmio sequer conseguiram uma indicação ao Oscar: Regina Hall (Support the Girls), Lupita Nyong’o (Nós) e Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre), sendo a última vencedora do Oscar Cate Blanchett por Blue Jasmine em 2014.

O único vencedor do NYFCC que também foi premiado no NBR foi Paul Thomas Anderson. Após coletar Filme, Diretor e Atores Revelação no National Board of Review, o cineasta ganhou o prêmio de Roteiro por Licorice Pizza. Ele já havia ganhado o mesmo prêmio em 2017 por Trama Fantasma. Já o prêmio de fotografia foi para o colaborador polonês de Spielberg pelo remake do musical Amor, Sublime Amor.

Por ter levado o prêmio de Melhor Filme, Drive My Car “cedeu” o prêmio de Filme em Língua Estrangeira para o norueguês The Worst Person in the World, que venceu o prêmio de Atriz em Cannes e disputa uma das 5 vagas de Melhor Filme Internacional representando a Noruega.

SEGUEM OS VENCEDORES DO NYFCC 2021:

FILME
Drive My Car
Dir:
Ryusuke Hamagushi

DIREÇÃO
Jane Campion (Ataque dos Cães)

ATOR
Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)

ATRIZ
Lady Gaga (Casa Gucci)

ATOR COADJUVANTE
Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

ATRIZ COADJUVANTE
Kathryn Hunter (The Tragedy of Macbeth)

ROTEIRO
Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza)

FOTOGRAFIA
Janusz Kaminski (Amor, Sublime Amor)

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRO
The Worst Person in the World
Dir: Joachim Trier

FILME DE NÃO-FICÇÃO
Flee

LONGA DE ANIMAÇÃO
A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
Dir: Michael Rianda, Jeff Rowe

FILME DE ESTREIA
The Lost Daughter
Dir: Maggie Gyllenhaal

Special Award: Maya Cade pela criação da Black Film Archive

Special Award: Diane Weyermann, um prêmio póstumo pelo apoio a cineastas ousados e impactantes em Sundance e Participant

Special Award: Marshall Fine por seus anos de serviço como gerente geral da NYFCC e décadas do cinema de Nova York

LICORIZE PIZZA é ELEITO o MELHOR FILME pelo NBR

ORGANIZAÇÃO DE CRÍTICOS TEM GARANTIDO UM DOS INDICADOS A MELHOR FILME NO OSCAR

Formado por cineastas, profissionais, acadêmicos, estudantes e entusiastas de cinema, o seleto grupo do National Board of Review elegeu o novo filme de Paul Thomas Anderson, Licorice Pizza, como o Melhor Filme do ano. “Em tempos de transição e incertezas, não há nada como Licorice Pizza para nos lembrar da alegria, esperança e satisfação que o grande cinema pode inspirar”, defendeu a presidente da NBR Annie Schulhof. O filme ainda levou o prêmio de Atuação Revelação para a dupla Alana Haim e Cooper Hoffman (filho do saudoso Philip Seymour Hoffman). Será lançado no dia 25/12 nos EUA e tem previsão de estreia no Brasil no dia 22 de Janeiro.

O cineasta californiano já havia vencido dois prêmios no NBR: Roteiro Adaptado em 2014 por Vício Inerente, e Roteiro Original em 2017 por Trama Fantasma. Com este reconhecimento como Melhor Filme e Direção inéditos, já começam especulações dos fãs se finalmente chegou a hora de Anderson levar um Oscar. Já são 8 indicações e nenhuma vitória.

Nos últimos 30 anos, a NBR tem conseguido incluir seus vencedores na lista de indicados a Melhor Filme no Oscar, com apenas uma exceção por década: O Ano Mais Violento (2014), Contos Proibidos do Marquês de Sade (2000), Deuses e Monstros (1998). Dificilmente Licorice Pizza será uma dessas exceções se depender do prestígio do diretor na Academia.

Nas categorias de atuação, Will Smith já vinha crescendo nas últimas semanas por sua performance em King Richard: Criando Campeãs como o pai das tenistas Venus e Serena Williams. Mesmo em início de temporada de premiações, este prêmio eleva bastante as chances de sua 3ª indicação ao Oscar após Ali e À Procura da Felicidade. Pelo mesmo filme, Aunjanue Ellis levou o prêmio de Atriz Coadjuvante ao interpretar a mãe delas, mas vale ressaltar que a categoria tem tudo para ser uma das mais disputadas dos últimos anos.

O irlandês Ciarán Hinds, que já trabalhou com vários diretores consagrados como John Boorman, Sam Mendes, Steven Spielberg e Jonathan Demme, foi reconhecido como Melhor Ator Coadjuvante no drama familiar de Kenneth Branagh, Belfast, que conquistou o prestigiado prêmio do público no Festival de Toronto. Caso Belfast seja um dos favoritos ao Oscar 2022, Hinds pode ser a âncora necessária assim como Mahershala Ali foi para Moonlight e Green Book. Já como Melhor Atriz, a maior surpresa desta edição: Rachel Zegler, uma jovem americana de ascendência colombiana, descoberta por Spielberg após ficar conhecida por fazer vídeos com covers como da canção Shallow, de Lady Gaga. Ela interpreta Maria, papel consagrado por Natalie Wood no original Amor, Sublime Amor (1961).

Os estúdios das plataformas de streaming podem não ter levado os prêmios principais que foram para a MGM e United Artists, mas a Amazon Studios levou dois pelo iraniano A Hero, de Asghar Farhadi: Melhor Roteiro Original e Filme em Língua Estrangeira, enquanto a Apple Original Films ficou com Roteiro Adaptado e Fotografia para The Tragedy of Macbeth, de Joel Coen. A Netflix teve de se contentar com Melhor Elenco por Vingança & Castigo, de Jeymes Samuel.

O National Board of Review tem o costume de fazer seu top 10 e top 5 para filmes, filmes independentes, filmes em língua estrangeira e documentário para dar mais visibilidade e beneficiar mais produções. Dentre alguns destaques do ano que devem ganhar mais espaço na temporada estão Duna, Não Olhe Para Cima, Nightmare Alley e o independente No Ritmo do Coração, que há poucos dias levou dois prêmios no Gotham Awards. Vale destacar também o prêmio de Diretor Estreante para Michael Sarnoski do drama intimista Pig, no qual Nicolas Cage vai atrás de seu porco de estimação.

A cerimônia de premiação acontece no próximo dia 11 de Janeiro em Nova York.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO NBR:

MELHOR FILME
“Licorice Pizza” (MGM/United Artists Releasing)

MELHOR DIRETOR
Paul Thomas Anderson, “Licorice Pizza” (MGM/United Artists Releasing)

MELHOR ATOR
Will Smith, “King Richard” (Warner Bros)

MELHOR ATRIZ
Rachel Zegler, “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Ciarán Hinds, “Belfast” (Focus Features)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Aunjanue Ellis, “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Joel Coen, “The Tragedy of Macbeth” (Apple Original Films/A24)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Asghar Farhadi, “A Hero” (Amazon Studios)

MELHOR PERFORMANCE REVELAÇÃO
 Alana Haim e Cooper Hoffman, “Licorice Pizza” (MGM/United Artists Releasing)

MELHOR ESTREIA NA DIREÇÃO
Michael Sarnoski, “Pig” (Neon)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
“Encanto” (Walt Disney Pictures)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
 “A Hero” (Amazon Studios) – Irã

MELHOR DOCUMENTÁRIO
“Summer of Soul (…Or, When the Revolution Could Not Be Televised)” (Searchlight Pictures)

PRÊMIO NBR DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO: “Flee” (Neon & Participant)
MELHOR ELENCO: “Vingança & Castigo” (The Harder They Fall) (Netflix)
MELHOR FOTOGRAFIA: 
Bruno Delbonnel, “The Tragedy of Macbeth” (Apple Original Films/A24)

TOP FILMES (em ordem alfabética)

  • “Belfast” (Focus Features)
  • “Não Olhe Para Cima” (Netflix)
  • “Duna” (Warner Bros)
  • “King Richard: Criando Campeãs” (Warner Bros)
  • “The Last Duel” (20th Century Studios)
  • “Nightmare Alley” (Searchlight Pictures)
  • “Red Rocket” (A24)
  • “The Tragedy of Macbeth” (Apple Original Films/A24)
  • “Amor, Sublime Amor” (20th Century Studios)

TOP 5 FILMES EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (em ordem alfabética)

  • “Benedetta”
  • “Lamb”
  • “Lingu, The Sacred Bonds”
  • “Titane”
  • “The Worst Person in the World”

TOP 5 DOCUMENTÁRIOS (em ordem alfabética)

  • “Ascension” (MTV Documentary Films)
  • “Attica” (Showtime)
  • “Flee” (Neon & Participant)
  • “The Rescue” (National Geographic)
  • “Roadrunner: A Film About Anthony Bourdain” (Focus Features)

TOP 10 FILMES INDEPENDENTES (em ordem alfabética)

  • “The Card Counter” (Focus Features)
  • “C’mon C’mon” (A24)
  • “CODA” (Apple Original Films)
  • “The Green Knight” (A24)
  • “Holler” (IFC Films)
  • “Jockey” (Sony Pictures Classics)
  • “Old Henry” (Shout! Factory)
  • “Pig” (Neon)
  • “Shiva Baby” (Utopia)
  • “The Souvenir Part II” (A24)

93 FILMES DISPUTAM o OSCAR 2022 de MELHOR FILME INTERNACIONAL

FILMES SELECIONADOS EM FESTIVAIS INTERNACIONAIS SÃO FAVORITOS. BRASIL TEM CHANCES REMOTAS COM DESERTO PARTICULAR

Embora o prazo de inscrição tenha terminado no último dia 1º de Novembro, alguns países não confirmaram seus filmes representantes como a Costa do Marfim e Guatemala. Outros países ausentes como Sudão não devem ter representantes para a próxima edição. Por enquanto, são 93 produções para disputar 5 vagas da categoria.

É preciso destacar a escolha da Espanha, que optou pela comédia The Good Boss, de Fernando León de Aranoa, no lugar do favorito Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar, que recentemente venceu o Volpi Cup de Melhor Atriz para Penélope Cruz no Festival de Veneza. Ainda não vimos o filme de Aranoa (estrelado por Javier Bardem), mas nos parece uma escolha equivocada. Curiosamente, o mesmo aconteceu em 2002: Segunda-Feira ao Sol, do mesmo Aranoa, estrelado por Bardem, foi escolhido pela Espanha, mas foi Fale com Ela, de Pedro Almodóvar, que conquistou um Oscar de Roteiro Original e uma indicação a Melhor Direção para Almodóvar. Essa troca pode voltar a acontecer nesta temporada, e Penélope Cruz tem ótimas chances de receber nova indicação como Melhor Atriz.

E mais um pequeno parêntese: três países inscreveram o mesmo filme do ano anterior alegando que a exibição no país não foi possível devido à pandemia. Heliópolis foi novamente selecionado pelo comitê da Argélia. O filme de Djafar Gracem retrata um massacre ocorrido numa pequena cidade argelina no final da Segunda Guerra Mundial. O país africano já foi indicado 5 vezes na categoria (sendo 3 filmes dirigidos por Rachid Bouchareb) e levou um Oscar em 1970 com o formidável Z, de Costa-Gavras. Butão novamente inscreveu Lunana: A Yak in the Classroom, e Chade, Lingui. Ambos os países buscam a primeira indicação ao Oscar.

CALENDÁRIO DO OSCAR 2022

Para inscrição ser aprovada, o filme selecionado deve ter estreado no país de origem entre os dias 1º de Janeiro de 2021 e 31 de Dezembro de 2021, respeitando o prazo de inscrição no site da Academia até o dia 1º de Novembro.

Assim como na última edição, a pré-lista contará com 15 filmes votados por membros da Academia, que têm acesso aos filmes através da plataforma de streaming exclusiva. Essa lista será divulgada no dia 21 de Dezembro, enquanto os 5 finalistas apenas no dia 08 de Fevereiro de 2022, dia do anúncio dos indicados. Até antes da pandemia, a pré-lista era composta por 6 filmes selecionados por membros da Academia que viram os filmes, e 3 filmes selecionados por um comitê especial que garantia que filmes bem reconhecidos, elogiados e premiados na temporada fizessem parte da seleção final. Resta sabermos se esse sistema retornará após o término da pandemia.

COMO ESTÁ A DISPUTA ATÉ O MOMENTO?

É difícil a gente falar sobre filmes que não vimos, apenas dar impressões com base em críticas internacionais, passagens em festivais e histórico de diretores em relação ao Oscar. Nos últimos anos, filmes selecionados e premiados em Cannes, Berlim e Veneza têm garantido um certo favoritismo. Se pegarmos os últimos 5 vencedores do Oscar dessa categoria, temos: três filmes com passagem em Cannes: Druk, Parasita e O Apartamento (tendo Parasita levando a Palma de Ouro), um vencedor do Leão de Ouro em Veneza (Roma) e o vencedor de Melhor Roteiro em Berlim (Uma Mulher Fantástica).

Seguindo essa lógica, temos alguns favoritos:

TITANE (França)
Dir: Julia Ducournau

O segundo longa de Ducournau foi uma sensação no último Festival de Cannes, levando a Palma de Ouro do júri presidido por Spike Lee. A cineasta se tornou apenas a segunda mulher a ganhar a Palma de Ouro na história, que tinha apenas Jane Campion por O Piano. Na trama, acompanhamos um pai em busca de seu filho que sumira há 10 anos, mas o grande destaque é a questão transgênero e do body horror, consagrada por David Cronenberg. Se fosse alguns anos atrás, esse tipo de filme jamais teria lugar no Oscar, mas com os esforços de repaginação da Academia, Titane tem boas chances de figurar entre os cinco indicados. O filme foi exibido recentemente no Brasil pela Mostra de São Paulo, mas tem estreia prevista para Janeiro na plataforma da MUBI.

A HERO (Irã)
Dir: Asghar Farhadi

Vencedor do Grande Prêmio do Júri (espécie de 2º lugar) em Cannes, este novo trabalho do diretor Asghar Farhadi automaticamente se tornou um favorito após uma repercussão bastante positiva na crítica internacional. Já houve especulações de que sua distribuidora nos EUA, Amazon Studios, tentará também indicações em outras categorias como Filme, Direção e Roteiro Original. Na história, Rahim está preso por causa de uma dívida. Durante uma condicional de dois dias, tenta convencer seu credor a retirar a queixa se pagar parte do que deve, mas seu plano não dá muito certo. Farhadi já tem dois Oscars de Melhor Filme em Língua Estrangeira por A Separação (2011) e O Apartamento (2016).

DRIVE MY CAR (Japão)
Dir: Ryusuke Hamaguchi

Segundo a crítica internacional, esta adaptação de conto de Haruki Murakami foi um dos melhores filmes presentes na seleção oficial de Cannes. Embora tenha levado o prêmio de Roteiro, muitos acreditavam que o filme japonês merecia a Palma de Ouro. Na trama, um diretor teatral que perdeu sua esposa dramaturga está de luto há dois anos, mas aceita dirigir uma peça em Hiroshima. No caminho, ele vai conhecendo melhor sua motorista e seu passado. Hamaguchi se mostrou um ótimo diretor no recente Asako I & II, lançado em 2018, e essa possível indicação ao Oscar deve alavancar ainda mais sua curta carreira.

COMPARTMENT No. 6 (Finlândia)
Dir: Juho Kuosmanen

Também presente no Festival de Cannes, de onde saiu com o Grande Prêmio do Júri (dividido com A Hero), este filme finalndês nos apresenta uma viagem de trem rumo ao Ártico, na qual dois estranhos compartilham uma jornada que mudará suas perspectivas de vida. Recentemente, foi indicado a Melhor Filme, Ator e Atriz no European Film Awards e isso deve impulsionar a campanha rumo à pré-lista.

THE WORST PERSON IN THE WORLD (Noruega)
Dir: Joachim Trier

Indicado à Palma de Ouro e vencedor do prêmio de Melhor Atriz para Renate Reinsve no Festival de Cannes, este filme norueguês apresenta uma protagonista feminina que se reavalia em busca de respostas pessoais e profissionais após um longo relacionamento de 4 anos com seu ex. A direção de Joachim Trier parece proporcionar uma boa dose de lirismo e romantismo, dando um frescor ao gênero. Com a NEON na distribuição, as chances do filme certamente aumentam.

THE HAND OF GOD (Itália)
Dir: Paolo Sorrentino

Vencedor do Oscar em 2014 pelo poético A Grande Beleza, o diretor Paolo Sorrentino pode retornar ao Oscar com este filme mais pessoal, já que faz um retrato dos anos 80 inspirado em sua própria juventude em Nápoles e sua paixão por futebol (especialmente Diego Maradona) e cinema. Vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Veneza, The Hand of God pode ser a primeira indicação da Itália desde o próprio A Grande Beleza.

OUTROS DESTAQUES

MEMORIA (Colômbia)
Dir: Apichatpong Weerasethakul

Quando foi selecionado para o Festival de Cannes, este novo trabalho do diretor tailandês logo criou expectativas, ainda mais por contar com a versátil Tilda Swinton no elenco. Vencedor da Palma de Ouro em 2010 por Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas, Weerasethakul nos apresenta uma história sobre uma mulher escocesa que passa a ouvir sons estranhos durante uma viagem à Colômbia. Não parece ser um material que a Academia vá amar ou elogiar, mas o filme conta com a sabedoria da distribuidora NEON (que foi responsável pela campanha avassaladora de Parasita) e, claro, com a fama de Swinton.

FLEE (Dinamarca)
Dir: Jonas Poher Rasmussen

Esta animação/documentário já vem chamando a atenção desde que foi premiada no Festival de Sundance, ganhando o Grande Prêmio do Júri de Documentário. Acompanhamos a história real de um homem chamado Amin, que à beira de seu casamento com o namorado na Dinamarca, precisa revelar seu passado oculto no Afeganistão pela primeira vez. Misturando imagens de arquivo com animação, Flee narra uma história de sobrevivência que certamente dialogará com as tristes imagens que presenciamos no Afeganistão este ano. Embora tenha chances em Filme Internacional, deve garantir uma indicação em Longa de Animação, que costuma abraçar trabalhos alternativos, criativos e em língua estrangeira.

A METAMORFOSE DOS PÁSSAROS (Portugal)
Dir: Catarina Vasconcelos

Embora já tenha inscrito diretores consagrados como o saudoso Manoel de Oliveira e o jovem Miguel Gomes, Portugal não recebeu uma indicação sequer desde que começou a selecionar representantes em 1980. Por se tratar de um documentário, A Metamorfose dos Pássaros pode concorrer também na categoria de Melhor Documentário, assim como fez a Romênia este ano com Collective. Com passagem no Festival de Berlim de 2020, levou um prêmio técnico da FIPRESCI e pode surpreender nesta temporada.

LEAVE NO TRACES (Polônia)
Dir: Jan P. Matuszynski

Em 1983, na Polônia comunista, o estudante Grzegorz Przemyk foi espancado até a morte pela polícia, o que torna a única testemunha ocular inimigo do Estado. Filmes poloneses costumam frequentar esta categoria, mas em sua grande maioria, pelas temáticas relacionadas ao Holocausto ou cultura judaica. Baseado num caso verídico, este segundo longa do Matuszynski estava entre os indicados ao Leão de Ouro no último Festival de Veneza.

MÁ SORTE NO SEXO OU PORNÔ AMADOR (Romênia)
Dir: Radu Jude

No último Festival de Berlim, o novo filme de Radu Jude conquistou o Urso de Ouro. Além desse feito, sua temática que explora a cultura de cancelamento vem chamando a atenção do público e da crítica, especialmente pela abordagem cômica do diretor. Na trama, a professora Emi tem sua reputação e carreira ameaçadas quando um vídeo de sexo seu vaza na internet, causando a ira dos pais dos alunos que desejam sua demissão.

E O BRASIL?

Como muitos já sabem, Deserto Particular foi selecionado pelo comitê da Academia Brasileira de Cinema. Embora não houvesse nenhum grande favorito como um Cidade de Deus ou O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, 7 Prisioneiros era considerada a melhor aposta do Brasil. Numa análise fria, alguns motivos facilmente defenderiam sua escolha: 1. NETFLIX: Sem uma boa distribuidora e uma boa campanha publicitária, nenhum filme ganha o Oscar. 7 Prisioneiros já contava com data de lançamento na plataforma de streaming mundial. 2. FERNANDO MEIRELLES e RAMIN BAHRANI: Dois cineastas indicados ao Oscar na produção (Meirelles por Cidade de Deus, e Bahrani por O Tigre Branco) certamente trariam maior visibilidade ao longa. 3. ALEXANDRE MORATTO: Embora pouco conhecido do grande público, Moratto já teve carreira internacional com seu filme anterior Sócrates (2018), que foi indicado ao Independent Spirit Awards. 4. VENEZA: 7 Prisioneiros teve uma boa passagem pelo festival italiano na mostra Orizzonti.

Pelas primeiras críticas que lemos, Deserto Particular se mostra um bom candidato também, principalmente por dialogar com essa polarização brasileira tão contemporânea. Contudo, sem uma boa distribuidora nos EUA que garanta visibilidade, as chances do filme de Aly Muritiba parecem remotas neste momento. O orçamento que o governo brasileiro disponibiliza para campanha publicitária é uma piada, portanto é preciso um milagre. Aproveitamos para criticar a Academia Brasileira de Cinema, que deveria antecipar essa seleção e exigir uma análise mais fria dos membros do comitê se realmente queremos que o Brasil retorne ao Oscar. Central do Brasil continua sendo o último filme nacional indicado na categoria em 1999, há longos 22 anos.

CONFIRA OS FILMES SELECIONADOS POR SEUS PAÍSES PARA DISPUTAR VAGA NO OSCAR 2022 (ATÉ O MOMENTO):

PAÍSFILMEDIRETOR (A) (ES)
África do SulBarakatAmy Jephta
AlbâniaTwo Lions Headig to VeniceJonid Jorgji
AlemanhaO Homem Ideal (I’m Your Man)Maria Shrader
Arábia SauditaThe Tambour of RetributionAbdulaziz Alshlahei
ArgéliaHéliopolisDjafar Gacem
ArgentinaThe IntruderNatalia Meta
ArmêniaShould the Wind DropNora Martirosyan
AustráliaO Uivo das Romãs (When Pomegranates Howl)Granaz Moussavi
ÁustriaGreat FreedomSebastian Meise
AzerbaijãoThe Island WithinRu Hasanov
BangladeshRehanaAbdullah Mohammad Saad
BélgicaPlaygroundLaura Wandel
BolíviaThe Great MovementKiro Russo
Bósnia HerzegovinaThe White FortressIgor Drljaca
BrasilDeserto ParticularAly Muritiba
BulgáriaMedo (Fear)Milko Lazarov
ButãoLunana: A Yak in the ClassroomPawo Choyning Dorji
CamarõesHidden DreamsNgang Romanus
CambojaWhite BuildingIvaylo Hristov
CanadáDrunken BirdsIvan Grbovic
CazaquistãoYellow CatAdilkhan Yerzhanov
ChadeLinguiMahamat-Saleh Haroun
ChileWhite on WhiteTheo Court
ChinaCliff WalkersZhang Yimou
ColômbiaMemóriaApichatpong Weerasethakul
Coréia do SulEscape from MogadishuRyoo Seung-wan
Costa RicaClara SolaNathalie Álvarez Mesén
CroáciaTereza37Danilo Serbedzija
DinamarcaFuga (Flee)Jonas Poher Rasmussen
EgitoSouadAyten Amin
EquadorSumergibleAlfredo León León
Eslováquia107 MothersPeter Kerekes
EslovêniaSanremoMiroslav Mandic
EspanhaThe Good BossFernando León Aranoa
EstôniaOn the WaterPeeter Simm
FinlândiaCompartment No. 6Juho Kuosmanen
FrançaTitaneJulia Ducournau
GeórgiaBrighton 4thLevan Koguashvili
GréciaDiggerGeorgis Grigorakis
HaitiFredaGessica Généus
HolandaDo Not HesitateShariff Korver
Hong KongRetrato de um Campão (Zero to Hero)Jimmy Wan
HungriaPost MortemPéter Bergendy
ÍndiaPedregulhos (Pebbles)P.S. Vinothraj
IndonésiaYuniKamila Andini
IrãA HeroAsghar Farhadi
IraqueEuropaHaider Rashid
IrlandaFoscadhSeán Breathnach
IslândiaLambValdimar Jóhannsson
IsraelLet There Be MorningEran Kolirin
ItáliaThe Hand of GodPaolo Sorrentino
JapãoDrive My CarRyusuke Hamaguchi
JordâniaAmiraMohamed Diab
KosovoHiveBlerta Basholli
LetôniaThe PitDace Puce
LíbanoCosta Brava, LíbanoMounia Akl
LituâniaThe JumpGiedre Zickyte
LuxemburgoIo Sto BeneDonato Rotunno
Macedônia do NorteSisterhoodDina Duma
MalásiaHail, Driver!Muzzamer Rahman
MalawiFatsani: A Tale of SurvivalGift Sukez Sukali
MaltaEntre Águas (Luzzu)Alex Camilleri
MarrocosCasablanca BeatsNabil Ayouch
MéxicoA Noite do Fogo (Prayers for the Stolen)Tatiana Huezo
MontenegroAfter the WinterIvan Bakrac
NoruegaThe Worst Person in the WorldJoachim Trier
PalestinaThe StrangerAmeer Fakher Eldin
PanamáPlaza CatedralAbner Benaim
ParaguaiApenas o SolArami Ullón
PeruPowerful ChiefHenry Vallejo
PolôniaLeave No TracesJan P. Matuszynski
PortugalA Metamorfose dos PássarosCatarina Vasconcelos
QuêniaMission to RescueGilbert Lukalia
QuirguistãoShambalaArtykpai Suyundukov
Reino UnidoDying to DivorceChloe Fairweather
República DominicanaHoly BeastsLaura Amelia Guzmán, Israel Cárdenas
República TchecaZátopekDavid Ondricek
RomêniaMá Sorte no Sexo ou Pornô AmadorRadu Jude
RússiaUnclenching the FistsKira Kovalenko
SérviaOasisIvan Ikic
SingapuraPrecious is the NightWayne Peng
SomáliaThe Gravedigger’s WifeKhadar Ayderus Ahmed
SuéciaTigersRonnie Sandahl
SuíçaOlgaElie Grappe
TailândiaThe MediumBanjong Pisanthanakun
TaiwanThe FallsMong-Hong Chung
TunísiaGolden ButterflyAbdelhamid Bouchnak
TurquiaCommitment HasanSemih Kaplanoglu
UcrâniaBad RoadsNataliia Vorozhbit
UruguaiThe Broken Glass TheoryDiego Fernández
Uzbequistão2000 Songs of FaridaYalkin Tuychiev
VenezuelaThe Inner GlowLuis Rodríguez, Andrés Rodríguez
VietnãDad, I’m SorryTrâ n Thành

THE LOST DAUGHTER e PASSING LIDERAM as INDICAÇÕES ao GOTHAM AWARDS

PREMIAÇÃO DO CINEMA INDEPENDENTE ABRE TEMPORADA COM MODIFICAÇÕES

Com 31 anos de história, o Gotham Awards se tornou um novo viés de reconhecimento do cinema independente e tem inaugurado bem as temporadas de premiação nos últimos anos. Só para citar alguns filmes reconhecidos pelo Gotham que foram premiados no Oscar estão Nomadland, Moonlight, Spotlight e Birdman.

Contudo, por haver um teto orçamentário de 35 milhões, várias produções que estão sendo bem faladas não foram qualificadas por ultrapassar esse valor como The Tragedy of Macbeth, King Richard e A Crônica Francesa, mas por outro lado, abre espaço merecido para produções menores como o thriller Zola e o drama estrelado por Nicolas Cage, Pig.

A partir desta 31ª edição, o Gotham Awards adicionou algumas categorias novas como Melhor Documentário e Atuação em uma Nova Série, e também realizou alguns ajustes visando melhor os novos tempos ao extinguir a divisão de gênero nas categorias de atuação, que agora se resumem a Atuação de Protagonista e Atuação de Coadjuvante, além da já existente Atuação Revelação. E pelo visto, o número de indicados cobrirá as 5 vagas de masculino e feminino, porém na categoria de Coadjuvante foram apenas 7.

Sobre as indicações, vale ressaltar que os dois filmes recordistas de indicações (5 para cada) são da Netflix e foram dirigidos por duas atrizes estreantes: Maggie Gyllenhall dirigiu a adaptação The Lost Daughter (pelo qual já venceu o prêmio de roteiro no último Festival de Veneza), enquanto Rebecca Hall fez um estudo sobre racismo em Passing. Ambas disputam o prêmio de Melhor Direção Estreante ao lado do brasileiro Edson Oda, que dirigiu Nine Days.

Já nas categorias de atuação, destaque para os vencedores do Oscar: Olivia Colman, Joaquin Phoenix e Marlee Matlin que já marcam favoritismos. E na disputa de Melhor Filme Internacional, a briga parece concentrada nos filmes que estiveram na seleção oficial de Cannes: The Worst Person in the World, Drive My Car e o vencedor da Palma de Ouro, Titane.

Acompanhe o anúncio dos indicados:

Confira todas as indicações ao 31º Gotham Awards:

MELHOR FILME
– O Cavaleiro Verde (The Green Knight) (A24)
– The Lost Daughter (Netflix)
– Passing (Netflix)
– Pig (NEON)
– Test Pattern (Kino Lorber)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
– Ascension
– Faya Dayi
– Flee
– President
– Summer of Soul (…Or, When the Revolution Could Not Be Televised)

MELHOR ATUAÇÃO DE PROTAGONISTA
– Olivia Colman (The Lost Daughter)
– Frankie Faison (The Killing of Kenneth Chamberlain)
– Michael Greyeyes (Wild Indian)
– Brittany S. Hall (Test Pattern)
– Oscar Isaac (The Card Counter)
– Taylour Paige (Zola)
– Joaquin Phoenix (C’mon C’mon)
– Simon Rex (Red Rocket)
– Lili Taylor (Paper Spiders)
– Tessa Thompson (Passing)

MELHOR ATUAÇÃO DE COADJUVANTE
– Reed Birney (Mass)
– Jessie Buckley (The Lost Daughter)
– Colman Domingo (Zola)
– Gaby Hoffmann (C’mon C’mon)
– Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
– Marlee Matlin (No Ritmo do Coração)
– Ruth Negga (Passing)

MELHOR ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO
– Emilia Jones (No Ritmo do Coração)
– Natalie Morales (Language Lessons)
– Rachel Sennott (Shiva Baby)
– Suzanna Son (Red Rocket)
– Amalia Ulman (El Planeta)

PRÊMIO BINGHAM RAY de DIRETOR REVELAÇÃO
– Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter)
– Edson Oda (Nine Days)
– Rebecca Hall (Passing)
– Emma Seligman (Shiva Baby)
– Shatara Michelle Ford (Test Pattern)

MELHOR ROTEIRO
– Paul Schrader (The Card Counter)
– Amalia Ulman (El Planeta)
– David Lowery (The Green Knight)
– Maggie Gyllenhaal (The Lost Daughter)
– Rebecca Hall (Passing)
– Sean Baker, Chris Beroch (Red Rocket)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
– Azor. Dir: Andreas Fontana
– Drive My Car. Dir: Ryusuke Hamaguchi
– The Souvenir Part II. Dir: Joanna Hogg
– Titane. Dir: Julia Ducournau
– What Do We See When We Look at the Sky? Dir: Alexandre Koberidze
– The Worst Person in the World. Dir: Joachim Trier

SÉRIE REVELAÇÃO COM EPISÓDIOS ABAIXO DE 40 MINUTOS
– Blindspotting (STARZ)
– Hacks (HBO Max/HBO)
– Reservation Dogs (FX)
– Run the World (STARZ)
– We Are Lady Parts (Peacock)

SÉRIE REVELAÇÃO COM EPISÓDIOS ACIMA DE 40 MINUTOS
– The Good Lord Bird (Showtime)
– It’s a Sin (HBO Max)
– Small Axe (Amazon Studios)
– Squid Game (Netflix)
– The Underground Railroad (Amazon Studios)
– The White Lotus (HBO Max/HBO)

SÉRIE REVELAÇÃO DE NÃO-FICÇÃO
– City So Real (National Geographic)
– Exterminate All the Brutes (HBO/HBO Max)
– How To With John Wilson (HBO/HBO Max)
– Philly D.A. (Topic, Independent Lens, PBS)
– Pride (FX)

MELHOR PERFORMANCE EM NOVA SÉRIE
– Jennifer Coolidge (The White Lotus)
– Michael Greyeyes (Rutherford Falls)
– Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
– Devery Jacobs (Reservation Dogs)
– Lee Jung-jae (Squid Game)
– Thuso Mbedu (The Underground Railroad)
– Jean Smart (Hacks)
– Omar Sy (Lupin)
– Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
– Anjana Vasan (We Arre Lady Parts)

______________________________________________

A cerimônia do 31º Gotham Awards acontecerá no dia 29 de Novembro.

JULIA DUCOURNAU SE TORNA a 2ª MULHER a LEVAR a PALMA DE OURO com ‘TITANE’

French director Julia Ducournau poses on stage with the Palme d'Or for her film "Titane".
Julia Ducournau com Palma de Ouro (pic by Valéry Hache, AFP)

CONHECIDA POR FILME ‘GRAVE’ (2016), CINEASTA FRANCESA CONQUISTA JÚRI PRESIDIDO POR SPIKE LEE

Adiada em 2 meses devido à pandemia, a 74ª edição do Festival de Cannes fez história ao premiar a segunda diretora feminina com a Palma de Ouro em toda sua história. A primeira e única vencedora até então havia sido a neozelandesa Jane Campion em 1993 por O Piano. Vale lembrar que o fato do júri ter sido composto por maioria feminina foi fundamental para esta histórica vitória também.

Em seu primeiro filme, Grave, uma estudante vegetariana de medicina veterinária passa por mudanças comportamentais após digerir um órgão de um coelho como trote de colegas. Já neste segundo longa, Julia mistura os gêneros comédia, drama, suspense e ficção científica numa história sobre uma mulher que passa a sentir atração sexual por carros após um acidente de infância. Apesar da trama lembrar o chocante Crash – Estranhos Prazeres (1996), de David Cronenberg, o filme dela ainda trata de troca de gêneros e um reencontro de um pai com seu filho após dez anos.

Na cerimônia de premiação, Spike Lee acabou anunciando o vencedor da Palma de Ouro antes de tudo, quebrando uma longa tradição. Mas sua gafe não afetou o bom andamento do evento, e ainda gerou uma energia incrivelmente imprevisível para saber quais filmes ainda seriam premiados e ouvir o discurso de agradecimento de Ducournau, que confessou que assistia à premiação todos os anos quando mais jovem: “Naquela época, eu tinha certeza que todos os filmes que eram premiados deveriam ser perfeitos. E hoje, eu estou nessa posição, mas sei que meu filme não é perfeito – mas acho que nenhum filme é perfeito aos olhos de quem o realizou”. Ela ainda agradeceu ao júri pela mente aberta, já que se trata de um filme sobre identidade de gênero também.

Com altas expectativas para uma possível segunda Palma de Ouro, o filme Memoria, do tailandês Apichatpong Weerasethakul acabou ficando apenas com o Prêmio do Júri (uma espécie de 3º lugar), empatado ainda com Ahed’s Knee, de Nadav Lapid. Outro empate ficou na categoria de Grande Prêmio do Júri (considerado o 2º lugar) entre A Hero, do iraniano Asghar Farhadi (que pode ganhar um 3º Oscar depois de A Separação e O Apartamento) e Compartment No. 6, do finalndês Juho Kuosmanen.

Nas categorias de atuação, o americano Caleb Landry Jones (conhecido por Três Anúncios Para um Crime, X-Men: Primeira Classe e Corra!) levou Melhor Interpretação Masculina ao viver o responsável por um massacre ocorrido em na Austrália em 1996 no filme Nitram, enquanto a norueguesa Renate Reinsve foi reconhecida por The Worst Person in the World, que vive uma jovem indecisa sobre seus interesses amorosos, carreira e família.

O controverso Leos Carax, que abriu o evento com Annette, acabou levando o prêmio de Direção. Esta é a terceira vez que o diretor foi indicada à Palma de Ouro, e este é o maior prêmio que já conquistou pelo festival. Havia uma expectativa de que seus protagonistas pudessem levar prêmios de intepretação, mas Adam Driver e Marion Cotillard tiveram que se contentar com o reconhecimento do diretor. Já na categoria de Roteiro, o japonês Ryûsuke Hamaguchi foi reconhecido por sua adaptação de um conto de Haruki Murakami em seu filme Drive My Car. Em 2018, ele disputou a Palma de Ouro pelo ótimo Asako I & II.

Dentre os filmes que não levaram prêmios, destaque para o novo e polêmico filme de Paul Verhoeven, Benedetta, sobre uma relação lésbica entre freiras de um convento, e Red Rocket, de Sean Baker. Embora tivessem recebido boas críticas, não parecem ter o perfil de filmes que agradariam Spike Lee.

Concorrendo com dois curtas-metragens, o Brasil ficou com o prêmio de Menção Honrosa por Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci, sobre uma grávida que frequenta igreja e sofre com as queimadas de sua região.

Confira todos os vencedores desta 74ª edição de Cannes:

COMPETIÇÃO OFICIAL

Palma de Ouro: “Titane”

Grande Prêmio do Júri (EMPATE):: Asghar Farhadi, “A Hero” E Juho Kuosmanen’s “Compartment No. 6”

Direção: Leos Carax, “Annette”

Ator: Caleb Landry Jones, “Nitram”

Atriz:  Renate Reinsve, “The Worst Person in the World”

Prêmio do Júri (EMPATE): Nadav Lapid “Ahed’s Knee” E Apichatpong Weerasethakul’s “Memoria”

Roteiro: Ryûsuke Hamaguchi, ”Drive My Car”

OUTROS PRÊMIOS

Camera d’Or: ”Murina,” Antoneta Alamat Kusijanović

Palma de Ouro Curta: “All the Crows in the World,” Tang Yi

Short Films Special Mention: “August Sky,” Jasmin Tenucci

Queer Palm: “The Divide”

UN CERTAIN REGARD

Un Certain Regard Award: “Unclenching the Fists,” Kira Kovalenko

Jury Prize: “Great Freedom,” Sebastian Meise

Prize for Ensemble Performance: “Bonne Mere,” Hafsia Herzi

Prize for Courage: “La Civil,” Teodora Ana Mihai

Prize for Originality: “Lamb,” Valdimar Johannsson

Special Mention: “Prayers for the Stolen,” Tatiana Huezo

DIRECTORS’ FORTNIGHT

Europa Cinemas Label: “A Chiara,” Jonas Carpignano

Society of Dramatic Authors and Composers Prize: “Magnetic Beats,” Vincent Maël Cardona

CRITICS’ WEEK

Nespresso Grand Prize: “Feathers,” Omar El Zohairy

Society of Dramatic Authors and Composers Prize: Elie Grappe and Raphaëlle Desplechin, “Olga”

GAN Foundation Award for Distribution: Elie Grappe and Raphaëlle Desplechin, “Zero Fucks Given”

Louis Roederer Foundation Rising Star Award: Sandra Melissa Torres, “Amparo”

CINÉFONDATION

First Prize: “The Salamander Child,” Theo Degen

Second Prize: “Salamander,” Yoon Daewoon

Third Prize — TIE: “Love Stories on the Move”, Carina-Gabriela Dasoveanu AND “Cantareira,” Rodrigo Ribeyro

SELEÇÃO OFICIAL do RETORNO do FESTIVAL DE CANNES!

FESTIVAL INTERNACIONAL RETORNA APÓS HIATO PANDÊMICO

Dentre todos os festivais mais famosos, Cannes foi o mais prejudicado pela pandemia, pois foi o único que teve que cancelar sua edição anterior. Por esse motivo, o diretor artístico Thierry Frémaux caprichou na seleção desta edição e se mostrou bastante animado para revelá-la.

Além de nomes consagrados como Wes Anderson, Leos Carax, Sean Baker, Asghar Farhadi e Paul Verhoeven, temos o retorno de vencedores da Palma de Ouro: Jacques Audiard, Nanni Moretti e Apichatpong Weerasethakul. Além disso, novamente temos presença de quatro diretoras na competição, recorde igual a de 2019: a húngara Ildikó Enyedi, as francesas Julia Ducornau, Mia Hansen-Løve e Catherine Corsini.

Apesar do retorno gradual do público aos cinemas nos EUA devido à vacinação avançada, a Europa ainda vive uma incerteza em relação ao Covid com a chegada de novas variantes, por isso Fremaux teve de adiar o festival em dois meses (de Maio para Julho), organizar tudo de acordo com medidas sanitárias e convencer os cineastas consagrados a cederem seus filmes para exibição.

É possível que muitos atores de Hollywood (como o elenco do novo filme de Wes Anderson, The French Dispatch) marquem presença na França, pois muitos já devem ter se vacinado, então é bem possível que tenhamos Tilda Swinton, Timothée Chalamet e Bill Murray no tapete vermelho de Cannes. Nesta edição, além das tradicionais mostras Un Certain Regard, Fora de Competição e Midnight Screenings, Fremaux também criou uma nova seção intitulada Cannes Premiere, que seria um espaço para que outros autores tenham um local seguro para exibirem seus novos filmes fora da competição, aproveitando projetos que ficaram na fila por causa da pandemia.

Cannes deve estar muito excitada com o retorno do festival, pois seus organizadores apoiam o tradicional sistema de salas de cinema e a ampla janela de 90 dias para a chegada dos filmes via streaming ou locação, algo completamente oposto ao sistema da Netflix e companhia que lançou novos filmes diretamente na plataforma digital e normalizaram seu método durante a pandemia. Melhor para o Festival de Veneza, que recebe os filmes da Netflix e Amazon de braços abertos e tem se tornado novo parâmetro dos filmes do Oscar seguinte, como tem acontecido com os vencedores do Leão de Ouro: A Forma da Água, Coringa e Nomadland.

Sobre a competição, os filmes selecionados são bastante promissores como os novos filmes de Sean Baker e Leos Carax. Seria bacana uma das quatro diretoras ganhar, pois seria o segundo filme dirigido por uma mulher a vencer a Palma de Ouro depois de O Piano em 1993. Mas particularmente, gostaria muito que o holandês Paul Verhoeven saísse com o prêmio pelo filme com freiras, e aumentasse suas chances de finalmente levar um Oscar, principalmente depois daquele absurdo de Elle sequer ter sido indicado ao Oscar de Filme em Língua Estrangeira em 2017. MAS… o presidente do júri será o diretor Spike Lee, que deve valorizar questões raciais nas produções.

Destaque para o único brasileiro nesta edição: Karim Aïnouz, que venceu o prêmio Un Certain Regard em 2019 por A Vida Invisível. Ele retorna com O Marinheiro das Montanhas, um diário de viagem da primeira visita do diretor à Argélia, país que seu pai nasceu. O filme será exibido na mostra de Sessões Especiais.

COMPETIÇÃO OFICIAL (PALMA DE OURO)

“Ahed’s Knee” OR “Ha’berech,” Nadav Lapid (Israel)

“Annette,” Leos Carax (França) — FILME DE ABERTURA

“Benedetta,” Paul Verhoeven (Holanda)

“Bergman Island,” Mia Hansen-Løve (França)

“Casablanca Beats,” Nabil Ayouch (Marrocos)

“Compartment No. 6” OR “Hytti Nro 6,” Juho Kuosmanen (Finlândia)

“Drive My Car,” Ryûsuke Hamaguchi (França)

“Everything Went Fine” OR “Tout s’est bien passé,” Francois Ozon (França)

“Flag Day,” Sean Penn (EUA)

“France,” Bruno Dumont (França)

“The French Dispatch,” Wes Anderson (EUA)

“A Hero,” Asghar Farhadi (Irã)

“La fracture,” Catherine Corsini (França)

“Lingui,” Mahamat-Saleh Haroun (Chad)

“Memoria,” Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

“Nitram,” Justin Kurzel (Austrália)

“Paris, 13th District” OR “Les Olympiades,” Jacques Audiard (França)

“Petrov’s Flu,” Kirill Serebrennikov (Rússia)

“Red Rocket,” Sean Baker (EUA)

“The Restless” OR “Les Intranquilles,” Joachim Lafosse (Bélgica)

“The Story of My Wife,” Ildikó Enyedi (Hungria)

“Three Floors” OR “Tre Piani,” Nanni Moretti (Itália)

“Titane,” Julia Ducournau (França)

“The Worst Person in the World,” Joachim Trier (Noruega)

UN CERTAIN REGARD

“After Yang,” Kogonada (EUA)

“Blue Bayou,” Justin Chon (EUA)

“Bonne Mère,” Hafsia Herzi (França)

“Commitment Hasan,” Hasan Semih Kaplanoglu (Turquia)

“Freda,” Gessica Généus (Haiti)

“Gaey Wa’r,” Na Jiazuo (China)

“Great Freedom,” Sebastian Meise (Áustria)

“House Arrest” OR “Delo,” Alexey German Jr. (Rússia)

“The Innocents,” Eskil Vogt (Noruega)

“La Civil,” Teodora Ana Mihai (Romênia-Bélgica)

“Lamb,” Valdimar Jóhansson (Islândia)

“Let There Be Morning,” Eran Kolirin (Israel)

“Moneyboys,“ C.B. Yi (Áustria)

“Noche de Fuego,” Tatiana Huezo (México)

“Rehana Maryam Noor,” Abdullah Mohammad Saad (Bangladesh)

“Unclenching the Fists,” Kira Kovalenko (Rússia)

“Un Monde,” Laura Wandel (Bélgica)

“Women Do Cry,” Mina Mileva and Vesela Kazakova (Bulgária)

FORA DE COMPETIÇÃO

“Aline, the Voice of Love,” Valerie Lemercier (França)

“Bac Nord,” Cédric Jimenez (França)

“Emergency Declaration,” Han Jae-Rim (Coréia do Sul)

“Peaceful” OR “De son vivant,” Emmanuelle Bercot (França)

“Stillwater,” Tom McCarthy (EUA)

“The Velvet Underground,” Todd Haynes (EUA)

MIDNIGHT SCREENINGS

“Bloody Oranges,” Jean-Christophe Meurisse (França)

SPECIAL SCREENINGS

“Babi Yar. Context,” Sergei Loznitsa (Ucrânia)

“Black Notebooks,” Shlomi Elkabetz (Israel)

“H6,” Yé Yé (França)

“Mariner of the mountains” OR “O Marinheiro das Montanhas,” Karim Aïnouz (Brasil)

“The Year of the Everlasting Storm,” Jafar Panahi (Irã), Anthony Chen (Singapura), Malik Vitthal (EUA), Laura Poitras (EUA), Dominga Sotomayor (Chile), David Lowery (EUA) and Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

CANNES PREMIERE

“Cow,” Andrea Arnold (Reino Unido)

“Deception” OR “Tromperie,” Arnaud Desplechin (França)

“Evolution,” Kornél Mundruczo (Hungria)

“Hold Me Tight,” Mathieu Almaric (França)

“In Front of Your Face,” Hong Sang-soo (Coréia do Sul)

“Jane by Charlotte,” Charlotte Gainsbourg (França)

“JFK Revisted: Through the Looking Glass,” Oliver Stone (EUA)

“Mothering Sunday,” Eva Husson (França)

“This Music Is Playing for No One,” Samuel Benchetrit (França)

“Val,” Ting Poo e Leo Scott (EUA)