‘A FORMA DA ÁGUA’ lidera o CRITICS’ CHOICE AWARDS com 14 INDICAÇÕES

shape-of-water-final-trailer

Indicada para Melhor Atriz, Sally Hawkins, em cena de A Forma da Água

EM SUA 23ª EDIÇÃO, O CRITICS’ CHOICE DESTACA NOVO FILME DO MEXICANO GUILLERMO DEL TORO

OK, acabou a brincadeira: a Bolha Assassina do Critics’ Choice Awards liberou seus quinhentos indicados em suas duzentas categorias. E como se não bastassem seis indicados por categoria, agora eles fizeram uma licença poética e ampliaram para sete indicados nas categorias de Diretor, Ator e Atriz Coadjuvante. Daqui a pouco, vai ter atores do Framboesa de Ouro entre os indicados!

Podem me considerar um crítico chato, mas a cada ano que passa, estou pegando mais “bode” do Critics’ Choice Awards. Além de ser um prêmio sem personalidade nenhuma (só se preocupam em acertar os vencedores do Oscar), eles se expandem todo ano, mas se esquecem de valorizar seus próprios convidados. Ano passado, entregaram vários prêmios no tapete vermelho (pra não dizer no porão da casa), inclusive o de Roteiro (!!!), porque obviamente não havia tempo pra tanta categoria ao vivo. Acho um descaso total; se for assim “nas coxas”, melhor excluir!

E outra coisa: eles se gabam tanto de serem a melhor prévia do Oscar (posto anteriormente ocupado pelo Globo de Ouro), mas será mesmo que a bola de cristal deles está funcionado? Dos últimos 4 vencedores do prêmio de Melhor Filme, eles acertaram dois: 12 Anos de Escravidão e Spotlight, e erraram com Boyhood e La La Land. Pra mim, prévia certeira é aquela próxima de 100%… Honestamente, não entendo o crescimento de popularidade desse prêmio, tirando o fato de que daqui a pouco vai ter mais gente indicada do que não-indicada no mundo.

CRITICS’ CHOICE E SEUS NÚMEROS

Bom, vamos aos fatos desta 23ª edição. Primeiramente, A Forma da Água conseguiu 14 indicações, um número muito alto, mas explicável por se tratar de um filme tecnicamente bem feito, possibilitando reconhecimento em Direção de Arte, Fotografia e Trilha Musical, por exemplo. Dessas 14 indicações, apenas uma pertence a uma categoria inexistente no Oscar: Melhor Filme de Ficção Científica ou Terror, portanto o filme de Guillermo del Toro pode também ser o recordista de indicações do próximo Oscar.

Curiosamente, A Forma da Água abriu uma ampla vantagem de 6 indicações em relação aos filmes que ficaram em segundo lugar. Me Chame Pelo Seu Nome, Dunkirk, Lady Bird e The Post: A Guerra Secreta obtiveram oito indicações cada. Vale ressaltar que desses quatro títulos, três ganharam prêmios de Melhor Filme recentemente: O LAFCA premiou Me Chame Pelo Seu Nome, o NYFCC premiou Lady Bird e o NBR premiou The Post, ou seja, existe uma diversidade muito boa de títulos com possibilidades de vitória no Oscar.

Ainda sobre números, importante destacar a tripla indicação para o ator e roteirista paquistanês Kumail Nanjiani. Além de ter sido indicado a Melhor Ator em Comédia e Roteiro Adaptado com o filme Doentes de Amor (The Big Sick), ele foi reconhecido por sua performance cômica na série The Sillicon Valley. Embora seja o recordista individual desta edição, existe boa possibilidade de ele ser triplo perdedor.

the-big-sick-mit-zoe-kazan-und-kumail-nanjiani.jpg

Zoe Kazan e Kumail Nanjiani em cena de Doentes de Amor (pic by moviepilot.de)

Outros artistas acumularam duas indicações individuais. São os casos da diretora e roteirista de Lady Bird, Greta Gerwig; do diretor e ator de Artista do Desastre, James Franco; da atriz Tiffany Hadish que compete como Atriz Coadjuvante e Atriz em Comédia por Viagem das Garotas; do diretor e roteirista de Três Anúncios Para um Crime, Martin McDonagh; e obviamente, do diretor e roteirista Guillermo del Toro.

SURPRESAS E AUSÊNCIAS

Eu sei, você deve ter pensado: “É possível ter ausências com sete indicados?”. Pois é, na reunião de condomínio da categoria de Melhor Diretor, faltou uma vaguinha para Sean Baker, que na semana passada foi reconhecido pelo NYFCC por Projeto Flórida. A verdade é que ele pode se ausentar de qualquer lista, EXCETO na seleção do Directors Guild of America (DGA), onde se separa o joio do trigo.

Com menos chances, poderia citar aqui também o nome de Dee Rees, a jovem diretora negra (ou como dizem hoje “afrodescendente”) do drama Mudbound. Não sei dizer se o fato do filme ser produção da Netflix e não ser exibido em telas de cinema enfraqueceu sua campanha, mas até então eu acreditava que este ano poderia ser o ano das mulheres na direção no Oscar. Além dela, existem chances para Greta Gerwig, Kathryn Bigelow, Angelina Jolie e Sofia Coppola. Não, não me venham com Patty Jenkins por Mulher-Maravilha

Roots

Mary J. Blige recebe orientações da diretora Dee Rees em set de Mudbound

Nas categorias de atuação, por mais que haja seis (ou sete) vagas e as categorias de atuação de comédia e de ação, sempre vai haver algum nome faltando. Este ano, este ator excluído é Robert Pattison. Sempre passei longe desses filmes de Crepúsculo que ele estrelou, mas depois de ver sua atuação em Bom Comportamento, passei a enxergá-lo como um ator promissor. Acho que boa parte do crédito de sua evolução se deve ao diretor canadense David Cronenberg com quem trabalhou em Cosmópolis e Mapa Para as Estrelas. Estou torcendo para que ele saia na lista do Globo de Ouro. E ainda falando de Bom Comportamento, ficou faltando uma indicação para Daniel Lopatin por suas belas composições musicais que reverberam a tensão do filme todo.

Na ala feminina, dois nomes mais comentados são de Kate Winslet por Roda Gigante, e Judi Dench por Victoria e Abdul – O Confidente da Rainha. Ambas têm chances de aparecer na lista do Globo de Ouro de Atriz – Drama e Atriz – Comédia, respectivamente. Além delas, o nome mais polêmico também ficou de fora: Daniela Vega, uma atriz transsexual que atuou no filme chileno Uma Mulher Fantástica. Se o Critics’ Choice quisesse demonstrar personalidade, perdeu uma ótima oportunidade de indicá-la. Na categoria de Coadjuvante, um dos nomes mais citados até o momento, mas ausente é o de Lois Smith, pelo filme futurista Marjorie Prime, onde ela conversa e interage com o holograma de seu marido morto há quinze anos.

Já no campo das surpresas, eu destacaria a indicação de Jake Gyllenhaal por O Que te Faz Mais Forte, onde ele interpreta uma vítima dos atentados terroristas da maratona de Boston. Embora seja daqueles papéis que costumam render prêmios, seu nome mal havia sido mencionado até o momento.

stronger-mit-jake-gyllenhaal

Jake Gyllenhaal em cena de O Que Te Faz Mais Forte (pic by moviepilot.de)

E Patrick Stewart concorrendo como Ator Coadjuvante por Logan. Particularmente, gosto da atuação de Stewart como um homem idoso e debilitado, mas se formos analisar sob outro ângulo, o ator já interpretou o mesmo personagem de Professor Charles Xavier mais de quatro vezes. Acho bem difícil ele seguir adiante nessa campanha…

logan-the-wolverine-mit-patrick-stewart

Patrick Stewart como Professor Charles Xavier em Logan (pic by moviepilot.de)

Já na categoria de Filme em Língua Estrangeira, temos uma surpresa e uma ausência. A primeira atende pelo nome de Thelma, um filme norueguês que envolve eventos sobrenaturais e lesbianismo. E a segunda é a ausência do russo Loveless, do diretor Andrey Zvyagintsev, que é considerado um dos favoritos para seguir no Oscar.

Thelma

À direita, Eili Harboe interpreta a perturbada Thelma no filme homônimo. Pic by outnow.ch

ENQUANTO ISSO, NO UNIVERSO DAS SÉRIES…

A série Feud: Bette and Joan da FX, sobre a treta entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, foi a recordista desta edição com seis indicações. Logo em seguida, com cinco indicações, aparece Big Little Lies da HBO, que conquistou vários prêmios no último Emmy. Alguém pode, por favor, me explicar por que Jessica Lange foi indicada para Melhor Atriz e Susan Sarandon não? Até onde sei, o grande chamariz dessa série foi o embate dessas duas atrizes veteranas que interpretaram duas lendas de Hollywood, não?

feud-fx-susan-sarandon-bette-davis-joan-crawford-jessica-lange

Susan Sarandon como Bette Davis e Jessica Lange como Joan Crawford em Feud: Bette and Joan (pic by time.com)

Apesar disso, foi a plataforma de streaming Netflix que conquistou maior número de indicações: 20, graças à ampla variedade de conteúdo como The Crown, Stranger Things, GLOW e até a animação BoJack Horseman. Se no universo da séries a Netflix já reina, será questão de tempo até que um filme da Netflix ganhe o Oscar. Pra isso, basta eles pararem de investir apenas em filmes com Adam Sandler…

Uma curiosidade pra quem curte: Kevin Spacey não está entre os indicados de Ator em Série Dramática por House of Cards. Pelo visto, ninguém quer se comprometer e inclui-lo depois de todas as polêmicas de abuso sexual envolvendo o nome dele. Por um lado eu entendo que ele seja excluído das festinhas, mas é preciso lembrar que outros nomes envolvidos em polêmicas já foram indicados e ganharam prêmios como Roman Polanski e Woody Allen, portanto, fica essa questão no ar de saber separar artista da pessoa, e vice-versa. É possível?

INDICADOS AO CRITICS’ CHOICE AWARDS 2018:

CINEMA

MELHOR FILME
– Doentes de Amor (The Big Sick)
– Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me by Your Name)
– O Destino de uma Nação (Darkest Hour)
– Dunkirk (Dunkirk)
– Projeto Flórida (The Florida Project)
– Corra! (Get Out)
– Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)
– The Post: A Guerra Secreta (The Post)
– A Forma da Água (The Shape of Water)
– Três Anúncios Para um Crime (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri)

MELHOR DIREÇÃO
– Guillermo del Toro (A Forma da Água)
– Greta Gerwig (Lady Bird)
– Martin McDonagh (Três Anúncios Para um Crime)
– Christopher Nolan (Dunkirk)
– Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome)
– Jordan Peele (Corra!)
– Steven Spielberg (The Post: A Guerra Secreta)

MELHOR ATOR
– Timothée Chalamet (Me Chame Pelo seu Nome)
– James Franco (Artista do Desastre)
– Jake Gyllenhaal (O Que Te Faz Mais Forte)
– Tom Hanks (The Post: A Guerra Secreta)
– Daniel Kaluuya (Corra!)
– Daniel Day-Lewis (Trama Fantasma)
– Gary Oldman (O Destino de uma Nação)

MELHOR ATRIZ
– Jessica Chastain (A Grande Jogada)
– Sally Hawkins (A Forma da Água)
– Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime)
– Margot Robbie (I, Tonya)
– Saoirse Ronan (Lady Bird)
– Meryl Streep (The Post: A Guerra Secreta)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
– Willem Dafoe (Projeto Flórida)
– Armie Hammer (Me Chame Pelo seu Nome)
– Richard Jenkins (A Forma da Água)
– Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime)
– Patrick Stewart (Logan)
– Michael Stuhlbarg (Me Chame Pelo seu Nome)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
– Mary J. Blige (Mudbound)
– Hong Chau (Pequena Grande Vida)
– Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Holly Hunter (Doentes de Amor)
– Allison Janney (I, Tonya)
– Laurie Metcalf (Lady Bird)
– Octavia Spencer (A Forma da Água)

MELHOR JOVEM ATOR OU ATRIZ
– Mckenna Grace (Um Laço de Amor)
– Dafne Keen (Logan)
– Brooklynn Prince (Projeto Flórida)
– Millicent Simmonds (Sem Fôlego)
– Jacob Tremblay (Extraordinário)

MELHOR ELENCO
– Dunkirk
– Lady Bird
– Mudbound
– The Post: A Guerra Secreta
– Três Anúncios Para um Crime

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
– James Ivory (Me Chame Pelo seu Nome)
– Scott Neustadter, Michael H. Weber (Artista do Desastre)
– Virgil Williams, Dee Rees (Mudbound)
– Aaron Sorkin (A Grande Jogada)
– Jack Thorne, Steve Conrad, Stephen Chbosky (Extraordinário)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
– Emily V. Gordon, Kumail Nanjiani (Doentes de Amor)
– Jordan Peele Corra!)
– Greta Gerwig (Lady Bird)
– Liz Hannah, Josh Singer (The Post: A Guerra Secreta)
– Guillermo del Toro, Vanessa Taylor (A Forma da Água)
– Martin McDonagh (Três Anúncios Para um Crime)

MELHOR FOTOGRAFIA
– Roger Deakins (Blade Runner 2049)
– Sayombhu Mukdeeprom (Me Chame Pelo seu Nome)
– Hoyte van Hoytema (Dunkirk)
– Rachel Morrison (Mudbound)
– Dan Lausten (A Forma da Água)

MELHOR FIGURINO
– Jacqueline Durran (A Bela e a Fera)
– Renée April (Blade Runner 2049)
– Mark Bridges (Trama Fantasma)
– Luis Sequeira (A Forma da Água)
– Lindy Hemming (Mulher-Maravilha)

MELHOR MONTAGEM
– Paul Machliss, Jonathan Amos (Em Ritmo de Fuga)
– Joe Walker (Blade Runner 2049)
– Lee Smith (Dunkirk)
– Michael Kahn, Sarah Broshar (The Post: A Guerra Secreta)
– Sidney Wolinsky (A Forma da Água)

MELHOR CABELO E MAQUIAGEM
– A Bela e a Fera
– O Destino de uma Nação
– I, Tonya
– A Forma da Água
– Extraordinário

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
– Sarah Greenwood; Katie Spencer (A Bela e a Fera)
– Dennis Gassner; Alessandra Querzola (Blade Runner 2049)
– Nathan Crowley; Gary Fettis (Dunkirk)
– Jim Clay; Rebecca Alleway (Assassinato no Expresso Oriente)
– Mark Tildesley; Véronique Melery (Trama Fantasma)
– Paul Denham Austerberry; Shane Vieau, Jeff Melvin (A Forma da Água)

MELHOR TRILHA MUSICAL
– Benjamin Wallfisch, Hans Zimmer (Blade Runner 2049)
– Dario Marianelli (O Destino de uma Nação)
– Jonny Greenwood (Trama Fantasma)
– John Williams (The Post: A Guerra Secreta)
– Alexandre Desplat (A Forma da Água)

MELHOR CANÇÃO
– “Evermore” (A Bela e a Fera)
– “Mystery of Love” (Me Chame Pelo Seu Nome)
– “Remember Me” (Viva – A Vida é uma Festa)
– “Stand Up for Something” (Marshall)
– “This Is Me” (O Rei do Show)

MELHORES EFEITOS VISUAIS
– Blade Runner 2049
– Dunkirk
– A Forma da Água
– Thor: Ragnarok
– Planeta dos Macacos: A Guerra
– Mulher-Maravilha

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
– The Breadwinner
– Viva – A Vida é uma Festa (Coco)
– Meu Malvado Favorito 3 (Despicable Me 3)
– LEGO Batman: O Filme (The Lego Batman Movie)
– Com Amor, Van Gogh (Loving Vincent)

MELHOR FILME DE AÇÃO
– Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)
– Logan (Logan)
– Thor: Ragnarok (Thor: Ragnarok)
– Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes)
– Mulher-Maravilha (Wonder Woman)

MELHOR COMÉDIA
– Doentes de Amor (The Big Sick)
– Artista do Desastre (The Disaster Artist)
– Viagem das Garotas (Girls Trip)
– I, Tonya
– Lady Bird: É Hora de Voar (Lady Bird)

MELHOR ATOR EM COMÉDIA
– Steve Carell (A Guerra dos Sexos)
– James Franco (Artista do Desastre)
– Chris Hemsworth (Thor: Ragnarok)
– Kumail Nanjiani (Doentes de Amor)
– Adam Sandler (Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe)

MELHOR ATRIZ EM COMÉDIA
– Tiffany Haddish (Viagem das Garotas)
– Zoe Kazan (Doentes de Amor)
– Margot Robbie (I, Tonya)
– Saoirse Ronan (Lady Bird)
– Emma Stone (A Guerra dos Sexos)

MELHOR FICÇÃO CIENTÍFICA OU TERROR
– Blade Runner 2049 (Blade Runner 2049)
– Corra! (Get Out)
– It: A Coisa (It)
– A Forma da Água (The Shape of Water)

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
– 120 Batimentos Por Minuto (BPM (Beats Per Minute))
– Uma Mulher Fantástica (Una Mujer Fantástica)
– First They Killed My Father
– Em Pedaços (In the Fade)
– The Square
– Thelma

TELEVISÃO E STREAMING

 

Best Drama Series
– American Gods (Starz)
– The Crown (Netflix)
– Game of Thrones (HBO)
– The Handmaid’s Tale (Hulu)
– Stranger Things (Netflix)
– This Is Us (NBC)

Best Actor in a Drama Series
– Sterling K. Brown (This Is Us)
– Paul Giamatti (Billions)
– Freddie Highmore (Bates Motel)
– Ian McShane (American Gods)
– Bob Odenkirk (Better Call Saul)
– Liev Schreiber (Ray Donovan)

Best Actress in a Drama Series
– Caitriona Balfe (Outlander)
– Christine Baranski (The Good Fight)
– Claire Foy (The Crown)
– Tatiana Maslany (Orphan Black)
– Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
– Robin Wright (House of Cards)

Best Supporting Actor in a Drama Series
– Bobby Cannavale (Mr. Robot)
– Asia Kate Dillon (Billions)
– Peter Dinklage (Game of Thrones)
– David Harbour (Stranger Things)
– Delroy Lindo (The Good Fight)
– Michael McKean (Better Call Saul)

Best Supporting Actress in a Drama Series
– Gillian Anderson (American Gods)
– Emilia Clarke (Game of Thrones)
– Ann Dowd (The Handmaid’s Tale)
– Cush Jumbo (The Good Fight)
– Margo Martindale (Sneaky Pete)
– Chrissy Metz (This Is Us)

Best Comedy Series
– The Big Bang Theory (CBS)
– Black-ish (ABC)
– GLOW (Netflix)
– The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
– Modern Family (ABC)
– Patriot (Amazon)

Best Actor in a Comedy Series
– Anthony Anderson (Black-ish)
– Aziz Ansari (Master of None)
– Hank Azaria (Brockmire)
– Ted Danson (The Good Place)
– Thomas Middleditch (Silicon Valley)
– Randall Park (Fresh Off the Boat)

Best Actress in a Comedy Series
– Kristen Bell (The Good Place)
– Alison Brie (GLOW)
– Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)
– Sutton Foster (Younger)
– Ellie Kemper (Unbreakable Kimmy Schmidt)
– Constance Wu (Fresh Off the Boat)

Best Supporting Actor in a Comedy Series
– Tituss Burgess (Unbreakable Kimmy Schmidt)
– Walton Goggins (Vice Principals)
– Sean Hayes (Will & Grace)
– Marc Maron (GLOW)
– Kumail Nanjiani (Silicon Valley)
– Ed O’Neill (Modern Family)

Best Supporting Actress in a Comedy Series
– Mayim Bialik (The Big Bang Theory)
– Alex Borstein (The Marvelous Mrs. Maisel)
– Betty Gilpin (GLOW)
– Jenifer Lewis (Black-ish)
– Alessandra Mastronardi (Master of None)
– Rita Moreno (One Day at a Time)

Best Limited Series
– American Vandal (Netflix)
– Big Little Lies (HBO)
– Fargo (FX)
– Feud: Bette and Joan (FX)
– Godless (Netflix)
– The Long Road Home (National Geographic)

Best Movie Made for TV
– Flint (Lifetime)
– I Am Elizabeth Smart (Lifetime)
– The Immortal Life of Henrietta Lacks (HBO)
– Sherlock: The Lying Detective (PBS)
– The Wizard of Lies (HBO)

Best Actor in a Movie Made for TV or Limited Series
– Jeff Daniels (Godless)
– Robert De Niro (The Wizard of Lies)
– Ewan McGregory (Fargo)
– Jack O’Connell (Godless)
– Evan Peters (American Horror Story: Cult)
– Bill Pullman (The Sinner)
– Jimmy Tatro (American Vandal)

Best Actress in a Movie Made for TV or Limited Series
– Jessica Biel (The Sinner)
– Alana Boden (I Am Elizabeth Smart)
– Carrie Coon (Fargo)
– Nicole Kidman (Big Little Lies)
– Jessica Lange (Feud: Bette and Joan)
– Reese Witherspoon (Big Little Lies)

Best Supporting Actor in a Movie Made for TV or Limited Series
– Johnny Flynn (Genius)
– Benito Martinez (American Crime)
– Alfred Molina (Feud: Bette and Joan)
– Alexander Skarsgård (Big Little Lies)
– David Thewlis (Fargo)
– Stanley Tucci (Feud: Bette and Joan)

Best Supporting Actress in a Movie Made for TV or Limited Series
– Judy Davis (Feud: Bette and Joan)
– Laura Dern (Big Little Lies)
– Jackie Hoffman (Feud: Bette and Joan)
– Regina King (American Crime)
– Michelle Pfeiffer (The Wizard of Lies)
– Mary Elizabeth Winstead (Fargo)

Best Talk Show
– Ellen (NBC)
– Harry (Syndicated)
– Jimmy Kimmel Live! (ABC)
– The Late Late Show with James Corden (CBS)
– The Tonight Show Starring Jimmy Fallon (NBC)
– Watch What Happens Live with Andy Cohen (Bravo)

Best Animated Series
– Archer (FX)
– Bob’s Burgers (Fox)
– BoJack Horseman (Netflix)
– Danger & Eggs (Amazon)
– Rick and Morty (Adult Swim)
– The Simpsons (Fox)

Best Unstructured Reality Series
– Born This Way (A&E)
– Ice Road Truckers (History)
– Intervention (A&E)
– Live PD (A&E)
– Ride with Norman Reedus (AMC)
– Teen Mom (MTV)

Best Structured Reality Series
– The Carbonaro Effect (truTV)
– Fixer Upper (HGTV)
– The Profit (CNBC)
– Shark Tank (ABC)
– Undercover Boss (CBS)
– Who Do You Think You Are? (TLC)

Best Reality Competition Series
– America’s Got Talent (NBC)
– Chopped (Food Network)
– Dancing with the Stars (ABC)
– Project Runway (Lifetime)
– RuPaul’s Drag Race (VH1)
– The Voice (NBC)

Best Reality Show Host
– Ted Allen (Chopped)
– Tyra Banks (America’s Got Talent)
– Tom Bergeron (Dancing With the Stars)
– Cat Deeley (So You Think You Can Dance)
– Joanna and Chip Gaines (Fixer Upper)
– RuPaul (RuPaul’s Drag Race)

***

A 23ª cerimônia do Critics’ Choice Awards acontece no dia 11 de Janeiro, numa quinta-feira. Não me perguntem por que numa quinta.

ACADEMIA CONVIDA NOVO RECORDE DE 774 MEMBROS

new-academy.png

Novos membros da Academia: o diretor de Corra, Jordan Peele, a atriz israelense Gal Gadot e Dwayne Johnson, o The Rock. Pic by Variety

PRESIDENTE ELEVA A INTERNACIONALIDADE DO OSCAR

Pra quem achava que aquele negócio de #OscarsSoWhite seria fogo de palha, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, quer provar o contrário antes que seu mandato termine. Ela e a Academia convidaram 774 novos membros, um número recorde que quebrou o anterior de 683 em 2016.

Embora tenha começado por causa da “falta de diversidade” mais focada em artistas negros, a presidente observou que seria uma oportunidade imperdível de expandir os horizontes de uma instituição mega conservadora, e assim, resolveu aderir à globalização, convidando inúmeros profissionais de vários países.

Nesta nova safra, temos representantes de um total de 57 países, sendo 39% desses novos membros mulheres. Inclusive, sete departamentos convidaram mais mulheres do que homens. São eles: Atores, Diretores de Casting, Figurinistas, Designers, Documentaristas, Executivos e Montadores. São números bastante expressivos para a história da Academia, que tinha como média de membros homens brancos com idade entre 50 e 60 anos. Claro que isso não se muda da noite para o dia, mas estamos assistindo aos esforços colossais de uma presidente empenhada em trazer mais igualdade ao maior prêmio do Cinema.

Preciso sempre ressaltar que sou contra qualquer tipo de cota racial. Acho que essa medida vai contra justamente seus supostos objetivos de fazer justiça. Na minha opinião, quando se dá uma vaga para um artista só pelo fato de ser negro, estamos automaticamente afirmando que ele é incapaz de conseguir a vaga pelos próprios esforços. Pensando aqui no Brasil, para aqueles que pensam que ao conceder uma vaga de faculdade para um negro estamos compensando a época de escravidão, estão redondamente enganados. O passado não pode ser reparado dessa forma, mas ele deve ser usado como lição para que o presente e o futuro não repitam os mesmos erros.

Abordei esse assunto, porque discordo quando dizem que a Academia precisa indicar atores negros todos os anos como se fosse uma obrigação. Fizeram o maior auê em 2015 e 2016 porque dentre os 20 indicados não havia um ator ou atriz negros. A Academia é uma instituição que valoriza as Artes, não um sistema de cotas raciais. E vale lembrar que em 2014, a mesma Academia havia premiado como Melhor Filme o drama 12 Anos de Escravidão, além de premiar seu roteirista e sua atriz (Lupita Nyong’o) negros. Então, estou aqui criticando essa filosofia do politicamente correto que se instaurou de tal forma, que quem contraria é tratado como homem das cavernas ou filho do capeta. A Academia indica as performances que considera melhores, sejam de atores brancos, negros ou amarelos. Aliás, sou amarelo e não fico enchendo o saco porque a Academia não indicou atores asiáticos.

Enfim, a abertura para novos 774 membros não significa necessariamente que a Academia favorecerá artistas e produções feitas por minorias, mas trará maiores chances para que concorram e eventualmente ganhem a estatueta. E claro, reduzir gradativamente o conservadorismo que reina na Academia. Esse conservadorismo que preferiu premiar O Discurso do Rei no lugar de A Rede Social, e Crash – No Limite no lugar de O Segredo de Brokeback Mountain, só pra citar dois.

E torço especialmente para que a inclusão de cineastas internacionais como o diretor japonês Takashi Miike, o britânico Guy Ritchie, o sul-coreano Kim Ki-duk, o filipino Lav Diaz e o visionário chileno Alejandro Jodorowsky possibilite uma revolução na categoria de Filme em Língua Estrangeira, que há décadas premia longas com temática de 2ª Guerra Mundial e Holocausto.

Claro que a Academia não se esqueceu do Cinema Brasileiro e convidou profissionais daqui como o diretor de fotografia Walter Carvalho (Central do Brasil e Lavoura Arcaica), a lenda Nelson Pereira dos Santos, que dirigiu Vidas Secas, o cearense Karim Aïnouz (Madame Satã e O Céu de Suely)e Kléber Mendonça Filho, que recentemente esteve em Cannes com Aquarius. E o único ator brasileiro da lista Rodrigo Santoro.

Se esses novos membros vão votar em suas respectivas nacionalidades ou cores de pele, aí é com o critério e a consciência de cada um. A presidente apenas está abrangendo o número de possibilidades para os Oscars seguintes.

Veja lista completa dos 774 membros (os nomes com asterisco foram convidados por mais de um departamento):

ATORES
Riz Ahmed – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Nightcrawler”
Debbie Allen – “Fame,” “Ragtime”
Elena Anaya – “Wonder Woman,” “The Skin I Live In”
Aishwarya Rai Bachchan – “Jodhaa Akbar,” “Devdas”
Amitabh Bachchan – “The Great Gatsby,” “Kabhi Khushi Kabhie Gham…”
Monica Bellucci – “Spectre,” “Bram Stoker’s Dracula”
Gil Birmingham – “Hell or High Water,” “Twilight” series
Nazanin Boniadi – “Ben-Hur,” “Iron Man”
Daniel Brühl – “The Zookeeper’s Wife,” “Inglourious Basterds”
Maggie Cheung – “Hero,” “In the Mood for Love”
John Cho – “Star Trek” series, “Harold & Kumar” series
Priyanka Chopra – “Baywatch,” “Barfi!”
Matt Craven – “X-Men: First Class,” “A Few Good Men”
Terry Crews – “The Expendables” series, “Draft Day”
Warwick Davis – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Harry Potter” series
Colman Domingo – “The Birth of a Nation,” “Selma”
Adam Driver – “Silence,” “Star Wars: The Force Awakens”
Joel Edgerton – “It Comes at Night,” “Loving”
Chris Evans – “Captain America” series, “Snowpiercer”
Luke Evans – “Beauty and the Beast,” “The Girl on the Train”
Fan Bingbing – “I Am Not Madame Bovary,” “Cell Phone”
Elle Fanning – “The Beguiled,” “20th Century Women”
Golshifteh Farahani – “Paterson,” “AboutElly”
Anna Faris – “Scary Movie” series, “Brokeback Mountain”
Tom Felton – “A United Kingdom,” “Harry Potter” series
Rebecca Ferguson – “The Girl on the Train,” “Mission: Impossible – Rogue Nation”
Lou Ferrigno – “The Incredible Hulk,” “Hercules”
Gal Gadot – “Wonder Woman,” “Fast & Furious” series
Charlotte Gainsbourg – “Norman: The Moderate Rise and Tragic Fall of a New York Fixer,” “Melancholia”
Jeff Garlin – “Safety Not Guaranteed,” “WALL-E”
Spencer Garrett – “Public Enemies,” “Thank You for Smoking”
Domhnall Gleeson – “Star Wars: The Force Awakens,” “Ex Machina”
Sharon Gless – “The Star Chamber,” “Airport 1975”
Donald Glover – “The Martian,” “Magic Mike XXL”
Judy Greer – “Jurassic World,” “13 Going on 30”
Rupert Grint – “Moonwalkers,” “Harry Potter” series
Noel Gugliemi – “Lowriders,” “The Fast and the Furious”
Jon Hamm – “Baby Driver,” “The Town”
Armie Hammer – “The Birth of a Nation,” “The Social Network”
Naomie Harris – “Moonlight,” “Skyfall”
Leila Hatami – “A Separation,” “Leila”
Anne Heche – “Rampart,” “DonnieBrasco”
Lucas Hedges – “Manchester by the Sea,” “Moonrise Kingdom”
Chris Hemsworth – “Thor” series, “Rush”
Ciarán Hinds – “Silence,” “Munich”
Aldis Hodge – “Hidden Figures,” “Straight Outta Compton”
Bryce Dallas Howard – “Jurassic World,” “The Help”
Bonnie Hunt – “The Green Mile,” “Jerry Maguire”
Jiang Wen – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Let the Bullets Fly”
Dwayne Johnson – “Moana,” “Central Intelligence”
Leslie Jones – “Ghostbusters,” “Masterminds”
Keegan-Michael Key – “Don’t Think Twice,” “Keanu”
Aamir Khan – “3 Idiots,” “Lagaan”
Irrfan Khan – “Life of Pi,” “Slumdog Millionaire”
Salman Khan – “Sultan,” “Bajrangi Bhaijaan”
Rinko Kikuchi – “Pacific Rim,” “Babel”
Zoë Kravitz – “Divergent” series, “Mad Max: Fury Road”
Sanaa Lathan – “Out of Time,” “Love and Basketball”
Carina Lau – “Infernal Affairs 2,” “Days of Being Wild”
Tony Leung – “The Grandmaster,” “Lust, Caution”
Rami Malek – “Short Term 12,” “The Master”
Leslie Mann – “Funny People,” “Knocked Up”
Kate McKinnon – “Ghostbusters,” “Office Christmas Party”
Sienna Miller – “The Lost City of Z,” “American Sniper”
Janelle Monáe – “Hidden Figures,” “Moonlight”
Michelle Monaghan – “Patriots Day,” “Gone Baby Gone”
Viggo Mortensen – “Captain Fantastic,” “The Lord of the Rings” series
Ruth Negga – “Loving,” “Warcraft”
Franco Nero – “The Lost City of Z,” “Django”
Elizabeth Olsen – “Avengers: Age of Ultron,” “Martha Marcy May Marlene”
Deepika Padukone – “xXx: Return of Xander Cage,” “Piku”
Sarah Paulson – “Blue Jay,” “12 Years a Slave”
Robert Picardo – “Hail, Caesar!,” “TheMeddler”
Amy Poehler – “Inside Out,”“Sisters”
Chris Pratt – “Guardians of the Galaxy” series, “Jurassic World”
Zachary Quinto – “Star Trek” series, “Snowden”
Édgar Ramírez – “The Girl on the Train,” “Joy”
Phylicia Rashad – “Creed,” “For Colored Girls”
Margot Robbie – “Suicide Squad,” “The Wolf of Wall Street”
Maya Rudolph – “Maggie’s Plan,” “Bridesmaids”
Hiroyuki Sanada – “Life,” “The Twilight Samurai”
Henry G. Sanders – “Selma,” “Whiplash”
Rodrigo Santoro – “300,” “Love Actually”
Rade Šerbedžija – “Harry Potter and the Deathly Hallows Part 1,” “The Quiet American”
Nestor Serrano – “The Insider,” “Lethal Weapon 2”
Amanda Seyfried – “Les Misérables,” “Mean Girls”
Molly Shannon – “Other People,” “Me and Earl and the Dying Girl”
Anna Deavere Smith – “Rachel Getting Married,” “Philadelphia”
Hailee Steinfeld – “The Edge of Seventeen,” “True Grit”
Kristen Stewart – “Café Society,” “Twilight” series
Omar Sy – “Inferno,” “The Intouchables”
Wanda Sykes – “Snatched,” “Evan Almighty”
Channing Tatum – “Hail, Caesar!,” “Foxcatcher”
Aaron Taylor-Johnson – “Nocturnal Animals,” “Kick-Ass”
Lauren Tom – “The Joy Luck Club,” “Cadillac Man”
Jeanne Tripplehorn – “The Firm,” “Basic Instinct”
Paz Vega – “Kill the Messenger,” “Sex and Lucía”
Dee Wallace – “Grand Piano,” “E.T. The Extra-Terrestrial”
Ming-Na Wen – “Mulan,” “The Joy Luck Club”
Betty White – “You Again,” “The Proposal”
Rebel Wilson – “Pitch Perfect” series, “Bridesmaids”
Mary Elizabeth Winstead – “10 Cloverfield Lane,” “Swiss Army Man”
BD Wong – “Mulan,” “Jurassic Park”
Shailene Woodley – “The Spectacular Now,” “The Descendants”
Donnie Yen – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Ip Man”

DIRETORES DE CASTING
PoPing AuYeung – “Crouching Tiger, Hidden Dragon: Sword of Destiny,” “Man of Tai Chi”
Yael Aviv – “A Borrowed Identity,” “Miral”
Constance Demontoy – “Elle,” “Monsieur Lazhar”
Corinna Glaus – “Aloys,” “Night Train to Lisbon”
Lindsay Graham – “The Magnificent Seven,” “Suicide Squad”
Kimberly Hardin – “Hustle & Flow,” “Friday”
Richard Hicks – “Hell or High Water,” “Gravity”
Priscilla John – “Logan,” “Captain America: The First Avenger”
Valorie Massalas – “The Wedding Ringer,” “Gods and Monsters”
Reg Poerscout-Edgerton – “Crooked House,” “Kingsman: The Secret Service”
Johanna Ray – “Snowpiercer,” “Inglourious Basterds”
Jamie Sparer Roberts – “Moana,” “Frozen”
Anna Maria Sambucco – “Youth,” “The Great Beauty”
Harika Uygur – “Mustang,” “Three Monkeys”
Francesco Vedovati – “I Am Love,” “The Last Kiss”

DIRETORES DE FOTOGRAFIA
José Luis Alcaine – “The Skin I Live In,” “Volver”
Affonso Beato – “Love in the Time of Cholera,” “The Queen”
Walter Carvalho – “Carandiru,” “Central Station”
Chung-Hoon Chung – “Me and Earl and the Dying Girl,” “Stoker”
Kiko de la Rica – “Blancanieves,” “Sex and Lucía”
Crystel Fournier – “A Place on Earth,” “Tomboy”
Robert Hardy – “Ex Machina,” “Boy A”
Camilla Hjelm Knudsen – “Land of Mine,” “Little Soldier”
Dan Laustsen – “John Wick: Chapter 2,” “Crimson Peak”
James Laxton – “Moonlight,” “Medicine for Melancholy”
Ernesto Pardo – “Tempestad,” “The Naked Room (El Cuarto Desnudo)”
Linus Sandgren – “La La Land,” “Joy”
André Turpin – “Mommy,” “It’s Not Me, I Swear!”
Zhao Xiaoding – “The Flowers of War,” “House of Flying Daggers”

FIGURINISTAS
Renée April – “Arrival,” “The Red Violin”
Erin Benach – “Loving,” “Blue Valentine”
Suzy Benzinger – “Café Society,” “Blue Jasmine”
Arjun Bhasin – “Three Generations,” “Monsoon Wedding”
Diana Cilliers – “The Last Face,” “District 9”
Michele Clapton – “Queen of the Desert,” “Separate Lies”
Bina Daigeler – “The Zookeeper’s Wife,” “Only Lovers Left Alive”
Julian Day – “Inferno,” “Brighton Rock”
Jenny Eagan – “Beasts of No Nation,” “Now You See Me”
Steven Noble – “A Monster Calls,” “Under the Skin”
Karen Patch – “Seven Psychopaths,” “The Royal Tenenbaums”
Monique Prudhomme – “The Imaginarium of Doctor Parnassus,” “Best in Show”
Trish Summerville – “The Hunger Games: Catching Fire,” “The Girl with the Dragon Tattoo”
Melissa Toth – “Manchester by the Sea,” “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”

DESIGNERS
Javier Ameijeiras – “Black Nativity,” “Extremely Loud & Incredibly Close”
Toni Barton – “The Big Wedding,” “Sherlock Holmes”
Danielle Berman – “The Fate of the Furious,” “Memento”
Kelly Berry – “Maze Runner: The Scorch Trials,” “Spy”
Stefania Cella – “Black Mass,” “The Great Beauty”
Ellen Christiansen – “The Wolf of Wall Street,” “Across the Universe”
Jim Clay – “Woman in Gold,” “Captain Corelli’s Mandolin”
Beverley Dunn – “Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales,” “The Great Gatsby”
Brad Einhorn – “Hail, Caesar!,” “A Time to Kill”
Antxón Gómez – “Julieta,” “Che”
Regina Graves – “Café Society,” “The Taking of Pelham 123”
Isabelle Guay – “Arrival,” “The Revenant”
Paul Hotte – “Arrival,” “300”
Elston Howard – “Jack Reacher: Never Go Back,” “Ray”
Helen Jarvis – “Monuments Men,” “Rise of the Planet of the Apes”
Tina Jones – “Belle,” “The Last King of Scotland”
Kathy Lucas – “The Divergent Series: Allegiant,” “Foxcatcher”
Naomi Shohan – “Winter’s Tale,” “American Beauty”
Carl Sprague – “Infinitely Polar Bear,” “The Royal Tenenbaums”
Jon Gary Steele – “Burlesque,” “American History X”
Patrick M. Sullivan, Jr. – “J. Edgar,” “Memoirs of a Geisha”
Karen J. TenEyck – “Alice through the Looking Glass,” “The Master”
Shane Andrew Vieau – “Suicide Squad,” “Juno”
David Wasco – “La La Land,” “Pulp Fiction”
Elizabeth Wilcox – “The BFG,” “Rise of the Planet of the Apes”

DIRETORES
Fatih Akin – “In the Fade,” “The Edge of Heaven”
Adolfo Aristarain – “Common Places,” “A Place in the World”
David Ayer – “Suicide Squad,” “Fury”
Nabil Ayouch – “Horses of God,” “Ali Zaoua”
Siddiq Barmak * – “Opium War,” “Osama”
Aida Begić * – “Children of Sarajevo,” “Snow”
Emmanuelle Bercot – “Standing Tall,” “On My Way”
Martin Butler – “Tanna,” “Contact”
Patricia Cardoso – “Real Women Have Curves,” “The Water Carrier”
Peter Ho-Sun Chan – “Dragon,” “Perhaps Love”
Derek Cianfrance – “The Light between Oceans,” “Blue Valentine”
Pedro Costa – “Horse Money,” “Blood”
Garth Davis – “Lion”
Bentley Dean – “Tanna,” “Contact”
Lav Diaz * – “A Lullaby to the Sorrowful Mystery,” “Norte, the End of History”
Carlos Diegues – “Orfeu,” “Bye Bye Brazil”
Nelson Pereira dos Santos * – “How Tasty Was My Little Frenchman,” “Barren Lives”
Nana Dzhordzhadze – “27 Missing Kisses,” “A Chef in Love”
Ildikó Enyedi * – “Simon Magus,” “My Twentieth Century”
Amat Escalante – “The Untamed,” “Heli”
Safi Faye * – “Mossane,” “Lettre Paysanne”
Tom Ford – “Nocturnal Animals,” “A Single Man”
Goutam Ghose * – “Dekha,”“Paar”
Jessica Hausner – “Amour Fou,” “Lourdes”
Joanna Hogg – “Archipelago,” “Exhibition”
Hannes Holm – “A Man Called Ove,” “Behind Blue Skies”
Ann Hui – “A Simple Life,” “Summer Snow”
Christine Jeffs – “Sunshine Cleaning,” “Sylvia”
Barry Jenkins * – “Moonlight,” “Medicine for Melancholy”
Alejandro Jodorowsky * – “The Holy Mountain,” “El Topo”
Kim Ki-duk * – “3-Iron,” “Spring, Summer, Fall, Winter…and Spring”
Zacharias Kunuk – “Searchers,” “The Fast Runner (Atanarjuat)”
Mohammed Lakhdar-Hamina * – “Chronicle of the Years of Embers,” “The Winds of the Aures”
David Mackenzie – “Hell or High Water,” “Starred Up”
Sharon Maguire – “Incendiary,” “Bridget Jones’s Diary”
Theodore Melfi – “Hidden Figures,” “St. Vincent”
Kleber Mendonça Filho – “Aquarius,” “Neighboring Sounds”
Brillante Mendoza – “Thy Womb,” “Kinatay”
Márta Mészáros * – “Diary for My Children,” “Adoption”
Takashi Miike – “13 Assassins,” “Ichi the Killer”
Orlando Montiel – “The Son of No One,” “A Guide to Recognizing Your Saints”
Jocelyn Moorhouse – “The Dressmaker,” “Proof”
Kira Muratova – “The Tuner,” “The Asthenic Syndrome”
Héctor Olivera – “El Mural,” “Funny Dirty Little War”
Idrissa Ouedraogo * – “Tilaï,” “Yaaba”
Jordan Peele * – “Get Out”
Mohammad Rasoulof * – “Manuscripts Don’t Burn,” “Goodbye”
Eran Riklis * – “The Human Resources Manager,” “Lemon Tree”
Arturo Ripstein – “Deep Crimson,” “The Beginning and the End”
Guy Ritchie – “Sherlock Holmes,” “Lock, Stock and Two Smoking Barrels”
Anthony Russo – “Captain America: Civil War,” “Captain America: The Winter Soldier”
Joseph Russo – “Captain America: Civil War,” “Captain America: The Winter Soldier”
Mrinal Sen * – “The Case Is Closed,” “In Search of Famine”
Cate Shortland – “Lore,” “Somersault”
Peter Sollett – “Freeheld,” “Raising Victor Vargas”
Juan Carlos Tabío – “Guantanamera,” “Strawberry and Chocolate”
Rawson Marshall Thurber – “Central Intelligence,” “Dodgeball: A True Underdog Story”
Johnnie To – “Election,” “Exiled”
Tran Anh Hung * – “Norwegian Wood,” “The Scent of Green Papaya”
Pablo Trapero – “The Clan,” “Lion’s Den”
Athina Rachel Tsangari – “Chevalier,” “Attenberg”
Paula van der Oest – “Black Butterflies,” “Zus & Zo”
Susanna White – “Our Kind of Traitor,” “Nanny McPhee Returns”
Martin Zandvliet * – “Land of Mine,” “A Funny Man”

DOCUMENTARISTAS
Ricardo Acosta – “Sembene!,” “Marmato”
John Akomfrah – “The Stuart Hall Project,” “The Nine Muses”
Natalia Almada – “The Night Watchman (El Velador),” “The General”
Mirra Bank – “The Only Real Game,” “LastDance”
Geof Bartz – “A Girl in the River: The Price of Forgiveness,” “Crisis Hotline: Veterans Press 1”
Diane Becker – “We Are X,” “Jujitsu-ing Reality”
Edet Belzberg – “Watchers of the Sky,” “Children Underground”
Don Bernier – “An Inconvenient Sequel: Truth to Power,” “Audrie & Daisy”
Ruby Chen – “Plastic China,” “The Rocking Sky”
S. Leo Chiang – “Out Run,” “Mr. Cao Goes to Washington”
John Davey – “In Jackson Heights,” “National Gallery”
Keiko Deguchi * – “God Knows Where I Am,” “Captivated The Trials of Pamela Smart”
Abigail E. Disney – “The Armor of Light,” “Pray the Devil Back to Hell”
Ezra Edelman – “O.J.: Made in America,” “Cutie and the Boxer”
Bob Eisenhardt – “Meru,” “Shut Up & Sing”
Diana El Jeiroudi – “The Mulberry House,” “Dolls – A Woman from Damascus”
Jihan El-Tahri – “Nasser,” “Cuba: An African Odyssey”
Geeta Gandbhir – “Which Way Is the Front Line from Here? The Life and Time of Tim Hetherington,” “Music by Prudence”
Lina Gopaul – “The Stuart Hall Project,” “The Nine Muses”
Nadia Hallgren – “Motherland,” “Trapped”
Nick Higgins – “The Crash Reel,” “First Position”
John Hoffman – “Rancher, Farmer, Fisherman,” “LaLee’s Kin: The Legacy of Cotton”
Tabitha Jackson – “20,000 Days on Earth,” “The Imposter”
Kristi Jacobson – “Solitary,” “A Place at the Table”
Janus Billeskov Jansen * – “The Act of Killing,” “Burma VJ”
Judy Kibinge – “Wagalla – The Story of a Massacre,” “Headlines in History”
Brian Knappenberger – “Nobody Speak: Trials of the Free Press,” “The Internet’s Own Boy”
Dan Krauss – “Extremis,” “The Death of Kevin Carter: Casualty of the Bang Bang Club”
Penny Lane – “Nuts!,” “Our Nixon”
Grace Lee – “American Revolutionary: The Evolution of Grace Lee Boggs,” “The Grace Lee Project”
Lisa Leeman – “Awake: The Life of Yogananda,” “One Lucky Elephant”
Audrey Marrs – “Inside Job,” “No End in Sight”
Hilla Medalia – “Dancing in Jaffa,” “Web Junkie”
Jonas Mekas – “Reminiscences of a Journey to Lithuania,” “The Brig”
Justine Nagan – “Abacus: Small Enough to Jail,” “Life Itself”
Joanna Natasegara – “The White Helmets,” “Virunga”
Marilyn Ness – “Cameraperson,” “Trapped”
Peter Nicks – “The Force,” “The Waiting Room”
Orwa Nyrabia – “Return to Homs,” “Dolls – A Woman from Damascus”
Alanis Obomsawin – “Hi-Ho Mistahey!,” “Kanehsatake: 270 Years of Resistance”
Eva Orner – “Chasing Asylum,” “Taxi to the Dark Side”
Heloísa Passos – “Manda Bala (Send a Bullet),” “Viva Volta”
Anand Patwardhan – “Jai Bhim Comrade,” “Pitra, Putra Aur Dharamyuddha (Father, Son and Holy War)”
Leanne Pooley – “Beyond the Edge,” “The Topp Twins: Untouchable Girls”
Gianfranco Rosi – “Fire at Sea,” “Sacro Gra”
AJ Schnack – “Speaking Is Difficult,” “We Always Lie to Strangers”
Fisher Stevens – “Before the Flood,” “The Cove”
Jean-Marie Téno – “Lieux Saints (Sacred Places),” “Chef! (Chief!)”
Ben Tsiang – “The Chinese Mayor,” “Go Grandriders”
Orlando von Einsiedel – “The White Helmets,” “Virunga”
Aaron Wickenden – “Best of Enemies,” “Finding Vivian Maier”
Marina Zenovich – “Water & Power: A California Heist,” “Roman Polanski: Wanted and Desired”

EXECUTIVOS
Hussain Amarshi
Robert Bakish
Glen Basner
David Beaubaire
Dori Begley
Jonathan Berg
Gillian E. Bohrer
Jim Burke
Elizabeth Cantillon
Jeff Clanagan
Stuart Ford
Nancy Gerstman
Andrea Giannetti
Kira Goldberg
Julie Goldstein
Peter Goldwyn
Carla Hacken *
Mike Hopkins
Matt Jackson
Zygi Kamasa
Scott Kennedy
Charles D. King
Eda Kowan
Niija Kuykendall
Winnie Lau
Miky Lee
Helen Lee-Kim
Peter Levinsohn
Alison Lima
Laurie May
Tendo Nagenda
DanTram Nguyen
Rachel O’Connor
Hengameh Panahi
Eric Paquette
John Penotti
Abhijay Prakash
Elizabeth Raposo
Shari Redstone
Emily Russo
Erin Siminoff
Alison Thompson
Michael Wright

MONTADORES
Spencer Averick – “13th,” “Selma”
Alexandre de Franceschi – “Lion,” “Bright Star”
Keiko Deguchi * – “God Knows Where I Am,” “Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus”
Tracy Granger – “Still Life,” “Boys Don’t Cry”
Sabine Hoffman – “Maggie’s Plan,” “Elvis & Nixon”
Edie Ichioka – “The Boxtrolls,” “Toy Story 2”
Janus Billeskov Jansen * – “The Hunt,” “The Act of Killing”
Céline Kélépikis – “The Red Turtle,” “Now or Never”
Melissa Kent – “American Pastoral,” “The Age of Adaline”
Juan Carlos Macías – “Wild Horses,” “The Official Story”
Jim May – “Goosebumps,” “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe”
Fredrik Morheden – “A Man Called Ove,” “The New Country”
Christopher Murrie * – “Kubo and the Two Strings,” “Coraline”
Tania Michel Nehme – “Tanna,” “Charlie’s Country”
Tia Nolan – “Annie,” “Friends with Benefits”
Anne Østerud – “The Hunt,” “The Girl with the Dragon Tattoo”
Gregory Perler – “Sing,” “Despicable Me”
Jacopo Quadri – “Fire at Sea,” “The Dreamers”
Fabienne Rawley – “Zootopia,” “MonsterHouse”
Jake Roberts – “Hell or High Water,”“Brooklyn”
Hayedeh Safiyari – “The Salesman,” “A Separation”
Nat Sanders – “Moonlight,” “Short Term 12”
Per Sandholt – “Land of Mine,” “A Funny Man”
Suzanne Spangler – “Imperial Dreams,” “Smashed”
Molly Malene Stensgaard – “Land of Mine,” “Melancholia”
Alexandra Strauss – “I Am Not Your Negro,” “A Pigeon Sat on a Branch Reflecting on Existence”
Christian Wagner – “The Fate of the Furious,” “Furious Seven”
Monika Willi – “Amour,” “The Piano Teacher”
Kate Williams – “The Whole Truth,” “Frozen River”
Dan Zimmerman – “The Dark Tower,” “The Maze Runner”
Lucia Zucchetti – “Their Finest,” “The Queen”
Eric Zumbrunnen – “Her,” “Adaptation”
Makeup Artists and Hairstylists
Richard Alonzo – “Star Trek Beyond,” “Alice in Wonderland”
Alessandro Bertolazzi – “Suicide Squad,” “Fury”
Christine Beveridge – “The Monuments Men,” “Under the Skin”
Felicity Bowring – “Gold,” “Tinker, Tailor, Soldier, Spy”
Jerry DeCarlo – “Carol,” “Julie & Julia”
Patricia DeHaney – “Sully,” “Interstellar”
Naomi Donne – “Cinderella,” “Philomena”
Linda Dowds – “RoboCop,” “Rampart”
Audrey Doyle – “Legend,” “Mad Max: Fury Road”
Tina Earnshaw – “The Promise,” “Titanic”
Rick Findlater – “L’Odyssée (The Odyssey),” “The Hobbit: An Unexpected Journey”
Paul Gooch – “Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children,” “Maleficent”
Fae Hammond – “Fantastic Beasts and Where to Find Them,” “The Legend of Tarzan”
Miia Kovero – “Inherent Vice,” “The Master”
Michael Marino – “American Pastoral,” “The Wrestler”
Frances Mathias – “Saving Mr. Banks,” “Beginners”
Christopher Nelson – “Suicide Squad,” “Frank Miller’s Sin City”
Elaine Offers – “The Kids Are All Right,” “Far from Heaven”
Conor O’Sullivan – “The Dark Knight,” “Saving Private Ryan”
Daniel Phillips – “Florence Foster Jenkins,” “The Queen”
Luigi Rocchetti – “Ben-Hur,” “The Nativity Story”
Morag Ross – “Hugo,” “The Aviator”
Nikoletta Skarlatos – “Free State of Jones,” “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 & 2)”
Vittorio Sodano – “Il Divo,” “Apocalypto”
Shane Thomas – “The Dressmaker,” “Hacksaw Ridge”
Kenneth Walker – “Loving,” “For Colored Girls”
Kerry Warn – “The Great Gatsby,” “Australia”
Carla White – “Hands of Stone,” “August: Osage County”
Ann Pala Williams – “Live by Night,” “Click”
Jeremy Woodhead – “Doctor Strange,” “Snowpiercer”

TRILHA MUSICAL
Mark Adler – “Merchants of Doubt,” “Food, Inc.”
Edesio Alejandro – “La Pared de las Palabras,” “Suite Habana”
Nancy Allen – “Collateral Beauty,” “Black Swan”
David Amram – “The Manchurian Candidate,” “Splendor in the Grass”
Craig Armstrong – “Snowden,” “The Great Gatsby”
Angelo Badalamenti – “Mulholland Drive,” “Cousins”
Nicholas Britell – “Moonlight,” “The Big Short”
Nick Cave – “Hell or High Water,” “The Road”
Jordan Corngold – “War Dogs,” “Bridge of Spies”
Warren Ellis – “Hell or High Water,” “The Road”
Lisa Gerrard – “Jane Got a Gun,” “Layer Cake”
Justin Hurwitz – “La La Land,” “Whiplash”
Jimmy Jam – “Akeelah and the Bee,” “Poetic Justice”
Todd Kasow – “Miles Ahead,” “Inside Llewyn Davis”
Abel Korzeniowski – “Nocturnal Animals,” “A Single Man”
Mica Levi – “Jackie,” “Under the Skin”
Terry Lewis – “Akeelah and the Bee,” “Poetic Justice”
Lin-Manuel Miranda – “Moana,” “Star Wars: The Force Awakens”
Atli Örvarsson – “The Edge of Seventeen,” “The Mortal Instruments: City of Bones”
Benj Pasek – “La La Land,” “Trolls”
Justin Paul – “La La Land,” “Trolls”
Laurent Perez Del Mar – “The Red Turtle,” “Fear(s) of the Dark”
Jocelyn Pook – “Augustine,” “William Shakespeare’s The Merchant of Venice”
Laura Rossi – “Unfinished Song,” “London to Brighton”
Philip Sheppard – “Love, Marilyn,” “The Tillman Story”
Stephen James Taylor – “Southside with You,” “Why Do Fools Fall in Love”
Justin Timberlake – “The Book of Love,” “Trolls”
Benjamin Wallfisch – “Hidden Figures,” “Lights Out”
Debbie Wiseman – “Middletown,” “Wilde”

PRODUTORES
Khadija Alami – “Insoumise (Rebellious Girl),” “Itar El-Layl (Narrow Frame of Midnight)”
Joshua Astrachan – “Paterson,” “Short Term 12”
Fred Berger – “The Autopsy of Jane Doe,” “La La Land”
Jason Michael Berman – “Burning Sands,” “The Birth of a Nation”
Moritz Borman – “Snowden,” “W.”
Karin Chien – “Circumstance,” “The Exploding Girl”
Michael Costigan – “Ghost in the Shell,” “A Bigger Splash”
Pablo Cruz – “Cesar Chavez,” “Miss Bala”
Mel Eslyn – “Lamb,” “The One I Love”
Howard Gertler – “How to Survive a Plague,” “Shortbus”
Aaron L. Gilbert – “Beatriz at Dinner,” “The Birth of a Nation”
Mindy Goldberg – “Low Down,” “Junebug”
Carla Hacken * – “The Book of Henry,” “Hell or High Water”
Jordan Horowitz – “La La Land,” “The Kids Are All Right”
Lars Knudsen – “American Honey,” “Beginners”
Juan de Dios Larraín – “Jackie,” “No”
Sophia Lin – “Z for Zachariah,” “Take Shelter”
Michel Merkt – “Elle,” “Toni Erdmann”
Bertha Navarro – “Pan’s Labyrinth,” “The Devil’s Backbone”
Alex Orlovsky – “The Place beyond the Pines,” “Blue Valentine”
Adele Romanski – “Moonlight,” “Morris from America”
Robert Salerno – “Nocturnal Animals,” “We Need to Talk about Kevin”
Jeffrey Sharp – “The Yellow Birds,” “You Can Count on Me”
Nansun Shi – “Flying Swords of Dragon Gate,” “A Simple Life”
Gabrielle Tana – “Philomena,” “The Invisible Woman”
Jenno Topping – “Hidden Figures,” “Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children”
Frida Torresblanco – “Rudo y Cursi,” “Pan’s Labyrinth”
Jay Van Hoy – “Complete Unknown,” “Ain’t Them Bodies Saints”
Julie Yorn – “Hell or High Water,” “The Other Woman”
Public Relations
Clive Baillie
Michael Brown
Matt Cowal
Tomy Drissi
Sonya Y. Ede-Williams
Lynne Frank
Jonathan Garson
Peter Giannascoli
Marvin Gray
Simon Hewlett
Melissa Holloway
Angela Johnson
Wellington Love
Michelle Marks
Bill Neil
Douglas Neil
Angela Paura
Heather Johnson Phillips
Tom Piechura
Pamela Rodi
Ivette Rodriguez
Jeff Sanderson
Jerry Schmitz
Lauren Schwartz
Carol Sewell
Michael Singer
Afrat Spalding
Kristin Stark
Maggie Todd
Norman Wang
Bumble Ward
Joe Whitmore
Lea Yardum
Kevin Allen Yoder

LONGAS E CURTAS DE ANIMAÇÃO
Sélim Azzazi – “Ennemis Intérieurs,” “Enterrez Nos Chiens (Bury Our Dogs)”
Matt Baer – “The Croods,” “How to Train Your Dragon”
Kyle Balda – “Despicable Me 3,” “Minions”
Aske Bang – “Silent Nights,” “The Stranger”
Jacquie Barnbrook – “Live Music,” “The ChubbChubbs!”
Claude Barras – “My Life as a Zucchini,” “Banquise (Icefloe)”
Eric Beckman – “When Marnie Was There,” “Song of the Sea”
Jared Bush * – “Zootopia,” “Moana”
Carlos E. Cabral – “Big Hero 6,” “Frozen”
Giacun Caduff – “La Femme et le TGV,” “2B or Not 2B”
John K. Carr – “How to Train Your Dragon 2,” “Over the Hedge”
Jeeyun Sung Chisholm – “Ice Age: Collision Course,” “The Peanuts Movie”
Jericca Cleland – “Ratchet & Clank,” “Arthur Christmas”
Andrew Coats – “Smash and Grab,” “Borrowed Time”
John Cohen – “The Angry Birds Movie,” “Despicable Me”
Lindsey Collins – “Finding Dory,” “WALL-E”
Devin Crane – “Megamind,” “Monsters vs Aliens”
Ricardo Curtis – “The Book of Life,” “Dr. Seuss’ Horton Hears a Who”
Richard Daskas – “Turbo,” “Sinbad: Legend of the Seven Seas”
Kristof Deák – “Sing,” “Losing It”
Jason Deamer – “Piper,” “Monsters University”
David DeVan – “Finding Dory,” “Brave”
Walt Dohrn – “Trolls,” “Mr. Peabody & Sherman”
Rob Dressel – “Moana,” “Big Hero 6”
Stefan Eichenberger – “Heimatland (Wonderland),” “Parvaneh”
David Eisenmann – “Pearl,” “Toy Story 3”
Patrik Eklund – “Seeds of the Fall,” “Instead of Abracadabra”
Steve Emerson * – “Kubo and the Two Strings,” “The Boxtrolls”
Lise Fearnley – “Me and My Moulton,” “The Danish Poet”
Mathias Fjellström – “Seeds of the Fall,” “Instead of Abracadabra”
Arish Fyzee – “The Pirate Fairy,”“Planes”
Juanjo Giménez – “Timecode,” “Maximum Penalty”
Andrew Gordon – “Monsters University,” “Presto”
Jinko Gotoh – “The Little Prince,” “9”
Eric Guillon – “Sing,” “The Secret Life of Pets”
Lou Hamou-Lhadj – “Borrowed Time,” “Day & Night”
John Hill – “Turbo,” “Shrek Forever After”
Steven “Shaggy” Hornby – “How to Train Your Dragon 2,” “Rise of the Guardians”
Steven Clay Hunter – “Brave,” “The Incredibles”
Alessandro Jacomini – “Big Hero 6,” “Tangled”
Christopher Jenkins – “Home,” “Surf’s Up”
Sean D. Jenkins – “Wreck-It Ralph,” “Bolt”
Phil Johnston * – “Zootopia,” “Wreck-ItRalph”
Oliver Jones * – “Kubo and the Two Strings,” “ParaNorman”
Mohit Kallianpur – “Frozen,” “Tangled”
Max Karli – “My Life as a Zucchini,” “Victoria”
Michael Kaschalk – “Big Hero 6,” “Paperman”
Karsten Kiilerich – “Albert,” “When Life Departs”
Timothy Lamb – “Trolls,” “Mr. Peabody & Sherman”
Gina Warr Lawes – “Zootopia,” “Kung Fu Panda 2”
Sang Jun Lee – “Rio 2,” “Epic”
Meg LeFauve – “The Good Dinosaur,” “Inside Out”
Jenny Lerew – “Mr. Peabody & Sherman,” “Flushed Away”
Brad Lewis – “Storks,” “Ratatouille”
Carl Ludwig – “Rio,” “Ice Age”
Andrew Okpeaha MacLean – “Feels Good,” “Sikumi (On the Ice)”
MaryAnn Malcomb – “Free Birds,” “Spirit: Stallion of the Cimarron”
Anders Mastrup – “Albert,” “When Life Departs”
Moon Molson – “The Bravest, the Boldest,” “Crazy Beats Strong Every Time”
Dave Mullins – “Cars 2,” “Up”
Michelle Murdocca – “Hotel Transylvania,” “Open Season”
Christopher Murrie * – “Kubo and the Two Strings,” “Coraline”
Ramsey Naito – “The Boss Baby,” “The SpongeBob SquarePants Movie”
Damon O’Beirne – “Kung Fu Panda 3,” “Rise of the Guardians”
Hyrum Virl Osmond – “Moana,” “Frozen”
Greg Pak – “Happy Fun Room,” “Super Power Blues”
James Palumbo – “Ice Age: Collision Course,” “Ice Age: Continental Drift”
Christine Panushka – “The Content of Clouds,” “The Sum of Them”
Pierre Perifel – “Rise of the Guardians,” “Kung Fu Panda 2”
Jeffrey Jon Pidgeon – “Monsters University,” “Up”
David Pimentel – “Moana,” “Big Hero 6”
Elvira Pinkhas – “Ice Age: Collision Course,” “Rio 2”
Kori Rae – “Monsters University,” “Tokyo Mater”
Mahesh Ramasubramanian – “Home,” “Madagascar 3: Europe’s Most Wanted”
Ferenc Rofusz – “Gravitáció (Gravitation),” “The Fly”
Vicki Saulls – “The Peanuts Movie,” “Ice Age: Continental Drift”
Brad Schiff * – “Kubo and the Two Strings,” “The Boxtrolls”
William Schwab – “Frozen,” “Wreck-It Ralph”
Gina Shay – “Trolls,” “Shrek Forever After”
Jeff Snow – “Over the Hedge,” “The Road to El Dorado”
Peter Sohn – “The Good Dinosaur,” “Partly Cloudy”
Debra Solomon – “My Kingdom,” “Getting Over Him in 8 Songs or Less”
David Soren – “Captain Underpants: The First Epic Movie,” “Turbo”
Cara Speller – “Pear Cider and Cigarettes,” “Pearl”
Peggy Stern – “Chuck Jones: Memories of Childhood,” “The Moon and the Son: An Imagined Conversation”
Michael Stocker – “Finding Dory,” “Toy Story 3”
Arianne Sutner – “Kubo and the Two Strings,”“ParaNorman”
Ennio Torresan – “Turbo,” “Till Sbornia Takes Us Apart”
Géza M. Toth – “Mama,” “Maestro”
Anna Udvardy – “Sing,” “Deep Breath”
Wayne Unten – “Frozen,” “Tick Tock Tale”
Theodore Ushev – “Blind Vaysha,” “Gloria Victoria”
Robert Valley – “Pear Cider and Cigarettes,” “Shinjuku”
Timo von Gunten – “La Femme et le TGV,” “Mosquito”
Gil Zimmerman – “How to Train Your Dragon 2,” “Puss in Boots”
Marilyn Zornado – “Old-Time Film,” “Mona Lisa Descending a Staircase”

SOM
Peter Albrechtsen – “The Happiest Day in the Life of Olli Mäki,” “The Girl with the Dragon Tattoo”
Christopher Assells – “John Wick: Chapter 2,” “Spectre”
David Bach – “13 Hours: The Secret Soldiers of Benghazi,” “Suicide Squad”
Sylvain Bellemare – “Arrival,” “Incendies”
Miriam Biderman – “Don’t Call Me Son,” “The Second Mother”
Charlotte Buys – “Call Me Thief,” “White Wedding”
Charlie Campagna – “Blade Runner 2049,” “Nocturnal Animals”
Harry Cohen – “The Fate of the Furious,” “The Hateful Eight”
Mohammad Reza Delpak – “The Salesman,” “A Separation”
Yann Delpuech – “The Founder,” “Saving Mr. Banks”
José Luis Díaz – “Wild Tales,” “The Secret in Their Eyes”
Jesse K-D. Dodd – “The Fate of the Furious,” “Jurassic World”
Amrit Pritam Dutta – “Kochadaiiyaan,” “Slumdog Millionaire”
Ezra Dweck – “Black Mass,” “Metallica Through the Never”
William Files – “Deadpool,” “Star Wars: The Force Awakens”
Bernard Gariépy Strobl – “Arrival,” “War Witch”
Mariusz Glabinski – “The Wall,” “The Fifth Estate”
Peter Grace – “Hacksaw Ridge,” “The Square”
Gu Changning – “Monk Comes Down the Mountain,” “Caught in the Web”
Robert Hein – “Café Society,” “Blue Jasmine”
Douglas Jackson – “Logan,” “Schindler’s List”
Jonathan Klein – “Live by Night,” “Argo”
Claude La Haye – “Arrival,” “The Red Violin”
Robert Mackenzie – “Hacksaw Ridge,” “The Grandmaster”
Tony Martinez – “Carol,” “Revolutionary Road”
Steve A. Morrow – “La La Land,” “Up in the Air”
Jean-Paul Mugel – “Jackie,” “Paris, Texas”
Cheryl Nardi – “Captain America: Civil War,” “Brave”
Al Nelson – “Alice through the Looking Glass,” “Jurassic World”
Marc Orts – “A Monster Calls,” “Che”
Daniel Pagan – “All Eyez on Me,” “Frost/Nixon”
Geoffrey Patterson – “Transformers: Revenge of the Fallen,” “Twister”
Margit Pfeiffer – “Batman v Superman: Dawn of Justice,” “Warrior”
Becki Ponting – “Philomena,” “Atonement”
Andy Potvin – “The Hunger Games: Catching Fire,” “Life of Pi”
Richard Quinn – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Gone Girl”
Jacob Ribicoff – “Manchester by the Sea,” “The Wrestler”
Robert L. Sephton – “Smurfs: The Lost Village,” “Remember the Titans”
Guntis Sics – “Kong: Skull Island,” “Moulin Rouge”
Jane Tattersall – “Barney’s Version,” “American Psycho”
Steven Ticknor – “Spider-Man: Homecoming,” “The Lincoln Lawyer”
Derek Vanderhorst – “Hidden Figures,” “The Ides of March”
Bryon E. Williams – “Kubo and the Two Strings,” “The Hunger Games: Mockingjay (Parts 1 & 2)”
Katy Wood – “Guardians of the Galaxy Vol. 2,” “True Grit”
Andy Wright – “Hacksaw Ridge,” “Ponyo”

EFEITOS VISUAIS
Arundi Asregadoo – “The Legend of Tarzan,” “The Revenant”
Steve Begg – “Spectre,” “Casino Royale”
Félix Bergés – “A Monster Calls,” “The Impossible”
Angus Bickerton – “Victor Frankenstein,” “Dark Shadows”
Jason Billington – “Deepwater Horizon,”“Avatar”
Nafees Bin Zafar – “Kung Fu Panda 3,” “How to Train Your Dragon 2”
Rod Bogart – “John Carter,” “Brave”
Cosmas Paul Bolger, Jr. – “Frozen,” “The Day the Earth Stood Still”
Pierre Buffin – “The Divergent Series: Allegiant,” “Life of Pi”
Sonja Burchard – “Rise of the Guardians,” “The Curious Case of Benjamin Button”
Mark Byers – “Hidden Figures,” “The Sea of Trees”
Mike Chambers – “Alice through the Looking Glass,” “Inception”
Vincent Cirelli – “Doctor Strange,” “Captain America: Civil War”
Brian Cox – “The Wolverine,” “The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader”
Joyce Cox * – “The Jungle Book,” “Avatar”
Jan Philip Cramer – “Independence Day: Resurgence,” “Deadpool”
Janelle Croshaw – “Tron: Legacy,” “The Curious Case of Benjamin Button”
Denise Davis – “Pixels,” “X-Men: FirstClass”
Brennan Doyle – “Marvel’s The Avengers,” “Transformers: Dark of the Moon”
Pauline Duvall – “Deadpool,” “Star Trek Beyond”
Christopher D. Edwards * – “Guardians of the Galaxy Vol. 2,” “Doctor Strange”
Steve Emerson * – “Kubo and the Two Strings,” “The Boxtrolls”
Doug Epps – “Mars Needs Moms,” “Disney’s A Christmas Carol”
Conny Fauser – “Tomorrowland,” “Iron Man”
Paul Giacoppo – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Pacific Rim”
Joachim Grüninger – “The Impossible,” “John Rabe”
Rhonda C. Gunner – “The Amazing Spider-Man 2,” “Wrath of the Titans”
Craig Hammack – “Deepwater Horizon,” “Tomorrowland”
Jonathan Harb – “The Hunger Games: Mockingjay – Part 1,” “Elysium”
Darren Hendler – “Furious Seven,” “Maleficent”
Erik Henry – “Dead Man Down,” “The Expendables 2”
David Hodgins – “Transformers: Dark of the Moon,” “2012”
Matt Johnson – “Into the Woods,” “X-Men: First Class”
Oliver Jones * – “Kubo and the Two Strings,”“ParaNorman”
Nikos Kalaitzidis – “The Fate of the Furious,” “X-Men: Days of Future Past”
Daniel Kramer – “Ghostbusters,” “Edge of Tomorrow”
Francois Lambert – “Ant-Man,” “Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest”
Mohen Leo – “Rogue One: A Star Wars Story,” “Deepwater Horizon”
John M. Levin – “Jurassic World,” “Lucy”
Jacqui Lopez – “Elysium,” “The Great Gatsby”
Fumi Mashimo – “Avengers: Age of Ultron,” “The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor”
Glen McIntosh – “The Mummy,” “Jurassic World”
Keith Francis Miller – “Wonder Woman,” “Batman v Superman: Dawn of Justice”
Mohsen Mousavi – “Independence Day: Resurgence,” “The Amazing Spider-Man”
Colette Mullenhoff – “Doctor Strange,” “Captain America: The Winter Soldier”
Peter Muyzers – “Elysium,” “District 9”
Kenneth Nakada – “Fantastic Four,” “Life of Pi”
Steve Nichols – “Suicide Squad,” “Guardians of the Galaxy”
David Niednagel – “X-Men: Days of Future Past,” “Transformers: Dark of the Moon”
Brett Northcutt – “Lucy,” “Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides”
Danielle Plantec – “Immortals,” “Hereafter”
Darren Michael Poe – “The Hateful Eight,” “Godzilla”
Nordin Rahhali – “Fantastic Beasts and Where to Find Them,” “Iron Man 3”
Philippe Rebours – “Avengers: Age of Ultron,” “Avatar”
Jay Redd – “Alice through the Looking Glass,” “Men in Black 3”
Jonathan Rothbart – “Deadpool,” “Avatar”
Brad Schiff * – “Kubo and the Two Strings,” “ParaNorman”
J.D. Schwalm – “The Fate of the Furious,” “The Jungle Book”
Thomas J. Smith – “Argo,” “Contagion”
Jason Snell – “Deepwater Horizon,” “Now You See Me”
Robert Stadd – “War Dogs,” “Public Enemies”
Paul Story – “The Jungle Book,” “Dawn of the Planet of the Apes”
Ryan Tudhope – “Deadpool,” “Looper”
Robert Weaver – “Teenage Mutant Ninja Turtles: Out of the Shadows,” “Star Trek Into Darkness”
Louis Zutavern – “The Dictator,” “Elf”

ESCRITORES
Karim Aïnouz – “Love for Sale,” “Madame Satã”
Rakhshan Bani-Etemad – “Under the Skin of the City,” “The May Lady”
Siddiq Barmak * – “Opium War,” “Osama”
Aida Begić * – “Children of Sarajevo,” “Snow”
Jeremy Brock – “True Crimes,” “The Last King of Scotland”
Jared Bush * – “Zootopia,” “Moana”
John Collee – “Tanna,” “Master and Commander: The Far Side of the World”
Buddhadeb Dasgupta – “The Wrestlers,” “The Red Door”
Kenneth Angelo Daurio, Jr. – “The Secret Life of Pets,” “Despicable Me”
Luke Davies – “Lion,” “Life”
Mohamed Diab – “Clash,” “Cairo 678”
Lav Diaz * – “A Lullaby to the Sorrowful Mystery,” “Norte, the End of History”
Katie Dippold – “Snatched,” “Ghostbusters”
Nelson Pereira dos Santos * – “How Tasty Was My Little Frenchman,” “Barren Lives”
Ildikó Enyedi * – “Simon Magus,” “My Twentieth Century”
Safi Faye * – “Mossane,” “Lettre Paysanne”
Feng Xiaogang – “If You Are the One,” “A World without Thieves”
Paz Alicia Garciadiego – “Bleak Street,” “Deep Crimson”
Bahman Ghobadi – “Turtles Can Fly,” “A Time for Drunken Horses”
Goutam Ghose * – “Shankhachil,” “Paar”
Eric Heisserer – “Arrival,” “Lights Out”
Barry Jenkins * – “Moonlight,” “Medicine for Melancholy”
Alejandro Jodorowsky * – “The Holy Mountain,” “El Topo”
Phil Johnston * – “Zootopia,” “Wreck-It Ralph”
Kim Ki-duk * – “3-Iron,” “Spring, Summer, Fall, Winter…and Spring”
Mohammed Lakhdar-Hamina * – “Chronicle of the Years of Embers,” “The Winds of the Aures”
Brit Marling – “The East,” “Another Earth”
Márta Mészáros * – “Diary for My Children,” “Adoption”
Mike Mills – “20th Century Women,” “Beginners”
Idrissa Ouedraogo * – “Tilaï,” “Yaaba”
Éva Pataki – “The Seventh Room,” “Diary for My Loves”
Cinco Paul – “The Secret Life of Pets,” “DespicableMe”
Jordan Peele * – “Get Out,” “Keanu”
Simon Pegg – “Run Fat Boy Run,” “Shaun of the Dead”
Mohammad Rasoulof * – “Manuscripts Don’t Burn,” “Goodbye”
Eran Riklis * – “Lemon Tree,” “The Syrian Bride”
Céline Sciamma – “My Life as a Zucchini,” “Tomboy”
Mrinal Sen * – “The Case Is Closed,” “In Search of Famine”
Taylor Sheridan – “Hell or High Water,” “Sicario”
Sooni Taraporevala – “Mississippi Masala,” “Salaam Bombay!”
Tran Anh Hung * – “Norwegian Wood,” “The Scent of Green Papaya”
Joss Whedon – “Marvel’s The Avengers,” “The Cabin in the Woods”
William Wheeler – “Queen of Katwe,” “The Reluctant Fundamentalist”
Yau Nai-hoi – “Three,” “Election”
Mauricio Zacharias – “Little Men,” “Love Is Strange”
Martin Zandvliet * – “Land of Mine,” “A Funny Man”
Members-at-Large
Pippa Anderson
Margaret Bodde
Dan Bradley
Brooke Breton
Chris Brigham
Jill Brooks
Stephen Broussard
Stephen Campanelli
Joyce Cox *
Charles Croughwell
Andrew Z. Davis
Steve M. Davison
Bill Draper
Mitch Dubin
Christopher D. Edwards *
Mickey Giacomazzi
Richard Glasser
Jeffrey W. Harlacker
Thomas R. Harper
Jill Hopper
Craig Hosking
Gary Hymes
Andrea Kalas
Jeanie King
Natasha Léonnet
Todd London
Erika McKee
Mary McLaglen
Ujwal Narayan Nirgudkar
Cyndi Ochs
Howard Paar
Darwyn Peachey
Louis Phillips
Susan Pickett
Thomas Poole
Darrin Prescott
Bérénice Robinson
Lee Rosenthal
Rebekah Rudd
P. Scott Sakamoto
Dana Sano
William O. Schultz
Ellen H. Schwartz
William Sherak
Brian Smrz
John Stoneham, Jr.
David Taritero
Garrett Warren
Raymond Yeung
Associates
Rowena Arguelles
Peter Benedek
Jim Berkus
George Freeman
Harry Gold
Scott Greenberg
Brandt Joel
Keya Khayatian
Richard Klubeck
Jessica Lacy
Jon Levin
Rhonda Price
Hylda Queally
Philip Raskind
Stephanie Ritz
Rajendra Roy
Mick Sullivan

***

Com a adição, a Academia conta atualmente com 7.461 membros votantes.

RETROSPECTIVA 2016: Um ano tenebroso

O host do Oscar 2017, Jimmy Kimmel, faz um pequeno quiz com habitante de Brooklyn

ANO FICA ASSOCIADO ÀS TRAGÉDIAS

Saudações aos cinéfilos que ficaram em casa neste fim de ano ou que conseguiram uma boa conexão de internet na praia! Primeiramente, gostaria de agradecer a todos que acompanharam aqui o blog ou pela página do Facebook, pois seu apoio significa muito pra mim, que continuo esse trabalho sem ganhar um único centavo!

Bom, acho que esse ano foi extremamente tenebroso a ponto de agradecer que estamos vivos ainda! Teve muita gente bacana partindo, muitas tragédias como a da queda do avião da Chapecoense, e para aqueles que ficaram, sobrou a crise econômica, um corrupto por dia preso pela Lava Jato (incrivelmente o Lula permanece ileso), desemprego, aumento da violência, inflação dos alimentos e agora esse calor dos infernos!

Bom, este ano foi meio atípico pra mim também, porque mudei de apartamento e acabei ocupando alguns meses para preparar e me ajeitar. Nessas horas que vejo que tinha tanta tralha em casa e deveria ter me livrado daquela coleção de VHS do James Bond! Com esses contratempos da mudança, tive bem menos tempo para assistir aos filmes, chegando num satisfatório número de 97. Não sei nem como consegui ver sete filmes na Mostra de Cinema! E não sei quanto a vocês, mas a cada ano que passa, parece que tenho mais vontade de rever os filmes que gosto do que ver filmes novos… Será que é crise de meia-idade?

Nesse post, vou tentar comentar alguns fatos relevantes de 2016. Fiquem à vontade para compartilhar seus pensamentos ou mesmo sua própria retrospectiva no final do post!

OSCAR 2016

Como há muito tempo não via, houve uma briga acirradíssima entre três filmes para ganhar o Oscar de Melhor Filme: O Regresso, A Grande Aposta e Spotlight: Segredos Revelados. Dos três, o vencedor Spotlight é o que menos gosto, porque tem menos cara de filme, e mais de televisão. Além disso, faltou um clima maior de tensão, afinal os jornalistas estavam mexendo com gente poderosa da Igreja. Cadê as ameaças? Havia uma cena que tinha um potencial enorme nesse sentido. Nela, o personagem de Mark Ruffalo está em casa falando sobre a matéria pelo telefone e a campainha toca. Seria excelente se houvesse ali uma ameaça ou iminente perigo, mas o clima simplesmente esfriou.

Enfim, a Academia foi pelo mais óbvio e se apoiou sobre um tema polêmico (pedofilia na Igreja) para justificar sua escolha. Acredito que seria mais justo premiar a ousadia da linguagem de A Grande Aposta, que além de apresentar uma montagem versátil com inserts cômicos, teve o grande mérito de saber abordar um tema chato (a crise imobiliária) num filme leve. Ou até o épico visual de Alejandro González Iñárritu, O Regresso, seria uma escolha mais sensata, porque tem cara de filme, aliás, filme de IMAX! Mas seria infinitamente mais surpreendente a vitória de Mad Max: Estrada da Fúria, porque foi o filme mais ousado de 2015, tanto que foi um sucesso entre crítica e público, além de ser um tapa na cara de todos esses produtores antiquados que só pensam em lucro. Mas enfim, a produção de George Miller ficou limitada aos prêmios técnicos.

Quanto aos prêmios de interpretação, o Oscar de Coadjuvante para Mark Rylance foi justo. Apesar de ter torcido por Stallone, todos sabíamos que seria mais pelo lado emotivo, afinal ele é uma estrela de ação extremamente carismática, reinterpretando um personagem adorado pela sétima vez. Gostaria muito de ter visto seu discurso de agradecimento, mas ainda não foi desta vez…

mark-ryalnce-oscars_2756529f

Mark Rylance posa com seu Oscar por Ponte dos Espiões

Ainda não entendi o prêmio para Brie Larson como Atriz principal. Quem viu O Quarto de Jack, sabe que sua personagem é praticamente coadjuvante diante do próprio menino Jack (o ótimo Jacob Tremblay). E de qualquer forma, na minha opinião, Larson estava muito atrás de Charlotte Rampling (45 Anos) e Saoirse Ronan (Brooklyn).

E vale lembrar aqui a primeira indicação para uma animação brasileira. Só espero que O Menino e o Mundo, de Ale Abreu, consiga estimular novos animadores e, acima de tudo, o Ministério da Cultura a investir mais em cinema nacional de outros gêneros. Vejo incontáveis filmes brasileiros sendo lançados no cinema, mas que não conseguem durar mais de 2 semanas em cartaz aqui em São Paulo. Imagina em outros estados…

DESTAQUES PESSOAIS

Gostaria de citar alguns filmes que considero relevantes, mesmo não constando nas minhas listas de melhores.

RUA CLOVERFIELD, 10 (10 CLOVERFIELD LANE)
Dir: Dan Trachtenberg

Há muito tempo não via uma boa ficção científica americana com poucos recursos. Talvez a última tenha sido Gattaca – A Experiência Genética (1997). Coincidência ou não, as duas conseguiram extrair o melhor da criatividade com orçamento baixo. Rua Cloverfield, 10 se mostra minimalista ao mesmo tempo em que segura o espectador sob muita tensão no bunker. Muito se deve também à excelente performance de John Goodman como o paranóico Howard – aliás, acho a melhor interpretação de sua carreira. Pena que no final, o produtor J.J. Abrams resolveu abrir o bolso e estragou o ótimo clima.

cloverfield-10

Mary Elisabeth Winstead em cativeiro com John Goodman em Rua Cloverfield, 10, de Dan Trachtenberg (pic by cine.gr)

DEADPOOL (DEADPOOL)
Dir: Tim Miller

Depois de tantos filmes sobre super-heróis, você acaba parando de gerar expectativas para o próximo lançamento, e foi aí que Deadpool se deu melhor. Ciente de que esse universo precisava de uma chacoalhada, os roteiristas e o diretor decidiram ousar: botaram muita violência, piadas de humor negro e sexuais, e claro, sexo. Sem esses ingredientes, Deadpool seria um fracasso monumental. A química entre Ryan Reynolds e Morena Baccarin faz com que o público simpatize com os personagens. Essa coragem foi muito bem recompensada pela bilheteria, mesmo com censura para maiores de 16 anos. E agora o filme participa de premiações importantes como o Critics’ Choice e Globo de Ouro.

ryan-reynolds-deadpool-2718756

Ryan Reynolds e Morena Baccarin: o melhor casal no universo dos quadrinhos

INVOCAÇÃO DO MAL 2 (THE CONJURING 2)
Dir: James Wan

James Wan continua sendo um dos raros pólos de terror da atualidade. Seus filmes podem ter uma certa fórmula, mesmo para assustar, mas todas funcionam. São coisas básicas como uma sugestão de presença no escuro ou uma simples mudança de foco num plano fixo, mas Wan manda bem como ninguém. Nesse filme, sua ambientação dos anos 80 é muito caprichada, e ele cria uma forte empatia com o casal central vivido por Patrick Wilson e Vera Farmiga numa belíssima e tocante cena em que ele toca a música “Can’t Help Falling in Love” de Elvis Presley para as crianças da casa assombrada. Por que não ter uma cena dessas num filme de terror?

conjuring-2-mit-vera-farmiga

Vera Farmiga com a freira em cena de Invocação do Mal 2 (pic by moviepilot.de)

CRÍTICAS

Vamos às listas do ano, começando com os melhores vistos nos cinemas.

TOP 5 MELHORES DO ANO NO CINEMA

5. Animais Noturnos (Nocturnal Animals/ 2016)
Dir: Tom Ford

4. A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl/ 2015)
Dir: Tom Hooper

3. Brooklyn (Brooklyn/ 2015)
Dir: John Crowley

2. Elle (Elle/ 2016)
Dir: Paul Verhoeven

1. A Criada (Ah-ga-ssi/ 2016)
Dir: Park Chan-wook

handmaiden-mit-jin-woong-jo-min-hee-kim-und-tae-ri-kim

Elenco principal de A Criada, de Park Chan-wook (pic by moviepilot.de)

Definitivamente, a melhor produção que vi nos cinemas pela sua excelência no campo da fotografia, direção de arte e figurino.O diretor Park Chan-wook recria o início do século XX na Coréia, constrói personagens bem tridimensionais e uma estrutura narrativa que relembra o clássico de Akira Kurosawa, Rashomon. Foi uma lástima que o comitê coreano não o selecionou como representante para o Oscar, pois perdeu uma ótima chance de conseguir sua primeira indicação.

TOP 5 MELHORES EM MÍDIA DIGITAL

5. General (The General/ 1926)
Dir: Buster Keaton e Clyde Bruckman

4. O Barco: Inferno no Mar (Das Boot/ 1981)
Dir: Wolfgang Petersen

3. Um Condenado à Morte Escapou (Un condamné à mort s’est échappé ou Le vent souffle où il veut / 1956)
Dir: Robert Bresson

2. Vinhas da Ira (Grapes of Wrath/ 1940)
Dir: John Ford

1. 45 Anos (45 Years/ 2015)
Dir: Andrew Haigh

45-years-293761l

Tom Courtenay e Charlotte Rampling em 45 Anos, de Andrew Haigh (photo by cinemagia.ro)

Não consigo parar de elogiar esse filme para todos os meus amigos. 45 Anos tem uma premissa bastante simples: Enquanto casal planeja festa de 45 anos de casamento, descobrem o corpo da ex-mulher do marido, causando um abalo sísmico no relacionamento. O filme de Andrew Haigh faz um levantamento sobre ser a segunda opção de seu parceiro. Teria sua vida valido a pena? Sua narrativa é bastante eficiente e objetiva, nunca se rendendo aos clichês que poderia facilmente cair. Atuação primorosa de Charlotte Rampling.

IN MEMORIAN

Não me recordo de um ano tão repleto de mortes como este de 2016. Logo de cara, fomos surpreendidos com a morte do ícone pop David Bowie e, mais recentemente, perdemos a nobreza intergaláctica Carrie Fisher e a estrela da era de ouro de Hollywood, Debbie Reynolds.

david-bowie

O camaleão David Bowie, que também atuou em cults como Labirinto e Fome de Viver

Além de Bowie, perdemos os músicos George Michael, Prince (que venceu o Oscar de Trilha por Purple Rain – disponível no Netflix) e Leonard Cohen. Grandes escritores como Harper Lee (autora de O Sol é Para Todos) e Umberto Eco (autor de O Nome da Rosa).

Figuras emblemáticas como Gene Wilder, o eterno Willy Wonka de A Fantástica Fábrica de Chocolate; e Alan Rickman, que ficou eternizado como Hans Gruber de Duro de Matar e o professor Snape da saga Harry Potter. Vencedores do Oscar também nos deixaram: Patty Duke (Atriz Coadjuvante por O Milagre de Anne Sullivan), George Kennedy (Ator Coadjuvante por O Indomável), o diretor polonês Andrzej Wajda (Oscar Honorário), Curtis Hanson (diretor que venceu o Oscar de Roteiro Adaptado por Los Angeles – Cidade Proibida), Michael Cimino (Diretor por O Franco-Atirador) e Vilmos Szigmond (Fotografia por Contatos Imediatos do Terceiro Grau).

Alan-Rickman-as-Severus-Snape-in-Harry-Potter.jpg

Alan Rickman como Professor Snape

Grandes profissionais como Arthur Hiller (produtor de Love Story), Abbas Kiarostami (diretor responsável pelo nascimento do cinema iraniano), Robin Hardy (diretor do cult O Homem-Palha), um dos grandes diretores italianos do Neo-realismo Ettore Scola, Garry Marshall (diretor de Uma Linda Mulher), Douglas Slocombe (diretor de fotografia da trilogia Indiana Jones), o diretor de arte Gil Parrondo (responsável por Patton – Rebelde ou Herói e Nicholas e Alexandra), o jovem ator de Star Trek Anton Yelchin (que teve uma morte boba demais), o diretor dos clássicos de James Bond como 007 Contra Goldfinger, Guy Hamilton; e nossos diretores brasileiros Hector Babenco e Andrea Tonacci.

FELIZ ANO NOVO!

Depois de passar por um ano tenebroso como esse, a esperança para que 2017 seja um ano infinitamente superior cresce a cada dia. Se a economia vai estar melhor ou não, se a política brasileira vai tomar vergonha na cara ou não, se vamos ter mais “diversidade” no Oscar ou não isso eu não sei. A única coisa que quero é que cenas como essa (foto abaixo) não se repitam. Quando vi essa imagem nos jornais, fiquei estarrecido. Toda vez que olhava pra esse menino de Alepo, na Síria, que acabara de ter sua casa destruída por um bombardeio, tinha vontade de chorar. A que ponto chegamos? O menino não sabia nem o que tinha acontecido, enquanto sangrava pelo rosto todo! Esse tipo de acontecimento faz a gente perder a fé na humanidade. Por isso, meus votos para 2017 são de paz e de responsabilidade para essas pessoas e governos que muitas vidas dependem. Sejam mais conscientes de seus atos. É isso… Feliz Ano Novo para todos!

alleppo-boy-air-strike-syria-omran-daqneesh-siria-revista-momen-cadu-ferreira

Desnorteado, menino de Alepo sendo socorrido por uma ambulância. De cortar o coração.

‘O Lado Bom da Vida’ domina o Independent Spirit Awards 2013

David O. Russell, vencedor de Melhor Diretor e Roteiro por O Lado Bom da Vida, no Independent Spirit Awards

David O. Russell, vencedor de Melhor Diretor e Roteiro por O Lado Bom da Vida, no Independent Spirit Awards (photo by latimes.com)

Um dia antes de concorrer em oito categorias no Oscar, a comédia O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook) se tornou a grande vitoriosa do prêmio que prestigia o cinema mais independente. Além de Melhor Filme, o filme de David O. Russell levou Direção, Roteiro e Atriz para Jennifer Lawrence.

Curiosamente, o orçamento de produção do vencedor ultrapassa em 1 milhão de dólares do limite estipulado pela premiação para poder concorrer, mas parece que o lobby da distribuidora Weinstein Company falou mais alto. Aliás, esta é a segunda produção consecutiva da Weinstein a ganhar o Independent Spirit Awards depois de O Artista.

Jennifer Lawrence aceitando prêmio de Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida (photo by movies.yahoo.com)

Jennifer Lawrence aceitando prêmio de Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida (photo by movies.yahoo.com)

Em 2012, havia uma discussão sobre a eligibilidade de O Artista nas principais categorias. Como ambos os atores principais (Jean Dujardin e Bérènice Bejo) e o diretor Michel Hazanavicius são franceses, o filme deveria ter competido apenas como produção estrangeira. Acabou também limpando a premiação com Melhor Filme, Diretor, Fotografia e Ator.

Com o domínio de O Lado Bom da Vida, um dos principais concorrentes ficou praticamente esquecido: Indomável Sonhadora. Apesar de terem tentado compensar o pequeno filme apenas com o prêmio de Fotografia para Ben Richardson, o público ficou com a sensação de injustiça, afinal, terá poucas chances nas quatro categorias que está indicado no Oscar ao contrário do filme vencedor.

Pelo histórico do Independent Spirit Awards, surgiu uma famosa frase: “Ganhe no sábado e perca no domingo”. Normalmente o filme vencedor perde no Oscar no dia seguinte. Casos mais recentes incluem Cisne Negro, Preciosa – Uma História de Esperança e O Lutador. O único a quebrar esta escrita foi justamente O Artista, que levou ambos o Independent e o Oscar.

Contudo, essa aliança tende a ficar mais recorrente. Desde 2000, 10 dos 13 vencedores de Melhor Filme foram também indicados a Melhor Filme no Oscar. Sem contar os atores que ganharam os dois prêmios: Jean Dujardin (O Artista), Christopher Plummer (Toda Forma de Amor), Natalie Portman (Cisne Negro), Mo’Nique (Preciosa – Uma História de Esperança) e Jeff Bridges (Coração Louco).

Ainda sobre os vencedores nas categorias de atuação, o Independent Spirit Awards salvou o ano dos atores John Hawkes e Matthew McConaughey. Ambos tiveram suas interpretações muito elogiadas pela crítica no final de 2012, mas viram suas boas campanhas naufragarem com a ausência na lista do Oscar. Em seu discurso de agradecimento, McConaughey, que venceu pelo papel de um dono de clube de striptease em Magic Mike, soltou um desabafo: “Tive que tirar minhas calças pra ganhar um troféu!”. E com a ausência da favorita Anne Hathaway, Helen Hunt acabou levando a melhor na categoria de atriz coadjuvante por As Sessões.

John Hawkes recebe prêmio de Melhor Ator por As Sessões das mãos de Salma Hayek (photo by sfgate.com)

John Hawkes recebe prêmio de Melhor Ator por As Sessões das mãos de Salma Hayek (photo by sfgate.com)

Amor, de Michael Haneke, confirmou seu favoritismo e deve chegar com força total para o Oscar, mesmo que seus concorrentes diretos (o chileno No e o norueguês Expedição Kon-Tiki) não tenham sido sequer indicados ao Independent Spirit.

Acompanhe novamente os indicados e os vencedores (assinalados em negrito):

MELHOR FILME
Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Bernie
Deixe a Luz Acesa (Keep the Lights On)
Moonrise Kingdom (Moonrise Kingdom)
• O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)

MELHOR DIRETOR
Wes Anderson, Moonrise Kingdom
Julia Loktev, The Loneliest Planet
• David O. Russell, O Lado Bom da Vida
Ira Sachs, Deixe a Luz Acesa
Benh Zeitlin, Indomável Sonhadora

MELHOR ROTEIRO
Wes Anderson & Roman Coppola, Moonrise Kingdom
Zoe Kazan, Ruby Sparks – A Namorada Perfeita
Martin McDonagh, Sete Psicopatas e um Shih Tzu
• David O. Russell, O Lado Bom da Vida
Ira Sachs, Deixe a Luz Acesa

MELHOR FILME DE ESTREANTE
Fill the Void
Gimme the Loot
Sem Segurança Nenhuma (Safety Not Guaranteed)
Sound of My Voice
• As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower)

MELHOR ROTEIRO DE ESTREANTE
Rama Burshtein, Fill the Void
• Derek Connolly, Sem Segurança Nenhuma
Christopher Ford, Frank e o Robô
Rashida Jones & Will McCormack, Celeste e Jesse Para Sempre
Jonathan Lisecki, Gayby

JOHN CASSAVETES AWARD – (para produções abaixo de 500 mil dólares)
Breakfast with Curtis
• Middle of Nowhere
Mosquita y Mari
Starlet
The Color Wheel

MELHOR ATRIZ
Linda Cardellini, Return
Emayatzy Corinealdi, Middle of Nowhere
• Jennifer Lawrence, O Lado Bom da Vida
Quvenzhané Wallis, Indomável Sonhadora
Mary Elizabeth Winstead, Smashed

MELHOR ATOR
Jack Black, Bernie
Bradley Cooper, O Lado Bom da Vida
• John Hawkes, As Sessões
Thure Lindhardt, Deixe a Luz Acesa
Matthew McConaughey, Killer Joe – Matador de Aluguel
Wendell Pierce, Four

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Rosemarie DeWitt, Your Sister’s Sister
Ann Dowd, Compliance
• Helen Hunt, As Sessões
Brit Marling, Sound of My Voice
Lorraine Toussaint, Middle of Nowhere

MELHOR ATOR COADJUVANTE
• Matthew McConaughey, Magic Mike
David Oyelowo, Middle of Nowhere
Michael Péna, Marcados Para Morrer
Sam Rockwell, Sete Psicopatas e um Shih Tzu
Bruce Willis, Moonrise Kingdom

MELHOR FOTOGRAFIA
Yoni Brook, Valley of Saints
Lol Crawley, Here
• Ben Richardson, Indomável Sonhadora
Roman Vasyanov, Marcados Para Morrer
Robert Yeoman, Moonrise Kingdom

MELHOR DOCUMENTÁRIO
How to Survive a Plague
Marina Abramović: The Artist is Present
The Central Park Five
• The Invisible War
The Waiting Room

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Amor (França) de Michael Haneke
Once Upon A Time in Anatolia (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
Ferrugem e Osso (França/Bélgica), de Jacques Audiard
Sister (Suíça), de Ursula Meier
A Feiticeira da Guerra (República Democrática do Congo), de Kim Nguyen

PIAGET PRODUCERS AWARD
Nobody Walks, Alicia Van Couvering
Prince Avalanche, Derrick Tseng
Stones in the Sun, Mynette Louie

SOMEONE TO WATCH AWARD
Pincus, diretor David Fenster
Gimme the Loot, diretor Adam Leon
Electrick Children, diretora Rebecca Thomas

TRUER THAN FICTION AWARD (dado para documentaristas emergentes)
Leviathan, diretores Lucien Castaing-Taylor and Véréna Paravel
The Waiting Room, diretor Peter Nicks
Only the Young, diretores Jason Tippet & Elizabeth Mims

ROBERT ALTMAN AWARD (pelo elenco)
Starlet
Diretor: Sean Baker
Diretor de Casting: Julia Kim
Elenco: Dree Hemingway, Besedka Johnson, Karren Karagulian, Stella Maeve, James Ransone.

FIND Your Audience Award
Breakfast With Curtis, de Laura Colella
The History of Future Folk, de John Mitchell, Jeremy Kipp Walker

Matthew McConaughey com o prêmio de coadjuvante por Magic Mike (photo by beaumontenterprise.com)

Matthew McConaughey com o prêmio de coadjuvante por Magic Mike (photo by beaumontenterprise.com)

Preview Cinema 2013

Fila de Cinema (Ilustração por estudandosampa.zip.net)

Fila de Cinema (Ilustração por estudandosampa.zip.net)

Como todo ano afirmo que a safra de filmes piora, este post pode tentar me provar do contrário. Como os Maias estavam enganados e o ano não acabou em 2012, parece que Hollywood quer nos convencer de que desse ano não passa o apocalipse. Pelo menos sete produções focam num futuro sombrio, seja com zumbis ou com invasões alienígenas. Minha preocupação pessoal nessa questão é que os americanos destruíam tantas vezes Nova York nos filmes que Bin Laden acabou concretizando esse desejo. Agora, com tantas previsões do fim do mundo, outro gênio da lâmpada pode aparecer.

Para quem não quer ver mortos-vivos ou cenários de destruição, não se preocupe. Temos uma nova enxurrada de adaptações de quadrinhos. Três filmes devem confirmar o ápice do reinado Marvel Comics: Homem de Ferro 3, Wolverine – Imortal e Thor: The Dark World, enquanto a DC Comics busca um recomeço depois do fim da trilogia de Batman com um novo reboot de Super-Homem. Dizem que se este filme for bem recebido, existe a possibilidade de haver um filme da Liga da Justiça, como houve com Os Vingadores.

Dos filmes considerados blockbuster, se pudesse escolher apenas um, acredito que Star Trek Into Darkness seja a melhor aposta. Mesmo não sendo um fã desse universo, o trabalho de J.J. Abrams impressiona já pelo trailer. Ao contrário de 80% dos filmes, o 3D realmente está sendo bem utilizado. Além disso, existe uma certa expectativa quanto à performance de Benedict Cumberbatch como o novo vilão Khan.

Também acho que vale a pena conferir o primeiro trabalho do diretor sul-coreano Chan-wook Park nos EUA com atores americanos como Nicole Kidman e o britânico Matthew Goode. Além da aguardada adaptação do romance de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby, pelas idéias mirabolantes de Baz Luhrmann.

Independente de seu gosto cinematográfico, espero que a safra 2013 seja melhor do que anos anteriores e que o Cinema possa sair mais fortalecido como Arte, e menos como produto comercial. Bons filmes!

CAÇA AOS GÂNGSTERES (Gangster Squad)

Dir: Ruben Fleischer

Elenco: Sean Penn, Ryan Gosling, Josh Brolin, Emma Stone

Previsão de estréia: 01/02 (Brasil)

The-Gangster-Squad-2012

Caça aos Gângsteres: Adiamento para 2013

Curiosamente, Caça aos Gângsteres estava previsto para estrear em setembro de 2012. Seu trailer foi retirado dos cinemas depois que houve o atentado em Colorado, pois havia uma cena em que gângsteres atiravam dentro da sala de cinema. Aproveitaram o adiamento para filmar novas sequências para o lançamento em janeiro. Sem querer menosprezar, mas não entendi o motivo de entregarem um filme grande desse com elenco de estrelas nas mãos de um diretor novato e sem experiência no gênero como Ruben Fleischer, que havia dirigido apenas a comédia Zumbilândia. Inicialmente, Caça aos Gângsteres era tratado como material para Oscar, mas seu lançamento em janeiro comprova que os produtores perderam a fé no filme.

MEU NAMORADO É UM ZUMBI (Warm Bodies)

Dir: Jonathan Levine

Elenco: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, John Malkovich

Previsão de estréia: 01/02 (Brasil e EUA)

Meu Namorado é um Zumbi, título brasileiro que visa maiores bilheterias (photo by BeyondHollywood.com)

Meu Namorado é um Zumbi, tradução que visa vender o filme através do título brasileiro (photo by BeyondHollywood.com)

Um tempo atrás, existia a “ondinha” do cinema de terror japonês, que trouxe títulos como O Chamado e O Grito. Recentemente, as salas de cinema do mundo foram invadidas por vampiros e lobisomens (uma tal Saga Crepúsculo), dando continuidade na TV com séries como True Blood e Vampire Diaries. Atualmente, a moda são os zumbis, outrora criação do mestre do terror George Romero (A Noite dos Mortos-Vivos, de 1968). Além de dúzias de filmes como Extermínio, Madrugada dos Mortos e Resident Evil, nossos amigos sedentos por cérebro estão fazendo sucesso com a série The Walking Dead. Por se tratar de um tipo de história muito propício ao humor, já surgiram boas sátiras como Zumbilândia (2009), e esse Meu Namorado é um Zumbi tem tudo pra se tornar outro sucesso para agradar jovens de ambos os sexos. A grande idéia do filme é mostrar que o amor pode destruir barreiras, inclusive sobrenaturais. Pode um zumbi se apaixonar por uma mulher? O título original Warm Bodies (Corpos Quentes) já responde a pergunta. Muita gente acredita que as sátiras são um tipo de filme inútil. Ok, concordo que a maioria atual é uma perda de tempo (mesmo se tratando de 80 a 90 minutos por filme). Mas é uma qualidade única do cinema norte-americano que, desde os anos 80 com Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu, sabe fazer uma auto-análise como nenhum outro país e tirar sarro do próprio cinema e da sua indústria.

SIDE EFFECTS

Dir: Steven Soderbergh

Elenco: Jude Law, Rooney Mara, Channing Tatum, Catherine Zeta-Jones

Previsão de estréia: 08/02 (EUA)

Pôster de Side Effects, de Steven Soderbergh (photo by beyondhollywood.com)

Pôster que copia uma receita médica de Side Effects, de Steven Soderbergh (photo by beyondhollywood.com)

O diretor Steven Soderbergh, que ficou conhecido pelo ótimo trabalho com elenco numeroso e histórias alternadas de Traffic, volta a reunir bons atores em prol de uma trama envolvendo relacionamentos, medicamentos e crime. Devido ao lançamento do filme no começo do ano, acredita-se que não há pretensões de Oscar, mas em se tratando de um filme de Soderbergh, sempre existe essa possibilidade de reconhecimento, ainda mais que temos uma Rooney Mara inspirada, fazendo o papel de uma mulher que toma remédios controlados para reduzir sua ansiedade com a liberação de seu marido da prisão. E Channing Tatum em ascensão através de papéis mais profundos. Vale ressaltar que este pode ser o último filme lançado no cinema de Soderbergh, uma vez que ele está em busca de meios mais alternativos de fazer cinema direto para a TV.

DURO DE MATAR: UM BOM DIA PARA MORRER (A Good Day to Die Hard)

Dir: John Moore

Elenco: Bruce Willis, Mary Elizabeth Winstead, Patrick Stewart

Previsão de estréia: 15/02 (EUA) e 22/02 (Brasil)

Bruce Willis e Jai Courtney (McClane pai e McClane filho) em Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer (photo by BeyondHollywood.com)

Bruce Willis e Jai Courtney (McClane pai e McClane filho) em Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer (photo by BeyondHollywood.com)

Para quem já não acreditava que haveria um Duro de Matar 4.0 (2007), doze anos depois do terceiro filme da série, não deve mais se incomodar com o lançamento do quinto, certo? Bruce Willis, que vive o azarado e persistente policial John McClane, retorna depois de alguns anos bastante produtivos em sua carreira. Participou de Planeta Terror, Red – Aposentados e Perigosos, Looper: Assassinos do Futuro e Moonrise Kingdom, que gerou um burburinho de premiação. Ao lado de colegas de gênero como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Willis ainda mostra disposição para ação e aventura. A presença deles nas bilheterias americanas denota um certo saudosismo daquele cinema americano dos anos 80 e 90 em que tudo era mais politicamente incorreto. Era possível chamar o vilão de mother fucker nigger e dar boas risadas. Desta vez, seu personagem vai à Rússia, onde se alia a seu filho, agente da CIA, para frustrar planos com armas nucleares.

A GLIMPSE INSIDE THE MIND OF CHARLES SWAN III

Dir: Roman Coppola

Elenco: Charlie Sheen, Bill Murray, Mary-Elizabeth Winstead, Jason Schwartzman

Previsão de estréia nos EUA: 15/02 (EUA)

A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III: Charlie Sheen bebendo ao lado de mulheres. Two and a Half Men no cinema?

A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III: Charlie Sheen bebendo ao lado de mulheres. Two and a Half Men no cinema? (photo by cinemagia.ro)

Há um bom tempo Charlie Sheen ficou associado ao Charlie de Two and a Half Men, sitcom da Warner. Com o fim de seu contrato por motivos de briga com o produtor da série, ele retorna aos filmes a pedido de Roman Coppola, colaborador de Wes Anderson no roteiro de Moonrise Kingdom, e filho de um certo diretor chamado Francis Ford Coppola… Acostumado a ser diretor de segunda unidade dos filmes da irmã Sofia Coppola e de Wes Anderson, Roman dirige seu segundo longa com traços bastante non-sense semelhantes ao humor de seu colaborador. Quando via seu nome nos créditos, já imaginava que Roman iria seguir seu próprio caminho, afinal seu sobrenome tem um peso muito forte na indústria hollywoodiana. Aos cinéfilos cabe decidir se o jovem tem talento ou foi uma criação de produtores e agentes. A Glimpse Inside the Mind of Charlie Swann III conta uma história de término de relacionamento, mas como tende a estrear apenas em salas mais cults em São Paulo, não tem previsão de estréia por aqui.

STOKER

Dir: Chan-wook Park

Elenco: Nicole Kidman, Matthew Goode, Mia Wasikowska, Jacki Weaver

Previsão de estréia nos EUA: 01/03

Stoker: Mia Wasikowska e Matthew Goode em clima familiar estranho

Stoker: Mia Wasikowska e Matthew Goode em clima familiar estranho (photo by BeyondHollywood.com)

A primeira vez que ouvi falar de Stoker, acreditava que se tratava de uma trama envolvendo o criador de Drácula, Bram Stoker. Contudo, quando li a sinopse e vi o trailer, o filme mais se assemelhava ao clássico de Alfred Hitchcock, A Sombra de uma Dúvida (1943). Ambos têm um personagem misterioso chamado Tio Charlie, que surge do nada e esconde alguns segredos da família. Talvez exista alguma inspiração livre sobre Hitchcock, porém não creditada do roteiro de Wentworth Miller (sim, o protagonista da série Prison Break). Além dessa curiosa ligação, Stoker apresenta um diferencial chamativo: o diretor sul-coreano Chan-wook Park, de Oldboy (2003) e Lady Vingança (2005). Quanta violência coreana Hollywood estaria disposta a liberar? Além disso, o elenco é bastante promissor: Nicole Kidman (que quando quer ser bizarra, ela consegue), Jacki Weaver, Mia Wasikowska e um intrigante Matthew Goode. A produção também conta o ótimo compositor Clint Mansell, colaborador de Darren Aronosfky (Cisne Negro).

JACK – O MATADOR DE GIGANTES (Jack the Giant Slayer)

Dir: Bryan Singer

Elenco: Nicholas Hoult, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Bill Nighy, Ian McShane

Previsão de estréia nos EUA: 01/03 (EUA) e 22/03 (Brasil)

Jack - O Matador de Gigantes: Bryan Singer pode ter seu barco afundado mais uma vez

Jack – O Matador de Gigantes: Bryan Singer pode ter seu barco afundado mais uma vez (photo by BeyondHollywood.com)

2012 foi o ano de Branca de Neve e os Sete Anões virarem personagens de carne e osso. Este ano, além de João e Maria: Caçadores de Bruxas (que conretiza um futuro sombrio para as crianças que seriam comidas pela Bruxa), aquele conto de fada normalmente intitulada “João e o Pé de Feijão” ganhou finalmente sua versão cinematográfica pelas mãos do talentoso Bryan Singer. Apesar do diretor ter um currículo que inclui sucessos comerciais e de crítica como Os Suspeitos (1995) e X-Men (2000), a super-produção ainda é vista com certa cautela pelos especialistas na mídia devido ao fracasso comercial de algumas adaptações de contos e fada. Acrescento também certo receio devido a qualidade duvidosa dos efeitos digitais que criaram os gigantes. Não se deve esquecer que Singer sujou um pouco sua reputação com o desastre de Superman – O Retorno (2006), e que Nicholas Hoult nunca estrelou de fato um filme desse tamanho. Se a sátira Meu Namorado é um Zumbi for bem, a presença do jovem pode somar pontos.

OZ: MÁGICO E PODEROSO (Oz the Great and Powerful)

Dir: Sam Raimi

Elenco: James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams, Rachel Weisz, Bruce Campbell

Previsão de estréia: 08/03 (Brasil e EUA)

Oz: Mágico e Poderoso: Michelle Williams está encantadora com a feiticeira Glinda (photo by BeyondHollywood.com)

Oz: Mágico e Poderoso: Michelle Williams está encantadora com a feiticeira Glinda (photo by BeyondHollywood.com)

Há muito, muito tempo que Hollywood queria refazer um novo O Mágico de Oz, clássico musical de 1939, estrelado pela jovem Judy Garland. Então, já dá pra imaginar as expectativas criadas sobre um projeto desse tamanho. E este aspecto pode custar muito caro ao sucesso do filme, pois não sabemos exatamente o quanto de liberdade artística a Disney, produtora, deu para seu diretor Sam Raimi trabalhar. Ao ver o trailer, as imagens são muito semelhantes ao Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, até mesmo com o mesmo mote: uma terra que aguarda por seu salvador. O elenco está bem escalado com Rachel Weisz, Michelle Williams, James Franco e uma belíssima Mila Kunis, mas apesar de todo o esforço coletivo, Oz: Mágico e Poderoso pode naufragar pelas críticas. O filme também pode servir de ótima prévia para saber qual o tratamento da Disney em relação à nova trilogia de Star Wars.

OBLIVION

Dir: Joseph Kosinski

Elenco: Tom Cruise, Olga Kurylenko, Morgan Freeman, Melissa Leo

Previsão de estréia: 12/04 (Brasil), 19/04 (EUA)

Oblivion: Tom Cruise em nova ficção científica depois de Minority Report (photo by BeyondHollywood.com)

Oblivion: Tom Cruise em nova ficção científica depois de Minority Report (photo by BeyondHollywood.com)

Trata-se do segundo filme do diretor Joseph Kosinski de Tron – O Legado. Mesmo que tenha sido uma sequência de Tron – Uma Odisséia Eletrônica (1982), o trabalho visual de Kosinski foi bastante elogiado pelos especialistas em ficção científica, pois criara um novo universo respeitando o filme original. Originalmente, Oblivion fora concebido como um projeto no formato de graphic novel (quadrinhos) em 2007, mas com o sucesso de Tron e a entrada de Tom Cruise, acabou se tornando um filme no cenário pós-apocalíptico, que promete inovações na área de design e figurino. No elenco, Cruise atuará ao lado de Morgan Freeman, Olga Kurylenko e Andrea Risenborough. Na equipe de roteiro, a colaboração de Michael Arndt pode ter ajudado em sua escalação para ser roteirista de Star Wars: Episode VII, previsto para 2015.

jOBS

Dir: Joshua Michael Stern

Elenco: Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, James Woods, Josh Gad

Previsão de estréia: 19/04 (EUA)

jOBS: Ashton Kutcher como o criador da Apple, Steve Jobs?

jOBS: Ashton Kutcher como o criador da Apple, Steve Jobs? (photo by businessinsider.com)

Nunca acreditei que Ashton Kutcher fosse um bom ator. Nem mesmo boto fé em seu carisma para essas comédias românticas bobas ou como substituto de Charlie Sheen na série Two and a Half Men. É tão nítido seu esforço em fazer rir que chega a cansar o espectador. Então, quando soube que ele pegou o papel de Steve Jobs no cinema, achei que era o fim do mundo. Mas esse mesmo mundo dá voltas, e esta pode ser a oportunidade de ouro que Kutcher estava aguardando para virar o jogo. Pela foto acima e uns trechos do filme, é possível detectar algumas semelhanças físicas entre ambos, mas apesar da barba e o figurino dos anos 70, Kutcher ainda está muito bonito para um nerd. Apesar do tom pessimista dessa prévia, sempre torço para que eu esteja enganado.

HOMEM DE FERRO 3 (Iron Man 3)

Dir: Shane Black

Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Ben Kingsley, Guy Pearce

Previsão de estréia: 03/05 (Brasil e EUA)

Homem de Ferro 3: Sim, o Homem de Ferro consegue cruzar as pernas (photo by OutNow.CH)

Homem de Ferro 3: Sim, o Homem de Ferro consegue cruzar as pernas (photo by OutNow.CH)

Foi graças ao grande sucesso do primeiro filme Homem de Ferro (2008), que a produtora Marvel Comics conseguiu deslanchar as adaptações seguintes como O Incrível Hulk, Capitão América: O Primeiro Vingador e consequentemente Os Vingadores. Os primeiros dois filmes do personagem foram dirigidos pelo carismático Jon Favreau (que vive o motorista de Tony Stark, Happy Hogan), mas esta sequência foi passada para Shane Black. Assim como aconteceu com Favreau, Shane Black se mostra uma aposta um pouco arriscada, pois só dirigiu Beijos e Tiros (2005), um filme policial descontraído com o próprio Robert Downey Jr. e Val Kilmer. Contudo, Black foi responsável pela criação de Máquina Mortífera (1987), um filme que praticamente definiu o gênero policial nos anos 90, e também tem o apoio de Kevin Feige, o jovem produtor por trás do sucesso da Marvel no cinema, que se mostra bastante sensato nas entrevistas contidas nos extras de DVD e Blu-ray. Em Homem de Ferro 3, Stark terá seu mundo destruído pelo arqui-vilão Mandarim (Ben Kingsley) e enfrentará uma jornada para saber se ele pode se virar sem sua armadura. Esta produção deve conter elementos para preparar o público para Os Vingadores 2, previsto para 2015, e com a presença do Homem-Formiga.

O GRANDE GATSBY (The Great Gatsby)

Dir: Baz Luhrmann

Elenco: Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire, Carey Mulligan

Previsão de estréia: 10/05/13 (EUA) e 14/06 (Brasil)

O Grande Gatsby: Lançamento adiado para 2013 será benéfico?

O Grande Gatsby: Lançamento adiado para 2013 será benéfico? (photo by OutNow.CH)

O novo filme de Baz Luhrmann estava previsto para estrear no final de 2012, mas os produtores do estúdio acreditavam que o filme continha elementos jovens que atrairiam o público no verão americano de 2013, aumentando os lucros. Embora considere uma decisão estranha pelo tipo de filme mais sério que O Grande Gatsby deve ser, a mudança no planejamento pode funcionar.  Com um elenco bastante promissor liderado por Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire e a talentosa Carey Mulligan, Baz Luhrmann volta a dirigir um longa desde 2008, quando lançou o épico Austrália. Muito apoiado ainda pelo sucesso do musical Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001), o diretor pode surpreender pelo tom mais sério e trágico devido ao romance de F. Scott Fitzgerald, porém pode frustrar aqueles fãs que esperavam por um espetáculo musical.

STAR TREK INTO DARKNESS

Dir: J.J. Abrams

Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Benedict Cumberbatch, Zoe Saldana

Previsão de estréia: 17/05 (EUA) e 23/07 (Brasil)

Star Trek Into Darkness: Cumberbatch (centro) é o novo Khan

Star Trek Into Darkness: Cumberbatch (centro) é o novo Khan (photo by OutNow.CH)

Sabe qual foi a melhor coisa de ter assistido a O Hobbit: Uma Jornada Inesperada no cinema? Ter conferido um trecho do filme Star Trek Into Darkness em ótimo 3D antes! Confesso que nunca fui muito fã da série criada por Gene Roddenberry, mas J.J. Abrams fez um belo trabalho na revitalização da cinessérie com Star Trek (2009) e agora tem tudo para fazer um dos melhores filmes de ficção científica da atualidade. A maioria dos fãs da série e dos filmes anteriores aponta que Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan (1982) foi o melhor filme de todos, portanto existe uma imensa expectativa de que esta sequência represente o mesmo nesta nova geração. Se depender do ator que interpreta o vilão, Benedict Cumberbatch (o novo Sherlock Holmes da série da BBC), Star Trek Into Darkness já é o novo favorito.

DEPOIS DA TERRA (After Earth)

Dir: M. Night Shyamalan

Elenco: Will Smith, Jaden Smith, Sophie Okonedo

Previsão de estréia: 07/06 (Brasil e EUA)

After Earth: Nova tentativa de Will Smith na ficção científica depois de Eu Sou a Lenda (photo by BeyondHollywood.com)

After Earth: Nova tentativa de Will Smith na ficção científica depois de Eu Sou a Lenda (photo by BeyondHollywood.com)

Ok, todos sabemos que M. Night Shyamalan estourou com O Sexto Sentido (1999) e depois entrou em decadência. Tem gente que odeia Sinais (2002), A Dama na Água (2006) e Fim dos Tempos (2008). Já eu pertenço ao grupo dos que não gostam de A Vila (2004). Alguns amigos e eu já discutimos seriamente sobre a carreira do diretor indiano M. Night Shyamalan, quero dizer, o que aconteceu? Teve apenas um lampejo de inspiração que deu certo? Claro que em proporções bem menores, seria ele uma espécie de Orson Welles, cujo primeiro filme Cidadão Kane fora seu ápice? Talvez a causa resida no fato de Shyamalan trabalhar apenas com roteiros de sua autoria. Nessa teoria, talvez Depois da Terra signifique um recomeço em sua carreira como diretor, pois pela primeira vez, trabalha com roteiro escrito por outro profissional: Stephen Gaghan, que ganhou o Oscar por Traffic (2000). Depois da Terra conta com Will Smith e seu filho Jaden Smith na história de uma nave que cai em um planeta evacuado por humanos há mil anos. Shyamalan tem talento para criar cenas, mas suas idéias como roteirista podem estar atrapalhando há um bom tempo.

MUCH ADO ABOUT NOTHING

Dir: Joss Whedon

Elenco: Nathan Fillion, Clark Gregg, Amy Acker, Alexis Denisof

Previsão de estréia: 05/04 (Brasil) e 07/06 (EUA)

Much Ado About Nothing: filme despretensioso de Joss Whedon (photo by movieplayer.it)

Much Ado About Nothing: filme despretensioso de Joss Whedon (photo by movieplayer.it)

Por que falar apenas sobre grandes produções se há incontáveis gemas na programação? Este pequeno e despretensioso filme baseado numa peça de William Shakespeare foi filmado em segredo em apenas 12 dias logo depois que Joss Whedon acabara de dirigir a mega produção Os Vingadores. Tratava-se de um projeto pessoal há tempos idealizado, mas que só foi concretizado graças à esposa dele, Kai Cole, que decorou a casa onde a ação do filme se passa. Much Ado About Nothing é uma comédia clássica sobre dois casais com diferentes abordagens sobre amor. O filme estreou no último Festival de Toronto e deve criar espectadores fiéis de Whedon, criador da série Firefly e Buffy: A Caça-Vampiros.

O HOMEM DE AÇO (Man of Steel)

Dir: Zack Snyder

Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Kevin Costner, Diane Lane, Michael Shannon

Previsão de estréia: 14/06 (EUA) e 12/07 (Brasil)

O Homem de Aço: Depois de Christopher Reeve e Brandon Routh, chegou a vez de Henry Cavill (photo by BeyondHollywood.com)

O Homem de Aço: Depois de Christopher Reeve e Brandon Routh, chegou a vez de Henry Cavill (photo by BeyondHollywood.com)

A idéia da DC Comics é criar um novo Superman – O Filme (1978), mostrando as origens da Kal-El, o alienígena de Krypton mais conhecido como Super-Homem. Para isso, contrataram Zack Snyder, que ficou conhecido por seu estilo com câmeras lentas do épico espartano 300 e da adaptação do clássico graphic novel de Alan Moore, Watchmen. Pessoalmente, não gosto do personagem, nem de seus quadrinhos. Milhares de fãs vão querer me esganar, mas acredito que o mote de Super-Homem é fraco. Ao contrário de seu colega Batman, o personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster é um alienígena que ganha poderes na Terra e os usa para o bem da humanidade. Ele tem um alter-ego jornalista chamado Clark Kent e seu ponto fraco é kryptonita, que seu vilão Lex Luthor sempre tem uma. Claro que com Zack Snyder como diretor e Christopher Nolan como produtor, esta nova versão de Super-Homem deve entregar sequências de ação memoráveis. O roteiro de David S. Goyer, colaborador na trilogia de Batman, deve buscar recriar o universo do personagem de forma mais realista, mas talvez não seja a melhor pedida num filme com alienígenas. Independente do resultado final, o elenco deve valer a pena: Russell Crowe como o pai de Superman, Amy Adams como Lois Lane, Kevin Costner e Diane Lane como os Kent, e minha maior expectativa: Michael Shannon como o General Zod. O jovem Henry Cavill pode ser uma boa aposta para o papel principal.

UNIVERSIDADE MONSTROS (Monsters University)

Dir: Dan Scanlon

Elenco: (Vozes de) Billy Crystal, John Goodman, Steve Buscemi

Previsão de estréia: 21/06 (Brasil e EUA)

Universidade Monstros: Pixar traz personagens queridos de volta (photo by BeyondHollywood.com)

Universidade Monstros: Pixar traz personagens queridos de volta (photo by BeyondHollywood.com)

Não é porque funcionou com a trilogia Toy Story que vai funcionar com outros sucessos da Pixar. Embora seja muito comum haver sequências de animações, a Pixar costuma rejeitar essa idéia porque acredita que o bom cinema vem de boas histórias e não apenas de lucro. Contudo, depois que o estúdio foi comprado pela Disney, algumas políticas mudaram e logo veio a primeira sequência: Toy Story 3. Tinha tudo para dar errado, afinal fazia 11 anos que Toy Story 2 havia sido lançado e tudo indicava que só queriam fazer a terceira parte por motivos comerciais. Felizmente, eu estava bem enganado. Mas uma continuação de Monstros S.A.?! O original já não tinha história o suficiente para suportar um longa… Espero estar enganado novamente. Universidade Monstros é uma prequência de Monstros S.A., que revela como a amizade entre Mike e Sulley começou.

GUERRA MUNDIAL Z (World War Z)

Dir: Marc Forster

Elenco: Brad Pitt, Matthew Fox, Mireille Enos

Previsão de estréia: 21/06 (EUA) e 28/06 (Brasil)

Guerra Mundial Z: outra produção pós-apocalíptica envolvendo zumbis (photo by BeyondHollywood.com)

Guerra Mundial Z: outra produção pós-apocalíptica envolvendo zumbis (photo by BeyondHollywood.com)

Marc Forster dirigiu dois bons dramas: Gritos na Noite e A Última Ceia. Quando resolveu aceitar a proposta de assumir 007 – Quantum of Solace (2008), arriscou sua reputação de bom diretor de dramas para se aventurar com James Bond. O resultado foi meio catastrófico, pois além de Forster perder a mão na direção, entregando um filme decepcionante depois do sucesso de 007 – Cassino Royale, acabou pedindo desculpas publicamente pelo fracasso. E este Guerra Mundial Z está com cara de repeteco desse pedido de desculpas. Nada contra a presença de Brad Pitt nesse filme-catástrofe, mas fiquei com a impressão de que o ator aceitou a proposta apenas pelo cachê milionário. Tudo bem que tem uns 17 filhos pra cuidar em casa, mas não acho que justifique.

O CAVALEIRO SOLITÁRIO (The Lone Ranger)

Dir: Gore Verbinski

Elenco: Armie Hammer, Johnny Depp, Helen Bonham Carter, Tom Wilkinson

Previsão de estréia: 05/07 (EUA) e 12/07 (Brasil)

O Cavaleiro Solitário: Johnny Depp e Armie Hammer fazem dupla que faz justiça no velho oeste (photo by BeyondHollywood.com)

O Cavaleiro Solitário: Johnny Depp e Armie Hammer fazem dupla que faz justiça no velho oeste (photo by BeyondHollywood.com)

Todo mundo está careca de saber que a parceria entre Johnny Depp e Tim Burton costuma render bons frutos. Contudo, sua colaboração com o diretor Gore Verbinski nos filme de Piratas do Caribe e na criativa animação Rango, Depp passou a firmar essa nova sintonia. Desta vez, eles se unem para trazer uma dupla que fez sucesso na TV durante a década de 50. Tudo parece muito promissor, mas existe uma certa maldição que ronda Hollywood de transpor séries televisivas antigas para o cinema. Alguns exemplos de fracasso são Agente 86 e A Feiticeira. Será que esta parceria resistirá a isso?

CÍRCULO DE FOGO (Pacific Rim)

Dir: Guillermo del Toro

Elenco: Ron Perlman, Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikuchi

Previsão de estréia: 12/07 (EUA) e 09/08 (Brasil)

Círculo de Fogo:

Círculo de Fogo: humanos pilotam robôs em novo filme de Guillermo del Toro (photo by BeyondHollywood.com)

Reconhecido por seus filmes fantasiosos como O Labirinto do Fauno (2006) e dos dois filmes de Hellboy, aparentemente o diretor mexicano Guillermo del Toro também tem paixão por ficção científica. Depois que sua tentativa de dirigir O Hobbit: Uma Jornada Inesperada fracassou, ele decidiu filmar essa aventura pós-apocalíptica em que humanos pilotam robôs gigantes para combater uma raça alienígena que invadiu a Terra. Novamente ele conta com seu ator-fetiche Ron Perlman, e escalou Idris Elba quando Tom Cruise resolveu filmar Oblivion. Pelo fato de não haver uma estrela no elenco, sempre existe uma possibilidade de fracasso comercial, mas acredito que o talento de del Toro compense até demais essa ausência.

WOLVERINE – IMORTAL (The Wolverine)

Dir: James Mangold

Elenco: Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto

Previsão de estréia: 26/07 (Brasil e EUA)

Wolverine na terra do sol nascente em Wolverine - Imortal (photo by OutNow.CH)

Wolverine na terra do sol nascente em Wolverine – Imortal (photo by OutNow.CH)

Depois dos créditos finais de X-Men Origens: Wolverine (2009), existe uma cena em que o personagem está num bar no Japão, o que já indicava que o próximo filme do mutante com garras de adamantium se passaria na terra do sol nascente, mais precisamente adaptando uma famosa saga escrita por Frank Miller e Chris Claremont no universo dos quadrinhos dos anos 80. Será a sexta aparição de Hugh Jackman como Wolverine e o primeiro filme sem “X-Men” no título. Nesta aventura, ele treinará com um samurai e terá como oponente o Samurai de Prata.

ELYSIUM

Dir: Neill Blomkamp

Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga

Previsão de estréia: 09/08 (EUA) e 16/08 (Brasil)

Matt Damon em Elysium (photo by OutNow.CH)

Matt Damon em Elysium (photo by OutNow.CH)

No ano de 2159, os milionários vivem numa estação espacial enquanto o resto da população vive numa Terra arruinada e destruída. Existe uma missão que busca trazer um pouco mais de igualdade nesse abismo social. Este é o segundo longa de Neill Blomkamp, depois do sucesso de Distrito 9, que conquistou quatro indicações no Oscar, incluindo Melhor Filme. De volta ao cenário do futuro, Blomkamp promete uma abordagem diferente (sem alienígenas), mas mantendo um forte senso de crítica sócio-política.

GRAVIDADE (Gravity)

Dir: Alfonso Cuarón

Elenco: George Clooney, Sandra Bullock

Previsão de estréia: 04/10 (EUA)

Drama sobre astronautas que querem voltar para casa após acidente na espaçonave. Sim, você já viu esse filme e tem nome: Apollo 13 (1995). Mas no lugar de Tom Hanks falando “Houston we have a problem”, temos George Clooney e Sandra Bullock. Pouco se sabe ainda sobre o filme, mas só o fato de Alfonso Cuarón estar na cadeira de diretor já podemos esperar algo acima da média pelo menos. Seu último filme, Filhos da Esperança (2006) foi uma das melhores ficções científicas contemporâneas, sem nem mesmo contar com efeitos digitais e altos orçamentos.

OLDBOY

Dir: Spike Lee

Elenco: Josh Brolin, Elizabeth Olsen, Samuel L. Jackson

Previsão de estréia: 11/10 (EUA)

Será engraçado e curioso ver esta refilmagem do sucesso sul-coreano de mesmo título de 2003 querendo surpreender o público com a mesma revelação do final original. Na época, o filme asiático foi muito bem recebido no Festival de Cannes, ganhando o Grande Prêmio do Júri. Por isso, talvez a história de vingança doentia e bem arquitetada tenha que passar por algumas alterações se quiser agradar a todos. Será que a cena das marteladas no corredor vai sobreviver ao corte final? Definitivamente o polvo não fará parte do cardápio de Josh Brolin.

CAPTAIN PHILLIPS

Dir: Paul Greengrass

Elenco: Tom Hanks, Catherine Keener

Previsão de estréia: 11/10 (EUA) e 18/10 (Brasil)

A história verídica do Capitão Richard Phillips e o sequestro de um navio cargueiro americano por piratas somálios em 2009. Como fez nos sucessos de Domingo Sangrento (2002) e Vôo United 93 (2007), ambos baseados em fatos reais, o diretor Paul Greengrass deve abusar de câmeras na mão para nos contar como foi esse crime que mistura o mundo contemporâneo com o mundo antigo dos piratas. Pode se tornar um papel importante para Tom Hanks numa possível indicação ao Oscar 2014.

CARRIE, A ESTRANHA (Carrie)

Dir: Kimberly Peirce

Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer

Previsão de estréia: 18/10 (EUA)

Pôster da refilmagem Carrie, a Estranha. Sai Sissy Spacek. Entra Chloe Grace-Moretz.

Pôster da refilmagem Carrie, a Estranha. Sai Sissy Spacek. Entra Chloe Grace-Moretz.

Há tempos que essa refilmagem quer sair do papel. Desde 1976, houve uma sequência intitulada A Maldição de Carrie (1999) e o filme feito para TV Carrie, a Estranha (2002), ambos fracassos. Nas mãos da diretora Kimberly Peirce, o romance de Stephen King sobre garota que sofre bullying e tem poderes telecinéticos pode realmente ganhar uma nova roupagem, uma vez que ela trabalhou bem a questão do preconceito em Meninos Não Choram (1999). No elenco, Chloë Grace Moretz e Julianne Moore têm talento para substituírem Sissy Spacek e Piper Perabo, respectivamente.

THE WORLD’S END

Dir: Edgar Wright

Elenco: Simon Pegg, Martin Freeman, Rosamund Pike, Paddy Considine

Previsão de estréia: 25/10 (EUA)

The World's End: nova comédia de Edgar Wright (photo by BeyondHollywood.com)

The World’s End: nova comédia de Edgar Wright (photo by BeyondHollywood.com)

Que tal um pouco de comédia no assunto fim do mundo? Edgar Wright, conhecido por sua sátira inovadora Todo Mundo Quase Morto (2004), volta à questão pós-apocalíptica sobre grupo de cinco amigos que se reúnem num pub há 20 anos e que podem ser a única esperança da humanidade. Como em seus filmes anteriores, diálogos britânicos marcantes e o tipo de comédia física devem predominar nessa aguardada sátira.

THOR: THE DARK WORLD

Dir: Alan Taylor

Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christopher Eccleston, Anthony Hopkins

Previsão de estréia: 08/11 (EUA) e 22/11 (Brasil)

Thor: The Dark World:

Thor: The Dark World: Terceiro filme da Marvel em 2013

Depois de um início shakespearino com Kenneth Brannagh na direção, Thor ganha um clima mais medieval nas mãos do criador da série de sucesso Game of Thrones. Com todo o elenco de volta, inclusive Natalie Portman (que aceitou o papel por causa de Brannagh) e Tom Hiddleston, Thor: The Dark World apresenta o novo vilão Malekith, vivido por Christopher Eccleston, que controla uma horda de Elfos Negros para destruir a Terra.

JOGOS VORAZES: EM CHAMAS (The Hunger Games: Catching Fire)

Dir: Francis Lawrence

Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Elizabeth Banks, Philip Seymour Hoffman

Previsão de estréia: 22/11 (Brasil e EUA)

Jogos Vorazes: Em Chamas: Jennifer Lawrence em ascensão

Jogos Vorazes: Em Chamas: Jennifer Lawrence em ascensão

Depois que o público jovem ficou órfão de Harry Potter, a série Jogos Vorazes entrou em cena para tentar suprir esse consumismo com incontáveis produtos de marketing com a imagem de Katniss, a protagonista defendida por Jennifer Lawrence. Gary Ross, um bom roteirista mas limitado como diretor, dá lugar a Francis Lawrence, mais conhecido por dirigir videoclipes e a adaptação dos quadrinhos do selo Vertigo, Constantine (2005). Felizmente, ele contará com o trabalho do roteirista vencedor do Oscar por Quem Quer Ser um Milionário?, Simon Beaufoy. Outro importante plus nesta sequência é a presença de Philip Seymour Hoffman como Plutarch Heavensbee. Nada como um ator experiente para ensinar algo de valor pra essa garotada.

THE HOBBIT: THE DESOLATION OF SMAUG

Dir: Peter Jackson

Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Andy Serkis, Benedict Cumberbatch

Previsão de estréia: 13/12 (EUA) e 20/12 (Brasil)

The Hobbit: The Desolation of Smaug: Martin Freeman em meio ao ouro dos duendes (photo by BeyondHollywood.com)

The Hobbit: The Desolation of Smaug: Martin Freeman em meio ao ouro dos duendes (photo by BeyondHollywood.com)

Admito que não sou fã do universo de O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, mas meu comentário seguinte nada tem a ver com essa opinião: Por que transformar um livro em três filmes de três horas? Eu entendo que a escrita de Tolkien é muito descritiva e minuciosa, mas não justifica essa adaptação desproporcional. Claro que os produtores do estúdio querem lucrar três vezes mais com os filmes, mas acho que Peter Jackson, como diretor e contador de histórias, deveria ter interferido na decisão de fazer três produções longas. Talvez por isso mesmo que Guillermo del Toro tenha saído da cadeira de diretor. E se o primeiro filme desta nova trilogia já se mostrou fraca, a previsão para os próximos dois não é nada boa. Perdoem-me, fãs de Tolkien, mas esse requentadão de O Senhor dos Anéis só teve propósitos nitidamente lucrativos até agora.

Indicados ao Independent Spirit Awards 2013

Independent Spirit Awards 2013

Moonrise Kingdom e O Lado Bom da Vida lideram as indicações desta 27ª edição

Apesar de ter pouco a ver com o Oscar por se tratar de uma premiação dedicada a filmes independentes, o Independent Spirit Awards costuma premiar trabalhos de muita qualidade e que a cada ano, coincide mais com os indicados e vencedores da Academia. Este ano, O Artista, produção francesa que levou 5 Oscars, foi também o grande vencedor do Independent, com os prêmios para Melhor Filme, Diretor, Ator e Fotografia.

Moonrise Kingdom, de Wes Anderson: 5 indicações

Seguindo essa crescente, para 2013, o romance Moonrise Kingdom e a dramédia O Lado Bom da Vida, líderes das indicações com cinco para cada, podem garantir vaga na categoria de Melhor Filme no Oscar. Enquanto o belo filme de Wes Anderson concorre para Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (Bruce Willis), Roteiro e Fotografia, o novo filme de David O. Russell briga nas categorias de Filme, Diretor, Ator (Bradley Cooper), Atriz (Jennifer Lawrence) e Roteiro, ignorando o favoritismo de Robert De Niro na categoria de Ator Coadjuvante.

Jennifer Lawrence e Bradley Cooper em cena de O Lado Bom da Vida, de David O. Russell

Entre os atores, o norte-americano Matthew McConaughey se destaca pela dupla indicação: Melhor Ator por Killer Joe, e Coadjuvante por Magic Mike. Embora tenha mais chances de ganhar, nem sempre a sorte está do lado e pode acabar saindo da cerimônia sem nenhum dos prêmios. Entretanto, vale ressaltar que as duas indicações acabam reforçando a possível primeira indicação ao Oscar de McConaughey como coadjuvante.

Outro artista que pode tirar proveito do Independent Spirit é o diretor estreante Benh Zeitlin de Indomável Sonhadora. Está concorrendo como Melhor Filme, Diretor, Atriz (Quvenzhané Wallis) e Fotografia.

Vale comentar a inclusão de Keep the Lights on, de Ira Sachs, drama sobre relacionamento homossexual na Nova York dos anos 90, que teve passagem pelo Festival de Sundance e venceu o prêmio Teddy (que reconhece perspectivas sexuais) no Festival de Berlim.

Cena mais caliente de Keep the Lights On, de Ira Sachs

A comédia de humor negro de Richard Linklater, Bernie, conta a história de Bernie Tiede (Jack Black), um tenor de música gospel, que se relaciona uma senhora viúva (Shirley MacLaine). Quando ela passa a ficar possessiva, o clima esquenta e planos criminosos surgem na cabeça de Bernie.

Com as indicações, Jennifer Lawrence, Quvenzhané Wallis, John Hawkes, Helen Hunt e Mary Elizabeth Winstead saem mais fortalecidos para a corrida do Oscar 2013. Talvez seja a crise econômica, mas os filmes independentes (leia-se produções com orçamento reduzido) vêm ganhando mais espaço entre os melhores filmes do ano. Como cinéfilo, torço para que os produtores de Hollywood enxerguem nisso uma nova oportunidade de investimento em artistas que busquem inovações, deixando de lado projetos que visam apenas o lucro como as incontáveis refilmagens.

MELHOR FILME
Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Bernie
Keep the Lights On
Moonrise Kingdom (Moonrise Kingdom)
O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)

MELHOR DIRETOR
Wes Anderson, Moonrise Kingdom
Julia Loktev, The Loneliest Planet
David O. Russell, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
Ira Sachs, Keep the Lights On
Benh Zeitlin, Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)

MELHOR ROTEIRO
Wes Anderson & Roman Coppola, Moonrise Kingdom
Zoe Kazan, Ruby Sparks – A Namorada Perfeita (Ruby Sparks)
Martin McDonagh, Seven Psychopaths
David O. Russell, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
Ira Sachs, Keep the Lights On

MELHOR FILME DE ESTREANTE
Fill the Void
Gimme the Loot
Safety Not Guaranteed
Sound of My Voice
As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower)

MELHOR ROTEIRO DE ESTREANTE
Rama Burshtein, Fill the Void
Derek Connolly, Safety Not Guaranteed
Christopher Ford, Robot & Frank
Rashida Jones & Will McCormack, Celeste and Jesse Forever
Jonathan Lisecki, Gayby

JOHN CASSAVETES AWARD – (para produções abaixo de 500 mil dólares)
Breakfast with Curtis
Middle of Nowhere
Mosquita y Mari
Starlet
The Color Wheel

MELHOR ATRIZ
Linda Cardellini, Return
Emayatzy Corinealdi, Middle of Nowhere
Jennifer Lawrence, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
Quvenzhané Wallis, Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Mary Elizabeth Winstead, Smashed

MELHOR ATOR
Jack Black, Bernie
Bradley Cooper, O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook)
John Hawkes, The Sessions
Thure Lindhardt, Keep the Lights On
Matthew McConaughey, Killer Joe
Wendell Pierce, Four

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Rosemarie DeWitt, Your Sister’s Sister
Ann Dowd, Compliance
Helen Hunt, The Sessions
Brit Marling, Sound of My Voice
Lorraine Toussaint, Middle of Nowhere

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Matthew McConaughey, Magic Mike
David Oyelowo, Middle of Nowhere
Michael Péna, Marcados Para Morrer (End of Watch)
Sam Rockwell, Seven Psychopaths
Bruce Willis, Moonrise Kingdom

MELHOR FOTOGRAFIA
Yoni Brook, Valley of Saints
Lol Crawley, Here
Ben Richardson, Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild)
Roman Vasyanov, Marcados Para Morrer (End of Watch)
Robert Yeoman, Moonrise Kingdom

MELHOR DOCUMENTÁRIO
How to Survive a Plague
Marina Abramović: The Artist is Present
The Central Park Five
The Invisible War
The Waiting Room

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Amour (França), de Michael Haneke
Once Upon A Time in Anatolia (Turquia), de Nuri Bilge Ceylan
Ferrugem e Osso (Rust And Bone) (França/Bélgica), de Jacques Audiard
Sister (Suíça), de Ursula Meier
War Witch (República Democrática do Congo), de Kim Nguyen

PIAGET PRODUCERS AWARD
Nobody Walks, Alicia Van Couvering
Prince Avalanche, Derrick Tseng
Stones in the Sun, Mynette Louie

SOMEONE TO WATCH AWARD
Pincus, diretor David Fenster
Gimme the Loot, diretor Adam Leon
Electrick Children, diretora Rebecca Thomas

TRUER THAN FICTION AWARD (dado para documentaristas emergentes)
Leviathan, diretores Lucien Castaing-Taylor and Véréna Paravel
The Waiting Room, diretor Peter Nicks
Only the Young, diretores Jason Tippet & Elizabeth Mims

ROBERT ALTMAN AWARD (pelo elenco)
Starlet
Diretor: Sean Baker
Diretor de Casting: Julia Kim
Elenco: Dree Hemingway, Besedka Johnson, Karren Karagulian, Stella Maeve, James Ransone.

Colin Farrel e Sam Rockwell em cena do novo filme de Martin McDonagh, Seven Psycopaths.

Como de costume, a cerimônia de entrega dos prêmios do Independent Spirit Awards acontece um dia antes do Oscar. Nesse caso, no dia 23 de fevereiro de 2013.

 

Prévia do Oscar 2013: Melhor Atriz

Meryl Streep, vencedora do último Oscar de Melhor Atriz por A Dama de Ferro

Nos últimos dez anos, apenas três atrizes com idade acima de 40 anos foram premiadas nessa categoria: Helen Mirren, Sandra Bullock e Meryl Streep. Esse fato denota a queda na oferta de bons papéis no cinema para mulheres maduras. Por isso, muitas delas migraram para as séries e mini-séries de TV como fizeram Kathy Bates (Harry’s Law), Glenn Close (Damages), Jessica Lange (American Horror Story), Julianne Moore (Virada no Jogo), Emma Thompson (The Song of Lunch), Judy Davis (Page Eight) e Maggie Smith (Downton Abbey), só pra citar nomes mais recentes. É claro que isso não significa que mudaram de time permanentemente, mas aproveitando a demanda da TV por material de qualidade, coisa que o cinema tem deixado de fazer há um bom tempo.

Na corrida do Oscar, a maioria das atrizes normalmente está na casa dos 20 e 30, até mesmo porque o cinema se tornou um entretenimento mais para o público juvenil. E sob essa perspectiva, Jennifer Lawrence deve figurar entre as favoritas. Além de sua performance elogiada no Festival de Toronto por Silver Linings Playbook, ainda conta com o sucesso de seu blockbuster Jogos Vorazes. Este é o equilíbrio perfeito entre sucesso de crítica e público que a Academia costuma buscar em seus vencedores de atuação, pois agrada aos críticos enquanto seu sucesso comercial atrai o público de TV e, obviamente, mais patrocinadores do show.

Ainda em se tratando de jovens, o Oscar 2013 pode ter dois novos recordes. A atriz-mirim Quvenzhané Wallis, protagonista do drama fantástico Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), de apenas 8 anos pode se tornar a atriz mais jovem indicada na categoria. A marca atual pertence à australiana Keisha Castle-Hughes de A Encantadora de Baleias (2003), que na época tinha apenas 13 anos.

Contudo, em 2013, as jovens estão em baixa, abrindo espaço para atrizes mais experientes e consagradas. A francesa Emmanuelle Riva, de 85 anos, estrela do clássico Hiroshima mon Amour, pode ser uma surpresa na lista de indicadas, batendo o recorde de Jessica Tandy (que ganhou aos 81). Logo em seguida, as setentonas Judi Dench e Maggie Smith são fortes candidatas por O Exótico Hotel Marigold e Quartet, respectivamente.

Amigas e colegas de profissão, Nicole Kidman (44) e Naomi Watts (43) também fazem parte do grupo de atrizes experientes com boas chances de concorrer ao prêmio. Kidman encara um papel mais ousado em The Paperboy, enquanto Watts busca esperança em meio à tragédia de O Impossível.

Particularmente, (e já declarei isso várias vezes aqui) prefiro o reconhecimento de atrizes experientes no Oscar. Mas o Oscar é um prêmio que reconhece os melhores do ano, e não pelo conjunto da obra. Se uma atriz de oito anos deu a melhor performance do ano, por que não lhe premiar com o Oscar? Que vença a melhor!

Marion Cotillard em Ferrugem e Osso

MARION COTILLARD (Ferrugem e Osso)

Marion Cottilard foi a primeira atriz francesa a ganhar o Oscar de Melhor Atriz falando a sua língua natal, e a segunda estrangeira depois de Sophia Loren, que ganhou em 1962 por Duas Mulheres (La Ciociara). Seu Oscar foi um dos mais comemorados pela comunidade hollywoodiana.

Tanto que acabou abraçada pelo diretor Christopher Nolan, que a incluiu nos blockbusters A Origem (2010) e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012). Mesmo carregando um sotaque no inglês, Marion Cotillard se saiu bem e deu maior credibilidade aos papéis que viveu. Além de Nolan, outros diretores fizeram questão de contar com a atriz. Michael Mann (Inimigos Públicos), Rob Marshall (Nine), Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e Steven Soderbergh (Contágio) foram beneficiados pelo talento da francesa.

Agora, voltando a fazer filmes franceses, Cotillard atua sob direção do diretor em extrema ascensão Jacques Audiard (de O Profeta, que concorreu a Melhor Filme Estrangeiro em 2010) no drama Ferrugem e Osso (Rust and Bone), que concorreu à Palma de Ouro em Cannes desse ano. Havia até uma forte expectativa de que o prêmio de atuação feminina seria dela.

No filme, Marion Cotillard vive Stéphanie, uma treinadora de baleias orcas que sofre um acidente que lhe tira parte das pernas. O tipo de papel, somado à credibilidade do Oscar que ganhou, facilmente lhe garantiria uma nova indicação, mas por se tratar de um filme em língua francesa, as chances dela podem reduzir consideravelmente numa briga mais acirrada com outras atrizes.

Judi Dench em O Exótico Hotel Marigold

JUDI DENCH (O Exótico Hotel Marigold)

Ainda não consegui engolir a derrota de Dame Judi Dench para Helen Hunt naquele Oscar 98. Ela competia por um papel imponente e interpretação impecável em Sua Majestade Mrs. Brown. No ano seguinte, a Academia resolveu compensá-la ao lhe entregar o Oscar de coadjuvante por Shakespeare Apaixonado, no qual ela atua por apenas oito minutos.

Para o grande público, Dench ficou conhecida como M, a chefe do agente secreto britânico James Bond, que voltará no novo filme 007 – Operação Skyfall, mas deve ser sua última participação na série. Porém, a atriz tem muito mais história no teatro, tendo atuado nas companhias de prestígio Royal Shakespeare Company, o National Theatre e Old Vic Theatre, além de ter vencido muitos prêmios do palco como o Laurence Olivier Theater Award na década de 80 e 90.

Em O Exótico Hotel Marigold, já disponível em DVD e Blu-ray, muitos atores consagrados são reunidos para contar histórias da terceira idade em meio ao caos da Índia e o hotel do título. Judi Dench encabeça essa lista que conta ainda com Maggie Smith, Tom Wilkinson e Bill Nighy. Como em todo filme, a atriz empresta sensibilidade e carisma a seu personagem Evelyn, que fica bastante desamparada na vida depois que seu marido morre.

Apesar do filme ser independente, o peso do nome da atriz pode lhe conferir sua sétima indicação ao Oscar. Ela já foi indicada por Sua Majestade Mrs. Brown (1997), Shakespeare Apaixonado (1998), Chocolate (2000), Iris (2001), Sra. Henderson Apresenta (2005) e Notas Sobre um Escândalo (2006).

Nicole Kidman em The Paperboy

NICOLE KIDMAN (The Paperboy)

Toda vez que eu vejo Nicole Kidman na TV, seja no tapete vermelho ou na premiação, vejo uma mulher recatada e reprimida sexualmente. Então, não foi uma surpresa vê-la num papel de mulher da vida nesse novo drama de Lee Daniels, diretor de Preciosa. Nicole cresceu demais depois que se separou do mala da Cientologia Tom Cruise; passou a buscar novos desafios sem medo de parecer ridícula.

A história comprova essa teoria. Foi só se divorciar dele que estrelou dois grandes sucessos de público e crítica em seguida: Os Outros, de Alejandro Amenábar, e Moulin Rouge – Amor em Vermelho, de Baz Luhrmann, que lhe conferiu sua primeira indicação ao Oscar.

Nos anos seguintes, Nicole trabalhou com diretores competentes como Lars von Trier, Anthony Minghella e ganhou seu Oscar pelo papel marcante da escritora Virginia Woolf em As Horas, de Stephen Daldry. Muita gente poderia achar que ela venceu somente pelo peso da personagem e maquiagem (uma prótese de nariz fora aplicada), mas a atriz continua na jornada em busca de novos desafios. Essa atitude nada fácil de seguir deveria ser comum na profissão, mas não é.

Em The Paperboy, ela aceita um tipo de papel que nunca encarou antes. Charlotte Bless é uma vagabunda que tem fetiche por homens encarcerados. Contudo, Nicole não faz isso de forma condescendente, mas de um jeito que sua personagem pareça mais aceitável e ganhe a torcida do público. Suas chances são médias, mas se o filme não for bem aceito pela crítica americana, Nicole pode comparecer ao Oscar apenas para apresentar um prêmio.

Keira Knightley em Anna Karenina

KEIRA KNIGHTLEY (Anna Karenina)

Esta jovem atriz britânica começou a chamar a atenção na comédia sobre futebol feminino Driblando o Destino (Bend it Like Beckham), que pelo sucesso chegou a ser indicado a Melhor Filme – Comédia/Musical no Globo de Ouro 2003. Naquele ano, Keira Knightley deu um salto para a fama internacional com o blockbuster Piratas do Caribe – A Maldição do Pérola Negra, mas muitos duvidavam do talento da moça, que tinha tudo para se tornar mais uma daquelas Bond girls que só serviam para enfeitar a tela e gritar.

Felizmente, firmou uma forte aliança com o diretor Joe Wright ao interpretar o cobiçado papel de Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito, adaptação do clássico literário homônimo de Jane Austen, que acabou resultando numa indicação para o Oscar para Knightley. Entretanto, mais importante do que o início bem-sucedido da parceria com o diretor (Anna Karenina é a terceira colaboração da dupla), seria a descoberta dessa obsessão de Keira com os filmes de época.

Depois de Orgulho e Preconceito, ela vestiu figurinos de décadas e séculos passados em mais sete oportunidades. Acho que as figurinistas já sabem as medidas dela de cor e salteado! Existem atores que gostam de interpretar vilões, mocinhos, e existem atrizes que se apegam tanto a filmes de História que ficam marcadas e até rotuladas no mercado, como se não tivessem capacidade de viver personagens atuais.

Porém não deve ser o caso de Keira Knightley. Ela mesma deve estar ciente desse excesso de filmes de época e vem buscando projetos diferenciados como a comédia Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo (2012) e a refilmagem de ação Jack Ryan, prevista para estrear em 2013. Até lá, ela aproveitou para voltar a trabalhar com seu diretor favorito nesse Anna Karenina, adaptação da obra de Leo Tolstoy.

Com a constante evolução da parceria Knightley-Wright, a atriz tem chances de obter sua segunda indicação, mas uma vitória seria considerada uma zebra. Por outro lado, Anna Karenina tem ótimas chances nas categorias de direção de arte e figurino, como nos trabalhos anteriores de Joe Wright, que prima nesses departamentos.

Jennifer Lawrence em Silver Linings Playbook

JENNIFER LAWRENCE (Silver Linings Playbook)

Seria burrice da Academia se ignorasse o trabalho da jovem atriz Jennifer Lawrence em 2013, afinal ela estrelou dois filmes em destaque na mídia: o blockbuster Jogos Vorazes (Hunger Games) e esta “dramédia” Silver Linings Playbook, dirigido pelo diretor em ascensão David O. Russell, de O Vencedor.

Desde que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo independente Inverno da Alma (Winter’s Bone) em 2011, Jennifer Lawrence recebeu incontáveis propostas em Hollywood. Todos os diretores queriam trabalhar com ela. Felizmente, ela tem dado preferência ao equilíbrio nas escolhas de projetos, participando de filmes de terror, aventura, comédias e dramas. Já tem retorno acertado para as sequências X-Men: Days of Future Past (2014) e Jogos Vorazes: Em Chamas (2013).

Em Silver Linings Playbook, Lawrence encarna Tiffany, uma recém-viúva, que tenta lidar com a dor enquanto se envolve com o recém-saído do hospital psiquiátrico Bradley Cooper. Trata-se de um filme de direção de atores e isso David O.Russell já comprovou para todos com os dois Oscars de coadjuvantes de O Vencedor. O longa foi muito bem recebido no Festival de Toronto, vencendo o cobiçado prêmio People’s Choice Award e, pelo Hamptons International Film Festival, o Audience Award (prêmio concedido pelo público). O reconhecimento de Toronto vem sendo cada vez mais importante para o crescimento na reta final do Oscar. A vitória anterior de O Discurso do Rei foi um belo exemplo, batendo o franco-favorito A Rede Social em 2011.

Apesar de muito jovem (22 anos), Jennifer Lawrence tem grandes chances no Oscar. Ela foi indicada apenas uma vez em 2011 como Melhor Atriz por Inverno da Alma.

Laura Linney em Hyde Park on Hudson

LAURA LINNEY (Hyde Park on Hudson)

Laura Linney foi conquistando seu espaço de forma bem gradativa nos anos 90. Papéis menores e de coadjuvante permearam o início de sua carreira, participando de filmes em destaque como Dave – Presidente por um Dia (1993), Congo (1995), As Duas Faces de um Crime (1996) e O Show de Truman – O Show da Vida (1998). Cansada de personagens secundários, partiu para o cinema independente americano. Foi uma decisão de extrema importantância, pois pôde finalmente ser protagonista e dona de uma personagem rica de emoções no drama Conte Comigo, do talentoso Kenneth Lonnergan. Ali a atriz se sentiu mais à vontade e esbanjou seu talento que muitos diretores não conheciam. A interpretação da mãe solteira Sammy lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar, um feito único que lhe traria muitos frutos.

Laura Linney passou a atuar sob direção de renomados profissionais como Alan Parker em A Vida de David Gale, Clint Eastwood em Sobre Meninos e Lobos, mas foi graças a duas produções independentes que ela voltou ao tapete vermelho do Oscar. Com Kinsey – Vamos Falar de Sexo (2004) e A Família Savage (2007), Linney foi indicada para coadjuvante e atriz, respectivamente. A vitória pode não ter vindo ainda, mas acredito que é questão de tempo, pois a atriz sabe escolher bem projetos para se destacar. Só precisaria de um projeto mais grandioso ou uma personagem mais destacada na história.

Dependendo da recepção a Hyde Park on Hudson, Laura Linney pode conseguir sua quarta indicação, ainda mais que se trata de uma personagem verídica: Margaret Suckley, a prima do presidente Franklin D. Roosevelt, responsável pela narração do filme. No entanto, suas chances são menores do que nas oportunidades anteriores.

Helen Mirren (à esq) em Hitchcock

HELEN MIRREN (Hitchcock)

Embora Helen Mirren tenha iniciado sua carreira no cinema na década de 60, foi  apenas com o cult Excalibur (1981), de John Boorman, que ela passou a se destacar. Dali em diante, trabalhou com diretores mais renomados e alternativos como Paul Schrader, Terry George e Peter Greenaway, levando-a para Cannes, onde levou o prêmio de intérprete feminina duas vezes: em 1984 por Cal – Memórias de um Terrorista, e em 1995 por As Loucuras do Rei George. Este último também lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar como coadjuvante.

A partir do Oscar, sua carreira começou uma nova fase. Aquela Helen que só fazia filmes independentes passou a trabalhar em produções de estúdio, chegando a protagonizar uma comédia de humor negro com Katie Holmes: Tentação Fatal (1999), e dublando a animação da Dreamworks, O Príncipe do Egito (1998). Em 2002, voltou a ser indicada ao Oscar de coadjuvante pelo ótimo Assassinato em Gosford Park, de Robert Altman, mas perdeu novamente.

O reconhecimento da Academia finalmente veio em 2007, quando um projeto pensado para Helen Mirren foi lançado. Dirigido por Stephen Frears, A Rainha tinha mais cara de telefilme, mas foi abraçado pelo Oscar como uma oportunidade única de premiar uma atriz de enorme prestígio como Helen Mirren. Claro que ela colheu os frutos desse prêmio, ganhando bem em grandes produções como A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos (2007), no blockbuster da New Line Cinema, Coração de Tinta (2008) e na recente refilmagem Arthur – O Milionário Irresistível (2011), mas, como dito no início do post, o cinema de Hollywood muitas vezes é cruel com atrizes mais velhas. Aos 67 anos, Helen Mirren tem boas chances de uma nova indicação pelo filme Hitchcock, que conta os bastidores das filmagens do clássico Psicose, mas a atriz tem mais tratamento de coadjuvante de luxo. No filme, ela interpreta a esposa e colaboradora de Alfred Hitchcock, Alma Reville.

Helen Mirren já foi indicada quatro vezes: Em 1995 por As Loucuras do Rei George e em 2002 por Assassinato em Gosford Park, como coadjuvante. Em 2010, por A Última Estação, e em 2007 por A Rainha, vencendo por este último.

Emmanuelle Riva em Amour

EMMANUELLE RIVA (Amour)

Atriz francesa veteraníssima, Emmanuelle Riva pode se tornar a atriz mais velha a ser indicada ao Oscar aos 85 anos. Seu primeiro trabalho como atriz em Hiroshima mon Amour, de Alain Resnais, já a colocou no topo do cinema francês da década de 60, tornando-se uma das musas da Nouvelle Vague.

Apesar de se tratar de uma produção francesa, dirigida pelo austríaco Michael Haneke, muitos especialistas estão dando como certa sua indicação. Se for considerar o valor dessa oportunidade de incluir um ícone do cinema na história da Academia, já soaria tentador demais para ignorar sua performance. Mas para quem conferiu o filme, que arrancou aplausos calorosos e a Palma de Ouro em Cannes, Emmanuelle Riva merece ser uma das finalistas, e não somente por sua longeva carreira.

No drama Amour, Georges (Jean-Louis Trintignant, outro ator octogenário com chances no Oscar) e Anne (Riva) são professores de música aposentados. A filha deles, que também é música, vive no estrangeiro com a família dela. Um dia, Anne tem um ataque cardíaco e o relacionamento afetivo é severamente testado.

Em diferentes escalas, daria pra comparar o casal com Henry Fonda e Katharine Hepburn, que ganharam o Oscar em 1982 pelo drama Num Lago Dourado. Como Amour se trata de um filme de atores, existe essa possibilidade de haver outra atriz maior de 40 anos vencendo o Oscar de atriz. Esta seria sua primeira indicação ao Oscar.

Maggie Smith (à esq) em Quartet

MAGGIE SMITH (Quartet)

Maggie Smith tem uma trajetória semelhante a de Helen Mirren. Coincidentemente, ambas foram indicadas ao Oscar de coadjuvante pelo mesmo filme em 2002 por Assassinato em Gosford Park. Contudo, Maggie teve maior êxito comercial devido ao sucesso dos oito filmes da série Harry Potter, no qual deu vida à feiticeira Minerva. Ela começou no cinema nos anos 50, em papéis secundários até brilhar como Desdemona ao lado do mestre Laurence Olivier na adaptação de Othello (1965), de William Shakespeare.

A década de 70 foi bastante generosa com Maggie Smith. Em 1970, levou seu primeiro Oscar como Melhor Atriz por A Primavera de uma Solteirona, e em 1979, outro como coadjuvante pela comédia estrelada por Jane Fonda, California Suite. Em sua vasta filmografia prevaleceram personagens coadjuvantes, mas em sua maioria produções de grandes estúdios. Chegou a trabalhar com Steven Spielberg em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991), ensinou Whoopi Goldberg a ser uma freira em Mudança de Hábito (1992) e foi a Duquesa de York na adaptação de Ricardo III (1995), ao lado de Ian McKellen e Annette Bening.

Já no começo deste século, com o bolso cheio graças aos Harry Potter, ela pôde escolher projetos de seu gosto pessoal, e acabou se envolvendo em dois filmes elogiados: O Exótico Hotel Marigold, no qual faz a personagem mais humorada (como foi em Assassinato em Gosford Park), e neste Quartet, dirigido pelo amigo e colega Dustin Hoffman. Nele, Maggie Smith interpreta uma diva da ópera que volta à sua cidade para a comemoração do aniversário do compositor clássico Giuseppe Verdi.

Com aquele típico humor britânico que corre em sua veias, ela tem boas chances no Oscar. Ao lado de Judi Dench, Emmanuelle Riva e Helen Mirren, Maggie Smith comprova que as veteranas ainda têm muito a ensinar às mais novas atrizes e por que não para o público jovem de hoje que só vê porcaria e atores de plástico? Viva a terceira idade!

Quvenzhané Wallis em Indomável Sonhadora

QUVENZHANÉ WALLIS (Indomável Sonhadora)

Eu sei… parece um daqueles golpes de marketing, mas quem viu o filme Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild), que venceu o grande prêmio em Sundance, garante que a pequena merece um lugar de destaque nessa temporada de premiação. Se a indicação ao Oscar vier, ela marcará um novo recorde na história do prêmio, sendo a atriz mais jovem indicada com 8 anos.

O drama independente Indomável Sonhadora vem conquistando o público e a crítica por sua mistura perfeita de fantasia infantil com uma dura realidade de pobreza em Louisianna, nos EUA. Para contar essa história, o jovem diretor estreante Benh Zeitlin testou mais de quatro mil meninas para o papel para encontrar Wallis. Felizmente, essa árdua procura teve um final feliz. E Zeitlin deu muita sorte também no papel de coadjuvante. Ele contratou Dwight Henry, que era dono da padaria do outro lado da rua do set de filmagens! Curiosamente, ambos estão no novo filme de Steve McQueen, diretor dos premiados Hunger (2008) e Shame (2011).

Normalmente, quando uma atriz-mirim está na lista de indicadas ao Oscar, as chances são praticamente nulas. Ganhar como coadjuvante pode acontecer como aconteceu com Tatum O’Neal (aos 10 em 1974 por Lua de Papel) e Anna Paquin (aos 11 em 1994 por O Piano), mas ganhar como Melhor Atriz?? O recorde de mais jovem nessa categoria ainda pertence a Marlee Matlin, que tinha 21 aninhos quando venceu em 1987 por Filhos do Silêncio. Estaria a Academia diposta a quebrar essa marca por um jovem prodígio como Quvenzhané Wallis?

Naomi Watts em O Impossível

NAOMI WATTS (O Impossível)

Se depender do sofrimento que o personagem passa para ganhar um Oscar, pode-se dizer que Naomi Watts já teria a estatueta na mão. No drama-catástrofe, O Impossível, de Juan Antonio Bayona, ela está no lugar errado e na hora errada, mais precisamente na Tailândia em 2004, palco das tsunamis que levaram muitas vidas.

A atriz britânica fazia filmes B de terror como O Elevador da Morte (2001) até que David Lynch mudou sua vida ao chamá-la para estrelar Cidade dos Sonhos (2001). Seu nome passou a ser conhecido por vários diretores que queriam trabalhar com ela como Gore Verbinski em O Chamado (2002), David O. Russell em Huckabees – A Vida é uma Comédia (2004) e Peter Jackson em King Kong (2005), onde abraçou o papel que consagrou Fay Wray e Jessica Lange.

Sua primeira e única indicação saiu pelo dramático 21 Gramas, de Alejandro González Iñárritu, no qual sua personagem vive maus bocados quando encontra o homem que recebeu o coração de seu ex-marido. Como Watts parece uma boneca de porcelana, o fato de viver personagens em situações que deterioram a imagem das mesmas parece colaborar para a qualidade da interpretação. Como deu certo com 21 Gramas, por que não daria com O Impossível?

Neste novo trabalho, ela busca sua sobrevivência e sua família em meio à catástrofe do tsunami. Naomi Watts fica toda coberta de lama e sua chapinha é arruinada pela água salgada. Claro que isso merece uma indicação! Brincadeiras à parte, o drama O Impossível conta uma história de superação e solidariedade, elementos que, combinados, costumam ganhar muitos votos.

Mary Elizabeth Winstead em Smashed

MARY ELIZABETH WINSTEAD (Smashed)

Pelo nome, a atriz Mary Elizabeth Winstead talvez passe desapercebida pelo grande público. Mais conhecida por papéis de coadjuvante em grandes produções como Duro de Matar 4.0, no qual viveu a filha de Bruce Willis, e o filme-video-game Scott Pilgrim Contra o Mundo, onde é a desejada Ramona Flowers. Conseguiu papéis de protagonista em filmes de terror como Premonição 3 (2006) e a recente refilmagem da refilmagem de O Enigma do Outro Mundo (2011).

Ao se sair bem no papel de uma alcóolatra em Smashed, de James Ponsoldt, Winstead parece querer provar ao mundo que seu talento não pára na beleza. No filme, ela vive Kate Hannah, que conhece seu marido por causa do forte vício ao álcool. Quando se cansa da bebida e tenta se livrar dela, acaba afetando o relacionamento.

Personagens que sofrem com alcoolismo costumam se sair bem na corrida ao Oscar. O grande Ray Milland venceu com méritos seu Oscar de Melhor Ator em 1946 em Farrapo Humano, de Billy Wilder. Nicolas Cage afundou no vício em Despedida em Las Vegas, de Mike Figgis, e saiu reconhecido pela Academia em 1996. E mais recentemente, em 2010, Jeff Bridges ganhou o seu Oscar em Coração Louco, ao interpretar o músico Bad Blake,que tem uma queda fácil pelo álcool.

Smashed saiu com o prêmio especial do júri no último Festival de Sundance e agora, a distribuidora Sony Pictures Classics está investindo na campanha para uma indicação a Mary Elizabeth Winstead. Pelo histórico dela, seria uma zebra.