‘OS 7 DE CHICAGO’ CONQUISTA o SAG de ELENCO. VIOLA DAVIS SURPREENDE

SINDICATO DE ATORES APONTA E POSSIBILITA MAIOR DIVERSIDADE ENTRE VENCEDORES DO OSCAR

Após descobrir que o SAG Awards não seria transmitido no Brasil, houve uma corrida contra o tempo para tentar dar algum jeito de acompanhar a cerimônia de forma “alternativa”. Claro que não é algo aconselhável ou recomendável, mas estávamos curiosos para ver como seria esse SAG pré-gravado por causa da pandemia. A intenção de pré-gravar os discursos de agradecimento era reduzir a duração do evento para uma hora, com a intenção de fugir da monotonia das conexões via Zoom ao vivo. Para isso funcionar, a organização do evento teria pedido bico calado aos indicados e vencedores nas redes sociais para tentar manter o elemento surpresa dos resultados.

Claro que houve um suposto vazamento que indicava as vitórias de Viola Davis e Maria Bakalova, mas esse boato se mostrou apenas 50% correto. Viola Davis foi a grande surpresa da noite ao vencer como Melhor Atriz por A Voz Suprema do Blues. Assim como nós, muitos sequer consideravam essa possibilidade já que ela já havia conquistado 2 SAG por Histórias Cruzadas e Um Limite Entre Nós, além de outros dois pela série How to Get Away With Murder. Num ano bastante imprevisível na categoria, em que Andra Day levou o Globo de Ouro, Carey Mulligan levou o Critics’ Choice e agora Viola leva o SAG (sendo que nem Viola, nem Carey, nem Andra foram indicadas ao BAFTA), talvez exista uma tendência para tornar Viola Davis a segunda atriz negra a vencer o Oscar de Melhor Atriz na história, quebrando finalmente a marca de 2002 de Halle Berry. E mesmo que isso não se concretize e Carey Mulligan leve o Oscar, não poderemos reclamar da previsibilidade que tem dominado as últimas temporadas de premiações.

Já a derrota de Maria Bakalova não chega a ser tão surpreendente, pois a categoria de Atriz Coadjuvante está bastante imprevisível. A vitória da coreana Yuh-Jung Youn reforça a campanha de Minari no Oscar, e a atriz veterana tem as melhores chances de conquistar a estatueta. Por se tratar de uma performance em língua estrangeira, não descartamos totalmente Glenn Close ou Olivia Colman.

Nas categorias masculinas, deu o óbvio: Chadwick Boseman por A Voz Suprema do Blues, e Daniel Kaluuya por Judas e o Messias Negro. Caso esses mesmos vencedores se repitam no Oscar, será a primeira vez em 93 anos que não haveria atores brancos entre os vencedores, ou pelo menos que eles deixarão de ser a maioria. Gostaríamos muito que Anthony Hopkins tivesse levado o SAG pela magistral performance em Meu Pai, mas a comoção relacionada a Chadwick ainda pesa contra sua campanha.

Embora tenha Sacha Baron Cohen entre os indicados de Ator Coadjuvante, Os 7 de Chicago tinha única chance real como Melhor Elenco, mas não necessariamente por reunir o melhor elenco em si, mas de contar com grandes nomes numa história com tantos personagens. O filme de tribunal de Aaron Sorkin começou a temporada como o grande favorito, mas hoje tem o SAG de Elenco como único embasamento até o Oscar. Claro que existe a chance de ganhar Roteiro Original, mas após a vitória de Bela Vingança nesta categoria no WGA (sindicato de roteiristas), o panorama decaiu novamente. Se nos últimos 10 anos, o vencedor do SAG de Elenco ajudou na escolha de Melhor Filme no Oscar, é quase certeza de que isso não se repetirá em 2021.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 27º SAG AWARDS:

CINEMA

MELHOR ELENCO
* Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
* A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
* Minari
* Uma Noite em Miami… (One Night in Miami)
* Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

MELHOR ATOR
* Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

MELHOR ATRIZ 
* Amy Adams (Era uma Vez um Sonho)
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
* Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Jared Leto (The Little Things)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Yuh-Jung Youn (Minari)
* Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS
– Destacamento Blood
– Mulan
– Relatos do Mundo
– Os 7 de Chicago
* Mulher Maravilha 1984

TV/STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA
* Better Call Saul
* Bridgerton
* The Crown
* Lovecraft Country
* Ozark

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
* Jason Bateman (Ozark)
* Sterling K. Brown (This is Us)
* Josh O’Connor (The Crown)
* Bob Odenkirk (Better Call Saul)
* Rege-Jean Page (Bridgerton)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
* Gillian Anderson (The Crown)
* Olivia Colman (The Crown)
* Emma Corrin (The Crown)
* Julia Garner (Ozark)
* Laura Linney (Ozark)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Bill Camp (The Queen’s Gambit)
* Daveed Diggs (Hamilton)
* Hugh Grant (The Undoing)
* Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
* Mark Ruffalo (I Know This Much Is True)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Cate Blanchett (Mrs. America)
* Michaela Coel (I May Destroy You)
* Nicole Kidman (The Undoing)
* Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
* Kerry Washington (Little Fires Everywhere)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA
* Dead to Me
* The Flight Attendant
* The Great
* Schitt’s Creek
* Ted Lasso

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
* Nicholas Hoult (The Great)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Eugene Levy (Schitt’s Creek)
* Jason Sudeikis (Ted Lasso)
* Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
* Christina Applegate (Dead to Me) 
* Linda Cardellini (Dead to Me) 
* Kaley Cuoco (The Flight Attendant) 
* Annie Murphy (Schitt’s Creek) 
* Catherine O’Hara (Schitt’s Creek) 

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DRAMÁTICA OU DE COMÉDIA
– The Boys
– Cobra Kai
– Lovecraft Country
* The Mandalorian
– Westworld

‘MANK’ LIDERA INDICAÇÕES ao OSCAR 2021. THOMAS VINTERBERG e LAKEITH STANFIELD são as GRANDES SURPRESAS

PELA PRIMEIRA VEZ, DUAS DIRETORAS SÃO INDICADAS EM MESMA EDIÇÃO

O anúncio dos indicados ao Oscar estava previamente agendado para às 10h19, horário de Brasília, mas com a entrada do horário de verão nos EUA, o evento ao vivo foi antecipado para às 9h19. Muitos canais online que queriam cobrir o anúncio em lives também sofreram com essa mudança de última hora. Conforme combinado, o casal Priyanka Chopra e Nick Jonas dividiram essa responsabilidade em duas partes. Ela ficou bastante feliz pela indicação a Melhor Roteiro Original para o filme O Tigre Branco, no qual estrela ao lado de Adarsh Gourav. Poderiam ter caprichado um pouco mais na arte e inserido fotos dos filmes e atores indicados, mas preferiram apenas o texto. Confira o anúncio em vídeo do YouTube abaixo:

NÚMEROS DO OSCAR

Como previsto, Mank foi o filme que mais acumulou indicações nesta 93ª edição do Oscar, com 10. Com 6 indicações cada, seis filmes empataram: MEU PAI, JUDAS E O MESSIAS NEGRO, MINARI, NOMADLAND, O SOM DO SILÊNCIO e OS 7 DE CHICAGO. Todos os filmes acima foram indicados a Melhor Filme ao lado de BELA VINGANÇA que recebeu 5 indicações.

Num ano marcado pela pandemia, a NETFLIX foi a recordista pelo segundo ano consecutivo com 35 indicações. Em 2020, a companhia de streaming havia acumulado 24 indicações.

Esta foi a última vez que a categoria de MELHOR FILME terá número de indicados flexível dependendo do número de votos. Foi combinado que a partir da próxima edição, teremos sempre DEZ filmes indicados a Melhor Filme, como foi em 2010 e 2011. O objetivo é aumentar a visibilidade de mais filmes que tragam maior diversidade ao Oscar (e por que não audiência?). Este ano, tivemos oito indicados, e tivemos ausência de três indicados ao PGA: Borat: Fita de Cinema Seguinte, A Voz Suprema do Blues e Uma Noite em Miami.

HISTÓRICOS

Depois de 93 anos, finalmente temos duas diretoras indicadas na categoria de DIREÇÃO: Emerald Fennell por Bela Vingança e CHLOÉ ZHAO por Nomadland. Elas se tornaram apenas a SEXTA e SÉTIMA mulheres indicadas nesta categoria. Enquanto Zhao se tornou a primeira diretora não-branca indicada e foi a primeira mulher a receber 4 indicações (Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Montagem), Fennell foi a terceira mulher a acumular 3 indicações (Filme, Direção e Roteiro Original). Havia a possibilidade de Regina King também integrar essa acirrada competição por Uma Noite em Miami, mas sua possível vaga foi “roubada” pelo dinamarquês THOMAS VINTERBERG por Druk – Mais uma Rodada.

Pela primeira vez, tivemos NOVE ATORES NÃO-BRANCOS indicados nas 4 categorias: Chadwick Boseman, Riz Ahmed (primeiro descendente de Paquistanês indicado), Steven Yeun e Yuh-Jung Youn (primeiros atores sul-coreanos), Andra Day, Viola Davis, Daniel Kaluuya, LaKeith Stanfield e Leslie Odom Jr.

CHADWICK BOSEMAN se tornou apenas o sétimo ator a receber indicação póstuma. O jovem ator, que faleceu em Agosto de 2020 aos 43 anos, junta-se a nomes consagrados como James Dean (Vidas Amargas e Assim Caminha a Humanidade) e os vencedores do Oscar Peter Finch (Rede de Intrigas) e Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas). Ele é o primeiro ator negro a ser indicado postumamente.

SURPRESAS E AUSÊNCIAS

Talvez a maior surpresa desta edição tenha sido a indicação de LaKeith Stanfield. Se ele fosse indicado para Melhor Ator já seria uma surpresa, mas como foi indicado a Ator Coadjuvante, foi um CHOQUE! Mais uma vez vemos aquela manipulação entre as categorias de atuação, mas de forma mais descarada aqui, afinal, se Stanfield e Kaluuya são Coadjuvantes, quem é o protagonista em Judas e o Messias Negro??

A segunda maior surpresa foi a de Thomas Vinterberg na Melhor Direção. Embora ele tivesse sido recentemente indicado ao BAFTA, poucos previram outra indicação a não ser na categoria de Filme Internacional pela Dinamarca. Havia uma chance mínima também para uma indicação de Melhor Ator para Mads Mikkelsen, mas a disputa estava acirradíssima. Num ano conturbado, com Minari levando vários prêmios de Filme em Língua Estrangeira, mas não podendo concorrer ao Oscar da categoria por ser uma produção americana, e Bacurau excluído por ter competido em 2020, Druk – Mais uma Rodada foi se firmando como favorito.

Ainda sobre a categoria de Filme Internacional, embora imprevisível este ano, podemos considerar surpresas as indicações do filme de Hong Kong, Better Days, e da Tunísia, The Man Who Sold His Skin. Havia uma expectativa de indicações para o filme La Llorona, da Guatemala, Nós Duas, da França, e até A Sun, de Taiwan. Romênia e Tunísia comemoram suas primeiras indicações ao Oscar.

Voltando às categorias de atuação, e GLENN CLOSE? Ela se tornou a terceira pessoa a ter a mesma performance indicada para o Oscar e para o Framboesa de Ouro! Se ganhar o Oscar, torna-se a primeira a conquistar esse feito. E se perder, será sua oitava derrota sem nenhuma vitória. Pra sorte dela, não existe uma franco-favorita na categoria (Yuh-Jung Youn é a mais cotada), então pode ser que ela ganhe, mas será aquela vitória com bastante ressalva por causa do Framboesa. E se perder, será a atriz recordista de indicações sem vitória, igualando o recorde histórico do já falecido Peter O’Toole.

Depois de muita pressão por não terem indicado SONG KANG HO ano passado por Parasita, STEVEN YEUN se torna o primeiro ator sul-coreano indicado ao Oscar por Minari. Quando se fala sobre #OscarsSoWhite, é mais comum discutirmos a ausência de atores negros, então ficamos contentes com a inclusão de dois atores asiáticos numa só edição, já que YUH-JUNG YOUN também foi reconhecida na categoria de Atriz Coadjuvante. Ela tem tudo para representar Minari no palco, pois a disputa entre as atrizes está bastante confusa ainda. Aliás, o SAG que será no próximo dia 04 de Abril, deve esclarecer melhor as reais chances dos atores até o final da temporada.

Com uma boa safra de performances, muitos atores acabaram sendo esnobados, mas felizmente nenhuma dessas ausências pode ser considerada um absurdo ou um ultraje. Melhor Ator: Delroy Lindo (Destacamento Blood) e Tahar Rahim (The Mauritanian); Melhor Atriz: Amy Adams (Era uma Vez um Sonho), Sophia Loren (Rosa e Momo) e Zendaya (Malcolm & Marie); Melhor Ator Coadjuvante: Chadwick Boseman (Destacamento Blood), Alan Kim (Minari), Bill Murray (On the Rocks) e Jared Leto (Os Pequenos Vestígios); Melhor Atriz Coadjuvante: Jodie Foster (The Mauritanian), Helena Zengel (Relatos do Mundo) e Dominique Fishback (Judas e o Messias Negro). Desses acima, gostaríamos de ter visto indicações para Tahar Rahim que está fantástico em The Mauritanian, e para Alan Kim, que conquista o coração de todos em Minari. Já das atuações que foram esnobadas por todos, mas adoraríamos ver aqui é a de Elisabeth Moss em O Homem Invisível, que também merecia indicação pelos efeitos visuais.

Dentre outras boas surpresas, destacamos a dupla indicação do filme romeno COLLECTIVE para DOCUMENTÁRIO e FILME INTERNACIONAL, repetindo o raro feito de Honeyland na última edição, que saiu sem nenhuma estatueta. A categoria de Documentário está bem representada também por AGENTE DUPLO, CRIP CAMP, TIME e PROFESSOR POLVO. Na categoria de Longa de Animação, gostamos da entrada do simpático trabalho de stop motion SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA, mas esperávamos que ele tomasse o lugar do fraco A CAMINHO DA LUA, para que a sequência Croods 2: Uma Nova Era fosse indicada.

Comemoramos duas ausências que indicam uma queda nas chances de Melhor Filme. A primeira para JACK FINCHER pelo roteiro de MANK. O filme de David Fincher pode ser perfeito em muitos aspectos técnicos, principalmente Fotografia e Som, mas seu roteiro, escrito décadas atrás, não chega a empolgar para um filme de bastidores de Hollywood e de Cidadão Kane. E a segunda seria a de AARON SORKIN na categoria de DIREÇÃO por OS 7 DE CHICAGO. Sorkin ainda precisa comer muito arroz e feijão para se tornar um bom diretor, então ficamos felizes por sua substituição na categoria. Ambas as ausências enfraquecem as campanhas dos filmes para ganhar o Oscar de Melhor Filme, afinal, indicações para direção e roteiro costumam ser essenciais para levar o prêmio principal da noite.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS AO 93º ACADEMY AWARDS:

FILME
Meu Pai (The Father)
Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah)
Mank (Mank)
Minari (Minari)
Nomadland (Nomadland)
Bela Vingança (Promising Young Woman)
O Som do Silêncio (Sound of Metal)
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

DIREÇÃO
* Thomas Vinterberg (Druk – Mais uma Rodada)
* David Fincher (Mank)
* Lee Isaac Chung (Minari)
* Emerald Fennell (Bela Vingança)
Chloé Zhao (Nomadland)

ATOR
*
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

ATRIZ
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Andra Day (Estados Unidos vs. Billie Holiday)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

ATOR COADJUVANTE
* Sacha Baron Cohen
(Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami)
* Paul Raci (O Som do Silêncio)
* LaKeith Stanfield (Judas e o Messias Negro)

ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova
(Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Amanda Seyfried (Mank)
* Yuh-Jung Youn (Minari)

ROTEIRO ORIGINAL
* Judas e o Messias Negro – Will Berson, Shaka King, Keith Lucas, Kenneth Lucas 
Minari – Lee Isaac Chung 
* Bela Vingança – Emerald Fennell
O Som do Silêncio – Abraham Marder, Darius Marder, Derek Cianfrance 
Os 7 de Chicago – Aaron Sorkin

ROTEIRO ADAPTADO
*
Borat: Fita de Cinema Seguinte – Peter Baynham, Sacha Baron Cohen, Jena Friedman, Anthony Hines, Lee Kern, Dan Mazer, Nina Pedrad, Erica Rivinoja, Dan Swimer 
Meu Pai – Christopher Hampton, Florian Zeller
Nomadland – Chloé Zhao
Uma Noite em Miami – Kemp Powers 
O Tigre Branco – Ramin Bahrani

FOTOGRAFIA
Judas e o Messias Negro – Sean Bobbitt
Mank – Erik Messerschmidt
Relatos do Mundo – Dariusz Wolski
Nomadland – Joshua James Richardson
Os 7 de Chicago – Phedon Papamichael

MONTAGEM
Meu Pai – Yorgos Lamprinos
* Nomadland – Chloé Zhao 
* Bela Vingança – Frédéric Thoraval 
* O Som do Silêncio – Mikkel E.G. Nielsen
* Os 7 de Chicago – Alan Baumgarten

DESENHO DE PRODUÇÃO
Meu Pai – Peter Francis, Cathy Featherstone
A Voz Suprema do Blues – Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton 
Mank – Donald Graham Burt, Jan Pascale
Relatos do Mundo – David Crank, Elizabeth Keenan
* Tenet – Nathan Crowley, Kathy Lucas

FIGURINO
*
Emma. – Alexandra Byrne
A Voz Suprema do Blues – Ann Roth
Mank – Trish Summerville
Mulan – Bina Daigeler
Pinóquio – Massimo Cantini Parrini

MAQUIAGEM E PENTEADO
* Emma. – Marese Langan
* Era uma Vez um Sonho – Eryn Krueger Mekash, Patricia Dehaney, Matthew Mungle 
A Voz Suprema do Blues – Matiki Anoff, Mia Neal, Larry M. Cherry
* Mank – Kimberley Spiteri, Gigi Williams 
* Pinóquio – Dalia Colli, Anna Kieber, Sebastian Lochmann, Stephen Murphy 

TRILHA MUSICAL ORIGINAL
Destacamento Blood – Terence Blanchard
* Mank – Trent Reznor, Atticus Ross
Minari – Emile Mosseri
Relatos do Mundo – James Newton Howard
Soul – Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste

CANÇÃO ORIGINAL
* “Fight for You” – JUDAS E O MESSIAS NEGRO
Música por H.E.R. and Dernst Emile II; Letra por H.E.R. e Tiara Thomas
* “Hear my Voice” – OS 7DE CHICAGO
Música por Daniel Pemberton; Letra por Daniel Pemberton e Celeste Waite
* “Husavik” – FESTIVAL EUROVISION DA CANÇÃO: A SAGA DE SIGRIT E LARS
Música e letra por Savan Kotecha, Fat Max Gsus e Rickard Göransson
* “Io Sì (SeEn)” – ROSA E MOMO
Música por Diane Warren; Letra por Diane Warren e Laura Pausini
* “Speak Now” – UMA NOITE EM MIAMI…
Música e letra por Leslie Odom, Jr. e Sam Ashworth

SOM
Greyhound: Na Mira do Inimigo – Odin Benitez, Jason King, Christian P. Minkler, Michael Minkler, Jeff Sawyer
Mank – Ren Klyce, Jeremy Molod, David Parker, Nathan Nance, Drew Kunin 
Relatos do Mundo – John Pritchett, Mike Prestwood Smith, William Miller, Oliver Tarney, Michael Fentum
Soul – Coya Elliott, Ren Klyce, David Parker, Vince Caro
* O Som do Silêncio – Phillip Bladh, Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés, Carolina Santana

EFEITOS VISUAIS
* PROBLEMAS MONSTRUOSOS
*
O Céu da Meia-Noite – Matt Kasmir, Chris Lawrence, Dave Watkins, Max Solomon 
Mulan – Sean Faden, Anders Langlands, Seth Maury, Steve Ingram
O Grande Ivan – Nick Davis, Greg Fisher, Ben Jones, Santiago Colomo Martinez 
Tenet – Andrew Jackson, Andrew Lockley, Scott R. Fisher, Mike Chambers 

LONGA DE ANIMAÇÃO
* Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
* A Caminho da Lua
* SHAUN, O CARNEIRO: O FILME – A FAZENDA CONTRA-ATACA
* Soul
* Wolfwalkers

DOCUMENTÁRIO
* Collective
* Crip Camp: REVOLUÇÃO PELA INCLUSÃ
O
* Agente Duplo
* Professor Polvo
* Time

FILME INTERNACIONAL
Druk – Mais uma Rodada – Dinamarca
Better Days – Hong Kong
Collective – Romênia
The Man Who Sold his Skin – Tunísia
Quo Vadis, Aida? – Bósnia e Herzegovina

CURTA-METRAGEM
* Feeling Through
* The Letter Room
* The Present
* Two Distant Strangers
* White Eye

CURTA DE ANIMAÇÃO
* Burrow
* Genius Loci
* Se Algo Acontecer… Te Amo
* Opera
* Yes-People

DOCUMENTÁRIO-CURTA
* Colette
* A Concerto is a Conversation
* Do Not Split
* Hunger Ward
* UMA CANÇÃO PARA Latasha

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A 93ª cerimônia do Oscar está marcada para o dia 25 de Abril.

‘NOMADLAND’ CONQUISTA 4 PRÊMIOS do CRITICS’ CHOICE, incluindo MELHOR FILME

FAVORITISMO DE ROAD MOVIE DE CHLOÉ ZHAO TEM CRESCIDO NAS ÚLTIMAS SEMANAS

Pela primeira vez, o Critics’ Choice Awards foi exibido simultaneamente pelo YouTube no canal da TNT Brasil. Os números de audiência por lá não foram dos melhores, tendo uma média de 2 mil pessoas assistindo. O lado ruim de assistir pela internet é não poder contar com a tecla SAP, e aguentar aquela montanha de comentários toscos dos espectadores. Contudo, o que mais nos incomodou foi a falta de opinião dos dois hosts da TNT. Parecia que, por contrato, eles estavam proibidos de falar mal de algum filme, série ou ator. Tudo estava “maravilhoso”. Cadê a personalidade, gente?

Em cerimônias anteriores, já era comum a ausência de indicados na premiação por ter uma relevância menor em relação ao Globo de Ouro, BAFTA, SAG e Oscar. Com o evento sendo virtual este ano, honestamente esperávamos uma presença maior dos indicados, já que poderiam prestigiar ou agradecer do conforto dos lares (inclusive Jason Sudeikis novamente estava com uma blusa moletom), mas muitos sequer se deram o trabalho de ligar o celular ou o notebook, comprovando que o Critics’ Choice ainda está longe de ter uma credibilidade na temporada de premiações.

Falando nisso, mais uma vez houve o descaso com algumas categorias técnicas, cujos indicados e vencedores tiveram que se contentar com uma tela de PowerPoint nos pré-intervalos para anunciar o vencedor. A gente entende que o tempo é curto numa já longa transmissão, mas poderiam ceder pelo menos 30 segundos para cada vencedor, nem que fossem discursos pré-gravados… Afinal, de que adianata a Bolha Assassina aumentar categorias e indicados todos os anos e não ter tempo para apresentá-los devidamente? Acreditamos que essa falta de consideração afasta muitos dos indicados a cada ano.

TEVE SURPRESAS?

É difícil surpreender numa premiação que busca apenas acertar os futuros vencedores do Oscar. O Globo de Ouro, que costumava ser o maior parâmetro do Oscar, houve espaço para três surpresas: Andra Day, Rosamund Pike e Jodie Foster. E o Critics’? Talvez a única tenha sido a premiação de Roteiro Original para Emerald Fennell por Bela Vingança. Não que o filme seja um candidato azarão, mas havia um forte favoritismo para Aaron Sorkin e seu Os 7 de Chicago. Embora não acompanhemos tão bem as séries televisivas, pelo visto as surpresas também não aconteceram, pois houve predomínio esperado de The Crown, The Queen’s Gambit, Schitt’s Creek e Ted Lasso.

A cerimônia durou cerca de 3 horas, ou melhor, 1 hora de cerimônia e 2 horas de intervalos. Acabamos de assistir ao Critics’ Choice odiando Santander, Fiat, Samsung Galaxy e Riachuelo de tanto ver suas propagandas. A respeito dos discursos de agradecimento, pelo menos pareceram mais rápidos e sucintos, mas por outro lado, perderam um pouco da naturalidade e espontaneidade, talvez com exceção do discurso do pequeno Alan Kim, que chorou ao levar o prêmio de Ator Juvenil por Minari. Destaque também para a diretora Chloé Zhao e a produtora Mollye Asher, que dedicaram os prêmios de Nomadland para o técnico de som do filme, M. Wolf Snyder, que cometeu suicídio aos 35 anos, no início de Março.

Embora tenha levado o prêmio de Design de Produção, Mank pode ser considerado um dos maiores perdedores da noite, já que foi indicado a 12 categorias. Desta vez, o diretor David Fincher nem apareceu virtualmente para tomar suas doses de tequila. Essa única vitória pode se repetir no final de Abril no Oscar, já que o filme não tem sido favorito a nenhuma outra categoria, incluindo Atriz Coadjuvante para Amanda Seyfried, que pra piorar, nem foi indicada ao SAG.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 26º CRITICS’ CHOICE AWARDS:

MELHOR FILME
Nomadland (Searchlight Pictures)

MELHOR DIREÇÃO
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ATOR
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)

MELHOR ATRIZ
Carey Mulligan (Bela Vingança) (Focus Features)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro) (Warner Bros)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte) (Amazon Studios)

MELHOR ATOR OU ATRIZ JUVENIL
Alan Kim (Minari) (A24)

MELHOR ELENCO
Os 7 de Chicago (Netflix)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Bela Vingança (Focus Features) – Emerald Fennell

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Mank (Netflix) – Donald Graham Burt, Jan Pascale

MELHOR FOTOGRAFIA
Nomadland (Searchlight Pictures) – Joshua James Richards

MELHOR FIGURINO
A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ann Roth

MELHOR MONTAGEM (Empate)
O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Mikkel E.G. Nielsen
Os 7 de Chicago (Netflix) – Alan Baumgarten

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Voz Suprema do Blues (Netflix)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Tenet (Warner Bros)

MELHOR TRILHA ORIGINAL
Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross

MELHOR CANÇÃO
Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – “Speak Now”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Minari (A24)

MELHOR COMÉDIA
Palm Springs (Hulu/NEON)

TV/STREAMING

MELHOR SÉRIE DRAMÁTICA
The Crown

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
Josh O’Connor (The Crown)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
Emma Corrin (The Crown)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – SÉRIE DRAMÁTICA
Michael K. Williams (Lovecraft Country)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – SÉRIE DRAMÁTICA
Gillian Anderson (The Crown)

MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA
Ted Lasso (Apple TV Plus)

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – SÉRIE DE COMÉDIA
Daniel Levy (Schitt’s Creek)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – SÉRIE DE COMÉDIA
Hannah Waddingham (Ted Lasso)

MELHOR MINISSÉRIE
O Gambito da Rainha (Netflix)

MELHOR FLME FEITO PARA TV
Hamilton (Disney Plus)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
John Boyega (Small Axe)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Anya Taylor-Joy (O Gâmbito da Rainha)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Donald Sutherland (The Undoing)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA TV
Uzo Aduba (Mrs. America)

MELHOR SÉRIE – FORMATO CURTO
Better Call Saul: Ethics Training With Kim Wexler (AMC)

MELHOR ESPECIAL DE COMÉDIA (Empate)
Jerry Seinfeld: 23 Hours to Kill (Netflix)
Michelle Buteau: Welcome to Buteaupia (Netflix)

MELHOR TALK SHOW
Late Night with Seth Meyers (NBC)

#SEEHER AWARD: Zendaya

‘NOMADLAND’ LEVA os GLOBOS DE OURO de MELHOR FILME e DIREÇÃO

ROAD MOVIE CONQUISTA O 2º PRÊMIO DE DIREÇÃO PARA UMA MULHER NA HISTÓRIA DO GLOBO DE OURO

Numa semana marcada pela falta de diversidade da HFPA, que não tem um único membro votante negro entre seus 90 jornalistas, a 78ª edição do Globo de Ouro fez questão de reforçar que haverá mudanças a partir deste ano nesse quesito. Tina Fey, e os representantes da Alemanha, Índia e Turquia se comprometeram a tirar do zero a inclusão racial. Isso é um começo, claro, mas é preciso apurar as denúncias de suborno. Alguns membros da HFPA teriam aceitado diárias em hotel 5 estrelas para votarem na série Emily in Paris da Netflix.

SOBRE A CERIMÔNIA

As duas hostess Tina Fey e Amy Poehler, que sempre tiveram uma formidável química juntas, perderam muito da naturalidade por terem se apresentado separadamente (mesmo com a ajuda da tecnologia) e da espontaneidade sem a resposta imediata e presencial das celebridades todas reunidas no Beverly Hilton Hotel embriagadas por champanhe caro. Até as piadas da introdução ficaram mais chochas sem a reação do público, quase como um gol no estádio sem a torcida gritando na arquibancada.

A HFPA fez o que pôde para reduzir os impactos de um evento virtual, inserindo reações em tempo real das celebridades, e convidou alguns comediantes para fazerem piadas como Maya Rudolph, Tracy Morgan, Kristen Wiig e Annie Mumolo, mas também sentiram falta de um público presente. Também tentaram um sketch com atores fazendo perguntas para médicos. Embora sejam válidas como homenagens aos profissionais da saúde, foram mais tentativas do que acertos propriamente ditos. Felizmente, Catherine O’Hara, que venceu como Melhor Atriz de Série de Comédia, conseguiu fugir da mesmice com um discurso ensaiado com o marido ao lado tocando música com seu celular pra apressá-la.

A noite prometia um festival de erros quando logo no primeiro prêmio da noite, Daniel Kaluuya se esqueceu de tirar o microfone do mudo ao vencer como Ator Coadjuvante. A apresentadora Laura Dern interveio e aceitou o prêmio em seu nome, mas ainda bem que ele retorna em seguida para agradecer o ator LaKeith Stanfield e cita o líder ativista Fred Hampton e sua importância na história americana.

Já um dos melhores momentos da noite veio da grande homenageada Jane Fonda, que ressaltou a importância da empatia e a diversidade que as histórias propõem, citando inúmeros trabalhos em destaque como os filmes Nomadland, Minari e Judas e o Messias Negro, assim como trabalhos esnobados pelo próprio Globo de Ouro como a série I May Destroy You, que deveria estar na categoria de Série de Comédia. Num discurso iluminado e sucinto, Fonda também procura nos incentivar a sermos líderes e cobrarmos as autoridades governamentais.

78th ANNUAL GOLDEN GLOBE AWARDS — Pictured: Jane Fonda accepts the Cecil B. DeMille Award at the 78th Annual Golden Globe Awards held at the Beverly Hilton Hotel on February 28, 2021. — (Photo by: Christopher Polk/NBC)

NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Embora tenha sido o recordista de indicações (6), Mank saiu de mãos abanando como previmos em nosso último episódio do Podcast do Cinema, Oscar & Afins. O filme de David Fincher tem tudo para ser um recordista dos indicados ao Oscar, que serão anunciados no próximo dia 15 de Março, e deve ter maiores chances de vitória já que há categorias técnicas que o Globo de Ouro não tem como Fotografia, Montagem e Som.

Os maiores vencedores da noite ganharam 2 Globos de Ouro cada: Nomadland (Filme e Direção), Borat: Fita de Cinema Seguinte (Filme e Ator) e Soul (Animação e Trilha Musical). Lembrando que Sacha Baron Cohen conquistou dois prêmios por Borat, mas perdeu por Os 7 de Chicago.

Com 22 indicações nas categorias de Cinema, a Netflix conquistou 4 estatuetas: 1 por A Voz Suprema do Blues, 1 por Os 7 de Chicago, 1 por Eu Me Importo, e 1 por Rosa e Momo, mas nada de Melhor Filme por enquanto. Já nas categorias televisivas, a empresa de streaming teve mais sorte com os 4 Globos de Ouro para The Crown, e 2 para The Queen’s Gambit.

DAS SURPRESAS

Pelo visto, as surpresas ficaram reservadas para as categorias femininas. A primeira responde pelo nome de Rosamund Pike, que ganhou pela ótima performance como a guardiã/golpista Marla Grayson na comédia de humor negro Eu Me Importo. Talvez dê pra incluir uma tentativa da HFPA de compensá-la pela derrota em 2015 por Garota Exemplar. Em seu discurso, Pike agradece o sistema legislativo americano quebrado e cheio de brechas que permite esse tipo de história. A atriz bateu a favorita da categoria Maria Bakalova, que concorrerá como Coadjuvante nos demais prêmios, inclusive no Oscar.

Falando na categoria, Jodie Foster se mostrou igualmente surpresa ao ganhar o prêmio de Atriz Coadjuvante por The Mauritanian. De pijama estiloso e ao lado da esposa e cachorro, a atriz inicia seu discurso dizendo “Acho que vocês cometeram um erro”. Este foi o terceiro Globo de Ouro de Foster, que havia vencido por Acusados e O Silêncio dos Inocentes. Como dissemos no podcast, a categoria de Atriz Coadjuvante tem tudo para se tornar a mais imprevisível da temporada, com Maria Bakalova, Yuh-Jung Youn e ainda Glenn Close que recentemente perdeu em sua sétima indicação ao Oscar.

Já na categoria de Atriz – Drama, Andra Day surpreendeu a todos ao vencer as outras quatro atrizes que são consideradas certas para o próximo Oscar: Viola Davis, Vanessa Kirby, Frances McDormand e Carey Mulligan. Não vimos The United States vs. Billie Holiday, mas há duas mensagens por trás dessa vitória. A primeira é a lembrança de Andra Day para o Oscar e pela crítica ao BAFTA que já a desqualificou na long list divulgada há três semanas. E a segunda é que a HFPA também joga panos quentes sobre a polêmica da falta de diversidade entre os membros votantes. Será que Carey Mulligan não teria ganhado se não fosse pela polêmica recente? E aproveitando: será que a Andra consegue correr atrás da indicação ao Oscar com essa vitória?

78th ANNUAL GOLDEN GLOBE AWARDS — Pictured: Andra Day (c) reacts after being named winner of the Best Actress – Motion Picture Drama award for ‘The United States vs. Billie Holiday’ via video by Joaquin Phoenix at the 78th Annual Golden Globe Awards held at the Beverly Hilton Hotel on February 28, 2021. — (Photo by: Christopher Polk/NBC)

E por último, apesar de não se tratar necessariamente de uma surpresa, Chloé Zhao se tornou a 2ª diretora premiada na categoria de Direção nos 78 anos de Globo de Ouro. A primeira e única até então era Barbra Streisand por Yentl, portanto há uma justiça sendo feita de alguma forma. Contudo, é importante ressaltar que os filmes das outras duas diretoras indicadas, Emerald Fennell e Regina King, não levaram nenhum prêmio. Tanto Bela Vingança quanto Uma Noite em Miami… saíram sem prêmios da noite.

NOTAS FINAIS

Como esperado, Minari levou o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Apesar de ser uma produção americana da A24, lembramos que Lee Isaac-Chung é o segundo diretor coreano consecutivo a levar o prêmio após Bong Joon Ho por Parasita. Esperamos e torcemos para que o filme chegue ao Oscar em várias categorias como Filme, Direção, Ator, Atriz Coadjuvante, Roteiro e Trilha, até mesmo porque não pode concorrer como Filme Internacional.

Gostamos do prêmio de Ator Coadjuvante para Daniel Kaluuya e acreditamos na segunda indicação ao Oscar para o ator de Corra!. Achamos bacana a vitória da compositora Diane Warren pela canção de Rosa e Momo, muito embora o filme seja meio medíocre. Se ela chegar novamente ao Oscar, será sua 12ª indicação, e sem vitórias até o momento. Será que vai desta vez?

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DA 78ª EDIÇÃO DO GLOBO DE OURO:

MELHOR FILME – DRAMA
Meu Pai (The Father) – Sony Pictures Classics
Mank (Mank) – Netflix
Nomadland – Searchlight Pictures
Bela Vingança (Promising Young Woman) – Focus Features
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) – Netflix

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR – DRAMA
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Gary Oldman (Mank)
Tahar Rahim (The Mauritanian)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm) – Amazon Studios
Hamilton – Disney
Music – IMAX
Palm Springs – NEON/Hulu
A Festa de Formatura (The Prom) – Netflix

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Kate Hudson (Music)
Michelle Pfeiffer (French Exit)
Rosamund Pike (Eu Me Importo)
Anya Taylor-Joy (Emma)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
James Corden (A Festa de Formatura)
Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
Dev Patel (A História Pessoal de David Copperfield)
Andy Samberg (Palm Springs)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Os Croods 2: Uma Nova Era (Os Croods: A New Age)
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)
A Caminho da Lua (Over the Moon)
Soul (Soul)
Wolfwalkers

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Another Round – Dinamarca
La Llorona – Guatemala/França
Rosa e Momo (The Life Ahead) – Itália
Minari – EUA
Two of Us – França/EUA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
Olivia Colman (Meu Pai)
Jodie Foster (The Mauritanian)
Amanda Seyfried (Mank)
Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Jared Leto (Os Pequenos Vestígios)
Bill Murray (On the Rocks)
Lesley Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR DIREÇÃO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
David Fincher (Mank)
Regina King (Uma Noite em Miami…)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ROTEIRO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Jack Fincher (Mank)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Florian Zeller e Christopher Hampton (Meu Pai)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (O Céu da Meia-Noite)
Ludwig Goransson (Tenet)
James Newton Howard (Relatos do Mundo)
Trent Raznor e Atticus Ross (Mank)
Trent Raznor, Atticus Ross e Jon Batiste (Soul)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Fight for You” – H.E.R., Dernst Emile II e Tiara Thomas (Judas e o Messias Negro)
“Hear my Voice” – Daniel Pemberton, Celeste Waite (Os 7 de Chicago)
“Io Sì (Seen)” – Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi (Rosa e Momo)
“Speak Now” – Leslie Odom Jr., Sam Ashworth (Uma Noite em Miami…)
“Tigress & Tweed” – Andra Day, Rapahel Saadiq (The United States vs. Billie Holiday)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
The Crown

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Emma Corrin (The Crown)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Josh O’Connor (The Crown)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Schitt’s Creek

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Jason Sudeikis (Ted Lasso)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit)

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Mark Ruffalo (I Know This Much is True)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Gillian Anderson (The Crown)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
John Boyega (Small Axe)

‘MANK’ LIDERA CRITICS’ CHOICE AWARDS DOMINADO por NETFLIX

NETFLIX CONQUISTA MARCA DE QUATRO FILMES INDICADOS A MELHOR FILME

Ok, não é lá uma grande novidade, mas quem não conseguia enxergar a Netflix predominando as premiações desta temporada bem atípica da pandemia? Além das produções de outros estúdios terem sofrido com adiamentos, a plataforma de streaming foi beneficiada com o fechamento de salas de cinema e, claro, com seus próprios investimentos certeiros.

Não é nada surpreendente também que o novo filme de David Fincher, Mank, tenha sido o recordista de indicações, já que se trata de um filme de época, tecnicamente impecável e com pedigree. Foram 12 indicações ao Critics’ Choice, e no Oscar são esperadas umas 10 indicações, mesmo com queda na campanha publicitária nas últimas semanas. A nosso ver, Mank tem tudo para ser um novo A Invenção de Hugo Cabret, que desponta como um dos favoritos, mas acaba limitado aos Oscars mais técnicos, ainda mais que Gary Oldman e Amanda Seyfried não estão ganhando prêmios importantes, e ela sequer foi reconhecida no SAG.

Ainda sobre Netflix, foram ao todo 46 indicações nas categorias de Cinema. Além das 12 de Mank, temos 8 para A Voz Suprema do Blues, 6 de Destacamento Blood e 6 de Os 7 de Chicago. A grande surpresa fica por conta do 2º lugar da A24, que acumulou 14 indicações, sendo 10 para Minari. O drama familiar coreano teve a mesma proeza de ser indicado para Melhor Filme, Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Elenco como o fenômeno Parasita ano passado, mas ao contrário do filme de Bong Joon-Ho, teve duas indicações individuais para seus atores Steven Yeun e Yuh-Jung Youn como Ator e Atriz Coadjuvante, respectivamente.

Chadwick Boseman repete sua dobradinha do SAG e novamente conquista duas indicações por A Voz Suprema do Blues e Destacamento Blood. Caso isso se repita no Oscar, será o primeiro ator a ter dupla indicação póstuma. Além de Boseman, Andra Day foi reconhecida em duas categorias: Melhor Atriz e Canção Original por The United States vs. Billie Holiday, enquanto a dupla de compositores Trent Raznor e Atticus Ross na mesma categoria de Trilha Original por Soul e Mank. Vale ainda citar a querida Olivia Colman, indicada para Atriz Coadjuvante por Meu Pai e Atriz de Série Dramática por The Crown.

Para quem acompanha o blog há alguns anos, nós apelidamos carinhosamente o Critics’ Choice Awards de “Bolha Assassina”, porque a cada ano que passa ela cria novas categorias e abre mais vagas para indicados, expandindo-se como aquela gosma rosa alienígena. Embora isso signifique uma falta de critério e seletividade, claro que é ótimo para os filmes e artistas constarem nessas listas para ganharem o devido reconhecimento. Uma das coisas que nos incomoda no Critics’ é a constante e crescente vontade de se tornar um mero precursor genérico do Oscar. Prefere tentar adivinhar quem vai levar a estatueta da Academia do que selecionar seus próprios favoritos. Isso sem contar aquela sacanagem de apresentar prêmios no tapete vermelho e nos intervalos que nos faz questionar “Então pra que tanta categoria se não tem tempo para apresentar devidamente?”. Mas enfim, esse coração de mãe do Critics’ ajudou em algumas categorias bem disputadas como Melhor Ator, que teve OITO indicados, e Direção e Atriz que tiveram SETE indicados cada.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DE CINEMA AO 26º CRITICS’ CHOICE AWARDS:

MELHOR FILME

  • Destacamento Blood (Da 5 Bloods) (Netflix)
  • A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom) (Netflix)
  • Mank (Mank) (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Relatos do Mundo (News of the World) (Universal Pictures)
  • Nomadland (Searchlight Pictures)
  • Uma Noite em Miami… (One Night in Miami) (Amazon Studios)
  • Bela Vingança (Promising Young Woman) (Focus Features)
  • O Som do Silêncio (Sound of Metal) (Amazon Studios)
  • Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) (Netflix)

MELHOR DIREÇÃO

  • Lee Isaac Chung (Minari) (A24)
  • Emerald Fennell (Bela Vingança) (Focus Features)
  • David Fincher (Mank) (Netflix)
  • Spike Lee (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Regina King (Uma Noite em Miami…) (Amazon Studios)
  • Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago) (Netflix)
  • Chloé Zhao (Nomadland) (Searchlight Pictures)

MELHOR ATOR

  • Ben Affleck (O Caminho de Volta) (Warner Bros)
  • Riz Ahmed (O Som do Silêncio) (Amazon Studios)
  • Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)
  • Tom Hanks (Relatos do Mundo) (Universal Pictures)
  • Anthony Hopkins (Meu Pai) (Sony Pictures Classics)
  • Delroy Lindo (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Gary Oldman (Mank) (Netflix)
  • Steven Yeun (Minari) (A24)

MELHOR ATRIZ

  • Viola Davis (A Voz Suprema do Blues) (Netflix)
  • Andra Day (The United States vs. Billie Holiday) (Hulu)
  • Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre) (Focus Features)
  • Vanessa Kirby (Pieces of a Woman) (Netflix)
  • Frances McDormand (Nomadland) (Searchlight Pictures)
  • Carey Mulligan (Bela Vingança) (Focus Features)
  • Zendaya (Malcolm & Marie) (Netflix)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Chadwick Boseman (Destacamento Blood) (Netflix)
  • Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago) (Netflix)
  • Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro) (Warner Bros)
  • Bill Murray (On the Rocks) (A24/Apple TV Plus)
  • Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…) (Amazon Studios)
  • Paul Raci (O Som do Silêncio) (Amazon Studios)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte) (Amazon Studios)
  • Ellen Burstyn (Pieces of a Woman) (Netflix)
  • Glenn Close (Era uma Vez um Sonho) (Netflix)
  • Olivia Colman (Meu Pai) (Sony Pictures Classics)
  • Amanda Seyfried (Mank) (Netflix)
  • Yuh-Jung Youn (Minari) (A24)

MELHOR ATOR OU ATRIZ JUVENIL

  • Ryder Allen (Palmer) (Apple TV Plus)
  • Ibrahima Gueye (Rosa e Momo) (Netflix)
  • Alan Kim (Minari) (A24)
  • Talia Ryder (Nunca Raramente Às Vezes Sempre) (Focus Features)
  • Caoilinn Springall (O Céu da Meia-Noite) (Netflix)
  • Helena Zengel (Relatos do Mundo) (Universal Pictures)

MELHOR ELENCO

  • Destacamento Blood (Netflix)
  • Judas e o Messias Negro (Warner Bros)
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios)
  • Os 7 de Chicago (Netflix)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

  • Mank (Netflix) – Jack Fincher
  • Minari (A24) – Lee Isaac Chung
  • Nunca Raramente Às Vezes Sempre (Focus Features) – Eliza Hittman
  • Bela Vingança (Focus Features) – Emerald Fennell
  • O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Darius Marder, Abraham Marder
  • Os 7 de Chicago (Netflix) – Aaron Sorkin

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

  • Meu Pai (Sony Pictures Classics) – Christopher Hampton, Florian Zeller
  • First Cow (A24) – Jonathan Raymond, Kelly Reichardt
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ruben Santiago-Hudson
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – Luke Davies, Paul Greengrass
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – Kemp Powers

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

  • Emma (Focus Features) – Kave Quinn, Stella Fox
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Mark Ricker, Karen O’Hara, Diana Stoughton
  • Mank (Netflix) – Donald Graham Burt, Jan Pascale
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – David Crank, Elizabeth Keenan
  • A História Pessoal de David Copperfield (Searchlight Pictures) – Cristina Casali, Charlotte Dirickx
  • Tenet (Warner Bros) – Nathan Crowley, Kathy Lucas

MELHOR FOTOGRAFIA

  • Destacamento Blood (Netflix) – Newton Thomas Sigel
  • First Cow (A24) – Christopher Blauvelt
  • Mank (Netflix) – Erik Messerschmidt
  • Minari (A24) – Lachlan Milne
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – Dariusz Wolski
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Joshua James Richards
  • Tenet (Warner Bros) – Hoyte Van Hoytema

MELHOR FIGURINO

  • Emma (Focus Features) – Alexandra Byrne
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix) – Ann Roth
  • Mank (Netflix) – Trish Summerville
  • Mulan (Walt Disney Pictures) – Bina Daigeler
  • A História Pessoal de David Copperfield (Searchlight Pictures) – Suzie Harman, Robert Worley
  • Bela Vingança (Focus Features) – Nancy Steiner

MELHOR MONTAGEM

  • Meu Pai (Sony Pictures Classics) – Yorgos Lamprinos
  • Mank (Netflix) – Kirk Baxter
  • Nomadland (Searchlight Pictures) – Chloé Zhao
  • O Som do Silêncio (Amazon Studios) – Mikkel E.G. Nielsen
  • Tenet (Warner Bros) – Jennifer Lame
  • Os 7 de Chicago (Netflix) – Alan Baumgarten

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO

  • Emma (Focus Features)
  • Era uma Vez um Sonho (Netflix)
  • A Voz Suprema do Blues (Netflix)
  • Mank (Netflix)
  • Bela Vingança (Focus Features)
  • The United States vs. Billie Holiday (Hulu)

MELHORES EFEITOS VISUAIS

  • Greyhound: Na Mira do Inimigo (Apple TV Plus)
  • O Homem Invisível (The Invisible Man) (Universal Pictures)
  • Mank (Netflix)
  • O Céu da Meia-Noite (The Midnight Sky) (Netflix)
  • Mulan (Walt Disney Pictures)
  • Tenet (Warner Bros)
  • Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman 1984) (Warner Bros)

MELHOR TRILHA

  • O Céu da Meia-Noite (Netflix) – Alexandre Desplat
  • Mank (Netflix) – Trent Reznor, Atticus Ross
  • Minari (A24) – Emile Mosseri
  • Relatos do Mundo (Universal Pictures) – James Newton Howard
  • Soul (Pixar) – Jon Batiste, Trent Reznor, Atticus Ross
  • Tenet (Warner Bros) – Ludwig Göransson

MELHOR CANÇÃO

  • Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars (Netflix) – “Husavik (My Home Town)”
  • Rosa e Momo (Netflix) – “Io Si (Seen)”
  • Judas e o Messias Negro (Warner Bros) – “Fight for You”
  • Uma Noite em Miami… (Amazon Studios) – “Speak Now”
  • The Outpost (Chicken Soup for the Soul Entertainment) – “Everybody Cries”
  • The United States vs. Billie Holiday (Hulu) – “Tigress & Tweed”

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRO

  • Druk – Mais uma Rodada (Samuel Goldwyn Films)
  • Collective (Magnolia Pictures)
  • La Llorona (Shudder)
  • Rosa e Momo (Netflix)
  • Minari (A24)
  • Two Of Us (Magnolia Pictures)

MELHOR COMÉDIA

  • Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat: Subsequent Moviefilm) (Amazon Studios)
  • The Forty-Year-Old Version (Netflix)
  • O Rei de Staten Island (The King of Staten Island) (Universal Pictures)
  • On the Rocks (A24/Apple TV+)
  • Palm Springs (Hulu/NEON)
  • A Festa de Formatura (The Prom) (Netflix)

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A 26ª cerimônia híbrida do Critics’ Choice Awards acontecerá no próximo dia 07 de Março.

CHADWICK BOSEMAN FAZ HISTÓRIA no SAG AWARDS com 4 INDICAÇÕES

Da esquerda para a direita: Destacamento Blood, A Voz Suprema do Blues e Minari, os recordistas de indicações ao SAG Awards

FALECIDO EM AGOSTO DE 2020, ATOR ACUMULA 4 INDICAÇÕES PELOS DOIS ÚLTIMOS FILMES DA CARREIRA

Na manhã desta quinta-feira, dia 04, o Screen Actors Guild (sindicato de atores) anunciou seus indicados para a sua 27ª edição com a ajuda dos atores Daveed Digs (que foi indicado por Hamilton) e Lily Collins, que concorria por Mank e pela série Emily in Paris, através de uma live no perfil do SAG Awards: @sagawards

Os cinco filmes reconhecidos na categoria de Melhor Elenco ganham um novo e importante fôlego até Março, quando as indicações ao Oscar serão anunciadas. Vale ressaltar que dentre as últimas 10 edições, o SAG de Melhor Elenco ajudou a definir o vencedor do Oscar de Melhor Filme em 5 oportunidades: O Discurso do Rei, Argo, Birdman, Spotlight e Parasita, todos venceram o SAG e o Oscar.

Apesar de três filmes terem empatado em número maior de indicações (Minari, A Voz Suprema do Blues e Destacamento Blood), foram Minari e A Voz Suprema do Blues que se destacaram mais, pois uma das indicações de Destacamento Blood foi para a categoria de Dublês. Minari ganha uma sobrevida ainda maior, após ter sido praticamente esnobado pelo Globo de Ouro, no qual foi reconhecido apenas na categoria de Filme em Língua Estrangeira.

Ainda sobre destaques, é impossível não ressaltar a histórica quádrupla indicação para Chadwick Boseman, que concorre como Ator Coadjuvante e Elenco por Destacamento Blood, e Ator e Elenco por A Voz Suprema do Blues. Normalmente, diríamos que é aquelas situações recorrentes em que os votos se anulam entre si, mas por toda a comoção envolvendo sua morte precoce em Agosto passado, acreditamos que ele vencerá em uma das categorias, especialmente na de Melhor Ator. Já dá pra praticamente ouvir a platéia aplaudindo de pé, toda comovida e aguardando o discurso emotivo da viúva de Boseman.

Como em toda edição, algumas surpresas preencheram as manchetes. Das ausências mais sentidas, Delroy Lindo por Destacamento Blood (aqui mais sentida do que no Globo de Ouro, que esnobou o filme de Spike Lee por completo), Andra Day por The United States vs. Billie Holiday, Amanda Seyfried por Mank e Ellen Burstyn por Pieces of a Woman na categoria de Atriz Coadjuvante, Paul Raci por O Som do Silêncio e Bill Murray por On the Rocks como coadjuvantes, Tahar Rahim e Jodie Foster por The Mauritanian, e o elenco de Nomadland ter ficado de fora da categoria por muitos acreditarem ser praticamente um filme solo de Frances McDormand.

É curioso lembrarmos que no 1º semestre de 2020, com os cinemas fechando, muitos acreditavam não haveria filmes o suficiente para preencher uma temporada de premiações (alguns deduzindo indicação para Jim Carrey por Sonic: O Filme !), e agora estão faltando vagas para tantas boas performances. Também destacamos a ausência de Tenet na categoria de Dublês… muito estranha essa ausência!

Já sobre as surpresas de indicações, logo vem a dupla indicação para Era uma Vez um Sonho para Amy Adams e Glenn Close. Considerado um Oscar bait deslavado, muitos consideravam o filme de Ron Howard como carta fora do baralho, mas pelo visto a Netflix está se empenhando para conseguir reconhecimento para as maiores recordistas de indicações ao Oscar sem vitória.

Pelas categorias televisivas, The Crown e Schitt’s Creek conquistaram o maior números de indicações: 5 cada. Nas categorias de Cinema, a Netflix acumulou 13 indicações e obviamente foi a recordista novamente.

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DO 27º SAG AWARDS:

CINEMA

MELHOR ELENCO
* Destacamento Blood (Da 5 Bloods)
* A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
* Minari
* Uma Noite em Miami… (One Night in Miami)
* Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7)

MELHOR ATOR
* Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
* Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
* Anthony Hopkins (Meu Pai)
* Gary Oldman (Mank)
* Steven Yeun (Minari)

MELHOR ATRIZ 
* Amy Adams (Era uma Vez um Sonho)
* Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
* Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
* Frances McDormand (Nomadland)
* Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
* Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
* Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
* Jared Leto (The Little Things)
* Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami…)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
* Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
* Olivia Colman (Meu Pai)
* Yuh-Jung Youn (Minari)
* Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS
* Destacamento Blood
* Mulan
* Relatos do Mundo
* Os 7 de Chicago
* Mulher Maravilha 1984

TV/STREAMING

MELHOR ELENCO – SÉRIE DRAMÁTICA
* Better Call Saul
* Bridgerton
* The Crown
* Lovecraft Country
* Ozark

MELHOR ATOR – SÉRIE DRAMÁTICA
* Jason Bateman (Ozark)
* Sterling K. Brown (This is Us)
* Josh O’Connor (The Crown)
* Bob Odenkirk (Better Call Saul)
* Rege-Jean Page (Bridgerton)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DRAMÁTICA
* Gillian Anderson (The Crown)
* Olivia Colman (The Crown)
* Emma Corrin (The Crown)
* Julia Garner (Ozark)
* Laura Linney (Ozark)

MELHOR ATOR – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Bill Camp (The Queen’s Gambit)
* Daveed Diggs (Hamilton)
* Hugh Grant (The Undoing)
* Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
* Mark Ruffalo (I Know This Much Is True)

MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
* Cate Blanchett (Mrs. America)
* Michaela Coel (I May Destroy You)
* Nicole Kidman (The Undoing)
* Anya Taylor-Joy (The Queen’s Gambit)
* Kerry Washington (Little Fires Everywhere)

MELHOR ELENCO – SÉRIE DE COMÉDIA
* Dead to Me
* The Flight Attendant
* The Great
* Schitt’s Creek
* Ted Lasso

MELHOR ATOR – SÉRIE DE COMÉDIA
* Nicholas Hoult (The Great)
* Dan Levy (Schitt’s Creek)
* Eugene Levy (Schitt’s Creek)
* Jason Sudeikis (Ted Lasso)
* Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR ATRIZ – SÉRIE DE COMÉDIA
* Christina Applegate (Dead to Me) 
* Linda Cardellini (Dead to Me) 
* Kaley Cuoco (The Flight Attendant) 
* Annie Murphy (Schitt’s Creek) 
* Catherine O’Hara (Schitt’s Creek) 

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DRAMÁTICA OU DE COMÉDIA
* The Boys
* Cobra Kai
* Lovecraft Country
* The Mandalorian
* Westworld

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A cerimônia do SAG Awards acontece um pouco mais tarde este ano, no dia 04 de Abril e deve ser transmitida pelo canal pago TNT.

‘MANK’ LIDERA as INDICAÇÕES ao GLOBO DE OURO, que RECONHECE TRÊS DIRETORAS

Da esquerda pra direita: Emerald Fennell (Bela Vingança), Chloé Zhao (Nomadland) e Regina King (One Night in Miami)

PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, TRÊS DIRETORAS SÃO INDICADAS

Na manhã desta quarta, dia 03, os indicados ao Globo de Ouro foram anunciados numa live transmitida ao vivo pelo canal norte-americano Today pelas atrizes Sarah Jessica Parker e Taraji P. Henson. Obviamente, em tempos de pandemia, não há nada de errado fazer a transmissão direto do conforto de seus lares, mas elas tinham que ler cartazes de cartolina dos tempos de escola? Cadê o pessoal que faz uma computação gráfica com fotos dos filmes, séries e atores? Talvez seja exagero dizer isso, mas esse despreparo nos soa como um desleixo da HFPA que acaba desvalorizando a premiação. Pra quem não acompanhou ao vivo, segue link abaixo do YouTube:

OS NÚMEROS DO GLOBO DE OURO

Começando pelos números, o recordista desta 78ª edição foi Mank, parceria entre David Fincher e Netflix, com 6 indicações. É verdade que o filme tem caído na temporada, já que foi pouco lembrado até aqui, mas pela sua excelência técnica, deve repetir a liderança nas indicações ao Oscar. Contudo, essa liderança no Globo de Ouro não significa necessariamente maiores chances de vitória. Em 2º lugar, Os 7 de Chicago vem com 5 indicações, e empatados com 4, vêm Nomadland, Bela Vingança e Meu Pai. Esses cinco filmes formam a categoria de Melhor Filme – Drama. Atualmente, dá pra dizer que Nomadland é o favorito pelos vários prêmios de Direção para Chloé Zhao, mas não dá pra descartar Bela Vingança, que alguns acreditavam que só conseguiria indicação para Melhor Atriz para Carey Mulligan, mas saiu indicado nas principais categorias de Filme, Direção e Roteiro.

Ainda sobre números, a grande vencedora foi a Netflix, que acumulou o total de 22 indicações entre as categorias de Cinema e de TV. Um número bem acima do 2º colocado Amazon Studios com apenas 7 indicações e dos 3ºs Focus Features, Sony Pictures Classics e Disney com 6 cada um. Apesar do número expressivo da Netflix, a companhia ainda tem mais chances nas categorias televisivas com as séries The Crown, The Queen’s Gambit ou Emily in Paris do que nos filmes, onde a melhor chance de vitória talvez seja Melhor Roteiro por Os 7 de Chicago.

TRÊS DIRETORAS INDICADAS

O maior destaque destas indicações foram as inclusões de três diretoras na categoria de Melhor Direção. É a primeira vez em 78 anos de Globo de Ouro que há mais de uma mulher na categoria. Até hoje, apenas 5 diretoras haviam sido reconhecidas pela HFPA: Barbra Streisand (a única vencedora por Yentl, e indicada por O Príncipe das Marés), Jane Campion (O Piano), Sofia Coppola (Encontros e Desencontros), Kathryn Bigelow (por Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura) e Ava DuVernay (Selma). Para aqueles que acreditam que a HFPA cedeu a uma pressão externa, vamos com calma.

Nos últimos meses, o Gotham Awards indicou todos os 5 filmes dirigidos por mulheres, e mais recentemente, o Independent Spirit Awards reservou quatro das 5 vagas de Direção para as diretoras, portanto, trata-se mais de um reflexo dos ótimos trabalhos do que uma mera compensação por erros passados. E felizmente, são as três mulheres indicadas que têm as maiores chances de vitória: Chloé Zhao (Nomadland), Emerald Fennell (Bela Vingança) e Regina King (One Night in Miami). Particularmente, ainda trocaríamos Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago) por Kelly Reichardt por First Cow, que infelizmente não foi lembrado nem para Roteiro.

ESNOBADOS E SURPRESAS

A safra de filmes de 2020 ainda consegue suprir bem uma temporada de premiações (o que nos preocupa é 2021 e 2022), portanto há espaço para injustiças e surpresas. Dentre as ausências mais comentadas estão a da sul-coreana Yuh-jung Youn de Minari e de Paul Raci de O Som do Silêncio. São duas performances que vêm ganhando vários prêmios de Coadjuvante até o momento, então é de se estranhar que eles tenham ficado de fora desta disputa. Um pouco menos comentadas, porém com grandes chances estavam Zendaya por Malcolm and Marie, Jessie Buckley por Estou Pensando em Acabar com Tudo, Kate Winslet por Ammonite, e Meryl Streep, que foi duplamente esnobada por A Festa de Formatura e Let Them All Talk na categoria de Atriz – Comédia ou Musical. Por outro lado, a indicação de Andra Day por The United States vs. Billie Holiday foi vista como uma boa surpresa que pode impulsionar a campanha de sua performance no Oscar.

Por estar bastante acirrada, a disputa de Melhor Ator, acabou tendo mais nomes excluídos como Delroy Lindo por Destacamento Blood, Ben Affleck por O Caminho de Volta, e Steven Yeun por Minari. Aliás, o filme Minari foi o protagonista da maior controvérsia este ano. A produção norte-americana foi qualificada como Filme em Língua Estrangeira, ficando de fora da disputa de Melhor Filme – Drama. Por isso mesmo, havia a expectativa de que a HFPA pudessem compensar o filme pelas indicações dos atores, mas com a ausência de todos, damos a entender que a controvérsia não pesou para os 89 jornalistas da organização. A grande surpresa da categoria foi Tahar Rahim, que vive um prisioneiro torturado em The Mauritanian (ainda sem previsão de estreia no Brasil). O filme político de Kevin MacDonald, que apresenta semelhanças com A Hora Mais Escura (2012), também emplacou uma indicação de Coadjuvante para Jodie Foster.

Vale destacarmos as duplas indicações para os compositores Trent Raznor e Atticus Ross por Soul e Mank (que pode se repetir no Oscar, já que ambas as trilhas foram consideradas elegíveis), para a atriz argentina Anya Taylor-Joy, que foi indicada pela comédia Emma e pela série da Netflix, The Queen’s Gambit, e claro, pela tripla indicação do ator, comediante e produtor britânico Sacha Baron Cohen por Os 7 de Chicago, e por atuar e produzir Borat: Fita de Cinema Seguinte. E também a indicação para Hamilton, para Filme – Comédia ou Musical e Ator – Comédia ou Musical para Lin-Manuel Miranda, mostrando a força ($$$) da Disney ao conseguir incluir um filme que é uma peça de teatro filmada: com luz, direção de arte, texto e atores do próprio espetáculo.

Na categoria de Filme em Língua Estrangeira, o dinamarquês Another Round era o favorito, mas a inclusão de Minari o torna o novo favorito. Já na categoria de Longa de Animação, com tudo muito previsível, Soul deve levar fácil mais um prêmio para a Pixar.

INDICADOS AO 78º GLOBO DE OURO:

CINEMA

MELHOR FILME – DRAMA
Meu Pai (The Father) – Sony Pictures Classics
Mank (Mank) – Netflix
Nomadland – Searchlight Pictures
Bela Vingança (Promising Young Woman) – Focus Features
Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7) – Netflix

MELHOR ATRIZ – DRAMA
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR – DRAMA
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Gary Oldman (Mank)
Tahar Rahim (The Mauritanian)

MELHOR FILME – COMÉDIA OU MUSICAL
Borat: Fita de Cinema Seguinte (Borat Subsequent Moviefilm) – Amazon Studios
Hamilton – Disney
Music – IMAX
Palm Springs – NEON/Hulu
A Festa de Formatura (The Prom) – Netflix

MELHOR ATRIZ – COMÉDIA OU MUSICAL
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Kate Hudson (Music)
Michelle Pfeiffer (French Exit)
Rosamund Pike (I Care a Lot)
Anya Taylor-Joy (Emma)

MELHOR ATOR – COMÉDIA OU MUSICAL
Sacha Baron Cohen (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
James Corden (A Festa de Formatura)
Lin-Manuel Miranda (Hamilton)
Dev Patel (The Personal History of David Copperfield)
Andy Samberg (Palm Springs)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Os Croods 2: Uma Nova Era (The Croods: A New Age)
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (Onward)
A Caminho da Lua (Over the Moon)
Soul (Soul)
Wolfwalkers

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Another Round – Dinamarca
La Llorona – Guatemala/França
Rosa e Momo (The Life Ahead) – Itália
Minari – EUA
Two of Us – França/EUA

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
Olivia Colman (Meu Pai)
Jodie Foster (The Mauritanian)
Amanda Seyfried (Mank)
Helena Zengel (Relatos do Mundo)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Jared Leto (The Little Things)
Bill Murray (On the Rocks)
Lesley Odom Jr. (One Night in Miami…)

MELHOR DIREÇÃO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
David Fincher (Mank)
Regina King (One Night in Miami…)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR ROTEIRO
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Jack Fincher (Mank)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Florian Zeller e Christopher Hampton (Meu Pai)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Alexandre Desplat (O Céu da Meia-Noite)
Ludwig Goransson (Tenet)
James Newton Howard (Relatos do Mundo)
Trent Raznor e Atticus Ross (Mank)
Trent Raznor, Atticus Ross e Jon Batiste (Soul)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“Fight for You” – H.E.R., Dernst Emile II e Tiara Thomas (Judas e o Messias Negro)
“Hear my Voice” – Daniel Pemberton, Celeste Waite (Os 7 de Chicago)
“Io Sì (Seen)” – Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi (Rosa e Momo)
“Speak Now” – Leslie Odom Jr., Sam Ashworth (One Night in Miami…)
“Tigress & Tweed” – Andra Day, Rapahel Saadiq (The United States vs. Billie Holiday)


TELEVISÃO/STREAMING

MELHOR SÉRIE – DRAMA
The Crown
Lovecraft Country
The Mandalorian
Ozark
Ratched

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – DRAMA
Olivia Colman (The Crown)
Jodie Comer (Killing Eve)
Emma Corrin (The Crown)
Laua Linney (Ozark)
Sarah Paulson (Ratched)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – DRAMA
Jason Bateman (Ozark)
Josh O’Connor (The Crown)
Bob Odenkirk (Better Call Saul)
Al Pacino (Hunters)
Matthew Rhys (Perry Mason)

MELHOR SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Emily in Paris
The Flight Attendant
The Great
Schitt’s Creek
Ted Lasso

MELHOR ATRIZ DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Lily Collins (Emily in Paris)
Kaley Cuoco (The Flight Attendant)
Elle Fanning (The Great)
Jane Levy (Zoey’s Extraordinary Playlist)
Catherine O’Hara (Schitt’s Creek)

MELHOR ATOR DE SÉRIE – COMÉDIA OU MUSICAL
Don Cheadle (Black Monday)
Nicholas Hoult (The Great)
Eugene Levy (Schitt’s Creek)
Jason Sudeikis (Ted Lasso)
Ramy Youssef (Ramy)

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Normal People
O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit)
Small Axe
The Undoing
Unorthodox

MELHOR ATRIZ DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Cate Blanchett (Mrs. America)
Daisy Edgar-Jones (Normal People)
Shira Haas (Unorthodox)
Nicole Kidman (The Undoing)
Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha)

MELHOR ATOR DE MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Bryan Cranston (Your Honor)
Jeff Daniels (The Comey Rule)
Hugh Grant (The Undoing)
Ethan Hawke (The Good Lord Bird)
Mark Ruffalo (I Know This Much is True)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Gillian Anderson (The Crown)
Helena Bonham Carter (The Crown)
Julia Garner (Ozark)
Annie Murphy (Schitt’s Creek)
Cynthia Nixon (Ratched)

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE SÉRIE, MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
John Boyega (Small Axe)
Brendan Gleeson (The Comey Rule)
Daniel Levy (Schitt’s Creek)
Jim Parsons (Hollywood)
Donald Sutherland (The Undoing)

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A 78ª cerimônia do Globo de Ouro está marcada para o dia 28 de Fevereiro.

‘NUNCA RARAMENTE ÀS VEZES SEMPRE’ LIDERA as INDICAÇÕES ao INDEPENDENT SPIRIT AWARDS

Os 5 filmes indicados a Melhor Filme: Nunca Raramente Às Vezes Sempre, A Voz Suprema do Blues, First Cow, Nomadland e Minari.

PRÊMIO DO CINEMA INDEPENDENTE AMERICANO APOSTA NA DIVERSIDADE

O anúncio foi feito ao vivo pelo canal do YouTube Film Independent e contou com a presença das atrizes Olivia Wilde e Laverne Cox, e do diretor Barry Jenkins, que divulgaram os indicados de todas as categorias. Confira o vídeo pelo link abaixo:

Nesta 36ª edição, o recordista de indicações foi o drama Nunca Raramente Às Vezes Sempre, que reforça os obstáculos que precisam ser superados para uma adolescente conseguir um aborto. O filme de Eliza Hittman acumulou sete indicações, incluindo Filme, Direção, Atriz, Atriz Coadjuvante e Roteiro. Logo em seguida, com seis indicações, surge a história de uma família sul-coreana imigrante de Minari, um filme que vem conquistando a crítica e o público desde sua exibição no Festival de Sundance de 2020, de onde saiu premiado com o Grande Prêmio do Júri.

Para competir com essas duas produções, outros três fortes concorrentes da temporada de premiações: A Voz Suprema do Blues e Nomadland, ambas empatadas com cinco indicações cada, e First Cow que obteve três. Coincidência ou não, assim como na categoria de Melhor Filme da premiação independente Gotham Awards, nenhum dos cinco filmes foram dirigidos por homens brancos. Já para Melhor Direção, esta é a primeira vez em que a categoria foi preenchida totalmente por diretoras mulheres e não-brancos: Lee Isaac Chung, Emerald Fennel, Eliza Hittman, Kelly Reichardt e Chloé Zhao.

Nos últimos anos, o Independent Spirit Awards vem buscando se distanciar do posto de mero precursor do Oscar no melhor esquema “Vamos deixar essa falta de personalidade para o Critics’ Choice Awards”. Houve uma época em que ambos os prêmios estavam bastante parelhos premiando O Artista, 12 Anos de Escravidão, Birdman, Spotlight e Moonlight, mas desde 2018 estão valorizando mais produções menores com menos poder de campanha publicitária, o que certamente enriquece a temporada de premiações.

Para aqueles que estão se perguntando onde estão Mank, Os 7 de Chicago ou Destacamento Blood, lembramos que apenas produções de orçamentos abaixo de 22,5 milhões de dólares são qualificadas para o Independent Spirit. Já no caso de One Night in Miami (disponível no Amazon Prime Video), como venceu o prêmio especial Robert Altman que reconhece o elenco como um todo, nenhum dos atores recebeu indicação individual nas categorias de atuação. Outra ausência sentida de orçamento qualificado foi Meu Pai, mas produções estrangeiras (no caso, britânica) só podem competir na categoria de Filme Internacional, portanto Anthony Hopkins e Olivia Colman não tiveram chances aqui como Ator e Atriz Coadjuvante.

Falando em atuações, gostaríamos de destacar a expansão da categoria de Melhor Atriz para seis indicadas! Felizmente, reconheceram produções menores como Miss Juneteenth pela performance de Nicole Beharie, assim como três fortes interpretações com chances claras de Oscar: Frances McDormand, Viola Davis e Carey Mulligan. Apesar do aumento de vagas, nomes em alta ficaram de fora da disputa como Vanessa Kirby por Pieces of a Woman, Michelle Pfeiffer por French Exit e Zendaya por Malcolm & Marie. Esperamos que essa riqueza na safra reflita na categoria do Oscar.

A partir deste ano, com o aumento de produções independentes de séries, o Independent Spirit decidiu abrir espaço para esse formato televisivo pela primeira vez em 36 anos de existência. Esse reconhecimento certamente ajudará a promover produções que não contam com a propaganda de grandes canais e empresas, mas cujo conteúdo merece atenção do público.

Da esquerda para a direita: Nicole Beharie (Miss Juneteenth), Viola Davis (A Voz Suprema do Blues), Julia Garner (A Assistente), Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre), Frances McDormand (Nomadland) e Carey Mulligan (Bela Vingança)

CONFIRA TODOS OS INDICADOS DO INDEPENDENT SPIRIT AWARDS:

MELHOR FILME
First Cow
A Voz Suprema do Blues (Ma Rainey’s Black Bottom)
Minari
Nunca Raramente Às Vezes Sempre (Never Rarely Sometimes Always)
Nomadland

MELHOR DIREÇÃO
Lee Isaac Chung (Minari)
Emerald Fennell (Bela Vingança)
Eliza Hittman (Nunca Raramente Às Vezes Sempre)
Kelly Reichardt (First Cow)
Chloé Zhao (Nomadland)

MELHOR FILME DE ESTRÉIA
I Carry You With Me
The 40-Year-Old Version
O Som do Silêncio (Sound of Metal)
Miss Juneteenth
Nine Days

MELHOR ATRIZ
Nicole Beharie (Miss Juneteenth)
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Sidney Flanigan (Nunca Raramente Às Vezes Sempre)
Julia Garner (A Assistente)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

MELHOR ATOR
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Rob Morgan (Bull)
Steven Yeun (Minari)
Adarsh Gourav (O Tigre Branco)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Alexis Chikaeze (Miss Juneteenth)
Yeri Han (Minari)
Valerie Mahaffey (French Exit)
Talia Ryder (Nunca Raramente Às Vezes Sempre)
Yuh-jung Youn (Minari)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Colmand Domingo (A Voz Suprema do Blues)
Orion Lee (First Cow)
Paul Raci (O Som do Silêncio)
Glynn Turman (A Voz Suprema do Blues)
Benedict Wong (Nine Days)

MELHOR ROTEIRO
Má Educação (Bad Education)
Minari
Você Nem Imagina (The Half of It)
Nunca Raramente Às Vezes Sempre (Never Rarely Sometimes Always)
Bela Vingança (Promising Young Woman)

MELHOR PRIMEIRO ROTEIRO
Kitty Green (A Assistente)
Noah Hutton (Lapsis)
Channing Godfrey Peoples (Miss Juneteenth)
Andy Siara (Palm Springs)
James Sweeney (Straight Up)

MELHOR FOTOGRAFIA
Jay Keitel (She Dies Tomorrow)
Shabier Kirchner (Bull)
Michael Latham (A Assistente)
Hélène Louvart (Nunca Raramente Às Vezes Sempre)
Joshua James Richards (Nomadland)

MELHOR MONTAGEM
I Carry You With Me
O Homem Invisível
Residue
Nunca Raramente Às Vezes Sempre
Nomadland

PRÊMIO JOHN CASSAVETES (filmes com orçamentos abaixo de 500 mil dólares)
The Killing of Two Lovers
La Leyenda Negra
Lingua Franca
Residue
Saint Frances

PRÊMIO ROBERT ALTMAN
One Night in Miami

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Collective
Crip Camp
As Mortes de Dick Johnson (Dick Johnson Is Dead)
Time
O Agente Duplo (The Mole Agent)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Bacurau
The Disciple
Night of the Kings
Preparations to be Together for an Unknown Period of Time
Quo Vadis, Aida?

Piaget Producers Award
Kara Durrett
Lucas Joaquin
Gerry Kim

Someone to Watch Award
David Midell – Diretor de The Killing of Kenneth Chamberlain
Ekwa Msangi – Diretor de Farewell Amor
Annie Silverstein – Diretora de Bull

Truer Than Fiction Award
Cecilia Aldarondo – Diretor de Landfall
Elegance Bratton – Diretora de Pier Kids
Elizabeth Lo – Diretora de Stray

MELHOR SÉRIES NÃO-ROTEIRIZADAS OU DOCUMENTÁRIOS
Atlanta’s Missing and Murdered: The Lost Children
City So Real
Immigration Nation
Love Fraud
We’re Here

MELHORES SÉRIES ROTEIRIZADAS
I May Destroy You
Little America
Small Axe
A Teacher
Unorthodox

MELHOR ATRIZ
Elle Fanning (The Great)
Shira Haas (Unorthodox)
Abby McEnany (Work in Progress)
Maitreyi Ramakrishnan (Never Have I Ever)
Jordan Kristine Seamón (We Are Who We Are)

MELHOR ATOR
Conphidance (Little America)
Adam Ali (Little America)
Nicco Annan (P-Valley)
Amit Rahav (Unorthodox)
Harold Torre (Zero, Zero, Zero)

MELHOR ELENCO NUMA SÉRIE ROTEIRIZADA
I May Destroy You

A cerimônia do 36º Independent Spirit Awards está agendado para o dia 22 de Abril.

‘NOMADLAND’ VENCE o GOTHAM AWARDS

CERIMÔNIA HÍBRIDA CONSAGRA A DIRETORA CHLOÉ ZHAO

A 30ª cerimônia do Gotham Awards aconteceu nesta última segunda-feira e foi transmitida ao vivo pela página do Facebook da IFP (Independent Filmmaker Project). Primeira premiação de 2021, o evento foi um híbrido entre apresentadores no palco do teatro em Nova York e as lives diretamente da casa dos indicados. Apesar de alguns delays nítidos principalmente na hora da revelação dos vencedores das categorias, foi uma cerimônia rápida, light e que pôde nos dar uma idéia do que pode acontecer nos próximos prêmios televisionados. Há poucas semanas, a Academia havia anunciado que o Oscar ocorrerá normalmente no final de Abril, mas só vamos ter certeza com o progresso da vacinação nos EUA até lá.

Nos últimos anos, o Gotham Awards tem se tornado uma alternativa para o predomínio do Independent Spirit Awards, que até alguns anos atrás vinha estreitando laços demais com o Oscar. O objetivo do IFP é conseguir abrir a temporada de premiações com filmes e nomes pouco conhecidos para justamente promovê-los e valorizar assim o cinema mais independente americano. Para esta 30ª edição, o recado estava dado logo nas indicações: 5 filmes indicados a Melhor Filme dirigidos por mulheres. Após um 2020 repleto de exclusões na categoria de Direção como Greta Gerwig, Alma Har’el e Mati Diop, espera-se um 2021 com maior participação feminina, começando bem com os prêmios de Melhor Filme e Prêmio do Público para o road movie Nomadland, da chinesa Chloé Zhao. Curiosamente, ela já havia vencido o Gotham de Melhor Filme em 2018 com seu longa anterior Domando o Destino (The Rider).

Até o momento, Zhao tem sido praticamente uma unanimidade nos prêmios de Direção. Além do Gotham, ela já havia faturado os prestigiados LAFCA e NYFCC, e mais recentemente o National Society of Film Critics, sem contar o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Não querendo fazer previsões proféticas tão cedo, mas o caminho dela rumo ao Oscar (que seria o 2º para uma mulher e o 1º para uma asiática) parece bem tranquilo, uma vez que nomes como Aaron Sorkin, David Fincher e Spike Lee não vêm conquistando a crítica de forma tão unânime.

Nas categorias de atuação, a vitória de Kingsley Ben-Adir como Ator Revelação por One Night in Miami pode ajudá-lo na campanha de Ator Coadjuvante no Oscar, e por que não puxar todo o filme de Regina King ao tapete vermelho? Na categoria de Melhor Atriz, Nicole Beharie venceu por sua performance em Miss Juneteenth. Embora consideremos difícil uma indicação ao Oscar, esperamos que esta vitória consiga lhe proporcionar melhor papéis de protagonista, pois sua carreira tem sido marcada apenas por personagens secundários. Já na categoria de Melhor Ator, muitos esperavam o prêmio para Chadwick Boseman, mas ele ficou apenas com um prêmio especial de tributo recebido por sua esposa, e a vitória foi para outro forte concorrente na temporada: Riz Ahmed, como o baterista surdo de O Som do Silêncio.

Entre os prêmios concedidos, foram curiosos os DOIS empates nas categorias de Documentário e Roteiro. Na primeira, Time dividiu a honraria com A Thousand Cuts, enquanto na segunda, os roteiros de The Forty-Year-Old Version e Fourteen saíram vitoriosos. Particularmente, gostamos bastante da premiação de Diretor Revelação para Andrew Patterson por A Vastidão da Noite. Com um orçamento bastante apertado, ele consegue entregar uma bela ficção científica que tem um clima bem Twilight Zone, com direito a planos-sequência e sutilezas que faltam em grandes produções.

Além do tributo a Chadwick Boseman, a IFP fez outras homenagens que paralelamente reconheciam as obras atuais como para Viola Davis (A Voz Suprema do Blues), o diretor britânico Steve McQueen (os 5 filmes da série Small Axe), o criador de séries Ryan Murphy (que lançou Festa de Formatura na Netflix) e para todo o elenco de Os 7 de Chicago: Sacha Baron Cohen, Eddie Redmayne, Yahya Abdul-Mateen II, Jeremy Strong, Mark Rylance, Joseph Gordon-Levitt, Michael Keaton, Frank Langella e John Carroll Lynch, dando uma forcinha também para o diretor e roteirista Aaron Sorkin.

Estamos apenas no início de mais uma temporada de premiações, portanto se seu favorito ou aquele filme que você espera ser premiado ainda não deu as caras, não se preocupe que ainda tem muito chão até o dia 25 de Abril, quando o Oscar 2021 acontecer, seja presencialmente ou de forma híbrida com lives.

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO 30º GOTHAM AWARDS:

MELHOR FILME

  • The Assistant
  • First Cow
  • Never Rarely Sometimes Always
  • Nomadland
  • Relic

MELHOR DOCUMENTÁRIO

  • 76 Days
  • City Hall
  • A Thousand Cuts
  • Time

MELHOR FILME INTERNACIONAL

  • Bacurau
  • Uma Mulher Alta (Beanpole)
  • Cuties (Mignonnes)
  • Identifying Features
  • Martin Eden
  • Wolfwalkers

PRÊMIO BINGHAM RAY DE DIRETOR REVELAÇÃO

  • Radha Blank, “The Forty-Year-Old Version”
  • Channing Godfrey Peoples, “Miss Juneteenth”
  • Alex Thompson, “Saint Frances”
  • Carlo Mirabella-Davis, “Swallow”
  • Andrew Patterson, “A Vastidão da Noite”

MELHOR ROTEIRO

  • Má Educação – Mike Makowsky
  • First Cow – Jon Raymond, Kelly Reichardt
  • The Forty-Year-Old Version – Radha Blank
  • Fourteen – Dan Sallitt
  • “A Vastidão da Noite” – James Montague, Craig Sanger

MELHOR ATOR

  • Riz Ahmed, “O Som do Silêncio”
  • Chadwick Boseman, “A Voz Suprema do Blues”
  • Jude Law, “The Nest”
  • John Magaro, “First Cow”
  • Jesse Plemons, “Estou Pensando em Acabar com Tudo”

MELHOR ATRIZ

  • Nicole Beharie, “Miss Juneteenth”
  • Jessie Buckley, “Estou Pensando em Acabar com Tudo”
  • Carrie Coon, “The Nest”
  • Frances McDormand, “Nomadland”
  • Yuh-Jung Youn, “Minari”

MELHOR ATOR OU ATRIZ REVELAÇÃO

  • Jasmine Batchelor, “The Surrogate”
  • Kingsley Ben-Adir, “One Night in Miami…”
  • Sidney Flanigan, “Never Rarely Sometimes Always”
  • Orion Lee, “First Cow”
  • Kelly O’Sullivan, “Saint Frances”

SÉRIE REVELAÇÃO – FORMATO LONGA (acima de 40 minutos)

  • The Great
  • Immigration Nation
  • P-Valley
  • Unorthodox
  • Watchmen

SÉRIE REVELAÇÃO – FORMATO CURTO (abaixo de 40 minutos)

  • Betty
  • Dave
  • I May Destroy You
  • Taste the Nation
  • Work in Progress

PRÊMIO DO PÚBLICO

  • “Nomadland” – Chloé Zhao, diretora; Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey, Chloé Zhao, producers (Searchlight Pictures)

RETROSPECTIVA 2020: CINEMA vs. PANDEMIA

PANDEMIA NOS MOSTROU COMO O CINEMA E AS ARTES SÃO FUNDAMENTAIS PARA A HUMANIDADE

Olá a todos! Chegou aquele momento que consigo escrever o post mais pessoal do ano, no qual consigo expor melhor algumas idéias e opiniões. Antigamente, eu costumava fazer isso com mais frequência, mas com o passar dos anos, vi que as opiniões próprias estavam sendo apedrejadas de forma brutal na internet. Cada vez mais havia menos espaço e paciência para ler ou ouvir o que o outro tem a dizer, e muitos adotaram a política da tolerância zero, e isso justifica a polarização política que vivemos.

Este ano, a pandemia mudou bastante as nossas vidas, e vimos o quão frágil somos diante de uma ameaça biológica. Apesar de entender que uma quarentena bem-sucedida 100% seja impossível, ainda mais em cidades grandes, fiquei estupefato ao ver o quanto algumas pessoas estão pouco se lixando para a saúde coletiva. Desde discussões por não querer usar uma máscara até festas clandestinas que certamente contribuíram enormemente para o aumento de casos e mortes.

Voltando mais ao nosso tema de Cinema, gostaria de aproveitar e fazer um desabafo. Muitos indivíduos, como eu, que optaram por estudar e trabalhar no ramo artístico muitas vezes são humilhadas e tachadas de vagabundas aqui no Brasil. Para muitas pessoas, profissão boa mesmo é advogado, engenheiro, arquiteto, médico… Quantas vezes não fomos marginalizados por várias dessas pessoas, parentes e até família por nossas escolhas! A pandemia pode ter sido horrível em inúmeros aspectos, mas ela fez com que muitos percebessem a importância do Cinema e das artes em geral.

Em plena quarentena, trabalhando de home office, milhões ficaram aprisionados em casa, e nesse cenário, os filmes e séries que podemos acompanhar nos trazem diversão, entretenimento, assunto novo e uma distração perante um cenário caótico. Por isso, não menospreze e valorize aqueles que decidiram se dedicar às artes. São eles que continuam trabalhando para prover conteúdo novo todos os dias para que desfrutemos no conforto de nossos lares.

Eu mesmo poderia ter desistido de manter o blog, a página do Facebook e o perfil do Instagram, mas foi justamente esse trabalho que me permitiu manter minha sanidade em tempos de quarentena. A partir de Maio, comecei a recomendar dois filmes por semana no intuito de trazer um pouco de alegria, diversão e distração em tempos difíceis. Como não li nenhuma reclamação até o momento, espero conseguir manter esse quadro pelo menos até a vacinação alcançar a maioria da população.

OSCAR 2020: HISTÓRICO!

Como já rolou em muitos memes, o ano de 2020 começou muito bem com a vitória de Parasita, mas depois descambou com a pandemia e o fechamento das salas de cinema… talvez melhorando apenas nos últimos meses do ano com a vitória de Joe Biden na Casa Branca e o início da vacinação. Particularmente, fiquei bastante feliz com os 4 Oscars conquistados pelo filme sul-coreano, ainda mais num ano bastante competitivo com grandes concorrentes como Dor e Glória, O Irlandês, História de um Casamento e Era uma Vez em… Hollywood, e sem contar que tudo levava a crer que 1917 seria o grande vencedor após levar o DGA, PGA e o BAFTA. O discurso do diretor Bong Joon Ho após levar o Oscar de Direção foi o melhor momento da noite, principalmente por ele saudar a importância que Martin Scorsese para novos cineastas.

Talvez impulsionado pela derrota de Roma perante Green Book no ano anterior, a Academia sentiu necessidade de votar mais consciente, e claramente o filme de Bong Joon Ho era disparado o melhor filme do ano após vencer a Palma de Ouro em Cannes. Parasita quebrou inúmeros tabus, dentre eles o fato de nenhum filme em língua estrangeira ter conquistado o Oscar de Melhor Filme em 92 anos de Oscar, e obviamente nenhum filme levar a dobradinha Melhor Filme e Filme Internacional. A vitória de Parasita no Oscar também representa um protesto contra o governo xenófobo de Trump (que chegou a zombar da vitória no palanque), e principalmente que é possível fazer filmes em nossos próprios países e sermos reconhecidos pela Academia nas categorias principais, e não somente como Filme Estrangeiro.

Em relação aos demais resultados, preferi Klaus a Toy Story 4 como Melhor Longa de Animação, Parasita a Ford vs. Ferrari como Melhor Montagem, e Honeyland a Indústria Americana como Melhor Documentário. Apesar de não haver bem melhores opções, todas as quatro categorias de atuação me decepcionaram pela previsibilidade, já que todos ganharam Globo de Ouro, SAG e BAFTA, o que nos faz repensar novas formas para que a Academia não fique tão refém dos prêmios anteriores. Apesar de gostar de Brad Pitt no filme de Tarantino, teria votado para Joe Pesci por O Irlandês pra ganhar seu segundo Oscar de Coadjuvante.

PANDEMIA: CINEMAS FECHADOS

Em Março, os cinemas de todo o mundo começaram a fechar suas portas. Na época, pouco se sabia sobre o vírus, e ninguém usava máscara ainda. Inicialmente, não senti muita falta de cinema porque Março e Abril são meses que não frequento muito as salas pelo tipo de filme que costuma estrear: aqueles blockbusters que interessam para grupos mais jovens como Dois Irmãos, Bloodshot, Um Lugar Silencioso II e Mulan, mas com o passar dos meses, passei a ficar preocupado com os lançamentos mais interessantes do 2º semestre de 2020. Enquanto isso, foi curioso ver o ressurgimento do filme Contágio (2011), de Steven Soderbergh, nas plataformas de streaming sendo altamente visto, revisto e comentado dadas as semelhanças da trama com o real vírus da Covid que se espalha a partir da China e dá origem a uma onda de contágio mundial e o desespero da ciência em buscar uma vacina.

Com as salas de cinemas fechadas, os serviços de streaming foram bastante valorizados. Embora a Netflix lançasse suas produções novas como Resgate, Destacamento Blood, The Old Guard, e mais recentemente os candidatos ao Oscar Os 7 de Chicago, Mank e A Voz Suprema do Blues, foi definitivamente um ano pra assistir aqueles filmes que você tinha botado na watchlist há anos, mas nunca achava tempo para conferir.

Em Novembro, foi a vez da Disney Plus chegar ao Brasil e oferecer títulos de seu gigantesco acervo, já que nos últimos anos engoliu (comprou o estúdios) a Pixar, a Marvel Studios, Lucasfilms e Fox. Embora a maioria das pessoas já tenha visto boa parte desse catálogo, que estava presente nos concorrentes poucos meses antes, um dos grandes atrativos de assinar esse serviço foi a dublagem clássica de inúmeras animações e filmes infantis para entreter tanto o público infantil quanto o adulto.

Vale destacar também o retorno dos cinemas de Drive In, que marcaram a época romântica dos nossos pais e avós. A partir de Junho, as telas grandes passaram a marcar presença em estacionamentos de shoppings e em locais de eventos como o Memorial da América Latina em São Paulo. A programação inicial era composta por clássicos como Apocalypse Now, 2001: Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado, mas aproveitavam para incluir filmes de grande sucesso nas bilheterias como Mad Max: Estrada da Fúria, Matrix, Kill Bill, além de filmes brasileiros como Turma da Mônica: Laços. Claro que acaba sendo uma barreira para quem não tem carro, mas demonstra o quanto as pessoas já sentiam falta das telas grandes.

FESTIVAL de CANNES CANCELADO

Por ter acontecido no início do ano, o Festival de Berlim e o Oscar não sofreram alterações bruscas por causa da pandemia, mas o evento francês não teve a mesma sorte. O presidente Thierry Fremaux até tentou fazer o festival acontecer e segurou até o último minuto, mas tudo o que conseguiu foi manter o mercado de venda de filmes através de reuniões online com compradores de distribuidoras.

No início de Junho, com o evento já cancelado de forma presencial, eles divulgaram uma lista de 56 filmes que fariam parte da seleção oficial, mas sem estipular quais disputariam a Palma de Ouro ou o Un Certain Regard, por exemplo. O intuito era conceder o selo oficial de Cannes para que esses filmes pudessem ser melhor promovidos em campanhas de marketing e que pudessem automaticamente fazer parte da seleção dos festivais de Telluride e Toronto.

O Brasil foi representado pelo filme Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, e por isso se tornou um forte candidato a ser o representante do Brasil no Oscar 2021, mas em Novembro, o comitê da Academia Brasileira de Cinema optou pelo filme Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, da estreante Bárbara Paz. Apesar de ser um documentário em preto-e-branco sobre o cineasta Hector Babenco, o objetivo dessa escolha parece ter sido a classificação automática para disputar o Oscar de Melhor Documentário. Vamos aguardar pra ver se essa previsão se realiza e termos o segundo documentário brasileiro consecutivo disputando o Oscar após Democracia em Vertigem.

…E O VENTO LEVOU BANIDO do STREAMING

Em junho, o serviço de streaming da HBO Max foi pressionado pela onda de protestos contra o racismo e por um artigo escrito pelo roteirista John Ridley (que venceu o Oscar por 12 Anos de Escravidão) no jornal Los Angeles Times a retirar do catálogo o clássico de 1939 …E o Vento Levou, de Victor Fleming. Segundo Ridley, o filme “perpetua alguns dos estereótipos mais dolorosos das pessoas de cor”. Entendemos os protestos por causa da morte de George Floyd, mas faltou alguém explicar para o roteirista revoltado que o filme foi feito nos anos 30, adaptado de um livro sobre o período da Guerra da Secessão, e que bani-lo agora não ajuda em absolutamente nada, como também piora a polarização política no país e no mundo. Infelizmente, a História não se apaga com uma borracha, então ela deve servir para nos lembrar sempre das atrocidades do passado para que não voltem a se repetir. Manter essas obras nos proporciona diálogos e debates de conscientização, além de estimular novas obras sob a perspectiva da cultura negra.

Certamente foi um episódio muito triste de 2020 que demonstrou a fragilidade de um estúdio perante a opinião pública. É preciso debater, conversar sobre o assunto, e não simplesmente banir ou censurar. Como as demais artes, o Cinema existe para proporcionar reflexão e empatia.

LANÇAMENTO SIMULTÂNEO da WARNER no HBO MAX

Aproveitando a pisada de bola da HBO Max no episódio de …E o Vento Levou, a Warner Bros cometeu outra atrocidade na base do impulso. Com a Netflix lançando inúmeros produções próprias e a Disney Plus estreando lançamentos blockbusters como Mulan direto no streaming por causa das salas de cinema fechadas, a Warner se sentiu pressionada a tomar uma decisão, e esta foi: lançar simultaneamente os grandes lançamentos de 2021 na plataforma HBO Max. Com a pandemia ainda longe de acabar nos EUA, o estúdio não quis manter Godzilla vs. Kong, Matrix 4, O Esquadrão Suicida, Duna e Tom & Jerry por mais tempo na geladeira e decidiu oferecer essa opção doméstica para seus assinantes.

O problema foi que não consultaram os diretores desses filmes antes de baterem o martelo, e assim Denis Villeneuve, que já teve seu Duna prorrogado para 2021, ficou pistola com os executivos do estúdio por não querer seu filme de proporções épicas lançado na telinha. Claro que, à princípio, essa postura parece resultado de um preciosismo estético do diretor apenas, mas trata-se de grana! Sim, nos contratos assinados, existe uma porcentagem maior caso os filmes atinjam uma meta de espectadores nos cinemas, e isso seria perdido caso o streaming competisse com as salas. A única exceção ao caso por enquanto foi a sequência Mulher-Maravilha 1984, que foi lançado recentemente nos cinemas. Com expectativas de ultrapassar a barreira de 1 bilhão de dólares na bilheteria mundial, o estúdio se sentiu na obrigação de manter o lançamento exclusivo nas telas grandes.

Não querendo abrir uma discussão interminável aqui, mas não considero a decisão da Warner de toda ruim. Há vários anos, o cinema tem perdido uma batalha contra a ascensão da TV com suas séries milionárias e mais recentemente, contra o crescimento dos serviços de streaming. O ingresso do cinema é caro para a maioria da população mundial, o que dificulta o crescimento da bilheteria (com exceção dos filmes da Disney-Marvel-Pixar-Star Wars-Fox), e com o passar dos anos, cinema tem se tornado cada vez mais um programa de luxo. Em São Paulo mesmo, se você leva sua namorada ou namorado para ver um filme numa sala de shopping, você paga uns 60 reais por 2 ingressos (podendo chegar a 150 se for filme 3D), paga entre 20 a 40 reais de estacionamento e mais uns 40 reais de refrigerante e pipoca.

As salas de cinema não vão deixar de existir, como muitos profetizaram, mas deverão passar por algumas modificações para manter seu público fiel, começando pela redução do valor de ingresso. E não se trata apenas de preços, tem muita gente que trabalha bastante ou cuida de filhos e não tem tempo hábil para se programar para ir ao cinema. O streaming veio para ajudar essa fatia do público que consome cinema. O único porém que vemos no momento é a nossa situação de refém dos serviços de streaming. Por exemplo, se quisermos assistir Mulan, temos que assinar o Disney Plus. Se quisermos ver o lançamento A Voz Suprema do Blues, temos que ter Netflix. Para ver o novo filme do Borat, temos que assinar Prime Video e etc. Se formos assinar tudo, gastaríamos mais do que indo ao cinema, portanto sugiro que você tenha amigos que possa fazer um compartilhamento de senhas: o Pedro assina Netflix, a Mônica assina Prime, a Viviane assina Disney Plus, entende?

CRÍTICAS

META 2020

Não estipulei nenhuma meta específica, mas eu queria ultrapassar a marca de 268 filmes assistidos em 2019 pelo menos. Com a quarentena, acabou ficando mais fácil bater essa meta, mas confesso que na reta final do ano, tive mais dificuldades de manter a frequência semanal de filmes. Até o momento, 280 filmes, ou seja, meta batida.

Dentre alguns títulos que finalmente consegui assistir estão alguns clássicos como A Batalha da Argel (1966), O Medo Consome a Alma (1974) e Paixões que Alucinam (1963) que me fizeram lembrar porque o Cinema me encantou.

PIORES DO ANO

TOP 5 PIORES LANÇAMENTOS DO ANO

5. ROSA E MOMO (La Vita Davanti a Sé/ The Life Ahead). Dir: Edoardo Ponti
Claro que é sempre bom contarmos com o retorno de uma grande estrela do passado como Sophia Loren. Além de ela ter se tornado a primeira atriz a vencer o Oscar por uma atuação em língua estrangeira por Duas Mulheres em 1962, já trabalhou com grandes mestres do ofício como Ettore Scola, Vittorio De Sica, Charles Chaplin e Anthony Mann. Porém aqui temos uma refilmagem de Madame Rosa (197), repleta de clichês de vítimas de Holocausto, que poderia ter se aprofundado na questão da imigração ilegal na Europa para revitalizar a história antiga, mas que prefere oferecer cenas fúteis na tentativa de promover Loren para uma nova indicação ao Oscar. O diretor Edoardo Ponti, que é filho da atriz, até consegue extrair bons momentos no início, mas depois é ladeira abaixo. Nem a boa química entre Loren e o jovem Ibrahima Gueye salva o filme.

4. O DILEMA DAS REDES (The Social Dilemma). Dir: Jeff Orlowski
O fato de ser um documentário feito pela Netflix para ser exibido somente nas plataformas digitais não implica que o filme tenha permissão ou liberdade para ser um documentário ralo e descartável. A impressão que tive é que os realizadores estavam mais do que satisfeitos com a escolha do tema (o alarmante impacto das redes sociais no controle da humanidade), e por isso mesmo, não fizeram questão de desenvolvê-lo mais a fundo. Além de entrevistarem apenas pessoas que tinham uma versão da história, não apresentou possíveis e palatáveis soluções para o problema. Filmar umas duas sessões parlamentares onde o tema é discutido superficialmente não ajuda em nada, assim como aquelas dramatizações chulas da família que proíbe o uso de celular à mesa.

3. OS NOVOS MUTANTES (The New Mutants). Dir: Josh Boone
Trata-se de um projeto natimorto. Bem antes de seu lançamento, houve tantos problemas que já fizeram com que prevíssemos uma tragédia anunciada. Primeiro, não entendi a contratação de Josh Boone como diretor. Só porque ele dirigiu A Culpa é da Estrelas que tem personagens com problemas de saúde? Se confiavam tanto no talento dele, por que refilmar as cenas após o término das filmagens? Além disso, a Fox já estava em negociações para ser vendida para a Disney, que tinha zero de interesse em tocar esse projeto, já que certamente fará sua própria versão de filmes de mutantes do universo dos X-Men. Como se não bastasse, o filme apanhou da pandemia no calendário, pois foi adiado. A Disney só lançou mesmo porque teve pena, porque sabia que era quase impossível recuperar o investimento.

2. HOLLY SLEPT OVER. Dir: Joshua Friedlander
Lembra quando havia o Cine Privé na Band? Soft porns que apresentavam uma trama escrita por um adolescente com ebulição de hormônios com cenas que existiam somente para justificar desejo e sexo? Aqui temos um casal com problemas matrimoniais que recebe a visita de uma amiga, personificada pela bela Nathalie Emmanuel. Claro que botam ela para ser a amiga do ménage a trois. Consegue ser pior do que os vídeos do Porn Hub… ouvi dizer rs.

1. O GRITO (The Grudge). Dir: Nicolas Pesce
Todo mundo já sabe que estamos vivendo ainda em tempos de remakes, reboots e sequências, porém essa falta de criatividade costuma vir acompanhada de pelo menos uma razão, nem que seja o dinheiro das bilheterias. No caso de O Grito, nem isso é possível contabilizar. Na falta de uma trama minimamente convincente e sem lógica, inserem inúmeros jump scares gratuitos pra pelo menos não terem o público reclamando da falta de sustos de um filme de terror.

MELHORES DO ANO

5. PALM SPRINGS (Palm Springs). Dir: Max Barbacow
Depois de fazer um tremendo sucesso em Sundance, esta comédia caiu nas graças do público quando estreou no serviço de streaming da Hulu nos EUA. O roteiro pega a mesma premissa de time loop de O Feitiço do Tempo (1993) e expande esse universo com a colaboração essencial da personagem feminina Sarah. Enquanto a química do casal Nyles e Sarah nos diverte, o filme tem muito a nos dizer sobre as diferenças de maturidade entre os homens e as mulheres, especialmente como eles estão deslocados no tempo.

4. O REI DE STATEN ISLAND (The King of Staten Island). Dir: Judd Apatow
Apesar de se tratar de uma comédia, este novo filme de Apatow tem uma profundidade bastante humana por se basear na vida pessoal do ator Pete Davidson, que perdeu seu pai bombeiro aos 7 anos enquanto ele salvava vidas no 11 de Setembro. Não sabia que ele tinha veia cômica há anos no Saturday Night Live, então me surpreendi com o humor natural do ator. Todos os personagens secundários apresentam boas atuações, o que reforça o tratamento sério do tema do deslocamento de geração do protagonista. Indo mais à fundo, isso cria uma ligação mais forte com o meu livro favorito “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger.

3. FIRST COW. Dir: Kelly Reichardt
Este foi o terceiro filme que vi de Kelly Reichardt, então já tinha aderido à direção minimalista dela, assim como o trabalho das temáticas femininas em universos masculinos. Dá pra dizer que Reichardt é uma das melhores diretoras mulheres da atualidade justamente por saber trabalhar o feminino sem fazer muito barulho e levantar a bandeira muito alto. Aqui ela escolhe um personagem chinês para dizer que a América foi feita por estrangeiros, e um cozinheiro desvalorizado pela própria equipe, para contar uma história de amizade, de política social e de amor à natureza. Definitivamente é um filme para se ver mais de uma vez, porque é possível pegar significados e simbolismos em pequenos detalhes.

2. A ASSISTENTE (The Assistant). Dir: Kitty Green
Quando fiquei sabendo desse filme no último Festival de Sundance, previa um filme bastante oportunista ao ir na onda do #MeToo e da recente prisão do produtor Harvey Weinstein, esperando ainda um filme repleto de escândalos e discussões acaloradas que Hollywood adora. Mas encontrei um filme bastante lúcido, com uma direção minimalista e atuações bem discretas. Esse trabalho de sutilezas serve justamente para tornar a mensagem ainda mais poderosa. A diretora nos mostra que os assédios no ambiente de trabalho começam nas pequenas coisas, nos pequenos detalhes e vão se tornando uma bola de neve. Definitivamente um filme que reflete bem os nossos tempos e comprova que há muito a se fazer ainda para mudar esse cenário.

1.O HOMEM INVISÍVEL (The Invisible Man). Dir: Leigh Whannell
A primeira vez que vi o nome de Leigh Whannell foi nos filmes de James Wan, Jogos Mortais e Sobrenatural, como roteirista. Quando vi sua estréia na direção em Sobrenatural: A Origem, pensei: “Esse cara estragou a franquia”. Isso só foi mudar depois que vi Upgrade, três anos mais tarde. Ali, Whannell demonstrava personalidade numa ficção científica com poucos recursos. Quando assisti a O Homem Invisível, vi que aquele diretor promissor havia se firmado. Não apenas conseguiu ótimo retorno nas bilheterias (que só não foi maior por causa da pandemia), mas finalmente revitalizou o universo dos monstros clássicos da Universal Pictures que há tantos anos o estúdio almejava. No roteiro, Leigh trouxe a trama original dos anos 30 para algo bastante contemporâneo: um relacionamento abusivo. Com a invisibilidade do traje do vilão, o diretor soube explorar os vazios das cenas como combustível para a paranóia na cabeça de Cecilia (uma inspirada Elisabeth Moss). Um filme que revitaliza uma história clássica, conta com ótimas cenas e atuações, e dialoga perfeitamente com nossos tempos de #MeToo.

TOP 5 MELHORES em MÍDIA DIGITAL OU STREAMING

5. TAMPOPO: OS BRUTOS TAMBÉM COMEM SPAGHETTI (Tampopo, 1985). Dir: Jûzo Itami
Imaginem um western sobre cozinhar e a arte de comer. São histórias divertidas que exploram a relação dos personagens com a comida, principalmente de Tampopo, que quer revitalizar seu restaurante com a ajuda de um caminhoneiro.

4. O REFLEXO DO MAL (The Reflecting Skin, 1990). Dir: Philip Ridley
Talvez o filme mais esquisito que vi este ano, mas que tem uma aura muito bonita vindo dos personagens e de suas situações do pós-guerra. Passado num ambiente rural dos anos 50, um menino acredita que sua vizinha viúva é uma vampira e é responsável pelo desaparecimento de crianças na região. Fotografia lindíssima de Dick Pope com atuação tocante de Lindsay Duncan.

3. UM CAMINHO PARA DOIS (Two for the Road, 1967). Dir: Stanley Donen
Quando se olha o pôster e vê Audrey Hepburn beijando Albert Finney, é impossível não querer achar que se trata de mais uma comédia romântica boba, mas estamos falando de Stanley Donen, um dos diretores mais marcantes da Hollywood dos anos 50 e 60. Acompanhamos o casal improvável Joanna e Mark numa viagem e imediatamente nos apaixonamos por eles, porque o roteiro e a montagem explora as ironias do casal em flashbacks. Hepburn e Finney tornam tudo mais apaixonante tamanho o carisma que eles compartilham do início ao fim. Impossível não se identificar e se emocionar com as situações que o casal passa ao longo do filme.

2. A BATALHA DE ARGEL (La Battaglia di Algeri, 1966). Dir: Gillo Pontecorvo
É impressionante a forma como Pontecorvo filmou essa história sobre o crescimento dos movimentos que lutam pela independência da Argélia nos anos 50. Temos a impressão de que o diretor realmente se infiltrou numa guerrilha e está filmando um documentário. Seu trabalho com atores não-profissionais também é formidável. Com a colaboração da ótima trilha de Ennio Morricone, existe uma tensão crescente do início ao fim. Até hoje, A Batalha de Argel é uma referência para o cinema de conflitos sociais.

  1. ONDE FICA A CASA DO MEU AMIGO? (Khane-ye doust kodjast?, 1987). Dir: Abbas Kiarostami
    Honestamente, nunca fui muito fã do cinema iraniano, mas este filme de Kiarostami demonstra com muita simplicidade e bom humor o povo iraniano. Com uma história boba de um menino que precisa devolver o caderno que pegou sem querer de seu amigo, acompanhamos sua jornada, que se assemelha à Odisséia de Homero, enquanto topamos com personagens inusitados que explicitam o conservadorismo extremo interferindo na educação infantil. É impossível não torcer pelo jovem protagonista, já que o ator mirim que o interpreta, Babek Ahmed Poor, é introvertido mas bem carismático. Um filme com uma carga humana altíssima que pode ser apreciado por qualquer país ou cultura e enxergar o poder que o Cinema tem como fonte de empatia.

IN MEMORIAM

Relembrando as pessoas que perdemos em 2020, é impossível não lamentar a morte de milhares de vítimas da Covid-19. Aqui no Brasil, estamos beirando os 200 mil mortos. Porém, o mais alarmante é ver a desumanidade de inúmeras pessoas em redes sociais, espalhando fake news, desacreditando a ciência (não vou nem mencionar os “terraplanistas”), fazendo festas e espalhando um vírus altamente contagioso sem ligar para a saúde coletiva, nem mesmo da própria família. Não vou prolongar a crítica, mas gostaria de homenagear os profissionais da saúde que estão se arriscando para salvar vidas (muitas das quais não querem tomar vacina) ao redor do mundo, e conceder meus profundos sentimentos às famílias que perderam entes queridos nessa pandemia.

Essa sessão In Memoriam parece desnecessária, mas acho importante relembrar artistas e profissionais do Cinema que perdemos. Eles não estão mais conosco, mas seus trabalhos certamente contribuíram e sempre vão contribuir para o nosso desenvolvimento como seres humanos. Gostaria de começar pela realeza de Hollywood. Este ano perdemos dois ícones da era de ouro: Olivia de Havilland e Kirk Douglas. Ela foi a última atriz viva do elenco do clássico …E o Vento Levou, acumulou 5 indicações ao Oscar e levou 2 estatuetas de Melhor Atriz por Só Resta uma Lágrima e Tarde Demais. Foi de extrema importância nos anos 40 quando enfrentou o estúdio Warner Bros. que queria controlá-la ao suspendê-la por 6 meses e ainda descontar esse período do pagamento. Havilland foi à corte e venceu a batalha contra o estúdio, beneficiando inúmeros outros atores que tinham contratos longos. Já Kirk demonstrou um enorme senso de justiça e moral em tempos complicados de McCarthismo e Guerra Fria. O ator fez questão de dar créditos a roteiristas que tinham seus nomes na Lista Negra e eram obrigado a inventarem pseudônimos para continuarem trabalhando. Sua influência e insistência pesaram na decisão e os condenados voltaram a ter dignidade no ofício. Em 1996, Kirk Douglas acabou ganhando o Oscar Honorário por sua força moral e criativa em Hollywood, e claro, por ter sido indicado 3 vezes sem nunca ter levado a estatueta.

Não apenas cinéfilos, mas músicos ao redor do mundo ficaram entristecidos pela morte do maestro italiano Ennio Morricone. Honestamente, não acredito que haverá outro compositor como ele. Desde o início da carreira, ele buscou desafiar os paradigmas do gênero western com instrumentos pouco ortodoxos como guitarra elétrica, sinos, gaitas e até as vozes femininas, e isso fez com que seu nome se tornasse sinônimo de um western moderno. Além de Sergio Leone, trabalhou com inúmeros diretores de prestígio como Brian De Palma, Pier Paolo Pasollini, Gillo Pontecorvo, Giuseppe Tornatore, John Carpenter e Terrence Malick, obteve 6 indicações ao Oscar, ganhou pela última por Os Oito Odiados, além do Oscar Honorário concedido em 2007. Suas composições engrandecem qualquer filme e conseguem a proeza de serem independentes de seus filmes e agradarem qualquer músico ou fã de música.

Dentre os atores que perdemos este ano, destaco Sir Sean Connery que imortalizou o agente secreto britânico James Bond e não se contentou em ser um ator de um papel só; o sueco Max von Sydow que ficou marcado pela parceria com o mestre Ingmar Bergman e pelo personagem do Padre Merrin em O Exorcista (é incrível como todas as suas aparições evidenciam sua credibilidade na tela); e Chadwick Boseman, que apesar de ser eternamente lembrado como o Pantera Negra, demonstrou uma vivacidade digna de orgulho diante de um câncer que estava enfrentando. Se você assistir a qualquer filme com o ator, perceberá que ele trata seu personagem como se fosse seu último. Aliás, seu derradeiro papel em A Voz Suprema do Blues pode lhe conceder um Oscar póstumo em 2021. Entre outras perdas irreparáveis de atores, lembro Brian Dennehy, Shirley Knight, Irrfan Kahn, Michel Piccoli, Ian Holm e Diana Rigg.

Já entre os diretores que perdemos, destaque para Terry Jones (que dirigiu e co-dirigiu os filmes da trupe Monty Python), Alan Parker (dividido entre filmes musicais e de violência extrema), Jirí Menzel (diretor tcheco que trabalhou com a sátira e contornou a censura), Kim Ki-duk (sul-coreano que conquistou crítica e público com personagens calados), e Joel Schumacher, que apesar de ter sido marcado injustamente pelos mamilos nos uniformes de Batman & Robin, é carinhosamente lembrado por cults da juventude como O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, Os Garotos Perdidos e Linha Mortal. Lembramos também dos roteiristas Ronald Harwood (O Pianista) e Buck Henry (A Primeira Noite de um Homem), os diretores de fotografia Allen Daviau (E.T. o Extraterrestre) e Michael Chapman (Taxi Driver e Touro Indomável), e o diretor de arte Peter Lamont (Titanic e 007: O Espião que me Amava).

José Mojica Marins, o nosso querido Zé do Caixão, a diretora Suzana Amaral e a atriz Nicette Bruno foram as grandes perdas do nosso Cinema Brasileiro. Lembramos também aqui as perdas lastimáveis da juíza Ruth Bader Ginsburg, que lutou pelos direitos femininos e estrelou o documentário RBG, o cartunista argentino Quino que criou a amada personagem Mafalda, o jogador de basquete Kobe Bryant que ganhou o Oscar de curta de animação sobre sua vida Dear Basketball, e o autor britânico John le Carré, que inspirou inúmeros filmes como O Espião que Saiu do Frio (1965), O Jardineiro Fiel (2005) e O Espião que Sabia Demais (2011).

VOTOS PARA 2021

No ano passado, desejei um ano de mais empatia e vou continuar nessa tecla. É preciso reduzir essa polarização que tanto nos divide, pois fica parecendo que somos de torcidas de clubes de futebol inimigas. Quantas vezes não li este ano em redes sociais: “Adivinha pra quem ele votou”, “Como não votei em ladrão, não falo com você”, “Alugo vagas de quarto, exceto para quem votou no Bozo” etc. Não é porque a pessoa tem uma opinião política que não seja a sua que ela será sua inimiga. Existem pessoas muito boas de ambos os lados e estamos recusando qualquer contato por termos nossos preconceitos. Claro que não é uma tarefa fácil, mas peço para que todos possamos praticar a nossa civilidade, conversando, trocando idéias, e acima de tudo, respeitando o outro, pois você estará respeitando a si mesmo também.

Desejo um Feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos que seguem o blog, a página do Facebook e o nosso Instagram. Agradeço muito por terem me acompanhado neste ano difícil de 2020, mas espero que possamos manter nosso trabalho e nossa apreciação pelos filmes que tanto amamos. Cuidem-se bem, pensem nas suas famílias e no próximo que logo sairemos dessa situação juntos!