OSCAR 2018: ‘A FORMA DA ÁGUA’ LIDERA COM 13 INDICAÇÕES. MARTIN MCDONAGH FICA DE FORA COMO DIRETOR POR ‘TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME’

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ANÚNCIO DAS INDICAÇÕES

Não sei porque nos últimos dois anos, a Academia tem inventado moda no anúncio dos indicados. Não tem muito segredo: coloquem alguém para falar em voz alta, um monitor atrás com as imagens dos filme indicados e pronto!

Fizeram uma série de mini curtinhas com atores sintetizando as especificações de cada categoria, mas na hora do anúncio, não se deram nem o trabalho de inserir imagens no telão dos filmes indicados.

Mas o pior de tudo foi a escolha dos apresentadores. Os atores Andy Serkis e Tiffany Haddish não têm química alguma, e mais grave ainda: Haddish errava a pronúncia de vários nomes dos indicados. Pô, peraí! Não podiam colocar alguém menos analfabeto? Ou pelo menos que tivesse treinado para se apresentar? Não sei como os indicados se sentiram, mas se eu fosse indicado, não gostaria que errassem meu nome de forma tão esculachada como aconteceu ao vivo.

Obviamente, o público presente no local do anúncio era formado por jornalistas, mas pelas risadas bem forçadas pras piadas sem graça da Tiffany Haddish, parecia que eram figurantes contratados pra dar risada como naquelas gravações de sitcoms.

OSCAR EM NÚMEROS

Como esperado, o recordista de indicações desta edição foi A Forma da Água com 13. Bem depois, vem Três Anúncios Para um Crime com sete indicações. Aliás, ambos são filmes da Fox Searchlight, que totalizou 20 indicações. E agora? Será que a Fox terá o mesmo respeito e liberdade sendo propriedade da Disney?

Dunkirk, da Warner Bros., conquistou oito respeitáveis indicações, inclusive para Filme e Diretor. Com seis indicações, O Destino de uma Nação e Trama Fantasma também tiveram boa aceitação.

Favoritos durante a primeira metade da temporada de premiações tiveram que se contentar com menos indicações: cinco para Lady Bird, quatro para Corra! e quatro para Me Chame Pelo Seu Nome.

Não é exatamente uma novidade, mas Meryl Streep conquistou sua 21ª indicação ao Oscar, batendo um novo recorde que parece inalcançável. The Post: A Guerra Secreta foi indicado a Melhor Filme, mas falhou em ser reconhecido pra Diretor, Ator (Tom Hanks), Roteiro, Montagem e Trilha Musical, portanto suas chances são bastante remotas neste ano.

E um fato super interessante desta edição: como não víamos há muito tempo, filmes de gênero estão bem representados. Além das 13 indicações para a FANTASIA A Forma da Água, temos o TERROR de Corra! (o último terror indicado a Melhor Filme foi Cisne Negro em 2011), temos a adaptação de HQ de Logan e temos as cinco indicações para a FICÇÃO CIENTÍFICA de Blade Runner 2049.

SURPRESAS E MARCAS HISTÓRICAS

As surpresas nas atuações ficaram nas categorias de Coadjuvantes. Christopher Plummer, que havia sido indicado ao Globo de Ouro, foi reconhecido aqui também por Todo o Dinheiro do Mundo, no qual substituiu às pressas o acusado de abusos contra menores Kevin Spacey. A indicação única para o filme no Oscar representa um prêmio de consolação para Ridley Scott, que lutou duramente contra o estúdio para refilmar as cenas de Spacey com Plummer.

Já na categoria feminina, a surpresa foi Lesley Manville por Trama Fantasma. Mais conhecida por filmes britânicos menores e por ter trabalhado com um dos melhores diretores de atores no cinema, Mike Leigh, em Um Ano Mais. Esta é sua primeira indicação ao Oscar.

Aliás, o novo filme de Paul Thomas Anderson foi aquele filme que chegou atrasado e já sentou na janelinha. A previsão era de que Trama Fantasma conquistasse no máximo umas três indicações: Ator (Daniel Day-Lewis), Figurino e Trilha Musical, mas acabou coletando Atriz Coadjuvante, Diretor para Anderson e Melhor Filme!

Rachel Morrison se tornou a primeira diretora de fotografia mulher a ser indicada ao Oscar de Melhor Fotografia em 90 anos de história. Ela concorre pelo filme Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi, que já estava concorrendo também ao ASC, prêmio do sindicato de Diretores de Fotografia, onde ela também foi a pioneira. Felizmente, seu trabalho foi reconhecido por méritos, e não por motivos politicamente corretos, como muitos podem pensar.

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A primeira diretora de fotografia indicada ao Oscar, Rachel Morrison, por Mudbound.

E Greta Gerwig se tornou a quinta mulher indicada na categoria de Direção por Lady Bird, assim como Jordan Peele se tornou o quinto negro a ser indicado na categoria por Corra!. E Christopher Nolan finalmente conseguiu conquistar sua primeira indicação de Diretor no Oscar por Dunkirk após duas indicações como roteirista por Amnésia e A Origem, e como produtor por A Origem.

Outra surpresa desta edição ficou por conta da indicação de Roteiro Adaptado de Logan. Como todos sabem, a Academia nunca levou à sério filmes baseados em quadrinhos de super-heróis, tanto que eles ficam limitados às categorias de efeitos visuais, efeitos sonoros, maquiagem… (única exceção feita ao Oscar de Heath Ledger, que incorporou Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas), portanto uma indicação para Roteiro certamente é uma surpresa agradável. Apesar de ser baseado em HQ, Logan mais parece um filme futurista de ficção científica, o que certamente contribuiu para esse reconhecimento. Além disso, a Academia pode ter pensado em compensar a ausência de Deadpool no ano passado na mesma categoria.

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Hugh Jackman e Dafne Keen em cena de Logan, indicado ao Oscar de Roteiro Adaptado. pic by imdb.com

AUSÊNCIAS

A ausência mais sentida aqui foi de Martin McDonagh na categoria de Diretor. Embora seu roteiro tenha sido indicado, ele havia sido reconhecido pelo DGA, prêmio do sindicato de diretores. Sua ausência nessa categoria pode significar um enfraquecimento de Três Anúncios Para um Crime na votação de Melhor Filme, já que é um fato muito raro um filme ganhar o prêmio máximo da noite e sequer ter seu diretor indicado. A última vez que isso aconteceu foi em 2013, quando Ben Affleck foi “esquecido” por Argo numa trapalhada no calendário da Academia. O filme acabou levando Melhor Filme numa tentativa de compensar o erro. Antes disso, isso só aconteceu em 1990, quando Conduzindo Miss Daisy levou Melhor Filme sem seu diretor indicado.

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Martin McDonagh dirige Woody Harrelson em cena de Três Anúncios Para um Crime: indicação apenas pelo Roteiro Original

Embora muitos achem surpresa a ausência de James Franco como Melhor Ator por O Artista do Desastre, eu tinha certeza de que ele ficaria de fora por causa dos escândalos recentes de assédio de cinco mulheres logo depois do Globo de Ouro. Se a Academia tem pegado pesado nessa questão, expulsando inclusive o produtor Harvey Weinstein da associação, seria estranho e incoerente se indicassem Franco agora. Além disso, acredito que se ele fosse indicado, não haveria muito clima pro ator no tapete vermelho ou mesmo durante a cerimônia. Muitas mulheres iriam destratá-lo ou ignorá-lo. Resta saber se os roteiristas do filme vão aguentar o interrogatório sobre ele no evento. Minha opinião? Indicação para Franco já! Além da atuação, ele dirigiu o filme (garimpou ouro no filme de Tommy Wiseau, The Room). A Academia deveria reconhecer o trabalho. Deixem os pudicos julgarem o lado pessoal.

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No centro, James Franco dirige O Artista do Desastre. Sua indicação como Ator naufragou após as cinco denúncias de abuso. Pic by Variety

Ok, a tailandesa Hong Chau não foi indicada por Pequena Grande Vida. E daí? Acontece. E não somente porque ela é asiática ou oriental. Ela foi substituída por uma grande atriz, Lesley Manville, então não vejo nenhum problema. Se o pessoal do politicamente correto ficar resmungando por causa disso, tem que se tratar numa clínica psicológica. Se eu que sou asiático não estou ligando pra isso, por que alguém que não é deveria perder as estribeiras?? Vale lembrar que o novo filme de Alexander Payne recebeu péssimas críticas e talvez por isso, Hong Chau tenha ficado de fora.

Bom, a ausência de Tom Hanks aqui também não me surpreende. Ele pode ter recebido indicações do Globo de Ouro e do Critics’ Choice, que costumam ser puxa-sacos de celebridades, mas na Academia as coisas são diferentes: são os colegas de profissão de Hanks que votam nos indicados. Portanto, conclui-se de que não sou somente eu que pensa que Tom Hanks tem interpretado a si mesmo nos nas últimas duas décadas. Ele pode ter um carisma fenomenal, mas sua capacidade de atuação não é a mesma dos anos 90.

Vale a pena ressaltar aqui as ausências dos coadjuvantes de Me Chame Pelo Seu Nome: Armie Hammer e Michael Stuhlbarg. Ambos foram indicados pelo Critics’ Choice, e Hammer também foi reconhecido pelo Globo de Ouro. Hammer tem uma boa presença no filme, e Stuhlbarg é mais reconhecido pelo monólogo final sobre se apaixonar, contudo, para ser indicado ao Oscar, acho que faltaram mais cenas desses personagens, algo que dissesse ao espectador que são táteis e tridimensionais.

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Ao fundo, os coadjuvantes Michael Stuhlbarg e Armie Hammer em cena de Me Chame Pelo seu Nome com Amira Casar e Timothée Chalamet. Pic by imdb.com

E pelamor de deus, não me venham com esse papo de “ausência relevante” de Mulher-Maravilha! A Academia pode ter errado muuuuito nas últimas décadas, mas felizmente soube enxergar que o filme da heroína amazona dirigido por Patty Jenkins nada mais é do que hype momentâneo que pegou carona com o movimento feminista, apoiado por seu sucesso de bilheteria.

MINHA TORCIDA

Sobre os filmes de 2017, cansei de falar que o melhor filme foi Corra!, de Jordan Peele. Um filme que soube abordar o tema do racismo como nenhum outro, sabendo dosar drama, humor negro e tensão na medida certa. E isso tudo é mérito total de Peele, que escreveu o roteiro baseado no sentimento horrível que ele tinha de se sentir acuado como minoria. Não sei se tem chances reais de ganhar uma estatueta, mas ponto pra Academia que incluiu esta pérola do cinema nas indicações.

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Racismo tratado como nunca em Corra!, de Jordan Peele (pic by imdb.com)

Gostei também de ver Timothée Chalamet indicado como Ator por Me Chame Pelo Seu Nome. Esse menino prodígio tem um grande futuro no cinema! Se o filme não foi tão bem aceito pela Academia, pelo menos foi indicado a Melhor Filme.

Não sou da onda politicamente correta, mas foi bacana ver Greta Gerwig indicada. Muitas e muitas mulheres, sejam artistas ou cinéfilas, elogiaram bastante Lady Bird por saber retratar como nunca o universo feminino e suas incertezas da juventude. Não sei se tem chances de levar Diretor, mas pode levar Roteiro Original. Gostaria que o filme levasse Atriz Coadjuvante para Laurie Metcalf, mas o favoritismo de Allison Janney chega a espantar.

Só mais um adendo que não vi ninguém comentar até agora. Se indicaram a Direção de Arte e Figurino de A Bela e a Fera, deveriam ter indicado os artistas que fizeram essas funções no longa de animação homônimo de 1991, já que esse live-action é uma cópia deslavada. Como os próprios nomes em inglês dizem: Production Design e Costume Design, ou seja, estão reconhecendo o design, que veio da animação. Não sou purista, nem nada do tipo, mas acho hipocrisia reconhecer o mesmo trabalho duas vezes. Só espero que não ganhe nenhuma estatueta, porque daí seria demais…

INDICADOS AO 90th ACADEMY AWARDS:

MELHOR FILME
* Me Chame Pelo Seu Nome (Call me by Your Name)
* O Destino de uma Nação (Darkest Hour)
* Dunkirk (Dunkirk)
* Corra! (Get Out)
* Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)
* Trama Fantasma (Phantom Thread)
* The Post: A Guerra Secreta (The Post)
* A Forma da Água (The Shape of Water)
* Três Anúncios Para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri)

MELHOR DIRETOR
* Christopher Nolan (Dunkirk)
* Jordan Peele (Corra!)
* Greta Gerwig (Lady Bird)
* Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma)
* Guillermo del Toro (A Forma da Água)

MELHOR ATOR
* Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome)
* Daniel Day-Lewis (Trama Fantasma)
* Daniel Kaluuya (Corra!)
* Gary Oldman (O Destino de uma Nação)
* Denzel Washington (Roman J. Israel, Esq.)

MELHOR ATRIZ
* Sally Hawkins (A Forma da Água)
* Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime)
* Margot Robbie (Eu, Tonya)
* Saoirse Ronan (Lady Bird)
* Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Willem Dafoe (Projeto Flórida)
* Woody Harrelson (Três Anúncios Para um Crime)
* Richard Jenkins (A Forma da Água)
* Christopher Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo)
* Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Mary J. Blige (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
* Allison Janney (Eu, Tonya)
* Lesley Manville (Trama Fantasma)
* Laurie Metcalf (Lady Bird)
* Octavia Spencer (A Forma da Água)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
* Kumail Nanjiani, Emily V. Gordon (Doentes de Amor)
* Jordan Peele (Corra!)
* Greta Gerwig (Lady Bird)
* Guillermo del Toro e Vanessa Taylor (A Forma da Água)
* Martin McDonagh (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
* James Ivory (Me Chame Pelo Seu Nome)
* Scott Neustadter, Michael H. Weber (O Artista do Desastre)
* Scott Frank, James Mangold, Michael Green (Logan)
* Aaron Sorkin (A Grande Jogada)
* Virgil Williams, Dee Rees (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)

MELHOR FOTOGRAFIA
* Roger Deakins (Blade Runner 2049)
* Bruno Delbonel (O Destino de uma Nação)
* Hoyte van Hoytema (Dunkirk)
* Rachel Morrison (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
* Dan Laustsen (A Forma da Água)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
* Sarah Greenwood, Katie Spencer (A Bela e a Fera)
* Dennis Gassner, Alessandra Querzola (Blade Runner 2049)
* Sarah Greenwood, Katie Spencer (O Destino de uma Nação)
* Nathan Crowley, Gary Fettis (Dunkirk)
* Paul D. Austerberry, Shane Vieau, Jeffrey A. Melvin (A Forma da Água)

MELHOR MONTAGEM
* Paul Machliss, Jonathan Amos (Em Ritmo de Fuga)
* Lee Smith (Dunkirk)
* Tatiana S. Riegel (Eu, Tonya)
* Sidney Wolinsky (A Forma da Água)
* John Gregory (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR FIGURINO
* Jacqueline Durran (A Bela e a Fera)
* Luis Sequeira (A Forma da Água)
* Jacqueline Durran (O Destino de uma Nação)
* Mark Bridges (Trama Fantasma)
* Consolata Boyle (Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha)

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
* Kazuhiro Tsuji, David Malinowski, Lucy Sibbick (O Destino de uma Nação)
* Daniel Phillips, Loulia Sheppard (Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha)
* Arjen Tuiten (Extraordinário)

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL
* Hans Zimmer (Dunkirk)
* Jonny Greenwood (Trama Fantasma)
* Alexandre Desplat (A Forma da Água)
* John Williams (Star Wars: Os Últimos Jedi)
* Carter Burwell (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
* “Mighty River”, de Raphael Saadiq, Mary J. Blige, Taura Stinson (Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi)
* “Mystery of Love”, de Sufjan Stevens (Me Chame Pelo Seu Nome)
* “Remember Me”, de Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez (Viva: A Vida é uma Festa!)
* “Stand up for Something”, de Common, Diane Warren (Marshall)
* “This is Me”, de Benj Pasek, Justin Paul (O Rei do Show)

MELHOR SOM
* Tim Cavagin, Mary H. Ellis, Julian Slater (Em Ritmo de Fuga)
* Ron Bartlett, Doug Hemphill, Mac Ruth (Blade Runner 2049)
* Gregg Landaker, Gary Rizzo, Mark Weingarten (Dunkirk)
* Christian T. Cooke, Glen Gauthier, Brad Zoern (A Forma da Água)
* Michael Semanick, David Parker, Stuart Wilson, Ren Klyce (Star Wars: Os Últimos Jedi)

MELHORES EFEITOS SONOROS
* Julian Slater (Em Ritmo de Fuga)
* Mark A. Mangini, Theo Green (Blade Runner 2049)
* Richard King, Alex Gibson (Dunkirk)
* Nathan Robitaille, Nelson Ferreira (A Forma da Água)
* Matthew Wood, Ren Klyce (Star Wars: Os Últimos Jedi)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
* John Nelson, Ger Jeff White, Scott Benza, Michael MeiardusNefzer, Paul Lambert, Richard R. Hoover (Blade Runner 2049)
* Christopher Townsend, Guy Williams, Jonathan Fawkner, Daniel Sudick (Guardiões da Galáxia Vol. 2)
* Stephen Rosenbaum, Jeff White, Scott Benza, Michael Meinardus (Kong: A Ilha da Caveira)
* Ben Morris, Michael Mulholland, Neal Scanlan, Chris Corbould (Star Wars: Os Últimos Jedi)
* Joe Letteri, Daniel Barrett, Dan Lemmon, Joel Whist (Planeta dos Macacos: A Guerra)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
* Uma Mulher Fantástica (CHILE)
* O Insulto (LÍBANO)
* Desamor (RÚSSIA)
* Corpo e Alma (HUNGRIA)
* The Square: A Arte da Discórdia (SUÉCIA)

MELHOR ANIMAÇÃO
* O Poderoso Chefinho (The Boss Baby)
* The Breadwinner
* Viva: A Vida é uma Festa! (Coco)
* O Touro Ferdinando (Ferdinand)
* Com Amor, Van Gogh (Loving Vincent)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
* Abacus: Small Enough to Jail
* Faces Places
* Ícaro
* Last Men in Aleppo
* Strong Island

MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
* Edith + Eddie
* Heaven is a Traffic Jam on the 405
* Heroin(e)
* Knife Skills
* Traffic Stop

MELHOR CURTA-METRAGEM
* DeKalb Elementary
* The Eleven O’Clock
* My Nephew Emmett
* The Silent Child
* Watu Wote: All of Us

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
* Dear Basketball
* Garden Party
* LOU
* Negative Space
* Revolting Rhymes Part One

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A 90ª cerimônia do Oscar está marcada para o dia 04 de março.

‘LA LA LAND’ lidera as indicações ao OSCAR 2017 com 14 indicações!

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Emma Stone e Ryan Gosling em cena de La La Land: ambos fora indicados ao Oscar (pic by moviepilot.de)

MUSICAL IGUALA RECORDE DE A MALVADA (1950) E TITANIC (1997)

OSCAR EM NÚMEROS

Vamos começar com o recordista La La Land, que conquistou 14 indicações ao Oscar: um recorde equivalente ao de A Malvada e Titanic. Já me adiantando um pouco, caso o musical de Damien Chazelle leve a partir de 12 estatuetas na cerimônia no dia 26 de fevereiro, será o grande recordista de vitórias no Oscar, ultrapassando os 11 Oscars de Ben-Hur, Titanic e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. E embora Damien Chazelle não seja o mais jovem diretor indicado aos 32 anos (John Singleton tinha 23 quando foi indicado por Os Donos da Rua em 1991), se ganhar, ele se tornará o mais jovem diretor a conquistar a estatueta da categoria.

Bem lá atrás, empatados em segundo lugar com oito indicações cada vêm o drama Moonlight e a ficção científica A Chegada. Seguindo o script do BAFTA, o filme de alienígenas de Denis Villenueve tem se tornado um dos grandes competidores deste ano, conquistando inclusive sua primeira indicação de Diretor. Mas um dos grandes pilares da campanha, a atriz Amy Adams, não foi lembrada na categoria de Atriz.

Em seguida, compartilhando o terceiro lugar com seis indicações, estão Até o Último Homem, Lion e Manchester à Beira-Mar. Super importante ressaltar que Manchester foi produzido pela Amazon Studios também, o que o torna o pioneiro em serviço de streaming a receber uma indicação a Melhor Filme no Oscar.

Outro fato importante é que temos atores negros em todas as quatro categorias de atuação.  São sete atores negros entre vinte indicados: Ruth Negga, Denzel Washington, Viola Davis, Naomie Harris, Octavia Spencer, Mahershala Ali e Dev Patel, se o considerarmos como não-branco. Claro que houve um belo empurrãozinho da polêmica do ano passado do #OscarSoWhite, quando não houve nenhum ator negro pelo segundo ano consecutivo, mas todos os atores, sem exceção, estiveram presentes na temporada de premiação, ou seja, a Academia não trouxe nomes assim do nada.

Claro que essa polêmica racial ainda vai ser amplamente discutida ao longo desse próximo mês. Muitos inclusive já estão comentando da possível vitória de Moonlight sobre o franco-favorito La La Land como uma forma de resposta aos críticos da Academia pelo fato da diversidade. Já vi os dois filmes, e ambos são bons. Particularmente prefiro o musical por dialogar mais sobre sonhos de artista. Mas, de qualquer forma, eu espero sinceramente que não haja esse tipo de competição no quesito sócio-racial, mas apenas de Arte.

ANÚNCIO DAS INDICAÇÕES

Este ano, a Academia resolveu fazer nova alteração no anúncio dos indicados. Ao contrário dos anos anteriores, pela primeira vez, não houve transmissão num local físico. Via satélite pelos sites oscar.com e oscar.org, e pelo canal televisivo ABC (detentora dos direitos de transmissão da cerimônia do Oscar) pelo programa matinal Good Morning America, o anúncio foi misturado a um clipe de artistas previamente indicados ao Oscar com uma voz meio morna lendo os nomes indicados. À princípio, achei estranha essa combinação de clipe pré-gravado. Perdeu aquele frescor de anúncio ao vivo no palco.

Acredito que essa mudança tenha sido realizada para eliminar qualquer tipo de “ruído externo”, ou seja, torcida e ‘bafafás’ de jornalistas presentes durante o anúncio. No ano passado, por exemplo, eles urraram com o anúncio de Sylvester Stallone como Ator Coadjuvante, enquanto ficaram em silêncio absoluto com outros nomes como Matt Damon na categoria de Ator. Essa ausência de platéia elimina possíveis desconfortos para alguns indicados que não ganhariam uma única salva de palmas ou gritinhos.

No início, achei uma medida exagerada, mas depois me colocando no lugar do indicado, seria chato se depois de seu nome ser anunciado, o povo que tá gritando simplesmente ficasse calado! E fica uma coisa mais imparcial e profissional da Academia, e não um resultado de um paredão do Big Brother.

Para esta 89ª edição, a presidente Cheryl Boone Isaacs convocou uma gama diferente de apresentadores para auxiliá-la no anúncio: os atores Jennifer Hudson, Brie Larson, Ken Watanabe e Demián Bichir, e os diretores Jason Reitman (de Juno) e Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno).

Todas as 24 categorias foram anunciadas ao vivo.

SURPRESAS

Quando o nome de Mel Gibson foi anunciado na categoria de Direção, pensei: “A Academia, antro de judeus, finalmente teria perdoado o anti-semita Mel Gibson?”. Rusgas religiosas à parte, Até o Último Homem foi o grande filme de guerra de 2016 e o diretor tem larga experiência no gênero, já que ganhou o Oscar em 1996 pelo épico Coração Valente.

Mesmo não sendo exatamente uma surpresa, acho importante destacar a categoria de Atriz Coadjuvante, que este ano apresenta 3 candidatas negras: Viola Davis, Naomie Harris e Octavia Spencer. As outras são branquelas e loiras: Nicole Kidman e Michelle Williams. Olha o contraste! Agora, imagine o seguinte cenário: Com três atrizes negras no páreo, uma branca levar a estatueta! Aí que a casa cai de vez!  Poooor sorte, entre as negras está a franco-favorita Viola Davis, pela impecável performance em Cercas. Ela já venceu o Critics’ Choice e o Globo de Ouro, portanto, esse deve ser o Oscar mais certo da noite.

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Indicadas ao Oscar de Coadjuvante, da esquerda para a direita: Viola Davis, Nicole Kidman, Octavia Spencer, Michelle Williams e Naomie Harris (pic by GoldenGlobe)

Não vou ser um chato do tipo politicamente correto pra chegar agora e falar “E os atores latinos? E os atores asiáticos? E os indígenas? E a paz mundial??” porque a Arte não é isso. A Arte vem de qualquer lugar, de qualquer gênero, raça, religião, até mesmo de mentes criminosas. Se for pra exigir cotas como muitos na internet exigem como se fossem panfletários, teria que haver 50 indicados por categoria todo ano e aí ninguém iria aguentar o Oscar. Claro que eu acho bacana termos atores negros reconhecidos por seus trabalhos, mas não os enxergo como negros, mas atores que tiveram uma boa oportunidade de mostrar seu talento em projetos bem conceituados, e isso é isso que está faltando: projetos artísticos e oportunidades.

Outros nomes como Mike Mills (20th Century Women) foram surpresa na categoria de Roteiro Original, e de Thomas Newman (Passageiros) na de Trilha Musical. Ambos devem sair de mãos abanando, mas curiosamente, se confirmada sua derrota, esta será a 14ª derrota de Newman. Já na categoria de canção, a surpresa foi de “The Empty Chair” do documentário Jim: The James Foley Story. Claro que o nome do músico Sting ajuda, mas vale lembrar que esta é a terceira indicação do compositor J. Ralph.

Na categoria de maquiagem, a participação de Esquadrão Suicida não deixa de surpreender, já que a adaptação da DC Comics foi considerada uma das piores de 2016. Contudo, também vale ressaltar que a categoria de Maquiagem tem abrigado filmes ruins como Jackass Apresenta: Vovô Sem Vergonha e Norbit.

AUSÊNCIAS

Indubitavelmente, a grande surpresa entre os indicados pra mim foi a exclusão de Amy Adams da categoria de Atriz. Acho que pensaram: “Ela é indicada todo ano e nunca ganha. Melhor ficar de fora pra não perder de novo e virar uma nova Deborah Kerr! (foi indicada 6 vezes, mas nunca levou o prêmio)”. Curiosamente, seu filme A Chegada conquistou uma série de indicações, e ela que vinha sendo indicada em todos os grandes prêmios, acabou morrendo na praia. Sei que muitos fãs dos filme vão ficar aborrecidos comigo, mas eu acho que ela não mereceu estar entre as indicadas este ano. É o que sempre digo sobre ela: Amy Adams precisa sair um pouco da zona de conforto e assumir papéis mais desafiadores. Mudar seu timbre de voz, mudar seu visual, seu jeito de andar etc. Talento ela tem, mas a Academia quer reconhecê-la por algo maior.

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Amy Adams em cena de A Chegada. Sua ausência no Oscar foi uma das mais notáveis (photo by moviepilot.de)

Após uma trajetória de ausências na temporada de premiações, era esperado que o novo filme de Martin Scorsese ficasse praticamente de fora da cerimônia. Sua única indicação veio na forma de Melhor Fotografia para Rodrigo Prieto, que deve apenas fazer figuração na entrega dos prêmios. Como não vi ainda Silêncio, fica difícil entender os motivos do filme ter sido tão excluído. Mas uma das razões foi o erro de estratégia de lançamento atrasado, o que não permitiu os screeners para os votantes da Academia.

Um dos maiores injustiçados foi Animais Noturnos, que recebeu uma única indicação de Ator Coadjuvante para Michael Shannon. Cadê a indicação para Roteiro Adaptado para Tom Ford?? Em seu segundo filme, ele conquistou uma série de críticas positivas, seja como diretor ou como roteirista. Sua adaptação pode ter apresentado falhas, mas certamente foi um dos trabalhos mais estilizados de 2016. A Academia sai perdendo ao não convidar Ford para a festa. Havia uma divisão de votos na escolha do Ator Coadjuvante do filme. Enquanto no Globo de Ouro e BAFTA, optaram por Aaron Taylor-Johnson, a Academia preferiu  Michael Shannon, talvez numa tentativa de compensá-lo pela não-indicação no ano passado pelo drama 99 Casas. Considero a performance de Taylor-Johnson mais interessante por representar um lado sombrio da trama toda de Animais Noturnos. Já Shannon parece meio fadado a papéis “weirdos”.

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Tom Ford no set de Animais Noturnos, que recebeu uma única indicação para Michael Shannon (pic by joblo.com)

Apesar de se tratar de uma adaptação de quadrinhos, que a Academia não costuma gostar muito, achei que Deadpool entraria na lista, já que participou ativamente da temporada de premiações, tendo sido indicado inclusive para o Producers Guild (PGA). Suas maiores chances estavam nas categorias de Roteiro Adaptado e Maquiagem, mas ficou de fora por completo. Uma pena.

Entre outros ausentes da festa que estavam no burburinho destaque para Annette Bening (20th Century Women), Tom Hanks (Sully: O Herói do Rio Hudson), Hugh Grant (Florence: Quem é Essa Mulher?) e animação da Pixar, Procurando Dory. Particularmente, senti a ausência de Ben Foster como coadjuvante em A Qualquer Custo. Ele rouba toda cena em que aparece.

MINHA TORCIDA

Olha, não sei o que será de Isabelle Huppert na cerimônia, mas certamente foi a indicação que mais me deixou feliz! Soltei um Uhuuulll daqui de casa! É tão bacana quando a Academia sai de seu clubinho americano para reconhecer um grande talento estrangeiro que na hora, nem liguei que seu filme Elle tinha ficado de fora da categoria de Filme em Língua Estrangeira.

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Primeira indicação para a francesa Isabelle Huppert!!

Embora tenha vencido o prestigioso Globo de Ouro, a atriz francesa terá páreo duro pela frente, especialmente entre Emma Stone, que venceu o Globo de Ouro de Atriz – Comédia ou Musical por La La Land, e Natalie Portman, que já ganha pontos por interpretar uma figura histórica muito querida nos EUA, a ex-primeira dama Jacqueline Kennedy em Jackie. Seria o melhor momento da noite do Oscar se Huppert subisse no palco pra receber o Oscar. Dentre as indicadas, ela apresentou a maior audácia

Ainda nesse quesito de reconhecer artistas de fora, a categoria de Animação é a que mais me felicita todo ano. Mais uma vez, ela reconheceu duas produções estrangeiras, no caso, a francesa A Tartaruga Vermelha, e a suíça Minha Vida de Abobrinha. Pelo pouco que já vi, esta última é a que mais me agrada pela técnica de stop-motion, mas sob o aspecto técnico geral, Kubo e as Cordas Mágicas é imbatível, tanto que foi indicado a Melhores Efeitos Visuais. Acho que é a primeira vez que temos uma animação na categoria de Efeitos Visuais.

Meio esquecida da categoria de Trilha Musical, a compositora Mica Levi foi finalmente reconhecida no Oscar! Ela chamou a atenção para o mundo com sua trilha meio experimental do ótimo Sob a Pele (2014), e agora chega com novo trabalho por Jackie. Numa categoria de cartas marcadas com os mesmos nomes de sempre, acho interessante a inclusão de Levi com composições mais alternativas das que estamos acostumados a ouvir, mas que causam uma sensação além do que vemos na tela. Quem tiver um tempinho, dá uma olhada no YouTube e confira os arranjos de Jackie, como a faixa “Burial”, que é mais fúnebre.

A compositora Mica Levi em seu estúdio, inspirada e movida à chocolate M&M. (pic by FACT Magazine)

A compositora Mica Levi (Jackie) em seu estúdio, inspirada e movida à chocolate M&M. (pic by FACT Magazine)

Também comemorei a inclusão da canção “Audition (The Fools Who Dream)”, cantada por Emma Stone em La La Land. Apesar de “City of Stars” ser a mais querida e pegajosa, “Audition” define a personagem de Stone naquele segmento do casting belamente executado.

INDICADOS AO 89th ACADEMY AWARDS:

MELHOR FILME
* A Chegada (Arrival)
* Cercas (Fences)
* Até o Último Homem (Hacksaw Ridge)
* A Qualquer Custo (Hell or High Water)
* Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures)
* La La Land: Cantando Estações (La La Land)
* Lion: Uma Jornada Para Casa (Lion)
* Manchester à Beira-Mar (Manchester by the Sea)
* Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight)

MELHOR DIRETOR
* Damien Chazelle (La La Land)
* Mel Gibson (Até o Último Homem)
* Barry Jenkins (Moonlight)
* Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
* Denis Villeneuve (A Chegada)

MELHOR ATOR
* Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
* Andrew Garfield (Até o Último Homem)
* Ryan Gosling (La La Land)
* Viggo Mortensen (Capitão Fantástico)
* Denzel Washington (Cercas)

MELHOR ATRIZ
* Isabelle Huppert (Elle)
* Ruth Negga (Loving)
* Natalie Portman (Jackie)
* Emma Stone (La La Land)
* Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
* Mahershala Ali (Moonlight)
* Jeff Bridges (A Qualquer Custo)
* Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar)
* Dev Patel (Lion)
* Michael Shannon (Animais Noturnos)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
* Viola Davis (Cercas)
* Naomie Harris (Moonlight)
* Nicole Kidman (Lion)
* Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo)
* Michelle Williams (Manchester à Beira-Mar)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
* Taylor Sheridan (A Qualquer Custo)
* Damien Chazelle (La La Land)
* Yorgos Lanthimos e Efthymis Filippou (O Lagosta)
* Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
* Mike Mills (20th Century Women)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
* Eric Heisserer (A Chegada)
* August Wilson (Cercas)
* Allison Schroeder e Theodore Melfi (Estrelas Além do Tempo)
* Luke Davis (Lion)
* Barry Jenkins (Moonlight)

MELHOR FOTOGRAFIA
* Bradford Young (A Chegada)
* Linus Sandgren (La La Land)
* Greig Fraser (Lion)
* James Laxton (Moonlight)
* Rodrigo Prieto (Silêncio)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
* Patrice Vermette, Paul Hotte (A Chegada)
* Stuart Craig, Anna Pinnock (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Jess Gonchor, Nancy Haigh (Ave, César!)
* David Wasco, Sandy Reynolds-Wasco (La La Land)
* Guy Hendrix Dyaz, Gene Sardena (Passageiros)

MELHOR MONTAGEM
* Joe Walker (A Chegada)
* John Gilbert (Até o Último Homem)
* Jake Roberts (A Qualquer Custo)
* Tom Cross (La La Land)
* Joi McMillon, Nat Sanders (Moonlight)

MELHOR FIGURINO
* Joanna Johnston (Aliados)
* Colleen Atwood (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Consolata Boyle (Florence: Quem é Essa Mulher?)
* Madeline Fontaine (Jackie)
* Mary Zophres (La La Land)

MELHOR MAQUIAGEM E CABELO
* Um Homem Chamado Ove
* Star Trek: Sem Fronteiras
* Esquadrão Suicida

MELHOR TRILHA MUSICAL ORIGINAL
* Mica Levi (Jackie)
* Justin Hurwitz (La La Land)
* Dustin O’Halloran, Hauschka (Lion)
* Nicholas Britell (Moonlight)
* Thomas Newman (Passageiros)

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
* “Audition (The Fools Who Dream)”, de Justin Hurwitz, Benj Pasek, Justin Paul (La La Land)
* “Can’t Stop the Feeling”, de Justin Timberlake, Max Martin, Shellback (Trolls)
* “City of Stars”, de Justin Hurwitz, Benj Pasek, Justin Paul (La La Land)
* “The Empty Chair”, de J. Ralph, Sting (Jim: The James Foley Story)
* “How Far I’ll Go”, de Lin-Manuel Miranda (Moana: Um Mar de Aventuras)

MELHOR SOM
* A Chegada
* Até o Último Homem
* La La Land
* Rogue One: Uma História Star Wars
* 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi

MELHORES EFEITOS SONOROS
* A Chegada
* Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
* Até o Último Homem
* La La Land
* Sully: O Herói do Rio Hudson

MELHORES EFEITOS VISUAIS
* Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
* Doutor Estranho
* Mogli: O Menino Lobo
* Kubo e as Cordas Mágicas
* Rogue One: Uma História Star Wars

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
* Terra de Minas, de Martin Zandvliet (DINAMARCA)
* Um Homem Chamado Ove, de Hannes Holm (SUÉCIA)
* O Apartamento, de Asghar Farhadi (IRÃ)
* Tanna, de Martin Butler, Bentley Dean (AUSTRÁLIA)
* Toni Erdmann, de Mare Ade (ALEMANHA)

MELHOR ANIMAÇÃO
* Kubo e as Cordas Mágicas
* Minha Vida de Abobrinha
* A Tartaruga Vermelha
* Moana: Um Mar de Aventuras
* Zootopia

MELHOR DOCUMENTÁRIO
* Fogo no Mar
* I Am Not Your Negro
* Life, Animated
* O.J.: Made in America
* A 13ª Emenda

MELHOR DOCUMENTÁRIO-CURTA
* Extremis
* 4.1 Miles
* Joe’s Violin
* Watani: My Homeland
* The White Helmets

MELHOR CURTA-METRAGEM
* Ennemis Intérieurs
* La Femme et le TGV
* Mindenki
* Timecode
* Silent Nights

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
* Blind Vaysha
* Borrowed Time
* Pear Cider and Cigarettes
* Pearl
* Piper

***

A 89ª cerimônia do Oscar acontece no dia 26 de fevereiro e será transmitida pelo canal pago TNT. Não conte muito com a Globo, porque o Oscar cai no fim de semana do Carnaval…

Com 11 indicações, ‘LA LA LAND’ também lidera o BAFTA 2017

Cena do filme britânico Eu, Daniel Blake, com Hayley Squire ao centro. Ela foi indicada como Atriz Coadjuvante (pic by moviepilot.de)

Cena do filme britânico Eu, Daniel Blake, com Hayley Squires ao centro. Ela foi indicada como Atriz Coadjuvante (pic by moviepilot.de)

APÓS VITÓRIA RECORDISTA NO GLOBO DE OURO, MUSICAL PODE ALCANÇAR NOVOS FEITOS EM PRÊMIO DA ACADEMIA BRITÂNICA

Nos últimos anos, o prêmio da Academia Britânica, BAFTA, deixou ser aquele mérito fechado no Reino Unido pra se tornar um ótimo parâmetro para o Oscar. Claro que existem as disparidades (nos últimos dois anos, elegeram O Regresso e Boyhood), mas certamente o Oscar está de olho nos indicados da terra da Rainha, tanto que quem estiver fora do BAFTA, tem suas chances consideravelmente reduzidas.

Sim, infelizmente, sob essa lógica, a grande Isabelle Huppert teve suas chances de vitória no Oscar de Atriz bem reduzidas com sua ausência aqui. Tudo graças ao atraso no lançamento de Elle no Reino Unido, agendado para março, o que o desqualificou para esta temporada. Claro que ela tem totais chances de indicação ao Oscar (que seria sua primeira), mas ganhar será mais difícil… Na sua ausência forçada, preencheram sua vaga com Emily Blunt por A Garota no Trem, fato que já tinha acontecido no SAG Awards.

Sophie Turner e Dominic Cooper anunciam as indicações em nove categorias (canal BAFTA no YouTube)

Bom, quanto aos números dessas indicações, temos La La Land liderando com 11 indicações, seguido por A Chegada e Animais Noturnos com nove indicações cada. Esse reconhecimento impulsiona bastante as campanhas desses dois filmes rumo ao Oscar, podendo acarretar nas inclusões de Denis Villeneuve e Tom Ford na categoria de Diretor. Ambos andavam meio esquecidos das premiações, mas mereciam mais reconhecimento por trabalhos tão diferentes da maioria.

O diretor Denis Villeneuve passa instruções para Amy Adams em set de A Chegada (pic by moviepilot.de)

O diretor Denis Villeneuve passa instruções para Amy Adams em set de A Chegada (pic by moviepilot.de)

Se por um lado, alguns ganham, outros perdem com o BAFTA. O drama independente Moonlight: Sob a Luz do Luar contou com apenas quatro indicações: Filme, Roteiro Original, Atriz Coadjuvante (Naomie Harris) e Ator Coadjuvante (Mahershala Ali). Seu diretor Barry Jenkins, que era outrora uma unanimidade na categoria, foi lembrado aqui apenas pelo roteiro. Havia uma forte expectativa de que ele seria o primeiro diretor negro a vencer o Oscar, mas com essa ausência e sua recém derrota no Globo de Ouro para Damien Chazelle, passo a ter minhas dúvidas.

Pra piorar sua situação, Moonlight, considerado um dos favoritos da temporada, perdeu em número de indicações até mesmo para Animais Fantásticos e Onde Habitam, Até o Último Homem, Lion: Uma Jornada Para Casa e Eu, Daniel Blake, todos receberam cinco indicações.

Aliás, o filme britânico Eu, Daniel Blake foi a maior surpresa desta edição. Vencedor da Palma de Ouro no último Festival de Cannes, o novo filme de Ken Loach foi bem valorizado ao ser reconhecido nas categorias de Filme, Filme Britânico, Diretor, Roteiro Original e Atriz Coadjuvante (Hayley Squires). Acho difícil a Academia indicar Loach como Diretor num ano tão concorrido, mas poderiam incluir o filme na categoria de Roteiro Original.

O diretor Ken Loach, 80 anos, vencedor de duas Palmas de Ouro, recebeu sua segunda indicação de Diretor no BAFTA (pic by moviepilot.de)

O diretor Ken Loach, 80 anos, vencedor de duas Palmas de Ouro, recebeu sua segunda indicação de Diretor no BAFTA (pic by moviepilot.de)

Deadpool, que vinha numa ascendente nas últimas semanas, acabou de fora do BAFTA. Nada. Nem uma indicaçãozinha de Melhor Maquiagem. Outros que ficaram de mãos abanando foram Sully: O Herói do Rio Hudson e Silêncio, o que praticamente enterra do filme de Scorsese para o Oscar. Claro que é complicado julgar sem ter visto o filme, mas é uma pena porque se trata de um projeto pessoal de longa data do diretor americano. Será que ele errou tão feio assim?

Quando falavam da corrida de Melhor Ator, dois nomes eram considerados certeza: Casey Affleck e Denzel Washington. Bom, agora Denzel perdeu a cadeira. A Academia Britânica preferiu indicar Jake Gyllenhaal por Animais Noturnos. Curiosamente, (isso nem eu me dei conta!) Denzel Washington nunca foi indicado para o BAFTA, mesmo com seis indicações e duas vitórias no Oscar. Particularmente, também não considero Washington um dos melhores atores, mas não posso falar antes de checar sua performance em Cercas, filme que ele também foi diretor. Já Gyllenhaal, apesar de ser um ator em ascensão, não acho um de seus melhores trabalhos, mas entendo sua inclusão. Ele faz dois personagens na adaptação de Tom Ford e isso deve ter lhe dado crédito para a indicação.

Jake Gyllenhaal em cena de Animais Noturnos, segundo filme sob a direção de Tom Ford (photo by cine.gr)

Jake Gyllenhaal em cena de Animais Noturnos: conquista sua terceira indicação ao BAFTA (photo by cine.gr)

***

EE RISING STAR AWARD

E nesta edição, o prêmio de revelação selecionou os atores: Anya Taylor-Joy (A Bruxa), Laia Costa (Victoria), Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar), Ruth Negga (Loving) e Tom Holland (Capitão América: Guerra Civil e Homem-Aranha: De Volta ao Lar). O voto é popular nas terras britânicas, e qualquer um que ganhar, acredito que será bem merecido. Mas se eu pudesse votar, elegeria Lucas Hedges. Apesar de não ter visto Manchester à Beira-Mar ainda, li boas críticas sobre a atuação dele, e lembrando que a última vez que o diretor Kenneth Lonergan revelou um ator, este foi Mark Ruffalo pelo ótimo Conte Comigo (2000).logo_master-bafta

INDICADOS AO BAFTA

MELHOR FILME
* A Chegada (Arrival) – Produtores: Dan Levine, Shawn Levy, David Linde, Aaron Ryder
* Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake) – Produtora: Rebecca O’Brien
* La La Land: Cantando Estações (La La Land) – Produtores: Fred Berger, Jordan Horowitz, Marc Platt
* Manchester à Beira-Mar (Manchester by the Sea) – Produtores: Lauren Beck, Matt Damon, Chris Moore, Kimberly Steward, Kevin J. Walsh
* Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight) – Produtores: Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Adele Romanski

DIRETOR
* Denis Villeneuve (A Chegada)
* Ken Loach (Eu, Daniel Blake)
* Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
* Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
* Tom Ford (Animais Noturnos)

ROTEIRO ORIGINAL
* Taylor Sheridan (A Qualquer Custo)
* Paul Laverty (Eu, Daniel Blake)
* Damien Chazelle (La La Land)
* Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
* Barry Jenkins (Moonlight)

ROTEIRO ADAPTADO
* Eric Heisserer (A Chegada)
* Robert Schenkkan, Andrew Knight (Até o Último Homem)
* Theodore Melfi, Allison Schroeder (Estrelas Além do Tempo)
* Luke Davies (Lion: Uma Jornada Para Casa)
* Tom Ford (Animais Noturnos)

ATOR
Andrew Garfield (Até o Último Homem)
Casey Affleck  (Manchester à Beira-Mar)
Jake Gyllenhaal (Animais Noturnos)
Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações)
Viggo Mortensen (Capitão Fantástico)

ATRIZ
Amy Adams (A Chegada)
Emily Blunt (A Garota no Trem)
Emma Stone (La La Land: Cantando Estações)
Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?)
Natalie Portman (Jackie)

ATOR COADJUVANTE
Aaron Taylor-Johnson (Animais Noturnos)
Dev Patel (Lion: Uma Jornada Para Casa)
Hugh Grant (Florence: Quem é Essa Mulher?)
Jeff Bridges (A Qualquer Custo)
Mahershala Ali (Moonlight: Sob a Luz do Luar)

ATRIZ COADJUVANTE
Hayley Squires (Eu, Daniel Blake)
Michelle Williams (Manchester à Beira-Mar)
Naomie Harris (Moonlight: Sob a Luz do Luar)
Nicole Kidman (Lion: Uma Jornada Para Casa)
Viola Davis (Cercas)

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
* Dheepan: O Refúgio – Jacques Audiard, Pascal Caucheteux
* Julieta – Pedro Almodóvar
* Cinco Graças – Deniz Gamze Ergüven, Charles Gillibert
* O Filho de Saul – László Nemes, Gábor Sipos
* Toni Erdmann – Maren Ade, Janine Jackowski

DOCUMENTÁRIO
* A 13ª Emenda – Ava Duvernay
* The Beatles: Eight Days A Week – The Touring Years – Ron Howard
* The Eagle Huntress – Otto Bell, Stacey Reiss
* Notes on Blindness – Peter Middleton, James Spinney
* Weiner – Josh Kriegman, Elyse Steinberg

LONGA DE ANIMAÇÃO
* Procurando Dory – Dir: Andrew Stanton
* Kubo e as Cordas Mágicas – Dir: Travis Knight
* Moana: Um Mar de Aventuras – Dir: Ron Clements, John Musker
* Zootopia – Dir: Byron Howard, Rich Moore

TRILHA MUSICAL ORIGINAL
* Jóhann Jóhannsson (A Chegada)
* Mica Levi  (Jackie)
* Justin Hurwitz (La La Land: Cantando Estações)
* Dustin O’halloran, Hauschka (Lion: Uma Jornada Para Casa)
* Abel Korzeniowski (Animais Noturnos)

FOTOGRAFIA
* Bradford Young (A Chegada)
* Giles Nuttgens (A Qualquer Custo)
* Linus Sandgren (La La Land: Cantando Estações)
* Greig Fraser (Lion: Uma Jornada Para Casa)
* Seamus Mcgarvey (Animais Noturnos)

MONTAGEM
* Joe Walker (A Chegada)
* John Gilbert (Até o Último Homem)
* Tom Cross (La La Land: Cantando Estações)
* Jennifer Lame (Manchester à Beira-Mar)
* Joan Sobel (Animais Noturnos)

DIREÇÃO DE ARTE
* John Bush, Charles Wood (Doutor Estranho)
* Stuart Craig, Anna Pinnock (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Jess Gonchor, Nancy Haigh (Ave, César!)
* Sandy Reynolds-Wasco, David Wasco (La La Land: Cantando Estações)
* Shane Valentino, Meg Everist (Animais Noturnos)

FIGURINO
* Joanna Johnston (Aliados)
* Colleen Atwood (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Consolata Boyle (Florence: Quem é Essa Mulher?)
* Madeline Fontaine (Jackie)
* Mary Zophres (La La Land: Cantando Estações)

MAQUIAGEM E CABELO
* Jeremy Woodhead (Doutor Estranho)
* J. Roy Helland, Daniel Phillips (Florence: Quem é Essa Mulher?)
* Shane Thomas (Até o Último Homem)
* Donald Mowat, Yolanda Toussieng (Animais Noturnos)
* Rogue One: Uma História Star Wars

SOM
* Claude La Haye, Bernard Gariépy Strobl, Sylvain Bellemare (A Chegada)
* Mike Prestwood Smith, Dror Mohar, Wylie Stateman, David Wyman (Horizonte Profundo: Desastre no Golfo)
* Niv Adiri, Glenn Freemantle, Simon Hayes, Andy Nelson, Ian Tapp (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Peter Grace, Robert Mackenzie, Kevin O’Connell, Andy Wright (Até o Último Homem)
* Mildred Iatrou Morgan, Ai-Ling Lee, Steve A. Morrow, Andy Nelson (La La Land: Cantando Estações)

EFEITOS VISUAIS
* Louis Morin (A Chegada)
* Richard Bluff, Stephane Ceretti, Paul Corbould, Jonathan Fawkner (Doutor Estranho)
* Tim Burke, Pablo Grillo, Christian Manz, David Watkins (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Robert Legato, Dan Lemmon, Andrew R. Jones, Adam Valdez (Mogli: O Menino Lobo)
* Neil Corbould, Hal Hickel, Mohen Leo, John Knoll, Nigel Sumner (Rogue One: Uma História Star Wars)

FILME BRITÂNICO
* American Honey – Produtores: Andrea Arnold, Lars Knudsen, Pouya Shahbazian, Jay Van Hoy
* Negação (Denial) – Produtores: Mick Jackson, Gary Foster, Russ Krasnoff, David Hare
* Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beast and Where to Find Them) – Produtores: David Yates, J.K. Rowling, David Heyman, Steve Kloves, Lionel Wigram (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
* Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake) – Produtores: Ken Loach, Rebecca O’Brien, Paul Laverty
* Notes on Blindness – Produtores: Peter Middleton, James Spinney, Mike Brett, Jo-Jo Ellison, Steve Jamison
* Sob a Sombra (Under the Shadow) – Produtores: Babak Anvari, Emily Leo, Oliver Roskill, Lucan Toh

ESTRÉIA DE ROTEIRISTA, DIRETOR OU PRODUTOR BRITÂNICO
* The Girl With All the Gifts – Mike Carey (Roteirista), Camille Gatin (Produtor)
* The Hard Stop – George Amponsah (Roteirista/Diretor/Produtor), Dionne Walker (Roteirista/Produtor)
* Notes on Blindness – Peter Middleton (Roteirista/Diretor/Produtor), James Spinney (Roteirista/Diretor), Jo-Jo Ellison (Produtor)
* The Pass – John Donnelly (Roteirista), Ben A. Williams (Diretor)
* Sob a Sombra (Under the Shadow) – Babak Anvari (Roteirista/Diretor), Emily Leo, Oliver Roskill, Lucan Toh (Produtores)

CURTA DE ANIMAÇÃO BRITÂNICO
* The Alan Dimension – Jac Clinch, Jonathan Harbottle, Millie Marsh
* A Love Story – Khaled Gad, Anushka Kishani Naanayakkara, Elena Ruscombe-King
* Tough – Jennifer Zheng

CURTA-METRAGEM BRITÂNICO
* Consumed – Richard John Seymour
* Home – Shpat Deda, Afolabi Kuti, Daniel Mulloy, Scott O’Donnell
* Mouth of Hell – Bart Gavigan, Samir Mehanovic, Ailie Smith, Michael Wilson
* The Party – Farah Abushwesha, Emmet Fleming, Andrea Harkin, Conor Macneill
* Standby – Charlotte Regan, Jack Hannon

EE RISING STAR AWARD (Voto do público)
Anya Taylor-Joy
Laia Costa
Lucas Hedges
Ruth Negga
Tom Holland

Indicados ao EE Rising Star Award. pic by metro.co.uk

Indicados ao EE Rising Star Award. pic by metro.co.uk

***

A cerimônia do BAFTA ocorre no dia 12 de fevereiro.

Com 12 indicações, o musical ‘La La Land’ lidera o Critics’ Choice Awards 2016

Cena do musical La La Land, de Damien Chazelle. Os atores Ryan Gosling e Emma Stone também fora indicados. (photo by moviepilot.de)

Cena do musical La La Land, de Damien Chazelle. Os atores Ryan Gosling e Emma Stone também fora indicados. (photo by moviepilot.de)

COMO AGUARDADO DESDE O FESTIVAL DE VENEZA E TORONTO, O NOVO FILME DE DAMIEN CHAZELLE ASSUME FAVORITISMO 

Antes de começar a falar sobre a premiação, gostaria de abrir um parênteses aqui. Vou ser sucinto: Que raios de traduções de títulos de filmes são esses de hoje em dia, hein? Pessoal das distribuidoras que trabalha com isso, pelamordedeus! Vamos usar um pouco o bom senso! Como um “Florence Foster Jenkins” vira um “Florence: Que Mulher é Essa?”?? Parece documentário de uma prostituta que teve um caso com o presidente e derrubou o governo! E “Hello, My Name is Doris” que virou “Doris, Redescobrindo o Amor”? Se querem manter o nome da personagem, coloquem pelo menos “Doris Redescobre o Amor”. Também tenho certa aversão aos subtítulos inúteis que teimam em aderir ao título (meu favorito de todos os tempos é do filme de David Cronenberg: “Spider – Desafie Sua Mente” – parece nome de um jogo de tabuleiro). Acho que nas últimas decádas, as distribuidoras brasileiras sempre estão em cima do muro: não querem traduzir o título todo (por medo ou por incapacidade), mas sempre subestimam o público colocando um subtítulo que mais se assemelha a um aposto. Esse ano (por enquanto – porque ainda devem vir mais pérolas!), meu eleito é “La La Land: Cantando Estações”. Seria alguma alusão ao clássico musical “Cantando na Chuva”? Na minha opinião, ou mantém apenas “La La Land” ou vira “La La Lândia”.

Enfim… deixa eu respirar aqui.

Bom, como tenho falado nos últimos anos, o Critics’ Choice Awards pra mim é a “Bolha Assassina”. Lembram daquele filme em que uma bolha gosmenta rosa vai engolindo tudo o que vê pela frente e devora uma cidade inteira? Pois então! Esse prêmio quer ser todos os prêmios em um só, porque engloba várias categorias distintas (são 27!!) e ainda oferece uma vaga a mais nas categorias principais. Procura acertar os indicados ao Oscar, mas não abre mão das estrelas hollywoodianas ao indicá-las nas categorias de ação como Chris Evans, Matt Damon e Scarlett Johansson, parecendo uma cópia genérica da bajulação do Globo de Ouro. Só continua “relevante” porque tem ótimas porcentagens de acerto em relação ao Oscar: acertou 4 dos últimos 5 Oscar de Melhor Filme, por exemplo.

Esta 22ª edição do Critics’ Choice tem o musical La La Land liderando com 12 indicações, incluindo nas categorias principais: Filme, Diretor (Damien Chazelle), Ator (Ryan Gosling) e Atriz (Emma Stone). Como se trata de um musical estilizado, a produção foi reconhecida em várias categorias técnicas como direção de arte, figurino e montagem. Desde que foi ovacionado nos festivais de Toronto e de Veneza, o novo trabalho de Chazelle, que ficou conhecido pelo ótimo Whiplash: Em Busca da Perfeição, passa a carregar a tocha do favoritismo da temporada.

Logo atrás, a ficção científica A Chegada e o drama Moonlight receberam 10 indicações cada. Enquanto o primeiro vem sendo reconhecido como o “Interestelar que deu certo” pela suas teorias de universo sem ser tão cabeçudo e explicativo como o filme de Christopher Nolan, o segundo tem ganhado glórias por sua visão do crescimento do personagem central em meio à questões raciais, sexuais e familiares.

Cena de primeiro contato em A Chegada, com Amy Adams. 10 indicações para filme de Denis Villeneuve. Photo by moviepilot.de

Cena de primeiro contato em A Chegada, com Amy Adams. 10 indicações para filme de Denis Villeneuve. Photo by moviepilot.de

Dentre os filmes mais bem cotados que ficaram de fora, o mais prejudicado foi Silêncio, novo filme de Martin Scorsese. Como não acredito que o filme seja tão ruim a ponto de não levar nenhuma indicação sequer, a estratégia de lançamento em cima da hora da Paramount Pictures deve ter sido a causa. Não que a ausência de Silêncio no Critics’ Choice vá abalar sua campanha promissora, mas foi uma bola fora. Também no mesmo barco está o filme Rogue One: Uma História Star Wars. Parece que não ficou pronto a tempo da exibição para os críticos.

Por outro lado, o filme de guerra Até o Último Homem foi muito bem reconhecido, com indicações para Melhor Filme, Diretor (Mel Gibson) e Ator (Andrew Garfield). Pode significar um retorno para Gibson, que vem amargando um ostracismo desde suas declarações e filme Paixão de Cristo anti-semitas. Ele ganhou o Oscar de Filme e Diretor pelo épico Coração Valente lá no longíquo ano de 1996.

Andrew Garfield protagoniza Até o Último Homem, novo trabalho de Mel Gibson na direção (photo by moviepilot.de)

Andrew Garfield protagoniza Até o Último Homem, novo trabalho de Mel Gibson na direção (photo by moviepilot.de)

O MELHOR NO CALENDÁRIO TAMBÉM

Normalmente, as cerimônias de premiação ocorrem um mês depois do anúncio dos indicados, mas o Critics’ Choice quer se achar o prêmio inovador, e resolveu fazer a entregas das estatuetas UMA semana depois. Isso mesmo, sete dias depois das indicações! Aí você pergunta: “Por que tanta pressa assim?”. Como o calendário de premiações é altamente disputado, o Critics’ Choice está com receio de ficar ali esquecido até janeiro, e acredito que queiram se gabar sendo “o primeiro grande prêmio de cinema” a revelar seus vencedores.

Quer saber? Gostaria que quase ninguém fosse pra essa cerimônia, assim eles caem na real de que as coisas não funcionam assim à bel-prazer. Vale lembrar aqui que a cerimônia de janeiro deste ano houve muitas ausências importantes como Mark Ruffalo, Michael Keaton, Brie Larson, Tom Hardy, Charlize Theron e Leonardo DiCaprio.

A cerimônia tem previsão para o próximo dia 11, domingo, por volta das 23h, horário de Brasília, pelo canal pago A&E (provavelmente na TNT aqui no Brasil).

ALTOS E BAIXOS DO CRITICS’ CHOICE

Obviamente, ter um alto número de categorias e indicações ajuda a reconhecer aqueles filmes bons que não acham lugar nenhum em premiações, principalmente por se tratarem de gêneros subvalorizados como ficção científica, terror e comédia.

Dessa leva muito bem reconhecida incluo:

  1. Deadpool
    Filme de Ação, Ator em Filme de Ação (Ryan Reynolds), Comédia, Ator em Comédia (Ryan Reynolds)
    Apesar da saturação de filmes de super-heróis, a adaptação de Deadpool conseguiu apresentar muita criatividade com a metalinguagem atípica (muito se deve ao próprio quadrinho), bom ritmo e ótima química entre os atores. E foi recompensado nas bilheterias por sua ousadia de elevar sua classificação etária. Tudo bem que foi um pouco exagerado sua dupla indicação como Comédia e Ação, mas…
Ryan Reynolds na pele deformada de Deadpool (pic by moviepilot.de)

Ryan Reynolds na pele deformada de Deadpool (pic by moviepilot.de)

2. Dois Caras Legais

Comédia, Ator em Comédia (Ryan Gosling)
O novo trabalho do diretor Shane Black foi uma grata surpresa, tem seus méritos como roteiro e a direção de arte dos anos 70, mas por se tratar de um filme despretensioso, era difícil premiá-lo. Provavelmente não vai ganhar nada, mas merecidamente estará na festa.

3. Florence: Quem é Essa Mulher?
Comédia, Ator em Comédia (Hugh Grant), Atriz em Comédia (Meryl Streep)
Está comédia sobre uma figura real que foi considerada a pior cantora de todos os tempos tem conquistado boas críticas, mas não chega com força para cravar indicações ao Oscar. Talvez exceto por Meryl Streep e o figurino. Como a atriz não foi indicada na categoria principal, pelo menos tem o favoritismo da categoria de comédia.

4. Rua Cloverfield, 10
Ficção Científica/Terror
Esse foi um das melhores surpresas do ano, mas como é modesto, também ficou difícil reconhecer em premiações. Mas esta pequena gema do cinema sci-fi tem muitos méritos, principalmente porque soube contar umas história simples, com baixo orçamento e com um ótimo clima de tensão do início ao fim. Os atores Mary Elizabeth Winstead e John Goodman mereciam indicações, mas o Critics’ Choice Awards não tem categorias de Atores em Terror/Sci-Fi… ainda.

Mary Elisabeth Winstead em cativeiro com John Goodman em Rua Cloberfield, 10, de Dan Trachtenberg (pic by cine.gr)

Mary Elizabeth Winstead em cativeiro com John Goodman em Rua Cloberfield, 10, de Dan Trachtenberg (pic by cine.gr)

5. Capitão Fantástico
Ator em Comédia (Viggo Mortensen)
Este pequeno filme foi uma das maiores surpresas do cinema independente americano de 2016. Mortensen interpreta um pai que cuida de seis crianças numa floresta até que precisa abandonar seu paraíso para adentrar o verdadeiro mundo. Houve inúmeras críticas positivas, principalmente pelo casting do elenco infantil.

E o lado negativo da Bolha Assassina:

1. Batman vs Superman: A Origem da Justiça
Atriz em Ação (Gal Gadot)
Não me interpretem mal. Acho Gal Gadot muito linda. Mas o que ela fez nesse crossover de Batman e Superman? A personagem dela, que é totalmente dispensável na trama, não tem profundidade alguma. Nem se fosse uma boa atriz nesse papel sairia algo notável.

A bela Gal Gadot em cena de Batman vs Superman. Beleza faz uma boa interpretação? Pic by moviepilot.de

A bela Gal Gadot em cena de Batman vs Superman. Beleza faz uma boa interpretação? Pic by moviepilot.de

2. Esquadrão Suicida
Atriz em Comédia (Margot Robbie)
Tudo bem que a concorrência nesta categoria parece ter sido apenas para preencher cota, mas nem Margot Robbie salva um filme tão medíocre como Esquadrão Suicida. Ela tem os looks da personagem Harlequina, mas é apenas o superficial. Provavelmente este será o prêmio mais fácil que Meryl Streep vai levar.

3. Um Espião e Meio
Comédia, Ator em Comédia
Deve ter gente que ama essas comédias estereotipadas, mas acho que o Critics’ Choice podia ter caprichado mais nessa escolha. Por que não incluir o último filme de Woody Allen, Café Society? Ou o humor negro de Swiss Army Man?

Indicados ao 22º Critics’ Choice Awards:

MELHOR FILME
A Chegada (Arrival)
Fences
Até o Último Homem (Hacksaw Ridge)
A Qualquer Custo (Hell or High Water)
La La Land: Cantando Estações (La La Land)
Lion
Loving
Manchester à Beira-Mar (Manchester by the Sea)
Moonlight
Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully)

MELHOR DIRETOR
Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
Mel Gibson (Até o Último Homem)
Barry Jenkins (Moonlight)
Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
David Mackenzie (A Qualquer Custo)
Denis Villeneuve (A Chegada)
Denzel Washington (Fences)

MELHOR ATOR
Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
Joel Edgerton (Loving)
Andrew Garfield (Até o Último Homem)
Ryan Gosling (La La Land: Cantando Estações)
Tom Hanks (Sully: O Herói do Rio Hudson)
Denzel Washington (Fences)

MELHOR ATRIZ
Amy Adams (A Chegada)
Annette Bening (20th Century Women)
Isabelle Huppert (Elle)
Ruth Negga (Loving)
Natalie Portman (Jackie)
Emma Stone (La La Land: Cantando Estações)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Mahershala Ali (Moonlight)
Jeff Bridges (A Qualquer Custo)
Ben Foster (A Qualquer Custo)
Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar)
Dev Patel (Lion)
Michael Shannon (Animais Noturnos)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Viola Davis (Fences)
Greta Gerwig (20th Century Women)
Naomie Harris (Moonlight)
Nicole Kidman (Lion)
Janelle Monáe  (Estrelas Além do Tempo)
Michelle Williams (Manchester à Beira-Mar)

MELHOR JOVEM ATOR/ATRIZ
Lucas Hedges (Manchester à Beira-Mar)
Alex R. Hibbert (Moonlight)
Lewis MacDougall (Sete Minutos Depois da Meia-Noite)
Madina Nalwanga (Rainha de Katwe)
Sunny Pawar ( Lion)
Hailee Steinfeld (The Edge of Seventeen)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Luke Davies (Lion)
Tom Ford (Animais Noturnos)
Eric Heisserer (A Chegada)
Todd Komarnicki (Sully: O Herói do Rio Hudson)
Allison Schroeder, Theodore Melfi (Estrelas Além do Tempo)
August Wilson (Fences)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
Barry Jenkins (Moonlight)
Yorgos Lanthimos/Efthimis Filippou (O Lagosta)
Kenneth Lonergan (Manchester à Beira-Mar)
Jeff Nichols (Loving)
Taylor Sheridan (A Qualquer Custo)

MELHOR FOTOGRAFIA
Bradford Young (A Chegada)
Stéphane Fontaine (Jackie)
Linus Sandgren (La La Land: Cantando Estações)
James Laxton (Moonlight)
Seamus McGarvey (Animais Noturnos)

MELHOR FIGURINO
Joanna Johnston (Aliados)
Colleen Atwood (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
Consolata Boyle (Florence: Quem é Essa Mulher?)
Madeline Fontaine (Jackie)
Mary Zophres (La La Land: Cantando Estações)
Eimer Ni Mhaoldomhnaigh (Amor & Amizade)

MELHOR MONTAGEM
Joe Walker (A Chegada)
John Gilbert (Até o Último Homem)
Tom Cross (La La Land: Cantando Estações)
Nat Sanders, Joi McMillon (Moonlight)
Blu Murray (Sully: O Herói do Rio Hudson)

MELHOR CABELO E MAQUIAGEM
Doutor Estranho
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Até o Último Homem
Jackie
Star Trek: Sem Fronteiras

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Patrice Vermette; Paul Hotte, André Valade (A Chegada)
Stuart Craig; James Hambidge, Anna Pinnock (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
Jean Rabasse; Véronique Melery (Jackie)
David Wasco; Sandy Reynolds-Wasco (La La Land: Cantando Estações)
Jess Gonchor; Nancy Haigh (A Lei da Noite)

MELHOR TRILHA MUSICAL
Jóhann Jóhannsson (A Chegada)
Mica Levi (Jackie)
Justin Hurwitz (La La Land: Cantando Estações)
Nicholas Britell (Moonlight)
Dustin O’Halloran, Hauschka (Lion)

MELHOR CANÇÃO
“Audition (The Fools Who Dream)” (La La Land: Cantando Estações)
“City of Stars” (La La Land: Cantando Estações)
“How Far I’ll Go” (Moana – Um Mar de Aventuras)
“Can’t Stop the Feeling!” (Trolls)
“The Rules Don’t Apply” (Rules Don’t Apply)
“Drive It Like You Stole It” (Sing Street)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
A Chegada
Doutor Estranho
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Mogli, o Menino Lobo
Sete Minutos Depois da Meia-Noite

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Procurando Dory
Kubo e as Cordas Mágicas
Moana – Um Mar de Aventuras
The Red Turtle
Trolls
Zootopia

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Elle
The Handmaiden
Julieta
Neruda
O Apartamento
Toni Erdmann

MELHOR ELENCO
Fences
A Qualquer Custo
Estrelas Além do Tempo
Manchester À Beira-Mar
Moonlight
20th Century Women

MELHOR FILME DE AÇÃO
Capitão América: Guerra Civil
Deadpool
Doutor Estranho
Até o Último Homem
Jason Bourne

MELHOR ATOR EM FILME DE AÇÃO
Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho)
Matt Damon (Jason Bourne)
Chris Evans (Capitão América: Guerra Civil)
Andrew Garfield (Até o Último Homem)
Ryan Reynolds (Deadpool)

MELHOR ATRIZ EM FILME DE AÇÃO
Gal Gadot (Batman vs Superman: A Origem da Justiça)
Scarlett Johansson (Capitão América: Guerra Civil)
Margot Robbie (Esquadrão Suicida)
Tilda Swinton (Doutor Estranho)

MELHOR COMÉDIA
Um Espião e Meio
Deadpool
Don’t Think Twice
The Edge of Seventeen
Ave, César!
Dois Caras Legais

MELHOR ATOR EM COMÉDIA
Ryan Gosling (Dois Caras Legais)
Hugh Grant (Florence: Quem é Essa Mulher?)
Dwayne Johnson (Um Espião e Meio)
Viggo Mortensen (Capitão Fantástico)
Ryan Reynolds (Deadpool)

MELHOR ATRIZ EM COMÉDIA
Kate Beckinsale (Amor & Amizade)
Sally Field (Doris, Redescobrindo o Amor)
Kate McKinnon (Caça-Fantasmas)
Hailee Steinfeld (The Edge of Seventeen)
Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?)

MELHOR FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA/TERROR
A Chegada
Doutor Estranho
O Homem nas Trevas
Star Trek: Sem Fronteiras
Rua Cloverfield, 10
A Bruxa

***

A cerimônia do 22º Critics’ Choice Awards acontece dia 11 de dezembro.

PREVISÕES OSCAR 2017! Uma breve espiada nos candidatos

DEPOIS DE POLÊMICAS RACIAIS, OSCAR 2017 PROMETE RESULTADOS MAIS DIVERSIFICADOS

É complicado prever quais filmes serão indicados ao Oscar. Como não disponho de uma bola de cristal, e não tenho credencial de jornalista estrangeiro pra cobrir os festivais internacionais, baseio-me em algumas pistas que costumam render boa porcentagem de acerto. Uma delas é dar aquela olhada básica nas produções que estiveram presentes nos festivais de Veneza (Itália), Toronto (Canadá) e Telluride (EUA), já que todos têm sido pólos artísticos que selecionam futuros vencedores do Oscar nos últimos anos. Só pra citar alguns que seguiram esse tour e saíram vitoriosos no Oscar: Gravidade, Birdman, 12 Anos de Escravidão, O Discurso do Rei e Quem Quer Ser um Milionário?. As produções que passaram por esses festivais já têm meio caminho andado.

Em segundo lugar, estar atento ao histórico dos artistas. Não é porque o novo filme de Steven Spielberg não participou de festivais que vai ficar de fora do burburinho da Academia. Foi assim com Ponte dos Espiões: estreou em outubro de 2015 sem grande alarde e acabou indicado a Melhor Filme e levou a estatueta de Ator Coadjuvante para Mark Rylance. Então, o pensamento é o seguinte: “Tem filme novo de Spielberg, Ang Lee, David O. Russell ou Clint Eastwood? Bota na roda!”. O mesmo vale para atores, que vivem aceitando desafios e chamando a atenção dos votantes da Academia como Christian Bale e obviamente, Meryl Streep, que aliás, pode conquistar sua 20ª indicação: mais um marco histórico!

Meryl Streep como Florence Foster Jenkins (photo by cine.gr)

Meryl Streep como Florence Foster Jenkins (photo by cine.gr)

E neste ano, temos um fator que pode e deve ser determinante nas indicações e vencedores: a polêmica do #OscarSoWhite. Pra quem estava em outro planeta, 2016 foi o segundo ano consecutivo em que todas as 20 vagas nas categorias de atuação foram preenchidas por atores caucasianos. Isso acabou causando protestos e levantando questões raciais na indústria cinematográfica, o que fez com que a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, convidasse artistas negros e de outras etnias como membros com o intuito de dar resultados imediatos na votação. Portanto, as produções de temática racial devem figurar nas listas de previsões e conquistar indicações, inclusive de atores negros como Viola Davis e Denzel Washington.

Ao longo das categorias (veja lista abaixo), você perceberá que nomes de profissionais negros estão em quantidade maior do que a habitual. Como não tivemos a oportunidade de conferir os trabalhos, não podemos acusar ou defender a existência de uma possível retaliação perante o “racismo” dos últimos dois anos. Como já lancei aqui em posts anteriores, teremos um ano bem politicamente correto, e isso deve prejudicar a imagem dos indicados e vencedores, levantando a questão: “Estou ganhando por méritos ou por ser negro?”.

Naomie Harris em Moonlight. Ela pode concorrer como coadjuvante (photo by variety.com)

Naomie Harris em Moonlight. Ela pode concorrer como coadjuvante (photo by variety.com)

Sou contra cotas raciais em quaisquer áreas por esse motivo. A cota julga o beneficiado como incapaz de obter sucesso pelo próprio esforço. E nas Artes, não dá pra obrigar um reconhecimento artístico. Essa atitude será bastante injusta para esses atores negros reconhecidos, pois, por mais que mereçam, correrão sério risco de serem vistos como uma mera resposta à polêmica. E depois? Teremos a revolta dos asiáticos, latinos e índios? Quem sabe uma vaga por raça e religião pra agradar gregos e troianos?

Justamente devido à essa “falta de diversidade”, um dos filmes mais bem cotados se tornou automaticamente o drama independente O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation), já que se trata de uma rebelião de escravos nos EUA. O filme estreou no festival de Sundance em fevereiro, e era até então, o candidato com maior potencial de Oscar. Contudo, a campanha descambelou quando a mídia descobriu que uma jovem, que cometeu suicídio em 2012, teria sido abusada pelo diretor e ator Nate Parker em 1999. Embora tenha sido absolvido na época, a morte da vítima reacendeu o escândalo e tem prejudicado bastante a carreira de Parker e seu filme. A bilheteria de 12 milhões de dólares nos EUA sequer pagou o investimento de 20 milhões que a Fox Searchlight pagou. Por mais que Parker seja indicado e premiado na temporada, sua glória está seriamente ameaçada devido à reação do público e dos demais artistas.

No centro, Nate Parker, o diretor e ator que protagoniza O Nascimento de uma Nação (photo by cine.gr)

No centro, Nate Parker, o diretor e ator que protagoniza O Nascimento de uma Nação (photo by cine.gr)

Claro que a Academia premiou e ainda premia acusados de crimes sexuais como Roman Polanski e Woody Allen, mas como se trata de algo tão recente, tenho minhas dúvidas da participação do filme na temporada. Pude conferir O Nascimento de uma Nação recentemente na 40ª Mostra de Cinema de SP, e particularmente, considero um filme convencional com uma narrativa simples que busca a todo momento estar à altura de seu tema, mas que só consegue oferecer elementos chavões como câmera lenta e trilha musical que busca catarse no público. O recém-oscarizado 12 Anos de Escravidão é muito mais filme se formos comparar pela temática escravista.

Ainda sobre questões raciais, o filme Loving pode ser uma ótima alternativa no Oscar. Indicado à Palma de Ouro, este novo trabalho do diretor Jeff Nichols, apresenta a história verídica de um homem branco que casou com uma mulher negra na Viriginia racista dos anos 50. O amor que ultrapassa barreiras raciais deve chegar ao tapete vermelho, pelo menos através de seus atores Joel Edgerton e Ruth Negga.

Quando o casamento interracial é caso de polícia em Loving: Joel Edgerton e Ruth Negga são coagidos por policiais (photo by cine.gr)

Quando o casamento interracial é caso de polícia em Loving: Joel Edgerton e Ruth Negga são coagidos por policiais (photo by cine.gr)

E ainda nesse contexto, também vale citar o drama racial Fences, baseado numa peça de sucesso da Broadway de 1987. A história de um pai de família, ex-jogador de beisebol, que trabalha como lixeiro na década de 50 racista da Pensilvânia para sustentar sua família foi renovada como peça teatral em 2010 pela mesma equipe do filme, com Denzel Washington dirigindo, e estrelando ao lado de Viola Davis. Muitos já consideram certas as indicações para ator e atriz (ou atriz coadjuvante).

Parceria de sucesso entre Denzel Washington e Viola Davis pode resultar em Oscar para Fences (photo by cine.gr)

Parceria de sucesso entre Denzel Washington e Viola Davis pode resultar em Oscar para Fences (photo by cine.gr)

Aliás, os temas são fatores de desequilíbrio quando se trata de candidatos ao Oscar de Melhor Filme. Filmes de guerra como Até o Último Homem (Hacksaw Ridge) tem como protagonista um soldado médico que foi à guerra sem armas por não acreditar na violência, trazendo uma mensagem anti-bélica que pode resgatar o diretor Mel Gibson de seu ostracismo depois de suas declarações anti-semitas.

Cena de Até o Último Homem, dirigido por Mel Gibson. À direita, o protagonista Andrew Garfield, e à esquerda, Vince Vaughn (photo by cine.gr)

Cena de Até o Último Homem, dirigido por Mel Gibson. À direita, o protagonista Andrew Garfield, e à esquerda, Vince Vaughn (photo by cine.gr)

O drama histórico de Martin Scorsese, Silêncio, também tem boas chances por se tratar de um drama histórico de dois padres jesuítas no Japão do século XVII. Além de contar com destaques técnicos como Direção de Arte, Figurino e Fotografia, e o próprio prestígio de Scorsese, o filme tem parte do elenco japonês, o que pode ajudar na questão da “diversidade racial” da Academia.

Cena do novo filme de Martin Scorsese, estrelado por Andrew Garfield (photo by cine.gr)

Cena do novo filme de Martin Scorsese, estrelado por Andrew Garfield (photo by cine.gr)

Claro que a temporada está apenas começando, mas até o momento, boa parte da crítica acredita que o novo filme de Ang Lee tem as melhores chances. A Longa Caminhada de Billy Lynn tem elementos típicos da filmografia do diretor, como a entrega do protagonismo para um ator desconhecido (no caso, Joe Alwyn), e uma grande história: o soldado Billy volta do Iraque para um tour de vitória pelos EUA, intercalando com flashbacks do que realmente aconteceu na guerra. Esse tema era muito bem explorado pelo diretor Oliver Stone (que ganhou dois Oscars por filmes anti-bélicos Platoon e Nascido em 4 de Julho), e costuma agradar a Academia por expôr as entranhas da guerra e sua forte conexão com os EUA.

Cena de comemorações em A Longa Caminhada de Billy Lynn, de Ang Lee (photo by cine.gr)

Cena de comemorações em A Longa Caminhada de Billy Lynn, de Ang Lee (photo by cine.gr)

Não sei quais as reais chances de vitória como Melhor Filme, mas dois candidatos prometem fazer barulho nesta temporada: o drama tenso Animais Noturnos e o musical La La Land: Cantando Estações (pois é, queria esganar quem inventou esse subtítulo escroto!). Curiosamente, ambos saíram premiados no último festival de Veneza e participaram do festival de Toronto. Animais Noturnos é nada mais, nada menos do que o segundo longa do conhecido estilista Tom Ford, que dirigiu o belo Direito de Amar, com atuação soberba de Colin Firth. Depois que conferi o filme na Mostra, foi a obra que mais fiquei pensando por dias, pois tem sequências bem tensas e uma direção com personalidade. Particularmente, não acredito que seja material para Oscar porque tem a coisa da violência e do sexo (vide o fracasso de Os Suspeitos, de Denis Villeneuve no Oscar), e não há um ator que eu possa garantir que receberá uma indicação ao Oscar, mesmo que Aaron Taylor-Johnson e Laura Linney estejam bem, então restaria uma bastante justa indicação para Ford na direção.

Jake Gyllenhaal em cena de Animais Noturnos, segundo filme sob a direção de Tom Ford (photo by cine.gr)

Jake Gyllenhaal em cena de Animais Noturnos, segundo filme sob a direção de Tom Ford (photo by cine.gr)

La La Land já gerou burburinho a partir de seu trailer todo bonito e colorido. É o tipo de trabalho que, por pior que seja sua história, vale a pena ver pelo apuro visual. Mas como fã de Damien Chazelle e seu Whiplash: Em Busca da Perfeição, aposto num musical bem escrito e com ótima montagem. Aliás, além da montagem, a fotografia e a direção são categorias praticamente garantidas no Oscar, assim como a segunda indicação para Emma Stone, que já faturou o prêmio Volpi Cup de Atriz em Veneza e deve conquistar o Globo de Ouro de Atriz – Comédia ou Musical.

Coreografia do musical de Damien Chazelle, La La Land, com Ryan Gosling e Emma Stone (photo by cine.gr)

Coreografia do musical de Damien Chazelle, La La Land, com Ryan Gosling e Emma Stone (photo by cine.gr)

Manchester à Beira-Mar foi o drama que mais reviews positivos recebeu até o momento. Dirigido pelo sempre competente Kenneth Lonnergan, o filme praticamente garante as indicações de Casey Affleck como Ator, e Michelle Williams como Atriz Coadjuvante, além de uma possível para o novato Lucas Hedges como Coadjuvante. A história gira em torno de um tio que precisa cuidar de seu sobrinho após a morte do pai. Dependendo de como vai se sair nos prêmios da crítica como LAFCA e NYFCC, pode surgir como forte candidato a Melhor Filme.

Segundo críticos, Casey Affleck entrega a performance de sua vida em Manchester à Beira-Mar (photo by moviepilot.de)

Segundo críticos, Casey Affleck entrega a performance de sua vida em Manchester à Beira-Mar (photo by moviepilot.de)

Enfim, sem mais delongas, seguem minhas apostas para o momento. Assinalei aqueles que acredito que convertem seu favoritismo em indicação na cor laranja. Lembrando que de novembro até fevereiro, muita coisa pode mudar de acordo com as premiações anteriores ao Oscar, as bilheterias de cada filme, e até mesmo declarações polêmicas que podem ruir toda uma campanha.

MELHOR FILME

  • A Chegada (Arrival)
  • A Longa Caminhada de Billy Lynn (Billy Lynn’s Long Halftime Walk)
  • O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation)
  • Fences
  • Até o Último Homem (Hacksaw Ridge)
  • Hell or High Water
  • Estrelas Além do Tempo (Hidden Figures)
  • Jackie
  • La La Land: Cantando Estações (La La Land)
  • A Luz Entre Oceanos (The Light Between Oceans)
  • Lion
  • Loving
  • Manchester à Beia-Mar (Manchester by the Sea)
  • Moonlight
  • Animais Noturnos (Nocturnal Animals)
  • Silêncio (Silence)
  • Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully)
  • 20th Century Women

Talvez seja a categoria mais complicada de adivinhar, afinal, temos que levar em consideração todas as demais categorias que podem resultar em maior número de estatuetas ganhas. E, claro, a história do filme conta muuuuito. Vejam a vitória de Spotlight nesse ano! Conseguiu ganhar apenas mais um Oscar além de Melhor Filme devido ao peso de sua história verídica.

A Academia adora histórias edificantes, com redenções e humanismo. Nesse quesito, os já citados A Longa Caminhada de Billy Lynn, Até o Último Homem e Fences saem na frente. Também incluiria Estrelas Além do Tempo, que envolve um pequeno grupo de mulheres negras que foi essencial através de seus conhecimentos matemáticos na corrida espacial da NASA contra a Rússia; e o novo filme de Clint Eastwood, Sully: O Herói do Rio Hudson, pela trajetória verídica do piloto de aeronave que pousou o avião no rio para salvar seus passageiros e tripulação. Sim, lembra um pouco o filme O Vôo com Denzel Washington, mas Eastwood e Tom Hanks costumam ter mais prestígio no Oscar.

Particularmente, acredito bastante numa vitória de La La Land. Embora o gênero musical tenha perdido aquela onda dos anos 50 e 60, a Academia nunca deixou de amá-lo. Premiou Moulin Rouge – Amor em Vermelho com dois Oscars em 2001, Chicago como Melhor Filme em 2003, e mais recentemente Os Miseráveis com duas estatuetas. E este novo trabalho de Damien Chazelle, diretor de Whiplash: Em Busca da Perfeição, vem arrancando muitos aplausos desde sua estréia em Veneza e Toronto. Alguns, inclusive, já defendem a vitória incontestável de Emma Stone como atriz. Será?

DIRETOR

  • Ben Affleck (A Lei da Noite)
  • Warren Beatty (Rules Don’t Apply)
  • Damien Chazelle (La La Land)
  • Garth Davis (Lion)
  • Clint Eastwood (Sully: O Herói do Rio Hudson)
  • Tom Ford (Animais Noturnos)
  • Stephen Frears (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Mel Gibson (Até o Último Homem)
  • Barry Jenkins (Moonlight)
  • Pablo Larraín (Jackie)
  • Ang Lee (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Kenneth Lonnergan (Manchester à Beira-Mar)
  • Mike Mills (20th Century Women)
  • Jeff Nichols (Loving)
  • Martin Scorsese (Silêncio)
  • Oliver Stone (Snowden)
  • Morten Tyldum (Passageiros)
  • Denis Villeneuve (A Chegada)
  • Denzel Washington (Fences)

Mesmo sem sequer ter lançado o trailer de Silêncio, Martin Scorsese já está em todas as listas do Oscar 2017 por causa de sua reputação. Aliás, considero Scorsese um caso raríssimo em que a estatueta do Oscar lhe rendeu muito mais maturidade e sabedoria na escolha de projetos. Pra mim, O Lobo de Wall Street e A Invenção de Hugo Cabret, que vieram depois do premiado Os Infiltrados, são ótimos filmes e com ousadia de linguagem. Portanto, vou com os especialistas e incluir seu nome como certo.

Damien Chazelle em set de La La Land: Cantando Estações (photo by lionsgatepublicity.com)

Damien Chazelle em set de La La Land: Cantando Estações (photo by lionsgatepublicity.com)

Em seguida, por mais jovem que seja, Damien Chazelle já merecia ter sido indicado ao Oscar de Diretor em 2015 por Whiplash, dessa forma, acredito que seja natural sua indicação nesta categoria por La La Land. Ele tem um forte apuro técnico na fotografia e na montagem, além de ser um ótimo roteirista, que busca algo inovador (quem não curtiu aquele final de Whiplash?), o que deve lhe garantir vaga na final.

Vencedor de 2 Oscars de Diretor, o taiwanês Ang Lee é aquele profissional competente que sempre tem algo de novo pra mostrar. É um dos raros diretores que consegue mudar de gênero sem perder sua capacidade de contar bem uma história. Por mais que ache difícil ele ganhar o terceiro Oscar, não deve ter dificuldade de figurar entre os cinco indicados.

Por mais que esteja pegando carona na polêmica do #OscarSoWhite, o trabalho de direção de Denzel Washington em Fences tem sido bastante elogiado.

ATOR

  • Casey Affleck (Manchester à Beira-Mar)
  • Don Cheadle (Miles Ahead)
  • Robert De Niro (The Comedian)
  • Joel Edgerton (Loving)
  • Michael Fassbender (A Luz Entre Oceanos)
  • Andrew Garfield (Até o Último Homem) (Silêncio)
  • Joseph Gordon-Levitt (Snowden)
  • Ryan Gosling (La La Land)
  • Jake Gyllenhaal (Animais Noturnos)
  • Tom Hanks (Sully)
  • Ethan Hawke (Born to be Blue)
  • Michael Keaton (Fome de Poder)
  • Matthew McConaughey (Ouro e Cobiça)
  • Viggo Mortensen (Capitão Fantástico)
  • Nate Parker (O Nascimento de uma Nação)
  • Will Smith (Beleza Oculta)
  • Miles Teller (Bleed for This)
  • Denzel Washington (Fences)

De acordo com os sites de apostas, os únicos “garantidos” na categoria até o momento são Casey Affleck e Denzel Washington. Ambos tiveram suas performances muito bem elogiadas e seriam muito improváveis suas ausências no tapete vermelho. Se confirmadas as previsões, seria a segunda indicação de Affleck (a primeira como ator principal), e a sétima indicação de Washington, que pode levar seu terceiro Oscar depois de Coadjuvante por Tempo de Glória (1989) e Ator por Dia de Treinamento (2001).

À direita, Casey Affleck contracena com Kyle Chandler em cena de Manchester à Beira-Mar (photo by moviepilot.de)

À direita, Casey Affleck contracena com Kyle Chandler em cena de Manchester à Beira-Mar (photo by moviepilot.de)

Quase garantido também está Joel Edgerton. Este ator australiano que já participou de grandes produções hollywoodianas como O Grande Gatsby (2013) e Êxodo: Deuses e Reis (2014), vem chamando atenção em papéis mais discretos como em Guerreiro (2011), Aliança do Crime (2015) e O Presente (2015), que também dirigiu. No papel verídico de Richard em Loving, arrancou aplausos em Cannes. Se o filme receber indicações para Filme e Roteiro, suas chances de vitória aumentam bastante.

Existem dois atores mais experientes que viveram músicos este ano que podem entrar na penetra na festa. Don Cheadle como Miles Davis em Miles Ahead, e Ethan Hawke como Chet Baker em Born to be Blue. Como a Academia adora personagens baseados em figuras reais, e sempre tem lugar para produções independentes, por que não?

ATRIZ

  • Amy Adams (Animais Noturnos) (A Chegada)
  • Annette Bening (20th Century Women)
  • Emily Blunt (A Garota no Trem)
  • Jessica Chastain (Miss Sloane)
  • Marion Cotillard (Aliados)
  • Rebecca Hall (Christine)
  • Taraji P. Henson (Estrelas Além do Tempo)
  • Isabelle Huppert (Elle)
  • Jennifer Lawrence (Passageiros)
  • Ruth Negga (Loving)
  • Natalie Portman (Jackie)
  • Emma Stone (La La Land: Cantando Estações)
  • Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Alicia Vikander (A Luz Entre Oceanos)
  • Rachel Weisz (Denial)

Quando vi o trailer de Fences, já havia decretado que 2017 seria o ano de Viola Davis. Além de já ter tido a oportunidade de ganhar o Oscar em duas vezes, e estar em alta na série How to Get Away With Murder, a polêmica da ‘diversidade’ certamente garantiria sua vitória. Mas recentemente, após conferir o filme, ela decidiu que sua personagem era coadjuvante, e que portanto, concorreria como uma.

Com o caminho aberto, os holofotes apontam para Emma Stone, que saiu premiada do último Festival de Veneza por La La Land.  Apesar de jovem (tem 28 anos), ela tem se mostrado bem versátil. Já trabalhou com comédias besteirol (A Casa das Coelhinhas), drama (Birdman), animação (Os Croods), comédia romântica (A Mentira), blockbuster (O Espetacular Homem-Aranha), terror (se considerarmos Zumbilândia) já atuou sob a batuta de Woody Allen duas vezes, e agora canta num musical!

Emma Stone em cena do musical La La Land: Cantando Estações (photo by tumblr.com)

Emma Stone em cena do musical La La Land: Cantando Estações (photo by tumblr.com)

Não se sabe se suas concorrentes terão força para bater de frente, mas Natalie Portman promete muita luta por Jackie, no qual vive a ex-primeira dama no momento crítico após o assassinato de seu marido. Estão falando bem de Amy Adams em A Chegada, o que poderia render sua sexta (!) indicação, e uma das raras para atriz em ficção científica. Particularmente, acho que ela só ganha se ela passar por alguma transformação física (será que só eu penso assim?), mas… Caso ela não agrade, temos sempre Meryl Streep à mão, que aliás se transforma em Florence Foster Jenkins, considerada a pior cantora de todos os tempos. Se cuide, Amy!

ATOR COADJUVANTE

  • Mahershala Ali (Moonlight)
  • Warren Beatty (Rules Don’t Apply)
  • Jeff Bridges (Hell or High Water)
  • Kevin Costner (Estrelas Além do Tempo)
  • John Goodman (Rua Cloverfield 10)
  • Hugh Grant (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Lucas Hedges (Manchester à Beira Mar)
  • Stephen Henderson (Fences)
  • Steve Martin (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Liam Neeson (Silêncio)
  • Dev Patel (Lion)
  • Michael Shannon (Animais Noturnos)
  • Timothy Spall (Denial)
  • Aaron Taylor-Johnson (Animais Noturnos)

Das atuações coadjuvantes mais comentadas até agora foi de Lucas Hedges, como o sobrinho que passa a ser criado pelo tio após a morte do pai. Ele seria o comic relief (alívio cômico) de uma trama sobre luto e passado trágico. Esse tipo de papel apresenta elementos que o fazem se destacar num drama, iluminando ainda mais uma atuação, e de quebra, a Academia adora esse tipo de personagem. Acredito que pelo menos um dos três atores possivelmente indicados de Manchester à Beira-Mar deva levar uma estatueta pra casa. Se Casey Affleck não ganhar, temos Lucas Hedges…

À direita, Lucas Hedges atua ao lado de Casey Affleck em Manchester à Beira-Mar (photo by shootlonline.com)

À direita, Lucas Hedges atua ao lado de Casey Affleck em Manchester à Beira-Mar (photo by shootlonline.com)

Na cola de Hedges, outros dois nomes estão crescendo na temporada. Mahershala Ali em Moonlight tem despertado os críticos num drama que contém bullying, pobreza, drogas e família em frangalhos, tanto que já foi comparado a Preciosa: Uma História de Esperança (2009). E o eterno Schindler, Liam Neeson, que deu um tempo nos filmes de ação (não, não tenho nada contra, tanto que adoro o primeiro Busca Implacável) para trabalhar com Martin Scorsese em Silêncio. Como o filme só terá exibição em dezembro, não se sabe praticamente nada sobre a produção, mas quando um ator desse calibre entra num projeto de Scorsese, cheiro de indicação já tem automaticamente.

ATRIZ COADJUVANTE

  • Viola Davis (Fences)
  • Elle Fanning (20th Century Women)
  • Greta Gerwig (20th Century Women)
  • Naomie Harris (Moonlight)
  • Felicity Jones (Sete Minutos Depois da Meia-Noite)
  • Nicole Kidman (Lion)
  • Aja Naomi King (O Nascimento de uma Nação)
  • Sasha Lane (American Honey)
  • Margo Martindale (The Hollars)
  • Janelle Monáe (Estrelas Além do Tempo)
  • Lupita Nyong’o (Rainha de Katwe)
  • Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo)
  • Kristen Stewart (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Michelle Williams (Manchester à Beira Mar)
Viola Davis em Fences

Viola Davis em Fences

Muitos já decretaram a vitória de Viola Davis nesta categoria por Fences. Se a transição da campanha de Atriz para Atriz Coadjuvante realmente se concretizar como o estúdio e ela mesma deseja, será muito difícil não entregar o prêmio em suas mãos, já que, além de sua atuação ter sido bem elogiada, ela já foi indicada 2 vezes ao Oscar e está em alta com o público através da série How to Get Away With Murder. E além disso tudo, é uma das melhores atrizes de sua geração. Ela consegue transformar uma única cena de um papel menor em ouro como aconteceu em Dúvida.

Talvez a candidata mais forte depois de Davis, seja Naomie Harris que, além de satisfazer a “diversidade”, interpreta um papel forte de uma mãe viciada em crack no drama Moonlight. Pelas críticas que acompanhei, ela foge do estereótipo e entrega uma performance densa sem apelar. O fato de ela ser conhecida do público por ser o nova Miss Moneypenny na franquia do 007 ajuda bastante, claro.

Outra atuação bem comentada nessa temporada é a de Nicole Kidman como uma mãe que vê seu filho adotado sair em busca de seus pais biológicos. Como Lion tem a grande Weinstein Co. por trás da campanha, acredito que Kidman tem lugar garantido.

ROTEIRO ORIGINAL

  • Steven Knight (Aliados)
  • Andrea Arnold (American Honey)
  • Woody Allen (Café Society)
  • Matt Ross (Capitão Fantástico)
  • Taylor Sheridan (Hell or High Water)
  • Noah Oppenheim (Jackie)
  • Damien Chazelle (La La Land: Cantando Estações)
  • Yorgos Lanthimos e Efthymis Filippou (O Lagosta)
  • Jeff Nichols (Loving)
  • Kenneth Lonnergan (Manchester à Beira-Mar)
  • Barry Jenkins (Moonlight)
  • Mike Mills (20th Century Women)
Cena do drama independente Moonlight, de Barry Jenkins (photo by cine.gr)

Cena do drama independente Moonlight, de Barry Jenkins (photo by cine.gr)

ROTEIRO ADAPTADO

  • Eric Heisserer (A Chegada)
  • Jean-Christophe Castelli (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • David Hare (Denial)
  • August Wilson (Fences)
  • Robert D. Siegel (Fome de Poder)
  • Erin Cressida Wilson (A Garota no Trem)
  • Allison Schroeder e Theodore Melfi (Estrelas Além do Tempo)
  • Luke Davies (Lion)
  • Ben Affleck (A Lei da Noite)
  • Whit Stillman (Love & Friendship)
  • Patrick Ness (Sete Minutos Depois da Meia-Noite)
  • Tom Ford (Animais Noturnos)
  • Jay Cocks (Silêncio)
  • Todd Komarnicki (Sully: O Herói do Rio Hudson)
Dev Patel em cena de Lion (photo by cine.gr)

Dev Patel em cena de Lion (photo by cine.gr)

FOTOGRAFIA

  • Bradford Young (A Chegada)
  • John Toll (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Charlotte Bruus Christensen (Fences)
  • Robert Elswit (Ouro e Cobiça)
  • Roger Deakins (Ave, César!)
  • Mandy Walker (Estrelas Além do Tempo)
  • Stéphane Fontaine (Jackie)
  • Bill Pope (Mogli: O Menino Lobo)
  • Linus Sandgren (La La Land: Cantando Estações)
  • Robert Richardson (A Lei da Noite)
  • Adam Stone (Loving)
  • James Laxton (Moonlight)
  • Seamus McGarvey (Animais Noturnos)
  • Rodrigo Prieto (Silêncio)
Fotografia de A Chegada, de Denis Villeneuve (photo by moviepilot.de)

Fotografia de Bradford Young de A Chegada, de Denis Villeneuve (photo by moviepilot.de)

MONTAGEM

  • Joe Walker (A Chegada)
  • Tim Squyres (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Steven Rosenblum (O Nascimento de uma Nação)
  • John Gilbert (Até o Último Homem)
  • Sebastián Sepúlveda (Jackie)
  • Mark Livolsi (Mogli: O Menino Lobo)
  • Tom Cross (La La Land: Cantando Estações)
  • Alexandre de Franceschi (Lion)
  • William Goldenberg (A Lei da Noite)
  • Joi McMillon e Nat Sanders (Moonlight)
  • Joan Sobel (Animais Noturnos)
  • Ruy Diaz e Thelma Schoonmaker (Silêncio)
  • Jabez Olssen (Rogue One: Uma História Star Wars)
  • Blu Murray (Sully: O Herói do Rio Hudson)
Tom Hanks como o piloto em Sully: O Herói do Rio Hudson (photo by moviepilot.de)

Tom Hanks como o piloto em Sully: O Herói do Rio Hudson (photo by moviepilot.de)

DIREÇÃO DE ARTE

  • Gary Freeman (Aliados)
  • Patrice Vermette (A Chegada)
  • Rick Carter (O Bom Gigante Amigo)
  • Mark Friedberg (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • Charles Wood (Doutor Estranho)
  • Stuart Craig (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
  • Alan MacDonald (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Jess Gonchor (Ave, César!)
  • Jean Rabasse (Jackie)
  • Christopher Glass (Mogli: O Menino Lobo)
  • David Wasco (La La Land: Cantando Estações)
  • Jess Gonchor (A Lei da Noite)
  • Gavin Bocquet (O Lar das Crianças Peculiares)
  • Eugenio Caballero (Sete Minutos Depois da Meia-Noite)
  • Guy Hendrix Dyas (Passageiros)
  • Jeannine Oppewall (Rules Don’t Apply)
  • Dante Ferretti (Silêncio)
No centro, Eddie Redmayne em Animais Fantásticos e Onde Habitam (photo by cine.gr)

No centro, Eddie Redmayne em Animais Fantásticos e Onde Habitam (photo by cine.gr)

FIGURINO

  • Joanna Johnston (Aliados)
  • Colleen Atwood (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
  • Sharen Davis (Fences)
  • Consolata Boyle (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Mary Zophres (Ave, César!)
  • Seong-hie Ryu (The Handmaiden)
  • Madeline Fontaine (Jackie)
  • Mary Zophres (La La Land: Cantando Estações)
  • Jacqueline West (A Lei da Noite)
  • Colleen Atwood (O Lar das Crianças Peculiares)
  • Albert Wolsky (Rules Don’t Apply)
  • Dante Ferretti (Silêncio)
Figurinos de Colleen Atwood em O Lar das Crianças Peculiares (photo by cine.gr)

Figurinos de Colleen Atwood em O Lar das Crianças Peculiares (photo by cine.gr)

MAQUIAGEM

  • Deadpool
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Florence: Quem é Essa Mulher?
  • Até o Último Homem
  • O Lar das Crianças Peculiares
  • Rogue One: Uma História Star Wars
  • Silêncio
  • Star Trek: Sem Fronteiras
Sofia Boutella em cena de Star Trek: Sem Fronteiras (photo by cine.gr)

Sofia Boutella em cena de Star Trek: Sem Fronteiras (photo by cine.gr)

TRILHA MUSICAL ORIGINAL

  • Alan Silvestri (Aliados)
  • Jóhann Jóhannsson (A Chegada)
  • John Williams (O Bom Gigante Amigo)
  • Jeff Danna e Mychael Danna (A Longa Caminhada de Billy Lynn)
  • James Newton Howard (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
  • Thomas Newman (Procurando Dory)
  • Alexandre Desplat (Florence: Quem é Essa Mulher?)
  • Pharrell Williams e Hans Zimmer (Estrelas Além do Tempo)
  • Mica Levi (Jackie)
  • John Debney (Mogli: O Menino Lobo)
  • Justin Hurwitz (La La Land: Cantando Estações)
  • Alexandre Desplat (A Luz Entre Oceanos)
  • Volker Bertelmann e Dustin O’Halloran (Lion)
  • Opetaia Foa’i, Mark Mancina e Lin-Manuel Miranda (Moana – Um Mar de Aventuras)
  • Abel Korzeniowski (Animais Noturnos)
  • Thomas Newman (Passageiros)
  • Michael Giacchino (Rogue One: Uma História Star Wars)
  • Michael Giacchino (Zootopia)

CANÇÃO ORIGINAL

  • “I See a Victory” (Estrelas Além do Tempo)
  • “Audition (The Fools Who Dream”) (La La Land: Cantando Estações)
  • “City of Stars” (La La Land: Cantando Estações)
  • “Never Give Up” (Lion)
  • “How Far I’ll Go” (Moana – Um Mar de Aventuras)
  • “The Great Beyond” (Festa da Salsicha)
  • “Faith” (Sing: Quem Canta Seus Males Espanta)
  • “A Letter to the Free” (The 13th)
  • “Can’t Stop the Feeling!” (Trolls)

SOM

  • Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
  • Até o Último Homem
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Jason Bourne
  • Mogli: O Menino Lobo
  • La La Land: Cantando Estações
  • A Lei da Noite
  • Passageiros
  • Silêncio
  • Rogue One: Uma História Star Wars
  • Star Trek: Sem Fronteiras
  • Sully: O Herói do Rio Hudson

EFEITOS SONOROS

  • 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi
  • A Chegada
  • Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
  • Doutor Estranho
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Até o Último Homem
  • A Lei da Noite
  • Passageiros
  • Rogue One: Uma História Star Wars
  • Silêncio
  • Star Trek: Sem Fronteiras
  • Sully: O Herói do Rio Hudson

EFEITOS VISUAIS

  • O Bom Gigante Amigo
  • Capitão América: Guerra Civil
  • Animais Fantásticos e Onde Habitam
  • Doutor Estranho
  • Mogli: O Menino Lobo
  • O Lar das Crianças Peculiares
  • Sete Minutos Depois da Meia-Noite
  • Passageiros
  • Meu Amigo, O Dragão
  • Rogue One: Uma História Star Wars
  • Star Trek: Sem Fronteiras
  • X-Men: Apocalipse
  • Warcraft
Efeitos visuais de Doutor Estranho (photo by moviepilot.de)

Efeitos visuais de Doutor Estranho (photo by moviepilot.de)

LONGA DE ANIMAÇÃO

  • Angry Birds: O Filme
  • Kubo e as Cordas Mágicas
  • Kung Fu Panda 3
  • Moana – Um Mar de Aventuras
  • Procurando Dory
  • O Pequeno Príncipe
  • Miss Hokusai
  • The Red Turtle 
  • Festa da Salsicha
  • A Vida Secreta dos Pets
  • Sing: Quem Canta Seus Males Espanta
  • Trolls
  • Zootopia
Cena de The Red Turtle, de Michael Dudok de Wit (photo by cine.gr)

Cena de The Red Turtle, de Michael Dudok de Wit (photo by cine.gr)

FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

  • Afterimage, de Andrzej Wajda (Polônia)
  • Barakah Meets Barakah, de Mahmoud Sabbagh (Arábia Saudita)
  • De Longe te Observo, de Lorenzo Vigas (Venezuela)
  • Desierto, de Carlos Cuarón (México)
  • A Distinguished Citizen, de Gastón Duprat e Mariano Cohn (Argentina)
  • Elle, de Paul Verhoeven (França)
  • Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi (Itália)
  • O Ídolo, de Hany Abu Assad (Palestina)
  • It’s Only the End of the World, de Xavier Dolan (Canadá)
  • Julieta, de Pedro Almodóvar (Espanha)
  • Land of Mine, de Martin Zandvliet (Dinamarca)
  • Ma’Rosa, de Brillante Mendoza (Filipinas)
  • Morte em Sarajevo, de Danis Tanovic (Bósnia Herzegovina)
  • Neruda, de Pablo Larraín (Chile)
  • Toni Erdmann, de Maren Ade (Alemanha)
  • O Apartamento, de Asghar Farhadi (Irã)
Cena do iraniano The Salesman, que dialoga com a obra literária de Arthur Miller. Com o histórico de vitória no Oscar, Asghar Farhadi praticamente garante sua presença no Oscar 2017, na opinião deste humilde blogueiro. (photo by cine.gr)

Cena do iraniano The Salesman, que dialoga com a obra literária de Arthur Miller. Com o histórico de vitória no Oscar, Asghar Farhadi praticamente garante sua presença no Oscar 2017, na opinião deste humilde blogueiro. (photo by cine.gr)

Na lista, existem nomes fortes na disputa, como o espanhol Pedro Almodóvar com Julieta, e o canadense Xavier Dolan com It’s Only the End of the World, mas eu, particularmente, aposto nas indicações de Neruda, de Pablo Larraín (Chile) – até mesmo porque o diretor também é responsável por Jackie, estrelado por Natalie Portman – e The Salesman, de Asghar Farhadi (Irã) – ele já venceu em 2012 com A Separação e este novo filme dialoga com a obra de Arthur Miller, “A Morte de um Caixeiro-Viajante”. Também não descartaria os vencedores de prêmios de festivais como o documentário italiano Fogo no Mar, de Gianfranco Rosi, que levou o Urso de Ouro em Berlim; o drama venezuelano De Longe te Observo, de Lorenzo Vigas, que ganhou o Leão de Ouro 2015. Gostaria muito que o representante francês Elle recebesse uma indicação, pois idolatro o diretor Paul Verhoeven. Mas as chances são mínimas, já que seu filme retrata um tema polêmico (estupro) sob uma perspectiva… bem, digamos, “Verhoevenesca”, à la provocateur. Espero que a tal “diversidade” também atinja a categoria mais conservadora do Oscar…

***

As indicações ao Oscar 2017 serão anunciadas ao vivo no dia 24 de janeiro, e a cerimônia está marcada para o dia 26 de fevereiro.