26 Animações inscritas concorrem ao OSCAR de MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO

COCO

Cena de “Coco”, ou na versão brasileira politicamente correta: “Viva: A Vida é uma Festa” (pic by outnow.ch)

PRA VARIAR, UMA PRODUÇÃO PIXAR-DISNEY É A FRANCO-FAVORITA

A Academia anunciou as 26 produções que se inscreveram para concorrer na categoria de Melhor Longa de Animação.

Algumas delas ainda precisam completar as requisições para se qualificar, como o lançamento em salas de cinema de Los Angeles no prazo determinado, mas de acordo com o histórico das últimas edições, acredito que quase todas devem competir. Só para relembrar a regra: se houver pelo menos 16 classificados, serão 5 indicados. Menos de 16, serão apenas 2 ou 3.

Pra quem acompanha a categoria desde sua criação em 2002, sabe que pelo menos uma das vagas será da Disney/Pixar. E o candidato deste ano é Viva: A Vida é uma Festa, de Lee Unkrich. Na verdade, o filme se chama Coco, mas em tempos cada vez mais politicamente corretos, qualquer menção a escatologia infantil pode virar um escândalo.

Falando em politicamente correto, mesmo sem ver o filme, já podemos praticamente cravar sua vitória no Oscar. Sua temática da cultura rica mexicana já renderia prêmios, mas nessa era Trump, quando se cogitou erguer um muro entre EUA e México, o filme deve ganhar ares pró-imigratórios.

Ainda sobre a Pixar, acredito que não dá nem pra considerar Carros 3 como forte concorrente, pois a franquia não fez muito sucesso no Oscar. O primeiro foi indicado a Longa de Animação e Canção, já o segundo não participou do Oscar.

Entre outros títulos mais badalados estão Meu Malvado Favorito 3, O Poderoso Chefinho e os dois filmes de Lego, LEGO Batman: O Filme e LEGO Ninjango: O Filme, mas nenhum deles aparenta ter forças para não morrer na praia, considerando que nem o primeiro filme do Lego foi indicado a Melhor Animação. Talvez sobre uma vaga para O Touro Ferdinando, baseado num livro infantil popular e já adaptado pela Disney num curta premiado com o Oscar em 1939. Esta nova adaptação feita pela Fox foi dirigida pelo carioca Carlos Saldanha, que ficou conhecido por Era do Gelo 2 e Rio.

ferdinand

Cena de O Touro Ferdinando, de Carlos Saldanha (pic by moviepilot.de)

Nesse cenário, felizmente, as produções estrangeiras ganham muita força. E não há nada mais memorável do que o Com Amor, Van Gogh, uma co-produção entre Polônia e Reino Unido. Para quem nunca ouviu falar, trata-se de uma animação extremamente caprichosa feita com a técnica impressionista do próprio Vincent Van Gogh: tinta à óleo sobre tela.

loving-vincent.jpg

Cena de Com Amor, Van Gogh, dirigido pela dupla Dorota Kobiela e Hugh Welchman (pic by moviepilot.de)

Vale a pena conferir a técnica em movimento no trailer. Realmente é um deleite para os olhos de qualquer cinéfilo:

Além desse forte concorrente, temos alguns candidatos nipônicos que sempre conseguem descolar uma indicação, muito graças ao poder do Studio Ghibli, comandado por Hayao Miyazaki. São cinco animações japonesas na disputa: In This Corner of the World, Mary and the Witch’s Flower, Napping Princess, A Silent Voice Sword Art Online: The Movie – Ordinal Scale. Vale lembrar que o diretor de Mary and the Witch’s Flower, Hiromasa Yonebayashi, já foi indicado em 2016 por As Memórias de Marnie.

É possível destacar também The Breadwinner, uma co-produção da Irlanda, Canadá e Luxemburgo, e produzido por Angelina Jolie. Na trama, uma menina afegã se disfarça de menino para conseguir sustento para sua família após o pai ser preso.

the breadwinner

Cena de The Breadwinner, de Nora Twomey (pic by cine.gr)

Seguem os 26 inscritos (minhas apostas estão assinaladas em laranja):

  • The Big Bad Fox & Other Tales (Le Grand Méchant Renard et autres contes…) – França/Bélgica
    Dir: Patrick Imbert, Benjamin Renner
  • Birdboy: The Forgotten Children (Psiconautas, los niños olvidados) – Espanha
    Dir: Pedro Rivero, Alberto Vázquez
  • O Poderoso Chefinho (The Boss Baby) – EUA
    Dir: Tom McGrath
  • The Breadwinner – Irlanda/Canadá/Luxemburgo
    Dir: Nora Twomey
  • As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme (Captain Underpants The First Epic Movie) – EUA
    Dir: David Soren
  • Carros 3 (Cars 3) – EUA
    Dir: Brian Fee
  • Cinderella the Cat (Gatta Cenerentola) – Itália
    Dir: Ivan Cappiello, Marino Guarnieri, Alessandro Rak, Dario Sansone
  • Viva: A Vida é uma Festa (Coco) – EUA
    Dir: Lee Unkrich
  • Meu Malvado Favorito 3 (Despicable Me 3) – EUA
    Dir: Kyle Balda, Pierre Coffin
  • Emoji: O Filme (The Emoji Movie) – EUA
    Dir: Tony Leondis
  • Ethel & Ernest – Reino Unido
    Dir: Roger Mainwood
  • O Touro Ferdinando (Ferdinand) – EUA
    Dir: Carlos Saldanha
  • The Girl without Hands (La jeune fille san mains) – França
    Dir: Sébastien Laudenbach
  • In This Corner of the World (Kono sekai no katasumi ni) – Japão
    Dir: Sunao Katabuchi
  • LEGO Batman: O Filme (The Lego Batman Movie) – EUA/Dinamarca
    Dir: Chris McKay
  • LEGO Ninjango: O Filme (The Lego Ninjago Movie) – EUA
    Dir: Charlie Bean, Paul Fisher, Bob Logan
  • Com Amor, Van Gogh (Loving Vincent) – Reino Unido/Polônia
    Dir: Dorota Kobiela, Hugh Welchman
  • Mary and the Witch’s Flower (Meari to majo no hana) – Japão
    Dir: Hiromasa Yonebayashi
  • Moomins and the Winter Wonderland (Muumien joulu) – Finlândia/Polônia
    Dir: Ira Carpelan, Jakub Wronski
  • My Entire High School Sinking into the Sea – EUA
    Dir: Dash Saw
  • Napping Princess (Hirune-hime : Shiranai watashi no monogatari) – Japão
    Dir: Kenji Kamiyama
  • A Silent Voice (Koe no katachi) – Japão
    Dir: Naoko Yamada
  • Os Smurfs e a Vila Perdida (Smurfs: The Lost Village) – EUA/Hong Kong
    Dir: Kelly Asbury
  • A Estrela de Belém (The Star) – EUA
    Dir: Timothy Reckart
  • Sword Art Online: The Movie – Ordinal Scale (Gekijo-ban Sword Art Online: Ordinal Scale) – Japão
    Dir: Tomohiko Itô
  • Window Horses The Poetic Persian Epiphany of Rosie Ming – Canadá
    Dir: Ann Marie Fleming

***

As indicações ao Oscar 2018 serão anunciadas no dia 23 de janeiro.

20 Animações concorrem ao Oscar 2015

Princesa Kaguya (photo by outnow.CH)

Do JAPÃO: O Conto da Princesa Kaguya (Kaguyahime no monogatari), de Isao Takahata (photo by outnow.CH)

Ok, as coisas começam a se afunilar no universo cinematográfico para o Oscar 2015. Nesta terça-feira, dia 04, a Academia definiu as 20 animações que concorrerão às cinco disputadas vagas da categoria.

Operação Big Hero 6 (Big Hero 6), de Dan Hall e Chris Williams
• Festa no Céu (The Book of Life), de Jorge R. Gutierrez
• Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi
 Cheatin’, de Bill Plympton
• Giovanni’s Island (Jobanni no Shima), de Mizuho Nishikubo
 Henry and Me, de Barrett Esposito
• The Hero of Color City, de Frank Gladstone
• Como Treinar Seu Dragão 2 (How to Train Your Dragon 2), de Dean DeBlois
• Jack and the Cuckoo-Clock Heart (Jack et la Mécanique du Coeur), de Stéphane Berlan e Mathias Malzieu
• A Lenda de Oz (Legends of Oz: Dorothy’s Return), de Will Finn e Dan St. Pierre
• Uma Aventura LEGO (The Lego Movie), de Phil Lord e Christopher Miller
• Minuscule – Valley of the Lost Ants (Minuscule – La Vallée des Fourmis Perdues), de Hélène Giraud e Thomas Szabo
• As Aventuras de Peabody & Sherman (Mr. Peabody & Sherman), de Rob Minkoff
• Os Pinguins de Madagascar (Penguins of Madagascar), de Eric Darnell e Simon J. Smith
• Tinker Bell: Fadas e Piratas (The Pirate Fairy), de Peggy Holmes
• Aviões 2: Heróis do Fogo ao Resgate (Planes: Fire and Rescue), de Roberts Gannaway
• Rio 2 (Rio 2), de Carlos Saldanha
• Rocks in My Pockets, de Signe Baumane
• Song of the Sea, de Tomm Moore
• O Conto da Princesa Kaguya (Kaguyahime no monogatari), de Isao Takahata

Cheatin', de Bill Plympton (photo by cine.gr)

Cheatin’, de Bill Plympton (photo by cine.gr)

De acordo com as regras da categoria, se houver de oito a quinze inscritos, haverão apenas 3 indicados. A partir de 16, serão 5 indicados. Os cinco finalistas serão conhecidos apenas no dia 15 de janeiro, quando as indicações serão divulgadas.

É importante destacar a maior presença de produções estrangeiras na categoria este ano. Entre os países estão a França, Irlanda, Japão, Reino Unido e até da Letônia! Com o aumento significativo de inscrições para a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira (são 83 este ano), a disputa está mais do que acirrada por uma indicação, então nada mais natural que mais animações estrangeiras busquem seu lugar ao sol na categoria de animação.

No Oscar deste ano, as indicações da animação japonesa Vidas ao Vento, de Hayao Miyazaki, e da francesa Ernest & Celestine, de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner, denotam a ascensão das produções estrangeiras nesse gênero atualmente dominado pela técnica 3D no cinema americano. Mesmo a pioneira do 2D, Disney, ganhou o último Oscar de Animação por um trabalho em 3D, Frozen: Uma Aventura Congelante.

La Mecanique du Coeur

Da FRANÇA e BÉLGICA: Jack and the Cuckoo-Clock Heart (Jack et la Mécanique du Coeur), de Stéphane Berlan e Mathias Malzieu (photo by elfilm.com)

Com a Pixar fora do páreo este ano, as cinco vagas aparentemente estão abertas. Sucesso comercial no começo do ano, Uma Aventura LEGO deve conquistar uma vaga por seus números nas bilheterias e também pela criatividade no roteiro envolvendo brinquedos da marca conhecida mundialmente. Praticamente no mesmo patamar comercial, a sequência Como Treinar Seu Dragão 2 agradou o público e a crítica, e como a primeira parte foi indicada e perdeu em 2010 para Toy Story 3, pode haver uma segunda chance de ganhar a estatueta.

Minuscule

Da FRANÇA e BÉLGICA: Minuscule – Valley of the Lost Ants (Minuscule – La Vallée des Fournis Perdues), de Hélène Giraud e Thomas Szabo

Existe uma forte expectativa das animações Operação Big Hero 6 (da Disney) e Os Pinguins de Madagascar (da Dreamworks) se tornarem novas marcas nas bilheterias e assim, ajudar na campanha por uma indicação. Particularmente, acredito que o novo trabalho da Disney já está garantido no Oscar pelo pedigree e pela história de relacionamento entre um rapaz e um robô diferente.

Os Pinguins de Madagascar não devem surtir efeito nos membros da Academia. Se nenhum dos três filmes da série Madagascar foi indicado anteriormente, que dirá a aventura solo dos coadjuvantes pinguins? Além disso, o fato dos mesmos personagens já terem  estrelado seu próprio desenho animado na TV acaba enfraquecendo a campanha do longa.

Rocks in my Pockets, de

Dos EUA e LETÔNIA: Rocks in my Pockets, de Signe Baumane (photo by cine.gr)

Seguindo essa linha de aposta, três vagas já estariam preenchidas pelos grandes estúdios. As outras duas iriam para produções estrangeiras de acordo com a tendência dos últimos anos da categoria. E como o Japão é o país mais presente no Oscar, nada mais natural uma nova indicação vinda do Studio Ghibli de Hayao Miyazaki, mas desta vez, sob direção de outro mestre nipônico: Isao Takahata. Ele foi responsável por uma das animações mais cruéis e cortantes da História do Cinema: Túmulo dos Vagalumes (1988). Ele retorna com um bonito conto sobre uma pequenina princesa que nasce de um broto de bambu e é adotada por uma família de camponeses.

Já a última das 5 vagas, gostaria de acreditar que a Academia dará uma oportunidade de reconhecer um trabalho diferente. A animação em 2D, co-produzido pelos EUA e pela Letônia, Rocks in my Pockets, apresenta um tom surreal digno do clássico Submarino Amarelo (1968) que muitas vezes falta numa festa deste porte. Trata-se de um filme que busca abordar a depressão do ponto de vista de 5 mulheres da mesma família. Claro que ainda devemos analisar a narrativa e a qualidade do roteiro e trilha musical, por exemplo, mas só o fato de criar uma animação mais filosófica já é digno de nota.

Vale lembrar que o brasileiro Carlos Saldanha pode voltar a concorrer ao Oscar por Rio 2. Ele foi previamente indicado pelo curta Gone Nutty em 2004. E o primeiro Rio chegou a ser indicado na categoria Melhor Canção em 2012, mas perdeu para Os Muppets.

As indicações serão divulgadas no dia 15 de janeiro, e a 87ª cerimônia do Oscar será no dia 22 de fevereiro.

Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de

Os Boxtrolls (The Boxtrolls), de Graham Annable e Anthony Stacchi (photo by outnow.ch)

19 Animações disputam 5 indicações no Oscar 2014

Universidade Monstros: vaga cativa no Oscar 2014

Universidade Monstros: vaga cativa no Oscar 2014

“Regrinha número 1: Reserve uma das vagas para a PIXAR.” Foi assim que comecei o post do ano passado sobre o mesmo tópico. A Academia acaba de fazer a pré-seleção das animações que podem ser indicadas para Melhor Animação em 2014. E, como de costume, a PIXAR está na lista e deve figurar entre os cinco finalistas. Se há um ano não acreditei na vitória de Valente (da PIXAR), este ano não vou duvidar de uma possível vitória de Universidade Monstros, ainda mais que não há favoritos na corrida e o Oscar pode querer compensar aquela derrota de Monstros S.A. em 2002 para Shrek. Sem contar as estatísticas: são 7 Oscars para a PIXAR em 12 anos.

E quais as outras quatro animações que podem concorrer? Vamos à lista das 19 produções:

Tá Chovendo Hambúrguer 2 (Cloudy with a Chance of Meatballs 2), de Cody Cameron e Kris Pearn – EUA
Os Croods (The Croods), de Kirk De Micco e Chris Sanders – EUA
Meu Malvado Favorito 2 (Despicable Me 2), de Pierre Coffin e Chris Renaud – EUA
Reino Escondido (Epic), de Chris Wedge – EUA
Ernest & Celestine (Ernest et Célestine), de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner – FRANÇA
The Fake (Saibi), de Sang-ho Yeon – CORÉIA DO SUL
Bons de Bico (Free Birds), de Jimmy Hayward – EUA
Frozen: Uma Aventura Congelante (Frozen), de Chris Buck e Jennifer Lee – EUA
Khumba (Khumba), de Anthony Silverston – ÁFRICA DO SUL
The Legend of Sarila (La Légende de Sarila), de Nancy Florence Savard – CANADÁ
A Letter to Momo (Momo e no tegami), de Hiroyuki Okiura – JAPÃO
Universidade Monstros (Monsters University), de Dan Scanlon – EUA
O Apostolo (O Apóstolo), de Fernando Cortizo – ESPANHA
Aviões (Planes), de Klay Hall – EUA
Puella Magi Madoka Magica the Movie Part III: The Rebellion Story (Gekijôban Mahou Shojo Madoka Magica Shinpen: Hangyaku no Monogatari), de Yukihiro Miyamoto e Akiyuki Shinbo – JAPÃO
Uma História de Amor e Fúria (Rio: 2096 A Story of Love and Fury), de Luiz Bolognesi – BRASIL
Os Smurfs 2 (The Smurfs 2), de Raja Gosnell – EUA
Turbo (Turbo), de David Soren – EUA
The Wind Rises (Kaze Tachinu), de Hayao Miyazaki – JAPÃO

Apesar da predominância de animações norte-americanas (dez), ainda temos trabalhos de outros três continentes. Com muita tradição no gênero, o Japão possui três representantes, mas deve participar oficialmente do Oscar através de The Wind Rises, mais nova obra de arte do mestre Hayao Miyazaki. Seu estilo de animação mais artesanal se tornou um dos poucos redutos da animação bidimensional do cinema mundial, rendendo-lhe prêmios importantes como o Urso de Ouro em Berlim e o próprio Oscar em 2003 com A Viagem de Chihiro. Se sua nomeação se consolidar, esta será sua terceira indicação ao Oscar (concorreu também com O Castelo Animado).

Vale destacar a presença do brasileiro Luiz Bolognesi, já que seu Uma História de Amor e Fúria é a primeira animação nacional a dar importante passo ao Oscar. Até então, o nome brasileiro mais próximo era o de Carlos Saldanha, que co-dirigiu A Era do Gelo 2 e Rio. Embora Bolognesi seja mais conhecido como o roteirista da diretora Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças e As Melhores Coisas do Mundo), o cineasta se mostra bastante versátil, pois também já se aventurou no gênero documentário. Uma História de Amor e Fúria foca no romance de um herói imortal e sua amada Janaína por 600 anos, abrangendo a colonização do Brasil, escravidão, regime militar e o futuro de 2096.

Cena de Uma História de Amor e Fúria (photo by www.outnow.ch)

Cena de Uma História de Amor e Fúria: dublagem de Camila Pitanga e Selton Mello (photo by http://www.outnow.ch)

Sem quase nenhuma tradição em animação (até na TV a série animada Peixonauta é algo muito recente), o Cinema brasileiro ainda sofre com precariedade tecnológica, por isso, só o fato desse trabalho ter alcançado o público das salas de cinema já é uma vitória. A pré-seleção do Oscar apenas coroou a trajetória do filme de Luiz Bolognesi. Minha única crítica ficaria a respeito da técnica de movimento. Como os movimentos são mais duros, fica a impressão de que economizaram nos in-betweens. Ademais, os traços dos personagens são compostos por linhas simples, que lembram O Príncipe do Egito (1998), e possui um trabalho de cores que soube explorar as diferentes épocas que a trama se passa. Desejo sorte à animação brasileira, mas vejo poucas chances de classificação.

Apesar do histórico curto da categoria de animação, o Oscar demonstrou que aprecia trabalhos internacionais. Além de França e Japão, recentemente as animações espanhola Chico & Rita e a co-produzida pela Irlanda The Secret of Kells foram indicadas. Portanto, existe forte probabilidade de uma produção estrangeira entrar no páreo (além da japonesa de Miyazaki). Por apresentarem um apelo mais artístico, o francês Ernest & Celestine e a espanhola O Apóstolo largam na frente, com ligeira vantagem para o primeiro, pois conquistou prêmio em Cannes e César.

Traços e cores já comprovam qualidade da animação francesa Ernest & Celestine (photo by www.outnow.ch)

Traços e cores já comprovam qualidade da animação francesa Ernest & Celestine (photo by http://www.outnow.ch)

Entretanto, o espanhol O Apóstolo não fica muito atrás, principalmente por se tratar do único representante que utilizou a técnica stop-motion com marionetes.

Além da técnica de stop motion, O Apóstolo também capricha na fotografia (photo by www.elfilm.com)

Além da técnica de stop motion, O Apóstolo também capricha na fotografia (photo by http://www.elfilm.com)

Este ano, ao contrário dos anos anteriores, não há um diretor mais conhecido com filmografia live-action que esteja se aventurando em animação como Gore Verbinski (Rango) e George Miller (Happy Feet – O Pingüim), mas há nomes previamente indicados na categoria como Chris Wedge (A Era do Gelo), Chris Sanders (Lilo & Stitch), Jennifer Lee (Kung Fu Panda 2) e Chris Buck (Tá Dando Onda), o que deve lhes proporcionar maiores chances.

Por enquanto, minhas apostas para os cinco indicados são:

♣ Os Croods (The Croods), de Kirk De Micco e Chris Sanders
♣ Ernest & Celestine (Ernest et Célestine), de Stéphane Aubier, Vincent Patar e Benjamin Renner
Universidade Monstros (Monsters University), de Dan Scanlon
O Apostolo (O Apóstolo), de Fernando Cortizo
The Wind Rises (Kaze Tachinu), de Hayao Miyazaki

Gostaria muito que três produções estrangeiras estivessem concorrendo pelo Oscar, mas acho um pouco improvável. Os grandes estúdios devem pressionar os membros da Academia a votar em Frozen: Uma Aventura Congelante, Meu Malvado Favorito 2, Turbo e Reino Escondido, utilizando como argumentos a costumeira bilheteria e a audiência da cerimônia do Oscar, enquanto o Cinema como Arte perde espaço no cenário.

Indicações ao Oscar 2012!

Jennifer Lawrence e Tom Sherak anunciam os Indicados

As indicações ao Oscar foram anunciadas esta manhã, com um ligeiro atraso. Aqui no Brasil, o anúncio foi transmitido pelo canal Globo News. Mas para quem piscou e perdeu, confira no youtube pelo canal oficial da Academia:

http://www.youtube.com/watch?v=ODy4Z2Lp_jE&feature=g-all-u&context=G22f03c4FAAAAAAAAAAA

Infelizmente, Jennifer Lawrence não contribuiu muito para os americanos acordarem melhor. Sua roupa não favoreceu muito… E o presidente da Academia, Tom Sherak, se enrolou na pronúncia do nome de Michel Hazanavicius.

MELHOR FILME (Best Motion Picture of the Year)

– O Artista (The Artist)

– Os Descendentes (The Descendants)

– Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud & Incredibly Close)

– Histórias Cruzadas (The Help)

– A Invenção de Hugo Cabret (Hugo)

– Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris)

– O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball)

– A Árvore da Vida (The Tree of Life)

– Cavalo de Guerra (War Horse)

MELHOR DIRETOR (Achievement in Directing)

– Michel Hazanavicius (O Artista)

– Alexander Payne (Os Descendentes)

– Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)

– Woody Allen (Meia-Noite em Paris)

– Terrence Malick (A Árvore da Vida)

MELHOR ATOR (Performance by an Actor in a Leading Role)

– Demián Bichir (A Better Life)

– George Clooney (Os Descendentes)

– Jean Dujardin (O Artista)

– Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais)

– Brad Pitt (O Homem que Mudou o Jogo)

MELHOR ATRIZ (Performance by an Actress in a Leading Role)

Glenn Close (Albert Nobbs)

– Viola Davis (Histórias Cruzadas)

– Rooney Mara (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)

– Meryl Streep (A Dama de Ferro)

– Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn)

MELHOR ATOR COADJUVANTE (Performance by an Actor in a Supporting Role)

Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn)

– Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo)

– Nick Nolte (Guerreiro)

– Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)

– Max Von Sydow (Tão Forte e Tão Perto)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE (Performance by an Actress in a Supporting Role)

– Bérénice Bejo (O Artista)

– Jessica Chastain (Histórias Cruzadas)

– Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento)

– Janet McTeer (Albert Nobbs)

– Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL (Screenplay Written Directly for the Screen)

– Michel Hazanavicius (O Artista)

– Kristen Wiig, Annie Mumolo (Missão Madrinha de Casamento)

– J. C. Chandor (Margin Call – O Dia Antes do Fim)

– Woody Allen (Meia-Noite em Paris)

– Asghar Farhadi (A Separação)

ROTEIRO ADAPTADO (Screenplay Based on Material Previously Produced or Published)

– Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash (Os Descendentes)

– John Logan (A Invenção de Hugo Cabret)

– George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon (Tudo Pelo Poder)

– Steven Zaillian, Aaron Sorkin, Stan Chervin (O Homem que Mudou o Jogo)

– Bridget O’Connor, Peter Straughan (O Espião que Sabia Demais)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO (Best Animated Feature Film of the Year)
– Um Gato em Paris, de Alain Gagnol e Jean-Loup Felicioli
– Chico & Rita, de Fernando Trueba, Javier Mariscal
– Kung Fu Panda 2, de Jennifer Yuh
– Gato de Botas, de Chris Miller
– Rango, de Gore Verbinski
MELHOR FILME ESTRANGEIRO (Best Foreign Language Film of the Year)
– Bullhead, de Michael R. Roskan (Bélgica)
– Footnote, de Joseph Cedar (Israel)
– In Darkness, de Agnieszka Holland (Polônia)
– Monsieur Lazhar, de Philippe Falardeau (Canadá)
– A Separação, de Asghar Farhadi (Irã)
MELHOR FOTOGRAFIA (Best Achievement in Cinematography) 
– Guillaume Schiffman (O Artista)
– Jeff Cronenweth (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
– Robert Richardson (A Invenção de Hugo Cabret)
– Emmanuel Lubezki (A Árvore da Vida)
– Janusz Kaminski (Cavalo de Guerra)
MELHOR MONTAGEM (Best Achievement in Editing)
– Anne-Sophie Bion, Michel Hazanavicius (O Artista)
– Kevin Tent (Os Descendentes)
– Angus Wall, Kirk Baxter (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
– Thelma Schoonmaker (A Invenção de Hugo Cabret)
– Christopher Tellefsen (O Homem que Mudou o Jogo)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE (Best Achievement in Art Direction)
– Laurence Bennett, Robert Gould (O Artista)
– Stuart Craig, Stephenie McMillan (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2)
– Dante Ferretti, Francesca LoSchiavo (A Invenção de Hugo Cabret)
– Anne Seibel, Hélène Dubreuil (Meia-Noite em Paris)
– Rick Carter, Lee Sandales (Cavalo de Guerra)
MELHOR FIGURINO (Best Achievement in Costume Design)
– Lisy Christl (Anonymous)
– Mark Bridges (O Artista)
– Sandy Powell (A Invenção de Hugo Cabret)
– Michael O’Connor (Jane Eyre)
– Arianne Phillips (W.E. – O Romance do Século)
MELHOR MAQUIAGEM (Best Achievement in Makeup)
– Martial Corneville, Lynn Johnson, Matthew W. Mungle (Albert Nobbs)
– Nick Dudman, Amanda Knight, Lisa Tomblin (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2)
– Mark Coulier, J. Roy Helland (A Dama de Ferro)
MELHOR TRILHA MUSICAL (Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score)
– John Williams (As Aventuras de Tintim)
– Ludovic Bource (O Artista)
– Howard Shore (A Invenção de Hugo Cabret)
– Alberto Iglesias (O Espião que Sabia Demais)
– John Williams (Cavalo de Guerra)
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL (Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song)
– “Man or Muppet”, de Bret McKenzie (Os Muppets)
– “Real in Rio”, de Sergio Mendes, Carlinhos Brown, Siedah Garrett (Rio)
MELHOR SOM (Best Achievement in Sound Mixing)
– David Parker, Michael Semanick, Ren Klyce, Bo Persson (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
– Tom Fleischman, John Midgley (A Invenção de Hugo Cabret)
– Deb Adair, Ron Bochar, David Giammarco, Ed Novick (O Homem que Mudou o Jogo)
– Greg P. Russell, Gary Summers, Jeffrey J. Haboush, Peter J. Devlin (Transformers: O Lado Oculto da Lua)
– Gary Rydstrom, Andy Nelson, Tom Johnson, Stuart Wilson (Cavalo de Guerra)
MELHORES EFEITOS SONOROS (Best Achievement in Sound Editing)
– Lon Bender, Victor Ray Ennis (Drive)
– Ren Klyce (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)
– Philip Stockton, Eugene Gearty (A Invenção de Hugo Cabret)
– Ethan Van der Ryn, Erik Aadahl (Transformers: O Lado Oculto da Lua)
– Richard Hymns, Gary Rydstrom (Cavalo de Guerra)
MELHORES EFEITOS VISUAIS (Best Achievement in Visual Effects)
– Tim Burke, David Vickery, Greg Butler, John Richardson (Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2)
– Robert Legato, Joss Williams, Ben Grossmann, Alex Henning (A Invenção de Hugo Cabret)
– Erik Nash, John Rosengrant, Danny Gordon Taylor, Swen Gillberg (Gigantes de Aço)
– Joe Letteri, Dan Lemmon, R. Christopher White, Daniel Barrett (Planeta dos Macacos: A Origem)
– Scott Farrar, Scott Benza, Matthew E. Butler, John Frazier (Transformers: O Lado Oculto da Lua)
MELHOR DOCUMENTÁRIO (Best Documentary, Features)
– Hell and Back Again, de Danfung Dennis, Mike Lerner
– If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front, de Marshall Curry, Sam Cullman
– Paradise Lost 3: Purgatory, de Joe Berlinger, Bruce Sinofsky
– Pina, de Wim Wenders, Gian-Piero Ringel
– Undefeated, de Daniel Lindsay, T. J. Martin, Rich Middlemas
MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA (Best Documentary, Short Subjects)
– The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement, de Robin Fryday, Gail Dolgin
– God is the Bigger Elvis, de Rebecca Cammisa, Julie Anderson
– Incident in New Baghdad, de James Spione
– Saving Face, de Daniel Junge, Sharmeen Obaid-Chinoy
– The Tsunami and the Cherry Blossom, de Lucy Walker, Kira Cartensen
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO (Best Short Film, Animated)
– Dimanche, de Patrick Doyon
– The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, de William Joyce, Brandon Oldenburg
– La Luna, de Enrico Casarosa
– A Morning Stroll, de Grant Orchard, Sue Goffe
– Wild Life, de Amanda Forbis, Wendy Tilby
MELHOR CURTA-METRAGEM (Best Short Film, Live Action)
– Pentecost, de Peter McDonald
– Raju, de MaxZähle, Stefan Gieren
– The Shore, de Terry George, Oorlagh George
– Time Freak, de Andrew Bowler, Gigi Causey
– Tuba Atlantic, de Hallvar Witzø
Nove para Melhor Filme? No post anterior, comentei a forte possibilidade de indicarem um número incomum como 7 ou 9. Dito e feito. Foram nove filmes que passaram da nova nota de corte do Oscar. O filme de Stephen Daldry, Tão Forte e Tão Perto conseguiu uma vaga e só mais uma outra indicação: ator coadjuvante. Curiosamente, no anúncio dos indicados, o filme foi deixado propositadamente por último, realçando que se tratava do nono filme.
Agora, se a Academia resolvesse arredondar para 10 filmes, provavelmente a comédia Missão Madrinha de Casamento teria entrado na briga.

Tão Forte e Tão Perto: O nono filme

Recordista de Indicações: Como previsto, o filme de Martin Scorsese, A Invenção de Hugo Cabret, levou 11 indicações e foi o recordista, o que aumenta muito suas chances de ganhar Melhor Filme. Logo em seguida, vem O Artista com 10 indicações. Nesse quesito de número de indicações, Os Descendentes sai um pouco atrás porque levou apenas 5.
Atores na Lista e Outros Esquecidos: Nunca é possível agradar a todos nas categorias de atuação. Sempre fica faltando alguém que acaba se juntando ao grupo “Os injustiçados do Oscar”.  Talvez a maior surpresa tenha ficado por conta do veterano Max von Sydow, que foi indicado para ator coadjuvante, batendo nomes como Albert Brooks, Viggo Mortensen e Armie Hammer. Sydow ficou mundialmente conhecido pelo papel de Padre Merrin em O Exorcista e foi parceiro fiel do diretor Ingmar Bergman nas produções suecas. O mexicano Démian Bichir também pode ser considerado uma surpresa na categoria de Melhor Ator, mesmo tendo sido indicado pelo SAG Awards.

Max von Sydow: já era idoso desde 1973 em O Exorcista

A ausência que mais senti foi do ator Michael Fassbender pelo drama Shame. O ator alemão vem conquistando público e crítica desde seu trabalho no filme independente Hunger e mais recentemente em Um Método Perigoso e no blockbuster X-Men: Primeira Classe. Merecia uma indicação, mas talvez o fato de seu filme apresentar cenas de nudez frontal tenha assustado os membros mais reservados da Academia. Uma pena…
Pelo lado feminino, senti a falta da Tilda Swinton pelo drama Precisamos Falar Sobre o Kevin. Sua atuação foi bastante elogiada e vem conquistando alguns prêmios importantes, mas provavelmente pelo fato do filme tratar de um tema forte (Kevin é um jovem que matou colegas na escola), Swinton tenha perdido sua chance mais pelo conservadorismo. Outro erro da Academia…
Dos nomes mais frequentes em premiações, a jovem Shailene Woodley pelo filme Os Descendentes também ficou de fora na disputa de atriz coadjuvante. Melissa McCarthy roubou a cena na comédia Missão Madrinha de Casamento e sua vaga, aparentemente. Mas Shailene é um rosto jovem e novo no mercado e acredito que terá muitas oportunidades. Só espero que ela não desande em refilmagens de terror teenagers.

Shailene Woodley: Que seu talento não seja desperdiçado em tranqueiras

Ryan Gosling foi outro nome que apareceu bastante nas listas, mas não conseguiu chegar à final. Apesar de ter feito 3 trabalhos em 2011: Drive, Tudo Pelo Poder e Amor à Toda Prova, Gosling fica de mãos abanando. Mas se ele apresentar um bom trabalho em 2012, certamente ele voltará ao Oscar no ano que vem.
Pra não dizerem que só reclamo, gostei da indicação de Gary Oldman. O ator britânico já tem uma extensa filmagrafia e com essa nova ascensão, merecia um reconhecimento por parte da Academia. Espero que sua carreira decole ainda mais e papéis mais interessantes cheguem mais à sua mesa.
Dois Robôs nos Efeitos: Não botava fé que o terceiro filme do Transformers fosse conseguir uma vaga na categoria de efeitos visuais. OK, votei no quarto filme do Piratas do Caribe, mas pelo menos os efeitos sempre apresentam algo diferente, tipo criaturas feitas de vegetais ou com tentáculos como barba. E fizeram uma campanha tão forte para que o último filme do Harry Potter vingasse em categorias principais, mas não deu certo. Tiveram que se contentar com direção de arte, efeitos visuais e maquiagem. E deve ganhar pela maquiagem, mais como conjunto da obra dos 8 filmes.
Filmes Estrangeiros Estranhos: Cadê a França, Itália, Japão, Alemanha e Espanha? O representante alemão, Pina, de Wim Wenders foi compensando da eliminação pela indicação na categoria de documentário (sim, veja como a mágica do planejamento do Oscar funciona). Se em edições anteriores, o Oscar de Filme Estrangeiro foi uma surpresa, este ano não deve escapar do favorito: o iraniano A Separação.
Animações Estranhas: Lembram-se dos filmes franceses e espanhóis que faltaram na categoria de Filme Estrangeiro? Mudaram-se para a categoria de Melhor Animação! Um Gato em Paris e Chico & Rita. Conhecem? Prazer! Fiquei com a mesma cara de dúvida no anúncio dos indicados. “Que raio de animações são essas?” Mas não sei se é porque a categoria de animação é nova, mas o Oscar tem mantido uma tradição boa de trazer alguns trabalhos meio desconhecidos para o holofote e revelar novos talentos.

Chico & Rita: Trabalho mais da linha adulta

Um Gato em Paris: produção francesa com traços fortes